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A TÉCNICA DA ENTREVISTA

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Academic year: 2021

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A TÉCNICA DA ENTREVISTA

CONCEITUAÇÃO

Em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), de natureza teórico-empírica, a

técnica da entrevista é utilizada para levantar percepções/visões/crenças de

determinado público alvo (diretores, gestores, membros de conselho de classe,

representantes de sindicato, coordenadores de colegiados de curso, dentre

outras categorias), de forma a complementar o arcabouço

teórico-epistemológico acerca de determinada temática, problemática, hipótese de

pesquisa ou questões norteadores e objetivos de uma investigação científica

(SANTOS, 2020).

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De acordo com Richardson (1999, p. 207), “O termo entrevista é construído a

partir de duas palavras, entre e vista. Vista refere-se ao ato de ver, ter preocupação

com algo. Entre indica a relação de lugar ou estado no espaço que separa duas

pessoas ou coisas. Portanto, o termo entrevista refere-se ao ato de perceber

realizado entre duas pessoas”.

“A entrevista é uma das técnicas de coleta de dados considerada como sendo

uma forma racional de conduta do pesquisador, previamente estabelecida, para

dirigir com eficácia um conteúdo sistemático de conhecimentos, de maneira mais

completa possível, com o mínimo de esforço de tempo.” (ROSA; ARNOLDI, 2006,

apud BRITO JÚNIOR; FERES JÚNIOR, 2011, p. 238).

Já Antonio Carlos Gil (2011), concebe a entrevista como sendo uma técnica de

interação social em que entrevistador (pesquisador) se apresenta ao entrevistado

(pesquisado) na busca informação/dados, portanto, um diálogo assimétrico.

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CARACTERÍSTICAS

Igualmente à técnica de formulário, trata-se de um encontro face a face,

porém, aconselha-se utilizá-la a um público mais restrito, recaindo na

representação de determinada categoria/classe, uma vez que requer

recursos/equipamentos tecnológicos (gravador, câmera fotográfica,

filmadora, iluminação, painel de led etc.). Portanto, implica em mais

custos/despesas/gastos/dispêndios para o pesquisador ou iniciante na

pesquisa.

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MODALIDADES

Segundo Gil (2011), existem 6 tipos de entrevista:

Informal - menos estruturada, o pesquisado fica mais livre para responder, porém, dentro

de um eixo temático. Muito recomendada para estudos de natureza exploratória, cujo objetivo é oferecer uma visão panorâmica do tema-problema.

Focalizada - o entrevistado quase não pode desviar do assunto-tema-problema-hipóteses

de pesquisa ou questões norteadoras e objetivos do estudo/investigação científica. Quando isso acontece, o entrevistador retoma o foco sob investigação. Requer muita habilidade do pesquisador/iniciante na pesquisa.

Por pautas - apresenta certo grau de estruturação. O entrevistador (pesquisador) vai

explorando itens/subitens de um roteiro mais ou menos prévio/estabelecido. Presta-se à situações em que o entrevistado não se sinta à vontade para responder indagações formuladas com bastante rigidez.

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Estruturada - Extremamente rígida. O entrevistado deve obedecer o roteiro

previamente fixado; aplicável, também, para mais de um pesquisado/entrevistado. É mais aconselhável para iniciantes na pesquisa porque não requer muita habilidade, já que segue uma lista de indagações.

Por telefone - muito parecida com o formulário em que o pesquisador/iniciante na

pesquisa vai perguntando ao entrevistado e anotando as respostas. Santos (2020) vê com reserva esta modalidade de entrevista, porém, em caso de descrédito, pode haver, por autorização judicial, a escuta telefônica. Outros autores, a exemplo de Goode e Hant (1998); Ferrari (1970); o próprio Gil (2011) veem como técnica do formulário.

Em grupo - O pesquisador age como um moderador; o número de entrevistados pode

variar entre 6 e 12. O tema é introduzido com uma indagação genérica, que vai sendo detalhada até que o pesquisador (entrevistador/moderador) perceba que os dados/informações foram obtidas.

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CUIDADOS NECESSÁRIOS

► Preparação do roteiro

► Contato prévio com o (s) entrevistado (s)

► Disponibilidade horária do (s) entrevistado (s)

► Habilidade do entrevistador (nas modalidades por pautas, focalizada e em grupo); estímulos à respostas completas

► Testagem prévia dos recursos/equipamentos

► Agradecimento do entrevistador à participação do (s) entrevistado (s)

VANTAGENS

► Público alvo altamente especializado na temática ► Riqueza de detalhes nas respostas

► Maior confiabilidade da informação/dado

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DESVANTAGENS

► Público alvo mais restrito

► Alto custo, principalmente para os iniciantes na pesquisa

►Exige estratégias para análise das informações/dados: análise de conteúdo, análise do discurso; análise de conversa ou análise de narrativa.

REFERÊNCIAS

BRITTO JÚNIOR, Álvaro Francisco; FERES JÚNIOR, Nazir. A utilização da técnica da entrevista em trabalhos acadêmicos In: Evidências, Araxá, v. 7, n. 7, 2011, p. 237-250.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 327 p. ISBN: 8522421110.

Referências

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