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Academic year: 2022

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(1)

no C

alulo de Eventos

Silvio do Lago Pereira

disserta

~

ao apresentada

ao

instituto de matem

atia e estat

stia

da

universidade de s~

ao paulo

para

obten

~

ao do grau de mestre

em

i^

enia da omputa

~

ao

Area de onentra~ao: Intelig^enia Artiial

Orientadora: Prof a

. Dr a

. Leliane Nunes deBarros

Durantea elabora~aodestetrabalho o autor reebeu apoio naneiro daCAPES.

|S~aoPaulo,3de junho de2002|

(2)
(3)

no Calulo de Eventos

Esteexemplar orresp ondea reda~aonal

da disserta~ao,devidamente orrigidae

defendida p or SilviodoLago Pereira,

aprovadap ela omiss~aojulgadora.

S~aoPaulo,3de junho de 2002.

Bana examinadora:

Prof a

. Dr a

. Cristina GomesFernandes {IME-USP

Prof a

. Dr a

. Leliane Nunes deBarros{ IME-USP

Prof. Dr. MarioRillo { EP-USP

(4)
(5)
(6)
(7)

A professoraLeliane Nunesde Barros,

quemeorientou eme inentivou nessetrabalho.

Aos professores doDepartamentodeComputa~ao,

que ontriburampara minha forma~aono mestrado.

Aosolegas eamigos do IME,Ariane,Bianka, Claudia,Daniel,

Emmanuel, Eud^enia, Gordana,Leandro, Lorena,Luiano,Marelo e

Mateus, queompartilharamomigo momentos deestudo e desontra~ao.

Aosmeus pais eaomeu grande amigoItivaldo,p ela fora e ap oiode sempre.

E p orultimo, aomaisimp ortantede to dos: aDeus, quep ermitiu que

to dasessasp essoasextraordinariasestivessemno meuaminho.

(8)
(9)

Nessetrabalho,estab eleemosumaorresp ond^eniaentreraio nioab dutivonoalulo

de eventose planejamentode ordemparial. Paratanto,implementamos tr^essistemas

deplanejamentoab dutivobaseadoemalulodeeventos(Abp,SabpeRabp)etr^essis-

temasalgortmios(deordemparial)orresp ondentes(Pop,Snlp eTweak). Ent~ao,

atravesdeumaanaliseomparativadoomp ortamentodessessistemas,mostramosque

planejadores(logiosealgortmios)queimplementamestrategiasdeplanejamentoor-

resp ondentesapresentamomp ortamentosid^entios(i.e. examinamomesmoespaode

busa eapresentampratiamenteamesma ei^enia). Tambemmostramosque,tanto

para sistemas logios quanto algortmios, a ei^enia de planejamento n~ao dep ende

ap enas da p oltia de prote~aode submetasadotadaem ada um deles, mas tambem

das araterstiasesp eas do domnio deplanejamentoonsiderado.

Abstrat

In this work,we establish a orresp ondene b etween ab dutive reasoning in theevent

alulus andpartialorderplanning. Aiming atthisend,weimplement three ab dutive

planning systemsbasedonevent alulus(Abp,SabpandRabp)andthreeorresp on-

ding (partial order) algorithmi systems(Pop, Snlp and Tweak). Then, through a

omparativeanalysis oftheb ehaviorof thesesystems, we showthat (logial and algo-

rithmi)plannersthatimplementorresp ondingstrategiesofplanningpresentidential

b ehaviors (i.e. they examine the same searh spae and they present pratially the

same eÆieny). Also we show that,in algorithmi and logial systems,the planning

eÆieny do es notdep endonly on thesubgoalprotetionp olitis adopted in eah one

of them, but alsoon thesp ei featuresof the planning domainonsidered.

(10)
(11)

1 Intro du~ao 1

1.1 Motiva~ao . . . 1

1.2 Planejamentolassio . . . 3

1.3 Ab ordagemlogia . . . 3

1.4 Objetivos . . . 4

1.5 Organiza~ao . . . 5

2 Planejamento dedutivo 7 2.1 Calulo de situa~oes . . . 7

2.1.1 Desri~ao dasitua~aoiniial . . . 9

2.1.2 Desri~ao dasa~oes dodomnio . . . 9

2.1.3 Persist^eniatemp oral . . . 11

2.2 Problemasna formaliza~aode mundosdin^amios . . . 13

2.2.1 Oproblema da qualia~ao . . . 14

2.2.2 Oproblema da ramia~ao . . . 14

2.2.3 Oproblema da p ersist^enia . . . 15

2.3 Umasolu~aoparao problemada p ersist^enia . . . 17

2.3.1 Cirunsri~ao . . . 17

2.3.2 Calulo de situa~oesirunsritivo . . . 18

2.4 Planejamentodedutivo no alulo de situa~oes . . . 19

2.4.1 Ometo dode Green . . . 20

(12)

2.4.2 Programa~aoem logia . . . 21

2.4.3 Umplanejador dedutivo em Prolog. . . 24

2.5 Considera~oesnais . . . 29

3 Planejamento algortmio 31 3.1 Arepresenta~aoStrips . . . 31

3.1.1 Estados ea~oes . . . 32

3.1.2 Problemas eplanos . . . 33

3.1.3 Complexidade dosproblemas deplanejamento . . . 34

3.2 Planejamentoomo busano espaode estados . . . 35

3.2.1 Planejamentoprogressivo . . . 36

3.2.2 Planejamentoregressivo . . . 37

3.2.3 Compara~aoentre planejamentoprogressivo eregressivo . . . 39

3.3 Planejamentoomo busano espaode planos . . . 40

3.3.1 Planejamentode ordemtotal . . . 42

3.3.2 Planejamentode ordemparial . . . 42

3.3.3 Compara~aoentre planejamentode ordemtotale parial . . . . 49

3.4 Poltias de prote~ao . . . 49

3.4.1 Planejamentosistematio . . . 49

3.4.2 Planejamentoredundante . . . 52

3.4.3 Renamentodos par^ametrosde omplexidade . . . 55

3.4.4 Compara~aoentre planejamentosistematio eredundante . . . . 58

3.5 Considera~oesnais . . . 63

4 Planejamento ab dutivo 65 4.1 Ab du~ao. . . 65

4.1.1 Omeanismo ab dutivo emprograma~aologia . . . 67

4.1.2 Estendendo ab du~ao omnega~aop or falha . . . 70

(13)

4.2 Calulo de eventos . . . 74

4.2.1 Uma axiomatiza~aopara oalulo de eventos . . . 74

4.2.2 Estadoiniial, a~oese planos no alulo deeventos . . . 76

4.2.3 Persist^eniatemp oral noalulo de eventos . . . 76

4.3 Planejamentoab dutivo no alulo deeventos . . . 77

4.3.1 Esp eia~ao logia de planejamentoab dutivo . . . 77

4.4 Ummeta-interpretadorab dutivo . . . 78

4.4.1 Compilando lausulas-objetos emmetalausulas . . . 79

4.4.2 Compila~aode axiomasdo alulo deeventos . . . 79

4.4.3 Tratamentode onheimentoinompleto . . . 81

4.4.4 Osistema de planejamentoAep . . . 83

4.5 Considera~oesnais . . . 84

5 Resultados exp erimentais 85 5.1 Implementa~aodos sistemasomparados . . . 85

5.1.1 Planejadoresbaseados emStrips . . . 85

5.1.2 Planejadoresab dutivosbaseados emalulo de eventos . . . 86

5.2 Exp erimento I: orresp ond^eniaentre oPope o Abp. . . 91

5.2.1 Domnios de teste . . . 91

5.2.2 Meto dologia. . . 93

5.2.3 Testes realizados . . . 93

5.2.4 Analise dosresultados . . . 95

5.3 Exp erimento I I:sistematiidade versusredund^ania . . . 99

5.3.1 Domnios de teste . . . 100

5.3.2 Meto dologia. . . 104

5.3.3 Testes realizados . . . 104

5.3.4 Analise dosresultados . . . 105

(14)

6 Conlus~ao 109

6.1 Prinipaisontribui~oes . . . 110

6.2 Trabalhos futuros . . . 112

6.2.1 Planejamentohierarquio . . . 112

6.2.2 Uma linguagem paraprograma~aode agentesrobotios . . . 114

6.2.3 Outras extens~oes . . . 118

Refer^enias Bibliograas 119

A O planejador ab dutivo Abp 125

(15)

2.1 Umaongura~ao iniialpara o mundo dos bloos. . . 8

2.2 A situa~aos 1 resulta daexeu~aoda a~ao move(;a;b)nasitua~ao s 0 .. 12

2.3 Busa emprofundidade iterativa. . . 25

3.1 Espaode estados para o mundo dos bloos. . . 36

3.2 Ramia~aonaarvore de busa progressiva. . . 39

3.3 Ramia~aonaarvore de busa regressiva. . . 40

3.4 Fragmentodoespaode planos para a Anomalia de Sussman. . . 41

3.5 Oplanovazio para o problema da Anomaliade Sussman. . . 44

3.6 Estabeleendoo vnulo ausal stak (a;b)!on(a;b)a 1 . . . 46

3.7 Estabeleendoo vnulo ausal stak (b;)!on(b;)a 1 . . . 46

3.8 Eliminando a ameaa stak (a;b)a 0 !l ear (b)stak (b;). . . 47

3.9 Umplanoparialmente ordenado ompleto para a Anomalia de Sussman. 48 3.10 Redund^ania noespao debusa. . . 51

3.11 Criteriode verdade modalsimpliado.. . . 54

3.12 Umaitera~ao num algoritmo deplanejamento de ordem parial.. . . 56

4.1 Estendendouma Sld-arvore omabdu~ao. . . 68

4.2 Conheimentoinompleto enega~aopor falha.. . . 82

5.1 Espaode busa para testesem domnios da famlia D m S n . . . 95

5.2 Consumode CPU para testesem domnios dafamlia D m S n . . . 97

5.3 DiferenaentretemposonsumidospeloPopepeloAbp,emadadomnio. 99

(16)

5.4 Intera~oesentreos operadores dodomnio Art-3

est -2

lob

. . . 101

5.5 Comportamento dos planejadores nos domnios Art-#

est -#

lob

. . . 101

5.6 Intera~oesentreos operadores dodomnio A 3

D 2

S 2

. . . 103

5.7 Consumode CPU para testesem domnios dafamlia A x

D y

S 2

. . . 105

(17)

2.1 A~oespara o mundo dos bloos. . . 8

2.2 Fluentes para o mundo dos bloos. . . 8

2.3 Umexemplo de Sld-refuta~ao. . . 23

2.4 Umsistema de planejamento para o mundo dos bloos em Prolog. . . 26

2.5 Enumera~aode planos exeutaveis. . . 27

2.6 Exemplos deonsultas aosistema de planejamento em Prolog. . . 28

3.1 Busa progressiva noespao de estados. . . 37

3.2 Busa regressivano espao de estados. . . 38

3.3 Pop{ planejamentode ordem parial. . . 44

3.4 Snlp { planejamento de ordem parial sistematio. . . 52

3.5 Tweak { planejamento deordem parial redundante. . . 55

3.6 Par^ametros de omplexidade dos planejadores.. . . 58

4.1 Slda-refuta~ao em Prolog. . . 69

4.2 Sldnf-refuta~ao em Prolog.. . . 71

4.3 Sldnfa-refuta~ao em Prolog. . . 72

4.4 Prediadosdo alulo deeventos. . . 74

4.5 Axiomatiza~aopara o alulo de eventos. . . 75

5.1 Axiomatiza~aosimpliada para o alulo de eventos. . . 86

5.2 Domnios artiiaispropostospor Barret& Weld. . . 92

5.3 Correspond^eniaentreos omponentes do planonoPop eno Abp . . . 95

(18)

5.4 Domnio artiial proposto por Knoblok&Yang.. . . 100

5.5 Novo domnio artiialpropostopara esseexperimento. . . 104

6.1 Implementa~ao simpliadade um interpretador Golog emProlog. . 115

(19)

Introdu~ao

Ohomem que n~aoplaneja seus passos

enontra problemas logona suaporta.

Confuius

PensadoreFilosofo

(551a.C.{479a.C.)

1.1 Motiva~ao

Um dos prinipais objetivos da area de Intelig

^

enia Artifiial (IA) e a ria~ao de

agentes, i.e. entidades apazesde demonstraromp ortamentointeligente e efetivo na

solu~aodeproblemas. Aoontrariodeumagentepuramentereativo,quesimplesmente

reage aos estmulosque reeb e de seuambiente, umagenteraional deve ser apaz de

preversitua~oesfuturasede planejarsuasa~oes,deaordoomosresultados quepre-

tende atingir [56,53℄. De fato,a habilidade de planejar e essenialao omportamento

inteligenteesuaimplementa~aoeextremamenteimp ortanteemaplia~oespratiaso-

mo,p orexemplo,robotia,manufatura,logstia,planejamentodegradesurriulares,

planejamentode miss~oes espaiais, planejamento deprovasde teoremas,et.

Nosultimos30anos,umgrande n umerode algoritmosdeplanejamentoforampro-

p ostosnaareadeIA.Dentreeles,aquelesprovadosorretosp ossuemgrandeslimita~oes,

em partiular, quanto a representa~ao de a~oes e, onseq uentemente, n~ao p o dem ser

usados para resolver alguns tip os de problemas no mundo real. Por outro lado, os

(20)

hamados planejadorespratios[13℄,apazes deresolverproblemas grandes, emgeral,

foram onstrudos de maneira ad ho, sendo difil expliar p orqu^e eles funionam ou

mesmo p orqu^e oseu omp ortamentop o de ser onsideradointeligente.

SegundoShanahan [56℄,

\Amelhormaneiradeseexpliarumomp ortamentointeligente(...) einterpreta-

loomopro dutodeumraionioorretosobreumarepresenta~aoorreta. (...) [e℄

Amelhor[ferramenta℄,naverdadeaunia andidatareal,quetemosparaexpliar

osoneitosderepresenta~ao orreta e raio nioorreto,e alogia formal."

Green [23℄ foi o primeiro a implementar um sistema de planejamento dentro de uma

ab ordagemlogia. Entretanto,emb oraseusistematenhasidomuitoadmirado dop on-

to de vista teorio, na pratia, ele se mostroubastante ineiente. Tal inei^enia e

devida,sobretudo,aneessidadedesemanterumaenormequantidadedeaxiomaspara

estab eleer que propriedades p ersistem no mundo, apos a exeu~ao de uma determi-

nada a~ao (problema da persist^enia 1

). Conforme MCarthy e Hayes [43℄ observam,

essa neessidade e inerente a qualquer formalismo para representa~ao de a~oes e efei-

tos baseado em logia monot^onia. Em virtude disso, e devido ao fato de diversos

algoritmos resolveremsatisfatoriamenteo problema da p ersist^enia temp oral,riou-se

uma falsa ideia de que a ab ordagem logia n~ao p o deria ser usada na implementa~ao

de sistemas de planejamento realmente eientes [53℄. Este foi um dos motivos p elos

quais, desdeent~ao,aab ordagemlogiafoiquaseompletamenteabandonada,enquanto

a ab ordagemalgortmia tornou-sepredominantena areade planejamentoemIA.

Reentemente,entretanto,Shanahan [57℄publiou umartigoem que aab ordagem

logia de planejamento e resgatada. Nesse artigo, ele mostra que usando alulo de

eventos irunsritivo, omo formalismo para raio inar sobre a~oes e efeitos, e pro-

grama~ao logia abdutiva, omo tenia de prova automatia de teoremas, e p ossvel

repro duzir a omputa~aoefetuada p or umalgoritmo lassio de planejamento. Assim,

aredita-se que atravesdo usode logiaformalep ossvel onstruirplanejadoresorre-

tos,fundamentadosemprinpiosb emonheidos,quep ossamserfailmentevalidados,

mantidos ou mo diados. Resta investigar see p ossvel onstruirplanejadores basea-

dos em logia que p ossam ser onsiderados t~ao eientes quanto alguns planejadores

onheidos daliteratura de planejamentoemIA.

1

(21)

1.2 Planejamento lassio

Formalmente, umproblema de planejamentolassioearaterizadop or:

umespaode estados S,nito e n~ao-vazio;

umestadoiniials

0 2S;

umonjuntode estados metaS

G S;

umonjuntonito dea~oes apliaveis A(s), paraadaestados2S;

umafun~ao detransi~aos 0

:=f(a;s),para s;s 0

2S e a2A(s), quemap eia um

estados emoutroestado distintos 0

.

O espao de estados de um mundo p o de ser mo delado p or um grafo orientado ujos

nos representam os estados desse mundo e ujas arestas representam as a~oes que

transformam um estado em outro[31℄. Nesseaso, a tarefa de planejamento onsiste

na busa 2

de umaseq u^eniade a~oesapliaveis ha

1

;:::;a

n

i,i.e. umplano, quedene

nesse grafoumaminho queleva do estadoiniial s

0

a umestadometas2S

G .

Essaarateriza~aodeplanejamentolassio[61℄ebaseadanasseguintessup osi~oes:

tempo at^omio, i.e. ada a~aoe exeutada instantaneamente, de forma ininter-

rupta,e n~aoe p ossvela exeu~aosimult^aneade duasou maisa~oes;

determinismo,i.e. oefeitodeumaa~aoeumafun~aosomentedoestadoorrente

domundono momentoem queelaeexeutada;

onisi^enia,i.e. oagentetemonheimentoompletoa resp eitodoestadoiniial

domundoe dosefeitos de suaspropriasa~oes;

ausademudanaunia, i.e. omundomudaap enasquandooagenteageeexiste

ap enasumunio agenteno mundo.

1.3 Abordagem logia

NamaioriadossistemasdeplanejamentodesritosnaliteraturadeIA,sen~aoemto dos,

propriedades domundos~aodesritasatravesde formulasda logia de primeiraordem.

Nesse sentido, latusensu, p o demosdizer que to do sistema de planejamentoe baseado

em logia. Nessetrabalho, p orem,a express~ao baseado em logia sera reservada para

designar sistemas onde a logia e empregada n~ao ap enas omo uma linguagem para

2

(22)

desrevera~oesmas,sobretudo,omoummeanismodeinfer^eniaatravesdoqualseja

p ossvel\derivar"umplano omoonseq u^enia logia deumonjuntode axiomasque

desrevem asa~oes do domnio,asitua~aoiniial do mundo e a metaa seratingida.

ConformeBahus[2℄observa,

\ALogia eaab ordagem logiahamuitotemp os~aoritiadas omosendoom-

putaionalmenteineientese,ap esardisso,algunsdosplanejadoresdemelhorde-

semp enhonaomp eti~ao[deplanejamentoAips'2000℄forambaseados emlogia.

(...) [entretanto℄Umexamemaisprofundomostraquenessessistemasoesop odo

raio nio logioe severamente restrito (...). Empartiular, oraio nio efetuado

nesses sistemas tem mais aver omveria~ao de modelos (i.e. veriar se um

unio mo delosatisfaz umaformula) do que om o que tradiionalmente e visto

omosendo raionio logio, i.e. a aplia~aode teorias de prova dedutivapara

pro duzironlus~oesverdadeirasparato doumonjuntodemo delos."

Assim, umsistema de planejamento desenvolvido segundo a ab ordagemlogia,stritu

sensu, deve ser apaz de sintetizar planos atraves de um raio nio logio explito,

omo efeitoolateral da prova automatiade teoremas.

1.4 Objetivos

A prop ostadesse trabalhoonsiste em:

Apresentar,ronologiamente, asprinipais ideiasda area deplanejamento.

Corrob orar a onjetura de Shanahan, segundo a qual raio nio ab dutivo no

alulo de eventose planejamentode ordemparial s~aoisomorfos.

Mostrarque um planejador ab dutivo baseado em alulo de eventose apaz de

implementar meto dosdeplanejamentosistematioe redundante.

Estab eleer uma orresp ond^enia entre meto dos de planejamento sistematio e

redundante eplanejamentoab dutivo baseadoemalulo deeventos.

Mostrarque,assimomo nossistemas algortmios, tambemnossistemas logios

aei^enia dep ende fortementedasaraterstiasdo domnioonsiderado.

Com isso, visamos prinipalmente mostrar que e p ossvel desenvolver planejadores

logios uja ei^enia seja equiparavel aquela observada em alguns planejadores al-

(23)

1.5 Organiza~ao

Essa disserta~aoesta organizadada seguintemaneira:

Captulo 2. Intro duzimos o C

alulo deSitua

~

oes, umformalismologio esp eial-

menteriadoparamo delagemde mundosdin^amios,emostramosomo

p o demosutiliza-lo pararepresentara~oeseraio inar sobreseusefeitos.

O objetivo desse aptulo e denir planejamento em termos de rai-

o niodedutivo e mostrarque,usando provaautomatiadeteoremas,a

esp eia~aologiadeumproblemadeplanejamentoorresp onde,dire-

tamente,a implementa~aode umplanejador queresolveesse problema.

Captulo 3. Intro duzimos a representa~ao Strips, uja prinipal vantagem em re-

la~ao ao alulo de situa~oes e eliminar a neessidade de axiomas de

p ersist^eniatemp oral,p ermitindoassimumaresimodeei^eniaom-

putaional. Oobjetivodesseaptuloeapresentarasprinipaisideiasde

planejamentoalgortmio(sobretudoaideiadeordemparial),demo do

que,maistarde, p ossamosidentia-las erepro duzi-las nossistemas de

planejamentologio que ser~aodesenvolvidos.

Captulo 4. Intro duzimos o prinpio de ab du~aoe mostramos omo utiliza-la para

estenderaapaidadededutivadoProlog. Emseguida,intro duzimoso

C

alulodeEventosemostramosqueummeta-interpretadorab dutivo

esp eializado paraesse formalismoimplementa, de fato,umsistema de

planejamentodeordemparial. Oobjetivodesseaptuloemostrarque,

usandoab du~aoealulo deeventos,p o demosimplementar umsistema

de planejamento logio que simula to dos os passos de um sistema de

planejamentoalgortmio lassio.

Captulo 5. Desrevemosaimplementa~aodetr^essistemasdeplanejamentolassio

e de suas resp etivas vers~oes ab dutivas. Em seguida, relatamos dois

exp erimentos querealizamos om essessistemas: om o primeiro deles,

onrmamos que raionio abdutivo e planejamento de ordem parial

s~aoisomorfos; omosegundo,queaei^eniadeumplanejador(logio

ou algortmio) n~aodependeapenas dometodode planejamento queele

implementa mas,sobretudo,das araterstiasdodomnio onsiderado.

O objetivo desse aptulo e mostrar que um sistema de planejamento

logio,baseadoemab du~aonoalulo deeventos,p o de sert~aoeiente

quantoumsistema de planejamento algortmio, baseadoem Strips.

Captulo 6. Apresentamos a onlus~aonal desse trabalho,ap ontamos suas prini-

pais ontribui~oes e indiamos omo ele p o de ser estendido de mo do a

(24)
(25)

Planejamento dedutivo

Falhar em planejare

planejar para falhar.

EÆe Jones

So iologa

2.1 Calulo de situa~oes

O

alulode situa

~

oes,intro duzido originalmentep orMCarthy&Hayes[40,43℄,

foi esp eialmente riado para desrevermudanas em mundos din^amios. Trata-sede

formalismo para raio nio sobre a~oes e efeitos uja ontologia inlui situa~oes, que

s~ao omo instant^aneos do mundo; uentes, que denotam propriedades do mundo que

p o dem mudardeumasitua~aoparaoutra;ea~oes, quetransformamumasitua~aoem

outra. Na linguagem do alulo de situa~oes 1

,que e na verdade um dialeto da logia

de prediados, a onstante s

0

denota a situa~ao iniial, a fun~ao do(;) denota a

situa~ao resultante da exeu~aoda a~ao numa determinadasitua~ao,o prediado

poss(;) estab elee que e p ossvel exeutar a a~ao na situa~ao e, nalmente, o

prediado hol ds(;)estab elee que ouentevale nasitua~ao.

Paraexempliar ousodoalulodesitua~oesnumdomniodeaplia~aoesp eo,

vamos onsiderar o mundo dos bloos [45℄, ilustrado na gura 2.1. Nesse mundo, ha

1

Por onven~ao,smb olos om iniial mai usula denotar~ao variaveis, enquanto aqueles om iniial

min usula denotar~aoonstantes.

(26)

umaserie deblo os disp ostossobre umamesa,ujasup erfie esuientementeampla

para aomo darto dos os blo os, e o agentee um rob^o equipado om um unio brao.

Osblo osp o demserempilhadosunssobreosoutrosmas,paraquen~aoaiam,somente

umblo o p o de serp osiionado diretamenteemima deoutro. Ademais,omo obrao

n~ao sup orta mais de um blo o p or vez, o rob^o so p o de p egarum blo o se esse blo o

estiver livre, ou seja, se n~ao houver um outro blo o em ima dele. Nesse domnio,

nosso interesse sera raio inar sobre os efeitos de se movimentar blo os de um lo al

para outro. Astab elas 2.1e 2.2desrevem,resp etivamente, asa~oeseosuentes que

usaremos naformaliza~aodesse domnio 2

.

000000000000000 000000000000000 111111111111111 111111111111111

C

A B

Figura 2.1: Uma ongura~ao iniialpara o mundo dos bloos.

a~ao desri~ao

stak (X ;Y) empilha o bloo X,que esta sobrea mesa, em ima doblooY

unstak (X ;Y) desempilha o bloo X de ima de Y, movendo-o para a mesa

move(X ;Y;Z) move o bloo X, que esta sobreo bloo Y, para ima do bloo Z

Tab ela 2.1: A~oespara o mundo dos bloos.

uente desri~ao

l ear (X) o bloo X esta livre,i.e. n~aoha outro bloo sobreele

ontabl e(X) o bloo X esta posiionado diretamente sobre a mesa

on(X ;Y) o bloo X esta posiionado diretamente sobre o bloo Y

Tab ela 2.2: Fluentes para o mundo dos bloos.

2

Usaremos smb olosemingl^es paramanter aompatibili dad e omadesri~ao queenormalmente

usada nasomp eti~oes deplanejamento organizadasp elo AIPS-ArtiialIntelligene,Planningand

(27)

2.1.1 Desri~ao da situa~ao iniial

Uma situa~aoeomo sefosseum instant^aneodo mundo: numa determinadasitua~ao,

o mundo semantemestatio;p orem,em diferentesinstantes dotemp o,o mundo p o de

estar em diferentes situa~oes. Essenialmente, o quediferenia uma situa~ao de outra

s~aoaspropriedadesdomundoquep o demosobservaremadaumadelase,sendoassim,

a maneira maissimples de desrever umasitua~aoe estab eleendo que uentes valem

nessa situa~ao.

Noalulo de situa~oes,a situa~aoiniial deum mundo, designada p elo termo s

0 ,

e desrita atraves de um onjunto de sentenas da forma hol ds(;s

0

), denominadas

axiomas de observa~ao. Por exemplo, as sentenas [OB1℄-[OB5℄ a seguir desrevem a

situa~aoiniial para o mundo dosblo os,onformeilustrado nagura 2.1.

hol ds(l ear (b);s

0

) [OB1℄

hol ds(l ear ();s

0

) [OB2℄

hol ds(ontabl e(a);s

0

) [OB3℄

hol ds(ontabl e(b);s

0

) [OB4℄

hol ds(on(;a);s

0

) [OB5℄

Comop o demosnotar,atemesmoemdomniosmuitosimples,omoeoasodomun-

do dos blo os, a desri~ao ompleta de uma situa~ao real e pratiamente imp ossvel.

Porexemplo,nadesri~aoaima, n~aohainforma~aosobreap osi~aohorizontalrelativa

dos blo os ou sobre a p osi~aoda garrado rob^o; nem sobre fatosnegativos, tais omo

:hol ds(l ear (a);s

0

) ou :hol ds(ontabl e();s

0

). A desp eito desse fato,entretanto,den-

tro de umpartiularontextode disurso,eimp ortantequeo onjuntode axiomasde

observa~aodesreva, ompletamente,to dosos asp etosrelevantesda situa~aoiniial.

2.1.2 Desri~ao das a~oes do domnio

Enquantoano~aodesitua~aoeestatia,ano~aodea~aoedin^amia. Defato,asitua~ao

de um mundo so setransforma omo onseq u^enia da o orr^enia de umevento, sendo

a a~ao um tip o esp eial de evento [22℄. Por exemplo, a queda de uma folha de uma

(28)

um evento esp eial e justamente o fato dela ser exeutada intenionalmente p or um

agenteque,nesse aso,p o de prevere ontrolara suao orr^enia.

Considerando-se que no mundo haja um unio agente, que as a~oes desse agente

sejam determinstias e que n~ao o orram eventos inesp erados, uma a~ao p o de ser

mo delada omoumafun~ao

f

=(

i

),onde

i

denotaa situa~aodo mundo antes de

ser exeutada e

f

denota a situa~ao do mundo apos a sua exeu~ao [61℄. Sempre

que uma a~aoe exeutada, algumas propriedades do mundo que eram falsas tornam-

se verdadeiras, enquanto outrasque eramverdadeiras tornam-se falsas. Desta forma,

o mundo p o de p ersistir numa determinada situa~ao somente ate que uma a~ao seja

exeutada e altereuma de suaspropriedades.

Leis ausais

Uma omp onente essenial na mo delagem de mundos din^amios e a desri~ao de leis

ausais do tip o a~ao ) efeito. No alulo de situa~oes, essas leis s~ao representadas

atravesde sentenas,denominadas axiomasde efeito,quedesrevemomo asa~oesde

umagenteafetamosvaloresdosuentesnodomnio. Umaxiomadeefeitotemaforma

hol ds(;do(;))e estab elee que o uente e um efeito da exeu~ao da a~ao na

situa~ao. Porexemplo,o onjuntodeaxiomas 3

aseguir desreve osefeitosdasa~oes

do rob^o nomundodosblo os.

hol ds(on(X ;Y);do(stak (X ;Y);S)) [BW1℄

hol ds(l ear (Y);do(unstak (X ;Y);S)) [BW2℄

hol ds(ontabl e(X);do(unstak (X ;Y);S)) [BW3℄

hol ds(l ear (Y);do(move(X ;Y;Z);S)) [BW4℄

hol ds(on(X ;Z);do(mov e(X ;Y;Z);S)) [BW5℄

Preondi~oes

T~ao imp ortante quanto desrever os efeitos ausados p ela o orr^enia de uma a~ao, e

estab eleer em que irunst^anias ela p o de o orrer, ou seja, que preondi~oes devem

estar satisfeitasparaque aa~aop ossa serexeutada numadeterminada situa~ao.

3

(29)

Noalulo de situa~oes, aspreondi~oes de uma a~aos~aoestab eleidas atravesde

sentenasdaformaposs(;) hol ds(

1

;)^^hol ds(

n

;),denominadasaxiomas

de preondi~oes,queestab eleemqueepossvelexeutaraa~aonasitua~ao sesuas

preondi~oes

1

;:::;

n

est~ao satisfeitas nessa situa~ao. Por exemplo, os axiomas a

seguirdesrevemaspreondi~oesparaasa~oesstak ,unstakemove,resp etivamente.

poss(stak (X ;Y);S) [BW6℄

hol ds(l ear (X);S)^hol ds(l ear (Y);S)^hol ds(ontabl e(X);S)^X6=Y

poss(unstak (X ;Y);S) [BW7℄

hol ds(l ear (X);S)^hol ds(on(X ;Y);S)

poss(move(X ;Y;Z);S) [BW8℄

hol ds(l ear (X);S)^hol ds(l ear (Z);S)^hol ds(on(X ;Y);S)^X6=Z

Em [BW6℄, estab eleemos que um blo o X p o de ser empilhado sobre outro Y se

amb osest~aolivres eoprimeiro deles estasobre a mesa. Em[BW7℄,estab eleemos que

um blo o X p o de ser desempilhado de ima de outro blo o Y se X esta livre e esta

p osiionado em ima de Y. Finalmente, em [BW8℄, estab eleemos que um blo o X

p o de ser movido de ima de Y paraima de Z setantoX quanto Z est~aolivres e X

estap osiionado emima de Y. Note queaspreondi~oes X6=Y e X6=Z,existentes

nos axiomas [BW6℄ e [BW8℄,resp etivamente, servem para imp edir que umblo o seja

p osiionado em ima de simesmo.

2.1.3 Persist^enia temporal

Paraqueaformaliza~aodeummundodin^amiosejautil, alemdedesreveroquemuda,

preisamos desrevertambemaquiloque p ermaneeinalterado. Porexemplo, sejam

aonjun~aodosaxiomasdeobserva~ao[OB1℄-[OB5℄,aonjun~aodosaxiomasdeefei-

to[BW1℄-[BW5℄es

1

:=do(move(;a;b);s

0

)asitua~aoqueresultaquandooblo o,que

estavasobrea,emovidoparaimado blo ob,onformeilustradonagura2.2. Clara-

mente,temos ^j=hol ds(ontabl e(a);s

0

)e ^j=hol ds(on(;b);s

1

). Entretanto,

ap esar doblo oaestarsobre amesanasitua~aos

0

,edaa~aomove(;a;b)n~aoalterar

esse fatona situa~aos

1

,n~aoep ossvel demonstrarque^j=hol ds(ontabl e(a);s

1 ).

(30)

C

000000000000000 000000000000000 111111111111111 111111111111111

A B

C

000000000000000 000000000000000 111111111111111 111111111111111

A B

000000000000000 000000000000000 111111111111111 111111111111111

C

A B

PSfragreplaements

situa~aoiniial s0 exeutamov e(;a;b) situa~aoresultantes1

Figura 2.2: A situa~ao s

1

resultada exeu~aoda a~aomove(;a;b)nasitua~ao s

0 .

Os axiomas de efeitoonseguem desrever as mudanas que resultam da exeu~ao

de umaa~ao,mas s~aoinapazesde desreveraquiloquese manteminalteradodeuma

situa~ao para outra. Assim, para apturar a p ersist^enia dos uentes que n~ao s~ao

afetados p or uma a~ao, preisamos ter axiomas de persist^enia 4

. Basiamente, um

axioma de p ersist^enia estab elee queum uentevale numasitua~aodo(;) seele

vale na situa~ao e se a exeu~ao de nessa situa~ao e p ossvel e n~ao afeta o seu

valor. Note que sea exeu~aode em n~aoforp ossvel, ent~ao n~aofazsentido falar

sobre avalidadedenasitua~aoresultante. Porexemplo,oaxiomaaseguirestab elee

que,see p ossvelexeutar aa~aomovenumadeterminadasitua~ao,ent~ao,aposasua

exeu~ao, to dososblo os queestavamsobre amesap ermaneer~aosobreela.

hol ds(ontabl e(V);do(move(X ;Y;Z);S))

poss(move(X ;Y;Z);S)^hol ds(ontabl e(V);S)

Agora,tomando 0

omo aresido desse novoaxioma,nalmente, p o demosde-

monstrarque ^ 0

j=hol ds(ontabl e(a);do(move(;a;b);s

0

)),onformeeraesp erado.

Para garantir a p ersist^enia temp oral de to dos os uentes no mundo dos blo os,

preisamos dosseguintesaxiomas de p ersist^eniatemp oral:

hol ds(on(V;W);do(stak (X ;Y);S)) [BW9℄

poss(stak (X ;Y);S)^hol ds(on(V;W);S)

hol ds(l ear (V);do(stak (X ;Y);S)) [BW10℄

poss(stak (X ;Y);S)^hol ds(l ear (V);S);V 6=Y

4

(31)

hol ds(ontabl e(V);do(stak (X ;Y);S)) [BW11℄

poss(stak (X ;Y);S)^hol ds(ontabl e(V);S)^V 6=X

hol ds(on(V;W);do(unstak (X ;Y);S)) [BW12℄

poss(unstak (X ;Y);S)^hol ds(on(V;W);S)^V 6=X

hol ds(l ear (V);do(unstak (X ;Y);S)) [BW13℄

poss(unstak (X ;Y);S)^hol ds(l ear (V);S)

hol ds(ontabl e(V);do(unstak (X ;Y);S)) [BW14℄

poss(unstak (X ;Y);S)^hol ds(ontabl e(V);S)

hol ds(on(V;W);do(move(X;Y;Z);S)) [BW15℄

poss(move(X ;Y;Z);S)^hol ds(on(V;W);S)^V 6=X

hol ds(l ear (V);do(move(X ;Y;Z);S)) [BW16℄

poss(move(X ;Y;Z);S)^hol ds(l ear (V);S)^V 6=Z

hol ds(ontabl e(V);do(move(X ;Y;Z);S)) [BW17℄

poss(move(X ;Y;Z);S)^hol ds(ontabl e(V);S)

Axiomasdep ersist^eniarepresentamap enasoobvioe,p oressemotivo,p o dempareer

ompletamente disp ensaveis. Entretanto, sem eles, o alulo de situa~oes n~ao teria a

menor utilidade. Poroutrolado,omoveremosna proximase~ao,eexatamenteouso

desses axiomasque tornaosplanejadores dedutivos t~aoineientes napratia.

2.2 Problemas na formaliza~ao de mundos din^amios

Tr^esproblemasquenormalmentesurgemquando tentamosformalizara~oesnummun-

do din^amio s~ao: o problema da qualia~ao, o problema da ramia~ao e o problema

da persist^enia 5

. Os dois primeiros est~ao relaionados a diuldade de se estab eleer

de maneirapreisa,resp etivamente, aspreondi~oese osefeitosdasa~oesnummundo

omplexo. Oultimo deles,oproblemadap ersist^enia,estarelaionadoadiuldade de

se estab eleer, parimoniosamente, que propriedades p ersistem de uma situa~ao para

outra, quando uma a~aoe exeutada. Note que, ap esar de disutirmos esses proble-

mas dentro do ontexto partiular do alulo de situa~oes, a sua natureza universal

transende esseformalismo esp eo [56℄.

5

(32)

2.2.1 O problema da qualia~ao

O problema da qualia~ao [41℄ surge p orque e muito difil, se n~ao for pratiamente

imp ossvel,denir preisamenteemqueirunst^aniasumadeterminadaa~aop o deser

garantidamenteexeutada. Porexemplo, oaxiomaaseguirestab elee queorob^o p o de

p egarum blo o sesuagarraesta vazia e seesse blo o esta livre.

poss(pik up(X);S) hol ds(handempty;S)^hol ds(l ear (X);S)

Sem d uvida, essas preondi~oes s~ao neessarias para que a a~ao pik up(X) p ossa

ser exeutada. Entretanto, no mundo real, n~ao p o demos garantir que elas tambem

sejam suientes. Aindaque a garradorob^oestejavazia eque o blo o X estejalivre,

o rob^o n~ao p o dera p ega-lo se, p or exemplo, a sua garra estiver quebrada ou se esse

blo o estiverolado namesa. Napratia,o n umerode preondi~oesneessariasparaa

exeu~aodeumaa~aop o deserextraordinariamentegrandeemesmoquefossep ossvel

enumerarexpliitamente adaumadelas,omputaionalmente, issoseriamuitoinei-

ente. Ent~ao,a sadaeseleionar ap enaspreondi~oes realmenterelevantesque,dentro

do ontexto dedisurso, p ossamser onsideradas,de fato,neessariase suientes.

2.2.2 O problema da ramia~ao

O problema da ramia~ao [20℄ esta relaionado a diuldade que existe em se enu-

merar expliitamente todos os efeitos que a exeu~ao de uma determinada a~ao p o de

ausar num mundo suientemente omplexo. Por exemplo, na nossa axiomatiza~ao

para o mundo dosblo os, osaxiomas [BW4℄e [BW5℄estab eleem l ear (Y) e on(X ;Z)

omo sendo os unios efeitos da a~ao move(X ;Y;Z);entretanto, se o blo o X estiver

emp o eirado,omoonseq u^eniadaexeu~aodessaa~ao,ap o eirasobreoblo otambem

sera movida. Nesse aso, p orem, omo esse efeito olateral e irrelevante no ontexto

onsiderado, p o demos simplesmente ignora-lo, sem nenhum prejuzo. O problema da

ramia~ao surge, de fato, ap enas quando os efeitos olaterais de uma a~ao s~ao t~ao

imp ortantesquantoseusefeitosprimarios. Porexemplo,sup onha queumblo oX,que

estivesse ap oiadodiretamentesobreamesa,pudesse serempurradodeumlo alP para

outrolo alQ(i.e. push(X ;P ;Q)). Ent~ao,onformeestab eleido p eloaxiomaa seguir,

(33)

hol ds(at(X ;Q);do(push(X;P ;Q);S))

Entretanto, nem sempre esse seria o unio efeito observado. Se houvesse outros

blo os em ima do blo o empurrado, ent~ao, omo onseq u^enia da exeu~ao dessa

a~ao, estes outros blo os tambem seriam movidos. Nesse aso, p orem, seria melhor

listar ap enasosefeitosprimariosda a~aoe deixarqueseus efeitosolaterais pudessem

ser inferidos omo onseq u^enia logia desses efeitosprimariose do onheimento que

o agentetemsobre o seumundo.

Noalulo de situa~oes, efeitos olaterais s~ao desritos atravesde sentenas deno-

minadas axiomas de restri~ao de estado. Diferentemente dos axiomas de efeito e de

p ersist^enia,que relaionamonheimento emduas situa~oesdistintas (antese dep ois

da exeu~aodeumaa~ao),osaxiomasde restri~aodeestadorelaionamonheimento

dentro deumamesma situa~ao. Porexemplo,oaxioma derestri~aodeestadoaseguir

estab elee que,numadeterminadasitua~aoS,umblo o X estanumap osi~aoP,seele

estasobre umoutroblo o Y que,p orsua vez,esta na p osi~ao P.

hol ds(at(X ;P);S) hol ds(on(X ;Y);S)^hol ds(at(Y;P);S)

Assim, omesse axioma, quando um blo o forempurrado de umlo al paraoutro,

p o demos inferir que aqueles blo os que estiveremsobre ele tambem o ser~ao.

E justa-

mente a prolifera~ao desontrolada desse tip o de axioma, neessario para estab eleer

as onseq u^enias implitas deuma a~ao, queda origem aoproblema da ramia~ao.

2.2.3 O problema da persist^enia

A lei da ineriaestab elee que, normalmente, asoisas tendema p ermaneer no mes-

mo estado em que se enontram. De fato, quando uma a~aoe exeutada, o n umero

de propriedades do mundo que se mant^em xas e muito maior do que o n umero de

propriedadesquemudam. Conseq uentemente,emqualqueraxiomatiza~aodesrevendo

um mundo n~ao-trivial, o n umero de axiomas de p ersist^enia, que desrevem ap enas

onheimento de senso omum, tende a ser b em maior que o n umero de axiomas de

efeito, querealmentedesrevem asa~oesdodomnio. Porexemplo, nanossaaxiomati-

za~aoparao mundo dosblo os,quee trivial,do totalde 17axiomasque temos,9s~ao

(34)

Oproblemadapersist^enia[43℄surgeexatamentedaneessidade desemanteruma

enorme quantidade deaxiomasparagarantir queosuentes quen~aos~aoafetadosp ela

o orr^eniade umaa~aop ossamp ersistirno temp o,de umasitua~aoparaoutra.

Para termos uma ideia sobre omo rese o n umero de axiomas de p ersist^enia,

vamos estender o domnio do mundo dos blo os om a adi~ao de um novo uente

ol our (X ;C),denotandoqueaordeumblo oXeC,edeumanovaa~aopaint(X ;C),

denotando o ato de pintar um blo o X om uma nova or C. Ent~ao, sup ondo que

iniialmente to dos os blo os sejam azuis e que pintar um blo o seja sempre p ossvel,

para omp ortaressaextens~ao, preisamosde umnovoaxioma de observa~ao,umnovo

axioma de efeitoe umnovo axioma depreondi~oes:

hol ds(ol our (X ;blue);s

0 )

hol ds(ol our (X ;C);do(paint(X ;C);S))

poss(paint(X ;C);S)

Evidentemente, a or de um blo o n~ao se altera quando o movemos de um lugar

para outro; mas, sem axiomas de p ersist^enia estab eleendo esse fato expliitamente,

n~ao sera p ossvel, p orexemplo, mostrarque oblo o p ermaneera azul dep ois de ter

sido movido sobre o blo o b. Outro fato obvio que devera ser estab eleido p or um

axioma de p ersist^enia e que a or de um blo o n~ao muda quando um outro blo o e

pintado. Mas issoainda n~aoe o suiente. A adi~ao da a~ao paint requer tambema

inlus~aode tr^esnovosaxiomasde p ersist^eniaparaos uentes l ear ,ontabl e e on.

hol ds(ol our (V;W);do(stak (X ;Y);S))

poss(stak (X ;Y);S)^hol ds(ol our (V;W);S)

hol ds(ol our (V;W);do(unstak (X ;Y);S))

poss(unstak (X ;Y);S)^hol ds(ol our (V;W);S)

hol ds(ol our (V;W);do(stak (X ;Y);S))

poss(move(X ;Y;Z);S)^hol ds(ol our (V;W);S)

hol ds(ol our (V;W);do(paint(X ;C);S))

poss(paint(X ;C);S)^hol ds(ol our (V;W);S)^V 6=X

hol ds(l ear (V);do(paint(X ;C);S))

poss(paint(X ;C);S)^hol ds(l ear (V);S)

(35)

poss(paint(X ;C);S)^hol ds(ontabl e(V);S)

hol ds(on(V;W);do(paint(X ;C);S))

poss(paint(X ;C);S)^hol ds(on(V;W);S)^W 6=X

Como p o demos observar, dos 26 axiomas neessarios na formaliza~ao dessa nova

vers~ao do mundo dos blo os 6

, 16s~ao axiomas de p ersist^enia. De mo do geral, omo

a maioriadosuentes numdomnio n~aos~aoafetadosp ela exeu~aode umapartiular

a~ao, para ada a~ao onsiderada, havera neessidade de um axioma de p ersist^enia

para ada um dos uentes do domnio. Sendo assim, num domnio om m a~oes e n

uentes, havera O (mn)axiomas dep ersist^enia.

2.3 Uma solu~ao para o problema da persist^enia

Como os axiomas de p ersist^enia representam ap enas onheimento de senso omum,

intuitivamente,temosaimpress~aodequep o deramosdisp ensa-los. Oidealseriatermos

somenteaxiomasdeefeito,sup orquenenhumamudanao orrealemdaquelasresultan-

tesdessesaxiomase,ent~ao,empregarumformalismoquepudessederivarorretamente

as onseq u^enias esp eradas. Defato,issop o de serfeito atravesde irunsri~ao.

2.3.1 Cirunsri~ao

Aideiabasiadairunsri~ao[41,42,38℄eminimizar aextens~aodeumprediado,i.e.

limitar o onjunto de objetos paraos quaisele deve ser verdadeiro. Porexemplo, seja

:= l ear (b)^l ear ()^on(;a). Claramente, temos j=l ear (b) e j=l ear ();

mas, devido a neutralidade da logia lassia, na aus^enia de informa~ao explita,

n~ao ha omo demonstrar j= l ear (a), nem j= :l ear (a). Seja Cir[;l ear ℄ a

irunsri~ao de minimizando a extens~ao do prediado l ear , i.e tornando-o falso

para to dososobjetosdo universo de disurso,exeto paraaqueles que asentena o

fora a ser verdadeiro. Ent~ao,temos que Cir[;l ear ℄j=:l ear (a). De mo dogeral,

para esse exemplo,temos queCir[;l ear ℄j=8X[l ear (X)$(X =b_X=)℄.

6

(36)

Para uma deni~ao mais formal de irunsri~ao, vamos usar a seguinte nota~ao:

sejam

1 ,

2

prediados n-arios ex umatupla de nvariaveisdistintas,ent~ao:

1

=

2

abrevia8x (

1

(x)$

2 (x));

1

2

abrevia8x (

1

(x)!

2 (x));

1

<

2

abrevia(

1

2

)^:(

1

=

2 ).

Deni~ao 2.1 A irunsri~ao de minimizando , esrita omo Cir[;℄, e a

formula ^:9Q[(Q)^Q<℄, onde (Q) e a formula obtida pela substitui~ao de

toda oorr^enia de em por Q. 2

De aordo om essa deni~ao, a irunsri~ao da sentena minimizando o pre-

diado deve satisfazer , mais a exig^enia de que a extens~ao de seja t~ao p equena

quanto(Q)p ermitequeelaseja. Notequesemprequeumanovaformulaeonetada

a,umaformulaorresp ondentetambemeonetadaa(Q),queestadentrodaparte

quantiadaexistenialmentenairunsri~ao. Issogarantequeto dasasonseq u^enias

logiasda sentena original sejammantidasaposa irunsri~ao.

Porexemplo,onsidere novamente:=l ear (b)^l ear ()^on(;a). Claramente,

temos Cir[;on℄j=:on(b;d). Entretanto,umavez disp onvel a informa~aode queo

blo o b estarealmentesobreoblo o d,aonlus~ao:on(b;d)deveraserdesartada, ou

seja,Cir[^on(b;d);on℄6j=:on(b;d). Sendoassim,p o demosdizerqueairunsri~ao

implia em umtip o de raio nio n~ao-monot^onioque nosp ermite hegaraonlus~oes

razoaveis, na aus^enia de informa~ao em ontrario, mas que n~ao sejam estritamente

garantidasp elosfatosestab eleidos. Umafuturaadi~aodeinforma~aop o deradesartar

taisonlus~oes,sem no entantoausarinonsist^enia.

2.3.2 Calulo de situa~oes irunsritivo

Inspiradonaleidaineria,MCarthyprop^osaonjeturadeque\umuenten~aomuda,

a menos que oorra um evento que o afete"[41,56℄. Essa onjetura,juntamenteom

a irunsri~ao, e a base para a solu~ao do problema da p ersist^enia enontrado na

(37)

Para resolver o problema da p ersist^enia no alulo de situa~oes, usando iruns-

ri~ao, preisamos substituir to dos os axiomas de p ersist^enia p or um unio axioma

generio, indep endente de domnio,denominado axioma de persist^eniauniversal. Es-

se axioma, que orresp onde diretamente a onjetura de MCarthy, estab elee que os

uentes p ersistem, a menosquesejamafetadosp ela exeu~aode umaa~ao.

hol ds(F ;do(A;S)) poss(A;S)^hol ds(F ;S)^:affets(A;F)

Assim,umavezesp eiadoquea~oesafetamqueuentesdodomnio 7

(videtab ela

2.4 - pagina 26),a irunsri~ao daaxiomatiza~ao, minimizando o prediado affets,

nos p ermitira deduzir quaiss~aoosuentesque n~aos~aoafetadosp or umadeterminada

a~aoe que,p ortanto,devemp ersistir na situa~aoresultanteda exeu~ao dessa a~ao.

2.4 Planejamento dedutivo no alulo de situa~oes

Uma dasprinipais araterstiasdoalulo de situa~oes equeumtermo designando

uma situa~ao arrega informa~oes sobre o historio do mundo. Por exemplo, o termo

do(stak (;b);do(unstak (;a);s

0

)) denota a situa~ao que seria atingida se, a partir

da situa~aoiniial s

0

, desempilhassemos o blo o de ima de ae, em seguida, o em-

pilhassemos sobre o blo o b. Reipro amente, dada uma situa~aoqualquer, p o demos

obter uma nova situa~ao simplesmente exeutando uma seq u^enia de a~oes (plano) a

partir dela. Esseisomorsmot~aonaturalentresitua~oeseplanosequetornaoalulo

de situa~oes apropriadopara resolverproblemasde planejamento.

Usandooalulode situa~oes,atarefadeplanejamentop o deservistaomo sendo,

essenialmente, um problema de dedu~ao. De fato, essa ab ordagem logia p ossibilita

uma estreita orresp ond^enia entre espeia~ao e implementa~ao. Como veremos na

subse~ao2.4.3,osmesmosaxiomas usadosna esp eia~ao de umproblema de plane-

jamentoservemde basepara implementa~aode umplanejadorapaz de soluiona-lo.

7

Naverdadeessasinforma~oesp o deriamserompiladas,automatiamente,apartirdosaxiomasde

(38)

2.4.1 O metodo de Green

Deni~ao 2.2 Um problema de planejamento num determinado domnio e denido

por uma tupla da forma hA;I;G i,onde Aeuma desri~ao das a~oes do agentenesse

domnio, I e uma desri~ao da situa~ao iniial do mundo desse agente e G e uma

desri~aoda sua meta. 2

Conforme Green [23, 21℄ mostrou, dada a esp eia~ao logia de um problema de

planejamento, uma solu~ao paraele p o de ser obtida atravesda prova de umteorema.

Porexemplo,sup onhaqueanossametasejaatingirumasitua~aonomundodosblo os

em queoblo o estejasobre oblo o b. Ent~ao,esse problemap o de seresp eiado da

seguinte maneira:

A: a onjun~aodosaxiomas[BW1℄-[BW17℄,que desrevemasa~oes dodomnio;

I: a onjun~aodosaxiomas[OB1℄-[OB5℄,que desrevemasitua~aoiniial;

G: a sentena (9S)hol ds(on(;b);S),que desreve a metade planejamento.

Observe que a sentena (9S)hol ds(on(;b);S) e, na verdade, uma onjetura de

que existe umasitua~aoS emque ametade planejamentoon(;b)p o de sersatisfeita.

Ent~ao, se uma prova onstrutiva para essa onjetura instaniar a variavel S a uma

situa~ao do(

n

;do(:::;do(

1

;s

0

))), a seq u^enia de a~oes h

1

;:::;

n

i orresp ondente,

laramente,p o dera ser umasolu~aopara onossoproblema deplanejamento.

Note p orem que, sintatiamente, n~ao ha qualquer restri~ao quanto as a~oes que

omp~oemuma situa~aoe,sendo assim,ep ossvel termosumasitua~aoujaseq u^enia

de a~oes orresp ondente n~ao seja exeutavel no mundo real. Por exemplo, a par-

tir dos axiomas de efeito [BW1℄ e [BW5℄ p o demos derivar, resp etivamente, as sen-

tenas hol ds(on(;b);do(stak (;b);s

0

)) e hol ds(on(;b);do(move(;a;b);s

0

)). Ent~ao,

do(stak (;b);s

0

)edo(move(;a;b);s

0

)s~aoduasdasp ossveisinstania~oesque,atraves

deumaprovaonstrutiva,p o deramosobterparaavariavelSem(9S)hol ds(on(;b);S).

Porem,deaordoom oaxiomade preondi~oes[BW6℄,n~aoep ossvelexeutar aa~ao

stak (;b)nasitua~aos

0

e,sendoassim,ap enasasitua~aodo(move(;a;b);s

0

)p o deria

ser tomadaomo umasolu~aoparao nossoproblema de planejamento.

Defato,umaondi~aoneessariaparaqueumasitua~aop ossaserumasolu~aopara

(39)

e exeutavel se e s

0

ou, ent~ao, se e da forma do(;

0

), as preondi~oes da a~ao

est~ao satisfeitas na situa~ao 0

e essa situa~ao e tambem exeutavel. Os axiomas de

exeutabilidade a seguirexpressam essa deni~ao:

exe(s

0 )

exe(do(A;S)) poss(A;S)^exe(S)

Agora,p o demosent~aodenira tarefade planejamento daseguinte forma:

Deni~ao 2.3 SejahA;I;G ium problema deplanejamento. Ent~ao,a tarefa deplane-

jamentoonsisteemprovarqueA^I j=(9S):exe(S)^G(S). Seaprovaforonstrutiva,

a instania~aoobtida para S sera uma solu~aopara o problema de planejamento. 2

Uma das vantagens desse meto do prop osto p or Green e que ele p o de ser imple-

mentado diretamente omo um programa logio. Alem disso, esse meto do e orreto,

i.e. pro duz ap enas solu~oes orretas para os problemas de planejamento, e tambem

ompleto, i.e. enontra umasolu~aosempre queha uma[1,21℄.

2.4.2 Programa~ao em logia

Programa~aoem logia e umateoria baseadaem logia de prediados de primeira or-

dem,omsintaxeesem^antiadenidas demo dousual. Paramaiorlareza,entretanto,

empregaremos aterminologia e nota~aopropria desse formalismo [1℄.

Uma onstante, fun~ao ou prediado e uma seq u^enia alfanumeria iniiando om

min usula eumavariaveleumaseq u^eniaalfanumeriainiiando ommai usula. Um

termoeumaonstante,umavariavelouumafun~aoseguidadeumalistadetermos. Um

atomoe umprediado seguidode uma listade termos. Umliterale umatomo(literal

positivo)ouanega~aodeumatomo(literalnegativo). Umalausulaeumasentenada

forma

1

_:::_

m

, onde ada

i

e um literal. Uma lausula de Horne uma lausula

om no maximo um literal p ositivo. Uma lausula denida e uma lausula de Horn

omexatamenteumliteralp ositivo. Clausulasdenidass~aonormalmenteesritasomo

1

;:::;

n

;nesse aso, dizemos que e a abea e

1

;:::;

n

formam o orpo da

lausula. Umalausulaunitariaoufato,esritaomo ,eumalausuladenidaque

(40)

literais p ositivos, esrita omo

1

;:::;

n

. E, nalmente, a lausula vazia, esrita

omo ,ea lausula sem literais,interpretadaomo umaontradi~ao.

Ha doissigniados parauma lausula daforma

1

;:::;

n :

delarativo: everdade se

1

;:::;

n

tambems~aoverdade.

proedimental: parasoluionar, soluione

1

;:::;

n .

Dentre eles, e o signiado pro edimental que p ermite que a logia formal seja usa-

da omo uma linguagem de programa~ao,distinguindo, assim, a logia de prediados

lassia daprograma~aoemlogia.

Sld-Resolu~ao e Sldnf-Resolu~ao

Umprograma logioeumonjuntonitoen~aovaziodelausulasdenidas, atravesdo

qual p o demos realizar omputa~oes ombinando dois meanismos basios: unia~ao

e resolu~ao [51℄. Essa forma de omputa~aoe, na verdade, um meto do esp eo de

prova de teoremas,onsideradoorreto eompleto [1,10℄.

Formalmente, uma substitui~ao e um map eamento nito de variaveis em termos,

denotado p or:= fX

1

=t

1

;:::;X

n

=t

n

g, onde X

1

;:::;X

n

s~aovariaveis distintas e ada

X

i

e distinto de t

i

, para i = 1;:::;n. Substitui~oes s~ao apliaveis a express~oes da

linguagem, ou seja, termos, atomos e lausulas. Se E e uma express~ao, ent~ao E

denota aexpress~aoqueseobtemsubstituindo-se,simultaneamente, adao orr^eniade

X

i

emE p elo termot

i

orresp ondente, deaordoom . Dizemos queaexpress~aoE

eumainst^aniadeE. Uma lausula C

1

eumavariantedeumalausulaC

2

seexistem

substitui~oes

1 e

2

taisqueC

1

1

eid^entioaC

2 eC

2

2

eid^entioaC

1

. Essenialmente,

uma variante de uma lausula e essa mesma lausula om algumas de suas variaveis

renomeadas. Doisatomos A

1 e A

2

s~aouniaveisseexiste uma substitui~ao tal que

A

1

eid^entioaA

2

;nesseaso,dizemosqueeumuniadorparaessesatomos. Um

uniador

1

eumuniadormais geral(u.m.g.) paraA

1 e A

2

separato douniador

2 de A

1 e A

2

existe umasubstitui~ao tal queA

1

1

e id^entio a A

1

2 .

Seja P um programa logio. Sejam G

0

:=

1

;:::;

m

uma lausula objetivo

e V

0

:=

1

;:::;

n

uma variante de uma das lausulas de P, sem variaveis em

omum om G . Sup onha que, para algum i, os atomos em G e em V sejam

(41)

uniaveis om um u.m.g. . Ent~ao, p o demos resolver essas duas lausulas e obter

a lausula G

1

:= (

1

;:::;

i 1

;

1

;:::;

n

;

i+1

;:::;

k

) omo resolvente. Nesse

aso, dizemos que

i

e o literal seleionado da lausula objetivo. Iterando esse passo,

ou seja,rep etindo opro esso oma resolventeG

1

euma nova varianteV

1

de umadas

lausulas do programaP,obtemos umaseq u^eniade resolventeshamadaderiva~ao.

UmaSld-resolu~ao 8

eumaderiva~aomaximal. Seumatalderiva~aoterminaoma

lausula vazia,temosent~aoumaSld-refuta~ao. Porexemplo,atab ela2.3mostrauma

Sld-refuta~aoparaalausulaobjetivo hol ds(ontabl e();S);exe(S),apartirdopro-

grama omp osto p elas lausulas denidas P

1 ,...,P

7

. Nessa refuta~ao, uma anota~ao

\P

j

; "a direitadeumalausula objetivoG

i

india queessalausulaeumaresolvente

entrealausulaG

i 1

eumavariantedalausulaP

j

,omu.m.g. (osliteraisseleiona-

dospararesolu~aoest~aoemnegrito). Observeque,omp ondoto dososu.m.g.'susados

nessa refuta~ao, obtemos S=do(unstak (;a);s

0

). Essa instania~ao, sintetizada omo

efeito olateral da prova do teorema, e justamente um plano exeutavel para atingir

uma situa~aoonde oblo o esta sobre amesa.

hol ds(l ear ();s

0

) P

1

hol ds(ontabl e(a);s

0

) P

2

hol ds(on(;a);s

0

) P

3

hol ds(ontabl e(X);do(unstak (X ;Y);S)) P

4

poss(unstak (X ;Y);S) hol ds(l ear (X);S);hol ds(on(X ;Y);S) P

5

exe(s

0

) P

6

exe(do(A;S)) poss(A;S);exe(S) P

7

holds(ontable();S);exe(S) G

0

exe(do(unstak(;Y

1 );S

1

)) P

4

;fX

1

=;S=do(unstak (X

1

;Y

1 );S

1 )g

p oss(unstak(;Y

1 );S

2

);exe(S

2

) P

7

;fA

2

=unstak (;Y

1 );S

1

=S

2 g

holds(lear();S

3

) ;hol ds(on(;Y

3 );S

3

);exe(S

3

) P

5

;fX

3

=;Y

1

=Y

3

;S

2

=S

3 g

holds(on(;Y

3 );s

0

);exe(s

0

) P

1

;fS

3

=s

0 g

exe(s

0

) P

3

;fY

3

=ag

P

6

;fg

Tab ela 2.3: Umexemplo de Sld-refuta~ao.

8

(42)

Se literais negativos s~ao p ermitidos no orp o das lausulas, ent~ao a deriva~ao e

denominada Sldnf-resolu~ao 9

. Nessetip o de deriva~ao, quandooliteral seleionadoe

p ositivo,paraseobteraresolvente,pro edemosdamesmaformaquenaSld-resolu~ao;

quando e negativo,digamos :,usamos aseguinte regrapara obter aresolvente:

:eb em suedido see somentese falhanitamente,

:falha nitamente see somentesee b em suedido.

Quando :eb em suedido, eleeremovidoda lausula objetivo;quando falha,aderi-

va~aoe interrompida. Essa regra,denominadanega~aopor falha,e orretaeompleta

om rela~aoaomo delo de ompletamento de Clarkde programaslogios [1,10℄.

2.4.3 Um planejador dedutivo em Prolog

Prolog (Programming in Logi) [11,58℄e um sistemade prova automatiade teo-

remas,baseadoem Sldnf-refuta~ao,om asseguintes restri~oes:

seleiona sempreo primeiro atomoaesquerda na lausula objetivo pararesolver

oma ab ea de umalausula do programa;

esolheaslausulas do programana ordememque elass~aoesritas,da primeira

paraa ultima,eemprega umaestrategiade busaem profundidade.

Aestrategiadebusaemprofundidadeeeientetantoemtermosdetemp oquanto

de espao; p orem, n~ao e ompleta. Conseq uentemente, o Prolog n~ao garante en-

ontraruma refuta~ao para uma determinada lausula objetivo, mesmo que uma tal

refuta~ao exista. Por outro lado, a estrategia de busa em largura e ompleta, mas e

tambemmuitoineiente em termosde espao. Assim, uma alternativa melhor,seria

utilizar busaemprofundidade iterativa,queequaset~aoeientequantobusaempro-

fundidade e ompleta omoa busa emlargura [53℄. Esp eialmenteem planejamento,

a busa em profundidade iterativa tem ainda a vantagem de garantir que o primeiro

plano enontradosejamnimo, i.e. umplanoom omenorn umerode passosp ossvel.

9

(43)

A estrategia de busa em profundidade iterativa para o alulo de situa~oes p o de

ser failmenteimplementada em Prologatravesdasseguintes lausulas:

(1) plan(s0).

(2) plan(do(A,S)) :- plan(S).

Usando essas lausulas, e a apaidade de retro esso automatiodo Prolog, p o-

demos forar o sistema a onsiderar uma seq u^enia innita de planos, de tamanhos

resentes,onforme ilustradona gura2.3.

S = do(A1,do(A2,s0)) S = do(A1,s0)

S = s0

?− plan(S)

?− plan(S1)

?− plan(S2)

?−

?−

1, S/s0 2, S/do(A1,S1)

1, S1/s0 2, S1/do(A2,S2)

1, S2/s0 2, S2/do(A3,S3)

?− ...

Figura 2.3: Busa em profundidade iterativa.

Outro asp eto interessante que deve ser ressaltadoe que o meanismo de nega~ao

p or falha do Prolog p ossibilita um tip o de raio nio n~ao-monot^onio, atraves do

qual e p ossvel implementar um alulo de situa~oes irunsritivo. Assim, onforme

vimos na subse~ao2.3.2,em vez dosnumerososaxiomas de p ersist^enia esp eos do

domnio, p o demosusarum unioaxioma de p ersist^enia universal.

Atab ela2.4mostraoodigoPrologqueimplementaumplanejadorparaomundo

dosblo os,diretamenteapartirdesuaesp eia~aoformal. Nesseodigo,oprediado

pl an e o unio tip o de ontrole que exeremos no planejador, sendo que as demais

lausulas orresp ondemexatamentea suaesp eia~aologia noalulo de situa~oes.

(44)

% situa~ao iniial

holds(lear(b),s0).

holds(lear(),s0).

holds(ontable(a),s0).

holds(ontable(b),s0).

holds(on(,a),s0).

% axiomas de efeito

holds(on(X,Y),do(stak(X,Y),S)).

holds(lear(Y),do(unstak(X,Y),S)).

holds(ontable(X),do(unstak(X,Y),S)).

holds(lear(Y),do(move(X,Y,Z),S)).

holds(on(X,Z),do(move(X,Y,Z),S)).

% axiomas de preondi~oes

poss(stak(X,Y),S) :-

holds(ontable(X),S), holds(lear(X),S), holds(lear(Y),S), X\=Y.

poss(unstak(X,Y),S) :-

holds(lear(X),S), holds(on(X,Y),S).

poss(move(X,Y,Z),S) :-

holds(lear(X),S), holds(lear(Z),S), holds(on(X,Y),S), X\=Z.

% axioma de persist^enia universal

holds(F,do(A,S)) :-

poss(A,S), holds(F,S), not affets(A,F).

affets(stak(X,Y),lear(Y)).

affets(stak(X,Y),ontable(X)).

affets(unstak(X,Y),on(X,Y)).

affets(move(X,Y,Z),on(X,Y)).

affets(move(X,Y,Z),lear(Z)).

% implementa busa em profundidade iterativa

plan(s0).

plan(do(A,S)) :- plan(S).

% verifia exeutabilidade do plano

exe(s0).

exe(do(A,S)) :- poss(A,S), exe(S).

(45)

Agora, usando os prediados pl an e exe, p o demos implementar um pro edimen-

to que enumera sistematiamente to dos os planos exeutaveis no mundo dos blo os,

onforme mostraatab ela 2.5.

1 ?- plan(S), exe(S).

S = s0 ;

S = do(stak(b,),s0) ;

S = do(unstak(,a),s0) ;

S = do(move(,a,b),s0) ;

S = do(stak(,a),do(unstak(,a),s0)) ;

S = do(stak(,b),do(unstak(,a),s0)) ;

S = do(stak(a,b),do(unstak(,a),s0)) ;

S = do(stak(a,),do(unstak(,a),s0)) ;

S = do(stak(b,a),do(unstak(,a),s0)) ;

S = do(stak(b,),do(unstak(,a),s0)) ;

S = do(stak(a,),do(move(,a,b),s0)) ;

S = do(unstak(b,),do(stak(b,),s0)) ;

S = do(unstak(,b),do(move(,a,b),s0)) ;

S = do(move(,b,a),do(move(,a,b),s0)) ;

S = do(stak(b,),do(unstak(b,),do(stak(b,),s0))) ;

S = do(stak(,b),do(unstak(,b),do(move(,a,b),s0))) ;

...

Tab ela 2.5: Enumera~aode planos exeutaveis.

Defato,fSjpl an(S)^exe(S)ge o onjuntode to dasas situa~oes quep o dem ser

atingidas atravesdeseq u^enias dea~oesexeutaveis,apartirdasitua~aos

0

. Ademais,

se e a meta num determinado problema de planejamento, ent~ao fS j pl an(S)^

exe(S)^hol ds(;S)geo onjuntode to dasassolu~oes p ossveis paraesse problema.

Assim, emtermospro edimentais,e omose fSjpl an(S)^exe(S)gfosse oonjunto

de to dos os nos da arvore de busa para o problema onsiderado e hol ds(;S) fosse

a fun~ao apaz de identiar aqueles nos que representam situa~oes onde a meta de

planejamentoesatisfeita.

A tab ela2.6 mostraalguns exemplos de onsultasque p o demser feitasaosistema

(46)

Em(1),ametae atingir umasitua~aoemque oblo o aesteja sobre.

Em(2),ametae atingirumasitua~aoemqueoblo o aestejasobre beesse,p or

suavez, estejasobre . Esse problema, onheido omo anomalia de Sussman,e

umexemplo de tpio de onito de submetas: seaeempilhado sobre b,ent~aob

n~aop o de mais ser empilhado sobre ; p or outro lado, se be empilhado sobre ,

queesta sobrea, esse ultimo n~aop o de maisser empilhado sobreb.

Em(3),a metae atingiruma situa~aoemquehajaumapilhaom (p elomenos)

tr^esblo os. O interessantee queessa metan~aoesp eia que blo os.

Finalmente, em (4), veriamos que uentes valem na situa~ao resultante da

exeu~aoda seq u^enia de a~oes hunstak (;a);stak (b;);stak (a;b)i. Esse tip o

deproblema e onheido omo proje~aotemporal.

1 ?- plan(S), exe(S), holds(on(a,),S).

S = do(stak(a,), do(unstak(,a), s0))

Yes

2 ?- plan(S), exe(S), holds(on(a,b),S), holds(on(b,),S).

S = do(stak(a,b), do(stak(b,), do(unstak(,a), s0)))

Yes

3 ?- plan(S), exe(S), holds(on(X,Y),S), holds(on(Y,Z),S).

S = do(stak(b,),s0)))

X = b

Y =

Z = a

Yes

4 ?- holds(F,do(stak(a,b),do(stak(b,),do(unstak(,a),s0)))).

F = on(a, b) ;

F = on(b, ) ;

F = lear(a) ;

F = ontable() ;

No

Tab ela 2.6: Exemplos de onsultasao sistemade planejamento em Prolog.

(47)

2.5 Considera~oes nais

Nesse aptulo, intro duzimosum formalismoesp eialmente riadopara mo delagem de

mundosdin^amios{oalulodesitua~oes{emostramosomop o demosutiliza-lopara

representara~oese raio inarsobre seus efeitos. Emseguida,disutimos osproblemas

que surgemquandotentamosformalizarmundosdin^amios, esp eialmente o problema

da p ersist^enia,e asdiuldades queesses problemas imp~oema umsistemade plane-

jamentodedutivo. Finalmente, mostramosque,usandoprova automatiadeteoremas,

um sistemadeplanejamentop o de serimplementado diretamenteapartirde suaesp e-

ia~aologia emalulo de situa~oes. Isso,sem d uvida, e uma grande vantagem na

ab ordagem logia de planejamento.

Noproximoaptulo, omoumaalternativaaoalulo desitua~oes,intro duziremos

o Strips,ujaprinipal vantagemeeliminar aneessidade de axiomasde p ersist^enia

temp oralep ermitir,assim,umaresimodeei^eniaomputaional. Ent~ao,ombase

nessa nova representa~ao de a~oes, apresentaremos uma vis~ao geral de planejamento

lassio emIntelig^enia Artiial, segundo aab ordagemalgortmia.

(48)
(49)

Planejamento algortmio

Quem quiser alanarum objetivodistante

tem que dar muitospassosurtos.

Helmut Shmidt

EonomistaePoltio

3.1 A representa~ao Strips

Arepresenta~aoStrips(STanfordResearhInstituteProblemSolver)foiprop ostap or

Fikes e Nilsson[18℄, no inio da deada de 1970,omo uma alternativa aoalulo de

situa~oes. Desdeent~ao,essa representa~aotem sidoamplamenteutilizada nadesri~ao

dea~oesnossistemasdeplanejamentodesenvolvidosdentrodaab ordagemalgortmia.

Originalmente, a representa~aoStripsp ermitia queestados e a~oesfossem desri-

tos atraves de formulas arbitrarias da logia de prediados de primeira ordem. Essa

generalidade, entretanto, imp ossibilitou que umasem^antia larae preisa fosse esta-

b eleida para essa representa~ao. Em deorr^enia desse fato, varias restri~oes foram

feitas quanto as formulas que p o deriam ser usadas orretamente nessa representa~ao

[37℄. Com essasrestri~oes, a vers~aoprop osiional doStrips, na qual ap enasformulas

at^omias livresde variaveis s~aop ermitidas,passoua serarepresenta~aode a~oesmais

omumenteempregada dentroda ab ordagemalgortmiade planejamento.

(50)

3.1.1 Estados e a~oes

Em Strips, um estado e representado p or um onjunto de atomos que denotam as

propriedades que valem no mundo e uma a~ao e representada p or um op erador que

transformaumdeterminadoestadoemoutro,atravesdaadi~aoou remo~aodeatomos

no onjuntoque representaesse estado.

Um operador e denido p or um onjunto de preondi~oes, pr e(), i.e. atomos

denotandopropriedadesdomundo quedevemvalerparaqueaa~aop ossaserexeu-

tada, ep or um onjuntode p osondi~oes,pos(), i.e. literais denotandopropriedades

do mundoquepassamavaler,ou quedeixamdevaler,omoonseq u^eniadaexeu~ao

daa~ao. Porexemplo,onsiderandoaindaodomniodomundodosblo osintro duzi-

do noaptulo anterior(pagina7), oop eradormove(;a;b),denido aseguir, desreve

a a~aodemoveroblo o ,de ima dea, para imado blo o b.

oper (at :move(;a;b),

pr e:fl ear ();lear (b);on(;a)g,

pos:fl ear (a);on(;b);:l ear (b);:on(;a)g)

Uma sup osi~ao implita na representa~ao Strips e que o onjunto pos() repre-

senta expliitamente todos os efeitos da a~ao. Esse onjunto p o de ser partiionado

em dois sub onjuntos disjuntos, add() e del (),ontendo atomos que denotam, res-

p etivamente, osefeitosp ositivosenegativosdaa~ao. Assim,umaformaalternativa

bastanteomumpara oop erador move(;a;b)seriaa seguinte:

oper (at :move(;a;b),

pr e :fl ear ();lear (b);on(;a)g,

add:fl ear (a);on(;b)g,

del :fl ear (b);on(;a)g)

Dizemos que uma a~ao e apliavel a um estado se e somente se pr e() ,

ou seja, se suas preondi~oes s~aosatisfeitas nesse estado. Porexemplo, seja

BW :=

fl ear (b);lear ();ontabl e(a);ontable(b);on(;a)go onjunto que representa o estado

iniial para o mundo dos blo os. Ent~ao, omo pr e(move(;a;b)) , segue que

(51)

move(;a;b)eapliavelaoestado

BW

. Seumaa~aoeapliavelaumdeterminadoes-

tado,ent~aooestadoresultantedesuaaplia~aoaesseestadoerepresentadop eloon-

junto del () + add(). Porexemplo,oestadoresultantedaaplia~aodemove(;a;b)

a

BW

efl ear (a);lear ();ontabl e(a);ontabl e(b);on(;b)g. Noteque,omooonjun-

to del (move(;a;b))representa todos os efeitos negativos da a~ao move(;a;b),to das

as propriedadesque valem em

BW

e n~aos~ao afetadasp ela exeu~aodessa a~ao(e.g.

l ear (),ontabl e(a) e ontabl e(b)) ontinuam valendo no estado resultante.

E p or isso

que emStrips n~aotemosneessidade dos axiomasde p ersist^enia temp oral.

Indutivamente, p o demosdenir oestador es(;),resultantedaaplia~aodeuma

seq u^enia de a~oes :=h

1

;:::;

n

i aum estado,da seguintemaneira:

(a) r es(;hi),

(b)r es(;h

1

;:::;

n

i)r es(;h

1

;:::;

n 1

i) del (

n

)+add(

n ),

om a exig^enia de que ada a~ao

i

seja apliavel ao estado r es(;h

1

;:::;

i 1 i),

para i=1;:::;n. Casoontrario,oestadoresultanteeindenido.

Outra sup osi~ao imp ortante que a implita na representa~ao Strips e que o

estado iniial do mundoesempre ompletamentedenido e,de aordooma hipotese

do mundofehado[50℄,aaus^eniade umatomona desri~aodesseestadoimplia que,

iniialmente,asuanega~aoeverdadeira. Essasup osi~ao,juntamenteomaqueladeque

to da mudana ausada p or uma a~aoe expliitamente desrita na sua representa~ao,

garanteque umestadoresultantesejatambemompletamente denido.

3.1.2 Problemas e planos

Deni~ao 3.1 Um problema de planejamento em Strips e denido por uma tupla

hA;I;G i, onde A eum onjunto deoperadores que desrevem as a~oes dodomnio, I

e um onjunto de atomos quedesrevemo estado iniialeG eum onjunto deatomos

que desrevema metade planejamento. 2

Diferentemente do estado iniial, que e ompletamente denido p elo onjunto I,

um estado nal ou estado metae ap enas parialmente denido p elo onjunto G. Por

exemplo, se temosum problema de planejamento onde G:= fontabl e(a)g,ent~aoqual-

(52)

indep endentemente daongura~aodosdemais blo osexistentes. De fato,enquantoo

onjuntoIesp eiaumunioestado,oonjuntoGrepresentaumonjuntodeestados.

Deni~ao 3.2 Sejam hA;I;G i um problema de planejamento em Strips e uma

seq u^eniadea~oes,ondeadaa~aoeuma inst^aniadeumdos operadoresespeiados

emA. Dizemosqueeuma solu~aoparaoproblema hA;I;G iseesoseGr es(I;),

ou seja, se exeutando a partir do estado iniial I atingimos um estado nal, onde

a onjun~aodos atomos em G esatisfeita. 2

3.1.3 Complexidade dos problemas de planejamento

A diuldade de um problema de planejamento dep ende, essenialmente, de omo os

op eradores do domnio, neessarios para atingir as diferentes submetas do problema,

interagementresi. Deaordoomataxonomiaintro duzidap orKorf[31℄,umonjunto

de submetas(ou problemade planejamento)p o de ser lassiado omo:

independente,seadaop erador atingeumaunia submeta en~aoremovepreon-

di~oes de nenhum outroop erador do domnio. Uma propriedade imp ortante de

submetasindep endentes, quesegueda deni~ao,equeumasolu~aootimaglobal

p o deser obtida p ela simples onatena~aode solu~oes otimasparasubmetasin-

dividuais,emqualquerordem. Soluionarumauniasubmetaindep endentep o de

n~aoser trivial, mas a omplexidade de problemas om submetas indep endentes

reseap enaslinearmente, em fun~aodon umero desubmetasno problema.

serializavel, se existe uma p ermuta~aodas submetasna qual elas p o dem ser re-

solvidas, seq uenialmente, sem que nenhuma submeta ja atingida nessa ordem

seja violada. Se as submetas s~ao resolvidas na ordem orreta, a omplexidade

deproblemasom submetasserializaveiselinear omrela~aoaon umerode sub-

metas. Caso ontrario, submetasserializaveis p o dem levar a uma omplexidade

exp onenial,jaqueresolv^e-lasnumaordemerradap o derequererqueumamesma

submetasejaestab eleida eviolada umn umeroexp onenial de vezes.

n~ao-serializavel,sesubmetaspreviamenteestab eleidasdevemserneessariamen-

te violadas a m de que algum progresso seja feito em dire~ao a meta prin-

ipal, qualquer que seja a ordem onsiderada. Problemas om submetas n~ao-

Referências

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