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ANEXO III, DO EDITAL Nº 001/2021 DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROIC, DA UNICENTRO PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

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Academic year: 2022

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Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PROPESP

Diretoria de Pesquisa – DIRPES

Coordenação de Iniciação Científica

ANEXO III, DO EDITAL Nº 001/2021 DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PROIC, DA UNICENTRO

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Título do Projeto: Percepções de um tempo de pandemia por familiares e terapeutas de crianças e adolescentes com surdez.

Palavras-chave: Surdez; reabilitação auditiva; pandemia Orientador: Cristiana Magni

Vigência: 01.08.2021 a 31.07.2022

1. RESUMO

Este estudo tem o objetivo de verificar as percepções, de um tempo de pandemia, de familiares e terapeutas de crianças e adolescentes surdos. Reconhecendo que a pandemia que estamos vivenciando provocou diversos desafios na rotina das pessoas, por meio de uma entrevista dialogada, este estudo pretende levantar as dificuldades e os desafios de pessoas que convivem com surdos, no sentido de fazê-los compreender e se adaptar à novos comportamentos na sociedade.

2. VÍNCULO DO PROJETO

Projeto de pesquisa vinculado a Linha de Pesquisa do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Comunitário - Linha 2: Processos do Desenvolvimento Humano nos Contextos Comunitários, assim como às temáticas principais de pesquisa da orientadora sobre o estudo das vulnerabilidades nos diferentes ciclos de vida.

3. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

O processo de reabilitação auditiva para uma criança ou adolescente com surdez não é um trabalho isolado, envolve uma abordagem multidisciplinar que vise, por meio do conhecimento, a utilizar meios que propiciem o desenvolvimento da comunicação, audição e linguagem nas crianças e adolescentes que, por um impedimento orgânico da entrada da informação sonora, têm uma barreira de comunicação. Segundo Roslyng-Jensen (2001), este trabalho multidisciplinar envolve a participação de profissionais desde o diagnóstico da surdez e que continuam a fazer parte do dia a dia da criança por muitos anos.

Para Santana (2007), não há dúvida de que o meio ambiente e as interações influenciam a

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organização cerebral e cita Mayberry (1992), que concluiu que o elemento crucial para o desenvolvimento linguístico nas crianças não é o canal sensório motor, e sim a riqueza do input – acessível e disponível para a criança surda durante toda a infância, comprovado pela aquisição da língua de sinais por crianças surdas filhas de pais surdos. Nesse caso, o desempenho linguístico é comparável ao da aquisição da linguagem oral pelos ouvintes e Santana (2007) infere que isso parece explicar por que a maturação neuronal do hemisfério esquerdo para a linguagem é menor em surdos filhos de ouvintes do que nos surdos filhos de pais surdos.

Para muitos profissionais, existe a crença de que o surdo deve falar quando possui uma prótese auditiva ou um implante coclear, sendo que o surdo aqui se refere aos casos com surdez profunda. O avanço tecnológico dos dispositivos de amplificação sonora tem permitido a minimização dos efeitos da deficiência auditiva, promovendo uma amplificação dos sons ambientais e de fala satisfatórios para que seja estimulada a aquisição da língua audioverbal. Em função deste avanço tecnológico, muitos profissionais fonoaudiólogos desenvolvem uma abordagem aurioral de (re)habilitação da audição, promovendo estimulação acústica desde o momento em que ocorre um diagnóstico precoce da deficiência auditiva.

Ao considerarmos uma abordagem sociointeracionista, Turkowski et al (2003) ressalta Bakhtin (1981), podendo-se dizer que a relação dialógica, além de favorecer o acesso simbólico, ou seja, a possibilidade de se construir o acesso linguístico, também oferece a condição de enunciá-lo. É na corrente de interação verbal (no diálogo), que as dimensões ideológicas e vivenciais de cada falante são confrontadas, de modo a fornecer às palavras a sua significação.

A partir desta breve fundamentação sobre questões relacionadas a (re)habilitação da criança/adolescente com algum grau de surdez e que faz um acompanhamento fonoaudiológico, esta pesquisa tem o objetivo de conhecer a percepção de pais de crianças e adolescente com surdez sobre como este processo de treinamento auditivo e de fala sofreu consequências em decorrência da pandemia. Considera-se de extrema importância permitir a escuta destas famílias sobre o distanciamento dos seus filhos do atendimento semanal, do acompanhamento pelos profissionais fonoaudiólogos, já que muitos serviços cessaram suas atividades por períodos longos, muitas vezes retomando temporariamente por meio de teleconsutas. Algumas perguntas poderão ser feitas no sentido de conhecer a preocupação vivenciada pelos pais com relação ao desenvolvimento da linguagem do seu filho, bem como todo o desenvolvimento em nível escolar, já que estamos tratando de uma abordagem multidisciplinar. Que tipo de desafios foram enfrentados com relação à comunicação com a criança/adolescente com surdez, bem como que

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estratégias foram utilizadas a fim de minimizar a interrupção de um trabalho de estimulação auditiva e de linguagem.

Esta pesquisa também pretende, em seu segundo objetivo específico, conhecer as percepções dos profissionais que atendem crianças e adolescentes com surdez, no sentido de levantar quais os desafios e estratégias adotadas para dar continuidade à terapia fonoaudiológica, mediante a diretivas dos órgãos de classe.

Como fechamento desta proposta de pesquisa, pretende-se compreender as dificuldades e os desafios de pessoas que convivem com surdos, no sentido de entender um novo perfil de comportamento na sociedade em tempos de pandemia.

4.OBJETIVOS

4.1- OBJETIVO GERAL

Registrar as percepções de um tempo de pandemia a partir das narrativas de familiares e terapeutas de crianças e adolescentes surdos.

4.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Promover o diálogo e a escuta entre a pesquisadora e familiares de crianças e adolescentes com surdez, a fim de registrar as percepções de um tempo de pandemia.

- Promover o diálogo e a escuta entre a pesquisadora e terapeutas fonoaudiólogos de crianças e adolescentes com surdez, a fim de registrar as percepções de um tempo de pandemia.

- Compreender as dificuldades e os desafios de pessoas que convivem com surdos, no sentido de entender um novo perfil de comportamento na sociedade.

5. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória e de abordagem qualitativa, com a intenção de descrever a complexidade e as particularidades do comportamento de um determinado grupo de indivíduos. Segundo Minayo (2010), a pesquisa qualitativa possibilita a explanação de processos sociais que ocorrem em grupos singulares, a fim de construir novas abordagens, conceitos ou intervenções a partir da escuta de narrativas.

Dentre vários métodos de se analisar qualitativamente um contexto, este trabalho apresenta a análise de narrativas. Ela é utilizada para analisar dados qualitativos (que vão desde histórias cotidianas até mesmo a uma entrevista estruturada), identificando características marcantes de

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determinado indivíduo ou grupo, localizando temas comuns e até mesmo a descoberta de novos conceitos que dão identidade aos dados coletados.

A amostra deverá ser constituída de forma intencional, por meio dos usuários da Clínica Escola de Fonoaudiologia, sendo crianças e adolescentes com surdez, cujos familiares serão convidados a participarem da pesquisa, como primeiro grupo de amostragem. Um segundo grupo, deverá ser constituído por profissionais fonoaudiólogos, reabilitadores de crianças e adolescentes com surdez, sendo pertencentes a serviços públicos e/ou privados do estado do Paraná. Pretende-se atingir um número de dez indivíduos, sendo cinco familiares e cinco terapeutas. Os critérios de inclusão são: ser pas/responsável por uma criança ou adolescente com surdez e ser fonoaudióloga reabilitadora de criança ou adolescente com surdez.

Este projeto será encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa da universidade e após sua aprovação, poderá ter início o contato om os possíveis participantes via telefone, à família da criança ou adolescente com surdez, cujos contatos encontram-se na Clínica Escola. A pesquisadora explicará sobre o objetivo e a metodologia e, após o aceite, o participante será convidado a participar de uma entrevista dialogada por meio de videoconferência, devendo enviar o link posteriormente. Da mesma forma, deverá ocorrer com os profissionais fonoaudiólogos, os quais serão contactados por meio da Clínica Escola ou por meio do contato pessoal da pesquisadora responsável. O consentimento informado de cada participante deverá ser gravado, assim como toda a entrevista dialogada para fins de análise da dos relatos posteriormente, os quais serão transcritos na íntegra. Este material transcrito deverá ser reformulado em uma narrativa, sem vícios da língua ou termos regionais, no sentido de conservar tudo que foi narrado.

O conteúdo de cada relato será analisado de forma a explorar aspectos que foram observados pela pesquisadora no momento da escuta, como entonação de voz, pausas, emoções, o que para Nunes et al (2017) são fundamentais para a identificação de características marcantes de cada indivíduo e, ainda, segundo Rabelo (2011), “a análise de narrativas caracteriza-se tanto pela atenção cuidadosa à autoridade interpretativa do investigador, quanto pela relevância da voz do informante”.

As questões norteadoras que desencadearão o relato dos participantes de pesquisa serão elaboradas tão logo, a fim de enviar para análise do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade.

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6. CRONOGRAMA

ETAPAS

2021 2022

Ago set Out nov dez Jan Fev mar Abr mai jun Jul

Fundamentação teórica X X X X X X X X

Levantamento dos

participantes (famílias) nos prontuários da Clínica Escola de Fonoaudiologia, campus Irati e dos profissionais de fonoaudiologia por meio das redes sociais

X X

Contato telefônico com os possíveis participantes

X X

Realização das entrevistas dialogadas por meio de videoconferencia

X X X X

Análise do corpo de relatos X X X X

Elaboração do relatório final e resumo para apresentação no EAIC

X X X

7.RESULTADOS ESPERADOS

Os resultados esperados deverão possibilitar a análise do conteúdo dos relatos a fim de subsidiar uma reflexão sobre um perfil de novo comportamento em tempos de pandemia de pessoas que vivenciam relações próximas com crianças/adolescentes com surdez.

8. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Este projeto de pesquisa será encaminhado para análise do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade no mês de maio de 2021.

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REFERÊNCIAS

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. São Paulo:

Editora Hucitec, 2010.

NUNES, Larissa Soares.; PAULA, Luciane.; BERTOLASSI, Thiago.; NETO, Antonio Faria. A análise da narrativa como instrumento para pesquisas qualitativas. Ciências Exatas. 2017; vol. 23, n. 1, p.9- 17.

ROSLYNG-JENSEN, A.M. O acompanhamento fonoaudiológico de crianças surdas e deficientes auditivas no contexto familiar. In: Fonseca, V. R. J. R M. Surdez e Deficiência Auditiva: a trajetória da infância à idade adulta. 1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.

SANTANA, A. P. Surdez e linguagem: aspectos e implicações neurolinguísticas. 1. Ed. São Paulo: Plexus Editora, 2007.

TURKOWSKI, A.P.F.; PAIXÃO, C. L. B.; MARQUES, A.C.O.; PIRES JUNIOR, H. Estudo da efetividade da abordagem aurioral na reabilitação em paciente com perda auditiva neurossensorial moderada. Iniciação Científica Cesumar, v. 5, n. 1, p. 23-28. 2003

Irati, 17 de março de 2021

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Assinatura do Orientador Assinatura do Aluno

Cristiana Magni Kamila Lauany Marochi

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