sín ronas a ímãs permanentes para geração eóli a e
redução do onteúdo harmni o do uxo indutor
Edgar Roosevelt Braga Filho
TesedeDoutoradosubmetidaàCoordenadoriadoProgramade
Pós-GraduçãoemEngenharia Elétri adaUniversidade Federalde
Cam-pina Grande - Campus de Campina Grande omo parte dos
requi-sitos ne essários para obtenção do grau de Doutor em Ciên ias no
DomíniodaEngenharia Elétri a.
Áreade Con entração: Pro essamento daEnergia
Antonio Mar us Nogueira Lima, Dr.
Orientador
Campina Grande,Paraíba,Brasil
sín ronas a ímãs permanentes para geração eóli a e
redução do onteúdo harmni o do uxo indutor
Edgar Roosevelt Braga Filho
Tese de Doutoradoapresentada em Maiode 2011
Antonio Mar us Nogueira Lima, Dr.
Orientador
Telmo Silvade Araújo, Dr.
Co-Orientador (inmemoriam)
Darizon Alvesde Andrade,Dr.
Componenteda Ban a
Denizar Cruz Martins, Dr.
Componenteda Ban a
Cursino Brandão Ja obina,Dr.
Componenteda Ban a
Alexandre CunhaOliveira, Dr.
Componente daBan a
Este trabalho é dedi ado a Célia, Giordana e Ramon, por minhas ausên ia e saudade,
extemporâneas, que lhes ausei, e, também, dedi ado a Seu Edgar e Dona Lourdes, de
Ao Professor Telmo Silva de Araújo(in memoriam), pela motivação ao tema e à formação
nesta área do onhe imento.
AoProfessorAntnioMar usNogueiraLima,pelaorientação,parti ipaçãoesustentação
a adêmi a aolongo deste período.
AoProfessorCursinoBrandãoJa obina,pora eitarapresidên iadaban aexaminadora
e pelos en aminhamentos efetivosao términoe àapresentação nal deste trabalho.
Aosdemaismembrosexaminadores, ProfessoresAlexandreCunhaOliveira,Darizon
Al-ves de Andrade e Denizar Cruz Martins, pelas leitura,sugestõese re omendações à
elabo-ração dodo umentonal de apresentação.
Ao olegaAntniodoNas imentoEpaminondas,pelasinndáveisdis ussões, elaboração
onjuntae implementaçãode té ni as numéri as sobre ostemas tratados.
Aos olegasdoNú leo deEnergia(NERG),parti ularmentemedirijoaFran is o
CÂN-DIDOFilho, GERVÁSIO Ribeiro Gomes,Jorge Eduardode Jesús SEREYLopez eManoel
ADALBERTO Guedes, pelas ontribuiçõesimpres indíveisquandodopro esso de
onstru-ção e ara terização dos protótipos desenvolvidos.
Aos olegasBenemar Alen ar e RmuloNavarro, pelas disponibilidade, atençãoe
pres-teza quanto aos en aminhamento e desembaraço buro ráti os nas Coordenação e
Pró-Reitoria de Pós-Graduação, respe tivamente.
Enm a todos aqueles que direta ouindiretamente ontribuírampara onse ução deste
Opro essode on epção assistidaaoprojetodea ionadoresnaeletrome âni a
fundamenta-se, essen ialmente, namelhorasso iaçãomáquina- onversorestáti o-periféri os, omo
solu-çãoaum problemade a ionamento. Neste trabalhosão feitosaanáliseeodesenvolvimento
dedispositivosaímãspermanentes,paraoperação omogeradorisoladoe omopartedeum
sistema destinado ao aproveitamento eóli o. Baseado no pro esso de on epção
desenvol-vidoeemanálisespor ál ulode ampos,estudosde onsolidaçãosobreaquelesdispositivos
foramrealizados,osquais onduziramadeniçãoda onguraçãoaímãsinteriores(IPM),e
àmagnetizaçãotransversal, omoademelhoradequaçãoao asoemproposição. Nosentido
de reduziro onteúdoharmni odas tensõesgeradaseda omponentederelutân ia do
tor-que, devido à abertura das ranhuras, uma té ni ade minimização das ondulaçõesdo uxo
indutor,para este tipode estrutura, foi desenvolvidae validada experimentalmente. Como
forma de dar onsistên ia às espe i ações requeridas e ao pro esso de on epção
desen-volvido, váriosprotótiposforamprojetados om baseno ir uitomagnéti odessa estrutura
(IPM),perfazendoototaldenove ongurações onstruídaseanalisadas. Dea ordo omos
resultados de ara terização dos protótipos e de validação levados a efeito foram
onstata-dos, demodoobjetivo,aimportân iadopro essode on epção eométodode minimização
da omponente de relutân ia do torque desenvolvido, assim omo de uma té ni a de
de-terminação dos parâmetros indutivos dos seus ir uitos equivalentes, omo elementos de
The omputer-aided designofele trome hani aldrives, isprimarilybasedonthebest
om-binationof ele tri alma hine/ele tri power onverter/peripherals,as asolutiontoagiven
drive problem. This work deals with the analysis and design of permanent magnetdevi es
on eived to operate as isolated generator, as part of a wind energy system. Based on the
proposed designpro edureand in ele tromagneti elds omputations,studiesabout those
devi es were made, whi h led to denition of the interior permanent magnets
ongura-tion with transverse magnetization, as the best solution for the proposed ase. To redu e
the harmoni ontent of the generated voltage and ogging torque omponent, ate hnique
for minimizing the os illations of the magneti ux distribution has been developed and
validated experimentally. To be onsistent with the required spe i ations and tovalidate
the proposed designpro edures, several devi e prototypesbased on the interior permanent
magnets onguration have been designed, a total of nine ongurations onstru ted and
analyzed. Based on the prototype hara terization studies and the experimental
valida-tion tests, the importan e of the proposed design pro edure as well as the developed
og-ging torque minimization method and the ele tri al parameters determination te hnique,
as relevant design elements for the interior permanent magnets onguration have been
1 Introdução 1 2 Revisão Bibliográ a 5 3 Formalização 25 3.1 Introdução . . . 25 3.2 Força de Lorentz . . . 25 3.3 CarregamentoEletromagnéti o . . . 26 3.4 Fator de Utilização . . . 29 3.5 Trajetória Evolutiva . . . 31 3.6 Relações Fun ionais . . . 34 3.6.1 Parâmetro de Es ala . . . 34 3.7 Funções de Utilização . . . 37 3.7.1 Função de Cobre . . . 38 3.7.2 Equaçõesda forma
D
n
L
. . . 404 Materiais e Cir uitos Magnéti os 44 4.1 Introdução . . . 44
4.2 Aspe to mi ros ópi o . . . 46
4.3 Aspe to ma ros ópi o . . . 48
4.4 Cir uitoMagnéti o . . . 51
4.5 Cara terísti as . . . 52
5.1 Introdução . . . 63
5.2 Cir uitoMagnéti oporPólo . . . 64
5.3 ConguraçõesTípi as. . . 64 5.4 ConguraçõesSPM - IPM . . . 67 5.5 Deniçãoda Conguração . . . 68 5.5.1 DimensõesPrin ipais . . . 69 5.5.2 Rotor . . . 71 5.5.3 Estator. . . 74 5.6 Perdas . . . 77 5.6.1 Perdas no Cobre . . . 77 5.6.2 Perdas no Ferro . . . 78 6 Estruturas Desenvolvidas 82 6.1 Introdução . . . 82 6.2 FontePrimária . . . 83 6.3 Compatibilizaçãodo Sistema. . . 85 6.4 Deniçãoda Conguração . . . 91 6.5 VariaçõesParamétri as . . . 92
6.6 Conguração a ÍmãsTranversais (IPM) . . . 94
6.7 ProtótiposConstruídos . . . 96
6.8 Perdas noFerro -Considerações . . . 103
6.9 Análise Comparativa . . . 106
6.9.1 Experimentação- Perdas no Ferro . . . 107
6.9.2 Experimentação- Rendimentoda Conversão . . . 110
7 Minimização do Cogging Torque 116 7.1 Introdução . . . 116
7.2 Ondulaçõesde Fluxo . . . 117
7.3 Ondulaçõesde Torque - ConguraçõesSPM-IPM . . . 118
7.4.2 Esforços Eletrome âni os - Tensor de Maxwell . . . 125
7.4.3 Esforços Eletrome âni os - Domíniode Estudo . . . 129
7.5 Minimização . . . 130
7.6 Té ni a Proposta . . . 132
7.7 Resultados - Simulações . . . 137
7.8 Resultados - Experimentação . . . 140
7.9 Complementos. . . 146
7.9.1 Conguração SPM - Ímãsa MagnetizaçãoRadial . . . 146
7.9.2 Conguração IPM - Ímãs aMagnetização Radial . . . 148
7.9.3 Conguração IPM - Ímãs aMagnetização Radial eTransversal . . . . 151
8 Cara terização 161 8.1 Introdução . . . 161
8.2 Cronologia . . . 161
8.3 Conguraçõesa Ímãs Permanentes . . . 164
8.3.1 Parâmetros Indutivos - Cál ulode Campos . . . 165
8.3.2 Parâmetros Indutivos - Experimentação . . . 167
8.4 Té ni a Proposta . . . 169 8.5 Formalização . . . 171 8.6 Implementação . . . 174 8.7 Resultados . . . 177 8.7.1 Protótipo PCVRA . . . 179 8.7.2 Protótipo PCVRpA. . . 182 8.8 Complementos. . . 186
8.8.1 Dispositivoa Fluxo Axial . . . 188
8.8.2 DispositivoSem Peças Polares . . . 191
8.8.3 Dispositivoa Anel-Es ovas . . . 193
9 Con lusão 199
A
Densidade linearde orrente ou arga elétri aespe í aA
Cu
Áreade ranhura de estatorA
M AX
Intensidade máximapara densidade linear de orrenteB
Vetor ampo magnéti oB
Indução magnéti a ou arga magnéti a espe í aB
a
Indução magnéti a asso iada ao ímãB
c
Indução magnéti a aonível de oroa ou nú leo de estatorB
e
,B
g
Indução noentreferroB
r
Indução remanenteou remanên iaB
t
Indução magnéti a aonível de dente de estatorB
v
Indução orrespondente a ondição de vazioB
cg
Relaçãoentre níveis de indução oroa - entreferroB
tg
Relaçãoentre níveis de induçãodente -entreferroB
θ
Distribuiçãode induçãomagnéti aC
m
Torque sobrea parte móvelde um dispositivoc
a
Dimensão radialde separador interpolarc
0
,c
1
,c
2
Constantescos(ψ)
Fator de potên iaD
,D
r
Diâmetro de rotorD
i
Diâmetro interno de estatorD
rh
Diâmetro de fundo de ranhuraD
0
Diâmetro externo de estatordA
Elemento in remental de superfí iedV
Elemento in remental de volumed
c
,h
n
Comprimento radialde oroa ounú leo de estatord
e
Espessura de ondutordl
Elemento in remental de omprimentod
ij
Deslo amento in rementalasso iado aum dispositivod
s
,h
t
Comprimento radialde dente de estatord
0
Comprimento radialde istmo de ranhuraE
Vetor ampo elétri oE
Força ontra-eletromotrizE
f
Força eletromotrizgeradaE
f
l
Força eletromotrizgerada para máquina de pólos lisosE
f
s
Força eletromotrizgerada para máquina de pólos salientesF
a
Força magnetomotrizasso iada aoímãF
c
Força magnetomotriz oer itivaF
m
Força sobre aparte móvel de um dispositivoF
0
,F
′
0
Funçõesde utilizaçãode estatorF
π
Função objetivoasso iada a pro esso de otimizaçãof
Freqüên iaelétri af
Cu
Função de obre de estatorf
d
Coe iente de sobre argaf
e
Componentede forçadevido a ação de natureza elétri af
1
,f
2
,f
3
Componentes de forçaf
m
Componentede forçadevido a ação de natureza magnéti af
t
Componentede forçatotal sobre uma arga elétri af
CON
Fator ou oe ientede on entração de uxof
u1
,f
u2
,f
u3
Fatores de utilizaçãoG
π
Função objetivoasso iada a pro esso de otimizaçãog
,g
mec
Comprimento radialde entreferro me âni og
c
Comprimento radialde entreferro de Carterg
Cu
Fator asso iado afunção de utilizaçãog
M AX
Comprimento radialmáximo de entreferro me âni oH
a
Campo asso iado aoímãH
e
Campo noentreferroH
l
Diferença de poten ialmagnéti oH
v
Campo orrespondente a ondição de vazioh
Coe iente de eva uação de alorI
Corrente ir ulanteemum ondutorIa
,I
f
Corrente ir ulantepor faseI
d
Corrente ir ulantesegundo o eixo diretoI
q
Corrente ir ulantesegundo o eixo emquadraturai
′
Corrente ir ulanteemum ondutor ideal
J
Densidade de orrente ou oe ientede inér iaJ
1
Fator asso iado aperdas pordissipaçãok
c
Fator ou oe ientede Carterk
e
,k
i
Constantesk
u1
,k
u2
,k
u3
Constantes asso iadas a fatores de utilizaçãok
f
Fator de enrolamentopara o ampo de ex itaçãok
s
Fator ou oe ientede empilhamentok
w
Fator de enrolamentopara armadurak
AX
Fator asso iado amáxima densidade linear de orrentek
Cu
Fator de preen himentoou de obre de ranhurak
F
Coe iente asso iadoa perdas por orrentes de Fou aultk
1
Fator asso iado aperdas pordissipaçãok
β
Fator de ponderação asso iado ao efeitode bordasL
Comprimento axialL
d
Indutân ia sín rona segundo o eixodiretoL
q
Indutân ia sín rona segundo o eixoemquadraturaL
s
Indutân ia sín ronal
Dimensão longitudinalde um ondutor ideall
a
,l
m
Dimensão doímãsegundo adireção de magnetizaçãol
e
Dimensão de entreferrol
sr
Comprimento radialde oroa ounú leo de rotorl
st
Comprimento radialde dente de estatorl
xn
Comprimento radialde oroa ounú leo de estatorm
Número de fasesm
(r)
Massa de rotorN
Número de ondutores por faseN
rh
Número de ranhurasn
Constanten
s
Velo idadeangularP
Número de pólos de um dispositivoP
a
Permeân ia asso iada aoímãP
l
Permeân ia asso iada a dispersãoP
s
Potên ia aparenteP
t
Potên ia me âni aP
u
Potên ia ativaP
Cu
Perdas no obreP
F e
Perdas no ferroP n
,P
nom
Potên ia nominalP
jp
Permeân iap
Par de pólosQ
′
Carga elétri a
q
Número de ranhuras porfase e por póloR
Raiode giraçãooude páde uma turbinaR
a
Relutân ia asso iada aoímãR
c
Raiode ortede rotorR
e
Relutân ia asso iada aoentreferroR
i
Raiointerno de estatorR
l
Relutân ia asso iada adispersãoR
r
Raiode rotorr
1
Raiointerno do topo de ranhurar
2
Raiointerno da base de ranhuraS
e
Áreada se ção transversal do entreferroS
g
ÁreapolaraoníveldoentreferroS
t
Se çãoque subentende a área varridapelas pás de uma turbinaS
1
Número de ranhuras de estatorT
Torque eletromagnéti ot
0
Dimensão oulargura de denteao nível doentreferroV
c
Tensão sobre uma argaV
d
Tensão terminalsegundo oeixo diretoV
f
Tensão terminalporfaseV
q
Tensão terminalsegundo oeixo emquadraturaV
v
Velo idadede vento in idente sobreuma turbinaV
Cu
Volumetotal de obreútil de estatorV
F e
Volumetotal de ferrov
Velo idadelinearvol
(r)
Volumede rotorW
mag
Energia asso iada a um dispositivoW
′
mag
Co-energia asso iada aum dispositivow
Velo idadeangularw
m
Dimensão doímãsegundo adireção normala magnetizaçãow
s
Dimensão daabertura de ranhura oufreqüên ia angularw
1
Largura útildotopo de ranhuraw
2
Largura útildabase de ranhuraX
d
Reatân iasín ronasegundo oeixo diretoX
q
Reatân iasín ronasegundo oeixo emquadraturaX
s
Reatân iasín ronaporfasex
m
Deslo amento linear in rementalZ
Número total de ondutoresα
Ângulo interno asso iado aoraiode orteúni o de rotorα
m
Deslo amento angularin rementalβ
Razão de aspe to polarβ
opt
Razão de aspe to polarpósotimizaçãoβ
t
Passo de rotaçãolongitudinal dapá de turbina eóli aΓ
Superfí iede denição de um domínioγ
Relaçãode perlamentoda sapatapolarγ
c
Fator interno ao oe ientede Carterγ
opt
Relaçãode perlamentoda sapatapolarpós otimização∆T
Variaçãode temperaturaδ
Ângulo de argaδ
mn
Deltade Krone kerδ
1
Quantidade asso iada agrandezas, dimensõese geometria de ranhuraǫ
0
Permissividade do arη
Rendimentoda onversãoθ
Referên iade deslo amentoangularλ
Relaçãoentre os diâmetros internoe externo de estatorλ
t
Relaçãoentre as velo idades lineare angularde turbinaeóli aµ
a
Permeabilidade doímãµ
r
Permeabilidade relativaµ
0
Permeabilidade doarρ
Peso espe í oou densidade de arga elétri aρ
Cu
Resistividadedo obreσ
F
Coe ienteasso iado as perdas por orrentes de Fou aultσ
H
Coe iente asso iadoas perdas por histereseτ
Razão í li a de haveadorτ
a
Ar opolarτ
p
Passo polarτ
w
Passo de enrolamentoτ
mn
Tensor das tensões de Maxwellτ
m1
,τ
m2
,τ
m3
Componentes artesianas dotensor das tensões de Maxwellτ
rh
Passo de ranhuraΦ
Fluxo magnéti oψ
a
Fluxo doímãψ
d
Fluxo desmagnetizanteψ
e
Fluxo através de entreferroψ
f
Fluxo indutorψ
j
Componentede uxo magnéti o asso iado aum dispositivoψ
l
Fluxo de dispersãoψ
r
Fluxo remanenteψ
mi
Funçõesde restrição asso iadasa pro esso de otimização4.1 Propriedadesdas prin ipaisligasmagnéti as rígidas . . . 50
6.1 Grandezas edimensõesprin ipais . . . 95
6.2 Conjuntos Estator-Rotor referen iados . . . 102
6.3 Grandezas edimensõesprin ipaisdoprotótipoPCVRA . . . 114
8.1 Vetor de dados -ProtótipoPCVRA. . . 179
8.2 Vetor de dados -ProtótipoPCVRpA. . . 183
8.3 Parâmetros Indutivos -Variação Per entual . . . 196
3.1 CargaMagnéti a Espe í a[T℄ versus passo polar[m℄ . . . 27
3.2 CargaElétri a Espe í a [kA/m℄ versus passo polar[m℄ . . . 28
3.3 Fator de Utilização [wb.A/m3℄ versus passo polar[m℄ . . . 31
3.4 Passo Polar[m℄ versus Potên iaútildesenvolvida [kW℄ . . . 35
3.5 Representações idealizada(Carter) e original(ranhurada) . . . 38
3.6 Parametrizaçãodas dimensõesestatóri as. . . 39
3.7 Funçãoquadráti a versus lambda . . . 40
3.8 Funçãode Cobreversus lambda . . . 41
3.9 Máximos de lambda(1) e daFunção de Utilização
F
0
(2) . . . 424.1 Curvas de Histerese típi as para ligasbrandas (a) erígidas (b) . . . 47
4.2 Evolução do produto BHmax[kJ/m3℄ para ligasrígidas . . . 48
4.3 Cara terísti as típi as para asprin ipaisligasrígidas . . . 49
4.4 Representação equivalente -variantes Thévenin e Norton . . . 51
4.5 Cara terísti a
Ψ(F )xF
. . . 524.6 Cara terísti aB(H)xH . . . 52
4.7 Eletroímã- per ursoAmperiano . . . 53
4.8 Cara terísti aB(H)xH . . . 54
4.9 Representação equivalente -variante de Norton . . . 56
4.10 Cir uitoequivalente- ondição de vazio . . . 58
4.11 DiagramaBH - Cara terísti as doímã, de re uoe de dispersão . . . 59
4.12 Cir uitoequivalente- ondição de arga . . . 59
5.1 Cir uitomagnéti o por par de pólos. . . 64
5.2 ConguraçõesSPM-IPM típi as - eixosreferen iais . . . 65
5.3 Estruturas SPM eIPM . . . 67
5.4 Organogramageral de projeto . . . 69
5.5 Dimensõesprin ipais- etapa (1) . . . 70
5.6 Estrutura SPM -parametrização dimensional . . . 71
5.7 Estrutura IPM - parametrização dimensional . . . 73
5.8 Dimensionamento dorotor -etapa (2). . . 74
5.9 Dimensionamento doestator- etapas (3) e (4) . . . 76
5.10 Elementosde he agem . . . 79
6.1 Conguração dosistema proposto . . . 85
6.2 Cara terísti as opera ionais . . . 86
6.3 Diagramade tensões . . . 87
6.4 Tensõesterminais. . . 87
6.5 Potên ia - ondições limites . . . 88
6.6 Torque - Condiçõeslimites . . . 89
6.7 Torque - regiõesopera ionais. . . 90
6.8 Turbina - ara terísti a
[T (w
s
) × w
s
]
. . . 90 6.9 Estruturas típi as dos tiposSPM e IPM . . . 916.10 Variação paramétri a das estruturas om diâmetroestatóri o . . . 92
6.11 Variação paramétri a das estruturas om aespessura do ímã . . . 93
6.12 Variação paramétri a oma espessura doímãe entreferro . . . 95
6.13 Peças de Ferrites . . . 96
6.14 Laminaçãode Fe-Si . . . 96
6.15 Estator- vista explodida em orte . . . 97
6.16 Rotor -vista explodida por passo polar . . . 98
6.17 Laminaçãoestatóri a - impregnaçãodiferen iada. . . 98
6.18 Vistainterna (SV) . . . 99
6.21 Estator(CV) . . . 99
6.22 Vistainterna (SV/I) . . . 100
6.23 Estator(SV/I) . . . 100 6.24 Elementosrotóri os . . . 100 6.25 Rotor (RM) . . . 100 6.26 Rotor (RF) . . . 101 6.27 Rotor (RA) . . . 101 6.28 Conjuntos estatóri os . . . 102 6.29 Rotoresmontados . . . 102
6.30 Perdas noferro - ProtótiposPCVRM e PCVRF . . . 107
6.31 Perdas noferro - ProtótiposPCVRF e PCVRA . . . 108
6.32 Perdas noferro - ProtótiposPSVRA/I e PSVRA . . . 109
6.33 Perdas noferro - ProtótiposPSVRA e PCVRA . . . 109
6.34 Rotor om peças polares ma iças emaço . . . 110
6.35 Rotor om peças polares laminadasem aço . . . 111
6.36 Rotor om peças polares laminadasem Ferro-Silí io . . . 112
6.37 RendimentodaConversão -Quadro Geral . . . 112
6.38 Fluxo de eixo 'd' . . . 113
6.39 Fluxo de eixo 'q' . . . 113
7.1 Estruturas dos tipos IPM-SPM . . . 118
7.2 Condutor ideal sob ampomagnéti o . . . 126
7.3 Superfí ie de denição . . . 129
7.4 Estruturas om ranhuras semiabertas e fe hadas . . . 133
7.5 Parametrização . . . 133
7.6 Fluxo avazio . . . 133
7.7 Evolução dorotor porpasso de ranhura . . . 135
7.8 Protótipo PCVRA- ara terísti ade tensãoa vazio . . . 137
7.9 Protótipo PCVRA- ara terísti ade oggingtorque . . . 137
7.12 Fresageminterpolar . . . 140
7.13 Perlamento . . . 140
7.14 Plataformade ensaios . . . 140
7.15 Forças eletromotrizes . . . 141
7.16 Torque desenvolvido . . . 141
7.17 Tensão sob arga . . . 142
7.18 Torque desenvolvido . . . 142
7.19 Reaçãodesmagnetizante daarmadura . . . 143
7.20 Referên iaquanto a desmagnetização . . . 143
7.21 Fems geradas- Aquisição por ál ulo de ampos . . . 144
7.22 Fems geradas- Aquisição pelaexperimentação . . . 144
7.23 Transdução de esforços à élula de arga . . . 144
7.24 Aquisição, registro earmazenamento de dados . . . 144
7.25 Coggingtorque - Aquisição por ál ulo de ampos . . . 145
7.26 Coggingtorque - Aquisição pelaexperimentação . . . 145
7.27 Protótipo arotor externo - onguraçãooriginal . . . 147
7.28 Protótipo arotor externo - onguraçãooriginal(a) emodi ada (b) . . . . 147
7.29 Protótipo arotor externo - oggingtorque por passo polar . . . 148
7.30 Dispositivo dotipo INSET - onguração de ampo . . . 149
7.31 Rotor INSET- estruturas original (a)e modi ada(b) . . . 150
7.32 Rotor INSET: Cogging torque porpasso de ranhura . . . 150
7.33 Protótipo MASAP-APP1: domíniode estudo . . . 152
7.34 Protótipo MASAP-APP1: onguraçãode ampo original . . . 152
7.35 MASAP-APP1: Conguração de ampo original(a) emodi ada (b) . . . . 153
7.36 MASAP-APP1: Cogging torque porpasso de ranhura . . . 154
7.37 Condiçãode arga(40A)-torqueeletromagnéti o[N.m℄porpassopolar[
(grau)
℄155 7.38 MASAP-APP1: Força eletromotriz por passopolar(MOUVEF) . . . 1567.39 MASAP-APP1: Força eletromotriz por passopolar(EFCAD-2D) . . . 156
8.2 Fluxograma geraldo pro esso . . . 176
8.3 Plataformade ensaios: vistas (a)e(b) . . . 177
8.4 EstatorCV; vistasinterna(a) elateral (b) . . . 178
8.5 Rotor não-perladoRA01 (a)e perlado RAp01 (b) . . . 179
8.6 Protótipo PCVRA- Cara terísti aexterna . . . 180
8.7 Protótipo PCVRA- Fluxos de eixo direto(a) eem quadratura (b) . . . 181
8.8 Protótipo PCVRA- Cara terísti as externas . . . 182
8.9 Protótipo PCVRpA - Fluxosde eixo direto(a)e emquadratura (b) . . . 184
8.10 Protótipo PCVRpA - Cara terísti as externas . . . 184
8.11 Inuên iado perlamento- eixoem quadratura . . . 186
8.12 Dispositivo auxo axial . . . 189
8.13 Dispositivo auxo axial- ara terísti asexternas . . . 190
8.14 Dispositivo sem peças polares . . . 191
8.15 Dispositivo sem peças polares - ara terísti as externas . . . 192
8.16 Dispositivo aanel-es ovas- (a) rotor; (b) estator . . . 194
Introdução
O estudo dos onversores bidire ionaisde energia, objeto daeletrome âni a, pode ser
on-siderado um ponto nodal na engenharia elétri a. Deste modo, enquanto área de interesse
quepriorizaein orpora on eitose informaçõesde vários outrosramosdo onhe imento,a
saber, dame âni a,termodinâmi a,a ústi a, iên iasdosmateriaiseoutros,podeser vista
omo sede de interações om ada uma dessas vias do onhe imento, em maior ou menor
grau, a depender daênfase, natureza oufase de estudo emquestão.
Eviden ia-se, portanto, que desde os primórdios da eletri idade, em meados do sé ulo
dezenove,as limitaçõesde araterteóri ode então não impossibilitaramodesenvolvimento
de aparatos eletrome âni os, em que a superação dos problemas te nológi os nessa fase
pioneira passava, ne essariamente, pelo binmio onstrução-experimentação, nosentido de
se fazerinterpolaçõessobre as ara terísti asfun ionaisdos dispositivosdesenvolvidos.
A partir daí onstata-se, ronologi amente, que a evolução de tais desenvolvimentos se
baseia,essen ialmente, naquilo quedizrespeito aosaspe tos vin uladosàsuaformalização,
aos materiais envolvidos nasua onstrução eaos modelos de estudo utilizadosna
interpre-tação dos fenmenos físi osenvolvidos nasua operação.
Deste modo e a partir dosé ulo vinte, aevolução do onhe imento relativoaos
on ei-tos físi os, possibilitouo desenvolvimento de modelos adequados à análise e on epção de
tais aparatos, apesar doelevado grau de repetitividade dos ál ulos eiteraçõesdas tarefas
inerentes aesses pro essos.
rígidas,promoveram desdobramentos onsideráveis nestaárea do onhe imento,
poten iali-zando signi ativamentea diversidade de apli ações neste domínio.
No que diz respeito às ferramentas de análise e síntese, alterações substan iais no
pro- esso de dimensionamento dos dispositivosde orrente ontínua ealternada, foram
eviden- iadas a partir dadé ada de inqüenta , om o apare imento das primeiras al uladoras e
omputadores programáveis, ongurando uma nova visão sobre os pro edimentos de
aná-lise e síntese até então levados a efeito, materializada através da revisão e adaptação dos
métodosde ál uloedetrabalhosnestaáreado onhe imento,extensivaaodesenvolvimento
de novos dispositivos.
Relativamentea estes trabalhos, foram onstatados a partir de então, desdobramentos
importantesnodesenvolvimentodemáquinasex itadasporímãspermanentes,noquetange
à exploração de novas ongurações e ao aumento do rendimento fun ional, omparativ
a-menteàs máquinasde onstrução lássi a,dentre outros aspe tos orrelatos.
Neste sentido e omoanteriormentesalientado,osdesenvolvimentosdas ligas erâmi as
e de terras raras, da eletrni a de potên ia e dos re ursos de informáti a, protagonizaram
os avanços mais re entes naqueles a ionamentos om base nas ongurações itadas.
Com apossibilidadede alimentaçãovia onversor estáti odadoaoseure ente
desenvol-vimento nas últimas dé adas, tal desao não apenas persiste mas are e de onsiderações
espe iais, fa eàsnovaspoten ialidadesde apli açãodessasnovasestruturas aímãs
perma-nentes.
Comrelaçãoàsalternativasdedeniçãodessasestruturas ristalizam-sepelomenosduas
diretrizesprin ipaisde abordagemnessedomíniode interesse, quaissejam: umaqueanalisa
o universo de possibilidades, ouopções, dentre as possíveis estruturas andidatas, e outra,
que bus a melhorsolução individualizadaa partirde uma opção ou onguração denida.
Na primeirarota de per urso a tendên ia de projeto tem, omo ponto de partida,
pro- edimentos analíti os gerais para, posteriormente, se fazer a es olha da onguração da
estrutura om base nas restrições impostas. Asso ia-se, a seguir, o renamento de projeto
através de ál ulo de ampos, visando denir a solução, o que seria uma es olha dentro
do universo de possibilidades; já a segunda trajetória tende, normalmente, a exe utar um
asso iados ao ál ulo de amposbus ando, desta forma,a melhorsolução individualizada.
Fundamentada nas onsiderações anteriores, eviden ia-se que a possibilidade da
on- epção assistida, tal omo a análise desses dispositivos, tem por base a integração de três
elementos essen iais que se omplementam durante o pro esso. Em primeiro lugar, uma
base de dados onsistente, om a qualse deve desta ar a exibilidade doseu uso e o grau
de interatividade om o usuário; posteriormente, em representações relativamente
dedig-nas da estrutura, através de ir uitos elétri os e magnéti os equivalentes, uja relação de
espelhamento deve ser ponderada a partirdo binmio pre isãode resultados versus tempo
de exe ução e,naseqüên ia, num sub-sistema de ál ulo de ampos,quepossibilitea
om-paraçãoouveri açãode resultadosoriundosdos pro edimentosanalíti osanteriores, omo
forma de possibilitar mudanças e alterações su essivas no pro esso, até uma onvergên ia
satisfatóriapara a estrutura solução.
As etapas desenvolvidas no âmbito deste trabalho estão apresentadas segundo uma
seqüên ia de nove apítulos, sistematizados onformedes rito a seguir.
No segundo apítulo é feito um levantamento bibliográ o sobre a evolução dos
on- eitos, desenvolvimento de materiais e modelos de estudo asso iados a análise e on epção
dos dispositivos eletrome âni os,parti ularmenteno aso daqueles ex itadospor ímãs
per-manentes ressaltando, de forma ronológi a, os prin ipaisaspe tos ligados à sua trajetória
te nológi a.
No apítulo três é abordada a formalização de on eitos, asso iada à análise e
on ep-ção daqueles dispositivos, fundamentada nos prin ípios bási os e relações fun ionais que
tipi amo pro esso da onversão atravésdos prin ipaiselementos de denição, grandezas,
fatores e funçõesde utilizaçãoenvolvidos.
No quarto apítulo érealizadoum levantamento dos prin ipaistipos de materiais
mag-néti os utilizados e suas ara terísti as, om destaque para as ligas rígidas erâmi as e de
terras raras em que se enfatizam o modelo de estudo baseado no ir uito magnéti o por
pólo daestrutura e osdiagramas de estado orrespondentes.
No apítulo in o é realizado um des ritivo sobre as prin ipais ongurações a ímãs
permanentes, notadamentevin uladasàdisposição das peças imantadasnorotor do
restrições dimensionaisdessas estruturas.
Nosexto apítuloforamdesenvolvidosaanálise,deniçãoeprojetodeestruturasaímãs
transversais do tipo IPM, para fun ionamento omo gerador om base nos ondi ionantes
vin uladosaoa ionamentoprimário. Taisdesenvolvimentos, materializadossob aformade
pares inter ambiáveis estator-rotor,nototal de nove ongurações onstruídas,
possibilita-ram não apenas a es olha da melhor onguração ara terizada mas tambéma adoção de
um onjuntode ritérios ediretrizes de exe uçãopara este tipo de estrutura, noâmbito do
trabalhorealizado.
Com oobjetivode aperfeiçoara onguraçãoes olhidaapresenta-se, nosétimo apítulo,
odesenvolvimentodeumaté ni adereduçãoda omponentederelutân iadotorquedevido
à abertura das ranhuras, baseada em um pro esso de otimização da razão de aspe to do
rotor e da relação de perlamento da peça polar, para estruturas a ímãs transversais do
tipo IPM. Com base na onguração anteriormente es olhida e fundamentada no referido
pro esso,umnovorotorfoiprojetadoe onstruído,nosentidodeveri arevalidaraté ni a
proposta edesenvolvida.
Com referên ia ao pro esso desenvolvido e omo forma de omplementariedade ao
es-tudo, esta té ni ade minimização foiapli adaa diferentes tiposde estruturas, de natureza
e autoria externas a este trabalho, objetivando onsistir sua apli ação às demais outras
ongurações.
No oitavo apítulo,dedi ado à ara terizaçãodos dispositivosprojetados e onstruídos,
édesenvolvidaumaté ni adeestimativadeseus parâmetrosde regimepermanente,
asso i-ada diretamenteàs suas reatân ias de eixodireto e emquadratura, aqual éfundamentada
e formalizadaatravésdomodeloa duas reações, tal omovalidada ombase em sua
ara -terísti a externa, ou de arga, onsiderada a verdadeira resposta fun ional do dispositivo,
segundo suas ondiçõesopera ionais.
De modo similar ao tratado no apítulo anterior, o pro esso de determinação dos
pa-râmetros desenvolvido foi também apli ado a estruturas alheias a este trabalho, no que
on erne à sua validação eanálise omparativa om outros métodos experimentais.
No nono apítulo desta memória, são apresentados aspe tos de natureza on lusiva e
Revisão Bibliográ a
A utilizaçãodas ligas magnéti as rígidas na onstrução eletrome âni a data das primeiras
dé adas do sé ulo vinte, onforme seu apare imento se ongurava e sua disponibilidade
se onsolidava omer ialmente [1℄. Ini ialmenteutilizadas eminstrumentos de laboratório,
tais omo galvanmetrose ta metros,somenteapartir dasegunda metade daquele sé ulo
éque surgemosprimeirosprotótiposde máquinaselétri asquefazem uso dessesmateriais,
após aprodução emes ala industrialdaliga de Alni o.
Tendo-seoriginalmente omoobjetivopoten ialasubstituiçãopuraesimplesdo ir uito
de ex itaçãodotipobobina-nú leoporímãspermanentes emgeradores, osprojetos
pionei-rosse fundamentavam, essen ialmente, nobinmio onstrução-experimentação, apartir do
desenvolvimento de pequenos protótipos, em es ala, e no onseqüente emprego de regras
semiempíri asde dimensionamento.
Os estudosde viabilidadedos primeirosprotótipos[2℄, forammotivados sobretudo pela
possibilidade de apli ação na indústria aeronáuti a e em aparatos portáteis. Utilizando a
formulação lássi a de dimensionamento,assim omo representações por ir uitos
magnéti- os equivalentes, Brainard e Strauss [3, 4℄ analisaram, opera ionalmente, tais protótipos à
luzdasvantagensedesvantagensde adatipodeestrutura,visando ompatibilizarovolume
dos materiaisenvolvidoseodesempenhodessesdispositivos,relativamenteaos ustosnais
dodesenvolvimento [5℄.
Utilizandoligasde maiordensidadede energia,aindade Alni o, surgemnovasvariantes
imantadas,fa e à desmagnetização.
Muito embora tais problemas fossem levantados em nível de projeto para a operação
omo gerador, Merrill [7℄ ompara o desempenho de protótipos onstruídos om base em
ímãs permanentes om motores de indução de potên iafra ionária, neste modode
fun io-namento, para asmesmas ondiçõesde regimee apli ação.
Neste sentido e segundo omentário de P. L. Alger neste mesmo artigo [7℄, tal tipo de
estrutura a ímãs permanentes, teria grande importân ia doravante, por olo ar
ara te-rísti as superiores às dos demais motores de porte equivalente; todavia, ainda dependeria
fortementedas ara terísti ase ustosdenovasligasaseremdesenvolvidasepoten ialmente
in orporadas a esses projetos.
Apesardeadmitirem omoóbviasasvantagensa ima itadas,HanrahaneToolo[8,9℄,
alertam para o fato de algumas grandezas não poderem ser denidas independentemente,
quando do pro esso de ál ulo. Nesta mesma direção um pro edimento empíri o de
a-ra terização é desenvolvido porCahill e Adkins[10℄, osquais expli itam a omposição das
omponentes de orrente, segundo o eixo direto e em quadratura, através de vários
en-saios sobre um motorexistente, assim omo determinama inuên ia dasaturação sobre as
reatân ias orrespondentes.
Do nal da segunda grande guerra aos anos sessenta, veri ou-se uma aparente
alma-ria, senão uma estabilização, no que on erne ao desenvolvimento de novos protótipos ou
de grandes avanços na utilização desses materiais lássi os, na onstrução eletrome âni a.
Talvez pela exaustão do uso de ligas de baixo ampo oer itivo, omo as da família do
Alni o, Ti onal e outros, ou até mesmo pelas limitações das ferramentas e pro edimentos
de análise e síntese até então utilizadospelos projetistas e onstrutores.
No que dizrespeito aos materiaismagnéti os, estudose pesquisas om novos
aglomera-dos erâmi os dão um novo alento a esses desenvolvimentos, até então arrefe idos.
Referi-dos materiaisforam lassi ados, ini ialmente, omo de par ial ou de ompleta orientação
magnéti a ujoselementosasso iados aoóxido de Ferro (
XXO.6F e
2
O
3
), aquinotados por (XX
),eram prin ipalmenteoBário (Ba
) e oEstrn io(Sr
)[11, 12℄.Com base emvários ritériosanalíti osum levantamentodas prin ipaisligas
elementos das terras raras, sobretudo Samário (
Sm
) e Cobalto (Co
), na épo a em fase de desenvolvimento,a ujo respeito Methfessel [14℄ salientaque até osúltimos vinte anos taiselementospoderiamser onsideradosapenas uriosidades ientí as, emrazão doaltonível
de similaridade entre suas propriedadesfísi o-quími as,oqualse apresentava omoum
an-tifatordedesenvolvimentoeexploraçãodosmesmos. Poroutrolado,ane essidade adavez
maiorde substân ias omaltograude pureza, requisitadapelaindústrianu learviabilizou,
demaneiraindireta,opro essode separaçãodesseselementosatravésdemétodose
pro edi-mentosefetivosde fra ionamento, possibilitandosua utilizaçãoemligasouenrique imento
de materiais usadosna engenharia,de modogeral.
Na seqüên ia desta evolução surgem vários trabalhos que analisam a poten ialidade
dessas novas ligasdas terras raras, tantodo ponto de vista dodomínio te nológi o quanto
de suaapli açãonaeletrome âni a [15℄. Nesta linhade onsideraçõesérealizado,porGallo
[16℄, um exaustivolevantamentodesse onjuntode materiais,dopontode vistadobinmio
apli ação- ustos, on luindoqueafamíliabase dosAlni oseria progressivamentedeslo ada
para a utilizaçãoem onversores de sinais, tipo instrumentos de mediçãoe ontrole; a das
Ferrites,teriasu essivapredominân iaemdispositivosde potên iafra ionáriaedepequena
potên ia,enquantoadasterrasrarasse onsolidariapaulatinamenteemapli açõesnasquais
fosse exigida a ne essidade de fortes ampos desmagnetizantes, omo seriam os asos dos
motorese geradores de pequena e médiapotên ia.
Do ponto de vista dos métodos de análise e impulsionados pela ne essidade de uma
pre isão maior de resultados, pelaexigên ia de um índi e melhor de qualidade e, por m,
por uma redução maior de ustos de produção dos dispositivos, a adoção de uma nova
abordagem de ál ulo na eletrome âni a, se fazia ada vez mais ne essária e oportuna,
neste domínio.
Nas e daí a orientação de se bus ar, através de soluções numéri as, a superação desta
questão; qual seja, da impossibilidade de se onseguir soluções analíti as fe hadas para
a determinação dos ampos eletromagnéti os em regiões de estudo parti ulares, em dada
onguração.
Noutro sentido sebus ava uma resposta àsimulação do omportamentode um sistema
de isão quando dopro esso de análise oude síntese daquele sistema.
Destamaneira,alguns lássi osdaárea, omoBinns-Lawrenson,Chari-SilvestereT
ouzot-Dhatt [1719℄, reportam que o ondi ionamento do problema em questão, assim omo o
tratamento das equações de Lapla e e Poisson, no domínio do eletromagnetismo apli ado
aos onversoreseletrome âni os, seguiriamamesmasistemáti aadotadaemoutros ampos
daengenharia.
Conforme problemasanálogosname âni a dos sólidos,dos uidos enatermodinâmi a,
oestudodesses fenmenossedaria atravésde sua formalização,apartirde um onjuntode
equações diferen iaisa derivadas par iais representando ofenmeno em estudo, daadoção
de té ni as numéri as para a sua resolução propriamente dita, tal omo de sistemas de
informáti apara a exe ução de seu pro essamento.
Neste parti ular eemtermos de métodos numéri os, oemprego de taisté ni as através
das diferenças nitas ou dos elementos nitos, permite transformar o onjunto de
equa-ções diferen iais original, em um sistema de equações algébri as orrespondentes, em que
as variáveis des onhe idas, geralmente os poten iais es alar e vetorial, elétri o e
magné-ti o, são determinadas segundo uma tolerân ia arbitrada dentrode um domíniode estudo,
anteriormenteespe i ado atravésde suas ondições de ontorno.
Originalmente apli adas na resolução de problemas ligados à engenharia me âni a nos
anos inqüenta,asté ni asmen ionadasforamadaptadaseutilizadasnaengenhariaelétri a
apartirdosanos sessentadaquelemesmosé ulo,emproblemasrelativosàdeterminaçãoda
onguração de ampos em estruturas eletromagnéti as, sobretudo om vistas à
ara teri-zação de dispositivos eao levantamento de suas relaçõesfun ionais.
Neste sentido se onstatamos primeirosdesenvolvimentos de ferramentas de ál ulo de
ampos utilizando-se diferenças nitas para a determinação da ara terísti a de ir uito
aberto, em máquinas sín ronas de pólos salientes [20℄, a partir da determinação da
indu-ção magnéti a no entreferro da máquina, onsiderando-se tão somente os efeitos da sua
omponente radial.
Muito embora os métodos de resolução até então empregados sejam, omo itado,
ba-seados emdiferenças nitas,elementosnitos de primeiraordemsão utilizadosporChari e
nalda energiaasso iado, sendo a entuado pelos autoresque, emtermos omputa ionais, a
relação tempo- usto éapenas uma fração daquelaque se eviden ia om outros métodos.
Ainda omrelaçãoà ara terizaçãode dispositivos,Fu hseErdélyipropõem,emartigos
seqüen iados [2224℄, um método baseado em diferenças nitas para a determinação das
reatân ias, segundo os eixos direto e em quadratura, de um alternador de pólos salientes,
muito embora que eviden iada adi uldade parare omporoperl originalde geometrias
omplexas,fa e à malhagemde elementosrealizada.
Por outro lado e se onsiderando o elevado número de equações a serem resolvidas
após dis retização de um problema modelado por elementos nitos, Silvester, Cabayan e
Browne[25℄,aperfeiçoarameimplementaramváriasté ni as numéri asadaptadas àanálise
de alternadores,nosentido de tornarmaise ienteo tratamentodas ondiçõesde ontorno
das urvas ara terísti asde relutividade dos materiais,da ompa taçãode matrizese, por
m, da a eleraçãodo pro esso de ál ulo.
Nesta mesmalinhade apli açãoumtrabalhosedesta afa eaosdemais,emque
Rane-jad e Sabonnadière [26℄ implementam um sistema de ál ulo baseado em elementosnitos
em duas dimensões, para a resolução de uma estrutura eletromagnéti a, levando em onta
a não-linearidade do material. Apesar do eletroímã utilizado omo exemplo de apli ação
naquele trabalho [26℄ não onstituir nenhuma omplexidade parti ular enquanto
disposi-tivo eletrome âni o, a resolução de um problema de ál ulo de ampos na eletrome âni a
é abordada segundo dois aspe tos novos: primeiro, a possibilidade de se tratar a questão
do a ionamento omo um problema a oplado, em que as equações de ampo e do ir uito
elétri o equivalente são resolvidas passo-a-passo, onforme a evolução dinâmi ado sistema
e,segundo, oproblemadaresolução por ál ulode amposé olo ado,dopontode vistada
interatividade om o usuário,propondo objetivamentea partiçãodo sistemade ál ulo em
três módulos bási os: pré-pro essamento,resolvedor e pós-pro essamento oude exploração
de resultados.
Em relação aos trabalhos realizados no sentido da utilização de novos materiais e
mé-todos até então levados a efeito [27, 28℄, foram onstatados desdobramentos importantes,
não apenas no que on erne à análise das máquinas elétri as de onstrução lássi a, omo
desenvolvi-máquinas ex itadas porímãs permanentes no que tange à exploração de novas topologias,
de novos elementos onstrutivos [34, 35℄, assim omo do relativo aumento do rendimento
opera ionale ao res imentosu essivo dapotên ia massiva,dentre outros aspe tos ans.
Ressalta-se, em relação ao aspe to onstrutivo que, normalmente, tais elementos estão
ondi ionados àmaneira pelaqual a trajetória prin ipalde uxo do ampo é onnada ao
longo do ir uito magnéti o porpólodamáquina [36℄. No aso, e neste aspe to, dois tipos
de estruturas eletromagnéti as se desta am: as hamadasestruturas de uxo axial e as de
uxo radial [37℄, em que nas primeiraso uxo proveniente dos ímãs possui, originalmente,
uma direção paralela ao eixo longitudinal de rotação, ujas peças imantadas, em geral
sob a forma dis oidal, são posi ionadas internamente ao rotor, semelhante à onguração
em "garras", ou estrutura de Lundel [38℄, enquanto nas estruturas a uxo radial [39, 40℄,
seu onnamento se dá numa direção normal ao eixo de rotação, e os ímãs sob a forma
anular, trapezoidal ou de paralelepípedo, são dispostos sobre ou internamente ao rotor, de
formasimilar à onguração engastada,ou transversal (Buried PM Ma hines), ea de ímãs
sobrepostos aorotor (Surfa eMounted PMMa hines), possuindoounão peças polares.
Com base nessasnuançasde inovaçãoeviden ia-se, prin ipalmentedopontode vistada
demanda,umatendên iamoderadaàsubstituiçãodasmáquinas lássi asdostipossín rona,
de indução[41℄ede orrente ontínuapordispositivosaímãspermanentes,emalguns asos
para fun ionamento omo geradormas essen ialmentepara fun ionamento omo motor.
Opera ionalmente, eviden ia-se que tais dispositivos são projetados para interligação
diretamenteà rede ou alimentados via onversor estáti o; no primeiro aso háne essidade
degaioladepartida,àsemelhançadosmotoresdeindução lássi ose,nosegundo,o ontrole
de posiçãoprovê quandoda alimentação, ainformaçãone essária à a eleração do onjunto
máquina- arga.
Desta am-se, nestemodoparti ular deex itação,dois tiposde a ionadores[42℄;aqueles
ujarealimentaçãodeposiçãoéfeita ontinuamenteesãoalimentadossegundoumaformade
onda senoidal, omo os motores sín ronos onven ionais (Permanent Magnet Syn hronous
Ma hine-PMSM), eoutros, onhe idos omo motoresa ímãs sem es ovas (Brushless),para
os quais a realimentação da posição é feita de modo inter alado (
60
◦
− 120
◦
ele
) a partir
Ainda om relação ao aspe to de poten ialidadesquanto à alimentação e inovações, no
que dizrespeito a diferentes estruturas, importantes desdobramentostêm sido onstatados
emoutros tipos de ongurações, omo no aso das máquinas à relutân ia, prin ipalmente
noto anteasoli itaçõesde altasrazõesde torque porunidade de volume ou apa idadede
onversão dodispositivo.
Relativoàs variantes en ontradas e onforme a disposição e a formada parte
magneti- amente passiva, em geral o rotor, tais dispositivos são onhe idos, via de regra, omo de
laminaçãoradial, axiale de dupla saliên ia.
Neste sentido, vários trabalhos são desenvolvidos sobre dispositivos à laminaçãoradial
e axial, prin ipalmente no que diz respeito a estudos omparativos sobre diferentes tipos
de estruturas [43, 44℄, quanto aomodo de alimentaçãoe desempenho, à análisedo ir uito
magnéti o fa e à operação em regime permanente e grandezas essen iais [45, 46℄, assim
omoa ênfaseemaspe tos ligadosarelaçõesparamétri as,em omparação oma máquina
de indução onven ional [47℄.
Maisre entementeeaindanestalinha, Staton,MillereWood[48℄, estabele emrelações
importantes entre parâmetros de interesse e de dimensionamento, relativos a três tipos
de estruturas e ponderam seus desempenhos fa e ao motor de indução, para determinada
apli ação. Por outro lado, Matsuo e Lipo [49℄, eviden iam que o dimensionamento do
motor sín ronode relutân ia,de laminaçãoaxial,pode ser aperfeiçoadoatravésda es olha
adequada do fator laminação-isolação, ressaltando ainda que razões de saliên ia da ordem
de sete a oito, podem ser onseguidas para esta estrutura além de poder operar segundo
um fatorde potên ia omparável, e torque máximo superior, aos de um motor de indução
de apa idade equivalente.
Outros trabalhos analisam diferentes estruturas, doponto de vistade fatores seletivos,
omoobjetivodepres rição àsmais variadasapli ações[50℄, tal omoelementosdeprojeto
quepossibilitemseu melhordesempenho [51,52℄; omo tiposde enrolamento,in linaçãode
ranhuras, minimização de perdas, utuações de torque e limites opera ionais de
tempera-tura.
Por outro lado, no to ante aos dispositivos de dupla saliên ia, Miller e M Gilp [53℄,
dição das formas de ondas de tensão/ orrente, ne essárias à sua alimentação.
Noutro sentido, Randun [54℄ elabora um pro edimento analíti o de dimensionamento
om vistas à previsão de desempenho e diretrizes de projeto, validado sobre um protótipo
de 90 kw/25000 rpm. Expli ita-se, ainda, neste trabalho, que este tipo de a ionador é
ara terizado por sua grande robustez, tolerân ia a falhas e operação a altas velo idades,
ujasapli açõestípi as seen ontram nas indústrias aeronáuti a eautomotiva.
Comrelaçãoàsapli ações,eviden ia-seumagrandediversidadeparaestetipode
a iona-dor, prevale endo aquelas queexigem elevadas soli itaçõesde torque, tais omo
máquinas-ferramentasparainstalaçãodemineração,hidráuli as, ompressores, traçãome âni a,
uten-sílios domésti os, omo máquinas de lavar, de manutenção de pisos, et ., além de serem
apresentadas porMiller [55℄, várias relações paramétri asimportantes e re omendações de
projeto,paraeste tipodeestrutura, omvistasàminimizaçãodoruídoa ústi oemtaltipo
de a ionamento.
Men ionadas soli itações da demanda muito embora paulatinas mas num res endo,
tipi amprogressivamenteoredimensionamentodeoutrosdispositivosaímãspermanentes,
independentemente da forma ou do modo de alimentação, omo as de uxo axial, tipo
estrutura de Lundel, assim omo aquelas do tipo a uxo radial, na grande diversidade e
maioriados projetos queenvolvem o a ionamentoindustrial.
Constatou-se, então, o desenvolvimento de alguns protótipos a uxo axial [56, 57℄,
utilizando-se ligas erâmi as de Ferrites de Estrn io, para apli ações automotivas, om
base na estrutura em"garras", utilizada lassi amente. Apresentam-se também inovações
na geometria de máquinas a uxo axial, baseadas em ímãs de Ferrites, de forma dis oidal
[58, 59℄, para fun ionamento omo motor em apli açõesde pequena potên ia. Ainda om
relação a dispositivos a uxo axial, eviden ia-se um estudo sobre um alternador para
apli- ações aeronáuti as [60℄, utilizando-se ímãs de terras raras, tendo sua estrutura modelada
através de ir uitosmagnéti os equivalentes ede ál ulode ampos.
À ex eção dos trabalhos referen iados sobre estruturas a uxo axial, eviden ia-se um
dire ionamentoimportantenosprojetosdesenvolvidos, sejaporempresasouporinstituições
de pesquisa, no to ante a dispositivos de pequena potên ia, passíveis de serem utilizados
tes, deuxo radialede onguraçãotransversal emista,paraligaçãodiretaàrede,dotados
de gaiola de partida. Apresenta-se, ainda,um dispositivoa uxo radial [64℄, de onstrução
relativamente omplexa,dotadode ímãs anulares etransversais, uja gaiolade partidatem
formaparti ular, de as a ilíndri a,para apli açõesque exijamaltas velo idades.
No que dizrespeito à asso iação máquina- onversor, Carlson [65℄, apresentaum estudo
sobre uma onguraçãoa ímãs,a partirde uma estrutura auxo radial ompeças polares,
em omparação a uma similar, sem peças polares, para apli ações industriais. Salienta-se
queo autordesenvolveuma ferramentade ál ulode amposbaseada emdiferençasnitas
(DIFIMEDI), de aratergeral e modular,propondopossibilitaruma des rição simpli ada
e rápida daestrutura a ser estudada. Muito embora se onstatem a relevân ia e a
origina-lidadedaini iativaneste trabalho,eviden iam-se algumasdis repân iasemseus resultados
preliminares, prin ipalmente no que diz respeito à determinação das indutân ias, fa e à
experimentação.
Ainda no to anteamáquinas de uxo radial projetadas para partidadireta àrede [66℄,
é desenvolvido um protótipo de pequena potên ia a ímãs de Ferrites e proposto um novo
método de medição das reatân ias, o qual é utilizado para validar o modelo desenvolvido
parao ir uitomagnéti o porpólodamáquina. Osautores[66℄alertam,entretanto,para o
dimensionamentoadequadodagaiolade partidae de pontes amagnéti asa sereminseridas
no rotor, omo medidas de proteção dos ímãs, fa e à reação da armadura, sob ondições
parti ulares de operação.
Neste sentido, Dugué [67℄ analisa o pro esso de desmagnetização em um motor de
or-rente ontínua, ex itadoporímãsdeFerrites,salientandoqueparataisdispositivososefeitos
da reação da armadura não se dão de maneira uniforme sobre a peça imantada mas, sim,
om maior intensidade, à medida em que se distan iadoeixo polarda estrutura. No aso,
propõe-seaadoçãode enrolamentosamorte edores tradi ionais, omoelementosde
onten-çãodetaisefeitos. Omesmofenmenofoianalisadoemmotoresdepotên iafra ionária,por
Tran [68℄,quere omendaainserçãodesegmentosanularesde ímãsdemaior oer itividade,
nas zonas de maiorpoten ialde desmagnetização, omo formade ompensar taisefeitos.
Noutro sentidoe omoobjetivo de pesquisasobre ritériosde adaptaçãodaestrutura à
alimentadas por inversores de tensão e omutadores de orrente. Com base nos resultados
obtidosforamlevantadasvantagensedesvantagensdas estruturasanalisadas,veri ando-se
di uldades relativamente importantes quanto à denição de ondições ótimas de projeto,
naqueles asos em que o onversor estáti o sejapredenido.
Poroutro lado, estabele endo omo gurade mérito noprojeto de motores a ímãs
per-manentes, a maximização do produto rendimento-fator de potên ia, Binns e Barnard [71℄
pre onizamque,paratal,somenteautilizaçãode ligasde altadensidade energéti a,
asso i-ada à ompatibilizaçãodos ir uitoselétri o e magnéti o por pólo da máquina, possibilita
atingir este objetivo; os autores sugerem, ainda, maior atenção ao projeto da gaiola de
partidaparamáquinasaserem energizadasdiretamenteà rede,tal omoumaestreita
om-binação de efeitos dos ímãs e da relutân ia do ir uito magnéti o, para aquelas a serem
alimentadasvia onversor estáti o.
No que dizrespeito aodelineamentode linhasgerais de projeto para motoressín ronos
a ímãs radiais, é re omendada ainda, por Binns e Jabbar [72℄, uma onstrução que
pos-sibilite, me ani amente, uma baixa inér ia e, eletri amente, uma baixa impedân ia, além
de para manutenção daoperação a torque onstante, emque as formas de onda das forças
magnetomotrizes,de ampoede armadura,possuamomenor onteúdo harmni opossível.
Para analisara inuên ia dasaturação em máquinasde alto desempenho,Mathieu [73℄
desenvolve projetos de alguns dispositivos de pequena potên ia de uxo radial, utilizando
ímãsde Ferritesede terrasraras, tendo omopoten ialapli açãooa ionamentoindustrial.
Apli ados aos dispositivos projetados, oautor desenvolve ainda modelos analíti ospara os
seus ir uitos magnéti o e térmi o, omparando os resultados om o ál ulo de ampos e
om aexperimentação,tendotambémporobjetivoamaximizaçãodapotên iamassivaem
seusprojetosutiliza,parti ularmente,ímãsdeSamário-Cobaltoemumaestruturaà
on en-traçãode uxo. No aso,advogaqueaotimização dodimensionamentododispositivo, om
base namaximização daquela grandeza passa, ne essariamente, pela otimização do torque
eletromagnéti o para erto volume da estrutura, muito embora haja sempre, nesses asos,
a ne essidade dain lusãode refrigeração forçada noprojeto damáquina.
É interessante observar que, histori amente, a adequação de um a ionamento a uma
dasinstalações,aindasãointerligadasdiretamenteàalimentaçãopadronizada,sejamelasde
orrente ontínuaoualternada,osorganismosdenormatizaçãointerna ionaisestabele eram
umasubdivisãodessesdispositivosem lassesou ategoriasdeespe i ação,segundooperl
de soli itaçãoda arga aser a ionada.
Assim sendo e parti ularmente no aso dos motores de indução, tal normalização diz
respeito à ompatibilizaçãoda ara terísti ade a eleração do onjuntomáquina- arga, em
geral baseada emreferen iais do tipotorque-velo idade,emfunção danatureza e da
inten-sidade dasoli itaçãome âni a.
Por outro lado é interessante ressaltar que, apesar das máquinas elétri as lássi as,
a anel e omutador terem seu uso disseminado nos últimos ento e vinte anos, somente
a partir das últimas dé adas é que um importante segmento ou variante delas teve seu
desenvolvimentoexpandidoe,emalgumasapli ações,oseuuso onsolidado. Talinovaçãose
deve,essen ialmente, aosurgimentode novosmateriaisferromagnéti oseímãspermanentes
[74℄, omo antes itado, emadição ao res ente desenvolvimento daeletrni a de potên ia,
de novos sensores e de rápidos dispositivosde ontrole,oriundos dami roeletrni a.
Com a possibilidadede alimentação via onversor estáti oeo desenvolvimentodas
má-quinasaímãspermanentes nasúltimasdé adas, estedesaonãoapenaspersistemas are e
de onsiderações espe iais, fa eàsnovaspoten ialidadesde apli ação, razãoporque outros
fatores ou ritériosseletivos,que nãoa subdivisão lássi aem ategoriasou lassesde
apli- ações itadas, se fazem ne essários para uma es olha ra ional do a ionamento de a ordo
om a espe i idade da soli itaçãoexigida [75℄, em algumas delas, omo na robóti a, por
exemplo, limitações quanto às dimensões físi as e pêso máximo da máquina, assim omo
exigên ias de alto desempenho, são ara terísti as opera ionais não só importantes omo
desejáveis; em outras, omo em instalaçõesembar adas em veí ulos, navios e aeronaves, o
volumeo upado, a apa idadetérmi ae onível de ruído,de origem me âni aemagnéti a,
tornam-se restrições relevantes, senão ríti as,emdeterminadas ondiçõesopera ionais.
Eviden ia-se então, que, além do ondi ionamento imposto pelo i lo de trabalho da
arga, omoéo asodagrandemaioriadasapli açõesindustriais,outros ritériosdees olha
devamser onsideradosquandodadenição doa ionamentoaserutilizado,prin ipalmente
geraçõesde aparatosedispositivoseletrome âni os eaestado sólido,é naturalquefatores,
tais omo; potên ia massiva, relação torque-inér ia, além de apa idade térmi a e ruídos,
dentreoutros,venhamaservir omoelementosde deniçãoparaoestabele imentodenovos
ritérios de seleçãovisando à es olha eadequação doa ionamentoaser utilizado.
NestesentidoSebastian,SlemoneRahman[76℄,analisamprin ipalmenteduasestruturas
a uxo radial, ex itadas por ímãs de terras raras, dos tipos sobrepostos (Surfa e Mounted
PM Ma hine) e engastados (Inset PM Ma hine) no rotor, om alimentação via onversor,
e as ompara sob o ponto de vista da apa idade de onversão, estimando, no aso, uma
majoração de torque da ordem de vinte e in o por ento, relativamente a um motor de
induçãoequivalente, para as mesmas ondiçõesde alimentação e i lo opera ional.
Porsuavez,Krishnan[77℄estuda ara terísti asdeváriostiposdea ionamentobaseados
em máquinas a ímãs permanentes, desta ando a superioridade daqueles a uxo axial, fa e
aos deuxo radialanalisados, noquedizrespeitoàpotên iamassivaeàtaxadea eleração
mas alerta, porém, para a relativa omplexidade onstrutiva das estruturas a uxo axial,
tal omo para seu elevado usto de produção.
Resta ainda salientar que, mesmodiante da oferta de opçõesque doravante se estende,
a tarefa de denição de um a ionamento para uma apli ação ontínua sendo omplexa,
sobretudo se, à ex eção das instalações industriais, forem in orporadas demandas de
ou-tros segmentos de onsumo, tais omo de eletrodomésti os, de transporte e de apli ações
militares,et ..
Assim sendo, requisitos omo: desempenho quanto à a eleração, volume mínimo
o u-pado, elevada resolução em velo idade e em posi ionamento, além de onabilidade do
sistema, dentre outros, fundamentados nos ritérios seletivos anteriormente itados, se
re-vestemtãosomente omodiretrizesdees olhaoutendên iaem onsolidação,dentrodeuma
trajetória maior de inovação te nológi a neste domínio.
Paralelamenteaos novos desaos e requisitos, sempre res entes pelo lado da demanda
por a ionamentos e sistemas de automação ada vez mais sosti ados, a ne essidade do
aperfeiçoamento dos métodos e té ni as de ál ulo na eletrome âni a, tornou-se ada vez
maispresente, omoantes olo ado,sobretudonoque on erneàpossibilidadeda on epção
de ál ulo e não apenas materializada sob a forma de rotinas espe í as, om base em
diferenças ouelementos nitos, para análise ouresolução de problemas lo alizados.
Neste ontexto a evolução dos re ursos de informáti a ontribuiu, de forma
impres in-dível e, sobremaneira, para tal objetivo, na medida em que, seguramente, revolu ionou a
metodologia de ál ulo desses dispositivos, utilizada até então no sentido da organização,
amostrageme omuni ação de dados, implementadosatravés dos vários ódigos,métodos e
té ni as ans.
Detal onjunçãose ristalizampelomenosduasdiretrizesprin ipais,quaissejam: aquela
que analisa o universo de possibilidades, ou opções, dentre as estruturas andidatas, e
outra,quebus aamelhorsoluçãoindividualizadaapartirdeuma opçãodenida. Segundo
algunsautores, ambas asdiretrizes são válidase passíveisde serem utilizadas,
ponderando-se tão somente a disponibilidade de re ursos, a experiên ia dos espe ialistas e o grau de
verti alizaçãorequerido noprojeto.
No domínioevolutivo dos pro edimentos relativosao pro essode síntese algumas
alter-nativassedesta am, atravésdamodi açãode equa ionamentosgerais,de desdobramentos
analíti ose de ferramentas de modelagem,vindo a a arretar, paulatinamente, novas
inser-ções esoluçõesinovadorasa este ampo[78℄.
Justi ando, através da relativa di uldade de manipulação de dados em módulos de
ál ulode ampos,dopontode vistaentrada-saída, édesenvolvida, porLatre he [79℄,uma
ferramenta baseada em ir uitos equivalentes, om o objetivo de minimização do tempo
de resposta dos resultados, em problemas de natureza magnéti a e térmi a de estruturas
a ímãs permanentes. O autor ressalta, ainda, a fa ilidade de serem realizadas variações
paramétri as de grandezas de interesse a partir da estrutura em estudo, assim omo da
possibilidade de in orporaçãodesta ferramentaemprogramas de on epção assistida.
Neste sentido, Bian hi e Lorenzoni [80℄, fazem um estudo omparativo entre diferentes
tiposdealternadores, om ampodotipobobina-nú leo,eex itadosporímãspermanentes,
sempeçaspolares,utilizandoarazãoentreo omprimentoaxialeodiâmetrodorotor(
L/D
) omo gura de mérito, para denir o tipo de estrutura mais adequado à geração eóli a demédia potên ia.
Poroutro lado, são rees ritas novasequaçõesenvolvendo odiâmetroexterno do estator
e o omprimento axial (
D
2
o
L
eD
3
estator, arelação de propor ionalidade entre os diâmetros interno e externo, assim omo a
geometria das ranhuras e os níveis de indução orrespondentes [81℄. Neste aso, os autores
propõem, ainda,uma modi açãonaequação lássi adapotên iadesenvolvidapara
in or-porar a forma de onda da alimentação, em estudos de análise e omparação de diferentes
estruturas.
Nesta mesma direção é realizada uma apli ação do estudo anterior, em um dispositivo
ex itado por ímãs terras raras [82℄, a uxo axial, utilizando-se a equação modi ada
D
2
o
L
, omparando-se os resultados om um motor de indução equivalente, do ponto de vista darelação torque-volume. Muito embora possa ser eviden iada a signi ân ia de tais
ontri-buições, é interessante salientar que esses desenvolvimentos são, fundamentalmente, uma
extensão dotrabalhode Honsinger[83℄, apli ado àanálise omparativade diferentes
estru-turas.
No que diz respeito à análise do sistema de a ionamento através dos modelos itados,
eviden- iam-se estudos interessantes neste domínio, in lusive no sentido de explorar, de
modo sistemáti o, ondições opera ionais parti ulares, de importân iarelevante ao
enten-dimento doseu i lo de trabalho.
Constatando que a maioriados trabalhos de modelagemdesenvolvidos até então
onsi-dera a estrutura a parâmetros onstantes e que sua interação om a alimentação é feita a
posteriori, uma ferramenta de análise é desenvolvida por Ren [84℄, baseada em ál ulo de
amposporelementos nitos(MOUVEF),emqueésimuladoofun ionamentodo onjunto
máquina- onversor,de formaa oplada, onformepre onizadoporRanejadeSabonnadière
[26℄, apazde impor,de modoexplí ito,aformade onda daalimentação. Oautor ressalta,
ainda, queeste trabalhose situa sob a óti a de resolução onjunta, dosistema de equações
representativodos amposedaalimentação,iteradassimultaneamenteepasso-a-passo
on-templando,então, ain orporaçãode fenmenostransitórios omo orrentes induzidasenão
lineares, omo níveisdiferentes de saturação domaterial,na simulaçãodo sistema.
Nesta mesma linha, Sadowski [85℄ apresenta um importante trabalho, om ênfase no
tratamento de problemas a oplados, salientando aspe tos ligados ao movimento relativo
estator-rotor da máquina, transitórios envolvendo orrentes induzidas em peças polares,