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Projeto Pedagógico. Curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda. Bacharelado

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Projeto Pedagógico

Curso de Comunicação Social

com Habilitação em Publicidade e

Propaganda

Bacharelado

AMERICANA 2018

(2)

Projeto Pedagógico

Curso de Comunicação Social

com Habilitação em Publicidade e

Propaganda

Bacharelado

Projeto Pedagógico do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) - Unidade de Americana.

AMERICANA 2018

(3)

LICEU CORAÇÃO DE JESUS

Instituição Mantenedora

P

. Luís Otávio Botasso

Presidente

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO

P. Justo Ernesto Piccinini

Chanceler

P. Prof. Me. Eduardo Augusto Capucho Gonçalves

Reitor

Profa. Dra. Eliana Rodrigues

Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação

Prof. Me. Nilson Leis

Pró-Reitor Administrativo

Prof. Me. Antonio Wardison

Pró-Reitor de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral

Valquíria Vieira de Souza

(4)

Unidade de Ensino Sede – Americana

Homero Tadeu Colinas

Diretor de Operações

P. José Adilson Morgado

Gerente Financeiro

Paulo Sérgio Tomaziello

Coordenador do Bacharelado de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda

Unidade de Ensino de Campinas / Liceu Salesiano

Marcelo Augusto Scudeler

Diretor de Operações

Ir. Marcelo Oliveira dos Santos

Gerente Financeiro

Unidade de Ensino de Campinas / São José

Anderson Luís Barbosa

Diretor de Operações

Ir. Marcelo Oliveira dos Santos

(5)

Unidade de Ensino de Lorena

Grasiele Augusta Ferreira Nascimento

Diretor de Operações

P. Mauro Bombo

Gerente Financeiro

Unidade de Ensino de São Paulo / Pio XI

Rosana Manzini

Diretora de Operações

P. André Luís Simões

Gerente Financeiro

Unidade de Ensino de São Paulo / Santa Teresinha

Rosana Manzini

Diretor de Operações

P. Francisco Inácio Vieira Júnior

(6)

Sumário

1. A INSTITUIÇÃO ... 5 1.1. IDENTIFICAÇÃO ... 5 1.2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ... 5 1.3. IDENTIDADE CORPORATIVA ... 8 1.3.1. Missão ... 9 1.3.2. Visão ... 10

1.3.3. Valores e Princípios da Qualidade ... 10

1.3.4. Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão... 12

1.4. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ... 18

1.4.1. Contextualização ... 18

1.4.2. Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação ... 20

1.5. NAP - NÚCLEO DE ASSESSORIA PEDAGÓGICA ... 34

1.6. PASTORAL UNIVERSITÁRIA ... 36

2. O CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA ... 38

2.1. INSERÇÃO REGIONAL DO CURSO ... 39

2.2. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO–PEDAGÓGICA ... 47

2.3. PRAZO DE INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO... 48

2.4. OBJETIVOS DO CURSO ... 49

2.5. PERFIL DO EGRESSO ... 50

2.6. COORDENAÇÃO DO CURSO ... 59

2.7. ARTICULAÇÃO DA GESTÃO DO CURSO COM A GESTÃO INSTITUCIONAL ... 63

2.8. COLEGIADO DO CURSO ... 64

2.9. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ... 66

2.10. ATUAÇÃO DO CORPO DE TUTORES ... 67

2.10.1. Relação docentes e tutores presenciais e a distância por estudante ... 69

2.11. PPC - PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO ... 70

(7)

2.11.2. Coerência do currículo com os objetivos do curso ... 71

2.11.3. Coerência do currículo com o perfil desejado do egresso ... 72

2.11.4. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN ... 72

2.11.5. Adequação da metodologia de ensino à concepção do curso ... 73

2.11.6. Coerência dos procedimentos de avaliação dos processos de ensino e aprendizagem com a concepção do curso ... 75

2.11.7. Inter-relação das unidades de estudo ... 77

2.11.8. Matriz Curricular ... 79

2.11.9. Ementário e bibliografia ... 84

2.12. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ... 140

2.13. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ... 141

2.14. ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS ... 143

2.14.1 Monitoria ... 144

2.14.2 Projeto Integrado ... 145

2.15. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS ... 148

2.16. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS ... 148

2.16.1. Disciplina optativa de Libras (Decreto Nº 5.626/2005) ... 151

2.17. PRÁTICAS DE EXTENSÃO ... 153

2.18. PRÁTICAS DE PESQUISA ... 155

2.19. Atividades de Tutoria (item obrigatório para cursos ofertados a distância e para cursos que ofertam até 20% a distância) ... 158

2.20. CULTURA EMPREENDEDORA ... 160

2.21. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ... 161

2.22 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA (RESOLUÇÃO CNE/CP N° 01 DE 17 DE JUNHO DE 2004) ... 163

2.23 DIREITOS HUMANOS (RESOLUÇÃO CNE/CP Nº1, DE 30/05/2012). ... 165

2.24 CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA (CF/88, ART.205, 206 E 208; NA NBR 9050/2004, DA ABNT; LEI Nº 10.098/2000; DECRETOS Nº 5.296/2004, Nº 6.949/2009, Nº 7.611/2011 E NA PORTARIA Nº 3.284/2003) ... 166

2.25 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – TICS – NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM... 167

(8)

2.26. MECANISMOS DE INTERAÇÃO ENTRE DOCENTES, TUTORES E ESTUDANTES169 2.28. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

... 172

3. CORPO DOCENTE E PESSOAL TÉCNICO ADMINISTRATIVO ... 174

3.1 POLÍTICA DE CONTRATAÇÃO ... 174

3.2 PLANOS DE CARREIRA DOCENTE E DE PESSOAL TÉCNICO – ADMINISTRATIVO 175 3.3. PLANO DE EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO PESSOAL DE DOCENTES E PESSOAL TÉCNICO - ADMINISTRATIVO ... 175

4. INFRAESTRUTURA ... 176

4.1 LABORATÓRIOS... 176

4.1.1 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ESPECIALIZADOS (PARA CURSOS A DISTÂNCIA: CONSIDERAR A SEDE E OS POLOS) ... 176

4.2. BIBLIOTECA ... 189

4.1.1 BIBLIOTECA... 189

4.1.1.1 Infra- estrutura física da biblioteca ... 189

4.1.1.2 Política de renovação do acervo ... 190

4.1.1.3 Serviços prestados ... 191

Biblioteca Dom Bosco ... 192

1.1.1 Infraestrutura física da biblioteca ... 194

4.3. SALAS DE AULA ... 198

4.4. GABINETES PARA DOCENTES PERÍODO INTEGRAL ... 199

4.5. AUDITÓRIOS, AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA ... 199

4.6. ACESSIBILIDADE ... 200 5. ATENDIMENTO AO ESTUDANTE ... 201 5.1. ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO ... 201 5.2 PROGRAMA DE NIVELAMENTO ... 201 5.3. POLÍTICA DE BOLSA ... 201 5.4. POLÍTICA DE INTERCÂMBIO ... 202 6. POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO ... 206

(9)

6.1. AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR ... 206 6.2. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ... 207

(10)

1. A INSTITUIÇÃO

1.1. Identificação

Mantenedora: LICEU CORAÇÃO DE JESUS CNPJ: 60.463.072/0001-05

Mantida: CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO Chanceler: P. Justo Ernesto Piccinini

Reitor: P. Prof. Me. Eduardo Augusto Capucho Gonçalves Diretor de Operações: Prof. Me. Homero Tadeu Colinas

Coordenador do Curso de Comunicação Social: Prof. Me. Paulo Sérgio Tomaziello

Telefone: (19) 3471-9700 Fax: (19) 3471-9716 Site: http://www.unisal.br

Endereço: Rua Dom Bosco, 100 – Bairro Santa Catarina CEP: 13466-327. Americana/ Estado de São Paulo.

1.2. Histórico da instituição

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo resulta do reconhecimento da qualidade de ensino oferecido pelas Faculdades Salesianas, por intermédio de Decreto Presidencial de 24/11/1997, relevando, assim, os serviços prestados ao Brasil pela congregação salesiana que aqui está presente desde 1883, quando iniciou suas atividades na cidade de Niterói (RJ), com a fundação do seu primeiro colégio.

(11)

Desde então, vem consolidando sua estrutura administrativa e patrimonial, por meio de vigorosos investimentos na área de educação, o que ocasionou uma significativa expansão de suas escolas nos diversos graus de ensino. Esse crescimento teve ainda maior ênfase nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, em função do próprio carisma salesiano – a educação de jovens – lema maior do fundador da congregação, São João Bosco, e inspirador de todas as suas ações.

No âmbito do Ensino Superior, o Liceu Coração de Jesus, em 1939, abriu em São Paulo os primeiros cursos universitários salesianos devidamente reconhecidos pelo governo. A Faculdade de Administração e Finanças, mantida pelos salesianos, funcionou no Liceu até 1964, quanto foi transferida para a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Além disso, os responsáveis pela formação dos salesianos perceberam que era necessário obter o reconhecimento oficial para os estudos de Filosofia realizados pelos estudantes, especialmente os seminaristas. Assim nasce a Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras, em Lorena, São Paulo, que foi autorizada pelo decreto do Presidente da República, de 11 de fevereiro de 1952. Era a segunda Instituição de Educação Superior particular a se instalar no interior do Estado de São Paulo, e a primeira, particular, no Vale do Paraíba paulista.

Em 1972 os salesianos do Colégio D. Bosco, em Americana, São Paulo, fundaram o Instituto de Ciências Sociais, primeira instituição de Ensino Superior da cidade.

Para atender à crescente demanda de especialistas na região de Campinas, São Paulo, polo de excelência em Tecnologia, cria-se, em 1987, a Faculdade Salesiana de Tecnologia (FASTEC), com os Cursos Superiores de Formação de Tecnólogos em Eletrônica Industrial e Instrumentação e Controle, a partir da base tecnológica já oferecida pela Escola Salesiana São José.

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Assim, quando as Faculdades Salesianas de Lorena, Campinas e Americana se integraram, em 1993, tendo como sede a cidade de Americana (Parecer CFE nº 131/93, homologado pela Portaria nº 209 de 19/2/93) inicia-se o processo, junto ao MEC, para a sua transformação em universidade, tendo o Liceu Coração de Jesus, de São Paulo, como Entidade Mantenedora.

O resultado, como dito acima, foi o Decreto Presidencial de 24 de novembro de 1997 que erigiu as Faculdades Salesianas em Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL - com as Unidades que já existiam nas Faculdades Salesianas (Americana, Campinas - São José, Lorena). Com o decreto foi aberto o novo campus de Campinas (Liceu Nossa Senhora Auxiliadora) e uma nova unidade, a de São Paulo, com os campus do Liceu Coração de Jesus e de Sta. Terezinha. Em 2005 foi autorizado o funcionamento do Curso de Teologia, no campus Pio XI, no Alto da Lapa, também em São Paulo.

Ressalte-se também que o UNISAL integra, desde o início, o conjunto das mais de cinquenta Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS) existentes no mundo e se rege pelos documentos: Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior, e Políticas para a presença salesiana na educação superior, aprovados pelo Reitor-Mor da Congregação Salesiana, aos 12 de fevereiro de 2003.

É um dos objetivos do UNISAL buscar intercâmbio e interação com instituições que promovam a educação, a ciência, a cultura e a arte, especialmente, com as IUS. A Instituição possui o Núcleo de Desenvolvimento Institucional que é responsável pelo processo de internacionalização.

(13)

1.3. Identidade corporativa

O UNISAL definiu sua identidade corporativa a partir do documento

Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS). Tal

documento define as IUS como:

Instituições de ensino superior: comunidade acadêmica - formada por docentes, estudantes e pessoal administrativo – que “promove de modo rigoroso, crítico e propositivo o desenvolvimento da pessoa humana e do patrimônio cultural da sociedade, mediante a pesquisa, a docência, a formação superior”.1

De inspiração cristã: sua visão do mundo e da pessoa humana tem raízes no Evangelho de Jesus e é demonstrada pela comunidade acadêmica.

Caráter católico: a instituição assume que sua origem e permanência se dão no coração da Igreja, por meio de expressões de comunhão e partilhamento com a comunidade.

Índole salesiana: opção prioritária pelos jovens, especialmente os desprestigiados socialmente; “uma relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e evangelização, profissionalismo e integridade de vida (...);uma experiência comunitária baseada na ‘presença’, com espírito de família, dos docentes e o pessoal de gestão entre e para os estudantes; um estilo acadêmico e educativo de relacionamento baseado num amor manifestado aos alunos e por eles percebido.”2

Enfim, um apreço pela pessoa fundado na confiança, no cuidado, no amor demonstrado.

1 Documento Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS),

fevereiro de 2003, pág.11

2 Documento Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS),

(14)

A educação superior é uma vocação dos salesianos pela própria finalidade educativa de toda obra da Congregação Salesiana, pois considera-se que em nossos tempos, tendo em vista a criconsidera-se de identidade, fins e valores pela qual educadores e educação passam, há necessidade de:

Uma presença qualificada nos campos em que se promove a mudança social, especialmente juvenil;

Uma contribuição salesiana à formação qualificada dos jovens para o acesso ao mercado de trabalho e para um responsável empenho social, de modo que tal empenho ultrapasse as exigências e as necessidades do mercado, produzindo mudanças e novos desenvolvimentos na mesma sociedade;

Um acompanhamento educativo evangelizador dos jovens durante uma etapa em que tomam decisões importantes para sua vida. Trata-se, no fundo, de um serviço de orientação vocacional tanto para opções fundamentais em sua vida quanto para sua profissão;

Uma constante reflexão científica sobre o sistema educativo salesiano, enquanto teoria e práxis, uma confrontação com o mundo da cultura e da ciência e também uma tentativa de contribuição salesiana específica na área da educação.

Portanto, as necessidades e os objetivos apontados justificam a presença da Congregação Salesiana e do UNISAL na educação superior. Os salesianos não abdicam de educar e qualificar jovens, de formar o cidadão, de formar para a vida, para o trabalho, para a convivência social.

1.3.1. Missão

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“O UNISAL, fundado em princípios éticos, cristãos e salesianos, tem por missão contribuir para a formação integral de cidadãos, por meio da produção e difusão do conhecimento e da cultura, e pelas experiências de ação social, em um contexto de pluralidade.”

1.3.2. Visão

“Consolidar-se como centro de excelência, reconhecido nacional e internacionalmente na produção, sistematização e difusão do conhecimento e na qualidade de serviços prestados à comunidade.”

1.3.3. Valores e Princípios da Qualidade

A Pedagogia Salesiana é baseada no Sistema Preventivo de Dom Bosco que acreditava que os jovens são agentes de sua própria história e que seu potencial para o bem poderia ser estimulado. Assim, Dom Bosco firmou sua estratégia educativa sobre um conjunto de crenças e valores.

Com sua orientação religiosa cristã, a Educação Salesiana acredita:

 Que na Igreja, Deus nos chama a sermos sinais e portadores do amor aos jovens, especialmente os mais pobres;

 Que todo jovem tem potencialidade para o bem;

 Que o jovem é protagonista de sua formação e de sua história;

 Que a Escola é ambiente capaz de desenvolver a educação integral, humana e cristã;

 Que a função da escola é educar e não somente instruir.

Estes Postulados de Fé, fundamentando a ação educativa salesiana, produzem profundas conseqüências na sua forma de conceber o conhecimento, como matéria-prima da educação.

(16)

 O critério preventivo;

 O ambiente educativo;

 As forças interiores;

 A presença animadora;

 A relação pessoal.

O Critério Preventivo procura encaminhar as possibilidades para experiências positivas de forma a prevenir as experiências deformantes, ajudando a viver em plenitude as aspirações, os dinamismos e impulsos. O ambiente educativo salesiano pretende ser um ambiente acolhedor, em que os educandos possam se encontrar com os amigos e conviverem em alegria. Os relacionamentos são marcados pela confiança e festa, o trabalho, o cumprimento do dever. As expressões livres e múltiplas do protagonismo acontecem com tranqüilidade.

As Forças Interiores, previstas como estratégia educativa, prevêem que a razão, a religião e o amor educativo sejam os seus sustentáculos. É importante o sentido do bom senso, flexibilidade e persuasão; da religiosidade inerente a cada ser, inserido no processo educativo, independente da religião escolhida e da cordialidade que faz crescer e cria a corresponsabilidade. Ir ao encontro dos educandos e encontrá-los onde se encontram, acolhê-los desinteressadamente e com solicitude, colocar-se em atenta escuta de seus pedidos e aspirações são para os educadores salesianos opções fundamentais que precedem qualquer outro passo educativo.

A relação pessoal é mais um dos valores previstos no Sistema Preventivo de Dom Bosco. Essa relação se baseia na valorização e respeito constante do patrimônio individual e da acolhida incondicional do educando. Procura sempre o diálogo, incansavelmente, e demonstra sua confiança no ser humano assim como a oferta personalizada de propostas educativas.

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 Formar uma rede, a chamada Família Salesiana, que está espalhada pelo mundo, originando no Brasil a Rede Salesiana de Escolas (RSE);

 Buscar eficiência e qualidade por intermédio de conteúdos significativos, oferecendo instrução, privilegiando o educativo, atento e crítico aos fenômenos culturais, interagindo educativamente e procurando superar didáticas repetitivas, orientando para um projeto de vida com visão humana e evangélica do trabalho e atualização permanente;

 Basear-se nos valores evangélicos, com identidade católica; porém aberta aos valores multireligiosos e multi-culturais;

 Fundar-se na Pedagogia Salesiana e no sistema preventivo, que busca a formação da pessoa estimulando o protagonismo juvenil;

 Atuar consciente da função e responsabilidade social privilegiando currículos adaptados; promovendo a formação social e profissional; animando o ambiente e atuando preventivamente.

1.3.4. Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino,

Pesquisa e Extensão

Concepções Filosóficas

Conforme definido no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da instituição a educação que se almeja deve levar em conta as múltiplas dimensões da experiência humana e capacitar o educando para lidar com o universo de informações a que está exposto, nem sempre eticamente construtivas. Trata-se pois de considerar o educando como sujeito de sua própria formação. Para isso, necessário explicitar a realidade vivida e a realidade que deseja ser construída, ou seja, tornar clara a concepção de homem que embasa os projetos pedagógicos.

Possuindo um fundamento biológico, que o enraíza na natureza, o homem se explicita também na diversidade cultural. É um ser da práxis, da ação refletida e consciente em vista de fins e valores, como também do ócio estético. Está ligado intimamente ao mundo, por sua natureza em comum com

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o sistema complexo da vida em seus diversos níveis. Ao mesmo tempo, pela consciência, supera os determinismos que o ligam à cadeia natural. O homem, ser histórico por excelência, aspira à transcendência, seja em suas utopias histórico-políticas, seja nas utopias religioso-escatológicas.

Multidimensional, o homem existe e se realiza nos níveis biológico, psíquico, social, afetivo e racional. Coexistem, ora em equilíbrio, ora em desequilíbrio, as dimensões somática, individual, econômica, política, sapiencial, erótica, estética, histórica, técnica e ética. Desse modo, o homem será adequadamente compreendido e educado, se essas diversas dimensões antropológicas forem vistas com espírito conjuntivo e não disjuntivo, se contempladas com olhar de simultaneidade que mantenha a multidimensionalidade humana. À luz de uma educação transdisciplinar, pois o homem existe como totalidade para além dos recortes e fragmentações dos saberes científicos positivos à luz de uma educação integral, porque para o ser humano integral, a educação é essencialmente “educação para a liberdade” e consequentemente, da responsabilidade pessoal e coletiva.

A multiplicidade de dimensões, deve-se frisar, forma uma unidade. O uno se expressa como múltiplo, a multiplicidade existe como uma unidade. O todo existe nas partes e estas expressam a totalidade-unidade do ser humano.

A concepção filosófica da educação salesiana descrita acima orienta a construção e a materialização dos projetos pedagógicos de curso que colima educar para as múltiplas competências e habilidades através de um currículo rico de experiências concretas e atividades complementares. Orienta-se para o protagonismo do educando em todas as suas faces, possibilitando seu desenvolvimento e autonomia, como realização pessoal e serviço à comunidade, em consonância com a missão salesiana de transformação social e dos valores da cidadania solidária e participativa.

Reconhecemos a riqueza da razão humana, sem esquecer-nos de seus limites internos e de sua possibilidade de cair no erro e na intolerância. Por isso

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cultiva-se sempre, uma firme decisão pelo conhecimento racional contra as mistificações e massificações, aliada a uma cultura da compreensão humana como abertura ao outro e à diversidade, mediada pelo diálogo esclarecedor e compartilhamento de decisões.

Essa concepção toma forma no Sistema Preventivo de Educação, coluna dorsal e espírito que anima todas as obras educativas salesianas, inculturado nos mais diversos quadrantes do globo.

O Sistema Preventivo é uma espiritualidade e uma metodologia pedagógica, que se caracteriza:

 Pela vontade de viver entre os jovens e educandos, participando de sua vida, com atenção às suas verdadeiras exigências e valores;

 Pela acolhida incondicional que se torna força promocional e capacidade incansável de diálogo;

 Pelo critério preventivo que acredita na força do bem presente em todo jovem e procura desenvolvê-la mediante experiências positivas;

 Pela centralidade da razão, que é bom senso nas exigências e normas, flexibilidade e persuasão nas propostas; da religião, entendida como desenvolvimento do sentido de Deus, inerente a cada pessoa; da cordialidade, que se exprime como amor educativo que faz crescer e cria correspondência;]

 Pelo ambiente positivo entranhado de relações pessoais, vivificado pela presença amorosa e solidária, que é animadora e ativadora dos educadores e do protagonismo dos próprios jovens.3

Por isso calca o Centro Universitário Salesiano de São Paulo uma filosofia de educação na herança cultural universal, ensinada, pesquisada e divulgada

3 DICASTÉRIO PARA A PASTORAL JUVENIL SALESIANA. Pastoral Juvenil Salesiana: quadro de referência fundamental. Tradução José Antenor Velho; desenhos Angel Larrañaga. 2. ed. São Paulo: Editora

Salesiana, 2004. Titulo original: La Pastorale Giovanile Salesiana: quadro di riferimento fondamentale. p.27.

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diuturnamente nos vários canais acadêmicos, à luz de uma reverência pelo saber e pela ciência, aliada à vigilância crítica e criativa, sem o que não avançam as ciências da vida e da natureza, as ciências humanas e sociais, com destaque para as ciências da educação, mediações necessárias para que o país entre no rol das nações dotadas de uma plataforma humana e cultural à altura de suas aspirações e necessidades.

Pelo corpo se conhece o outro que diariamente partilha os projetos e fazeres educativos, desde o mais simples educador de apoio até o corpo diretivo. Daí utilizar da comunicação a expressão estrutural da existência humana, possibilitando ir além do mero encontro sem importância, supondo sujeitos que se educam, convivem e transcendem o simples pólo objetivo e receptivo, existindo como pessoa livre, para que haja verdadeira interação. Comunicação como a entendemos não significa homogenia que cancela a configuração original das pessoas, antes pressupõe como sua condição sine qua non a diferença, o debate, a resistência produtora de subjetividades coerentes e autônomas, expandindo a energia criadora e personalizante da vida comunitária, baseada nas forças interiores do trinômio salesiano: afeto, razão (dialógica) e transcendência.

A opção determinante de Dom Bosco pelos jovens, sobretudo os mais pobres, encontra eco na prática educativo-profissional, fazendo o carisma fundacional salesiano ressoar numa forma específica de olhar a realidade e de a ela reagir, para entendê-la e transformá-la. Salesianos, portanto, são sensíveis aos aspectos que favoreçam a educação e evangelização dos jovens como também sensíveis aos riscos a que estão expostos. Ainda, atentos aos aspectos positivos, aos novos valores e possibilidades de retomada da vida e de seus projetos. Por fim, salesiano são portadores de uma atitude de escuta e de diálogo com os jovens-educandos.

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Essa atitude é capaz de abrir uma prática científica de análise do campo social, através de pesquisas desenvolvidas pelo corpo docente e discente, que possibilita conhecer:

as diversas situações de pobreza e de exclusão social que comprometem gravemente sua dignidade e educação;

 As instituições educativas e a relação que estabelecem com os jovens-educandos: família, o sistema educativo, a qualidade e a integridade da formação que oferece, os meios de comunicação social disponíveis no entorno e o tipo de mentalidade que favorecem;

 Os aspectos que mais exercem influência sobre os educandos, como as possibilidades e qualidades de trabalho a eles oferecidas, as oportunidades de ocupar o tempo livre, a realidade associativa;

 A realidade cultural com seus valores e limites, experiências, linguagens e símbolos que formam a mentalidade e sensibilidade dos jovens, bem como direciona suas aspirações e sonhos.4

Por fim, o homem é ser da práxis. A práxis é ação refletida, consciente e dirigida a concretizar o projeto de converter as possibilidades em realidades históricas. Há diversas formas de práxis: do trabalho, da sexualidade, da religião, do saber, da religião, da política. O homem exerce a práxis em vários estilos e diferentes níveis, numa pluralidade dinâmica atingindo todas as dimensões de seu ser. É ao mesmo tempo, Homo Sapiens, Faber, Ludicus,

Oeconomicus, Politicus, Technicus, Culturalis, Affectivus, Rationalis, Ethicus, Symbolicus, Historicus, Religiosus. O homem é síntese de práxis diversas. A

práxis é transitiva e intransitiva, porque trabalha a natureza circundante e também promove a autocriação do homem em toda sua complexidade. Mediante a práxis, o ser humano transforma elementos exteriores e transforma

4 DICASTÉRIO PARA A PASTORAL JUVENIL SALESIANA. Pastoral Juvenil Salesiana: quadro de referência fundamental. Tradução José Antenor Velho; desenhos Angel Larrañaga. 2. ed. São Paulo: Editora

Salesiana, 2004. Titulo original: La Pastorale Giovanile Salesiana: quadro di riferimento fondamentale. p. 29-30.

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a si mesmo. Produz recursos instrumentais e tece seu próprio destino. A práxis historiciza a aspiração, o projeto, a utopia de transformação, a esperança que, acalentada pelas culturas, deve nortear a educação integral que, efetivamente, procuramos dar aos nossos alunos e à comunidade.

A práxis educativa, ao mesmo tempo em que procura a formação integral do educando, não esquece o educador que busca o conhecimento permanentemente, discutindo paradigmas educacionais, ética e educação, interdisciplinaridade, avaliação, valores da educação salesiana, epistemologia da prática docente, além de ser ocasião de planejamento e vivência transdisciplinar, enriquecendo as experiências pessoais dos educadores, inspirando projetos comuns, reabastecendo, enfim, o prazer e a vocação de educar, marca dos educadores salesianos.

A dimensão comunicativa, que radica na própria expressividade humana, antropologicamente falando, entra num sistema mais vasto de comunicação local e global. O primeiro tomado como território no qual se atua e se busca a transformação educativa. O segundo, não material ou geográfico, mas não menos real, que é o mundo da comunicação social, que nos faz exigências, às quais estamos respondendo com ações efetivas, investimentos materiais e em recursos humanos, objetivando:

 Passar do cultivo de uma atitude de abertura e comunicação interna, como capacidade envolvente de valores ao diálogo com instituições salesianas e não-salesianas que atuam na mesma área,

 Abrir-se ao espaço criado pelas técnicas modernas capazes de construir relações, oferecer uma imagem de si e iniciar um diálogo com interlocutores invisíveis mas reais,

 O exercício efetivo de “redes de conhecimento”, por meio da educação para o uso das diversas mídias, da aplicação das novas tecnologias ao ensino, do desenvolvimento das potencialidades comunicativas das pessoas e, por fim, pela promoção dos novos pobres, entendidos como tais os excluídos dos circuitos da

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informação, facilitando-lhes o acesso às novas tecnologias e suas possibilidades.5

1.4. Avaliação Institucional

A Avaliação Institucional é considerada atividade de suma importância para o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuos do UNISAL, posto que uma Gestão de Qualidade é constitutiva da Identidade da Instituição. A Avaliação Institucional consta, ainda, dos principais documentos norteadores do UNISAL, como o “Plano de Desenvolvimento Institucional”, a “Identidade” e as “Políticas” das Instituições Universitárias Salesianas, em âmbito mundial. Por isso, o UNISAL assume a Avaliação Institucional como um elemento indispensável, uma vez que ela permite o acompanhamento de todas as atividades e inspira ações de melhoria. Desde a constituição do UNISAL existe uma Comissão Própria de Avaliação (CPA), com representação dos diversos setores da comunidade educativa, que é responsável pela condução do processo de autoavaliação.

1.4.1. Contextualização

O projeto de autoavaliação, em vigor até 2004, contemplava 16 tipos diferentes de avaliação aplicadas com periodicidade variada, desde anuais até trienais, conforme especificado no Plano de Avaliação Institucional. Vêm sendo avaliados tanto aspectos acadêmicos, em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, como administrativos; tanto de caráter interno (como avaliação de disciplinas, de infraestrutura e de condições de trabalho) quanto de caráter externo (avaliação dos relacionamentos externos e do compromisso social). As

5 DICASTÉRIO PARA A PASTORAL JUVENIL SALESIANA. Pastoral Juvenil Salesiana: quadro de referência fundamental. Tradução José Antenor Velho; desenhos Angel Larrañaga. 2. ed. São Paulo: Editora

Salesiana, 2004. Titulo original: La Pastorale Giovanile Salesiana: quadro di riferimento fondamentale. p. 41.

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avaliações vêm sendo realizadas tanto por agentes internos quanto externos, sendo levantados dados qualitativos e quantitativos.

Desde a sua implantação, existe a efetiva participação de toda a comunidade acadêmica nos processos de autoavaliação do UNISAL. Os alunos avaliam docentes, disciplinas e aspectos gerais da Instituição, como infraestrutura e serviços. Docentes avaliam a coordenação e os mesmos aspectos gerais avaliados pelos alunos. Funcionários avaliam suas condições de trabalho.

As divulgações têm sido as mais amplas possíveis, ocorrendo em diversas instâncias. Os resultados de avaliações de disciplinas são consolidados por docente, por turma, por série, por curso e por Unidade. Os resultados individuais dos docentes são divulgados somente a eles e a seus superiores. Todas as outras consolidações são amplamente divulgadas: o aluno recebe o resultado de sua turma, de seu curso, de sua Unidade e do UNISAL, através de gráficos afixados em sala de aula. O coordenador recebe os resultados de seu curso, da Unidade e do UNISAL, e assim por diante. Os diretores, pró-reitores e o reitor recebem um CD com a consolidação de todos os dados. A divulgação das outras avaliações segue a mesma lógica, ou seja, os resultados são divulgados às partes interessadas, guardando-se sigilo ligado a questões éticas.

Consolidou-se, no UNISAL, a proposta realizada pela Comissão Própria de Avaliação indicando que os membros dos fóruns constituíssem grupos permanentes de qualidade, recebendo os resultados de todas as avaliações, cuidando de sua interpretação articulada em parceria com a Comissão Própria de Avaliação e da implantação das ações, atuando de forma parcialmente independente dos colegiados (seriam subconjuntos destes), cabendo a estes últimos, a aprovação das ações sugeridas pelos grupos de qualidade. Os grupos enviam as informações a respeito das ações adotadas para registro da Comissão Própria de Avaliação.

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Esta mesma estrutura de Avaliação Institucional foi mantida e adaptada para as novas orientações a partir da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, demandando um estudo minucioso para alterar o projeto de Avaliação Institucional, a fim de atender o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES - que ora entrava em vigor.

O projeto de Avaliação Institucional foi construído pela CPA considerando os seguintes aspectos: a) os princípios norteadores da avaliação institucional, b) as justificativas e os objetivos, c) as metodologias e as estratégias de ação, d) a legislação e os documentos institucionais, e) os recursos materiais e humanos dentre outros. A partir da definição dos pressupostos teórico-metodológicos da avaliação, foram traçadas as metas de curto prazo, que englobavam a construção de instrumentos de avaliação e suas respectivas metodologias de aplicação, bem como um cronograma do ciclo avaliativo da Instituição e sua operacionalização.

A Avaliação Institucional no UNISAL é organizada segundo o princípio da integração, sendo que os diversos estudos, reflexões e valorações são articuladas em função da compreensão global da Instituição.

1.4.2. Atuação dos Grupos de Qualidade e ações

decorrentes dos processos de avaliação

O desenvolvimento do processo de avaliação institucional passou a ser bastante requerido no cenário nacional. As experiências em relação a esta temática têm revelado, entretanto, que é necessário que os princípios orientadores dos processos de avaliação sejam construídos e conhecidos por todos, de forma a conseguir um maior envolvimento de todos no processo. Com este objetivo foram organizados os princípios que norteiam os trabalhos de Avaliação Institucional do UNISAL.

A Avaliação Institucional é um processo de reflexão coletiva e não apenas a verificação de um resultado pontual. A avaliação é pensada como um

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processo destinado a promover o contínuo crescimento. É próprio da avaliação institucional promover, no coletivo, a permanente reflexão sobre os processos e seus resultados, em função de objetivos a serem alcançados. Avaliar supõe, em algum momento e de alguma forma, medir. Mas medir, certamente, não é avaliar. Portanto, a avaliação é uma categoria intrínseca do processo ensino-aprendizagem, por um lado, e do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), por outro. Ela só tem sentido dentro da própria organização do trabalho pedagógico do professor e da Instituição. Há, portanto, que se reafirmar a confiança no professor e na Instituição. A avaliação deve ser feita pelo e para o professor/aluno e seu coletivo imediato – a Instituição. As mudanças necessárias devem ser processadas no âmbito do Plano de Desenvolvimento Institucional, discutido, implementado coletivamente e amparado pela instituição.

Existem várias definições para “qualidade” de ensino. Assume-se aqui, que a qualidade é entendida como o melhor que uma comunidade do ensino superior pode conseguir frente aos desafios que se interpõem à realização da sua missão institucional. Além de “resultados” estão em jogo tanto as “finalidades do processo educativo” como as “condições” nas quais este ocorre. Entretanto, as condições oferecidas para se conseguir a almejada qualidade devem ser levadas em conta como em qualquer outra atividade humana. Não se desconhecem aqui os limites que uma sociedade desigual e injusta impõe para o trabalho dos profissionais da educação. Da mesma forma, não se ignora a responsabilidade que a educação tem como meio de emancipação e de propiciação de melhores oportunidades de inserção social a amplas parcelas da população.

Qualidade, portanto, não deve ser vista apenas como “domínio de conhecimento de forma instrumental”, mas, além disso, deve incluir os processos que conduzam à emancipação humana e ao desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Neste sentido, a qualidade da instituição superior depende, também, da qualidade social que se consegue criar para os

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seus destinatários. Não menos importante, portanto, é a dimensão emancipadora dos processos avaliativos que visa inserir docentes e discentes em seu tempo e espaço, bem como dotá-los de capacidade crítica e criativa para poder organizar novos tempos e espaços. Os processos avaliativos, longe de serem apenas aperfeiçoamento de resultados acadêmicos, visam criar sujeitos autônomos pelo exercício da participação em todos os níveis. Formar para transformar a vida e instruir para permitir o acesso ao saber acumulado são aspectos indissolúveis do ato educativo.

Nenhuma das ações de avaliação deve conduzir a “ranqueamentos” ou classificação de Unidade, campus, cursos ou profissionais e tampouco deve conduzir à premiação ou punição. Os dados são produzidos nos vários níveis com o objetivo de serem utilizados pelos interessados na geração de processos de reflexão local e melhoria da Instituição. Como princípio geral, as ações de avaliação dentro ou fora da sala de aula não se destinam a punir ou classificar, mas sim a promover.

O processo avaliativo deve ser construtivo e global. Ele envolve participantes internos (professores, alunos, especialistas, funcionários administrativos) e participantes externos (sociedade, empregadores, egressos). Trata-se de um processo que deve combinar autoavaliação, avaliação por pares e também um olhar externo.

No âmbito da Avaliação Institucional, a técnica de base será a autoavaliação seguida pelo diálogo entre a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e os Gestores, com o objetivo de consolidar e elaborar os laudos das avaliações. Os laudos das avaliações serão analisados de maneira minuciosa pelos Grupos de Qualidade (GQ) das Unidades e dos cursos. A partir das análises realizadas pelos Grupos de Qualidade, considerando todas as avaliações ocorridas ao longo do ano, será elaborado um plano de melhorias para a Unidade e os cursos a ser desenvolvido no ano seguinte. O plano de

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melhorias deve ser apresentado à Unidade ou ao colegiado de curso que deliberarão a operacionalização e o acompanhamento das ações aprovadas.

A Comissão Própria de Avaliação (CPA) incentiva, assessora e registra a ação dos Grupos de Qualidade. Com este processo conjunto, participativo e contínuo de trabalho, procura-se garantir que os resultados das avaliações sejam interpretados e utilizados da melhor maneira possível pelos próprios avaliados, que são os principais protagonistas de seu desenvolvimento.

Comissão Própria de Avaliação

A CPA – Comissão Própria de Avaliação– é um órgão instituído pelo SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – formado por diferentes membros, representantes dos vários segmentos da comunidade acadêmica e da sociedade civil, responsável por implantar, organizar e articular o processo de Auto avaliação Institucional, nos termos da Lei Federal 10.861/2004.

Os instrumentos de auto avaliação desenvolvidos pela CPA, periodicamente, aplicados aos alunos, docentes, funcionários e gestores, constituem importantes ferramentas e subsídios para o planejamento acadêmico, com o objetivo de melhorar, sempre, a qualidade da formação do ensino superior, da produção do conhecimento e da extensão.

A análise dos dados colhidos nesses instrumentos oferece um diagnóstico da rotina universitária, dos pontos fortes e das eventuais fragilidades da instituição de tal forma que permita verificar o cumprimento da missão e das políticas institucionais, bem como os setores e áreas a merecer adequado investimento institucional, tomada de decisões, sinalizando os aspectos que requerem aprimoramentos contínuos da qualidade acadêmica.

Os resultados dos instrumentos avaliativos são divulgados na comunidade acadêmica e apresentados, obrigatoriamente, ao Ministério da

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Educação, por meio de relatórios anuais, e seus índices são expressos quantitativa e qualitativamente.

A auto avaliação é uma atividade que abrange todas as Instituições de Ensino Superior do país, e mostra-se como um imperativo ético e participativo, pois engloba variadas dimensões definidas pelo SINAES:

 Missão, Plano de Desenvolvimento Institucional;

 Políticas para o Ensino, a Pesquisa, a Pós-graduação e a Extensão;

 Responsabilidade Social da Instituição, considerada especialmente no que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social e ao desenvolvimento econômico e social;

 Comunicação com a sociedade;

 Políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico-administrativo e as condições de trabalho;

 Organização e Gestão da Instituição;

 Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de informação e comunicação;

 Planejamento e avaliação, especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional;

 Políticas de atendimento aos estudantes;

 Sustentabilidade financeira.

Enfim, a CPA contribui para o desenvolvimento de processo de autoconhecimento, de autocritica, numa perspectiva construtiva, ética e dialógica.

Setor de Avaliação

A Avaliação Institucional é considerada atividade de suma importância para o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuos do UNISAL, posto que uma Gestão de Qualidade é constitutiva da Identidade da instituição. A

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Avaliação Institucional consta, ainda, dos principais documentos norteadores do UNISAL, como o “Plano de Desenvolvimento Institucional-PDI”, a “Identidade” e as “Políticas” das Instituições Universitárias Salesianas, em âmbito mundial. Por isso, o UNISAL assume a Avaliação Institucional como um elemento indispensável, à medida que ela permite o acompanhamento de todas as atividades e inspira ações de melhoria. Desde a constituição do UNISAL existe uma Comissão Própria de Avaliação, com representação dos diversos setores da comunidade educativa, que é responsável pela condução do processo de auto avaliação.

O projeto de auto avaliação, em vigor até 2004, contemplava 16 tipos diferentes de instrumentos de avaliação, aplicadas com periodicidade variada, desde anuais até trienais, conforme especificado no Plano de Avaliação Institucional. Neste contexto eram avaliados tanto aspectos acadêmicos, em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, como administrativos; tanto de caráter interno (como avaliação de disciplinas, de infraestrutura e de condições de trabalho) quanto de caráter externo (avaliação dos relacionamentos externos e do compromisso social). As avaliações vêm sendo realizadas tanto por agentes internos quanto externos, sendo levantados dados qualitativos e quantitativos.

Desde a sua implementação existe a efetiva participação de toda a comunidade acadêmica nos processos de auto avaliação do UNISAL. Os alunos avaliam docentes, disciplinas e aspectos gerais da instituição, como infraestrutura e serviços. O corpo docente avalia a coordenação e os mesmos aspectos gerais avaliados pelos alunos. Os funcionários avaliam suas condições de trabalho.

As divulgações têm sido as mais amplas possíveis, ocorrendo em diversas instâncias. Os resultados de avaliações de disciplinas são consolidados por docente, por turma, por série, por curso, por Unidade e geral. Os resultados individuais dos docentes são divulgados somente a eles e a seus

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superiores. Todas as outras consolidações são amplamente divulgadas: o aluno recebe o resultado de sua turma, de seu curso, de sua Unidade e do UNISAL, visualizando os gráficos afixados em sala de aula. O coordenador recebe os resultados de seu curso, da Unidade e do UNISAL e assim por diante. Os diretores, pró-reitores e o reitor recebem um CD com a consolidação de todos os dados. A divulgação das outras avaliações segue a mesma lógica, ou seja, os resultados são divulgados às partes interessadas, guardando-se sigilo ligado à questões éticas.

Consolidou-se no UNISAL a proposta idealizada pela Comissão Própria de Avaliação indicando que os membros dos fóruns constituíssem grupos permanentes de qualidade, recebendo os resultados de todas as avaliações, cuidando de sua interpretação articulada em parceria com a CPA e da implementação das ações, atuando de forma parcialmente independente dos colegiados (seriam subconjuntos destes), cabendo a estes últimos a aprovação das ações sugeridas pelos grupos de qualidade. Os grupos enviam as informações a respeito das ações adotadas para registro da CPA.

Esta mesma estrutura de Avaliação Institucional foi mantida e adaptada para as novas orientações a partir da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004.

Instrumento de Coleta de Dados

A coleta de dados será elaborada com o objetivo de fornecer informações que permitam responder aos questionamentos em relação a que propusemos avaliar. Portanto, para que esses resultados possam ser confiáveis, tanto a coleta dos dados quanto o processo de análise terão um tratamento objetivo e rigoroso. Assim sendo, cada instrumento contará com uma metodologia específica de aplicação, com a definição de seus respectivos sujeitos, bem como os devidos procedimentos na coleta de dados.

A partir do planejamento da coleta de dados, faz-se necessária a construção dos instrumentos para que seja organizada esta fase da avaliação. Este processo de planejamento de avaliação também contemplará a etapa da

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definição das variáveis. Segundo Barbetta (2001), variáveis são características que podem ser observadas ou medidas em cada elemento da população sob as mesmas condições. Optou-se por trabalhar com dados e técnicas de análise qualitativa e quantitativa, utilizando instrumentos como: questionários com perguntas fechadas e abertas, check list, entrevistas estruturadas ou semiestruturadas e grupo focal, cuja forma de aplicação e elaboração estão sendo discutidas dentro da Comissão Própria de Avaliação (CPA).

Procedimentos Metodológicos

As análises dos dados serão apoiadas por ferramentas computacionais no tratamento dos dados qualitativos e quantitativos. As análises que demandarem ferramentas de análise estatística terão como base de realização: 1 – Análise descritiva Univariada, Bivariada, Multivariada e Correlações Bivariadas; 2- Consistência do Banco de Dados; 3 – Métodos Estatísticos: Análise de Variância das Médias, Teste de Homogeneidade, Teste de Unidimensionalidade, entre outros; 4 – Construção de Indicadores de Curso e Unidade; 5 – Gráficos e Tabelas Simples e Cruzadas; 6 – Teste dos Instrumentos de Avaliação; 7 – Discussão dos Resultados; 8 – Elaboração do Laudo.

As análises que demandarem técnicas qualitativas terão como base de realização: 1 – Grupo de Discussão; 2 – Roteiro Semiestruturado de Entrevista; 3 – Condução da discussão com moderador; 4 – Registro; 5 – Todos os extratos avaliados devem ser contemplados; 6 – Análise Documental; 7 – Discussão dos Resultados; 8 – Elaboração do Laudo.

Caberá à Comissão Própria de Avaliação, de posse dos vários relatórios emitidos pelos Grupos de Qualidade, providenciar o relatório final e global, encaminhando-o aos órgãos competentes do UNISAL, ao MEC/INEP e outros, bem como promover a divulgação interna e externa.

Avaliação SINAES

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O desenvolvimento do processo de avaliação institucional passou a ser um processo bastante requerido no cenário nacional. As experiências em relação a esta temática têm revelado, entretanto, que é necessário que os princípios orientadores dos processos de avaliação sejam construídos e conhecidos, de forma a conseguir um maior envolvimento de todos no processo. Com este objetivo foram organizados os princípios que norteiam os trabalhos de avaliação institucional do UNISAL.

A avaliação institucional é um processo de reflexão coletiva e não apenas a verificação de um resultado pontual. A avaliação é um processo destinado a promover o contínuo crescimento. É próprio da avaliação, promover no coletivo a permanente reflexão sobre os processos e seus resultados, em função de objetivos a serem superados. Avaliar supõe em algum momento e de alguma forma, medir. Mas medir, certamente, não é avaliar. Portanto, a avaliação é uma categoria intrínseca do processo ensino-aprendizagem, por um lado, e do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), por outro. Ela só tem sentido dentro da própria organização do trabalho pedagógico do professor e da instituição. Há, portanto, que se reafirmar a confiança no professor e na instituição. A avaliação deve ser feita pelo e para o professor/aluno e seu coletivo imediato – a instituição. As mudanças necessárias devem ser processadas no âmbito do Plano de Desenvolvimento Institucional, discutido e implementado coletivamente, sendo amparado pela instituição.

Existem várias definições para “qualidade” de ensino. Assume-se aqui, que a qualidade é entendida como o melhor que uma comunidade do ensino superior pode conseguir frente aos desafios que se interpõem à realização da sua missão institucional. Além de “resultados” estão em jogo tanto as “finalidades do processo educativo” como as “condições” nas quais ocorre. Entretanto, as condições oferecidas para se conseguir esta almejada qualidade devem ser levadas em conta como em qualquer outra atividade humana. Não se desconhecem aqui os limites que uma sociedade desigual e injusta impõe para o trabalho dos profissionais da educação. Da mesma forma não se ignora

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a responsabilidade que a educação tem enquanto um meio de emancipação e de propiciar melhores oportunidades de inserção social a amplas parcelas da população marginalizadas ou não.

Qualidade, portanto, não deve ser vista apenas como “domínio de conhecimento de forma instrumental”, mas, além disso, deve incluir os processos que conduzam à emancipação humana e ao desenvolvimento de uma sociedade mais justa. Neste sentido, a qualidade da instituição superior depende, também, da qualidade social que se consegue criar aos seus destinatários. Não menos importante, portanto, é a dimensão emancipadora dos processos avaliativos que visa inserir docentes e discentes em seu tempo e espaço, bem como dotá-los de capacidade crítica e criativa para superar seu tempo – a capacidade de se auto organizar para poder organizar novos tempos e espaços. Os processos avaliativos, longe de ser apenas aperfeiçoamento de resultados acadêmicos, visam criar sujeitos autônomos pelo exercício da participação em todos os níveis. Formar para transformar a vida e instruir para permitir o acesso ao saber acumulado são aspectos indissolúveis do ato educativo.

Nenhuma das ações de avaliação deve conduzir a “ranqueamentos” ou classificação de unidade, campus, cursos ou profissionais e muito menos deve conduzir à premiação ou punição. Os dados são produzidos nos vários níveis com o objetivo de serem usados pelos interessados na geração de processos de reflexão local e melhoria da instituição. Como princípio geral, as ações de avaliação dentro ou fora da sala de aula não se destinam a punir ou classificar, mas sim a promover.

O processo avaliativo deve ser construtivo e global. Ele envolve participantes internos (professores, alunos, especialistas e funcionários administrativos) e participantes externos (sociedade, empregadores e egressos). Trata-se de um processo que deve combinar auto avaliação, avaliação por pares e também um olhar externo.

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No âmbito da avaliação institucional, a técnica de base será a auto avaliação seguida pelo diálogo entre a Comissão Própria de Avaliação (CPA) com a Pró-Reitoria de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, com o objetivo de analisar os resultados das avaliações. Os resultados das avaliações serão analisados de maneira minuciosa pelos Grupos de Qualidade (GQ) das Unidades e dos cursos. A partir das análises realizadas pelos Grupos de Qualidade considerando todas as avaliações ocorridas ao longo do ano, o grupo elabora um plano de melhorias para a Unidade e os cursos a serem desenvolvidos no ano seguinte. O plano de melhorias deve ser apresentado ao conselho da unidade ou ao colegiado de curso que deliberarão a operacionalização e acompanhamento das ações aprovadas.

A Comissão Própria de Avaliação (CPA) incentiva, assessora e registra a ação dos Grupos de Qualidade. Com este processo conjunto, participativo e contínuo de trabalho, procura-se garantir que os resultados das avaliações sejam interpretados e utilizados da melhor maneira possível pelos próprios avaliados, que são os principais protagonistas de seu desenvolvimento.

No que tange ao processo de ensino-aprendizagem devem ser disponibilizados conhecimentos para que os professores possam melhorar estratégias de ensino e avaliação, preservando a autonomia profissional e valorizando a atuação responsável do professor no processo pedagógico. O Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) tem como uma de suas finalidades desenvolver programas de apoio ao docente na organização do trabalho pedagógico.

O UNISAL busca verificar continuamente, por meio dos Colegiados de Curso e de seus Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs), a existência da adequação curricular em relação aos objetivos do curso, contemplando as perspectivas estabelecidas pelas respectivas diretrizes curriculares que “fixam os mínimos de conteúdos e duração do curso, envolvendo a formação básica e

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instrumental, a formação profissional, as disciplinas eletivas e complementares e o estágio supervisionado”.

Os gestores acadêmicos do UNISAL entendem que os fundamentos que orientam a concepção pedagógica dos cursos são respaldados pelos conteúdos programáticos dos componentes curriculares de formação básica, instrumental, profissional, complementar, do estágio supervisionado e das demais atividades culturais e extraclasses que compõem a estrutura de formação profissional. Portanto, a integração entre objetivos, perfil, competências, habilidades e concepção curricular é essencial na estruturação e organização dos cursos. As Diretrizes, ao proporem concepções pedagógicas inovadoras, indicam a urgência da revisão curricular, especialmente no que tange a flexibilidade, ao desenvolvimento de materiais pedagógicos e outros produtos resultantes de pesquisas, a incorporação de avanços tecnológicos e a formação de ementas adequadas à concepção geral.

O projeto parte do suposto básico de que a avaliação não deve ser um instrumento de controle sobre a instituição e os profissionais da educação, mas sim um processo que reúne informações e dados para alimentar e estimular a análise reflexiva das práticas em busca de melhorias.

Dessa forma, o “modelo” de qualidade e seus “indicadores” devem ter legitimidade técnica e política e serem produzidos coletivamente dentro da instituição, a partir da prática. O método de avaliação precisa dar conta de buscar os problemas, as divergências, as dúvidas, os pontos fortes e os pontos de melhoria, e ir além de diagnosticar, precisa possibilitar a discussão, a análise conjunta e a tomada de decisão.

Avaliação Externa

A avaliação externa é a outra dimensão essencial da avaliação institucional. A apreciação de comissões de especialistas externos à instituição, além de contribuir para o autoconhecimento e aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pela IES, também traz subsídios importantes para a regulação e

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a formulação de políticas educacionais. Mediante análises documentais, visitas in loco, interlocução com membros dos diferentes segmentos da instituição e da comunidade local ou regional, as comissões externas ajudam a identificar acertos e equívocos da avaliação interna, apontam fortalezas e debilidades institucionais, apresentam críticas e sugestões de melhoramento ou mesmo, de providências a serem tomadas – seja pela própria instituição, seja pelos órgãos competentes do MEC.

A comissão de avaliadores externos deverá ter acesso aos documentos e as instalações da instituição com o objetivo de obter informações adicionais para que o processo seja o mais completo, rigoroso e democrático possível. Na elaboração do seu relatório, a comissão considerará o relatório de auto avaliação e outras informações da IES oriundas de outros processos avaliativos (dados derivados do Censo e Cadastros da Educação Superior, do ENADE, da Avaliação das Condições de Ensino, de Relatórios CAPES e Currículos Lattes), bem como entrevistas e outras atividades realizadas. (Fonte: INEP/MEC 2012)

Meta de Avaliação

Como todo processo avaliativo, esta fase da avaliação institucional deve considerar uma etapa de autocrítica, a chamada meta-avaliação, onde os seus aspectos metodológicos e instrumentais são submetidos a um criterioso julgamento para determinar se a sua eficiência, eficácia e efetividade permitem sua reutilização ou se devem ser repensadas, no todo ou em parte. Tendo como conceito que meta-avaliação pode ser entendida como um meio para assegurar e comprovar a qualidade da avaliação na educação.

Consideramos que a meta-avaliação é um método de aprimoramento da qualidade da avaliação e que exige um conjunto de procedimentos, padrões e critérios para seu julgamento, ou seja, “emitir uma nova avaliação sobre o estudo avaliativo”, então se conclui que será permitido análises e produção de informações claras e confiáveis. Assim, a meta-avaliação deve ser entendida

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como um processo de aperfeiçoamento contínuo dos processos e procedimentos de avaliação. Desta forma, é necessária a transição de uma “cultura de avaliação” para uma “cultura de uma gestão responsável e eficiente”, em que a avaliação e a garantia de qualidade desta possam ser permanentemente retroalimentadas. (Ehrhardt, 2010 et.al)

Relatório SINAES

Evidências

Com o intuito de formalizar as ações advindas das necessidades institucionais, de cada campus, foi criado o registro das evidências com os seguintes tópicos: os pontos fortes e a melhorar, os problemas, as melhorias implementadas e os desafios a serem alcançados. As evidências configuram o propósito da avaliação institucional interna de, após verificar a caminhada acadêmica com seus indicadores, atingir o agir, ou seja, dar concretude ao que precisa ser aprimorado.

Tabulados os dados da avaliação institucional interna, seguir-se-ão os procedimentos de definição das prioridades pautadas nas evidências. Tais evidências significam as propostas mais emergentes de aprimoramento, as quais serão listadas pelos diretores acadêmicos, após reunião com os seus coordenadores de curso, em dimensão de curto, médio e longo prazos e disponibilizadas e organizadas pela CPA, em pastas identificadas com os devidos prazos.

Para as evidências de cada campus e de cada curso, serão elaborados os respectivos Planos de Ação Institucional e estratégias, com a colaboração dos coordenadores de curso e compromisso dos diretores acadêmicos para a efetiva consecução das providências às necessidades em curto prazo, embora não se descuide das evidências previstas para médio e longo prazos. Definidas as evidências e Planos de Ação, serão encaminhados a CPA, para a organização das devidas pastas.

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Portanto, para cada evidência, propõe-se o caminho da execução, mediante orçamento prévio, recursos humanos e físicos para viabilizar a concretização das providências específicas.

Periodicamente, dependendo da natureza de cada evidência, o coordenador de curso apresentará, obrigatoriamente à CPA, em prazo definido, um relatório do andamento do processo de consecução das evidências. Os resultados alcançados serão divulgados amplamente nos campi e integrarão o relatório SINAES (CPA) enviado ao MEC, anualmente, no mês de março.

Toda a documentação referente à CPA, incluindo-se as pastas das evidências em andamento e concluídas, encontram-se à disposição no escritório da CPA nas dependências da reitoria.

Enfim, as evidências demonstram o mister da CPA em apresentar as necessidades institucionais detectadas, cujas ações, para a eficaz superação, deverão contar com o imprescindível comprometimento dos gestores e dirigentes do UNISAL.

1.5. NAP - Núcleo de Assessoria Pedagógica

A proposta de um Núcleo de Assessoria Pedagógica nasceu da preocupação da direção do Centro Universitário Salesiano de São Paulo com a formação e a prática pedagógica dos docentes frente às demandas do mundo contemporâneo e ao desafio do Ensino Superior.

O projeto foi construído coletivamente por representantes das diversas áreas do conhecimento e de todas as unidades do UNISAL, com o intuito de oferecer uma visão integrada do NAP.

Objetivos

 Pesquisar as principais necessidades pedagógicas do corpo docente;

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 Propor reflexão contínua sobre a prática pedagógica da comunidade educativa do UNISAL;

 Desenvolver um programa de formação continuada do UNISAL buscando a qualidade dos processos educativos;

 Estimular a produção científica e didático-pedagógica do corpo docente;

 Motivar ações pedagógicas interdisciplinares;

 Incentivar e assessorar o corpo docente para o desenvolvimento de produtos tecnológicos que incrementem a prática pedagógica;

 Contribuir na organização de atividades de formação de educadores e eventos promovidos pelo UNISAL;

 Produzir conhecimentos que contribuam na melhoria das ações educativas;

 Contribuir com a construção do perfil do docente que atua no UNISAL, segundo os princípios salesianos de educação;

 Criar estratégias para busca constante de novos saberes da área da Educação que possam contribuir para a melhoria da prática pedagógica;

 Criar condições para o desenvolvimento de competências pedagógicas do docente para a atuação no ensino à distância.

Estratégias

As estratégias a serem adotadas para a implantação do NAP podem ser divididas nas seguintes formas de atuação:

Formação Pedagógica

Tem o propósito de contribuir com a melhoria da prática docente, considerando o protagonismo do professor em seu processo de formação. Para tanto, privilegiar-se-ão ações integradas, construídas por meio do diálogo junto ao corpo docente, dentre as quais podem ser incluídos: desenvolvimento de cursos, proposta de oficinas, convites para palestras, encontros com profissionais que possam enriquecer a formação do grupo, sugestão para

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participação em fóruns de discussão (presenciais e/ou virtuais) sobre teoria e prática pedagógica, estímulo para explorar a riqueza da aprendizagem cooperativa.

Formação Acadêmica

Objetiva fomentar o aprimoramento acadêmico, divulgando junto aos professores informações relevantes para a construção do seu perfil profissional e aprimoramento pedagógico.

Assessoria Pedagógica às Coordenações de Curso

Subsidiar as coordenações dos diferentes cursos, de acordo com necessidades e solicitações.

Avaliação Institucional

Apresentar subsídios e sugestões para a proposta de avaliação institucional e contribuir na elaboração de leitura e interpretação dos dados e, a partir deles, sugerir ações dentro da proposta de formação pedagógica do NAP.

1.6. Pastoral Universitária

A identidade Salesiana no meio universitário é assegurada pela presença transdisciplinar da Pastoral, que perpassa o ensino, a pesquisa e a extensão, por meio de disciplinas, ações comunitárias e relações interpessoais e profissionais, tanto na esfera acadêmica, quanto administrativa. A missão da Pastoral é articular e animar a comunidade universitária na reflexão dos valores da instituição – Amorevolezza, Diálogo, Ética, Profissionalismo e Solidariedade. O UNISAL se empenha em promover uma educação integral e contínua, baseada em um serviço de formação científica, profissional, humana e cristã. Trata-se não somente de oferecer ao discente a formação acadêmica, mas capacitá-lo para assumir o exercício da cidadania, baseada na ética, justiça e solidariedade. Ao participarem das atividades e ações comunitárias, os alunos

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