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Relatório Final de Estágio Profissional

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Academic year: 2021

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I

Participação ativa no seio Educativo,

o percurso de um Estudante Estagiário

Relatório de Estágio Profissional

Relatório de Estágio Profissional apresentado com vista à obtenção do 2º ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário (Decreto-lei nº 74/2006 de 24 de Março e o Decreto-lei nº 43/2007 de 22 de Fevereiro).

Orientadora: Mestre Mariana de Sena Amaral da Cunha

Mário Jorge Carvalho Oliveira da Silva Porto, Setembro de 2012

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II

Ficha de Catalogação

Silva, M.J.C.O. (2012). Participação ativa no seio Educativo, o percurso de um Estudante Estagiário. Porto: M. Silva. Relatório de Estágio Profissional para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, apresentado à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Palavras Chave: FORMAÇÃO INICIAL; ESTÁGIO PROFISSIONAL; PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA; REFLEXÃO; DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL.

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III

Aparelhei o barco da ilusão E reforcei a fé de marinheiro.

Era longe o meu sonho, e traiçoeiro O mar...

(Só nos é concedida Esta vida

Que temos;

E é nela que é preciso Procurar

O velho paraíso Que perdemos). Prestes, larguei a vela

E disse adeus ao cais, à paz tolhida. Desmedida,

A revolta imensidão

Transforma dia a dia a embarcação Numa errante e alada sepultura... Mas corto as ondas sem desanimar. Em qualquer aventura,

O que importa é partir, não é chegar.

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V

AGRADECIMENTOS

À minha Orientadora, Mestre Mariana de Sena Amaral da Cunha pela disponibilidade, paciência, amabilidade e profissionalismo com que orientou o processo;

Ao Professor Cooperante, Mestre Pedro Marques pela paciência e experiências que me foi proporcionando ao longo de todo ano;

Aos meus colegas de Estágio pela cooperação e entreajuda ao longo de todo o ano;

À minha querida mãe, por ser a mãe que é;

Aos meus irmãos, por todo o apoio e por todo o sucesso que obtive até hoje;

A todos aqueles que me acompanharam nesta vida académica: professores, familiares, amigos, colegas…

À minha querida Zsuzsanna Mohácsi, por toda a felicidade e entusiasmo que sempre me proporciona;

Aos ausentes, sempre omnipresentes.

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VII

Índice Geral

Resumo ... XVII Abstract ... XIX Abreviaturas ... XXI 1- Introdução ... 1 2- Enquadramento Pessoal ... 5 2.1 Reflexão Autobiográfica ... 7 2.1.1 Porquê o Desporto? ... 7

2.1.2 Porquê ser Professor de Educação Física? ... 7

2.1.3 Confronto das expectativas com a Realidade dos Cursos e Estágio Profissional ... 8

3- Enquadramento da Prática Profissional ... 13

3.1 Contexto Legal e Institucional ... 15

3.2 Contexto Funcional ... 18

3.2.1 A importância do professor reflexivo ... 21

3.2.2 A Escola, o Meio e os Alunos… ... 24

3.2.2.1 A Escola e o Meio ... 24

3.2.2.1.1 Caracterização das Infraestruturas Desportivas ... 33

3.2.2.1.1.1 Recintos Cobertos ... 34

3.2.2.1.1.2 Recintos Descobertos ... 43

3.2.2.2 Alunos ... 44

3.2.2.2.1 Caracterização das Turmas ... 49

3.2.2.3 Espaços utilizados com maior frequência pelas turmas… ... 50

4. Realização da Prática Profissional ... 53

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VIII 4.1.1 Conceção ... 56 4.1.2 Planeamento ... 57 4.1.3 Realização ... 60 4.1.4 Avaliação ... 70 4.1.5 Observações ... 73

4.2 Área 2 e 3 – Participação na Escola e Relações com a Comunidade ... 75

4.2.1 Direção de Turma e Fitness Gram ... 75

4.2.2 Corta Mato ... 79

4.2.3 Desporto Escolar – Danças Urbanas ... 82

4.2.4 O Evento de Ginástica relativo ao Desporto Escolar ... 84

4.2.5 EXPOCOLGAIA ... 84

4.2.5.1 Torneio de Futebol para 5º e 6º Anos ... 86

4.2.6 Visita de Estudo ao Estádio do Dragão ... 88

4.2.7 Dia Mundial da Criança ... 88

4.2.8 Arguir Projetos de Aptidão Tecnológica ... 89

4.2.9 Conceção de outras ideias para atividades que não se concretizaram ... 90

4.3 Área 4 – Desenvolvimento Profissional ... 91

4.3.1 O indagar sobre a Instrução durante as Aulas ... 92

Resumo ... 92

Preambulo………..93

Introdução ... 93

Contextualização/Enquadramento concetual ... 94

Inquietações do estudo ... 99

Síntese ... Erro! Marcador não definido. Referências ... 104

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IX

5. Conclusão e Perspetivas para o Futuro ... 105

Bibliografia... 109

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XI

Índice de Figuras

Figura 1 - Mapa da Localização do Colégio de Gaia ... 24

Figura 2 - Colégio de Gaia ... 25

Figura 3 - Fotografias dos Espaços do Colégio de Gaia ... 28

Figura 4 - Fotografias do Pavilhão A ... 34

Figura 5 - Fotografia de Parte do Material do Pavilhão A ... 35

Figura 6 - Fotografias do Pavilhão B ... 37

Figura 7 - Material do Pavilhão B ... 38

Figura 8 - Fotografias do Ginásio C ... 39

Figura 9 - Material do MED na UT de Andebol na Turma 10º AGD ... 69

Figura 10 - Fotografias do Corta Mato ... 81

Figura 11 - Fotografias da Expocolgaia ... 86

Figura 12 - Torneio de Futebol dos 5º e 6º Anos... 87

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XIII

Índice de Quadros

Quadro 1 - Nº de Turmas e Alunos no Colégio de Gaia Ano Letivo de 2011 e

2012 ... 26

Quadro 2 - Nº de Alunos por Ano de Escolaridade. ... 27

Quadro 3 - Nº de Professores por cada Disciplina Segundo o Género ... 29

Quadro 4 - Nº de Alunos por Sexo e Ano de Escolaridade ... 30

Quadro 5 - Nº de Alunos por Cada Ano em Cada Curso ... 31

Quadro 6 - Auxiliares de Ação Educativa que dão Apoio à Educação Física .. 32

Quadro 7 - Recintos Cobertos ... 33

Quadro 8 - Recintos Descobertos ... 33

Quadro 9 - Instalações Pavilhão A ... 34

Quadro 10 - Material do Pavilhão A ... 35

Quadro 11 - Material da Sala de Musculação ... 36

Quadro 12 - Instalações do Pavilhão B ... 37

Quadro 13 - Material do Pavilhão B ... 38

Quadro 14 - Instalações do Ginásio C ... 39

Quadro 15 - Material do Ginásio C ... 40

Quadro 16 - Instalações da Piscina ... 41

Quadro 17 - Material da Piscina ... 42

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XV

Índice de Anexos

Anexos 1 e 2 – Ficha de Caracterização do Aluno e Dados Obtidos ... CXIII Anexo 3 – Unidade Temática de Andebol ... CXL Anexo 4 – Plano de Aula ... CLIX Anexo 5 – Observação a um Professor ... CLXIX Anexo 6 – Time Line ... CLXXI Anexo 7 – Corta Mato ...CLXXIX Anexo 8 – XVI EXPOCOLGAIA ...CLXXXI Anexo 9 – Torneio de Futebol 7x7 dos 5º e 6º Anos ... CLXXXV Anexo 10 – Dia Mundial da Criança ... CLXXXV

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XVII

Resumo

O Estágio Profissional é uma unidade curricular relativa ao curso de 2º ciclo em ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário. O presente Relatório de Estágio tem como intuito relatar, de forma organizada os acontecimentos, as atividades desenvolvidas, dificuldades e reflexões acerca da experiência vivida, com o cerne de tecer uma ligação entre os conhecimentos adquiridos ao longo da formação na Faculdade e a prática supervisionada que nos foi proporcionada. Pretende, ainda, relacionar as expectativas, objetivos iniciais e ações desenvolvidas com os resultados obtidos. Relata igualmente sobre a minha atuação enquanto docente de três turmas, a função de diretor de turma, o acompanhamento do desporto escolar e de outras atividades extra curriculares. O Estágio Profissional ocorreu no Colégio de Gaia, situado em Vila Nova de Gaia, sob a orientação do Professor Cooperante e a Professora Orientadora, em conjunto com dois colegas de estágio. O relatório encontra-se organizado em 5 capítulos: Introdução, Enquadramento Pessoal, Enquadramento da Prática Profissional, Realização da Prática Profissional, Conclusão e Perspetivas para o Futuro. A Introdução refere o meu percurso pessoal e profissional; o segundo capítulo incorpora os pontos: teórico, legal, institucional e funcional bem com a descrição do atual contexto do Estágio Profissional; O Enquadramento da Prática Profissional, refere-se às angústias, às alegrias e às estratégias, ou seja, às principais questões inerentes às funções docentes; no capítulo seguinte, efetuo um relato da realidade, devidamente fundamentado. Nesta parte, decorro de um dos problemas emergentes da prática com o tema: “O Indagar sobre a Instrução nas Aulas”; por fim, na Conclusão, faço um resumo do contributo de todo o Relatório de Estágio na minha formação. Este percurso promoveu uma evolução a nível pessoal e profissional, a nível dos conhecimentos e das relações interpessoais.

Palavras Chave: FORMAÇÃO INICIAL; ESTÁGIO PROFISSIONAL; PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA; REFLEXÃO; DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL.

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XIX

Abstract

The Practicum Training is a course on the 2nd cycle in teaching Physical Education in Primary and Secondary School. This Practicum Training Report has the intention to testimony, in an organized way the events, the activities, challenges and reflections on the Practicum Training, with the intention of making a connection between the knowledge acquired during the learning at the University and supervised practicum training we were provided with. It also intends to relate to expectations, initial goals and actions developed with the results. Reports also about my performance while teaching three classes, the role of director of a class, the observation and help at school sports and other extra curriculum activities. The Practicum Training occurred in the Gaia College, located in Vila Nova de Gaia, under the guidance of Cooperating Teacher and University Supervisor, together with two other Student-Teachers. The report is organized into five chapters: Introduction, Personal Background, Contesting for Professional Practice, Implementation of Professional Practice and finally, Conclusion and Perspectives for the Future. The Introduction refers to my personal and professional journey; the second chapter incorporates the points theoretical, legal, institutional and functional along with the description of the current context of the Practicum Training; The Contesting of Professional Practice, refers to the anxieties, joys and strategies, it means, to the main issues related to teaching duties; in the next chapter, I make a report of reality, sustained. In this part, I speak about one of the problems emerging from practice with the theme: "The Inquiring about Instruction during class"; and finally, in conclusion, I make a summary of the contribution of all the Practicum Training Report in my learning. This long walk provoked an developing of my personal and professional level, also of my knowledge and interpersonal relations.

Palavras Chave: INITIAL PHYSICAL EDUCATION TEACHER TRAINING; PRACTICUM TRAINING; REFLECTING; PROFESSIONAL EVOLUTION.

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XXI

Abreviaturas

CG – Colégio de Gaia DT – Diretor de Turma EE – Estudante Estagiário EP – Estágio Profissional

FADEUP – Faculdade de Desporto da Universidade do Porto MED – Modelo de Educação Desportiva

PC – Professor Cooperante

PO – Professora Orientadora da Faculdade PFI – Projeto de Formação Individual RE – Relatório de Estágio

UD – Unidade Didática UT – Unidade Temática

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Segundo o regulamento, o “Estágio Profissional (EP) visa a integração no exercício da vida profissional de forma progressiva e orientada, através da prática de ensino supervisionada em contexto real, desenvolvendo competências profissionais que promovam nos futuros docentes um desempenho crítico e reflexivo, capaz de responder aos desafios e exigências da profissão.”1

É a experimentação do exercício da profissão em contexto real que atribui ao Estudante Estagiário (EE) confiança e mobilização dos seus conhecimentos. Diria que neste ano se transforma tudo aquilo que fui adquirindo ao longo da minha formação académica. É o culminar de um ciclo de aprendizagem, tendo em vista a necessidade de efetuar investigação-ação constante, para que se possa desempenhar esta profissão com o cuidado que esta merece. A pluralidade de funções associadas à carreira docente permite-me evoluir a todos os níveis, alargando o permite-meu leque de conhecipermite-mentos, experiências e melhorando a relação ser humano/sociedade. Isto contribui para a formação de professores competentes e capazes.

Segundo as Normas Orientadoras de Estágio, “o EP visa a integração no exercício da vida profissional de forma progressiva e orientada” que neste caso decorreu no Colégio de Gaia (CG), desenvolvendo “competências profissionais que promovam nos futuros docentes um desempenho crítico e reflexivo, capaz de responder aos desafios e exigências da profissão.”2

O RE encontra-se inserido no âmbito das atividades do EP, referente ao segundo ano do Segundo Ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Faculdade de Desporto, da Universidade do Porto.

Este RE, tem como intuito relatar, de forma organizada os acontecimentos, das atividades desenvolvidas, dificuldades e reflexões acerca

1

Regulamento da Unidade Curricular Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao

Grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z. 2

Normas Orientadoras do Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de

Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z.

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da experiência vivida, com o cerne de tecer uma ligação entre os conhecimentos adquiridos ao longo da formação na Faculdade e a prática supervisionada que nos foi proporcionada. Pretende, ainda, relacionar as expectativas, objetivos iniciais e ações desenvolvidas com os resultados obtidos. Relata igualmente a minha atuação enquanto docente de três turmas, a função de Diretor de Turma (DT), o acompanhamento do desporto escolar e de outras atividades extra curriculares. Em suma, este documento é uma reflexão acerca do trabalho realizado ao longo do meu ano de EP.

O presente relatório tem origem no Projeto de Formação Individual (PFI). Nele foi exposto o trajeto realizado integrando a caracterização do contexto e das expectativas em relação ao EP, o plano relativo aos objetivos de cada área de desempenho, principais dificuldades e estratégias.

Este documento encontra-se dividido em cinco partes fundamentais. Uma primeira, denominada de Introdução, em que se realiza a caracterização geral do estágio e os respetivos objetivos, bem como a finalidade da realização deste mesmo relatório. Na segunda, dimensão pessoal, é apresentada uma breve reflexão biográfica, expectativas e confronto com a realidade do contexto de EP. Em seguida, na terceira parte do RE, encontra-se o “enquadramento da prática profissional”, na qual são versados os contextos legal, institucional e funcional do EP. Na quarta parte, realização da prática profissional, espelha-se a sua concretização, no que à preparação e realização do ensino concerne. São, ainda, relatadas as atividades desenvolvidas com vista à participação e relação com a comunidade educativa e é também desenvolvido um estudo de investigação, de natureza eminentemente concetual intitulado de: “O indagar sobre a instrução durante as aulas”. Por fim, na quinta parte, apresenta-se a conclusão de todo o processo de estágio profissional vivenciado e as perspetivas de formação e atividade profissional para o futuro.

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2.1 Reflexão Autobiográfica

2.1.1 Porquê o Desporto?

Desde cedo, foram bastantes e diversos os episódios da minha infância que me ligaram à atividade desportiva. Tais como: programas televisivos a atividades escolares e a brincadeiras com os irmãos e amigos. O ambiente rural e o enorme espaço disponível para brincar, no local onde residia, facilitavam a predisposição para a prática desportiva.

Como em quase todas as vilas e cidades do país, também em Válega, vila onde cresci, havia um campo de futebol. Desde cedo me liguei a esta modalidade, já depois de ter experienciado o Karaté. Foi também determinante o gosto e prazer que sentia nas aulas de educação física e em todas as atividades que o agrupamento desta disciplina desenvolvia na escola (corta mato; pedipaper; Sunny D 3x3; entre outras mais).

Todas estas experiências desportivas que ia praticando de forma mais ou menos organizada promoveram uma boa socialização e desenvolvimento das minhas capacidades físicas, até então bastante reduzidas.

Vivi momentos felizes, como a ida à seleção da Associação de Futebol de Aveiro (AFA), que me motivaram para que lutasse por um sonho de ser futebolista profissional e me habituaram ao culto e gosto pelo Desporto.

2.1.2 Porquê ser Professor de Educação Física?

No meu 9º ano tomei uma opção que determinou a minha chegada até aqui. Essa teve que ver com a área educativa que teria que escolher para o ingresso no ensino secundário. Entre Desporto e Educação Visual, optei pela primeira, pois considerei que o gosto que tinha e tenho pelo desenho e arte, pode facilmente ser satisfeito com atividades livres em casa. Já o desporto, como disse acima na minha reflexão, está-me “no sangue”. Desde pequenino teve uma influência bastante superior na minha pessoa quando comparado com outras áreas disciplinares. Assim sendo, autoquestionei: se gosto tanto do

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desporto e se este me ajudou tanto na formação da minha pessoa, por que não trilhar este caminho, ajudar, e orientar outras pessoas, através da prática desportiva?

Como tal, aqui estou eu agora, num momento fulcral do meu percurso formativo, a seguir a carreira de Docente de Educação Física, que concilio com a função de Treinador de Futebol no Boavista FC, pronto a guiar os nossos alunos e jogadores, por bons caminhos, com o Desporto para os “iluminar”.

2.1.3 Confronto das expectativas com a Realidade dos

Cursos e Estágio Profissional

Ao longo do meu percurso no curso de Desporto no Secundário, na Escola Secundária c/ 3ºCEB José Macedo Fragateiro; na licenciatura da FADEUP que entretanto fora transformada por Bolonha; no ano em que realizei Erasmus na Hungria, em Budapeste; e, agora, no Mestrado em conclusão, fui confrontado com uma diversidade de realidades. Umas que, por um lado, confirmaram as minhas espectativas, outras que nem tanto, mas que deram sempre algum acréscimo à minha formação profissional, enquanto professor, e ao meu desenvolvimento enquanto pessoa, cidadão e Ser Humano. Passo agora a refletir, ainda que sucinta e gradualmente, sobre estes confrontos com a realidade.

No secundário, esperava um curso com bastante prática desportiva, com um leque mais amplo de modalidades desportivas e com um conhecimento mais íntegro de cada uma delas. O curso correspondeu a essa espectativa, indo ainda mais além no que respeita a cargas de treino, características no foro fisiológico, entre outros aspetos, que me vieram a servir de ligação para a licenciatura em Ciências do Desporto.

Quando entrei na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, não tinha uma perceção clara do que me esperava; tinha sim uma meta a atingir: a conclusão do curso para poder cumprir os sonhos de outros que outrora foram os meus. Esperava um curso com bastante prática, em que pudesse aprender

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a fazer e aprender a ensinar. Não antecipava que integrasse um número considerável de unidades curriculares de foro teórico, cuja transferibilidade para a prática, na altura, me parecia pouco provável mas que, neste momento, redijo a minha tese, lhes dou o devido valor. Sinto-me capacitado para refletir de uma forma abrangente e conhecedora da matéria, pois penso que as unidades curriculares teóricas, me ajudaram a fazer a ligação do meu conhecimento teórico e “solto”, a um conhecimento tácito, claro e sustentado. Ou seja, consigo agora, expor mais facilmente o meu pensamento com a ajuda de todo esse conhecimento que foi adquirido e que agora é requisitado.

O ano em que realizei o programa Erasmus foi dos mais ricos de todos os anos de formação vivenciados. Desenvolvi a minha capacidade ao nível de línguas estrangeiras (Inglês; Espanhol; Húngaro…); confrontei-me com novas realidades; familiarizei-me com modalidades distintas (ténis, orienteering, Ice Skating, Archari, Esgrima, entre outras) que até então não tinha praticado; abordei modalidades que já conhecia, utilizando outras formas, métodos e níveis de profundidade de desenvolvimento distintos da FADEUP. Não obstante, todas tiveram um impacto importante na minha formação. A nível teórico também tive disciplinas que coincidiam ou viriam a coincidir com matérias de ensino que tinha lecionado ou que viria a lecionar, na sua generalidade, na FADEUP.

Posteriormente, no Curso de 2º Ciclo de Ensino de Educação Física nos ensinos Básico e Secundário da FADEUP, fui confrontado com disciplinas tais como Didática Geral, Desenvolvimento Curricular, Investigação Científica que provaram mais tarde, e em alguns casos no imediato, o seu valor e grande utilidade. Unidades curriculares como as Didáticas específicas de variadas modalidades, abordadas de forma e métodos diferentes, proporcionaram experiências e vivências diversas. Estas revelaram-se importantíssimas e enriqueceram as minhas capacidades para o estágio que se avizinhava, bem como para o cumprir das funções, compreensão do papel e estatuto de ser professor. Exalto, a título de exemplo o Modelo de Educação Desportiva (MED), aplicado nas aulas da Didática do Atletismo. Das aulas lecionadas, em grupos de 6 elementos, ainda que pontualmente, experienciamos nas escolas a lecionação através das coligações e acordos que a Faculdade tem com as

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escolas, proporcionando vivências interessantes, pertinentes para a nossa posterior adaptação de aluno para professor e meio escolar.

Para culminar, no meu ponto de vista, o ano mais importante e em que senti mais evolução, enquanto professor e aluno simultaneamente; o ano que fez as pontes entre todas as disciplinas por que passei demonstrando, por fim, a sua pertinência e transferibilidade; o ano que me transformou e fez a transição do ser aluno para o ser professor foi ano do Estágio Profissional.

Considero que senti, e ainda sinto, diversas expectativas, em distintos momentos. Tive expectativas quanto à escola onde iria lecionar, pois necessitava de ficar colocado em Vila Nova de Gaia, minha área de residência; quanto ao professor orientador e colegas estagiários; ao nível de ensino que me iria ser atribuído; e, por fim, aos alunos que me iriam ser facultados.

Ao longo do meu trabalho e da minha vida deparei-me com dificuldades que tive de aprender a ultrapassar. Aprendi estratégias que me ajudaram até hoje e penso que sempre me irão ajudar no meu futuro enquanto docente. Continua, assim, a paixão, vontade de trabalhar com crianças e jovens; a vontade de indagar em muitas outras coisas que estou constantemente a descobrir.

Deste modo, agora chegava a minha vez. Esperava adquirir hábitos de trabalho em grupo e no seio escolar que me permitissem fazer outras pessoas felizes. Esperava testar e melhorar as minhas capacidades a nível do ensino para que pudesse fazer outros jovens e crianças acreditar numa vida próspera. Ajudando a concretizar os sonhos dos meus alunos, realizaria os meus! Esperava divertir-me, ter prazer e ser feliz no estágio e na profissão que espero vir a exercer, fazendo os outros crescer e florir para o mundo com um sorriso colorido nos seus rostos. Pretendia dar oportunidade a todos de constatarem que, pelo Desporto, se conseguem criar bons hábitos, caminhos e novas perspetivas de vida.

Sabia que não ia ser fácil, mas tal como refere Cury (2004) não importa o tamanho dos obstáculos, mas o tamanho da motivação que temos para os

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superar, e a motivação nesta área foi sempre algo que acompanhou toda a minha formação.

A minha área de melhoria era claramente a escrita e elaboração de documentos, começando pelo plano de aula, mostrou-se também uma dificuldade a área da instrução, que daria origem ao meu estudo.

Para mim, a minha classificação de estágio, era tão importante quanto a minha missão de ensinar jovens e promover felicidade neles. Para tal, apesar de todos estatutos e papéis que decidi assumir nesta fase da minha formação inicial, esperava poder conciliar tudo isso e alcançar e merecer um resultado final que rapidamente me pudesse colocar na posição de professor, a ensinar crianças e jovens na atividade desportiva, que é o que mais gosto de fazer. Obviamente, tal como toda a gente, pretendo procurar estabilidade na minha vida para poder criar família e ser feliz.

Assim sendo, havia que cumprir as funções essenciais para o nosso futuro tais como diagnóstico das necessidades e planificações do desenvolvimento profissional, capacidade reflexiva e autónoma de natureza teórica e prática da atividade do professor.

Tinha e tenho presente que a paixão, a devoção e o empenho foram três “ingredientes” fundamentais para realizar um bom trabalho quer no EP, quer no futuro enquanto docente, quer como Ser Humano.

Esta foi a primeira impressão que tive, presente no meu PFI, agora reescrita para esta tese final do relato da prática em contexto real de ensino.

Concluindo, posso dizer que o que esperava se tornou realidade. Houve sempre uma “moeda” que me dava resultados, o “tempo” que passava em reflexão, em lecionação e na envolvência do meio educativo, foi o meu “lucro” final. Lucro esse que se expressou em mais conhecimento, maior confiança e determinação. Maior e melhor organização, mais eficácia através da eficiência planeada, prevista e organizada. Reflexão após reflexão, individual e em grupo, observação após observação, minhas, dos meus colegas, nossas, dos professores cooperante e orientador. Foi este “tempo” que foi passando que com o “Sol” do meu trabalho, foi amadurecendo o “fruto” do meu conhecimento

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e espalhou “sementes” pelos meus alunos e colegas de estágio que, bem tratadas podem dar origem a “árvores” com raízes e ramos fortes que resistirão aos invernos mais frios e prosperarão nas primaveras mais propícias.

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3.1 Contexto Legal e Institucional

O EP é um processo supervisionado que se realiza no âmbito da formação de professores, integra a unidade curricular do segundo ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, na FADEUP e que conduz ao grau de Mestre em Ensino de Educação Física. Realiza-se no 2º ano do 2º ciclo de estudos e inicia-se em Setembro, terminando no final do ano letivo da escola onde é realizada essa prática (Junho/Julho). Esta é uma ponte de ligação entre o aluno e professor estagiário para o exercício da profissão de professor, em contexto real de trabalho, querendo fundamentalmente preparar o profissional de uma formação adequada e apoiada nos aspetos fundamentais da especialidade3. A meu ver, a experiência vivida das coisas é a mais rica (pp. 2-7).

Também segundo o documento orientador da unidade curricular de estágio4 a organização do EP é da responsabilidade do professor regente em cooperação com a Comissão Científica e a Comissão de Acompanhamento do Curso de Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário. Esta prática é orientada e supervisionada por um docente da FADEUP designado de PO, e por um outro docente da escola em questão, denominado de PC. O primeiro tem a tarefa de supervisionar a prática de ensino do estudante em todas as áreas de desempenho, garantindo o apoio e a supervisão nas tarefas propostas para o estagiário. O PC tem como funções supervisionar as atividades letivas dos estagiários nas turmas que lhes foram atribuídas, bem como nas restantes tarefas planeadas, dinamizando as atividades do núcleo de estágio através de reuniões e seminários (pp. 2-7).

O EP e tudo o que dele decorre, realiza-se na escola cooperante e na FADEUP, e todas elas podem ser de cariz individual ou de grupo, tendo em

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Regulamento da Unidade Curricular Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao

Grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z. 4

Regulamento da Unidade Curricular Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao

Grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z.

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conta o tipo de tarefa a realizar. Cada EE pertence a um grupo designado de núcleo de estágio (NE)5.

As tarefas de ensino aprendizagem propostas passam por prestar serviço docente nas turmas que lhes foram atribuídas, cumprindo com as respetivas atividades de planeamento, realização e avaliação. Observação das aulas orientadas pelos colegas e PC ou outros professores da instituição, e execução das tarefas consideradas pelos orientadores, como fundamentais para a formação do estudante nas diferentes áreas: Organização e gestão do ensino e aprendizagem, participação na escola, relação com a comunidade e desenvolvimento profissional6.

O EP visa desenvolver todas as competências profissionais do estagiário enquanto professor, através do seu espírito crítico e reflexivo, tornando-o num sujeito capaz de responder aos desafios e exigências da sua futura profissão7.

Considero imprescindível o EP, dado decorrer numa situação real e adequada para a mobilização dos saberes adquiridos. A realização do EP deu-se deu-sempre que possível num contexto o mais próximo da realidade da profissão, promovendo um caráter rico e formativo. Aos professores/estudantes foi possível questionar, analisar a sua prática e se consciencializarem dos saberes profissionais, dando assim início ao seu desenvolvimento enquanto professores, tornando-o amplo e contínuo. O questionamento durante a prática sugere o aparecimento de um professor reflexivo, demonstrando que é capaz de construir o saber a partir da experiência (Schön, 1995).

Esta prática aproximada da realidade permite-me construir e criar uma postura mais realista e inovadora em relação à prática profissional promovendo um conhecimento mais amplo e crítico em relação à minha própria atuação. Permite-me perceber o processo de ensino através de uma ação mais

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Regulamento da Unidade Curricular Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao

Grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z. 6

Regulamento da Unidade Curricular Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao

Grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z. 7

Normas Orientadoras do Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de

Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z.

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reflexiva, levando-me a pensar sobre o papel social e profissional, de um professor. Promove assim, um docente mais capaz e eficiente8 (pp. 7-8).

A escola é um meio fantástico para troca de experiências e conhecimentos. Colabora na construção da personalidade do jovem, contribuindo para a promoção do sucesso dos seus alunos na sociedade. Neste sentido, o CG, local onde passei o meu ano de EP, é considerado um ambiente essencial na formação da pessoa, não só dos alunos que a frequentam, mas também para quem assume outros papéis, nomeadamente, o de Professor. Penso ser essencial suscitar nos alunos a curiosidade, a criatividade e a reflexão para assim assegurar o desenvolvimento das suas capacidades intelectuais e humanas que posteriormente lhes vão permitir a adaptação ao “mundo real”.

Ser professor é uma profissão de grande rigor, exigência, respeito, dignidade, orgulho, responsabilidade e paixão, que envolve o prazer de ensinar e suprir as dificuldades e necessidades dos alunos; é ter consciência da responsabilidade que tem na sociedade do amanhã e, por isso, importa que o professor tenha uma atividade interativa que envolva os interesses, desejos e necessidades do outro. É uma profissão onde estão implicadas relações na ordem do social, psíquico e humano. Segundo esta perspetiva ser professor implica vontade de aprender, participar no crescimento social, ter capacidade de utilização do conhecimento e da experiência exigindo uma constante tomada de decisões em busca de solução para os problemas do processo de ensino aprendizagem (Alves & Sommerhalder, 2010). Em suma, ser professor é ser mestre do ensinar através da descoberta guiada; de ensinar deixando os alunos seguirem e construírem o seu próprio caminho.

Por outro lado, o ser professor de Educação Física é também atender às necessidades específicas da sociedade, nomeadamente, o facto de o aluno ter necessidade de programas de exercício físico para alcançar uma melhor qualidade de vida e bem-estar físico, o que impreterivelmente implica que haja profissionais que apliquem e promovam essas atividades (Ghilardi, 1998). Tal

8

Normas Orientadoras do Estágio Profissional do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de

Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundário da FADEUP: 2011-2012. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Matos, Z.

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como nos foi pedido no CG pelo grupo de Educação Física, devemos fomentar e consciencializar os alunos de que o exercício físico é fundamental para atingir uma boa qualidade de vida. Assim, as tarefas propostas pelo professor de Educação Física devem possibilitar ao indivíduo o seu crescimento e desenvolvimento em termos motores e intelectuais, respeitando a diversidade de alunos e atendendo às suas características individuais, possibilitando o melhoramento da sua qualidade de vida 9 (pp. 11-15).

Ser professor de Educação Física no CG é procurar equilibrar todos os aspetos referidos e traduzi-los numa relação pedagógica saudável e positiva, com o intuito de provocar aprendizagem nos alunos e de manter o seu bem-estar num nível mais elevado.

Neste colégio, enquanto professores estagiários e alunos, estamos incumbidos desta dupla ação: a de ensinar e a de aprender. Deste modo, um dos objetivos a que me propus foi o de ser capaz de aproveitar o carisma e a ideologia da escola que defende que os professores devem estar em constante formação, promovendo na minha pessoa essa mesma premissa.

A constante aprendizagem proporcionada no CG advém também, da inter-relação do meu NE, bem como do PC e da PO.

3.2 Contexto Funcional

O NE é constituído por cinco elementos, três dos quais EE. Não nos conhecíamos bem, mas ao longo do tempo, as tarefas que nos foram incumbidas, promoveram encontros constantes. Fomos criando laços de trabalho e com estes, laços de amizade, que proporcionaram uma base excelente para o trabalho. Dois de nós, obtivemos a formação na FADEUP, o terceiro elemento fez somente o mestrado na nossa faculdade. Além disto, a preparação das aulas, a reflexão sobre a prática e o planeamento de diferentes atividades, implicou uma distribuição e partilha de responsabilidades e de

9

Projeto Educativo Colégio de Gaia: 1998-99. V.N. Gaia: Colégio de Gaia. Conselho Pedagógico.

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tarefas que foram desenvolvidas num ambiente que foi crescente em produtividade.

Necessitámos de compatibilizar horários, personalidades e métodos de trabalho, o que nos permitiu estar mais tempo juntos e assim, desenvolver mais quantidade e melhor qualidade de trabalho. Este ajustamento entre nós, foi essencial para o nosso sucesso, para responder às necessidades do EP e todo o desenvolvimento que cada um de nós retirou dele.

O PC acompanhou-nos sempre, assim como a PO. Fizeram-no de forma regular e estiveram sempre presentes nos momentos certos. Ajudaram-me regularmente em todas as tarefas, foram fundamentais para uma inicial adaptação ao colégio e estágio propriamente dito; inclusive no que refere ao “Ser Professor” e tudo o que isso implica. Incentivaram-nos à reflexão constante em relação à nossa prática, ao trabalho em grupo, com intuito de nos tornamos cada vez melhores, incutindo em nós a necessidade de uma formação contínua. Todos tiveram um papel importante ao longo do processo, não só através da troca de experiências, mas também das discussões construtivas, observações e sugestões para que pudéssemos aspirar a uma constante construção, enquanto profissionais da educação. “Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem a serenidade para esvaziar e sensibilidade para aprender” (Cury, 2004, p. 15)

Para além destes intervenientes toda a comunidade educativa do CG contribuiu fortemente para o sucesso de todo o NE. Foram sempre carinhosos e mostraram-se sempre disponíveis.

Ainda no que refere a este contexto, é importante referir que no ensino secundário, no CG, a carga horária semanal destinada à disciplina de Educação Física é de um período de 90 minutos por semana. O número total de horas de Educação física por ano corresponde a cerca de cinquenta.

Do meu ponto de vista, dada a diversidade de modalidades passíveis de serem abordadas, este número de horas é bastante limitativo. Ainda mais se tivermos em conta, que seguindo as normas que nos foram passadas para as aulas de educação física, cada bloco de 90 minutos são na verdade 70.

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A nível das modalidades a lecionar, o programa de Educação Física do CG, prevê as seguintes: Andebol; Atletismo; Basquetebol; Futebol; Ginástica Acrobática; Ginástica de Aparelhos; Ginástica de Solo; Voleibol e Orientação. Contudo, existem outras modalidades que também podem ser abordadas pelos professores, por exemplo o Corfebol, Judo, Ténis, entre outras.

As aulas de Educação Física são lecionadas apenas por um professor, mas as aulas de Animação e Gestão Desportiva (APD) são ensinadas por dois docentes, ora por turnos, ora em conjunto, consoante o planeamento que for efetuado para cada UT. Numa das minhas turmas, tive a oportunidade de lecionar aulas de APD e pude faze-lo por turnos, com a turma completa, com ou sem o auxilio do outro professor.

Devo salientar que o meu relacionamento com os outros docentes era mais efetivo no grupo de Educação Física. Como seria de esperar, tive um contacto mais próximo, afetivo e frequente com eles. Foram estes quem mais me ajudaram a ultrapassar os obstáculos que todos os dias se iam revelando. Porem, mantive contacto com professores de outras áreas, embora menos frequentemente. As necessidades e eventualidades do dia a dia, foram proporcionando tal interação e assim fui também conhecendo melhor estes docentes .

Considero uma mais-valia quando pessoas de distintas áreas se juntam! Mais ideias, opções, metodologias, estratégias, que ao serem discutidas contribuem para o enriquecimento pessoal e coletivo. Também a experiencia dos “dinossauros”, tal como alguns professores mais velhos da casa se intitulavam, conta muito. Havia que absorve-la.

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3.2.1 A importância do professor reflexivo

“O caminho percorrido pelo horizonte da reflexão é a direção que possibilita, diante de todos os limites, um rompimento radical como os mesmos. A reflexão como alternativa à educação, no contexto da globalização, é uma especificidade que nos permite ultrapassar os muros da mera reprodução (…) A informação transmite-se, o conhecimento adquire-se através da reflexão crítica”

(Ghedin, 2006, pp. 146-147)

A reflexão sobre a aprendizagem e o ensino é, por tanto, um fator considerado primário no desenvolvimento profissional dos docentes, assim sendo, o modelo reflexivo rege no EP no que respeita ao contexto geral. Este modelo pretende que os EE sejam capazes de refletir sobre as suas vivências e experiências relativas à sua prática, para que possam evoluir como profissionais.

John Dewey (1933), filósofo da educação, no início do século XX, defendia a importância do pensamento reflexivo e escreveu sobre o papel da reflexão nos seus livros How we think e Logic: The theory of inquiry. Este autor reconhecia que o homem reflete sobre um conjunto de coisas, no sentido em que pensa sobre elas, mas o pensamento analítico só tem lugar quando há um problema real a resolver. Ou seja, a capacidade para refletir ocorre quando é detetado um problema, de um dilema e a aceitação da incerteza. O pensamento crítico ou reflexivo tem subjacente uma avaliação contínua de crenças, de princípios e de hipóteses face a um conjunto de dados e de possíveis interpretações desses dados.

A ideia de reflexão surge assim associada ao modo como se lida com os problemas da prática profissional, deve-se aceitar a incerteza e estar aberto a novas hipóteses dando, assim, forma a esses problemas, descobrindo novos caminhos, construindo e concretizando soluções. Em suma, este processo envolve um equacionar e reequacionar de uma situação problemática.

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Os professores reflexivos desenvolvem a prática com base na sua própria investigação-ação num dado contexto escolar ou sala de aula, que se constituem sempre como um caso único. A prática é sustentada em teorias da educação em relação às quais o professor mantém uma perspetiva crítica. Deste modo, a prática é sujeita a um processo constante de vaivém que conduz a transformações e a investigações futuras (Dewey, 1933).

Zeichner (1996) adianta que a reflexão constituiu uma dimensão do trabalho do professor que, para ser entendida, precisa integrar as condições de produção desse trabalho. As escolhas e as opções que os professores fazem têm implicações nas oportunidades que são proporcionadas às crianças e, neste sentido, na justiça social. Assim, um professor que não reflete sobre o ensino atua de acordo com a rotina instituída, aceitando a realidade da escola, sendo que os seus esforços vão no sentido de encontrar as soluções que outros definiram por ele. Pelo contrário, o professor reflexivo busca o equilíbrio entre a ação e o pensamento sendo que uma nova prática implica sempre uma reflexão sobre a sua experiência, as suas crenças, imagens e valores. Este apresenta-se como possibilidade de desenvolver e aprofundar a compreensão sobre a prática educacional, pois, à medida que o professor dá um significado diferente às suas crenças, ele está a produzir mudanças na sua prática. É um processo que envolve ação-reflexão-ação propondo que o profissional repense as suas ações em relação a sua praxis pedagógica que precisa de estar constantemente a ser revista.

Como tal, o ensino reflexivo pede uma permanente autoanálise por parte do professor, o que implica abertura de espírito, análise rigorosa e consciência social. Depreendo que no que à Educação Física diz respeito, o professor deve analisar a situação, perceber os alunos com que está a trabalhar, o que se espera que eles aprendam, o que se entende hoje por aprender e ensinar na disciplina e o seu papel na formação pessoal e social do aluno. É este processo investigativo realizado pelo professor, em termos individuais e coletivos, que o leva a ação. Contudo, para que este processo tenha lugar é necessário que o professor questione e reflita sobre situações de sala de aula,

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ginásio, pavilhão, piscina, entre outros e que o faça num contexto adequado (Zeichner, 1996).

Esta ação reflexiva confere poder emancipatório ao professor e não pode ser dissociada do contexto social e cultural em que se insere. Implica um “desejo ativo” de transformação no sentido de alterar a situação social onde nos movimentamos, quer seja a escola quer seja a sala de aula. Assim sendo, o professor reflexivo é alguém que atribui importância a questões globais da educação, como as finalidades e as consequências do ponto de vista social e pessoal e a racionalidade dos métodos e do currículo, bem como a relação entre essas questões e a sua prática de sala de aula (Zeichner, 1996).

A importância e a necessidade de conhecer e refletir sobre os processos formativos da docência são essenciais à prática pedagógica e consequentemente na formação do “professor reflexivo”. Trazendo estas noções para o meu processo de formação, considero que é essencial encarar o estágio com uma atitude investigativa, que envolva a reflexão, assumindo-o como uma intervenção num espaço de atuação – a escola (Zeichner, 1996).

A instrução é também um momento fundamental na comunicação com os alunos. Esta foi uma das áreas em que senti maior debilidade. Dada a relevância de uma atitude investigativa e reflexiva no EP tal como acabei de abordar, baseei o meu estudo nesta área, a instrução. Tinha como intuito, aprimorar as minhas capacidades nesta tarefa, tornando-me mais claro, preciso e eficaz na transmissão de informação e na relação professor aluno. A par com esta investigação, fui anotando nas minhas reflexões sobre os sucessos e insucessos das estratégias adoptadas, nas várias turmas, ou seja em vários contextos. Este tema será desenvolvido no capitulo do Desenvolvimento Profissional.

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3.2.2 A Escola, o Meio e os Alunos…

3.2.2.1 A Escola e o Meio

Cunha (2008) refere que as escolas, enquanto lugares de trabalho, têm uma cultura própria que, por mais heterogenia e dispersa, influência e enquadra a ação do professor. Neste seguimento, Martin (2009) diz ser necessário descrever o contexto do EP, dada a relevância dos contextos escolares, pela sua influência na melhoria da qualidade do trabalho dos professores e aumento das oportunidades de prática, ou pela negativa, por limitarem a sua ação. Assim sendo, passarei a descrever o mesmo.

O CG, encontra-se

situado no Distrito do Porto, Concelho de Vila Nova de

Gaia, na Freguesia de

Mafamude. O Endereço do Colégio de Gaia é a Rua Pádua Correia, 166, 4400-238, Vila Nova de Gaia, Portugal.

O CG tem uma acessibilidade privilegiada: metro a 300m, acesso direto ao IC23, onde ainda contem a estação de comboios de General Torres a vinte minutos da escola.

Este colégio foi fundado pelo Bispo do Porto, D. António Meireles, em 1932/33 com o nome de Colégio Externato de Gaia. Os terrenos onde se encontra o Colégio de Gaia foram doados pela D. Maria Margarida Magalhães e Silva que continha uma propriedade chamada "Quinta do Trancoso", situada no lugar de Trancoso, da Freguesia de Mafamude, impondo o encargo de ensino aos jovens da Vila. Contudo deu o seu início como colégio a 1933

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(Somente no Ensino Primário e Preparatório). Em 1937 foi iniciado o 2º ciclo, tendo o 3º ciclo sido autorizado, mais tarde, em 1961. Em 1963 o colégio atingiu cerca de 700 alunos, o que aumentou significativamente em 1984 onde estudavam cerca de 2500 alunos, de ambos os sexos e abrangendo desde a pré-escolar até ao curso unificado e curso complementar do 10º, 11º e 12º anos.

Figura 2 - Colégio de Gaia

Ao longo de todos estes anos esta entidade privada sofreu grandes evoluções ao ponto de ser hoje considerado o maior colégio do país no que diz respeito a instalações escolares, desportivas e espaços exteriores.

É um estabelecimento de ensino diurno, que contém alunos desde o pré-escolar, até ao secundário, com uma organização a nível de horários muito própria. Respeita uma hierarquia própria, onde cada função tem a sua importância, para o desenvolvimento da escola. De referenciar que o Ensino Básico é de regime Privado e o Ensino Secundário é Financiado pelo Estado.

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Através do quadro n.º1 apresentado pretende de uma forma generalizada, apresentar o número de alunos que integram a escola, por sexo e ano de escolaridade.

Quadro 1 – Nº de turmas e alunos no Colégio de Gaia ano letivo de 2011 e 2012

Ano de Escolaridade

N.º de turmas

N.º de alunos por Ano de escolaridade PE3 1 20 PE4 1 27 PE5 1 25 1º ano 2 46 2º ano 2 41 3ºano 2 40 4º ano 2 49 5º ano 3 75 6º ano 2 42 7º ano 1 30 8º ano 2 55 9º ano 2 64 10º ano 11 317 11º ano 12 286 12ºano 12 274

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O quadro nº 2 que se segue descreve o número de alunos por cada curso em cada ano de escolaridade.

Quadro 2 - Nº de alunos por ano de escolaridade.

Cursos Ano de Escolaridade N.º total de alunos 10º 11º 12º AGD 30 58 52 140 AM 29 24 24 77 AQB 60 49 52 161 CGE 30 19 23 72 CM 31 21 23 75 DPAE 30 19 14 63 EIA 26 24 25 75 ET 28 22 25 75 ITM 29 25 30 84 TSI 29 25 24 78

(Legenda: AGD - Animação e Gestão Desportiva; AM – Administração e Marketing; AQB - Análises Químico-Biológicas; CGE – Contabilidade e Gestão Empresarial; CM – Comunicação Multimédia; DPAE - Desenhador de Projetos – Arquitetura e Engenharia; EIA – Eletrónica Industrial e Automação; ET – Eletrónica e Telecomunicações; ITM- Informática e Tecnologias Multimédia; TSI – Tecnologias e Sistemas de Informação.)

Os conselhos de turma s ã o c o n s t itu íd o s p o r to d o s o s professores da turma, um delegado dos alunos e um representante dos pais e encarregados de educação, que reúnem para falarem da respetiva turma.

O DT, tem a função de fazer uma ligação entre a escola e os encarregados de educação, acompanhar a vida académica do aluno, para que este tenha o maior desempenho escolar, tendo assim um papel fundamental na orgânica escolar.

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O serviço de Psicologia e Orientação, do CG, dá apoio psicológico e psicopedagógico a todos os alunos dos diferentes níveis de ensino - Pré-Escolar, Básico e Secundário - desenvolvendo a sua atividade em parceria com pais e/ou Encarregados de Educação, Professores e demais intervenientes da comunidade educativa, à luz do Projeto Educativo do nosso estabelecimento de ensino10.

Esta instituição apresenta um grande espaço exterior, harmonioso, onde estão inseridos dois parques infantis, espaço de convívio para jovens, espaços decorados com esculturas e mosaicos, acompanhados de um bonito espaço verde. Esse espaço exterior ainda possui um campo de futebol de 7 relvado sintético e um de 5 em alcatrão, um campo de voleibol e ainda um parque de estacionamento para os docentes.

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Projeto Educativo Colégio de Gaia: 1998-99. V.N. Gaia: Colégio de Gaia. Conselho Pedagógico.

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Fazem parte do pessoal docente desta escola 114 professores, dos quais, 62 são do sexo feminino e os restantes 52 do sexo masculino.

No que concerne ao número de professores estagiários, ao contrário do ano passado, o número aumentou, tendo, o CG, neste ano letivo 6 estagiário, dos quais 5 são do sexo masculino e apenas 1 do sexo feminino. Três deles pertencem à instituição do Instituto Superior da Maia.

Em relação aos professores cooperantes de estágio o número é reduzido, sendo apenas 2 do sexo masculino.

O total de professores, assim, neste colégio perfaz o valor de 122.

Quadro 3 - nº de professores por cada disciplina segundo o género

Após uma breve análise do quadro é possível verificar que existe um maior número de professores no grupo de Educação Física, devido ao elevado número de estagiários (6).

Unidade Curricular Sexo Masculino Sexo Feminino Total

Matemática 2 9 11 Eletrónica 11 0 11 Construção Civil 12 1 13 Física – Química 1 6 7 Ed. Visual 2 2 4 Contabilidade 3 5 8 Português/Francês 5 5 10 Inglês/Alemão 0 5 5 História 2 0 2 Filosofia/Psicologia 1 3 4 Geografia 1 1 2 Biologia 3 3 6

Grupo de Ed. Física 13 5 18

Grupo de Informática 8 2 10 Grupo de Moral 5 0 5 Grupo de Música 0 1 1 Grupo do 1º Ciclo 0 8 8 Grupo Pré-Escolar 0 3 3 Serviço de Psicologia 0 2 2 SHST 0 1 1

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Através do quadro nº 4, pretendo de uma forma generalizada, apresentar o número de alunos que integram a escola, por sexo e ano de escolaridade.

Quadro 4 - Nº de alunos por sexo e ano de escolaridade

Ano de Escolaridade

N.º de turmas

N.º de alunos por Ano de escolaridade PE3 1 20 PE4 1 27 PE5 1 25 1º ano 2 46 2º ano 2 41 3ºano 2 40 4º ano 2 49 5º ano 3 75 6º ano 2 42 7º ano 1 30 8º ano 2 55 9º ano 2 64 10º ano 11 317 11º ano 12 286 12ºano 12 274

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O quadro nº 5 descreve o número de alunos por cada curso em cada ano de escolaridade.

Quadro 5 - Nº de alunos por cada ano em cada curso

Cursos Ano de Escolaridade N.º total de alunos 10º 11º 12º AGD 30 58 52 140 AM 29 24 24 77 AQB 60 49 52 161 CGE 30 19 23 72 CM 31 21 23 75 DPAE 30 19 14 63 EIA 26 24 25 75 ET 28 22 25 75 ITM 29 25 30 84 TSI 29 25 24 78

(Legenda: AGD - Animação e Gestão Desportiva; AM – Administração e Marketing; AQB - Análises Químico-Biológicas; CGE – Contabilidade e Gestão Empresarial; CM – Comunicação Multimédia; DPAE - Desenhador de Projetos – Arquitetura e Engenharia; EIA – Eletrónica Industrial e Automação; ET – Eletrónica e Telecomunicações; ITM- Informática e Tecnologias Multimédia; TSI – Tecnologias e Sistemas de Informação.)

Como é possível verificar através do quadro nº 5, o curso com maior número de alunos é o curso de Análises Químico-Biológicas com um total de 161 alunos, em oposição ao curso de Desenhador de Projetos – Arquitetura e Engenharia com o menor número de alunos (63) e o curso de Animação e Gestão Desportiva com 140 discentes, cerca de 30 educandos por turma.

Farei agora referência ao Programa e Planificação da Educação Física, aos Recursos Humanos existentes, bem como às infraestruturas, material e equipamento desportivo disponível, no sentido de tornar mais visível a organização da Educação Física no CG.

Na tentativa de caracterizar mais concretamente os docentes da disciplina de Educação Física, recolhi algumas informações, tais como a situação profissional e os anos de serviço. Estas serão analisadas consoante o sexo do

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docente. O CG apresenta na totalidade 12 professores de Educação Física, dos quais 4 são do sexo feminino e 8 do sexo masculino.

No que diz respeito à situação profissional dos estagiários de Educação Física, este apresenta o seguinte panorama: 6 estagiários, nomeadamente 5 do sexo masculino e 1 do sexo feminino, dos quais 3 pertencem à na nossa instituição e 3 à instituição do ISMAI.

Dada a importância indiscutível que os responsáveis pelos espaços desportivos apresentam na área de Educação Física, procurei saber quantos dão apoio às aulas de Educação Física. Deste modo, encontraram-se os seguintes dados:

Quadro 6 - Auxiliares de ação educativa que dão apoio à educação física

Instalações Nº de responsáveis Funções Pav. A 2 Funcionário Pav. B 2 Funcionário Pav. C 2 Funcionário Piscina 2 Professor

Especificamente relacionado com o departamento de Educação Física, existem dois auxiliares por cada instalação desportiva, em que dois responsáveis pelas piscinas são dois professores.

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33

3.2.2.1.1

Caracterização

das

Infraestruturas

Desportivas

Quadro 7 – Recintos Cobertos

2 Pavilhões desportivos (designados por A e B) 1 Piscina

1 Ginásio (designado por c) 1 Sala de musculação

Quadro 8 - Recintos Descobertos

1 Campo de futebol de 7 1 Campo de futebol de 5

1 Caixa de salto em comprimento 1 Campo de voleibol

O CG possui dois pavilhões gimnodesportivos (A e B), onde poderão ser praticadas diversas modalidades. Possui ainda um ginásio destinado a modalidades como ginástica, dança, artes marciais entre outras (ginásio C), três campos exteriores (futebol e voleibol), uma sala de musculação usada fundamentalmente para a preparação física dos atletas em unidades curriculares específicas do curso de AGD e uma piscina coberta para a prática de natação.

Para além das suas instalações, o CG utiliza parte das instalações do Futebol Clube de Gaia (FCG), nomeadamente o pavilhão desportivo e o ginásio principal.

As instalações do FCG situam-se a cerca de 300m das do colégio, possuindo uma qualidade excelente quer em termos de infraestruturas, quer em termos de equipamentos, visto serem destinadas à prática de modalidades de alto rendimento.

Beneficiando do facto destas instalações não estarem ocupadas no período da manhã e parte inicial da tarde, o CG estabeleceu um protocolo com o FCG, no sentido de proporcionar as melhores condições de ensino/aprendizagem aos seus professores e alunos, especialmente os pertencentes ao Curso de AGD. Paralelamente, libertam-se espaços nas

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instalações do colégio, que sendo rentabilizados, deverão traduzir-se em melhores condições e consequentemente, num incremento na qualidade do ensino.

3.2.2.1.1.1 Recintos Cobertos

O pavilhão A possui um piso em soalho flutuante novo com medidas oficiais de Andebol (40 x 20m), tendo marcações de Andebol, Basquetebol, Futsal, Badminton e Voleibol.

Quadro 9 - Instalações Pavilhão A Pavilhão A

Balneários Femininos 2

Balneários Masculinos 2

Gabinete e Balneário dos Professores 1 Arrecadação do Material 1 Arrumos de Material de Limpeza 1 Bancadas 1 Gabinetes de Funcionários 1

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Quadro 10 - Material do Pavilhão A

Equipamento Quantidade Bancos Suecos 4 Postes Voleibol 3 Tabelas de Basquetebol 4 + 2 Plintos 1 Balizas 2 Marcadores 1 (Eletrónico)

Cadeira de Arbitragem de Voleibol 1

Colchões Finos 12 Colchões de Queda 4 Redes de Voleibol 7 Bolas de Voleibol 12 Bolas de Basquetebol 20 Sinalizadores 30 Cones 12 Compressor 1 Mini Trampolim 1 Redes de Badminton 3 em 1 Volantes 0 Coletes 20 Taco de Basebol 1 Barreiras 4 Cordas 8 Bolas de Corfebol 6 Postes de Corfebol 2 Pares de Andas 3 Bolas de Futsal 9 Bolas de Andebol 22

Bolas Medicinais 3 Pequenas; 1 Grande

Bolas de Lançamento de Peso 9

Bolas de Rugby 2 Raquetes de Badminton 16 Pódio 1 Bolas de Futebol 5 Raquetes Speedminton 12 Volantes Speedminton 24 Fasquia 1 Martelos 2

Postes Salto em Altura 2

Arcos 10 Grandes; 9 Pequenos

Halteres 3 Caixa 1ºs Socorros 1 Testemunhos 29 Figura 5 - Fotografia de parte do Material do Pavilhão A

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A sala de musculação situa-se numa estrutura, anexada do pavilhão A, que mede 6 x 6m. Possui um piso de corticite, de cor cinzenta. Os balneários utilizados são os mesmos do pavilhão A.

Quadro 11 - Material da Sala de Musculação

Equipamento Quantidade

Bicicletas de Manutenção 4

Colchões para Abdominais 2

Aparelho de Abdominais 3

Máquina para Trem Superior 1

Halteres 9

Patilhas de segurança para barras 11

Máquina Supino 2

Prensa de Pernas 1

Máquina de Posteriores da Perna 1

Máquina de Anteriores da Perna 1

Banco de Multiuso 1

Banco para Trem Superior 1

Pesos 1 Kg 1/4 6 Pesos 2 Kg 5 Pesos 2,5 Kg 2 Pesos 5 Kg 5 Pesos 15 Kg 5 Pesos 20 Kg 4

Televisão com Comando 1

Painel Informativo 3 Quadro informativo 2 Secretária 1 Tomadas Elétricas 14 Pontos de Iluminação 8 Armário de Arrumação 1 Caixote de Lixo 1

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O pavilhão B possui um piso sintético com medidas oficiais de Andebol (40 x 20m), tendo marcações de um campo das modalidades: Andebol, Basquetebol, Futsal e Voleibol.

Quadro 12 - Instalações do Pavilhão B Pavilhão B

Balneários Femininos 2

Balneários Masculinos 2

Gabinete e balneário dos professores 1

Arrecadação do Material 2

Arrumos de Material de limpeza 1

Bancadas 1

Gabinete de funcionários 1

Ao observarmos o quadro nº 12, verificamos que neste pavilhão podem estar em funcionamento mais do que uma turma, pelo número balneários existentes. Em cada balneário existem 3 bancos compridos, 26 cabides, 5 chuveiros, 1 casa de banho, 1 lavatório, 1 espelho e a luz funciona com um sistema automático que só liga quando há movimento.

Figuras – pavilhão B

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Quadro 13 - Material do Pavilhão B

As quantidades de material dos vários pavilhões, não estão todas disponíveis para as aulas de Educação Física, de facto, grande parte do material de ambos pavilhões encontra-se disponível apenas para o Desporto Escolar. Equipamento Quantidade Bolas de Andebol 34 34 - 34 - Bolas de Basquetebol 36 29 2 - 34 Bolas de Futebol 12 7 11 - 1 Bolas de Voleibol 18 19 - - 18 Bolas de Futsal 9 5 - - 9 Bolas de Futsal-mini 6 Bolas de Râguebi 1 Volantes de Badminton ? Coletes 20 Cones 11 Sinalizadores grandes 25 Sinalizadores pequenos 56

Carros de transporte para bolas 1

Cordas 6 Barreiras 9 Testemunhos 28 Redes de Voleibol 3 Raquetes de Badminton 14 Redes de Badminton 1 Compressor 1 Colchões 3 Bancos Suecos 2 Postes Voleibol 4

Marcadores 2 (1Eletrónico e 1 Manual)

Balizas Futsal/Andebol 2 Balizas desmontáveis 2 Espaldares 5 Tabelas de Basquetebol 4+2 Escada 1 Arcos pequenos 9 Bock 1 Trampolim sueco 1 Mini trampolim 1 Secretárias 2 Tacos de Basebol 1 Cadeiras 5 Placar de Informação 1 Figura 7 - Material do Pavilhão B

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O ginásio C mede 16 x 12m e possui um piso com tábuas de madeira envernizadas. Tem as condições ideais para a prática das atividades gímnicas, artes marciais, danças e outras.

Quadro 14 - Instalações do Ginásio C Ginásio C

Balneários Exteriores 2

Arrecadação 1

(62)

40

Quadro 15 - Material do Ginásio C

Equipamento

Quantidade

Espaldares 12 Colchões 18 Rolos 2 Trave 1 Paralelas 1 Plinto 1

Arcos 11 Pequenos; 21 Grandes

Bolas de Basquetebol 2 Raquetes de Plástico 4 Colchão “Rampa” 1 Colchão Cilíndrico 1 Colchão Paralelepípedo 1 Carrinho Velho 1 Carrinho Novo 1 Bock 1

Bolas Ginástica Rítmica 20

Trampolim de Madeira 1 Bancos Suecos 1 Secretária 2 Cadeiras 5 Barra de Ballet 1 Mesa de pingue-pongue 1 Espelhos 1 Mini Trampolim 2 Bolas de Andebol 2

(63)

41

O colégio está também apetrechado com uma piscina que mede 16 x 8m, tendo 0,90m de profundidade. É portanto, uma piscina de pequena profundidade vocacionada para a adaptação ao meio aquático, ensino da natação e realização de atividades lúdico-recreativas (desporto de lazer e recreação). Esta piscina possui os seguintes sistemas de funcionamento:

-Sistema de circulação da água com recolha através de skimmers, grelha de fundo e bombas de circulação da água;

-Sistema de tratamento químico da água – cloro, fungicida e um algicida;

-Sistema de aquecimento da água através de caldeira a gás;

-Sistema de aquecimento e refrigeração do ar, através de radiadores a água e sistema de aquecimento radiante no solo envolvente da piscina.

Quadro 16 - Instalações da Piscina

Piscina

Balneários Femininos 3

Balneários Masculinos 3

Gabinete dos professores 1

Área Administrativa 1

Receção 1

Zonas de pé descalço 1

Sala de espera 1

Sala das máquinas 1

Arrecadações 2

Aquecedores 5

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42

Quadro 17 - Material da Piscina

Equipamento

Quantidade

Placas Flutuadoras 66 Arcos 3 Colchões Redondos 2 Barras Flutuadoras 5 Bolas 3 Braçadeiras 5 Barbatanas 29

Objetos Flutuadores Cilíndricos 23

Pull-Boy 31 (15 grandes)

Cestos Mini - Basquetebol 2

Redes Mini - Voleibol 1

Separadores de Pista 4

Mini Balizas de Pólo Aquático 2

Bancos 1

Argolas 7

Salsichas 1

Placas Flutuadoras Grandes 2

Objetos Flutuadores Octogonais 3

Referências

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