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B £ SGM 1 P ( ÇÀ <D ANALYSE CHIMICA

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(1)

wtssnmAQ

I

j S O U RE

A AGOA NOS DIFFERENTES ESTADOS, EM QUE SE ACHA NA NATUIIESA, ». SOBRE AS AGOAS POTÁVEIS EM GERAL.

B £ SGM 1 P ( ÇÀ <D ANALYSE CHIMICA

DAS

PRINCIPALS AGOAS POTÁVEISDO RIO DEJANEIRO,

SEGUIDA DE ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE OS SEOS RESPEGTIVOS ENCANAMENTOS

.

QUE FOI APRESENTADA Á FACULDADE DEMEDICINA DO RIODEJANEIRO , E SUSTENTADAEM 7DE DESE.UBRO DE 1811.

POR

Q

>< n

to

n(oni o e r r a r a, Natural da Rio de Janeiro

,

DOUTOR EM MEDICINA, EPHARMACEUTICO FORMADO PELA MESMA FACULDADE, Approvado no oilavo Curso «la Aula do Comercio«lestaite

.

RIO DE JANEIRO.

TYPOGRArUlAFRANCE7

.

A,RUA DE S

.

JOSÉN

.

G4

- .

184«,

(2)

FAC l'LDADE DE

MEDICINA

DO

IMO DE JANEIRO

. .

OSr

.

Doutor Manoeldo Valladão

Pimentel.

OsSus

.

DOUTORES

.

DIHECTOR

. . .

LENTES PROPRIETÁRIOS

.

Matériasqueleccionão Physiça Medica

.

I.*Anno

. '

I ßotanicaelementaresMedicadcZoologiaeprincípios

.

Chimica Medicaeprincípios

elementaresdeMineralogia

.

J

.

V

. TorresHomem.

Presidinu .

(

Anatomia geraledcscriptiva

.

) Physiologia

1 Anatomia gera!edescriptiva

.

1 Pathologia geraleexterna

. .

i Pathologia geraleinterna

. .

\ Materia Medica

,

espccialmen

-

teaBrazileira,Pharmacia

,

Therapeuticaeartedefor

-

mular

Operações

,

Anatomia Topo

-

graphica eaparelhos

. . .

C

.

B

.

Monteiro

.

5.8 Anno

. }

Partos,Moléstiasdemulhe

-

/ res pejadascparidas,ede

I meninos recem

-

nascidos

.

F

.

J

.

Xavier

.

' Medicina Legal J

.

M

.

daC

.

Jubim

.

Examinador.

IlygienaeHistoria dc Medi

-

i cina

6.°Anuo

.

Clinica Medica e Anatomia

I Palhologicarespective

. .

Clinica CirúrgicaeAnatomia

V

Pathologica respecliva

. . .

M

.

F

.

P

.

deCarvalho

.

. .

F

.

de Paula Cândido

.

F

.

F

.

Allemão

.

Examinador

.

í

Anuo

.

J

.

M N

.

Garcia

.

OCons

.

0D

.

R

.

dosG

.

Peixoto

.

J

.

M

.

N

.

Garcia

.

L

.

F

.

Ferreira

.

3

.

°Anno

.

J

.

J

.

daSilva

.

4

.

*Anno

.

J

.

J

.

de Carvalho

.

Examinador

.

T

.

G

.

dosSantos

.

.

M.doV

.

Pimentel

.

LENTES SUBSTITUTOS

.

O\

Secçâo de Sciencias Accessorias

.

A

.

T

.

dAquino

.

A.1

- .

Martins

. Examinador .

J

.

B

.

da lloza

.

L

.

deA

.

P

.

da

Cunha .

D

.

M

.

doA

. Americano .

L

.

G

.

Feijó

. Examinador .

{Dr

.

L

.

C

.

da

Fonseca .

{

SecçãoMedica

. .

Secção Cirúrgica Secretario

. .

{

Em

.

virtude de huma

. . .

Resoluçãosua,a

Faculdade

nãoapprora

,

nemrffrt* r

.

am optmotêemittidasnas lhesat

,

as quacs devem

ser

consideradas

rrorrun

sein

authorcs .

(3)

!

\ MHO ESTIMADÍ

SSIMO

PAI

.

A MINHA EXTREMOZA

MAI .

Sihei chegado ao termodosmeos trabalhosescolásticos a

V

ôs,aoscotto* dtsvellos

,

e cuidados em promoveraminha educarãolillcruria odevo : grata rosrendo pela posição cm]quemehaveis collocado ;aceitai este meoprimeiro ensaio, não comopagade tantos

,

cião elevados benefícios;mas comohumpu

-

blicotestemunhode eterna gratidão,e amor filial

.

I

Á MEO IRMÃOE AMIGO

.

Demonstraçãode verdadeira amizade

,

e amor fraternal

.

AOMEORESPEITÁVEL MESTRE ,

OILLM0SNR

.

DR

.

JOAQUIMVICENTE TORRES

-

BOMEM .

Signaldeconsideração

,

cperpetuoreconhecimento

.

AOS MEOS AMIGOS E COLLEGAS

.

OSILL

.

U0SSNRS

.

MANOEL FRANCISCO PEIXOTO.

MANOELJOAQUIMPEREIRA DE MAGAUIA ES

.

ANTONIOALVES FERREIRA

.

Signaldasincera amizade

, que

lhes

consagra

I

O Autor IL A

.

L

.

FERREIRA

.

(4)

E U R A T A S

.

EMENDAS

.

LINHAS

.

ERROS

.

PAGINAS

.

meteoros assustentavão asexperiências

ângulos trigorilicas Gazosa candente 25963,569 12570,942 1039,358 6209,869 7249,227 415,252 51,744 Eportanto,segundo formula

14 meteoros asustentavão aexperiences agulos fricorificas Gozosa cncandescente 25963569 12570942 1039358 6209869 7249227 415252 51744 E portantosegundo forma

6

13 7

18

1>

8 36

9 27

1 0 14

12 39

13 17

18

» 19

»

20

»

21

»

23

14 5

9

11 en em

15 Gazosos

nitrálo

-

barytico

JustLiébig pòdc érapida Sena

desprendimentoLaranjeiras

:

precipitado áquantidade silicico á serra não suppõe Thenard carbonáto

-

chum

.

sulfido

-

hydrico

2 Gozosos intráto

-

barytico Just

.

Li ébig póde erapida Seena

Laranjeiras

despendimento percipitado aquantidade silico aserra

16 6

17 28

33

>

18 11

16

»

22 6

20 28

23

» 37 13 38 10

15

39 5 no

45 7 supõe

Orlila

bi

-

carbonálo

-

chum

.

sul íido

-

hvdroco 3

47

19

48 5

N

.

B

.

Semprequeseencontrardcluido

,

entenda

-

sediluido

.

Quandodigo

asuadensidadeé

=

, entenda

-

se ella marca noArcomctro

.

(5)

DISSEIITA Ç AO

S O11R E

a agoa nos differentes estados , em que se acha na naturesa, e sobre as agoas pot á veis em geral.

un\u»uu «\uw\ \vnm'un V\ \'W\\ V^'\VAIiwwwwn\ \ \ A \\ A

PARTE PRIMEIRA .

2

)Â

A íi UJ\

>

OXYDODEHYDROGÈ1VOPROTOXYDO DEIlYDROGÈNO OXYDO HYDRICO

.

Aagoaéhumdoscorpos,que mais abundãonanaturesa,onde ella existe tantolivre comoemcombinação comhuma immensidadc decorpos

.

Encon

-

tra

-

seaagoa naturalmente de baixo dos trèsestados,quetodososcorposda naturesapodemaflectar a saber:noestado solido, liquido,egazoso, estados

.

quedependemda relação que existeentre aaltraeçãoouaforçaque tendea condensaroscorpos,earepulsão,que obra em sentido inverso:quandoopri- meirodestes dous agentespredomina,temosoestado solido;sipelocontrario predomina oultimo,oestado é gozoso ,cPinalmentcoestadoliquidoresulta doequilíbriodestasduas forças

.

A agoaéhuma das partes constituintes do Globo terrestre

,

ellacobreos dous terços desuasuperfície,é humcorpoinorgânico,quenãodiflered trosmineraes sinãoporqueexiste muitasvezes,ecmgrandenumerodelima noestadoliquido;ella oflerece todasaspropriedadesdosmineraesos mais ho

-

mogéneos, eporconsequência osmais bem caiacterisados;cristalina conn* elles , forma comoellesterrenosdehuma vasta extensão;csusceptive! co

-

mo elles de seapresentar emdiversas jazidas mais particularmentequen:i

outras,humasvezeslivre,outras vezes combinadacom corposinorgânico*

.

"u organisadosmuidifferentes

.

'

os ou

-

res

i

(6)

c

A ogoatornando

-

sc solidaahum gráodo frioinferiora0°,eque .J

-

ria segundo ascircumstancias, en » que ella seaclia, constitue o gelo, <1

qualexistindo cmcertasépocascm différentes pontosdoGlobo,cconstaiji

.

:

liasregiões polares, ou zonasfrigidas onde é lambemeterna atemperatura inferioráde0.

Noestado liquidoellacobre a maior partedasuperficieda terra,co

-

mo já disse , formando massas iinmensas conhecidas pelos nomesde ma- res , rios, elagos;existe também no interior daterra, donde surde para formarfontes.

Finalmentenoestadodc vapor faz parle daatmosphéra, naqualexiste emproporções quevariãosegundodiversas circumstancias, eque porisso produsem asgraduadas alteraçõesno Uygròmetro. Eás mudanças destado molecular do vapor dagoa, que existe na atmosphéra, quese deveattri- buiraformaçãodecertos meteorosaquosos,tacscomoas nuvens, a chu- va, asaraiva , etc.

Aagoarepresenta hum papelimportantíssimo emquasi todos osplie

-

nòmenos naturaes; é abebida natural de todos os aniinaes , e ovchiculo deseos alimentos; é a parle essencial de todos oscorpos organisados, « é o principal agente davegetação : certoscorpos inorgânicostambém não podemexistirsemella , taessãoporexemplooacido-nitrico, eochloroso. o é possivelencontrar

-

senasuperfíciedaterra agoa pura, no esta- do liquido ella contem sempre corposestranhos dediversa naturesa em maior,oumenorquantidade:para obtel

-

apuracnecessáriosubmettera,que

se achana naturesa a huma disiillaçãofeita comcertas precauções, ou la

-

ser combinar os elementos ,quea compoem. Eneste estado de puresa, que ella deveserempregadanamaiorpartedas operaçõeschimicas , cpliar- maceuticas.

DA AGOA NO ESTADO LIQUIDO

,

E PURA

.

Aagoa6humliquido limpido,semcheiro, insipido ,esemcòr, quan

-

do évisto em pequena quantidade; porem de huma còr esverdinhada,

quaudoé visto emgrandes massas;oseopeso cspeciGcovariacom atem- peratura,assimcomo ode todosos outroscorpos;porem éa

+

4,1°cent,

segundo oSr. Hellslroem, que ella adquire o seo máximo de densida- de: partindodesta temperatura quer parabaixo quer para cima ella tor- na

-

se mais leve de maneira , quea 0.® occupa exactamcnte o mesmovo- lume, quea-}

-

9. ° A densidade da agoa a

+

í-> 1.® cent, é tomada para unidadedos pesos específicos dc todos os corpos liquidos, csolidos,bem como ado ár paraos dos gazes , e vapores: assim representando

-

se por

(7)

1,000 a densidade dn ngoa

,

a do alcohol será 0

,

792, a do »nemo » 13,598

,

a do ouro 19.258 , a da platina

,

queé ocorpoconhecidomoi - pesado, será 21,150,etc

.

Debaixo dapressão de 0,760'"'",ca

-

f

-

4, 1*cent, hum pécubico «la

-

goa pesa 781veses mais,do quehum pócubico de ár, ecomoa volume iguaesasdensidadesdos corposestão entre si comoseos pesos, segue

-

s«*,

queadensidade da agoaestá paraá do á r, assimcomo 1.000:0 ,00128

.

Hum centímetro cubico dagoa pesa, no seo máximo de densidade, humgrammo (18,827 grãos)

.

A agoaé elaslica,epor consequênciacomprcssivel; porem emtãope

-

quenográo, quepor muito temposeduvidou

,

si ella gosava destas pro

-

priedades; oquedeolugaracalorosas discussões entreosPhysicos

.

Hunsne

-

gavãoestaspropriedadesá agoa,outrosasustentavão;osprimeirosbaseavão

-

separticularmente na experiencia da Academiadel Cimento , ou dos Acadé

-

micosde Florença;osúltimosfundavão

-

senofacto pela primeiravezobser

-

vadopor Dessaignes

.

A compressibilidadeda agoa foi pormuito tempo diflicil de delermi

-

nar

-

sc de huma maneirarigorosa,porqueos vasos,emquesefasião aex- periências, erãosusceptiveis de se distender;ultimamente poremosSors

.

Perkins, Canton ,eJoãoChristiano Oersted posérãofóra de toda aduvida acompressibilidade «la agoa ,queésegundoo primeiro0.000048 ,osegun

-

do0,000044, e o ultimo0,000045 paraopesode cada atmosphéra

.

A forçarefrangente daagoa é muitoconsiderável ,e11aexcedequasi0,7 ri doár , oquefez snppôr ao insigne Newton, muito antesdese terdes

-

coberto asua composição,que ella devia conter algum principio eminen

-

temente combuslivel

.

SegundooSnr

.

Aragoestaforçarefrangentevai sem

-

preemaugmentoaté«termo decongelaçãoda agoacomo si estasecon

-

trahisseatéesseponto

.

A agoaconduz mal a electricidade,eé diffieilmentedecomposta por esteagente;porem, ajuntando

-

lhehum acido,ouhum sal,ellatorna

-

sehum

bom conductor «Testefluido,eentãopode serdecomposta por apparelhos eléclricos muito fracos,e nestecaso ohydrogòno vaiparao púlo resinoso, ounegativo,eooxygònoparaopólovilreo,oupositivo

.

Aagoaé assim como todosos liquidoshumpéssimo conductor do lorico; o seoaquecimentosefaz de huma maneira differente da dos corpos solidos;ellaferve a

+

100°cent,debaixodapressão de0,760,un': neste ponto

atemperaturacessa de elevar

-

sequalquerque seja aquantidadede calorito,

queseappliqueaoliquido

,

oqual reduz

-

seavaporadquirindo humvolum.

1698 vezes maior,doque linhaa

+

4,°1

.

O ponto de elmllição«laagoa temsempre Jugarnamesma temperatura, varia com a pressãoatmospherict

.

ca

-

uao

(8)

s

ï qual

,

nãoscntloainosmasobre todos ospontosda terra,deve laser

,

<om queaagoafervendonãosejaigualincnte quenteeintodosospontos dono Planeta,lio«pieexporieneiasdirectas temdemonstrado

.

Si,em lugarde<11

-

minuir apresto

,

estaforaugmentada

,

a agoa podeserlevadaad

-

300

.

*,on mais, sem com todoentrar emebullição:c oqueacontece na marrnita do Papin

.

Cortassubstancias gosão tambémda propriedadede retardar< >ponto<l<

ebulliçãoda agoa ,e tantomaiso retardão,quanto maior6 asua allinidadt

|>*ira esteliquido,de maneira que estapropriedade podemesmoservirpara medirográo deaflinidadede certoscorpos paraaagoa;assim Imma solução concentrada de chlorurclo

-

sodicoo ferve sinãoa

+

109

.

°cent

.

, huma de

nitr

.

ilo

-

polassico fervoa

+

115,6,°do carbon álo

-

polassicoa

+

140

.

°ÓC

.

sendo apressão de0,760“ “

.

;oalcoholporemaccélérade10a15grãoso ponto de ebulliçãoda agoa

.

Afaculdade solvente da agoa é tãoconsiderável ,quea fezmerecer dos inligosadenominaçãodegrandesolvente danatures»

.

Ella solve osgazesna razãodirect» dapressão,einversa da temperatura

.

Aacçãodos corpos não gazosos sobrecila varia muito, entreelleshuns solvem

-

semais, ou menos,

outros são complctamenlc insolúveis, alguns adecompoem na temperatura ordinaria,outros na temperatura elevada,eoutrosfmalmenlcnão a alterào emtemperatura alguma

.

Os seguintes ensaiosservem, parareconheceraagoa perfeitamentepura: 1

.

°sendo evaporadaem hum cadinho de platinha,nãodeve deixar residuoal

-

gum;2

.

°mixturadacomoalcolióleo detornasol

,

c com o xarope de violetas, não apresentaráamenorreacção ;3o

nãodeve precipitarpelosnilrálos

-

ar

-

genlico, cbarytico; 4

.

° pelo sulfhydráto

-

ammonico

,

epeiosullidó

-

hydrico

lambem n ão deveprecipitar;5

.

°ooxalá to

-

ainmonico , oaceláto

-

tri

-

chum

-

bico

,

eophosphálo

-

ammonieo

-

sodiconão devem produsircomcila precipi

-

tado algum

.

DA AGOA IVO ESTADO SOLIDO

.

(GELO;

.

Aagoa submettidaáacção dehum frio intenso solidifica

-

se,econstitue

ogèlo

,

quechumcorpomuito tenaz

,

duro

,

elástico,transparente

,

semcheiro, sem còrjedehum saboractivo;asuadensidadecsegundooSr

.

Bèrsclius«lo 0,916

.

Quandoacongelaçãodaagoasefaz lontamenteapresentasempre scocomeçoindíciosdccristalisação,eoscrislacsformadossãoordinariamente agulhas

,

quosecruzão emagulos do 60 ou 120'gráos;si pelo contrarioella gela repentinomente converlc

- .

seem humamassa amorpha

,

ao menos em appnrencia

.

Aagoapassando doestadoliquidoaosolidoaugmentadevolume. no

(9)

9

e suaforçaexpansiva é tãoextraordinária,quo lend osrochedosemque géla

.

Experiências

,

feitasporBiot Elorença,provãooquetenho«lito

.

Algunsdos antigos chimicos , entreosquaesseachaoeloquente croy,attribuiào estephenòmenoaodesenvolvimentorápidodoárcontidon ago.

-

- quandoesta passavaaoestadosolido;poremnotou

-

sedepois,queaagoa dr

tillada ,oafervida produsiaomesmo efleito:hojeexplica

-

seesteaugmentod

-

volumepela nova disposição,que touião as moléculas d’agoa quando«dia passa aoestado solido,disposição que principiaaterIngarde

+

1cent,

para0

.

"

Nemsempreacongelaçãod’agoatemlugar natemperatura dezéro,co

-

mo observoupela primeiravez Farenhcitem1724; oSnr

.

Blagdenfezmuitas experiênciassobreesteobjecto,enotou ,queaagoa precisapara congelar

-

se

.

de humfrio tanto mais intenso

,

quantomaispuraé;queorepousoretardao seotermode eongelação,entretanto queomovimento oaccéléra

.

Segundo< «

Srhuma solução

.

GayO gò

-

Lussacalorefrangede chlormèagoaemfortemente acertascircumstanciasto

-

calcicoluzconserva,eésusceptivel

-

podaseainda liquidaestardea

ser12.clectrisado pela*,

sem40.gelar°

-

se :i

fricção

.

Elletorna

-

seliquidoemhuma temperatura superiora zéro,eabsorve tantocalorico, quantoseriaprecisoahumaigualquantidaded’agoa liquidaa 0

.

°para chegar a75

.

°cent

.

A affinidade decertassubstanciasparaaagoaé huma causa,quepodela

-

serbaixarconsideravelmenteatemperaturadoscorpos;assimmixturandoogò

-

locom o chlorèto

-

sodico cristalisado ambos na temperatura dezéroporex

.

,

estesdouscorpossefundem , combinão

-

se,eatemperaturabaixará tantomais, quanto mais rapida fòrafusãodas duas substancias

.

É nesteprincipioquese fundaaformaçãodas mixturasfricorificas,quercom gòlo,quersemelle.Co

-

moentrenósémuitasvezesnecessário esfriarcertoscorposemoccasião,em quenãoha gòlo ,euvouapresentaralgumas mixturasfrigorificasde quesepo

-

de laser uso,empregandoassubstanciasnatemp,de

+

10.°

osvasos,asartoi ^/' pela Aeademi i n

-

Eour

-

TABOA DAS MIXTURAS FtVIGOIUFICASSEM GÈ LO

.

Nomesdas substancias

.

Cirdosde frioqueprodusnn Chloruròto

-

ammonico

. . . .

5 '

Nitrá to

-

potassico

Sulfáto

-

sodico crist 8

Agoa

.

1G

23, cent.

=

46

.

Ivht

d

(10)

10

î

p

- 1

Aitrálo

-

ammonico

.

Garbonálo

-

sodico.

. .

A"Oil

C

.

hlorurù to

-

ainmonico

.

Nitráto

-

potassico

. . .

Agoa

Sulfá to

-

sodicocrist

. .

Acido

-

sulfú ricoa36®

.

23,8

.

®cent

. =

343

.•

Fallt

.

1 3 p

.

\

22,2

.

®cent

. =

40

.

®Fallt

.

5 1 6

öp

.

\

4 Í

8p

.

^

6

>

26, 1

.

®cent

. =

47

.

®Fallt .

Sulfá to

-

sodico crist

. .

Acido

-

hydro

-

chlórico de Sulfáto

-

sodicocrist

. .

Nitráto

-

ammonico Acido

-

nitrico deluido

27 , 7

.

® cent

. =

30

.

®Fallt:

6P* j

20

.

®cent

. =

36

.

®Fallt

.

5

.

4 )

DA AGOA GOZOSA.(VAPOR D'AGOA )

.

OVapord'agoactransparente , sem cheiro,semsabòr,éinvisível si a atmosphéra,em que fòr recebidoseacharemhumatemperaturasuperior

.

t

15.®R

.

,enãoestivermuisobrecarregadadehumidade;siporemoárse achar humatemperatura inferior ,o jáhúmido , entãoosvaporesaquosos appa

-

receráo em formadenuvembranca bastante visivel;elle gosudetodasaspro

-

priedadesmecanicasdoá r,émaisleve , doqueestelluido ,seopesoespeci

-

fico é,segundooSr

.

Gay

-

Lussac,de0,6201

.

Aagoaliquidaa+100

.

®cent

.

,

ca0,760m"

.

depressãoreduz

-

se avapòr, como jádisse;este vapor ,ape

-

sarde estarna temperaturada agoafervendo ,contemhumaquantidade «le caloricotal, que ,segundooSr

.

Dcsprelz,écapaz de levaraagoade

-

f100

.

° cent,á+531®

.

Blackfoioprimeiro , queem1763provou,queestecalorico seachavanoestadolatente

.

Aconversãodaagoacmvapòr temlugar a todas astemperaturasinferioresa

-

p100.®,epor issovemostodososdias,que,posta

em humvaso ,e emcontactocom oá r,diminue sensivelmentede volume ,e

podemesmodcsapparecercompletamentenofimdealgumtempo

.

Estedesap

-

parecimentoera altribuido pelos antigosáacçãosolventedoáratmosphé

-

rico;ellesjulgaváo,queaagoasolvia

-

senoá r,assimcornoossaessolvem

-

se

oagoa;hojeporem sabc

-

sc,queistodepende daforçaclasticadoliquido

.

OsSrs

.

Theodoro deSaussure,eDalton demonstrarãocom experiências ri

-

gorosas:1

.

®que a agoaseevaporamaisfacilmentenovacuo,doqueno ar ; 2.® que

,

dadasasmesmascircumslancias,ellaevapora

-

se maisrapidamente nocumedasaltasmontanhas

,

doquenus planícies

.

Destasexperiências, e em

(11)

11

dooutrasrésulta,queadiminuiçãodepressãoaccéléra aevaporarão«la ; oque não terialugar, si aevaporaçãofossedevida úacção solvent«

-

«l<<<í r,

porque sabe

-

se,queaquantidadedehum solventeésempreproporciona!

.

«

«piautidadedosolvendo

.

Aforçaexpansiva«lovapòrd’agoaétãoconsiderável ,queecapazde le

-

vantarmassasenormes

.

É n esteprincipioquesefundaatheoria das machi

-

nas«levapòr

.

Segundo Vauban 110librasd’agoareduzidasaoestadodevapoi levantàohum peso de 77,000libras,entretanto,que 110 librasdcpolvora não levantãomais,que 30,000libras

.

COMPOSICÄO CIIÏMICA

.

O celebre Aristoteles foioprimeiro, que considerou aagoa comohum elemento:a suaopinião,foi ndmitlidapelos philosophes, que lhesuccede

-

rão até1781,época emqueoSr

.

Cavendishdescobrio asuacomposição, enãooSr

.

Lavoisier,comoqueremalgunsautores,aquemsomenteper

-

tence adeterminação daproporção deseoselementos

.

Estaimportante«les

-

cobertamarcahumadasépocas maisbrilhantes dachimica

.

Em outubro de1776ocelebreMacqucremcompanhiade Sigauddela l*ondfez huma experiencia,inflamandoohydrogènoem humfrasco,epon

-

dosobreachama hum pires deporcelana da China,pretendendo comesta experiencia,segundo parece,reconhecer,si nestacombustãosedesenvolvia alguma matéria fuliginosa; poremelleobservou,queo pires ficouperfeita

-

menteclaro;mas«jueestava molhadocomperceptiveis gotas de humliquido clarosemelhante ãagoa,cquelhe parecia,assim como aoseOcollega,ser agoapura;elle nãodiz,siempregoualgumreagente,para reconhecerasut jmresa, nem fazobservação algumaa respeitodofacto

.

Kmoutubro dc1777 Bucquet,eLavoisier ,não tendo conhecimento«lo factocasual,cminuciosamente mencionado por Macqucr, fizerão humaex

-

perienciacoin a intenção «le reconhecer osproductosda combustão do hy

-

drogòno

.

Elles inflainárão 6 a 6 volumes dehydrogèno em frasco aberto,

«lentro do qual posérãoiinmediatamente duasonçasde hvdro

-

solúto

-

calcico,

agitandosempreo frasco duranteacombustão

.

O resultado d'estaespericu

-

ciafoi negativa

.

QuasiemAbril de 1781 John Walrcre animadopeloDr

.

Priestleyinlla

-

uiouhumamixtura«le áratmosphérico

,

egaz hydrogèno em hum vaso de cobre fechado,enotou,queosoopeso havia diminuído

.

O Dr

.

Priestley

antes«lestaépocatinhajáinflamado huma mixturadchydrogèno,coxvgèno emhumvasodcvidro fechado,eointeriordovaso,queantesdaexperiencia estavaclaro

,

esccco,tornou

-

schúmidoeimpregnadode huma materia fuli-

(12)

12

giuosa

.

Estas expericnciasforão depois repelidas pelo sabio Cavendish,

mesmoDr

.

Priestley

,

osquaes n ãoobservarão diminuiçãode peso, nem n

matéria fuliginosa

.

Foino fim«Ioannode17S1queHenry Cavendish se occupouem exami

-

produclos da combustãodo hydrogèno,efez asinteressantes expe

-

riencias , que forãolidasperanteaSociedadeRealemlödeJaneiro dc1781

.

Idleinflamou 500000 grãos ( medida ) dehydrogèno,equasiduasvezes, <_

meiaestaquantidadede'ár atmosphérico,fasendo passar osgazes queimados porhum tubode8pésdecompriment©;135grãosdagoaforão o resultado destaexperiencia

.

Elle infiamou também huma mixtura de 19500 grãos ( medida ) de oxygèno,e37000grs

.

dehydrogènoemvasofechado;oliquido condensado continha humapequenaquantidadedeacido

-

nitrico

.

iYeste tempocontinuava Lavoisier as suasindagações, e em1782em companhiadcGengembrcelleencheo humagarrafade90onçasdecapacidade com hydrogèno,oqual inflamou,tapando iinmediatamenteagarrafa,depois deter uella introduzidoduasonças de hvdro

-

solúlo

-

calcicoporhumorili

-

cit) da rolha poronde atravessava hum tubo,que communicava a garrai

.

)

com humvaso,que continha oxygèno

.

A combustão cessou; exceplo no orifício do tubo, ondehumabeilachammaexistia;estaduroupormuito tem

-

po,durante oqualo hydrólicoeraagitadonagarrafa

.

Nemesta,nemamesma experienciarepetidacomagoa pura, ehydro

-

solúlo

-

polassico,em lugar deoxydo

-

calcicoprodusio os resultados obtidos

depois, pois nenhumd’estesliquidosfoialterado

.

Ainferência quetirava Walrere arespeitodahumidade,queappareceo

nointeriordovaso, emque Priestleyhavia inflamadoohydrogèno;eá r atmos

-

phérico, era

.

queestesgazes pela combustãodcpositavâo a humidade, que oonlinhão

.

Waltcomtudo induzio d'estas experiencias,queaagoaerahum compostodegazesqueimados,quehaviãoperdidooseocalorico latentepela combustão

,

e commuoicou os seuspensamentos aoDr

.

Priestley

.

Parece.,queacomposição daagoanãoeraconhecida,ouadmittidaemFrança ate1783:e n’esse anno em 2 1 de JunhoLavoisier,eLaplace repetirão a segundaexperienciade Cavendish

,

isto c

,

inflamarãoohydrogèno, co oxy

-

gèno, embum vaso devidro sobre o mercúrio,em maiorquantidade

,

do que aquella

,

que foi inflamadapor Cavendish: oresultado desta experien

-

cia foi quasi cinco oitavas deagoa pura

.

Mongefez quasi aomesmotempo humaexperiencia analoga emPariz

.

Este assíduo,eexacto chimico

,

juntamentecoinMeunier,fez passarovapor dagoa por hum tubo de ferro encandescente, enotou, queoferrosohavia oxydado

,

cquesedesenvolverahydrogèno; ellefezigualmente passaro va

-

e11

naros

(13)

-

13

pòr d'agoa por cima do diversoscorposoxydaveis,cobteveresultados«I licos,isloé,o corpo,que empregavanoestado simples, apresentava

-

seoxy

-

dado,havia desprendimentodehydrogòno,caagoadesapparecia

.

Estas expericncias concludentes lisórão, com (pio Lavoisier concebesse aidea, deque aagoaerahum compostode oxygòno,ehydrogcno;quepela temperaturaelevada,epresença de hum corpo oxydavcl

,

elladecompunha

-

se; que hum de seos elementos

,

o oxygòno,combinava

-

se com o corpo

avido d’estegaz; eque ooutroelemento, o hydrogè ne), sedesprendia

.

Ein 1790 teve lugara grande expericnciada composição da agoa por Fourcroy,Vauquelin,eSeguin

.

Acombustão durou 1So horas com curtas interrupções:durante todo este tempooaparelhon ãofoi hum só momento desamparado,porqueestes chimicosexperimentadoresrendião

-

sealternativa

-

mente: ohydrogònoparaestaexpericnciaeraobtidopor meio do zincoempó

.

eacidosulfú rico delindoemsetepartes dagoa,ámedida quesedesenvolvia, atravessavaporhum tubo ,quecontinhaoxydo

-

polassico:ooxygònoeraobtido

pela decomposição docldorito-potassico,eigualmenteatravessava por oxydo

-

potassico:ovolume do hydrogònoempregado foi 20963569polegadas cu

-

bicas:ovolume do oxygònofoi 12570942polegadas cubicas,ou 1039338 grãosdehydrogò no,e6209869grãosdeoxygòno ;opesototal dos donsga

-

zes erapor tanto7249227grãos

.

A agoa obtidapesava7244grãos

.

Aquan

-

tidade de nitrògèno antes daexpericncia erade 415252polegadas cubicas,

e nofimera de467

.

Oexcesso depoisdaexperienciafoi por consequência 51744 polegadas cubicas

.

Este augmenlofoidevido

,

segundoosexperimen

-

tadores ,aoá ralmosphéricointrodusidonos cilindros dosgazòinetrosaomes

-

mo tempo, queos outrosgazeserãointrodusidos

.

Ellenãopodiaserdevido aohydrogòno

,

porqueaexperienciamostrou ,queestegaznãocontinha ni

-

trogòuo

.

i'i i

-

Aintroducção deste ultimofluido nãopodia,segundoosexperimenta

-

dores, ser complelamente evitadaem consequência daconstrucçâodoappa

-

rclho

.

Aagoaobtida foi examinada,e era tão pura,comoaagoa distillada; oseopeso especifico eraexactamente igual aodesta ultima

.

Si finalmente os chimicosmostrarão com evidencia,quea agoa eracom

-

posta deoxygòno, ehydrogòno,o mesmo não acontcccocom a determi

-

naçãodas quantidadesde seos

concluirãoda suagrandeexperiencia, queaagoa era composta de85partes deoxygòno ,e15de hydrogòno,cm100partes

.

Lavoisier tinhaantes ciado

elementos

.

Vauquelin

,

Fourcroy,e Seguin a n n u n

-

que ella eracomposta , em100partes ,de 86deoxygòno, e lide

hydrog

òno

.

final mente os Snrs Berselius, eDulong reclificarão os pesos dohydro

-

geno

,

c*dooxygòno

,

depoisde1er separadodoprimeiroooleo volatil, que i

(14)

U

ollesemprecontem, quandoépreparado polosmeiosordinários,oassim po

-

derão determinar com cxactidão a proporção

,

em queestes dousgazessc unem paraformar agoa

.

Esta mesma proporção foi depoisdemonstradape

-

los Snrs

.

Gay

-

Lussac

,

cHumboldt

.

E por tanto segundoestesauetores

,

aagoacompostade:

Em volume

.

Em peso

.

Em átomos

.

Oxygèno

.

Hydrogèno

.

Asuaforma atomistica éII ou OIP

Oselementosdaagoa , esuas proporçõessão constantes, einvariáveis en todosos pontosda terra, quer sejãoexaminadasnas maisaltas regiões daatmosphere,quernas maisprofundas cavidades

,

nospôles

,

ouno equador.

. .

88,90

. .

. . 11,10 . .

1 2

-

(15)

PARTE SEGUNDA . Dili !

J

1 û

fjilD

Ï D ÎÏ & T ÏÏ IS

»

Nanaturesa encontrão

-

seagoas contendocm proporções variavcisprin

-

cípiosfixos,egozososde naturesadiversa

.

Estasagoas dividem

-

se cmagoas

communs,simpleccsoupotáveis,einagoasmineraes,ecmagoas insalubres

.

Asagoaspotáveissão aquellas,que introdusidasnanossaeconomianão produsem alteraçãoalguma,que perturbeoestadophysiologico

.

Mestaclasse seachãocomprehendidasasagoasdasfontes

,

rios , lagos, cpoços, quen ão contemmatérias estranhas , quealterem sensivelmente sco sabor, cheiro ,«•

còr ;equesãohabitualmen teempregadascomobebidaordinaria,sempro

-

dusir algum desarranjo nasaudedo homem ,e na dosanimaes

,

quedella fasernuso

.

Estas devemserconsideradascomoalimento

.

Asagoasmineraessãoaquellas,(piecontemsubstancias estranhasdena

-

turesa,eemquantidadetal

,

quedando

-

lhessabor, cheiro, er,dão

-

lhes também apropriedadedeprodusirnaeconomiaanimal humaacção ,cujoca

-

ráctervariasegundoa naturesadessas substancias,csuasproporções , eque dadasemcertosestadosinorbidos do homem produsemvantajosos resultados. Estassãoconsideradas como remédios

.

Einalmcnteasagoasinsalubressãoaquellas que, nãogosandodasquali

-

dades das agoas potáveis

,

nem mineraes, contemprincípios ordinariamente orgânicoscapazesdeprodusirna economia animaldesarranjosconsideráveis

.

Estasdevemserconsideradascomovenenos

.

ïoda a agoa verdadeiramente potável deveapresentaros caracteres se

-

guintes:

1

.

° Deveser limpida,semcòr

,

inodora

,

insípida,ou semsabordesa

-

gradável ,efresca

.

2

.

°Deveserleve, ouarejada,oquesepode reconhecercomparando«>

seo peso especificocom odaagoa distillada, equanto maisseaproximardo peso d'esta

,

tantomelhorserá,demais sendoaquecida, deixa desenvolver pequenas bolhas de ár

.

3

.

°Deve ferver cóm facilidade, e sem turvar

-

se; quando ellacontem bi

-

carbon áto

-

calcico

,

aebulliçâo faz precipitar carbonáto

-

calcico; porem,

paraqueestaprecipitaçãosejacompleta

,

cprecisoentreter aebulliçâo nos porespaço demeiahora

.

K ." Devecoserfacilmenteoslegumes, oquenãoacontece

,

quando

teingrandequantidadedesulfato

,

ou de bi

-

carbonálo

-

calcieo

.

5

.

*Nâodeve pesarnoestomago ,nemrelacharoventre; «levecxlrahn com facilidade osprincípiossolúveisdosvogctaessem osalterar

.

aome

-

con

-

(16)

i<;

G

.

*Mixluradacomo alcphÿleotio sal>ãon ãodevelurvar

-

sc: secilacon

-

tiverirmilossacscalcareos,comoaconlccecomasagoas

chamadas

«luras ,ou cruas,daráhumprecipitado grumoso

,

cbranco

,

oqualc oresultado da d composição dupla dossacscalcicos,c tios, queosabãocoutem

.

7

.

®Ensaiada porcertosreagentes cila deve comportar

-

seda maneirase

-

guinte:onilrálo

-

argentico,oumercuroso,ochloruròto, ouoinlráto

-

bary

-

lico nàodevem lurval

-

a, ouaomenos'dcvcm turvai

a tiehuma maneira quasi

IS

impcrceplivel

.

Oapparecimentodegrandequantidadedeprecipitado pores

-

tes reaclivosindicaria naagoagrandeporçãodehum ,oumais cldoruròlos,«

sulfatos oumesmocarbonatos; ooxaláto

-

ammonicodevenãoprecipitai

a ,

ou preeipilal

-

a tic huma maneira quasi iioperceplivel

.

A precipitação por este reagenteprovariaaexistêncianaagoa de hum, ou mais saescalcicos; o acelálo

-

tri

-

chumbico dáhumprecipitadobrancopoucoabundante de carbo

-

náto

-

chumbicoemconsequênciade humapequena quantidadede acido

-

car

-

honicolivre, quetodasasagoascontem, equesecombina como excessoda base do acctáto;entre tantooacetato neutro nãodeve darprecipitado algum, porque este sal precipitaasagoas,quecontemcarbonatos.,ousullátosem grandequantidade

.

Assubstancias , quese encontrãoordinariamente nasagoaspotáveissão : 1

.

® Ar naproporçãode bum acincoporcentodeseo volume,equese desenvolvequandoeilapassaaoestadosolido,novácuo,cna temperaturade ebullição

.

Esteá rapresenta humacomposiçãodifferenteda doáratmosphé

-

rico;comelicitoestecompõe

-

se(em100parles)de21deoxy.gèno,e70

de nilrogòno,entretanto»pieaquellcencerra(nasmesmas100partes )32 de oxvgòno,e0S de nilrogòno

.

Esta differençaédevidaa,que ooxygeno é mais solúvel nagoadoqueonilrogòno ,eéhumdos argumentos fortes , que apresentarãoalgunschimicos , para provar, que o á ralmosphérico é huma simplesmixturade oxygòno,enilrogòno,enãohum compostodestesdois gazes,comopretendião osantigosbaseados principalmenlcnaconslancia da proporção,emqueseachãoosseoselementosemtodosospontosdaterra , como provãoasexperiênciasdeBeddoesna costa deGuiné,de Bcrlliolíetno Egypto,de Macartyem Ilespanha, de Humboldt nÀmeriea, de Pérou no marpacifico, deCavendishem Inglaterra

,

edeGay

-

Lussac,emPariz,aiOOO loesasde altura

.

2

.

®Acido

-

carbonicolivre ein quantidade variavcl,cujaexistênciasede

-

monstrafacilmente,como acima vimos

,

pormeiodoacolá to

-

lri

-

chumbico

.

3

.

°Matérias organicas vegetaes

,

eanimaes cm quantidade muipe

-

quena

.

4

.

® Emfimdifferentessacs, como:chlorurò to

-

sodico

,

ecalcico,sulfato,

ecarbon áto

-

calcico

,

cásvezescarbonáto

-

sodico ,sulfáto

-

potassico,carboiuito

-

(17)

17

magnésien, esilica; porcin todas estas substanciasnão devem excedei

j;rs

.

paracada litro ,quandonagoaéboa

.

Gomo édiversa a naturcsadasdiíFcrentcsagoas,que seempregâocomo bebida ordinaria,convém dár decada huma délias algumas noções gera»

-

',

paralazerconheceradiflerença ,que conservãoentre sinão sóquanto asu:» origem,masainda quanto a outrascircunstancias

.

de.i aV

I

.

« AGOA DA CHUVA

.

De todasasagoasnaluraes, esta éa maispuraj o scopesoespecifico apenas différédo daagoa distillada,ã qual podemuitasvezessubstituir em certasoperaçõeschimicas, epharmaecuticas em grande

.

Porem, para que ellaoflereçaessegrao de puresa, éprecisoserrecolhidadepoisde algumas horas de continuada chuva,e nãomui pertodashabitações grandes

.

Apri

-

meirachuva , que cahe nashabitaçõesgrandes depoisde muitos dias de bom tempo, acarretamecanicamente moléculas heterogé neas, que volteião na atinosphèra , e porissovõ

-

se no fim dealgum tempode repouzo,quando ella é recolhidaem vasosproprios, humdepositode cor escura,quealem

«le atornarimpura,adispõe a alterar

-

secom muita facilidade,entrandoem putrefaeção,como o havia já observado Hypocrates, eporisso elleaconse

-

lhava,queafervessem

,

cfiltrassem;e Margraaf (de Berlin!mostrou a ne

-

cessidade destaprecaução porhumasériédeexperiences

.

Aagoada chuva mesmo amaispuracontemsempremuito ároxygenado, pequenaquantidade

«le acido

-

carbonico , etraçosde sacs calcicos

.

Segundo Daubeny

,

e Witting ellacontemásvezestraçosdeacidohydro

-

ehlórico ,ephosphonco

.

Chaptal foi ,cjuemobservou primeiro, «pie a agoa,queacompanhaas trovoadas,émaisimpura, doqueade huma chuva brandaecontinuada

.

Guyton de Morveau, oillustre auctor da nomenclatura chimica, mostrou, queaprimeiradestasagoas contemsemprehumpoucodcsulfálo

-

calcico,e

Thomson confirmaestaopinião

.

Ultirnamenleodistincte chimieo Just

.

Liebig-

,

Professor de chimica Universidadede Giessen demonstroucom multiplicadas experiênciasfeitasem épocasdiversas

,

queaschuvasdastrovoadascoutem todas acido

-

nitricO

proporçãovariavel combinado com oxydo

-

calcico

,

eammouico

.

Foicom o

.

sulfato de indigolina,hum dos regentes mais sensíveispara reconhecer o ncido

-

nitricô

,

edescoberto pelo mesmo Liébig ,queestehabilcbimicopé>

-

dedescobrir osmenores traços «laquelle acido já entrevisto por Bergman ncilasagoas

.

Nas ,quenãoacompnnbãoastrovoadas

,

nuncaLiébigencontrou oie acido

,

oquefazsuppôr

,

queoraio,atravessandohuma certaextensão daalmospbéra

,

determina u

.

combinaçãod'

.

1 huma certaquantidadedeo\y

-

n a em

(18)

18

<nitrogèno tio Ar, phcnòmcno, queo celebre chimico inglez Ca

-

geno,

iiili.

-

h j:itinha observadoemsco laboralorio, por meioda íaisca electrica, l’odo

-

seaindacomprohenderentreasagoas daclmva a , queprovemda fusãotiogèlo

.

aqual édcstiluida deár

.

eporissoospeixesnãopodem viver

iiella; porem expondo

-

a á ocçã o<loár, eagitando

-

adequando

,

emquando,

ollanãodifféréemsuasqualidadesdaagoada chuva

.

\(

2

.

AGOA DE RSOS

.

-

se este nome á agoa, que resulta tla reunião ordinariamente das agoas das fontes,algumas vezesda tios lagos

,

oudareunião d'estas com aqtiellas,e que correpelasuperficie tiosolo entre margens ,esobre hum leito naturalmente formado

.

Estaagoaé mais pura,doqueatiefonte,po

-

rem menos, do que ada chuva

.

Quandoa corrente da agoaerapidaso

-

bre bumleito arenoso, ellaé ordinariamente limpida,arejada,e nãocon

-

tem sinãohuma mui pequenaquantidade dematérias salinas

.

Siporemol

-

las correm sobre hum leito argiloso,são turvas,evasosas;porem muito salubres , sendopurificadaspelo repouso , efiltração: taessãoasagoas do Scena , doKilo

,

e doGaugesetc

.

Assubstanciasqueas turvãonão sãosinão moléculas terreas insolúveis; quandoporem oleito é argiloso,e ellas cor

-

rem vagarosamente sobre elle , a sua naturesa aproxima

-

se muitoda das

agoasde poços,econtemfrequentementesubstanciasvegetaes,eanimaesem putrefaeção,como se observa tambémnasagoasdos lagos,edospantanos

.

As matérias, que se encontrão ordinariamente nas agoas dos riossão :á r oxygenado, pequenaquantidadetieacido

-

carbonico

,

chlorurèto

-

sodico,o al

-

gumasvezessulfálo,c carbonálo

-

ealcico,sacs déliquescentes,matériasor

-

gânicas

.

3 AGOA DE FONTES

.

Asagoasde fontes differentdasagoasdc rios ,porquecontem muitome

-

norquantidade dc á r,emaior dc matérias salinas; estas matériasellas sol

-

vem durantea filtraçãoá travésdo solo, cpor isso nãoé raroencontrar

-

seagoas dofontes muito impuras, porqueo scomaior , ou menorgráodc puresa depende domaior,ou menor gráo dc solubilidadedas camadasdc terreno por onde ellas filtrão

-

se

.

Estas agoas tem a sua origem dasagoas da chuva ,que, infillrandorseinsensivelmente á travésdosolo

,

se reunem emalguma cavidade

,

ou nasuperfície dcalgumas camadas impermeáveisaos líquidos, cde lá surdem paraa superficie dosolo

.

As substanciasfixas ,e gazosas, que se encontrão nas agoasde fontes,são em geral

queas,que sc encontrão nasagoas da cspecie precedente; differindonsmeMUpoas

. -

(19)

[

»honemánasproporções;cmalgumas

encontr1 9

ão

-

se

,

alem dislo

,

vestígios«I

to

-

sodico, sulfá to

-

potassieo , c noido

-

silicico; aquellas

,

que atrawsv.i

.

,

terrenos

,

que contem muito sulfato , ou carbonáto

-

calcico , solvem huma eerta quantidade destes saes, eloruâo

-

seduras, ou cruas

,

e por conse

-

quênciaimpotaveis

.

urui

-

4

.

« AGOA DE POÇOS

.

-

seestonome ásagoas,que se obtemdecertascavidades feitas mais, ou menos profundamente na terra

.

Estasagoas oflerecem certasvariedad

Milsuacomposição,que resultão,assimcomo aconteceásagoasdefontes , dafiltração das agoasda chuvaá travesde certascamadas de terra, cuja naturesainflue consideravelmente sobreasuacomposição

.

Apesardeser com

-

mun aorigem dasagoasde fontes, ede poços,comtudo assegundassão geralmenle muit< mais impurasdo queasprimeirasem consequência de sua estagnação,e mui vagarosa fdtração, c por isso os poçosvelhos fornecem muito melhoragoa doque os novos

.

Dalton observou , que quanto maior porçãod'agoasc tirade hum poço, tantomelhorse torna a suaqualidade

.

Geralmenle estas agoascontem muitossaescalcicos,entreosquaes predo

-

mina osulfato,osquaesas tornãoimpróprias paraa maiorparte de nossos usoseconomicos; cilas sãocaracterisadas pelapropriedade den ão solver o sabão,eendureceros legumes,em lugar deosamolecercomofazaagoa pura, csãovulgarmente conhecidas pela denominação do agoascruas, duras

.

SegundoThomson cilas contem também maior quantidade de acido- carbonico

,

do queasdefontes

.

Muitas dasmatérias contidasnasagoascruas sc achão em suspensão n’oilas, epor issoa fdtração as torna muita mais puras

.

U.s

O U

IIa com tudo agoasdopoçosmuitopuras;laessão asdaquelles,que sãoalimentados porfontes,cujoafluxo serenovacontinuamente

.

Entrenós existem muitos poçosd'esta naturesa

.

5

.

» AGOA DE LAGOS

.

Aagoade lagoséareuniãodas agoas da chuva,dasfontes,dos rios

.

eásvezesdas dafusão dogelo;estaagoa óordinariamentemuito insalubre, contemgrande quantidadedesubstancias organicascm

poucoarejadaenconsequência, dcscrestagnada,cpor issoimprópria para bebida ordinaria

.

Entretanto

,

segundoRostan,ha na

«tãopuracomo a melhoragoadefonte

.

Eunão tenho ainda encontradola

-

goscomIãobonagoa; porem tenho vistoa poucaslogeasdacidadeem lu

-

gares,ondecbastante notável afalta dc boasagoaspotáveis

,

poquenosla

-

pulrcfação,cómui Suissa lagos,cujaagoa

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