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Análise de viabilidade contábil, econômica e financeira para uma micro cervejaria artesanal

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO.

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM

CONTROLADORIA E GESTÃO EMPRESARIAL

CÁSSIO RICARDO DA ROCHA MONTEIRO

ANÁLISE DE VIABILIDADE CONTÁBIL, ECONÔMICA E

FINANCEIRA PARA UMA MICRO CERVEJARIA ARTESANAL

Prof(a) Orientador(a): MARIA MARGARETE BACCIN BRIZOLLA

IJUÍ, RS.

2018

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ANÁLISE DE VIABILIDADE CONTÁBIL, ECONÔMICA E

FINANCEIRA PARA UMA MICRO CERVEJARIA ARTESANAL

RESUMO

Um novo empreendimento começa com uma ideia, uma observação, que podem se tornar oportunidades, uma vez identificada uma oportunidade o empreendedor deve fazer um estudo minucioso a respeito do que se pretende fazer para isso faz se necessário a elaboração de um plano de negócio. Diante disso, percebeu-se a relevância em desenvolver o estudo que teve como objetivo verificar como a análise de viabilidade financeira, contábil e econômica pode contribuir na minimização dos riscos e incertezas inerentes a implantação de uma micro cervejaria artesanal na cidade de Ijuí – RS, pois a correta análise da viabilidade de um novo investimento contribui para o seu sucesso e funcionamento. Na fundamentação teórica foram utilizados estudos anteriores realizados por autores conceituados sobre o tema, que possibilitaram embasamento, compreensão e análise sobre o tema em estudo. A metodologia utilizada para atingir os objetivos propostos, foi classificada como aplicada, descritiva, documental e de campo, a coleta foi realizada por meio de entrevista e acompanhamento de um empreendedor do ramo cervejeiro. O estudo foi concluído demonstrando a abertura de uma micro cervejaria artesanal na cidade de Ijuí - RS é viável financeira, contábil e economicamente, contribuindo para a minimização de riscos e incertezas do novo empreendimento.

PALAVRAS CHAVES: Análise de Viabilidade, Empreendedorismo, Micro cervejaria. 1 INTRODUÇÃO

Em pesquisa realizada pela GEM – Global Entrepreneurship Monitor (2015), o Brasil atingiu a maior taxa de empreendedorismo da história, a cada 10 brasileiros quase 4 possuem ou tem intenção de criar um negócio. Ter o próprio negócio é o quarto principal sonho do brasileiro. O aumento deve-se a busca por melhores condições de vida, não proporcionadas atualmente pelo mercado de trabalho.

O Ibope (2013) apontou a cerveja como a bebida predileta de 2 em cada 3 brasileiro, para ser consumida em momentos de comemorações. Conforme SEBRAE (2017) as cervejarias artesanais vem ganhando, a cada ano, mais espaço apesar do valor acima das marcas tradicionais, produzida em larga escala as cervejas especiais vem conquistando o paladar dos consumidores que buscam cerejas mais encorpadas e sabores

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intensos. A projeção é que em 2020 alcance 20% do mercado nacional. Considera-se micro as cervejarias que produzem até 200 mil litros por mês.

No entendimento de Souza e Clemente (2008) a decisão de investir é complexa pois envolve diversos fatores, o que torna necessário o desenvolvimento de um modelo teórico para embasar e prever as decisões de investimentos. Para a implantação de um negócio é necessário elencar os riscos atrelados ao investimento e o retorno possível do negócio de forma que seja viável e rentável o empreendimento.

O empreendedor espera que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, através da geração de resultados econômicos e financeiros adequados. Nesse sentido questiona-se: De que forma a análise de viabilidade financeira, contábil e econômica contribuirá na implantação de uma micro cervejaria artesanal na cidade de Ijui-RS?

Para responder a questão de estudo foi traçado como objetivo verificar como a análise de viabilidade financeira, contábil e econômica contribuirá na implantação de uma micro cervejaria artesanal na cidade de Ijuí – RS, pois a correta análise da viabilidade de um novo investimento contribui para o seu sucesso e funcionamento.

Conforme estudos anteriores sobre análise de investimentos destaca-se o estudo de Mecca, Libardi e Eckert (2014) que buscou evidenciar a viabilidade econômica e financeira de uma micro cervejaria na rota turística Caminhos da Colônia, na cidade de Caxias do Sul, para o desenvolvimento do estudo foram utilizadas ferramentas contábeis, e constatou-se viável a abertura da micro cervejaria.

Trindade (2015) realizou o estudo de viabilidade financeira para uma empresa de reciclagem de plásticos na cidade de Ijuí e a viabilidade social junto as associações de catadores e demais cidadãos que dependem da reciclagem para viver. O estudo considerou que apesar de ser viável, o investimento é pouco atrativo para investidores, e apresenta dificuldade para a expansão do empreendimento pois a matéria prima usada deverá ser coletada em outros municípios da região.

Em outro estudo de Janoselli e Furlan (2016) buscam saber a viabilidade econômica de uma veterinária no interior do estado de São Paulo, na cidade de São João da Boa Vista. A cada dia os pets fazem mais parte das casas dos brasileiros, tornando-se um membro da família, dessa maneira ter uma clínica especializada no interior que ofereça os mesmos procedimentos de uma clínica da capital torna-se viável.

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Esse estudo se difere dos apresentados por abordar a viabilidade econômica financeira de uma micro cervejaria artesanal na região noroeste do Estado do RS. Dessa forma observa-se que o estudo da viabilidade econômica, financeira e contábil permite analisar e estruturar o novo empreendimento quanto à forma de operar, as estratégias para a conquistar o mercado e também as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros.

2 BASE CONCEITUAL

Este tópico apresenta os aspectos conceituais necessários à realização do estudo empírico proposto nesta investigação, os quais servem de base para analisar os resultados encontrados com o estudo.

2.1 Mercado

O empreendedor segundo Dornelas (2008) é uma pessoa com características especiais pois consegue vislumbrar invenções que revolucionam a humanidade, faz uso dos mesmos recursos de maneiras nunca pensada antes, é uma pessoa apaixonada pelo que faz e deseja ser reconhecido pelos seus feitos. Nos últimos anos vivencia-se uma grande transformação no ambiente em que vive-se isso muito deve-se aos empreendedores.

Um novo empreendimento começa com uma ideia, uma observação, que podem se tornar oportunidades. As ideias não precisam ser revolucionárias para se tornarem uma excelente oportunidade (DORNELAS, 2008). Uma vez identificada uma oportunidade o empreendedor deve fazer um estudo minucioso a respeito do que se pretende fazer para isso faz se necessário a elaboração de um plano de negócio.

Os planos de negócio podem decorrer da busca por independência profissional ou de empreendedores experientes que buscam diversificação dos negócios, no Brasil é uma ferramenta recente, que vem se tornando cada vez mais utilizada, pois ao empreender é importante ampliar os conhecimentos no novo negócio, sendo necessário então a elaboração do plano (CECCONELO, AJZENTAL, 2008).

No entendimento de Dornelas (2008) o fracasso em novos empreendimentos no Brasil deve-se ao fato dos empreendedores não planejar adequadamente a implantação de um negócio. Não basta apenas sonhar, é preciso planejar as ações, delinear estratégias e assim dar início a uma empresa. O plano de negócio pode ser usado pelo empreendedor

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que deseja colocar o seu sonho em prática, como também por aquele que está buscando o crescimento do seu.

Dolabela (1999) destaca que para a implantação de um negócio o empreendedor deve conhecer e analisar o mercado, questionando-se, para quem vender, como vender, se há concorrentes ofertando produtos ou serviços similares, qual o valor que o consumidor está disposto a pagar pelo produto, se existem restrições legais que impeçam o fornecimento do produto e onde será ofertado o produto.

O mercado é definido por Dolabela (1999) como um lugar de troca, formado por consumidores a qual se dirige o produto, fornecedores intermediários e também pela característica do produto. Um empreendedor iniciante não conseguira atender na totalidade o mercado desejado, então para obter sucesso no empreendimento é necessário ter foco, segmentar o mercado, ou seja, atingir grupo de consumidores do mercado desejado.

As cervejas artesanais estão ganhando mais espaço, para Porter e Montgomery (1998) quanto mais rico o ambiente, maior o número de competidores. Sempre haverá competição e não há espaço para dois competidores que utilizam os mesmos recursos de maneira idêntica em um mesmo ambiente, sendo assim deve-se buscar vantagens competitivas.

Porter (2004) criou um modelo de análise da concorrência, analisando cinco forças, onde há uma força central e as demais incidem sobe ela. A primeira força, a central é a rivalidade entre os concorrentes, quem são os concorrentes, como estão organizados, possuem marcas fortes admiradas pelos consumidores, quais suas vantagens competitivas entre outros aspectos a serem analisados; a segunda força é os produtos substitutos, pois por mais inédito que o produto seja sempre haverá outro que possa resolver o mesmo problema.

A terceira é o poder de barganha junto aos fornecedores, quando maior melhor serão suas compras, eu seja menor os custo. Quanto mais fornecedores melhor pois quando o fornecedor é exclusivo ou raro o empresário estará sujeito as suas regras de negociações, como prazo, condições e preço. O ideal é ter bons fornecedores sem estar dependente de apenas um (PORTER, 2004).

A quarta força é a de novos entrantes no mercado, desde o início o empresário deve dificultar a entrada de novos concorres no seu mercado, criando uma marca forte,

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registrando seus produtos, buscar contratos de exclusividade com fornecedores e clientes (PORTER, 2004).

A quinta força é o poder de barganha com os clientes. A importância na análise dessa força ocorre principalmente quando há poucos clientes que representam a maior parte do faturamento. Deve-se buscar uma carteira de clientes de maior e com diversidade (PORTER, 2004).

Dessa forma, para a implantação de um novo empreendimento o empreendedor deve conhecer os seus concorrentes, os produtos similares ofertados pelo mercado, buscando uma vantagem do seu produto em relação aos demais. Buscar bons fornecedores, com o objetivo de não estar dependendo de apenas um, criar uma marca forte, e conquistar diversidade e quantidade de clientes, afim de alavancar o seu empreendimento, após a identificação das cinco forças de Porter deve-se avaliar a viabilidade do negócio, identificando custos e despesas, projetando a receita, com o objetivo de verificar a rentabilidade do negócio.

2.2 Análise de Viabilidade e Rentabilidade

No entendimento de Motta e Calôba (2002) o termo investimento é de natureza genérica pois pode significar investir em uma microempresa até uma multinacional, em virtude disso é necessário o domínio de vários indicadores para formulação de um modelo que forneça resultados otimizados, esses parâmetros são obtidos através das ferramentas contábeis.

Conforme Cecconelo e Ajzental (2008) a identificação dos custos e despesas devem levar em consideração a atividade da empresa e o objetivo do plano de negócio é associar as atividades com os fatos geradores de custos variáveis e também identificar os custos fixos. Os custos variáveis variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades, seus valores dependem diretamente do volume produzido. Já os custos fixos representam os gastos que ocorrem todos os meses e não variam diretamente com a produção.

As despesas operacionais são todas as despesas que contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa. As principais despesas operacionais são: despesas de vendas, despesas administrativas e despesas financeiras. As despesas de vendas são as despesas que envolvem as vendas, entre elas, as despesas com salários,

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encargos, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade. As despesas administrativas são as despesas necessárias para administrar a empresas, e as despesas financeiras são as despesas pagas aos capitais de terceiros (IUDÍCIBUS, 2012).

A grande utilidade da elaboração do fluxo de caixa é planejar e controlar os ingressos e saídas de recursos financeiros da empresa, de uma forma antecipada, através das informações constantes nas projeções de vendas, produção e despesas operacionais. Esse acompanhamento pode ser semanal, quinzenal, mensal, bimestral, trimestral ou até anual, dependendo das necessidades de cada empresa (OLIVEIRA, JUNIOR e SILVA, 2011).

O investimento paraSouza e Clemente (2008) representa um desembolso para a geração de benefícios futuros, o prazo para retorno é superior a um ano. Após selecionadas as alternativas tecnicamente viáveis, para saber qual é a melhor opção entre elas entram os indicadores financeiros, que auxiliarão no processo decisório. Alguns dos indicadores são: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Período de Recuperação do Investimento (Payback).

O valor presente líquido é definido como um modelo clássico, utilizado para a tomada de decisão e compreende as seguintes variáveis: valor investido, o valor dos fluxos de benefícios futuros, quantos períodos haverão os fluxos futuros e a taxa de juros almejada. Significa descontar o valor dos fluxos futuros, a uma determinada taxa de juros, de tal modo que esse fluxo futuro se apresente a valores de hoje, ou ao valor atual (PADOVEZE, 2011).

Das variáveis citadas única de fácil mensuração é quanto será investido, as demais são difíceis de serem parametrizadas, os valores futuros e tempo de recebimento dos mesmos, dependem de probabilidades, previsões que podem não acontecer. A taxa de juros almejada hoje pode não ser a melhor no futuro, pois existem muitas mudança no decorrer do tempo (PADOVEZE, 2011).

A Taxa Interna de Retorno pode ser usada tanto para avaliação do retorno quanto para dimensionar os riscos. “A Taxa Interna de Retorno (TIR), por definição é a taxa que torna o Valor Presente Líquido (VPL) de um fluxo de caixa igual a zero” (SOUZA e CLEMENTE, 2008, p. 81).

O Período de Retorno do Investimento (Payback) é o tempo necessário para que o investimento inicial seja pago, é complementar no processo de tomada de decisão e

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eventualmente importante, pois ele demonstra o tempo em que o retorno ocorrerá (PADOVEZE, 2011).

Outra taxa para avaliar se um investimento é atrativo quando os ganhos superam os investimentos adicionados da Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Segundo Souza e Clemente (2008) a TMA é a melhor taxa, com baixo grau de risco, a base para estabelecer a TMA são as taxas de juros praticadas no mercado, devido as diversas taxas praticadas no mercado e a dinâmica das mesmas, é difícil estipular qual seria a TMA ideal.

As demonstrações contábeis refletem a situação econômica, financeira e patrimonial de uma empresa, podem ser projetadas para utilização em um plano de negócios. Também permitem analisar de modo geral o planejamento, trazendo informações projetadas do resultado econômico, financeiro e patrimonial (FREZZATTI, 2009). A correta análise das demonstrações contábeis permite avaliar os impactos nos resultados como por exemplo, a não entrada de uma receita prevista. Geralmente o plano de contas utilizado para as projeções contábeis são mais sintéticos que os utilizados para apuração real.

A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta de forma resumida e ordenada as receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva, onde das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, obtêm-se o resultado da entidade no período (IUDÍCIBUS, 2012).

A DRE tem a finalidade de evidenciar a formação do resultado do exercício, mediante o confronto das receitas, custos e despesas que ocorreram no exercício. Deve ser apresentada com os componentes de forma ordenada, apuradas segundo o regime de competência. De acordo com Braga (2012, p. 77) “A Demonstração do Resultado do Exercício deve apresentar o resumo das variações positivas (receitas e ganhos) e negativas (custos, despesas e perdas), ocorridas em determinado período de tempo, normalmente no exercício social, em função da exploração das atividades operacionais da empresa”.

Os indicadores de rentabilidade demonstram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto rendem os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa (MATARAZZO, 2010). Deve-se relacionar um lucro de um empreendimento com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para analisar quão bem se saiu a empresa em determinado período.

Para Hoji (2010, p. 292) “Os indicadores de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o

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sucesso (ou insucesso) empresarial”. A rentabilidade é medida em função dos investimentos, as fontes de financiamento do Ativo são Capital Próprio e Capital de Terceiros, e sua administração adequada proporciona maior retorno para a empresa (MARION, 2012).

Os índices de rentabilidade abordados no estudo serão a Taxa de Retorno sobre Investimentos e a Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido. A Taxa de Retorno sobre Investimentos demonstra a lucratividade que a empresa obtém em relação aos investimentos totais, ou seja, representa o montante de recursos aplicados pela empresa para remunerar o seu ativo total. O retorno sobre o patrimônio líquido fornece o ganho percentual auferido pelos proprietários como uma consequência das margens de lucro, da eficiência operacional, e do planejamento eficiente dos negócios. Mede, para cada R$ 1 investido, o retorno líquido do sócio (ASSAF NETO, 2012).

O índice de retorno sobre o patrimônio líquido indica quanto de prêmio os acionistas ou proprietários da empresa estão obtendo em relação a seu investimento no empreendimento. O retorno sobre o investimento total exprime os resultados das oportunidades de negócios, é uma medida de eficiência influenciada principalmente pela qualidade do gerenciamento da lucratividade dos ativos e juros passivos. Indica o retorno apurado sobre o capital total investido (ASSAF NETO, 2012).

2.3

Estudo Anteriores

Este tópico apresenta os resultados de estudos anteriores que investigaram a viabilidade econômica e financeira da implantação de novos empreendimentos, os estudos são relevantes pois o empreendedor deseja que seu investimento traga retornos positivos, compensando todos os riscos assumidos. Os estudos oportunizam a avaliação do sucesso ou insucesso do investimento.

No estudo a análise da viabilidade econômico-financeira do uso do biogás como fonte de energia elétrica realizado por Lindemeyer (2008) teve como objetivo analisar a viabilidade econômico-financeira do uso do biogás como fonte de energia elétrica no setor de suinocultura catarinense, o estudo afirmou que a geração de energia elétrica baseada no biogás é economicamente e financeiramente viável, e também que há uma série de entraves que precisam ser solucionados entre os quais, a instabilidade regulatória, a indefinição tributária no mercado de carbono e falta de estrutura de apoio aos suinocultores.

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Walker (2009) utilizou as variáveis de rentabilidade: valor presente líquido, taxa interna de retorno e do período de recuperação do capital. O estudo mostrou que há aumento na lucratividade quando da utilização do biofertilizante, sendo ainda a atividade lucrativa sem a sua utilização, constatou-se que a atividade da suinocultura acoplada com biodigestores traz bons resultados para a sociedade como diminuição de poluição e proporcionando lucros financeiros e qualidade de vida para os produtores.

Pereira (2009) conclui que a instalação do equipamento de biodigestão, no caso específico, é viável economicamente, nos mais diversos tipos de propriedades rurais espalhadas pelo território nacional. Sendo esta verificação de viabilidade facilmente comprovada por meio do modelo matemático proposto, cabendo uma adequação do tipo e capacidade do equipamento, com vistas em atender não só as expectativas do produtor, como também fomentar a inserção do conceito de sustentabilidade, por meio da ampliação dos padrões sociais e culturais regionais.

Homem (2015), conclui que através do plano financeiro que mesmo com uma produção relativamente baixa, o retorno do investimento inicial se daria antes do fim do segundo ano do projeto, alinhando com os outros indicadores, é possível ver que o projeto é viável e rentável. Nesse estudo partiu-se do pressuposto de que os empreendedores já estariam com os recursos iniciais em mãos.

Delgado (2016), constatou que ainda há muito espaço para o crescimento no setor de micro cervejaria, uma vez que a participação de mercado das cervejarias artesanais tende a aumentar, tendência já observada nas últimas décadas nos Estados Unidos. O estudo também constatou que o posicionamento das cervejarias artesanais é ofertar um produto com qualidade superior ao ofertado pelos seus concorrentes de maior porte. Através do estudo da viabilidade econômica foi constatado que o empreendimento seria viável apenas se o prazo para implementação fosse de seis anos.

A partir dos estudos citados constata-se a relevância da avaliação da viabilidade econômica e financeira para a implantação de um novo empreendimento, reforçando assim, a importância da aplicação do trabalho desenvolvido.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa pode ser definida como um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O principal objetivo da pesquisa é descobrir a resposta para o problema do estudo através do emprego de procedimentos específicos.

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Nesse sentido, a pesquisa social é um processo que, através da utilização de uma metodologia científica, permite obter novos conhecimentos, abrir novos horizontes e conhecer novos caminhos (GIL, 2012).

A pesquisa pode ser classificada quanto a sua natureza, quanto a abordagem do problema, quanto aos seus objetos e do ponto de vista dos procedimentos técnicos. Este estudo de acordo com Gil (2012) do ponto de vista de sua natureza classifica-se pela pesquisa aplicada. A pesquisa aplicada tem como principal característica o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas do conhecimento. Sua preocupação é voltada para a aplicação imediata, com um propósito específico motivado pela necessidade de resolver problemas concretos.

A análise dos dados nas pesquisas pode ser quantitativa ou qualitativa. Considerando que o presente estudo não utiliza de métodos estatísticos e esta é a forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social, logo a abordagem do problema, segundo Richardson (2010) é qualitativa.

De acordo os objetivos, o estudo classifica-se como pesquisa descritiva, uma vez que essa forma de pesquisa visa identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo, características de um grupo, comunidade, população ou contexto social (GIL, 2012).

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos o trabalho é classificado como pesquisa documental e de campo. Para Marconi e Lakatos (2010) a pesquisa documental possui como característica a restrição da fonte de coleta de dados a documentos, escritos ou não, que se denominam fontes primárias, que podem ser realizadas no momento em que o fato ocorre, ou depois.

Por fim a pesquisa de campo é utilizada com o objetivo de conseguir informações ou conhecimentos sobre um problema, para o qual se procura uma resposta ou hipótese, que se queira comprovar, ou descobrir novos fenômenos ou relações entre eles, esse tipo de pesquisa exige controles adequados e objetivos preestabelecidos que discriminam o que deve ser coletado para responder os objetivos do estudo (MARCONI; LAKATOS, 2010).

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

As cervejarias artesanais estão conquistando maior espaço no mercado, conquistando o paladar dos consumidores que buscam cervejas mais encorpadas e sabores

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intensos. De acordo com SEBRAE (2017)a projeção é que em 2020 as micro cervejarias artesanais alcance 20% do mercado brasileiro.

A cervejas artesanais vem conquistando cada vez mais o paladar dos consumidores na cidade de Ijuí. Atualmente existe uma cervejaria que seria o principal concorrente, esse tem seu negócio focado em venda através de “chopp”, analisando o mercado cervejeiro de outras cidades mais especificamente na serra gaúcha e capital do estado nota-se que há um grande número de cervejarias artesanais. Nesse ponto entende-se que há uma oportunidade de entrar no mercado em uma região de há poucos concorrentes e em um mercado que se expande a cada ano.

Como ponto forte para o sucesso do investimento tem-se a pouca concorrência na região e um bom número de consumidores que estão cada vez mais consumindo cervejas artesanais, nota-se essa tendência de comportamento pelo ingresso no mercado de casas especializadas em vender cervejas artesanais e também sua presença cada vez maior nos supermercados. Por outro lado, viabilidade do investimento terá com ponto fraco a ser trabalhado o produto não conhecido e a marca a ser criada, com o desafio de conquistar o mercado.

A análise dos resultados baseou-se no objetivo proposto pelo estudo que foi verificar como a análise de viabilidade financeira, contábil e econômica pode contribuir na minimização dos riscos e incertezas inerentes a implantação de uma micro cervejaria artesanal na cidade de Ijuí – RS. Inicialmente, foi pesquisado sobre o tema e relatado no referencial teórico que norteou a pesquisa. Em seguida foram apresentados os resultados encontrados através do estudo.

Buscando um ganho maior com um risco menor, pretende-se realizar o investimento com recursos próprio e para definir a taxa mínima de atratividade, temos no mercado financeiro hoje CDB e CDI que rendem em torno de 10% ao ano, portanto definimos a TMA com esse percentual, pois é uma opção de baixo risco e baixo rendimento. Com o empreendimento espera-se ter retornos acima dessa taxa. Conforme o blog Minhas Economias, em 30 de dezembro de 2015, a taxa média do CDI esperada para o ano de 2019 era de 16,59% ao ano, caindo fortemente apenas um ano depois, em 29 de dezembro de 2016, para 11,50% e, mais ainda, para 9,28% no final de 2017.

Quadro 1 – Investimentos necessários

Investimento VALOR VIDA ÚTIL DEP.ANUAL

Panelas 35.000,00 10,00 2.800,00

Fermentador refrigerado 130.000,00 10,00 10.400,00

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Capital de giro 235.000,00

TOTAL 405.000,00 - 14.000,00

Fonte: Elaborado pelo Autor.

O quadro 1 apresentou os investimentos inicias para o negócio, sendo o investimento inicial total no valor de R$ 405.000,00, sendo R$ 35.000,00 em panelas, R$ 130.000,00 em fermentador refrigerado e R$ 5.000,00 em móveis para o escritório, a depreciação anual dos equipamentos e móveis de escritório é de R$ 14.000,00. O valor estimado para o capital de giro é de R$ 235.000,00.

Dentre os investimentos necessários estão aquisições de panelas para produzir 250 litros por batelada, duas vezes ao dia, fermentadores de 500 litros, gastos com legalização da empresa e o capital de giro necessário para o funcionamento inicial do empreendimento, o qual foi definido a partir do levantamento dos custos e despesas iniciais para 7 meses de funcionamento, considerando que a cerveja demora em torno de um mês para ficar pronta e além disso, para introduzir o produto no mercado existe a demanda de financiar o cliente, o que explica esse valor estimado para o capital de giro.

Quadro 2 – Custos Diretos

Custos Variáveis 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO

MP/insumos 174.900,00 244.860,00 349.800,00 349.800,00 349.800,00 Agua 3.600,00 3.600,00 3.600,00 3.600,00 3.600,00 Gás/energia 36.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 Manutenção 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 Comissão De vendas 16.800,00 26.880,00 43.200,00 43.200,00 43.200,00 Impostos 94.080,00 150.528,00 317.520,00 317.520,00 317.520,00 Depreciação 13.200,00 13.200,00 13.200,00 13.200,00 13.200,00 Embalagem 240.000,00 336.000,00 480.000,00 480.000,00 480.000,00 TOTAL 583.580,00 816.068,00 1.248.320,00 1.248.320,00 1.248.320,00

Fonte: Elaborado pelo Autor

O quadro 2 apresentou os custos variáveis, sendo eles: matéria prima/insumos, água, gás/energia elétrica, manutenção dos equipamentos, comissão sobre as vendas, impostos, depreciação e custos com embalagens. No ano 1 esses custos totalizam R$ 583.580,00, no ano 2 R$ 816.068,00, no ano 3 R$ 1.248.320,00, no ano 4 R$ 1.248.320,00 e no ano 5 R$ 1.248.320,00.

Os custos dos insumos foram baseados nos preços de um fornecedor local, o volume adquirido é para produzir pequenas quantidades, podendo tem diminuição nos custos em caso de compra de grandes volumes. São três tipos de cervejas que serão feitas inicialmente, Pisen, American Special Lager e Indian Pale Ale (IPA), as três possuem custos diferentes, mas como base para os cálculos foi adotado os custos da cerveja mais cara Indian Pale Ale (IPA). Considerando também aumento da demanda e

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consequentemente aumento da capacidade produtiva, tem-se a estimação dos custos diretos de produção para cinco anos como demonstrado no quadro 2.

Quadro 3 – Custos e despesas Operacionais

Custos Fixos 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO

Aluguel 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 Tel./Internet 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 Salário 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 13º sal. 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 Assessoria Contábil 3.600,00 3.600,00 3.600,00 3.600,00 3.600,00 Depreciação 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 TOTAL 154.800,00 154.800,00 154.800,00 154.800,00 154.800,00 Fonte: Elaborado pelo Autor

Também foram estimados os custos e despesas operacionais previstos para cinco anos de funcionamento do empreendimento, sendo de R$ 154.800,00 ao ano, onde R$ 18.000,00 referem-se ao desembolso de aluguel, R$ 2.400,00 de telefone e internet, R$ 120.000,00 de salários e encargos, R$ 3.600,00 de assessoria contábil e R$ 800,00 de depreciação. Na sequência (quadro 04) é apresentado a previsão das receitas para os cinco anos de projeção utilizados para a definição da viabilidade do empreendimento.

Quadro 4 – Previsão de receita

ANOS QUANTIDADE PREÇO UNIT Valor Anual

1º Ano 120.000,00 7,00 840.000,00 2º Ano 168.000,00 8,00 1.344.000,00 3º Ano 240.000,00 9,00 2.160.000,00 4º Ano 240.000,00 9,00 2.160.000,00 5º Ano 240.000,00 9,00 2.160.000,00

Fonte: Elaborado pelo Autor.

No primeiro ano do empreendimento a previsão de receita para o primeiro ano é de a receita estimada é de R$ 840.000,00 a projeção de vendas para o primeiro ano do empreendimento é de 120.000 garrafas ao preço de venda de R$ 7,00, no segundo ano a projeção de venda é de 168.000 garrafas ao preço de venda de R$ 8,00, gerando a receita estimada em R$ 1.344.000,00, a partir do terceiro ano a projeção de vendas passa a ser 240.000 garrafas ao valor de R$ 9,00 gerando uma receita líquida de R$ 2.160.000,00.

Destaca-se que no primeiro ano o preço é menor considerando a necessidade de inserção no mercado para um produto novo, ainda não conhecido em termos de qualidade e sabor, aumentando o preço unitário a medida que o produto vai se tornando conhecido e a marca sendo consolidada.

A previsão de receita foi mensurada de acordo com a capacidade de produção de 10.000,00 litros, que equivalem a 20.000,00 garrafas ao mês, com um preço de venda para mercados e lojas de bebidas. A estratégia é de nos primeiros anos ter um preço baixo

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para ganhar mercado e aos poucos ir aumentando para aumentar a lucratividade. No quadro 05, apresenta-se a DRE de acordo considerando as projeções realizadas de receitas, custos e despesas.

Para a projeção do resultado, faz-se necessário definir o regime de tributação, nesse sentido a opção mais econômica para o empreendimento é o Simples Nacional, conforme alteração realizada pela Lei Complementar nº 155/2016, na redação da Lei Complementar nº 123/2006, é permitida a opção, ao Simples Nacional, das micro e pequenas cervejarias referente a fabricação de cervejas e chopes, mesmo com baixo teor alcoólico. A receita obtida na venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte é tributada no anexo II, do Simples Nacional, conforme Lei Complementar nº 123/2006, artigo 18, § 4º, II, sendo que a alíquota de imposto incidente para a atividade varia de 4,5% a 30%. Para o empreendimento em questão é utilizado a alíquota de 11,20% no ano 1; 11,20% no ano 2, 14,7% no ano 3, 14,7% no ano 4 e 14,7% no ano 5, visto que a receita varia do ano 1 para o ano 5.

Quadro 5 – Demonstração do Resultado do Exercício projetado para o período

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 840.000,00 1.344.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 Venda de Mercadorias 840.000,00 1.344.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (94.080,00) (150.528,00) (317.520,00) (317.520,00) (317.520,00) (-) Impostos s/ vendas (94.080,00) (150.528,00) (317.520,00) (317.520,00) (317.520,00) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 745.920,00 1.193.472,00 1.842.480,00 1.842.480,00 1.842.480,00 (-) CUSTO PRODUTO VENDIDO (489.500,00) (665.540,00) (930.800,00) (930.800,00) (930.800,00) LUCRO BRUTO 256.420,00 527.932,00 911.680,00 911.680,00 911.680,00 DESPESAS OPERACIONAIS (154.800,00) (154.800,00) (154.800,00) (154.800,00) (154.800,00) (-) Despesas Administrativas (154.800,00) (154.800,00) (154.800,00) (154.800,00) (154.800,00) RESULTADO ANTES DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS 101.620,00 373.132,00 756.880,00 756.880,00 756.880,00 LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL 101.620,00 373.132,00 756.880,00 756.880,00 756.880,00 RESULTADO ANTES DA PROVISÃO DO IRPJ 101.620,00 373.132,00 756.880,00 756.880,00 756.880,00 RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS IRPJ E CSLL 101.620,00 373.132,00 756.880,00 756.880,00 756.880,00

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RESULTADO LÍQUIDO DO

EXERCÍCIO 101.620,00 373.132,00 756.880,00 756.880,00 756.880,00 Fonte: Elaborado pelo Autor.

De acordo com a Demonstração do Resultado do Exercício apresentada no quadro 5, o resultado líquido do exercício apresentado no ano 1 é de R$ 101.620,00, no ano 2 R$ 373.132,00, no ano 3 R$ 756.880, no ano 4 756.880 e no ano 5 R$ 756.880,00 em cada ano, de acordo com a projeção o empreendimento apresentará um excelente resultado. Esse demonstrativo é a base para calcular e analisar os indicadores de rentabilidade, lucratividade e prazo de retorno contábil. No quadro 06 tem-se a média dos resultados dos cinco anos projetados, tendo um lucro líquido médio de R$ 549.078,40 dividindo pelo valor investido R$ 405.000,00 tem-se um uma taxa média de retorno de investimento de 1,36 isso significa que para cada R$ 1,00 investido haverá um lucro de R$ 1,36.

Quadro 06 – Média DRE dos 5 Anos

Media 5 Anos

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.732.800,00

Venda de Mercadorias 1.732.800,00

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (239.433,60)

(-) Impostos s/ vendas (239.433,60)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 1.493.366,40

(-) CUSTO PRODUTO VENDIDO (789.488,00)

LUCRO BRUTO 703.878,40

DESPESAS OPERACIONAIS (154.800,00)

(-) Despesas Administrativas (154.800,00)

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 549.078,40

LUCRATIVIDADE 31,69%

RENTABILIDADE 135,57%

PRAZO DE RETORNO CONTÁBIL 0,73

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Nota-se que a lucratividade projetada é de 31,69% a.a, alta em relação ao que se espera do setor, assim como a rentabilidade que é de 135,57% a.a, como isso o prazo de retorno contábil é baixo, sendo de 8 meses e 26 dias. A seguir no quadro 07 apresenta-se o fluxo de caixa que serve de base para calcular e apontar os indicadores de viabilidade econômica e financeira.

Quadro 7 – Fluxo de Caixa projetado para o período de análise

ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

INGRSSOS DE RECURSOS FINANCEIROS 840.000,00 1.344.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 Venda de Mercadorias 840.000,00 1.344.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 2.160.000,00 (-) DESEMB DE RECURSOS FINANCEIROS (724.380,00) (956.868,00) (1.389.120,00) (1.389.120,00) (1.389.120,00) (-) Impostos s/ vendas (94.080,00) (150.528,00) (317.520,00) (317.520,00) (317.520,00) (-) Custos dos Produtos vendidos

(CPV) (476.300,00) (652.340,00) (917.600,00) (917.600,00) (917.600,00)

(-) Despesas Administrativas (154.000,00) (154.000,00) (154.000,00) (154.000,00) (154.000,00) FLUXO DE CAIXA

OPERACIONAL 115.620,00 387.132,00 770.880,00 770.880,00 770.880,00

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SALDO INICIAL DO FC (405.000,00) (405.000,00) (289.380,00) 97.752,00 868.632,00 1.639.512,00 SALDO FINAL DO FC (405.000,00) (289.380,00) 97.752,00 868.632,00 1.639.512,00 2.410.392,00

Fonte: Elaborado pelo Autor.

O fluxo de caixa projetado apresenta no ano 1 o ingressos de recursos financeiros é de R$ 840.000,00 e o desembolso de recursos financeiros é de R$ 724.380,00 gerando um resultado operacional de R$ 115.620,00, No ano 2 o ingressos de recursos financeiros é de R$ 1.344.000,00 e o desembolso de recursos financeiros é de R$ 956.868,00 gerando um resultado operacional de R$ 387.132,00, no ano 3, o ingresso de recursos financeiros é de R$ 2.160.000,00 e o desembolso de recursos financeiros é de R$ 1.389.120,00 gerando um resultado operacional de R$ 770.880,00 no ano 4, o ingresso de recursos financeiros é de R$ 2.160.000,00 e o desembolso de recursos financeiros é de R$ 1.389.120,00 gerando um resultado operacional de R$ 770.880,00, no ano 5, o ingressos de recursos financeiros é de R$ 2.160.000,00 e o desembolso de recursos financeiros é de R$ 1.389.120,00 gerando um resultado operacional de R$ 770.880,00. De acordo com a demonstração do fluxo de caixa constata-se que o investimento é favorável, pois o caixa se torna positivo a partir do segundo ano.

Para avaliar se um investimento é atrativo ou não, faz-se necessário definir a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que segundo Souza e Clemente (2008) é a melhor taxa desejada para remunerar o investimento a ser analisado, sendo que a base para estabelecer a TMA, foram mencionadas no início do capitulo 4 e referem-se as taxas de remuneração referente a outras possibilidades de investimentos disponíveis no mercado. Considerando as diversas taxas praticadas no mercado e a dinâmica das mesmas, é difícil estipular qual seria a TMA ideal. A taxa mínima de atratividade escolhida (TMA) é 10 % ao ano que seria o rendimento financeiro a médio prazo de um CDB ou CDI.

Para a avaliação do retorno e para dimensionar os riscos, foi utilizada a Taxa Interna de Retorno (TIR), apresentada no quadro 8. Para Souza e Clemente (2008) a Taxa Interna de Retorno (TIR), por definição é a taxa que torna o Valor Presente Líquido (VPL) de um fluxo de caixa igual a zero.

Quadro 8 – Indicadores de viabilidade contábil, econômica e financeira

ANO TIR-TMA = 10% VPL - TMA=10% PBS PBD - TMA=10% 0 (405.000,00) (405.000,00) (405.000,00) (405.000,00) 1 115.620,00 105.109,09 (289.380,00) (299.890,91) 2 387.132,00 319.943,80 97.752,00 20.052,89 3 770.880,00 579.173,55 868.632,00 599.226,45 4 770.880,00 526.521,41 1.639.512,00 1.125.747,86 5 770.880,00 478.655,83 2.410.392,00 1.604.403,69 Indicadores 83,96% 1.604.403,69 1,75 1,94

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Para o investimento objeto do estudo tem-se uma taxa interna de retorno de 83,96% isso significa que o capital estará remunerado nesse percentual acima da TMA, caso o valor fosse negativo teríamos uma remuneração menor que a TMA.

Na sequência apresenta-se o Valor Presente Líquido (VPL) definido por Padoveze (2011) como um modelo clássico, utilizado para a tomada de decisão e compreende as seguintes variáveis: valor investido, o valor dos fluxos de benefícios futuros, quantos períodos haverão os fluxos futuros e a taxa de juros almejada.

Observa-se no quadro 8 que o valor presente líquido é de R$ 1.604.403,69, maior que zero, ou seja, o retorno do investimento supera a correção monetária no tempo pela TMA. O retorno é alto compensando assim os riscos inerentes ao investimento.

Na sequência apresenta-se o Payback Simples (PBS) e o Payback Descontado (PBD), para Padoveze (2011) o Payback é o tempo necessário para que o investimento inicial seja pago, é complementar no processo de tomada de decisão e eventualmente importante, pois ele demonstra o tempo em que o retorno ocorrerá. O Payback simples, demonstra o tempo para que o investimento seja pago sem correção pela TMA, dessa forma o investimento é pago em um ano oito meses e nove dias.

O Payback descontado, que demonstra o tempo para que o investimento seja pago com a correção pela TMA, dessa forma o investimento é pago em um ano onze meses e oito dias.

O empreendedor segundo Dornelas (2008) é uma pessoa com características especiais pois consegue vislumbrar invenções que revolucionam a humanidade, que está sempre buscando algo novo ou a reinvenção, consegue ver as oportunidades. No presente estudo há conforme os cálculos financeiros há uma grande possibilidade de sucesso do empreendimento, muito deve-se a alteração de tributação que ocorreu para esse ano, onde as pequenas cervejarias poderão se enquadrar no simples nacional.

Constatou-se que é viável a abertura de uma cervejaria artesanal no município estudado, a partir dos dados do mercado (concorrente, consumidor e fornecedores) e econômicos financeiros utilizados, como custos de insumos de fornecedor local com compra de pequenas quantidades, preço de venda abaixo dos preços praticados no mercado e vendas de 50% da capacidade produtiva no primeiro ano 75% no segundo ano e 100% a partir do terceiro ano.

(19)

CONCLUSÃO

A análise de viabilidade econômica financeira é imprescindível para a construção de um plano de negócio, constituindo-se em uma ferramenta importante para auxiliar o empreendedor a planejar, simular cenários e verificar qual será o retorno do seu investimento. Sempre há um risco ao investir para que esse já aceitável o retorno deve compensar. No presente estudo é constatado que é viável a abertura de uma cervejaria artesanal na cidade de Ijuí, mesmo utilizando para os cálculos: custos de insumos de fornecedor local com compra de pequenas quantidades, preço de venda abaixo dos preços praticados no mercado e vendas de 50% da capacidade produtiva no primeiro ano 75% no segundo ano e 100% a partir do terceiro ano.

O fluxo de caixa gerado pelas receitas projetadas mostra que já no segundo ano se tona haverá um saldo positivo. No cenário apresentado o investimento apresenta uma taxa interna de retorno de 83,96% a.a, um VPL positivo de R$ 1.604.403,69, indicando que o investimento é recuperado no segundo ano, de acordo com o payback descontado a uma taxa de 10 % será pago em um ano onze meses e oito dias.

Na DRE simulada o investimento terá lucro já no seu primeiro ano e uma rentabilidade média de 135,57% a.a. O presente estudo tomou como base para a tributação o enquadramento da indústria no simples nacional, que passou a ser permitido nesse ano, e é um dos fatores para que o investimento apresente retorno favoráveis.

Como isso, entende-se que o objetivo proposto pelo estudo foi atendido quando constatado que a análise de viabilidade financeira, contábil e econômica, apresenta contribuições significativa ao empreendedor, ao decidir acerca da viabilidade do negócio, contribuído com a minimização dos riscos e incertezas inerentes a implantação de uma micro cervejaria artesanal no município estudado.

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