CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
•• DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
•• CAMPO DE ESTUDO
CAMPO DE ESTUDO
•• LINGUAGEM GRÁFICA.
LINGUAGEM GRÁFICA.
¾
Princípios...
Princípios...
A elaboração de mapas temáticos abrange as
p
p
seguintes etapas:
coleta de dados, análise,
interpretação e representação das
informações sobre um mapa base
que
Princípios...
Princípios...
Os mapas temáticos são elaborados com a utilização de
p
p
técnicas que objetivam a melhor visualização e
comunicação, distinguindo-se essencialmente dos
topográficos por
representarem fenômenos de
representarem fenômenos de
topográficos, por
representarem fenômenos de
representarem fenômenos de
qualquer natureza
qualquer natureza
, geograficamente distribuídos sobre
a superfície terrestre.
Princípios...
Princípios...
O mapa temático deve cumprir sua função, ou seja,
ê
p
p
dizer
o quê, onde e, como ocorre
determinado
fenômeno geográfico,
utilizando símbolos gráficos
( i
) i l
t
l
j d
f ilit
(signos) especialmente
planejados
para facilitar a
compreensão de diferenças, semelhanças e possibilitar a
visualização de correlações pelo usuário
Princípios...
Princípios...
A legenda deverá ser organizada de acordo com a
p
p
relação existente entre os dados utilizando as variáveis
visuais
que representem exatamente as mesmas
relações ou seja essa relação poderá ser qualitativa
relações, ou seja, essa relação poderá ser qualitativa,
ordenada ou quantitativa.
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Na atualidade a CA está em grande parte das
Na atualidade a CA está em grande parte das
polêmicas ambientais
polêmicas ambientais
polêmicas ambientais...
polêmicas ambientais...
RISCO
RISCO
IMPACTOS AMBIENTAIS
DESMATAMENTOS
PLANOS DIRETORES
ZONEAMENTO AMBIENTAL
DESMATAMENTOS
Martinelli, 2001
ZONEAMENTO AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Na
Na
pesquisa
pesquisa
a CA deve constituir um meio
a CA deve constituir um meio
Na
Na
pesquisa
pesquisa
a CA deve constituir um meio
a CA deve constituir um meio
lógico capaz de
lógico capaz de revelar, sem ambiguidades
revelar, sem ambiguidades, o
, o
conteúdo embutido na informação
conteúdo embutido na informação
mobilizada e, portanto
mobilizada e, portanto
dirigir o discurso
dirigir o discurso
do trabalho científico de forma ambrangente,
do trabalho científico de forma ambrangente,
l
d
í i
i li
d
l
d
í i
i li
d
esclarecedora e crítica, socializando e
esclarecedora e crítica, socializando e
desmistificando o mapa, enaltecendo assim ,
desmistificando o mapa, enaltecendo assim ,
a finalidade social da ciência cartográfica
a finalidade social da ciência cartográfica
a finalidade social da ciência cartográfica.
a finalidade social da ciência cartográfica.
LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
“...a função de um mapa
...a função de um mapa
quando disponível ao
público é a de comunicar o
público é a de comunicar o
conhecimento de poucos
para muitos, por
para muitos, por
conseguinte ele
deve ser
elaborado de forma a
elaborado de forma a
realmente comunicar
”...
Loch (2006, p.27)
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LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
Aspectos essenciais:
a imagem nas representações gráficas
a semíologia gráfica como um importante recurso para a
cartografia
LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
Por que ler mapas parece difícil:
Parte da responsabilidade pela atual
Parte da responsabilidade pela atual
proliferação de mapas pouco eficazes se deve
também ao
acesso irrestrito às ferramentas
acesso irrestrito às ferramentas
também, ao
acesso irrestrito às ferramentas
acesso irrestrito às ferramentas
tecnológicas
tecnológicas
desenvolvidas para análise de
dados espaciais
aliadas ao desconhecimento
aliadas ao desconhecimento
dados espaciais
aliadas ao desconhecimento
aliadas ao desconhecimento
dos procedimentos
dos procedimentos
inerentes à representação
cartográfica
(A h l Th
2008)
LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
a imagem é um meio de
comunicação entre os homens, e é
sob este aspecto que devemos
LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
Segundo Bertin (1973), a imagem gráfica é a forma
visual
significativamente percebida
significativamente percebida
em um só golpe de
visual
significativamente percebida
significativamente percebida
em um só golpe de
vista, em um instante de tempo através da percepção.
LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
Mapa de Aptidão agricola
LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
l
A utilização de uma
imagem pode variar no
t
p
d
d d d
tempo
, dependendo do
contexto histórico, cultural,
e geográfico
LINGUAGEM GRÁFICA
LINGUAGEM GRÁFICA
É preciso considerar também, o caráter relativo em relação a
um momento, um meio, um dado espaço, leis e regras
p ç
g
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
A teoria da informação mostra que quando a quantidade
A teoria da informação mostra que, quando a quantidade
de informação fornecida por unidade de superfície
perceptiva não é muito grande a imagem é percebida num
instante, como uma totalidade, num rápido lance de
olho sobre os detalhes subjacentes.
Se pelo contrário a mensagem visual é muito densa
Se, pelo contrário, a mensagem visual é muito densa,
muito complexa, a visão é levada a explorar a imagem, isto
é, a fixar um certo número de pontos, memorizá-los, até
ser capaz de efetuar a integração necessária
(1)
ARGENTINA
ARGENTINA
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
Aumentar a precisão de um mapa do relevo é
Aumentar a precisão de um mapa do relevo, é
problema técnico de medida que não apresenta
um limite no nível da imagem Para representá-lo
um limite no nível da imagem. Para representá-lo
é suficiente ampliar a folha de papel, isto é
aumentar o número dos cortes
aumentar o número dos cortes.
Aumentar o número de caracteres representados
num papel é um problema maior porque há um
num papel é um problema maior porque há um
limite: o das propriedades da percepção visual.
d l
d l
Mapa do relevo de São Paulo em cores
hipsométricas
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
Cada caractere é uma imagem
Cada caractere é uma imagem.
Assim como não é possível superpor várias
fotografias num mesmo filme e ao mesmo tempo,
separar cada imagem, no mapa também é
ti
t i
í l
praticamente impossível.
Se tentássemos quais seriam os resultados?
Se tentássemos, quais seriam os resultados?
Este é um dos problemas da cartografia temática e
um dos objetivos da semiologia gráfica.
COMO COMUNICAR FENÔMENOS
COMO COMUNICAR FENÔMENOS
DISTINTOS
DISTINTOS?
A percepção visual dispõe de três variáveis sensíveis:
a variação
dos sinais
e as duas
dimensões do espaço plano
.
Todo sistema de informação visual comunica ao mesmo tempo
as relações entre estas três variáveis.
s e ções e
e es s ês v
ve s.
Em relação à imagem figurativa e simbólica, onde o signo
precede sempre a palavra, a imagem
A imagem visual aceita uma grande quantidade de
A imagem visual aceita uma grande quantidade de
informações, e vários níveis de leitura através do agrupamento
dos elementos.
Uma representação gráfica permite memorizar rapidamente um
grande número de informações, desde que transcritas de maneira
conveniente e ordenadas visualmente.
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
Na construção de uma matriz, por exemplo, os tipos de
d
í
d
d
di
õ
d
produto e os países produtores ocupam as duas dimensões do
plano espacial. As quantidades produzidas podem ser lidas de
forma ordenada de acordo com as variações do branco ao
forma ordenada de acordo com as variações do branco ao
preto, com a utilização de variáveis visuais:
"valor"
e
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
A SEMIOLOGIA GRÁFICA
Se evidentemente, não é
í
l
i
â
i
possível negar a importância
da comunicação da
informação e de sua eficácia
informação e de sua eficácia
na transmissão de uma
mensagem, controle dos
g
elementos "estéticos" é muito
trabalhoso.
(Archela e Thery, 2008)
Reduzir a polissemia da imagem é um cuidado constante
se
Reduzir a polissemia da imagem é um cuidado constante, se
quisermos realmente atingir o usuário, e não somente impressioná-lo.
Foco na
estrutura
estrutura ee qualidade
qualidade da
da percepção
percepção visual
visual
que estabelece o
padrão e qualidade da percepção visual e da linguagem dos mapas.
Nesta abordagem, a
representação
representação gráfica
gráfica
faz parte de um sistema
de sinais que os homens organizaram para armazenar, compreender e
comunicar as observações mediante a construção da imagem.
(Jacques Bertin criou em 1954, o Laboratoire de Cartographic da École Pratique des
É
Variáveis visuais:
Espaçamento:
distância entre as
marcas dos símbolos; também
denominada textura.
Tamanho:
do símbolo, de algumas
marcas que compõem o símbolo.
Altura de perspectiva:
no caso de
representação em três dimensões.
Orientação e forma:
direção da
marcas dos símbolos usados ou do
í b l t d
símbolo todo.
Arranjo:
como as marcas dos
símbolos se distribuem ou tracejados
símbolos se distribuem ou tracejados
em linhas ou composição do símbolo
em pontos.
Nuance
, intensidade e saturação de
A semiologia gráfica foi desenvolvida por Bertin (1967)
Ligada às diversas teorias das formas e de sua representação,
e às teorias da informação.
Aplicada à cartografia:
permite avaliar as vantagens e os limites da percepção
empregada na simbologia cartográfica e,
p g
g
g
formular as regras de uma utilização racional da linguagem
áfi
cartográfica.
É reconhecida atualmente como a
gramática da linguagem
gramática da linguagem
É reconhecida atualmente, como a
gramática da linguagem
gramática da linguagem
As duas dimensões do plano mais seis modulações visuais
possiveis que cada elemento do plano pode assumir
Por exemplo:
usar azul, vermelho e verde é usar a variável
visual “cor” O uso do azul‐claro azul médio
visual cor . O uso do azul claro, azul médio
e azul escuro corresponde à variável “valor”.
A variável visual orientação corresponde às
variações de posição entre o vertical o
variações de posição entre o vertical, o
oblíquo e o horizontal e, por fim, a forma,
agrupa todas as variações geométricas ou
ã
não.
A legenda deverá ser organizada de acordo com a relação
A legenda deverá ser organizada de acordo com a relação
existente entre os dados utilizando as variáveis visuais que
representem exatamente as mesmas relações, ou seja, essa
p
ç
,
j ,
relação poderá ser
qualitativa, ordenada ou quantitativa.
VARIÁVEIS VISUAIS
VARIÁVEIS VISUAIS
VARIÁVEIS VISUAIS
VARIÁVEIS VISUAIS
PROPRIEDADES PERCEPTIVAS
PROPRIEDADES PERCEPTIVAS
Ö
Percepção Seletiva - = -
(cor, tamanho, valor, granulação,
forma)
forma)
Ö
Percepção ordenada - O -
pç
(valor, tamanho, cores na ordem
(
,
,
natural do espectro visível)
Ö
Percepção Quantitativa - Q -
(somente e tão somente o
tamanho)
O que não pode ser ignorado:
•Um fenômeno se traduz por um só sinal. Exemplo: arroz,
feijão e milho. Não apresenta quantidade e nem ordem. A
é
á
informação nesse caso é qualitativa e a variável visual mais
adequada para sua representação é a forma ou a cor (matiz).
•Uma ordem se traduz somente por uma ordem. Exemplo:
densidades, hierarquias e seqüências ordenadas, ou seja,
quando a informação quantitativa é ordenada em classes e a
quando a informação quantitativa é ordenada em classes e a
variável visual mais adequada é o valor (monocromia). Nesses
casos, não se deve utilizar a variável visual tamanho porque
não é possível diferenciar quanto vale cada ponto dentro da
não é possível diferenciar quanto vale cada ponto dentro da
classe estabelecida.
Variações quantitativas se traduzem somente pela variável
•Variações quantitativas se traduzem somente pela variável
visual tamanho.
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
A ÚNICA VARIÁVEL QUE TRANSCREVE
A ÚNICA VARIÁVEL QUE TRANSCREVE
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
A ÚNICA VARIÁVEL QUE TRANSCREVE
A ÚNICA VARIÁVEL QUE TRANSCREVE
CORRETAMENTE A RELAÇÃO VISUAL DE
CORRETAMENTE A RELAÇÃO VISUAL DE
QUANTIDADE É A DE
QUANTIDADE É A DE
TAMANHO
TAMANHO
Q
Q
PROPORCIONALIDADE VISUAL
PROPORCIONALIDADE VISUAL
PROPORCIONALIDADE VISUAL
PROPORCIONALIDADE VISUAL
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
MANIFESTAÇÃO ZONAL
MANIFESTAÇÃO ZONAL
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
REPRESENTAÇÕES QUANTITATIVAS
MANIFESTAÇÃO ZONAL
MANIFESTAÇÃO ZONAL
MÉTODO DAS FIGURAS
MÉTODO DAS FIGURAS
GEOMÉTRICAS PROPORCIONAIS
GEOMÉTRICAS PROPORCIONAIS
MÉTODO DOS PONTOS DE
MÉTODO DOS PONTOS DE
CONTAGEM
CONTAGEM
CONTAGEM
CONTAGEM
MÉTODO COROPLÉTICO
MÉTODO COROPLÉTICO
MÉTODO ISARÍTIMICO
MÉTODO ISARÍTIMICO
Conclusões parciais
Conclusões parciais
• A informação visual, para ser realmente
did
di
compreendida, requer uma aprendizagem.
• Ela não é nem natural e nem espontânea
porque possui uma linguagem própria que
p q
p
g g
p p
q
Conclusões parciais
Conclusões parciais
• A linguagem gráfica como um sistema de
i
áfi
é f
d
l
i ifi d
signos gráficos é formada pelo significado
(conceito) e significante (imagem gráfica).
• As três relações (similaridade/diversidade,
ç
(
,
ordem e proporcionalidade) consistem nos
significados da representação gráfica e são
g
p
ç
g
expressas pelas variáveis visuais (tamanho,
valor, textura, cor, orientação e forma), que
,
,
,
ç
), q
são significantes.
Conclusões parciais
Na construção da legenda,
após identificar a variável visual
após identificar a variável visual
mais adequada ao tipo de informação
que se quer
mais adequada ao tipo de informação
que se quer
representar, e seu respectivo modo de implantação, acontece
a transcrição da linguagem escrita para a gráfica, escreve
ç
g
g
p
g
,
Métodos de mapeamento
• O nível de organização dos dados, qualitativos, ordenados
ou quantitativos de um mapa está diretamente relacionado
ou quantitativos, de um mapa está diretamente relacionado
ao método de mapeamento e a utilização de variáveis
Fenômenos Qualitativos
Utilizam as variáveis
Utilizam as variáveis
visuais seletivas forma,
orientação e cor, nos
três modos de
três modos de
implantação: pontual,
linear e zonal.
A disposição dos pontos
nesse mapa cria uma
nesse mapa cria uma
regionalização do
espaço formada
especificamente pela
especificamente pela
presença/ausência da
informação
Os mapas de símbolos
Fenômenos Qualitativos
Os mapas de símbolos
lineares nominais são
indicados para
representar feições que
representar feições que
se desenvolvem
linearmente no espaço
como a rede viária
como a rede viária,
hidrografia e, por isso,
podem ser reduzidos a
f
d
l h
forma de uma linha.
As variáveis visuais
As variáveis visuais
utilizadas
são a forma e
a cor
.
F
ô
Q li
i
Os mapas corocromáticos
apresentam dados geográficos e
Fenômenos Qualitativos
utilizam diferenças de cor na
implantação zonal. Este método
deve ser empregado sempre que
for preciso mostrar diferenças
nominais em dados qualitativos,
sem que haja ordem ou
hi
i
hierarquia.
Também é possível o uso das
variáveis visuais granulação e
orientação, neste caso, as
diferenças são representadas por
padrões preto e branco. Quando
d
d
t
d
do uso de cores, estas devem
separar grupos de informações e
os padrões diferentes e serem
aplicados para fazer a subdivisão
aplicados, para fazer a subdivisão
dentro dos grupos.
Fenômenos Ordenados
utilizam a variável valor na
implantação zonal. Os mapas
mais significativos para
representar fenômenos
p
ordenados são os mapas
coropléticos.
Os mapas coropléticos são
elaborados com dados
quantitativos e apresentam
q
p
sua legenda ordenada em
classes conforme as regras
próprias de utilização da
p p
ç
variável visual valor por meio
de tonalidades de cores, ou
ainda, por uma seqüência
ordenada de cores.
Fenomenos Quantitativos
Os fenômenos quantitativos são representados pela variável visual tamanho e podem ser implantados em localizações pontuais do mapa ou na implantação zonal, por meio de pontos agregados, como também, na
implantação linear com variação da espessura da linha.
27Os mapas de símbolos proporcionais p p p representam melhor os fenômenos quantitativos e constituem-se num dos métodos mais empregados na
construção de mapas com implantação ç p p ç pontual. Esses mapas são utilizados para representar dados absolutos tais como população em número de
habitantes, produção, renda, em pontos p p selecionados do mapa. Geralmente utiliza-se o círculo proporcional aos valores que cada unidade apresenta em relação a uma determinada variável (figura 6), porém, podem-se utilizar quadrados ou triângulos. A variação do tamanho do signo depende diretamente da proporção das quantidades que se
Recomenda-se evitar duas formas de símbolos proporcionais num mesmo mapa (circulo e triângulo), pois
dificultam a comunicação cartográfica. Especialmente, quando é necessário representar duas informações
quantitativas com implantação pontual, pode-se recorrer ao mapa de círculos concêntricos (figura 7) ou o mapa de semicírculos opostos (figura 8) que permite a comparação de uma mesma variável obtida em períodos diferentes
O mapa de círculos concêntricos consiste na representação de dois valores ao mesmo tempo por meio de dois círculos sobrepostos com cores diferentes. Este tipo de representação é recomendado para a apresentação de uma mesma informação em períodos distintos, ou para duas informações diferentes com dados não muito discrepantes
Para representar quantidades na implantação zonal utilizam-se os mapas de pontos. Esse mapa possui a vantagem de possibilitar uma leitura muito fácil por meio da contagem dos pontos, dando a sensação de
conhecimento da realidade. No entanto a elaboração desse mapa pressupõe muita abstração uma vez que a distribuição dos pontos não ocorre segundo a distribuição do fenômeno. Os mapas de pontos ou de nuvem de pontos (figura 9) expõem dados p ( g ) p
absolutos (número de tratores de um município, numero de habitantes, totais de produção, etc.) e o número de
pontos deve refletir exatamente o p
número de ocorrências. Sua construção depende de duas decisões: qual valor será atribuído a cada ponto e como esses pontos serão distribuídos dentro da área a ser mapeada.
Os mapas isopléticos ou de isolinhas são construídos com a união de pontos de mesmo valor e são aplicáveis a fenômenos geográficos que apresentam continuidade no espaço geográfico. Podem ser construídos a partir de dados absolutos de altitude do relevo (medida em determinados pontos da superfície da Terra); temperatura, precipitação, umidade, pressão atmosférica (medidas nas estações meteorológicas); distância-tempo, ou distância-custo (medidas em certos pontos ao longo de vias de
comunicação) e outros, como volume de água (medida em pontos de
captação); também podem ser
construídos a partir de dados relativos como densidades, percentagens ou índices.
Os mapas de fluxo são representações lineares que tentam simular
movimentos entre dois pontos ou duas áreas (figura 10). Esses movimentos podem ser medidos em certos pontos
Modo de expressão
Anamorfose é uma figura
aparentemente disforme que, por reflexão num determinado sistema óptico produz uma imagem regular do objeto que representa, a anamorfose cartográfica ou geográfica é uma figura que expõe o contorno dos espaços representados de forma distorcida para realçar o tema. A área das unidades espaciais é alterada de forma
proporcional ao respectivo valor, mantendo-se as relações topológicas entre unidades contíguas. Por exemplo, numa carta que represente a
distribuição geográfica da densidade populacional, as áreas dos municípios podem ser ampliadas ou reduzidas de acordo com o afastamento daquele parâmetro em relação à média (figura 11). Em outros casos, a distorção do espaço é realizada de acordo com o valor de certos tipos de relação espacial entre lugares, tais como a distância medida ao longo das estradas ou o tempo de deslocamento gasto para
Cl
ifi
ã
Classificação quanto ao
conteudo
Quanto ao conteúdo os mapas podem ser classificados em analítico ou de síntese. O mapa analítico mostra a distribuição de um ou mais elementos de um fenômeno, utilizando dados primários, com as modificações necessárias para a sua visualização. São exemplos de mapas analíticos os mapas de distribuição da população, cidades, supermercados, redes
hidrográficas e rodovias entre outros tantos temas (figura 13).
O mapa de síntese é mais complexo e exige profundo conhecimento técnico dos assuntos a serem mapeados. Representam o mapeamento da
integração de fenômenos, feições, fatos ou acontecimentos que se interligam na distribuição espacial. Esses mapas permitem que se estabeleçam estudos conclusivos sobre a integração e interligação dos fenômenos. Entre os exemplos de mapas de síntese
encontram-se os mapas de uso do solo (figura 14), mapas de sensibilidade e mapas de zoneamento, mapas
geomorfológicos e mapas tipológicos diversos. Os mapas de síntese são construídos para mostrar ao leitor as relações existentes entre vários dados, tal como sua eventual aptidão para determinar conjuntamente outros fenômenos ou outras combinações. Os mapas de síntese devem ser objetivos e legíveis e comportar apenas dados essenciais.