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Desempenho motor de lactentes filhos de mães adolescentes: Um estudo comparativo com lactentes filhos de mães adultas

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RESUMO

Objetivo: Avaliar o desempenho motor grosso de lactentes fi lhos de mães adolescentes por meio da Alberta Infant Motor Scale (AIMS) e se existe associação entre esse desempenho e a idade materna. Métodos: Estudo transversal, do qual participaram 59 crianças, selecionadas por amostragem aleatória em dois serviços públicos de assistência à saúde. Aplicou-se o instrumento Alberta Infant Motor Scale para avaliar o desenvolvimento motor grosso e a coleta de dados socioeconômicos e biológicos para análise descritiva. Utilizou-se o teste exato de Fisher para as variáveis categóricas e o teste não paramétrico de soma de postos de Wilcoxon para as variáveis continuas, considerando p<0,05. Resultados: Apontam um desempenho motor inferior de fi lhos de mães adolescentes (p= 0,0336) quando comparado ao de fi lhos de mães adultas. As mães adolescentes também apresentaram diferença estatisticamente signifi cativa em seu estado civil (p=0,014) bem como em sua escolaridade (p= 0,047). Outras características como número de consultas de pré- natal, tipo de parto e apoio familiar não mostraram diferenças signifi cativas entre os grupos. Conclusão: A idade materna pode ser um fator de risco para atraso do desenvolvimento motor.

PALAVRAS-CHAVE

Desenvolvimento infantil, gravidez na adolescência, desempenho psicomotor. ABSTRACT

Objective: Evaluate the gross motor development of infant children of adolescent mothers using the Albert Infant Motor Scale (AIMS) and to investigate its association with maternal age. Methods: Cross-sectional survey, with 59 children selected by random sampling in two public health care assistance institutions. Alberta Infant Motor Scale instrument was applied to assess the gross motor development and the collection of socio-economic and biological data for descriptive analysis . The Fisher Exact test was used for categorical variables and the non-parametric Wilcoxon Rank-Sum test for continuous variables, considering p<0.05. Results: These indicate a lower motor performance of children of adolescent mothers (p= 0.0336)

Desempenho motor de lactentes

fi lhos de mães adolescentes:

Um estudo comparativo com

lactentes fi lhos de mães adultas

Motor development of infants born to adolescent mothers: A

comparative study with infant children of adult mothers

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Caroline Jonas Rezaghi Ricomini Nunes1 Marilucia Rocha de Almeida Picanço2 Mauro Sanchez3 Dioclécio Campos Junior4

Caroline Jonas Rezaghi Ricomini Nunes (carol_jonas@hotmail.com) - Quadra 107, lote 1/3, ap. 1003, Bloco B. Águas Claras, Brasília/DF, Brasil. CEP: 71.920-710.

Recebido em 23/02/2014 – Aprovado em 19/05/2014

1Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB). Terapeuta Ocupacional da Secretaria de Saúde do Governo do

Distrito Federal. Brasília, DF,Brasil.

2Doutora em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, SP, Brasil. Professora Adjunto IV da Faculdade de

Medicina- Universidade de Brasília (UNB).Brasília, DF, Brasil .

3Doutor em Epidemiologia pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health's (JHSPH). Baltimore, MD, USA. Professor de Saúde

Coletiva, Universidade de Brasília (UNB). Brasília, DF, Brasil.

4Doutor em Pediatria pela Université Libre de Bruxelles (ULB). Bruxelas, Bélgica. Professor Titular Emérito da Faculdade de Medicina,

Universidade de Brasília (UNB).Brasília, DF, Brasil.

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Diversos fatores, como condições bioló-gicas ou ambientais10, baixo peso ao nascer11,

distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neu-rológicos12, baixas condições

socioeconômi-cas13, nível educacional precário dos pais14,

pre-maturidade15 e idade materna12,podem colocar

em risco o curso normal do desenvolvimento de uma criança e, consequentemente, aumentar a probabilidade de atrasos12.

A partir desta perspectiva, esse estudo tem como objetivo avaliar o desempenho motor grosso de lactentes fi lhos de mães adolescentes por meio da Alberta Infant Motor Scale (AIMS) e se existe associação entre este desempenho e a idade materna.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal que in-vestigou o desenvolvimento motor grosso de lactentes fi lhos de mães adolescentes compara-do com o de lactentes fi lhos de mães adultas. Realizou-se uma amostragem de conveniência, em que o recrutamento ocorreu na maternidade do Hospital Regional da Ceilândia e em três Cen-tros de Saúde localizados na região administrati-va de Ceilândia (Distrito federal), durante julho de 2011 a fevereiro de 2012.

A amostra consta de dois grupos: um com-posto por 27 lactentes fi lhos de mães adultas, e o outro composto por 32 lactentes fi lhos de mães adolescentes; em ambos, a idade das crianças variou de 3 a 8 meses.

Os critérios de inclusão do grupo de mães adolescentes foram: idade materna < 20 anos, idade gestacional do nascimento entre 37 e 41

INTRODUÇÃO

A adolescência é caracterizada como uma fase de intenso crescimento e desenvolvimento marcada por fortes transformações biopsicosso-ciais1. Segundo a Organização Mundial da

Saú-de (OMS), compreenSaú-de a faixa etária dos 10 aos 19 anos2.

Um dos maiores problemas referentes à adolescência, na esfera da saúde pública em al-guns países, incluindo o Brasil, é a alta taxa de gestação nessa fase da vida. De acordo com o último censo (IBGE), realizado em 2010, 20,2% dos nascimentos foram de crianças fi lhas de mães adolescentes3.

Ao longo das últimas décadas, pesquisas realizadas, tanto no âmbito nacional como no internacional, documentaram os riscos de uma gravidez durante a adolescência, tanto para a mãe como para seus fi lhos. Nessas pesquisas, as temáticas abordadas se relacionam às intercor-rências clínicas comumente encontradas durante a gestação da mãe adolescente, a falta de assis-tência ao pré-natal das mães mais jovens, a fre-quência de nascimentos prematuros ou crianças nascidas com baixo peso, a amamentação du-rante a maternidade, as limitações apresentadas pela mãe adolescente no cuidado de seus fi lhos, bem como o crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor no primeiro ano de vida das crianças fi lhas de mães nessa faixa etária1,4,5,6,7,8.

O desenvolvimento motor da criança resul-ta da interação contínua entre potenciais bioló-gicos, geneticamente determinados, e circuns-tâncias ambientais e pode ser defi nido como mudanças nas habilidades e nos padrões de mo-vimento que ocorrem ao longo da vida9.

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when compared to children of adult mothers. Adolescent mothers also present signifi cant statistical difference in their marital status (p= 0.014) as well as in their schooling (p= 0.047). Other results, such as number of prenatal consultations, types of delivery and family support, showed no signifi cant differences between groups. Conclusion: Maternal age can be a risk factor for motor development abnormalities.

KEY WORDS

Child development, pregnancy in adolescence, psychomotor performance.

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semanas, peso ao nascer ≥ a 2500 gramas, nota do 10º minuto na escala de Apgar superior a 8 e lactente com ausência de intercorrências neuroló-gicas. No grupo das mães adultas incluíram-se os seguintes critérios: idade materna ≥ 20 anos a 34 anos, idade gestacional do nascimento entre 37 e 41 semanas, peso ao nascer ≥ a 2500 gramas, nota do 10º minuto na escala de Apgar superior a 8 e lactentes com ausência de intercorrências neurológicas. Foram excluídas crianças com pre-sença de síndromes genéticas e malformações congênitas, defi ciências sensoriais (auditiva ou visual), peso ao nascer inferior a 2500 gramas, idade gestacional inferior a 37 semanas, presença de intercorrências clínicas no período neonatal e idade materna superior a 34 anos e 11 meses.

A Alberta Infant Motor Scale (AIMS) é um instrumento criado para avaliar quantitativa-mente a evolução dos padrões de movimentos durante a livre movimentação, em diferentes situações gravitacionais, nas posturas prono, su-pino, sentado e em pé tanto da criança nascida a termo como pré-termo. Para analisar a evo-lução motora dos lactentes, esse instrumento leva em consideração as variáveis: descarga de peso, alinhamento postural e movimento anti-gravitacional. A avaliação é realizada por meio da observação de 58 itens que são agrupados em quatro subescalas, sendo 21 itens em prono, 9 em supino, 12 sentado e 16 de pé. Os itens ob-servados em cada uma das subescalas são soma-dos, resultando em quatro subtotais, e a soma desses subtotais resulta no escore total, o qual é convertido em percentil9. Se o percentil estiver

acima de 25 o desempenho motor da criança é classifi cado como normal, caso esteja entre 25 e 5 considera-se desempenho motor suspeito e o desempenho motor é classifi cado como anor-mal se abaixo de 5 da curva percentílica9.

Cada avaliação teve duração média de 25 minutos e constou da avaliação do desenvolvi-mento motor grosso por meio da aplicação da AIMS e coleta das seguintes variáveis: estado ci-vil materno, número de consultas de pré-natal, tipo de parto, renda familiar, escolaridade da mãe e presença de apoio familiar.

Os dados foram plotados no software Micro-soft Excel 2010 e analisados no Stata versão 12. As variáveis contínuas foram descritas por meio de medianas e quartis, Para a verifi cação da dife-rença entre grupos nas variáveis contínuas, con-siderando o tamanho da população de estudo, adotando uma abordagem conservadora, foi uti-lizado o teste não paramétrico de soma de postos de Wilcoxon. A associação entre variáveis categó-ricas foi avaliada, por razões semelhantes às des-critas anteriormente, pelo teste exato de Fisher.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal, 154/11 em 25/05/2011.

RESULTADOS

A amostra consistiu de 59 crianças, 32 no grupo das mães adolescentes e 27 no grupo das mães adultas. A mediana das idades das mães adolescentes foi de 17 anos (com intervalo inter-quartil de 16 a 17,5) e a das adultas de 26 anos (com intervalo interquartil de 22 a 30). Em re-lação aos lactentes, a mediana de idade foi de 5,45 meses no grupo de estudo (com intervalo interquartil de 3,3 a 6,6) e 3,87 meses no grupo controle (com intervalo interquartil de 3,7 a 4,5). Não houve diferença estatisticamente signifi cati-va (p= 0,1134) entre as idades das crianças.

As demais características da amostra, com exceção dos anos de escolaridade e do estado civil, não apresentaram diferença estatistica-mente signifi cativa entre os grupos (Tabela 1).

Em relação ao desempenho motor, hou-ve diferença estatisticamente signifi cativa (p=0,0336) entre os grupos. Os resultados apon-tam que o valor da mediana no grupo de lacten-tes fi lhos de mães adolescenlacten-tes é de 15,5% da curva percentílica (com intervalo interquartil de 7 a 35). Em contrapartida, no grupo de lacten-tes fi lhos de mães adultas a mediana foi de 26% da curva percentílica (com intervalo interquartil de 19 a 41). De acordo com a AIMS, resultados entre percentil 5 e 25 devem ser considerados como suspeitos para anormalidades motoras.

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Tabela 1. Características da amostra.

Variáveis Mães adolescentes

(n=32 / 100%) Mães adultas (n=27 / 100%) p A Tipo de parto 0,058 Parto cesárea 6 / 18,5% 11 / 40,74% Parto normal 26 / 81,5% 16 / 59,26%

Num. consulta pré-natal B 0,154

Consultas pré-natal < 6 4 / 12,5% 6 / 22,2%

Consultas pré-natal ≥ 6 28 / 87,5% 21 / 77,

Renda 0,646

Renda familiar até 2 S.M. C 25 / 78,15% 22 / 81,5%

Renda familiar de 3 a 4 S.M. C 5 / 15,6% 5 / 18,5% Renda familiar de 5 a 6 S.M. C 2 / 6,25% -Apoio familiar 0,082 Sim 26 / 81,25% 26 / 96,3% Não 6 / 18,75% 1 / 3,7% Estado civil 0,014

Mora com parceiro 20 / 62,5% 24 / 88,9%

Namora 2 / 6,25% 3 / 11,1%

Solteira 10 / 31,25% 0 %

Escolaridade materna 0,047

Escolaridade materna < 8 anos D 12 / 37,5% 4 / 14,8%

Escolaridade materna ≥ 8 anos D 20 / 62,5% 23 / 85,2%

A - Valor de p. Teste exato de Fisher.

B - Anos de estudo, baseando-se no ensino fundamental completado em 8 anos. C - Número de consultas pré-natal.

D - Salário mínimo.

DISCUSSÃO

O presente estudo observou uma desvantagem no desempenho motor de lactentes fi -lhos de mães adolescentes quando comparados aos lactentes fi lhos de mães adultas, levantando a possibilidade de que a idade materna possa ser um fator de risco para o atraso no desenvol-vimento consonante com a hipótese do estudo. Na literatura os achados se controvertem quando a temática se refere a algum tipo de desvantagem em fi lhos de mães adolescentes. Vieira et al.1 não encontraram resultados que

apoiem a relação de desvantagem no

desenvol-vimento de fi lhos de mães adolescentes quan-do comparaquan-dos aos fi lhos de mães adultas. Em contrapartida, estudos como os de Sartori6 e

Mercer7 comprovaram que fi lhos do primeiro

grupo apresentam uma resposta inferior em seu desempenho motor.

O atraso no desenvolvimento de fi lhos de mães adolescentes pode estar relacionado ao abuso parental, como sugere Dukewich16.

Devi-do à imaturidade emocional, que muitas vezes podem apresentar, as mães mais jovens tendem a ser mais punitivas com seus fi lhos, o que acaba infl uenciando negativamente a vinculação com seus bebês. O resultado disso é uma resposta

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menor da criança em comportamentos adapta-tivos, consequentemente nas respostas motoras.

Outra justifi cativa para desvantagens no desenvolvimento é o fato de mães mais jovens estarem menos sensibilizadas sobre a importân-cia de proporcionar um ambiente favorável para estimulação do seu fi lho. Isso pode estar relacio-nado ao fato de apresentarem baixa escolarida-de7,17. Vale ressaltar, nesse estudo, que no

gru-po das mães adolescentes, mesmo adequando a idade cronológica com o tempo esperado de estudo, houve diferença de escolaridade, mos-trando que essas tiveram um período menor de permanência na escola.

Um estudo sobre o ambiente e desenvol-vimento comparou o conhecimento dos pais sobre desenvolvimento, a qualidade de estimu-lação em casa, o envolvimento da família com o lactente e a falta de competência ligada à idade precoce da mãe. No caso de pais adolescentes, esses achavam que a qualidade de cuidados não tinha infl uência sobre o desenvolvimento infan-til, logo, forneceram uma qualidade de estimu-lação no ambiente doméstico mais baixa do que a fornecida pelos pais adultos7.

Ainda referente ao ambiente doméstico, no qual a criança está inserida, Carlson18, em um

estudo longitudinal, concluiu, a partir de um in-ventário que avalia este contexto, que fi lhos de mães adolescentes estão inseridos em um am-biente menos favorável para seu desenvolvimen-to. Questões biológicas relacionadas à gravidez na adolescência não podem ser consideradas como um grande fator de risco para a criança19,

porém fatores ambientais pós-natais a ela im-postos devem ser considerados como risco7,19,20.

Pode-se incluir como fator de risco ambien-tal: baixo nível de escolaridade e socioeconômico dos pais, pouca estimulação verbal direcionada à criança, baixa frequência de contato materno com o fi lho, ausência de situações que promo-vam a exploração do comportamento motor, fal-ta de recursos audiovisuais ou de brinquedos e, por fi m, imaturidade emocional dos pais8.

Não foi possível, neste estudo, avaliar o co-nhecimento das mães, a qualidade de

estimu-lação e as características ambientais em que as crianças estavam inseridas.

Além disso, as desvantagens no desenvolvi-mento das crianças, fi lhas de mães adolescentes, também são justifi cadas pela falta de uma rede de apoio – considera-se como rede de apoio: o companheiro, pessoas potencialmente disponí-veis para provisão de recursos tangídisponí-veis ou não, e serviços de saúde de apoio psicológico – dire-cionada a elas. Presume-se que a partir do mo-mento em que a mãe se sente acolhida, ela tem menor difi culdade para assumir suas funções maternais, facilitando, assim, o estabelecimento do vínculo materno-infantil15.

O apoio familiar aumenta o suporte emo-cional da mãe, o que acaba refl etindo no cuida-do e, consequentemente, no desenvolvimento da criança20. No presente estudo, a avaliação da

distribuição do apoio familiar (defi nida como suporte emocional e fi nanceiro oferecido pelos parentes mais próximos) em termos de porcen-tagem é diferente, porém o número pequeno da amostra não possibilitou uma diferença es-tatisticamente signifi cativa; acredita-se que uma amostra maior provavelmente demonstraria tal diferença. Em contrapartida, houve disparidade no estado civil das mães adolescentes; a ausên-cia de um companheiro diminui a rede de apoio, o que pode tornar mais frágil o reconhecimento das funções maternais.

Este estudo foi realizado na região admi-nistrativa da Ceilândia, ou seja, peculiaridades desta população, como constituição socioeco-nômica, podem ter-se refl etido nos resultados da pesquisa. Vale destacar, também, que as variáveis estado civil e escolaridade mostraram diferenças entre os grupos. Esses fatores devem ser investigados com maior profundidade em modelos multivariados no futuro. O presente trabalho serviu para levantar hipóteses sobre potenciais fatores que colocam em risco o de-senvolvimento motor das crianças.

Os achados sinalizam a importância da as-sistência precoce direcionada a fi lhos de mães adolescentes. Uma vez que fatores de risco são identifi cados antecipadamente, a chance de

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es-sas crianças apresentarem alguma anormalidade em seu desenvolvimento será minimizada6.

Estes resultados apontam para a necessidade de programas de intervenção projetados especi-fi camente para mães adolescentes e seus especi-fi lhos.

Sendo assim, todo serviço de assistência a adolescentes deve implementar estratégias que tenham por fi nalidade desenvolver medidas pre-ventivas e de apoio, buscando englobar todos os

aspectos que envolvem a saúde, tanto das mães como de seus fi lhos. Com isso, espera-se dimi-nuir, ou até mesmo impedir, que fatores de risco infl uenciem de maneira negativa o desenvolvi-mento de lactentes fi lhos de mães adolescentes. Neste sentido, os benefícios de pesquisas como esta se estendem, não apenas aos partici-pantes, mas também a todos envolvidos com o bem-estar da mãe adolescente.

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