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Academic year: 2021

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TÍTULO: A IMAGEM DO PAI E O REFLEXO NA AUTOESTIMA DA CRIANÇA

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

ÁREA:

SUBÁREA: PEDAGOGIA

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): DANIEL TERENTIN BASEGGIO

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ELZA PEREIRA PONTES RIBEIRO, SIMONE PENTEADO SILVA DE JESUS

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ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.

Faculdade Anhanguera de Santo André

PRÉ PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIC

A imagem do pai e o reflexo na autoestima da criança

Daniel Terentin Baseggio

Santo André

2012

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RESUMO:

O presente trabalho traz uma abordagem psicanalítica da importância da imagem paterna no desenvolvimento da criança, desde seu nascimento até a sua ida à escola. Em contraste com essa reflexão, de outro lado, há a impossibilidade de se pensar em um modelo único de família, pois há uma diversidade de estruturas familiares cada uma com sua realidade. Além de apontar a formação individual infantil, respeitando a pluralidade de estruturas familiares, consideraremos a imagem do pai, onde suas carências podem influenciar diretamente na autoestima da criança, podendo acarretar num problema de aprendizagem e afetivo.

PALAVRAS CHAVE:

Desenvolvimento infantil; imagem paterna; psicanálise; autoestima; aprendizado.

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INTRODUÇÃO

A família, como sabemos, é o agente primário da sociabilização da criança e é a responsável por todas as significações que ela irá fazer no decorrer de sua vida, desde a compreensão de seu próprio corpo até a apreensão do conhecimento curricular. A família está incumbida de preparar aquela criança, seja afetivamente, emocionalmente e cognitivamente, antes dela iniciar seu percurso escolar; assim, quando ocorre qualquer abalo na estrutura familiar, que é a sua primeira base, irá produzir um efeito em todos os aspectos da vida da sua vida.

Atualmente não há como afirmar um padrão para a família. A queda da hierarquia paterna, as crises econômicas (que levaram as mulheres a muitas vezes chefiar a casa) e até mesmo a crescente igualdade entre os sexos, aponta que o antigo padrão familiar foi reestruturado, e o que antes era um núcleo familiar – a família padrão, chefiada pela presença paterna onde o homem detinha todos os poderes e decisões – agora passou a ser uma rede familiar – a chefia feminina da casa e a ausência da figura paterna deu lugar a outros membros da família que auxiliam com a casa e com os cuidados com as crianças. Assim afirma a socióloga Luiza Carvalho:

O conceito de famílias conjugais e nucleares, chefiadas pelo provedor masculino, é, portanto, uma construção duplamente problemática para inúmeras sociedades, bem para o Brasil (...). Domicílios podem ser chefiados por uma ou mais pessoas, homens ou mulheres, e abrigar uma ou mais famílias, além de parentes e não parentes. (CARVALHO, 1998, p.77)

Dessa forma, sendo impossível adotar um padrão para analisarmos as famílias, nos limitaremos sobre aquelas onde a presença paterna não é atestada. A grande preocupação se dá na seguinte pergunta: como a imagem do pai, ou melhor, a falta da imagem paterna, desestrutura a formação dessa criança, uma vez que é essa imagem a responsável pela formação do “eu” e pelas cadeias de significantes que ela começa a fazer? Até que ponto a fragilidade da relação paterna pode interferir no processo de formação do indivíduo, que não tem culpa nenhuma pela carência na qual está submetida?

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4 A imagem paterna é essencial para que essa criança estabeleça um vínculo concreto com o mundo, pois é pela imagem do Outro, após conhecer a sua própria, que ela irá efetivar seus desejos e objetivos. De acordo com a teoria psicanalítica, o complexo de Édipo é responsável pelo início de uma fase em que a criança começará a aplicar significado àquilo que ela conhece, por isso, qualquer fato que desequilibre o a internalização acarreta num desequilíbrio na própria formação desse pequeno indivíduo; como afirma o psicanalista Jacques Lacan:

O complexo de Édipo revela-se, na experiência, não apenas capaz de provocar por suas incidências atípicas todos os efeitos somáticos de histeria, mas também de constituir normalmente o sentimento de realidade. (LACAN, 1998, p.183).

A presença paterna é fundamental para o inicio de um estágio em que a criança começará a apreender o significado das coisas, assim como atribuir um significado para as relações com o Outro; assim, a reflexão psicanalítica do chamado “Nome do Pai” apontará que é ela a responsável pela aquisição da linguagem. Após a demanda da relação materna, a figura do pai surge como um marco em que a criança conceberá significado às coisas que a cercam. Por isso, iremos buscar na psicanálise entender o papel dos pais na formação individual antes dele avançar em sua vivência, ampliando seu campo afetivo da casa para a escola.

Na medida em que há um desequilíbrio na estrutura familiar, seja por brigas e/ou separações dos pais, a criança passa a internalizar esse problema afetivo que passa em casa e manifestar em todos os campos de sua vivência, seja na escola ou mesmo na própria formação de sua subjetividade. A partir de uma carência – neste caso na debilidade de uma figura paterna estável – a possibilidade de decorrer um problema de autoestima e de aprendizado é considerável, uma vez que esse ser não desenvolveu completamente suas funções simbólicas e, na maioria das vezes, desenvolve um problema afetivo que pode interferir em seu próprio desenvolvimento, principalmente quando nos referimos ao campo da aprendizagem.

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OBJETIVOS

O presente trabalho tem o objetivo de aproximar a reflexão psicanalítica da questão pedagógica do problema de aprendizagem, voltadas para aquela realidade familiar onde a presença paterna não se constituiu, ou ela é fragilizada. Mostraremos, por meio da psicanálise, como a imagem materna e a paterna são responsáveis pela constituição da criança, e como qualquer incidência na fase de constituição do “eu” pode promover efeitos adversos. Refletiremos sobre os efeitos de uma carência na figura paterna voltada para a formação individual da criança, tendo em vista que esse jovem poderá apresentar problemas em sua autoestima e, consequentemente, em seu aprendizado.

É atestado que crianças que convivem num lar desiquilibrado, onde a presença paterna é nula ou até mesmo inexistente, permitem maior probabilidade de surtir num problema em sua formação; por isso, o esse projeto irá refletir nas diversas realidades familiares focando-se na figura dos pais e, principalmente na falta da figura paterna, levando em consideração que a fragilidade nas relações afetivas familiares pode ocasionar um futuro problema na socialização da criança.

METODOLOGIA

O projeto irá dispor de variadas consultas a autores, no qual auxiliará na formação da ideia central, e no desenvolvimento do trabalho, a reflexão será feita a partir das leituras de teóricos e comentadores, psicanalistas, psicólogos e sociólogos, que dialogam acerca da realidade familiar e o desenvolvimento individual. As pesquisas irão fornecer bases sólidas para que o projeto apresente um conteúdo rico em informações, passando maior confiabilidade no diálogo com os autores, apontando claramente o objetivo a ser alcançado.

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RESULTADOS

O objetivo a ser alcançado é o de fornecer aos leitores um esclarecimento sobre as realidades familiares e, principalmente, sobre a formação individual da criança. A partir de então, suscitar questões que voltem a reflexão para uma a compreensão das diversas estruturas familiares, entendendo melhor o problema afetivo que se encontra na falta da significação da imagem do pai para a formação do indivíduo. Uma vez entendendo como acontece a formação individual, e que uma fragilidade dentro da estrutura familiar pode ocasionar um futuro problema de aprendizagem, poderemos entender melhor sobre as diversas dificuldades apresentadas na realidade escolar, onde crianças criam um bloqueio para aprender e para relacionar-se com outros indivíduos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A conclusão do trabalho irá proporcionar maior esclarecimento sobre a diversidade e, principalmente, tem o intuito de considerar cada caso de problema de aprendizagem como um caso particular, decorrente de uma realidade que é única; por isso, não iremos generalizar casos particulares, mas sim tentar entender que cada criança possui sua própria cadeia de significações, internalizações e afecções. Buscar compreender a “história“ da criança para que haja entendimento de seus problemas em sua autoestima.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOR, Joel. Introdução à leitura de Lacan; trad. Carlos Eduardo Reis. Porto Alegre: Artes Médicas,1989.

FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada; trad. Iara Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

GUIMARÃES, Rosamélia Ferreira; VITALE Maria. Revista Quadrimestral de

Serviço Social. Ano XXIII – n.71. São Paulo, 2002. ISNN – 0101-6628.

KALOUSTIAN Manoug Sílvio (organizador), BECKER, Maria Josefina. – 6. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 2004.

LACAN, Jacques. Escritos; trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. LAJONQUIÈRE, Leandro. Figuras do Infantil: a psicanálise na vida

cotidiana com as crianças. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

PAROLIN, Isabel. Professores formadores: a relação entre a família, a

escola e a aprendizagem. Curitiba: Positivo, 2005.

POLITY, Elizabeth. Dificuldade de aprendizagem e família: construindo

novas narrativas. São Paulo : Vetor, 2001.

RAPPAPORT, Clara Regina. Psicanálise: introdução à práxis Freud e

Lacan; Clara Regina Rapport coordenadora, Sara Elena Hassan, Carmen

Savorani Molloy. São Paulo:EPU, 1992.

SARTI, Cynthia Andersen. A família como espelho: um estudo sobre a

moral dos pobres. – 6.ed. São Paulo: Cortez, 2010.

WINNICOTT, Donald W. A família e o desenvolvimento individual; trad. Marcelo Brandão Cipolla. – 3ºed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

Referências

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