Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Holmes Place 5 de outubro (Lisboa)

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folitécuico

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PolyLechnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

António Santana Maximiano da silva da Borges julho 12015

Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

(Para obtenção da Licenciatura em Desporto)

Discente:

António Borges

5007829

Ano Letivo 2014/2015

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Ficha de identificação

Discente: António Santana Maximiano da Silva Borges Número de aluno: 5007829

Grau: Obtenção de Licenciatura em Desporto

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Diretor da ESECD: Professor Doutor Pedro Tadeu Diretora do curso: Professora Doutora Carolina Vila-Chã Docente Coordenador de estágio: Professor Doutor Nuno Serra

Local de estágio

Instituição acolhedora: Holmes Place 5 de outubro

Morada: Avenida Miguel Bombarda º36 B 1050-165 Lisboa Contacto: +351 218 804 300

E-mail: outubro@holmesplace.pt

Sítio internet: www.holmesplace.pt

Responsável da instituição: Carlos Gomes Tutor de estágio: Pedro Naito e André Duarte Habilitações académicas: Licenciados em Desporto Identificação do projeto: Estágio curricular

Duração do estágio: Outubro a Maio Horas de contacto: 380

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Agradecimentos

Ao longo dos três anos em que estive inserido no ensino universitário, algumas pessoas foram fundamentais para o meu desenvolvimento curricular e no apoio que obtive e considerei fundamental para a conclusão tanto do ensino universitário, como do presente relatório de estágio.

Desta forma é considerado fundamental agradecer a todos os que considero terem sido importantes em todo este processo de conclusão da licenciatura em que estive inserido. Deste modo, quero agradecer da seguinte forma respetivamente àqueles que considerei fundamenais:

• À minha mãe, avó, tia e irmão por todo o apoio recebido e por toda a paciência que tiveram comigo neste percurso, sendo que estiveram presentes em todos os momentos importantes deste percurso;

• À Sofia, grande pilar na minha vida, que com toda a sua paciência e dedicação me apoiou de forma incondicional em todos os momentos de indecisão em que estive envolvido;

• Ao professor Dr. Nuno Cameira Serra, por ser meu orientador de estágio e pela sua disponibilidade e envolvimento no decorrer do estágio transmitindo todos os seus conselhos e conhecimentos ao longo do mesmo;

• Ao diretor do Holmes Place Carlos Gomes e tutores Pedro Naito e André

Duarte por me terem recebido da melhor maneira epela disponibilidade em transmitir

todo o seu conhecimento de modo a colaborar no meu desenvolvimento;

• Aos colegas do Holmes Place por também me terem recebido de braços abertos e por se mostrarem sempre disponíveis ao longo do estágio e por se mostrarem abertos em ensinar-me tudo o que sabiam;

• A todos os meus amigos da minha terra natal por me terem apoiado em todos os momentos e por terem muita paciência durante as ausências;

• A todos os amigos adquiridos na Guarda, que considerei fundamentais durante o curso, por me terem apoiado e estarem sempre a meu lado no que fosse preciso;

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• A todos os professores presentes no curso de Desporto que que fizeram parte da minha vida escolar, através da transmissão de conhecimentos e do auxílio prestado, sendo assim fundamentais neste percurso;

• Ao Instituto Politécnico da Guarda por me ter recebido com agrado e permitido ter um desenvolvimento curricular e pessoal muito importante ao longo do tempo;

• Por fim, à cidade da Guarda por me ter acolhido e por ter sido nesta cidade que realizei um dos meus sonhos, o curso de Desporto, e por ter feito alguns dos amigos que irei levar sempre para o resto da vida.

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Resumo

O estágio curricular é uma das etapas mais importantes para a obtenção de um diploma de Licenciatura, pois é nesta etapa que o aluno inicia a sua vida profissional, demonstrando as suas capacidades no local onde realiza o estágio.

O meu estágio curricular foi realizado na cidade de Lisboa, no Holmes Place 5 de Outubro com início no dia 6 de novembro de 2014 e término no dia 29 de maio de 2015. Neste local foi possível adquirir múltiplos conhecimentos acerca da elevada quantidade de materiais que se podem ser utilizados nos treinos, das múltiplas modalidades de aulas de grupo anteriormente desconhecidas e das várias formas de se poder treinar num ginásio. O estágio foi constituído por três fases distintas, nas várias modalidades existentes, sendo elas a adaptação, a intervenção e a conclusão.

O balanço final do estágio foi positivo, pois abrangeram novas perspetivas acerca do mundo do fitness. Durante este, obtive grande desenvolvimento a nível de trabalho, do mundo do negócio e a nível das relações interpessoais num ginásio.

Palavras-chave: Estágio curricular, Exercício físico, Bem-estar, Personal Trainer, Atividades de grupo.

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Índice

1. Introdução ... 1

2. Caraterização da instituição ... 2

2.1. Holmes Place ... 2

2.2. População alvo ... 3

3. Serviços existentes ... 3

3.1. Caraterização dos serviços ... 4

4. Recursos humanos ... 6

5. Recursos Espaciais e Materiais ... 7

5.1. Recursos espaciais ... 7

5.2. Recursos materiais... 8

6. Objetivos de estágio, área e fase de intervenção ... 9

6.1. Objetivos de estágio ... 9 6.2. Objetivos gerais ... 9 6.3. Objetivos específicos... 9 6.3.1. Sala de exercício ... 9 6.3.2. Sessões de grupo ... 10 6.4. Área de intervenção ... 10 6.5. Fase de intervenção ... 11 7. Planeamento e calendarização ... 13 7.1. Horário de estágio ... 13 7.2. Planeamento ... 14 8. Atividades desenvolvidas ... 15

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8.1. Observações de treino de PT ... 16

8.2. Observações e relatórios de aula de grupo ... 17

8.3. Observações de Member Interaction ... 18

8.4. Observações de Abdominais Express... 19

8.5. Observação de treino e aula de grupo mensal ... 19

8.6. Organização das fichas de treino ... 20

8.7. Avaliações físicas ... 20

8.8. Prescrição de treinos PT a Staff ... 25

8.9. Sombra de Member Interaction ... 29

8.10. Ajuda na correção das aulas de Abdominais Express ... 30

8.11. Orientação de Abdominais Express ... 31

8.12. Reuniões com os vários departamentos ... 32

8.13. Projeto de estágio ... 32 8.14. Congressos envolvidos ... 33 8.15. Participação em eventos ... 34 9. Reflexão Final ... 35 10. Referências Bibliográficas ... 37 11. Anexos ... 39

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Índice de Figuras

Figura 1: Organograma da Instituição Acolhedora ... 7

Índice Tabelas

Tabela 2:Fases da área de intervenção a seguir no local de estágio ... 11

Tabela 3:Primeiro horário a seguir no estágio ... 13

Tabela 4:Segundo horário a seguir no estágio ... 14

Tabela 5:Duração das várias fases de estágio ... 15

Tabela 6:Linhas Orientadores para profissionais de saúde ou fitness. NASM (2012) ... 21

Tabela 7:Fatores de risco de doença coronária ... 23

Tabela 8:Estratificação de risco ... 24

Tabela 9:Fatores FITTE do exercício cardiorrespiratório NASM (2012) ... 26

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Lista de Siglas

ACSM – American College of Sports Medicine AE – Abdominais Express

AEEI – Adaptação específica ao exercício imposto HC – Health Club

HP – Holmes Place

IPG – Instituto Politécnico da Guarda MI – Member Interaction

NASM – National Academy of Sports Medicine

NSCA – National Strength and Conditioning Association PNF – Proprioceção neuromuscular facilitada

PT – Personal Trainer ROM – Range of motion

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1. Introdução

A unidade curricular de Estágio em Exercício Físico e Bem-estar está inserida no quinto e sexto semestre do plano de estudos da Licenciatura de Desporto e visa a preparação dos estudantes para a vida profissional, ao fornecer-lhes 380 horas de contato com instituições relacionadas com o exercício físico e bem-estar e com os clientes dessas instituições que têm motivos diferentes para as frequentarem. Esta unidade curricular tem um papel fulcral para a conclusão da Licenciatura em Desporto, pois, além de ter uma ponderação de 18 ECTS, é nesta unidade curricular que iremos colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos até à data e metodologias para melhorar a condição física e a saúde dos nossos clientes. Foi através deste que foi possível abrir novas perspetivas acerca do fitness e toda a envolvência inerente à prescrição do exercício individual e ao comportamento a nível relacional dentro de um ginásio e nas aulas de grupo.

A minha motivação na área do fitness foi aumentando, pois no decorrer dos vários anos letivos o gosto por melhorar as várias capacidades e habilidades humanas e por observar a forma como o nosso corpo se adapta a cada estímulo que pretendemos adquirir com o treino ou mesmo regredir com o destreino foi aumentando, fazendo com

que hoje em diaesta seja a principal área do meu interesse. Também o acompanhar de

perto a evolução de uma pessoa com imensas dificuldades físicas, de modo que a mesma consiga por exemplo, correr ou levar os sacos das compras sem qualquer dificuldade, torna-se um dos maiores prazeres de ser treinador pessoal (PT).

Uma outra motivação intrínseca é o prazer de estar a liderar uma aula de grupo de qualquer modalidade para um grande número de pessoas, ver como estão a evoluir de aula para aula e ver como estão contentes com o nosso trabalho e esforço perante a presença dos próprios, sentindo-se acarinhados e com alguém que os motive de aula para aula.

A escolha do Holmes Place (HP) foi pertinente para o desenvolvimento do estágio, pois é considerado como um dos melhores locais para aprender como atuar da maneira mais profissional num ginásio. Esta cadeia de health clubs (HC) é considerada uma das maiores e melhores do mundo e por isso esta escolha foi a mais acertada de modo a aumentar as minhas capacidades em termos de empenho, dedicação,

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conhecimentos, posturas e principalmente relações interpessoais. É também considerada como uma das melhores escolas na formação de profissionais do fitness e senti que poderia aprender de uma forma mais completa e eficaz a relacionar-me com os clientes e colegas de profissão através dos diversos conhecimentos que me iam transmitindo em todos os momentos de estágio.

Este relatório está estruturado em quatro pontos acerca do que ocorreu ao longo do estágio. A primeira fase é a caraterização do local de estágio que me acolheu da melhor forma possível desde que cheguei. A segunda parte é referente aos objetivos iniciais e específicos que foram completados durante o estágio para uma melhor aprendizagem no decorrer do mesmo. Estes foram construídos na primeira reunião com o tutor de estágio que apresentou as várias fases que se iriam realizar ao longo do estágio. A terceira fase e mais importante apresenta as atividades desenvolvidas em estágio, de modo a dar a conhecer as atividades em que estive envolvido e como se processaram, apresentando relatórios dos vários momentos de aprendizagem, projetos em que estive envolvido e outros trabalhos relacionados ou não com os objetivos iniciais de estágio. Na última fase apresenta-se a reflexão final, para que se analise todo o decorrer do estágio, sobretudo o que correu bem, o que correu mal e possíveis novas abordagens que se poderiam tratar em novos estágios decorrentes no Holmes Place.

2. Caraterização da instituição

2.1. Holmes Place

O Holmes Place 5 de Outubro faz parte de uma cadeia de health clubs internacional, que pertence à empresa com o mesmo nome. Em Portugal, esta é a maior cadeia de health clubs existente e é constituído por 19 health clubs distribuídos pelo país, sendo que grande parte deles se encontram da zona da grande Lisboa.

O Holmes Place carateriza-se por ser um health club premium que apresenta um estilo moderno aliado à tranquilidade. O principal objetivo da instituição é promover a saúde e a condição física dos seus clientes através dos seus serviços, sejam eles aulas de grupo, sala de exercício, personal training e nutrição.

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2.2. População alvo

A população alvo é toda a população que tenha idade superior a 16 anos até que se sinta confortável para a prática do exercício físico e por isso pode-se considerar toda a população em geral.

No entanto, o principal target deste health club são os clientes acima dos 40 anos e com sucesso profissional, devido a uma maior estabilidade profissional, terem melhores condições de vida e dessa forma se poderem fidelizar com o Holmes Place durante mais tempo.

O health club tem neste momento 2300 sócios, sendo eles 56% do género feminino e 44% do género masculino. Apesar do principal público-alvo do HP serem clientes com uma faixa etária superior aos 40 anos de idade, um dado curioso é que estes clientes apenas representam 46% dos utentes do HP, o que representa menos de metade dos sócios inscritos neste clube1.

3. Serviços existentes

O clube oferece três serviços distintos aos seus clientes: personal trainer, nutrição e aulas de grupo. Além destes serviços ainda podem frequentar a sala de exercício e a piscina livremente. No que concerne ao serviço de personal trainer este divide-se em 8 programas, sendo eles PT duo e PT trio de programas gerais e como programas específicos, reduce, reshape, rehabilitate, refresh, realign e re sports.

O serviço de nutrição oferece dois programas sendo eles o programa de nutrição

eat well e a consulta de nutrição. Por último, são as aulas de grupo. A maioria das aulas

são produzidas e criadas pela empresa Holmes Place e distribuídas pelos diversos ginásios existentes. As aulas de grupo existentes por categoria são: hidroginástica e pool

interaction na vertente aqua; activate, spartans, air fit, made in brasil, x-celerate (todas

estas aulas exclusivas Holmes Place), total condition, body step e body pump (as duas aulas patenteadas Les Mills) na vertente condition; freecycle e icycle (aula exclusiva

Holmes Place) na categoria de cycle; warrior inserida na categoria de martial arts; body

1 _{Dados fornecidos pelo diretor do clube.}

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balance (aula patenteada Les Mills), pilates e yoga na categoria de body & mind e; zumba (aula patenteada Zumba fitness) na categoria de dance.

3.1. Caraterização dos serviços

Em seguida apresentamos os serviços oferecidos pelo HP sendo eles: PT duo – Programa criado especificamente para treinos com duas pessoas; PT trio – Programa criado especificamente para treinos com três pessoas;

Reduce – Programa ideal para perder gordura de forma eficaz e segura, com

melhorias do metabolismo e resistência cardiovascular;

Reshape – Programa focado na redefinição corporal, trabalhando musculatura,

silhueta e postura;

Rehabilitate – Programa para prevenção e melhoria de condições e patologias

específicas, como a osteoporose, diabetes e hipertensão arterial;

Refresh – Programa de aprendizagem e aperfeiçoamento das técnicas de natação.

Recuperação de patologias e lesões em meio aquático;

Realign – Programa baseado no Método Pilates, desenvolve o equilíbrio e

simetria melhorando níveis de stress e dor;

RE Sports – Programa específico para aumento da performance desportiva através da preparação física e técnica;

Programa de nutrição base eat well – 4 momentos durante o primeiro ano de

sócio no clube, 2 presenciais de 45 minutos e 2 por telefone;

Consulta de nutrição premium –Sessão privada com nutricionista para elaborar plano alimentar detalhado;

Hidroginástica – Treino com exercícios adaptados ao meio aquático com objetivo de aumentar resistência cardiovascular e com menor carga nas articulações;

Activate – Alegre aula de total body conditioning, de baixa intensidade e baixa

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Air Fit – Treino cardiovascular de grande intensidade que utiliza um divertido

trampolim para criar intensidade nos exercícios;

Body Pump – Aula de tonificação muscular que utiliza uma barra onde se podem

colocar vários discos para aumentar a carga de treino;

Body Step – Treino cardiovascular com utilização de STEP para aumentar

intensidade nos exercícios. Tem alguns momentos de treino localizado, mas é predominantemente para desenvolvimento das capacidades aeróbicas;

Made in Brasil – Treino de glúteos e pernas brasileiro em formato de 30

minutos! Muito localizado e focado nessas áreas do corpo, tonifica e fortalece os membros inferiores;

Spartans – Treino para o guerreiro urbano! Altamente funcional e muito

completo, este treino de alta intensidade desafia os limites de qualquer aspirante a atleta avançado;

Total Condition – É um treino que combina movimento de aeróbica, step e

ginástica localizada. Ajusta-se à condição física de cada participante;

X-celerate – Aula intensa de aeróbica de alto impacto. Muito simples de seguir e

altamente enérgica;

Freecycle – Ciclismo indoor, em que o instrutor procura simular os perfis de

terreno que existem no exterior, aumentando ou diminuindo carga para aumentar ou diminuir a cadência da pedalada;

Icycle – É um sistema de ciclismo indoor que contempla 4 níveis de intensidade,

ajustados à condição física de cada um;

Warrior – Aula de treino em sombra de artes marciais e desportos de combate.

Utiliza as várias técnicas para treinar o aparelho cardiovascular;

Boxe - Treino de pugilismo puro. Utilizam as técnicas e estratégias deste desporto de combate para melhorar a força, agilidade, resistência e coordenação;

Muay Thai - É um desporto de combate originário da Tailândia, conhecido pelo

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conhecida como "a arte das oito armas", pois carateriza-se pelo uso combinado de punhos;

Body Balance – Aula holística que mistura música com a prática de tai-chi, Yoga

e Pilates. Muito agradável e relaxante, se bem que em nalguns momentos desafiante para permitir aprendizagem e evolução;

Yoga – A tradicional prática deste método de treino de corpo, mente e espírito,

presente de forma adaptada aos estúdios de fitness;

Pilates – Exercícios mais focados em posturas mais equilibradas e estáveis, treinando o centro do corpo como base de todos os restantes movimentos;

Stretching - Aula de postura e alongamentos, baseada em técnicas e estratégias de treino de flexibilidade;

Zumba – Aula de dança com estilos maioritariamente latinos, muito divertida,

muito energética, altamente motivante pela sua simplicidade;

Abdominais Express - Treino rápido em grupo realizado no ginásio, adequado para reforçar a zona central do corpo, tanto abdominal como região;

4. Recursos humanos

O Holmes Place é uma instituição com uma estrutura profissional muito bem organizada. Todos os departamentos, quando têm alguma situação a reportar (acerca do seu departamento), fazem-no ao diretor do health club que é a figura principal deste clube. Depois do diretor, a instituição divide-se em 5 departamentos, sendo eles o duty

manager, que é quem trata principalmente da parte visual, o sales team leader, que

tratam das vendas comerciais, o wellness manager, que é o responsável pela sala de exercício, o group exercise leader, que é responsável pelas sessões de grupo e por fim o departamento de nutrição. Este HC é composto por cerca de 60 colaboradores, entre contratados e freelancer´s. Abaixo segue o organograma que corresponde à organização do HP.

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Figura 1:Organograma da Instituição Acolhedora

5. Recursos Espaciais e Materiais

5.1. Recursos espaciais

O HP 5 de outubro é constituído por três pisos, sendo que o primeiro piso, corresponde atualmente à sala de estar, ao bar, esplanada, serviço de nutrição, direção, departamento de vendas, departamento de aulas de grupo, treino personalizado e manutenção. Também corresponde à receção do clube.

O segundo piso correspondente ao -1 é constituído pela divisão de avaliação, onde se realizam as avaliações iniciais, o departamento de fisioterapia (recente no clube até à data), por dois estúdios destinados às aulas de grupo e pela sala de exercício, que se divide por 5 zonas distintas. Essas zonas são:

Diretor do clube Duty Manager Equipa Manutenção Receção Limpeza Conceção

Sales team leader Comerciais

Wellness Manager Personal Trainers Também existe o Member Interaction Estagiário Group Exercise

Leader Group Trainers

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- Treino funcional: zona com aparelhos da technogym e materiais designados para esse tipo de exercício e que permitem um grande raio de movimento durante a ação;

- Cardiovascular: zona composta pelos aparelhos technogym composto por passadeiras, elípticas, bicicletas step, entre outros. Deste modo não é necessário os sócios estarem à espera para poderem treinar;

- Musculação: zona composta pelos vários aparelhos estáticos da technogym e de cabos, sendo que há sempre dois aparelhos iguais para não haver interrupções durante o treino;

- Pesos livres: zona composta por barras, bancos, halteres, discos, de modo a complementar o treino dos sócios com outro tipo de materiais;

- Colchões: zona onde se realizam as aulas de abdominais e onde os PT´s realizam os alongamentos após uma sessão de treino personalizado;

O terceiro e último piso corresponde ao piso -2. Este constitui-se por dois balneários compostos por três zonas de cacifos, uma zona com espelhos (para lavar as mão, cara, desfazer barba, secar o cabelo, entre outros), casas de banho, zona para chuveiros e zona de banho turco. Fora dos balneários também existe uma piscina,

jacuzzi, sauna e departamento de estética.

5.2. Recursos materiais

Este HC tem uma variedade de recursos materiais, de forma a poder oferecer aos seus clientes uma maior variedade de exercícios e formas de organização de treino, que não implique a espera para utilizar materiais e aparelhos que necessitem. Este facto também permite que nas sessões de grupo, os clientes tenham sempre o material à sua disposição, sem que fiquem sem ele, quando podem haver imprevistos. A maioria dos aparelhos estáticos existentes são da marca Technogym, que é considerada uma das maiores produtoras de aparelhos de ginásio do mundo. (Ver anexo 2)

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6. Objetivos de estágio, área e fase de intervenção

6.1. Objetivos de estágio

Os objetivos apresentados nos pontos seguintes foram formulados de acordo com objetivos gerais e específicos. Estes objetivos visam melhorar nossas competências e capacidades para estarmos devidamente preparados para o mercado de trabalho e sabermos como lidar com as situações que se apresentam diariamente nos ginásios, área na qual realizei o estágio.

6.2. Objetivos gerais

Os objetivos gerais formulados no início do estágio foram:

- Saber ser e saber estar dentro de um ginásio de modo profissional;

- Adquirir e desenvolver competências de forma a responder aos desafios colocados pela vida real;

- Aperfeiçoar os atuais níveis de conhecimento através da investigação, de forma variada desde que cientificamente comprovados e se possível através de um domínio cada vez maior de novas tecnologias que suportem essa intervenção mais adequada;

- Ser autónomo, proactivo e autodidata nas ações tomadas, através da transmissão de conhecimentos por parte de profissionais qualificados;

6.3. Objetivos específicos

Neste ponto abordarei os objetivos específicos formulados atingidos durante o estágio que se consideram mais importantes tanto em sala de exercício como em sessões de grupo.

6.3.1. Sala de exercício

- Realizar avaliações individuais ao cliente;

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- Prescrever exercício físico de forma autónoma de acordo com as avaliações dos clientes e seus objetivos e suas limitações;

- Planear o treino modificando vários fatores como cargas, intensidades, etc.; - Saber como corrigir os exercícios, quando estes estão a ser mal executados por parte dos clientes;

- Abordar corretamente o cliente quando estamos numa sessão de exercício; - Saber como interagir com os clientes quando realizamos sessões individuais; - Adquirir conhecimento de novos e diferentes exercícios existentes em sala de exercício;

6.3.2. Sessões de grupo

- Participar nas diversas aulas de grupo existentes;

- Assimilar as metodologias utilizadas no ensino aos clientes;

- Saber como interagir antes, durante e após a sessão da aula de grupo; - Saber planear corretamente uma sessão de aula de grupo;

- Adquirir um vasto conhecimento de tipologias de aulas de grupo e seus exercícios específicos;

- Realizar sombra, coorientação ou orientação em sessões de aulas de grupo;

6.4. Área de intervenção

Neste ponto está explicito qual foi a área de intervenção em que me propus para o desenvolvimento do estágio ao longo do ano e os principais objetivos a serem alcançados durante o mesmo:

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Tabela 1:Área de intervenção durante o estágio

Sala de exercício

- Acompanhamento em sala de exercício; - Avaliação inicial do cliente;

- Avaliação da aptidão física; - Prescrição de exercício físico;

- Tarefas de gestão e organização da sala;

Aulas de grupo

- Observação, planeamento e lecionação de aulas de Zumba, de step, de localizada,

circuit training, de GAP, de cycling,

entre outras não patenteadas;

6.5. Fase de intervenção

Neste ponto está especificado as fases decorrentes do estágio e de como se realizou a progressão das mesmas, de forma a haver uma progressão contínua de aprendizagem, desde a adaptação e autonomia até à finalização do estágio e seu relatório.

Tabela 2:Fases da área de intervenção no local de estágio

Fase Objetivos Sala de exercício Objetivos Aulas de grupo Fase de adaptação

- Observar no mínimo 10 sessões de treino;

- Observar avaliações físicas;

- Observar a interação com os clientes;

- Apoio na sala de exercício;

-Observar no mínimo 8 sessões de grupo;

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Fase de intervenção

- Observar no mínimo 1 sessão de treino por mês;

- Realizar avaliações físicas a pelo menos 4 indivíduos distintos;

- Prescrever o treino de acordo com diversas avaliações físicas;

- Relatório das avaliações efetuadas, com proposta de prescrição e acompanhamento de resultados;

- Acompanhamento dos sócios na sala;

- Realizar intervenções pedagógicas em sessões de sala de exercício; - Planear e realizar atividades de promoção de saúde da comunidade e de promoção do ginásio;

- Participar em congressos,

seminários e ações de formação com a realização de relatórios;

- Realizar atas de reuniões com o coordenador e tutor de estágio;

- Observar pelo menos 1 sessão de grupo por mês;

-Sombra, coorientação ou orientação de sessões de grupo; -Realizar intervenções pedagógicas em sessões de grupo;

-Ministrar pelo menos 2 horas de sessões de grupo por semana; - Planear e realizar atividades de

promoção de saúde da

comunidade e de promoção do ginásio;

-Participar em congressos,

seminários e ações de formação com a realização de relatórios; - Realizar atas de reuniões com o coordenador e tutor de estágio;

Fase de conclusão

- Avaliar a relação entre os objetivos propostos e os objetivos atingidos; - Avaliar metodologias efetuadas e resultados das mesmas;

- Elaborar relatório de estágio e finalizar o dossier de estágio.

-Avaliar a relação entre os objetivos propostos e os objetivos atingidos;

-Avaliar as metodologias das diferentes sessões de grupo e objetivos a que se destinam; -Elaborar relatório de estágio e finalizar o dossier de estágio.

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7. Planeamento e calendarização

7.1. Horário de estágio

Neste ponto apresento o horário com as horas de estágio durante a semana a que me propus cumprir, estabelecido no início do estágio. Neste horário, devido a incompatibilidade foram realizados ajustes sem que estes comprometam o horário semanal dedicado ao estágio. O azul claro está representada a hora de estágio e a azul-escuro a hora de almoço.

Tabela 3:Primeiro horário do local de estágio

Horas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo

7h-8h 8h-9h 9h-10h 10h-11h 11h-12h 12h-13h 13h-14h 14h-15h 15h-16h 16h-17h 17h-18h 18h-19h 19h-20h 20h-21h 21h-22h 22h-23h

O horário inicial sofreu algumas alterações após o mês de fevereiro de modo a que a carga horária da unidade curricular não excedesse em demasia. Deste modo o horário após o mês de fevereiro foi o seguinte:

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Tabela 4:Segundo horário do local de estágio

Horas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo

7h-8h 8h-9h 9h-10h 10h-11h 11h-12h 12h-13h 13h-14h 14h-15h 15h-16h 16h-17h 17h-18h 18h-19h 19h-20h 20h-21h 21h-22h 22h-23h

Houve também alturas em que foi necessário ir ao local de estágio ao fim-de-semana para que pudesse ajudar em alguns eventos ou até mesmo para completar algumas tarefas solicitadas pelos tutores. Outro dos momentos em que o horário foi diferente do demonstrado foi durante a interrupção de natal e após as frequências em que permaneci mais do que os dois dias do horário semanal estendendo-se o estágio para os outros dias da semana.

7.2. Planeamento

Neste ponto demonstro quais foram as durações de cada fase, sendo que estas foram ligeiramente modificadas ao longo do tempo, devido a maior adaptação ao ginásio e conclusão de diversos objetivos por fase.

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Tabela 5:Duração das várias fases de estágio

Fase de adaptação Novembro – Dezembro

(2 Meses)

Fase de intervenção Janeiro – Maio

(5 Meses)

Fase de conclusão Junho

(1 Mês)

8. Atividades desenvolvidas

Ao longo do estágio, foram-me atribuídas tarefas de uma forma faseada para aumentar o grau de dedicação e empenho em cada uma delas. Estas seguiram-se pela seguinte ordem ao longo do tempo de estágio, sendo que algumas foram concretizadas simultaneamente:

- 10 Observações e respetivos relatórios de sessão de treino de diferentes PT´s nos primeiros dois meses de estágio;

- 8 Observações e respetivos relatórios de aulas de grupo de diferentes modalidades nos primeiros dois meses de estágio;

- Organização da mesa de fichas de treino;

- Reuniões com os vários departamentos existentes no clube;

- 10 Avaliações a membros ou pessoas relacionadas com o Holmes Place; - 5 Relatórios de observação de member interaction (MI);

- 5 Relatórios de observação de Abdominais Express e respetivos relatórios; - Ajuda na correção da forma como os exercidos são realizados por cada participante durante as aulas de Abdominais Express;

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- Orientação de aula Abdominais Express;

- Ajuda na preparação de eventos como o X-mas Party, Live Well Party, 11 anos

Holmes Place, 5 anos gémeos zumba;

- 1 Observação de treino de PT e de aula de grupo por mês; - Prescrição de treinos PT aos membros avaliados;

- Sombra de Member Interaction - Projeto de estágio;

- Relatórios de congressos;

Durante as próximas páginas vou apresentar mais detalhadamente os pontos acima referidos e de como se processaram as tarefas durantes as várias fases do estágio.

8.1. Observações de treino de PT

As observações iniciais aos treinos de PT foram uma ferramenta muito importante ao longo do meu desenvolvimento a nível comportamental em contexto de ginásio no momento em que nos relacionávamos com os sócios. Este é um momento em que o sócio tem ao seu dispor um elemento que o acompanha ao longo do tempo e durante essa sessão o PT não deve ser em momento algum distraído do seu trabalho, seja por algum colega ou por outro sócio (para este efeito existe o MI).

Durante estas avaliações foi possível observar a forma como os sócios eram abordados, desde o início da sessão (alguns no momento de entrada no ginásio) até aos cumprimentos finais. Estes, no momento do início da sessão, logo após o cumprimento inicial, tinham ao seu dispor um trabalho personalizado às características de cada um de forma individual. A presença do PT durante o treino do sócio, apesar de discreta, era audível para o mesmo. Este facto fazia com que não houvesse muita perturbação vindo dos restantes sócios e ainda assim o sócio pudesse realizar os exercícios sem se preocupar com a quantidade de repetições, pois tinha alguém a seu lado a ajudá-lo.

Outro dos aspetos mais importantes retirados nestas observações foi o facto de os PT´s estarem quase sempre nos mesmos locais quando se colocam junto aos

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ergómetros ou às máquinas de resistência estáticas, quando o sócio executa exercícios nestes locais. Até mesmo quando o sócio necessita de beber água, o PT segue-o e tem um local específico onde tem de estar, sem conversar com mais ninguém.

O último aspeto mais relevante mas também importante é a apresentação que tem dentro de um ginásio e antes de estarem com o sócio, em que estes tem de ter a sua barba sempre cortada ou aparada, as unhas sempre arranjadas, sempre penteados e sempre que puderem lavar os dentes antes de cada sessão. (Ver anexo 3)

8.2.

Observações e relatórios de aula de grupo

As observações das aulas de grupo foram para mim um ponto importante no início do estágio, pois quando iniciei o mesmo tinha uma perspetiva diferente da que encontrei quando cheguei ao HP. Durante as diferentes observações foi possível demonstrar o meu entusiamo com a quantidade de aulas de grupo diferentes que existia e mesmo assim, perceber que muitas mais faltavam para conseguir conhecê-las todas.

As observações começavam cerca de 5 minutos antes do início de cada aula, pois o instrutor chegava sempre esse tempo antes para colocar a música de entrada, abrir as portas aos clientes e receber as senhas de quem pretendia realizar a aula. Durante esta fase, o instrutor saudava sempre os clientes e agradecia a sua presença na aula. Outro dos momentos importantes durante a observação, era o facto de antes da aula começar o instrutor perguntava sempre se havia algum cliente novo e caso houvesse explicava como era o decorrer da aula.

Durante a aula era possível observar os instrutores sempre preocupados em motivar os clientes e em corrigir a postura dos clientes que realizavam mal os exercícios sempre dando algumas dicas de correção postural e sem comprometer a aula. Os instrutores durante as suas aulas, de modo a motivarem os clientes, saiam várias vezes do palco e juntavam-se aos clientes de modo a dar mais energia à aula.

No final de cada aula o instrutor era sempre o primeiro a dirigir-se para a porta de modo a cumprimentar e agradecer a presença dos clientes, pedindo por vezes o feedback dos clientes em relação à aula.

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Durante as aulas, os instrutores mantinham sempre um sorriso na cara mostravam-se sempre com boa disposição e sempre com uma boa forma física, mesmo que após a aula se sentissem esgotados. Eles também possuem algumas regras em termos de apresentação, sendo que apenas nas aulas de Zumba e Warrior os instrutores poderiam utilizar roupa mais alusiva a essa aula. Em todas as outras, os instrutores estavam equipados com roupa que patrocina do Holmes Place. (Ver anexo 4)

8.3. Observações de Member Interaction

O Member Interaction é o membro do clube que está sempre pronto a ajudar os sócios sempre que é necessário esclarecer alguma dúvida que o sócio tenha, realizar ajudas durante as execuções dos sócios, corrigir más posturas e exercícios quando mal executados, entre outros.

Durante estas observações foi necessário acompanhar em modo sombra o MI que estava de serviço (trocam de pessoal de hora a hora) e teria de relatar todos os acontecimentos ocorridos durante a sua hora enquanto MI.

Em todos os momentos foi possível observar uma boa postura por parte do MI, em que este não podia permanecer sempre parado no mesmo local e a posição das mãos não podia estar nem à frente, nem atrás junta, pois podia significar um sinal de superioridade ou então de retração aquando de um pedido por parte do cliente. Também relativo à postura, foi possível observar que o MI não podia cruzar os pés nem encostar-se a qualquer superfície. Durante a obencostar-servação foi possível obencostar-servar que todos aqueles que estavam de MI arrumavam sempre qualquer material que estava solto, incluindo a arrumação da sala quando havia bancos fora do local e até virar os colchões da zona de abdominais, de modo a que o nome Holmes Place ficasse sempre virado para o corredor desta zona.

Noutros momentos da observação, relatei que em raras exceções, o MI estava mais do que o tempo indicado (3 minutos) à conversa com o sócio, deste modo a sua postura como MI estava fora do contexto metodológico do HP. Um último ponto importante relativo às observações foram o facto de a cada meia hora o MI tinha de realizar a contagem da sala e sempre que chegava perto da metade da sua hora, o MI ia

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perguntar aos sócios se pretendiam comparecer à aula de abdominais e durante 15 minutos tinham essa mesma aula. (Ver anexo 5)

8.4. Observações de Abdominais Express

A hora do Abdominais Express (AE) é um momento em que o MI se desloca à zona destacada para a realização da aula de abdominais, de forma a trabalhar esta zona do corpo. Esta aula existe, porque além de permitir que os sócios trabalhem uma zona do corpo que normalmente não fazem.

Esta aula de abdominais está dividida em três fases, sendo elas o cumprimento inicial, a parte fundamental, e por fim os agradecimentos e as despedidas. Durante o cumprimento inicial, o MI apresenta-se ao grupo e pergunta aos sócios o seu nome, para que durante as correções possa utilizar os nomes próprios. Durante a parte fundamental o MI dava a sua aula, explicando os exercícios em primeiro lugar a depois prescrevendo da maneira desejada, mantendo a ordem dos abdominais. Esta parte estava dividida em 5 fases, sendo elas a ativação funcional, os movimentos básico (crunch), exercícios estáticos (prancha), exercícios rotativos (side crunch) e exercícios atléticos (mountain

climbers), sendo estes mais complexos.

Os instrutores mantinham sempre uma voz firme mas agradável realizando vários feedbacks sendo eles prescritivos ao pretenderem corrigir a postura dos clientes e positivos, de modo a motivarem os clientes a continuarem a esforçar-se no exercício.

No final da aula agradecia sempre a presença dos sócios na sua aula e pedia sempre uma salva de palmas em forma de recompensa por terem conseguido realizar a respetiva aula.

8.5. Observação de treino e aula de grupo mensal

Após a primeira fase de observações de treinos de PT e aulas de grupo, foi necessário realizar a observação mensal de cada uma das modalidades (PT e aulas de grupo). Esta tarefa permitiu continuar a adquirir os conhecimentos transmitidos pelos meus colegas durante a realização dos seus treinos e aulas.

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Estas observações tinham o mesmo caráter das primeira, sendo que com o desenvolvimento do estágio, o tempo despendido para as mesmas foi mais reduzido, pelo que não foi possível realizar mais observações.

8.6. Organização das fichas de treino

Durante algum tempo, foi necessário ajudar alguns colegas a organizar as suas fichas de treino pois estes raramente estavam presentes no ginásio e para uma melhor compreensão foi necessário ajudar a organizar as suas fichas de treino. Esta organização ocorreu devido a ordens diretivas que alteraram em todos os clubes a forma de organização das fichas. Estas tinham de ser organizadas por PT e cada uma deveria ser dividida em géneros e por ordem alfabética.

Como alguns dos meus colegas não organizavam as suas fichas há muito tempo, foi necessário ir ao sistema interno perceber quais os clientes que ainda treinavam no ginásio e quais os que já não treinavam, sendo que no caso dos segundos, a sua ficha era colocada no lixo.

Esta tarefa permitiu perceber de que forma se pode ajudar a organizar um ginásio na medida em que não confundíamos os sócios na procura do seu plano de treino sendo desta forma mais fácil encontrar a respetiva ficha e aproveitar melhor o seu tempo de treino.

8.7. Avaliações físicas

Numa fase um pouco mais adiantada do estágio foi necessário realizar 10 avaliações físicas a staff do HP de modo a aprender como se processava toda a envolvência no momento em que o PT estava com o cliente, enquanto segundo momento de contacto.

Neste ponto eu realizava as avaliações, de acordo com as avaliações que os PT´s realizavam, de modo a assemelhar-se ao máximo com a realidade que acontece diariamente no ginásio.

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Nos primeiros momentos da avaliação o contacto com o cliente deve ser de cariz mais descontraído, ou seja, calmamente fazer com que se sinta à vontade ao falar com o PT. Após as apresentações, tive de fazer 6 questões aos avaliados, de modo a perceber quais as razões e motivações que fizeram o cliente se inscrever no ginásio. Essas questões eram:

- O que a fez inscrever-se?

- Quais são os seus objetivos em termos de saúde e forma física especificamente? - Qual a importância deles para si? (0 a 10)

- Para que os quer atingir? (Motivação)

- Em quanto tempo quer chegar aos seus objetivos?

- O que acha que tem de fazer para alcançar os seus objetivos?

Este inquérito situa-se a meio da ficha de avaliação, mas pode ser entendida como uma primeira parte, pois é um momento em que o PT e o cliente têm uma

conversa mais aprofundada cerca dos objetivos reais a alcançar e de estratégias

adequadas para os realizar.

Após esta primeira conversa, é necessário realizar uma avaliação que envolva uma série de medições que ajudem a determinar o nível de saúde e condição física do sócio. Segundo a NASM (2012) uma vez que a base de saúde e condição física do cliente esteja determinada, os PT´s podem recomendar os exercícios mais apropriados para esse cliente. De acordo com a NASM (2012), existem linhas orientadoras do que um profissional de saúde deve ou não fazer na presença de um cliente. Essas linhas orientadoras seguem-se na seguinte tabela:

Tabela 6:Linhas Orientadores para profissionais de saúde ou fitness de acordo com a NASM (2012)

Não deve fazer Deve fazer

- Diagnosticar condições médicas; -Obter linhas orientadoras de exercício

ou saúde de um físico, fisioterapeuta ou de um dietista registado;

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prescrição física para patologias médicas; -Explicar aos clientes as limitações de exercício;

-Identificar potenciais fatores de risco aos clientes, através de procedimentos de testes;

-Entregar o cliente que experienciou muita dificuldade, dor ou outros sintomas a um profissional de saúde;

- Prescrever tratamento; -Desenhar um programa de treino

individualizado, sistemático e progressivo;

-Encaminhar o cliente a um médico prático para uma prescrição médica do exercício;

- Prescrever dieta; -Providenciar o cliente informação geral

sobre dieta saudável, de acordo com a pirâmide alimentar;

-Encaminhar o cliente a um dietista profissional ou nutricionista para um plano de dieta específica;

- Providenciar tratamento para qualquer tipo de lesão ou doença;

-Encaminhar o cliente a um médico profissional para o tratamento de lesão ou doença;

-Usar o exercício para melhorar a condição física geral do cliente;

-Ajudar o cliente a seguir as indicações médicas de um físico ou fisioterapeuta; - Providenciar serviços de reabilitação

aos clientes;

-Desenhar programas de treino aos clientes após terminarem o programa de reabilitação;

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reabilitação; -Providenciar serviços de aconselhamento aos clientes;

-Agir como um treinador para com o cliente;

-Providenciar informação geral;

-Entregar o cliente a um conselheiro ou fisioterapeuta profissional.

Após ter presente quais os seus direitos e deveres, o instrutor deverá realizar o inquérito PAR-Q e perceber se o sócio, antes de iniciar o treino, necessita de consultar um médico por ter respondido a alguma questão que sim, ou se pode iniciar de imediato o treino. Este inquérito não consta na ficha de avaliação física inicial, sendo que deveria ser importante a sua presença. O inquérito presente na ficha de avaliação inicial é o questionário de doenças artéria-coronárias, de modo a perceber quais os fatores que o cliente pode ou não ter antes de iniciar o seu programa de treino. São apresentados na seguinte tabela os fatores positivos de risco coronário segundo a NSCA (2011):

Tabela 7:Fatores de risco de doença coronária

Fator de risco Positivo Critério

1. Idade Homem ≥ 45 anos; Mulher ≥ 55 anos

2. Histórico familiar Morte cardíaca antes dos 55 anos se for

pai ou parente masculino de primeiro grau ou antes dos 65 anos se for mãe ou parente feminino de primeiro grau;

3. Fumador Fumador ativo; Exposto a um ambiente

de fumo; Se deixou de fumar à menos de 6 meses;

4. Hipertensão Volume sistólico ≥ 140mmHg ou volume

diastólico ≥ 90 mmHg; se estiver a tomar medicação contra hipertensão;

5. Colesterol HDL-C <40 mg.dl-1 ou LDL-C ≥130

mg.dl-1; se estiver a tomar medicação

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200 mg.dl-1;

6. Pré-diabetes Glucose em jejum ≥100mg.dl-1;

7. Obesidade IMC≥30 kg/m2; perímetro da cintura

>102 cm se homem ou >88 cm se mulher;

8. Estilo de vida Se não realiza as recomendações de 30

minutos diários de atividade física moderada em pelo menos 3 dias da semana.

Fator de risco negativo

Alto HDL-C HDL-C ≥ 60 mg.dl-1.

De acordo com as respostas dos clientes, deve-se utilizar a estratificação de risco apresentada pelo NASM (2012):

Tabela 8:Estratificação de risco

Nível de risco Número de fatores

Risco Baixo Não apresentam sintomas de doença

cardiovascular, pulmonar ou metabólica ou ≤ 1 fator de risco de doença cardiovascular;

Risco Médio Não apresentam sintomas de doença

cardiovascular, pulmonar ou metabólica mas apresentam ≥2 fatores de risco de doença cardiovascular;

Risco alto Apresentam um ou mais sintomas de

doença cardiovascular, pulmonar ou metabólica.

Após esta estratificação de riscos, verificar que existem condições seguras para continuar a avaliação e perceber que o cliente pode começar a inserir-se no clube com segurança, o instrutor pergunta em que dias o cliente deseja treinar e em função das suas

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respostas, analisa quais os dias a ser realizado e o tipo de treino que o cliente deve realizar em função do seu objetivo.

Após algum tempo, é realizada uma sessão de treino ao cliente sobre o plano que irá realizar, de modo a compreender os aparelhos, os exercícios e toda uma forma que permitirá ao sócio adequar o treino e melhorar a sua condição física de dia para dia. (Ver anexo 6)

8.8. Prescrição de treinos PT a Staff

No último mês de estágio foi necessário realizar os treinos prescritos nas avaliações físicas realizadas ao staff para que culminasse com a minha aprendizagem no

Holmes Place.

Estas prescrições tinham alguns princípios a serem cumpridos para que a aula decorresse da melhor maneira e também tinham de ter os critérios impostos pelo HP no que correspondia ao tempo de aula, mantendo sempre as três fases do treino, sendo elas a ativação funcional, a parte fundamental e os alongamentos estáticos finais.

Estas avaliações tinham como base as recomendações para o exercício físico do ACSM e NASM. Em todos os treinos era necessário ter alguns princípios básicos a aplicar durante as prescrições de treino. Esses princípios tinham relação com a capacidade aeróbica, a força muscular (pode ser de resistência, de potência ou carga) e a flexibilidade e eram a base de todos os treinos a aplicar, sendo que era possível adicionar e modificar os tipos de treino a cada cliente em função dos seus objetivos. Para estes é necessário ter em conta os princípios da individualidade que indicam que cada praticante reage e adapta-se de forma diferente a um exercício ou sequência de exercícios de treino semelhantes (Castelo, 1998). Também de acordo com a NASM (2012) o princípio da adaptação específica ao exercício imposto (AEEI) afirma que o corpo irá adaptar-se especificamente ao tipo de exigência aplicado sobre ele. Quando aplicada a qualquer treino, deve-se relembrar que o princípio da AEEI poderá estimular os vários tecidos existentes no corpo humano de forma diferente e por isso deve ser utilizado apropriadamente.

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De acordo com a ACSM (2013) desenvolver um programa de treino para aumentar a capacidade aeróbia tem caraterísticas semelhantes a outras modalidades. A manipulação da seleção de exercício, intensidades, volume, tempo de descanso e frequência podem atingir objetivos específicos no treino aeróbio. Para a NASM (2012) uma boa capacidade cardiorrespiratória é uma importante vitalidade para a saúde e bem-estar como a capacidade de realizar as atividades da vida diária sem haver uma fadiga excessiva. Durante a prescrição de exercícios cardiovasculares, é necessário ter em conta o fator de treino FITTE., apresentado na tabela seguinte:

Tabela 9:Fatores FITTE do exercício cardiorrespiratório NASM (2012)

F Frequência Número de sessões de treino num determinado período

(normalmente semanal). Para uma saúde geral, as recomendações de atividade são preferencialmente diária. Para melhorias físicas devem ser realizadas 3 a 5 vezes por semana em intensidades vigorosas.

I Intensidade Nível de exigência física que uma determinada atividade

estimula no corpo. Aplicado ao exercício cardiovascular existem várias formas de medir a intensidade, sendo elas a frequência cardíaca, VO2máx (consumo máximo de oxigénio), entre outros.

T Tempo Refere-se ao tempo exercido em minutos à duração da sessão

de treino. Para obter benefícios de saúde, os adultos devem acumular 2 horas e 30 minutos de atividade aeróbia em intensidades moderadas por semana.

T Tipo Refere-se ao tipo de atividade selecionada, sendo que

existem três critérios para que um exercício se considere aeróbio, que são ritmo, uso de grandes grupos musculares e ser contínuo.

E Divertimento

(Enjoyment)

Refere-se à quantidade de prazer colocada no treino. Infelizmente este é um aspeto que não é tido em consideração, no entanto o rácio de aderência diminui,

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quando um exercício é utilizado antes de perceber quais os gostos do cliente.

Após analisados os fatores a ter em conta no treino cardiovascular, é necessário aplicar o treino de força, para um melhor desenvolvimento muscular. De acordo com a NASM (2012) existem cinco conceitos de adaptação no treino de força que são necessários saber, quando se aplica a prescrição de treino, de acordo com os objetivos do cliente. Esses cinco conceitos são:

- Estabilização – Capacidade do sistema de movimento humano em promover uma ótima dinâmica das articulações de suporte de modo a manter uma correta postura durante a realização de movimentos. Por outras palavras, estabilizar é ativar de forma adequada os músculos corretos, com uma adequada produção de força no plano de movimento;

- Resistência muscular – Capacidade de produzir e manter uma força prolongada no tempo. Aumentar a resistência muscular ajuda a aumentar a estabilização do core e articulações que são as bases para outros tipos de treino de força;

- Hipertrofia muscular – É o aumento da área transversal de um músculo em resposta ao nível de recrutamento e tensão muscular. É também caraterizada pelo aumento de miofilamentos existentes nas fibras musculares;

- Força – Capacidade do sistema neuromuscular de produzir uma tensão interna para ultrapassar uma força externa. O grau da tensão interna produzida é o resultado das adaptações de força;

- Potência – Habilidade do sistema neuromuscular produzir a maior quantidade de força num curto espaço de tempo. Esta é representada pela multiplicação da força com a velocidade.

De acordo com os vários conceitos, é necessário também ter em conta os vários sistemas de treino de modo a aplicar uma melhor individualização do treino correspondente aos objetivos do cliente. Esses vários sistemas encontram-se na seguinte tabela:

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Tabela 10:Sistemas de treino de força (NASM, 2012)

Tipo Definição

Single-set Realização de uma série por cada exercício;

Multiple-set Realização de um múltiplo número de séries por cada exercício;

Pyramide Aumentar ou diminuir a carga por cada série;

Superset Realização de dois exercícios numa rápida sucessão com o mínimo descanso;

Drop-Set Realização da série até à falha e depois remover a carga para uma percentagem menor e continuar a série;

Circuit training Realização de vários exercícios, uns atrás de outros, com o mínimo descanso;

Peripheral heart section Variante do circuit training que utiliza diferentes exercícios (parte superior e parte inferior) por cada sério através do circuito;

Split-routine Treino que utiliza diferentes zonas corporais em dias alternados;

Vertical loading Realização dos exercícios no plano, de forma consecutiva, de maneira vertical no plano;

Horizontal loading Realização de todas as séries de cada exercício antes de mudar para o próximo.

Por fim, no que concerne ao modelo de treino a aplicar, é necessário finalizar o treino com a flexibilidade do cliente. Esta é realizada através de alongamentos assistidos.

Segundo a ACSM (2013) a flexibilidade é a medição do ROM (amplitude de movimento articular) sem lesão e é uma componente física muito importante relacionada com a saúde.

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- Flexibilidade estática – Consiste em fixar a posição da articulação com um certo nível de desconforto entre 15 a 20 segundos. Este tipo de flexibilidade é muito eficaz com o objetivo de aumentar o ROM, mas é mais produtivo pós-exercício, quando o objetivo é aumentar a flexibilidade;

- Flexibilidade dinâmica – Envolve movimentar ativamente a articulação ao longo da sua amplitude de movimento disponível até aos últimos graus, sem relaxar ou fixar a posição articular. Esta flexibilidade é de natureza funcional e tenta replicar os movimentos específicos dos desportos. Estes exercícios são realizados com repetições no lugar, ou em séries através de uma distância e a sua progressão deverá ser de leve, aumentando gradualmente a intensidade do movimento;

- Flexibilidade facilitadora de proprioceção neuromuscular (PNF) – Este sistema de flexibilidade combina os movimentos de contração concêntrica, excêntrica, isométrica e flexibilidade passiva. O objetivo fisiológico deste tipo de flexibilidade é causar relaxação através da inibição do músculo agonista de modo a facilitar um aumento da amplitude do movimento articular.

Como no HP a flexibilidade é assistida, a mais praticada durante o final da sessão é a flexibilidade estática.

Tendo em conta todos estes factores acima descritos e de acordo com a avaliação física realizada, foi necessário criar uma prescrição de treino ao cliente de modo a obter um melhor planeamento do seu treino. Essa prescrição teria de ter as três componentes de treino (treino cardiovascular, treino de força, treino de flexibilidade), de modo a que o cliente pudesse treinar as três principais categorias da condição física e tivesse um treino mais completo. (Ver anexo 7).

8.9. Sombra de Member Interaction

Esta foi a tarefa que decorreu durante mais tempo ao longo do estágio, pois quando não tinha tarefas a realizar, teria de exercer sombra de MI de forma a compreender como se processava este trabalho de MI e de forma a conhecer melhor os clientes existentes ao falar com eles durante os 3 minutos necessários ou corrigindo posturas.

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Durante esta tarefa eu teria de seguir o MI presente e teria de realizar as mesmas tarefas que ele, interagindo com as mesmas pessoas que o MI interagia e ajudando-o no que fosse preciso.

Ainda houve alturas em que durante a realização de sombra, foi pedido que em vez de ser o MI a realizar a volta pela sala de exercício fosse eu a realizar, de modo a que interagisse mais com os sócios e percebesse quais as suas motivações e objetivos de treino no HP. Esta tarefa permitiu-me ganhar mais alguma autonomia no que respeitava à interação dos clientes e essa mesma tarefa fez com que alguns sócios já me conhecessem melhor e sabiam que estava lá para os ajudar em qualquer momento que fosse necessário. Também fez com que conhecesse alguns do sócios que treinavam no HP há mais tempo e que eram mais carismáticos no que ao treino e socialização dizem respeito.

8.10. Ajuda na correção das aulas de Abdominais Express

Esta tarefa decorreu logo após ter realizado e entregue os relatórios de observação das aulas de abdominais. Esta foi uma das principais tarefas no contacto com os clientes, pois além de ir ajudando em alguns exercícios dos clientes fora desta aula, foi neste aspeto que tive mais impacto e com maior contacto.

Esta ajuda iniciava imediatamente antes da aula, onde ajudava o MI a chamar os clientes a participarem na aula. Após esse momento e com a presença de todos os clientes que pretendiam realizar a aula, o MI apresentava-se e perguntava o nome dos clientes e de seguida eu apresentava-me e dizia que iria estar lá também para ajudar na correção dos abdominais.

Durante o decorrer da aula, eu e o MI íamos trocando a nossa localização para que pudesse corrigir outros clientes e também devido à projeção do MI. Sempre que era observável que um cliente estava a realizar o exercício de forma incorreta, o instrutor que estava mais próximo aproximava-se e ajudava na correção, através de palpações para que o cliente percebesse o que estava a executar mal, ou então a dar níveis diferentes para o mesmo exercício.

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No final da aula o MI agradecia a presença dos clientes em nome do próprio e em meu nome e a aula concluía-se com a salva de palmas referida num ponto anterior.

8.11. Orientação de Abdominais Express

Numa fase final do estágio foi necessário ministrar uma aula de Abdominais

Express, de forma a evoluir no que dizia respeito à condução de uma aula com vários

sócios e que fosse possível analisar possíveis erros posturais e corrigi-los, procurando também dar uma aula desafiante aos sócios, de modo a que no final da aula gostassem de a terem realizado e sentissem que tivesse trabalhado a zona corporal desejada.

A aula, como referenciada nos pontos atrás, é composta por tês fases (apresentação, parte fundamental e despedida), que foi a forma de abordagem à aula que ministrei. Apresentei-me, perguntei o nome dos clientes e prosseguimos a aula. Na parte fundamental, também foi necessário seguir as regras da aula de AE, pelo que dividi a aula em 5 partes, sendo que cada parte era composta por três exercícios de 45 segundo de trabalho e 15 segundos de descanso. Em cada intervalo de descanso, era necessário abordar o sócio perguntando se estava tudo bem e ensinando os exercícios seguintes a realizar, demonstrando também níveis de dificuldade, de modo a que o exercício se adaptasse aos sócios.

Durante a aula foi visível algum nervosismo, devido a ter sido a primeira aula a ser ministrada e de acordo com alguns feedback´s recebidos por parte do MI que estava de serviço e me foi ajudando fui aumentando o nível de feedback´s a dar aos clientes e a aumentar a minha projeção de voz.

Após a conclusão da aula agradeci a presença de todos o sócios e desejei um resto de bom treino perguntando a alguns clientes qual a opinião acerca da aula, tendo recebido feedback´s positivos tanto por parte dos mesmos, como do MI que me ajudou a aumentar a confiança no decorrer da aula.

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8.12. Reuniões com os vários departamentos

Esta foi também uma das primeiras tarefas a realizar durante o estágio. Esta serviu para que ficasse a conhecer como estava dividido o HP e de como estava organizado este HC. Este, como apresentado na contextualização do local de estágio, está dividido em 5 divisões mais o diretor do clube. No entanto as reuniões com os vários departamentos foram apenas 3, que foram o Duty Manager, Wellness Manager e

Group Leader. As outras não foram realizadas, porque a reunião com a divisão de

nutrição não era necessária, a Sales Manager ia embora do ginásio e não foi possível agendar uma reunião com a mesma e a reunião com o Diretor do clube não ocorreu devido a indisponibilidade do próprio aquando da necessidade de realizar as reuniões.

Estas reuniões serviram para que compreendesse o funcionamento do ginásio de uma visão mais interior, entender como funcionava o mundo dos negócios no ginásio e como se processava uma grande envolvência do mesmo no que toca à arrumação, manutenção, situações várias com os clientes com prováveis problemas, entre outros. Também serviu para compreender o mundo do negócio dentro do ginásio em si, com a presença dos PT’s e a forma de conseguirem clientes e desta forma atingirem os seus objetivos mensais e posteriormente anuais. A última reunião mas não menos importante esteve relacionado com o departamento das aulas de grupo em que nesta reunião foi possível ter acesso a informação acerca de um maior leque de aulas existentes, pois não se restringia apenas às aulas do meu local de estágio, mas também a outros Holmes

Places. Foi também percetível de como era necessário proceder para que pudesse

realizar as formações Holmes Place e desta forma iniciar nas aulas de grupo do ginásio.

8.13. Projeto de estágio

Durante o estágio foi necessário apresentar uma proposta de projeto para que promovesse o local de estágio, em termos financeiros ou de transmissão de conhecimentos ao público.

O meu projeto incidia numa atividade de cariz mais familiar em que promovesse o contacto dos sócios com os familiares na promoção do exercício físico de forma mais envolvente entre as várias gerações familiares.

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Os objetivos principais desta atividade eram poder envolver toda a comunidade profissional do HP com os seus sócios e familiares de modo a demonstrar como é que os mesmos se sentiam dentro do clube e de que forma eram tratados, pelo que podia ser uma mais-valia no momento de inscrever um possível novo sócio com a apresentação do clube e forma de tratar os sócios.

Como esta era uma atividade mais familiar, teria de ser adaptada às caraterísticas dos convidados e o previsto seria realizar diversas aulas de grupo, em que a família fosse envolvida como por exemplo competições físicas entre sócios e seus familiares e tornar as aulas mais agradáveis de modo a atrair possíveis novos sócios a inscreverem-se no clube.

Esta atividade foi recebida por parte do diretor do clube com bom agrado, mas a escolha da data (7-04-2015) não me permitia estar presente e após essa data não se conseguiu encaixar o evento devido a outros eventos e deste modo não foi possível realizar este evento. (Ver anexo 8)

8.14. Congressos envolvidos

Durante o ano letivo, foi também importante a participação em formações e congressos, de forma a aumentar os conhecimentos científicos por nós pretendidos para o nosso desenvolvimento. Posto isto, eu inscrevi-me em dois congressos importantes a nível nacional que estiveram presentes no IPG. Um dos congressos foi o Congresso Nacional da Sociedade Científica de Pedagogia e o outro foi o Research Center in

Sports Science, Health Human Development.

Em ambos foi necessário realizar o relatório de uma das palestras relativas a cada um dos congressos. No primeiro realizei o relatório em relação à palestra apresentada pela professora Susana Franco com o tema “Formação e Qualificações dos Profissionais de Fitness”. No segundo o relatório foi referente à apresentação do professor José Augusto dos Santos, com o tema “Nutrition for health; Nutrition for

sports”.

Quanto ao primeiro, a escolha foi realizada uma vez que o tema respeito à área desportiva que escolhi e porque era pertinente saber quais eram, de modo geral, as

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formações e as qualificações que os futuros colegas têm e de que modo esse facto pode ou não influenciar o desempenho profissional. Quando comparado com as formações dos meus colegas no estágio, todos eles tinham como formação a licenciatura em desporto ou na área do desporto. Esse facto fez com que a minha aprendizagem fosse melhor, quando comparado com colegas que estagiavam com alguém que tinha a cédula profissional derivada de formações.

A escolha do segundo deveu-se ao facto de ser uma área do meu interesse pessoal, pelo que se veio a verificar uma escolha importante, pois foi possível adquirir alguns conhecimentos a nível de nutrição que não eram sabidos em relação ao treino e à especificidade de modalidades. Foi possível aprender que existem muitos exageros ao nível do treino e principalmente muitos mitos que devem ser eliminados com apoio na investigação científica, de modo a promover uma alimentação desportiva saudável sem ser necessário provocar agressões e danos irreversíveis nos sistemas digestivo, neuronal, urinário e hormonal, mesmo após o abandono dessas modalidades.

8.15. Participação em eventos

Durante o meu estágio, houve inúmeros eventos que decorreram no Holmes

Place, sem que pudesse comparecer em todos, devido a indisponibilidade por estar em

horário escolar. No entanto houve 4 eventos em que pude comparecer e ajudar a equipa durante a preparação dos mesmos. Esses eventos foram o Live Well Party, onde são apresentadas as novas coreografias aos sócios, o X-Mas Party onde numa hora realizou-se uma mescla de aulas de grupo, o aniversário Gémeos Zumba em que houve uma aula de Zumba com duração de duas horas e com uma animação diferente e por fim, os 11 anos Holmes Place, em que houve uma festa simples a comemorar o nascimento do ginásio.

Vários foram as tarefas incutidas de forma a estar integrado na equipa no papel de ajudante durante os eventos. Algumas tarefas foram o chamar sócios para realizarem testes de condição física geral para podermos observar que eram o mais apto dos que treinavam, ajuda na montagem das mesas para os lanches e jantares que iriam decorrer após as aulas envolvidas nos eventos, ajudar a manter uma boa organização no ginásio