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Efeito agudo de diferentes volumes do treinamento de força na flexibilidade

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS- MONTES E ALTO DOURO

EFEITO AGUDO DE DIFERENTES VOLUMES DO

TREINAMENTO DE FORÇA NA FLEXIBILIDADE

Mestrado em Ciências do Desporto

Especialização em Avaliação e Prescrição na Atividade Física

ÉRICA QUEIROZ DA SILVA

Orientadores

Prof. Dr. Roberto Simão Fares Júnior Prof. Dr. Francisco José Felix Saavedra

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ÉRICA QUEIROZ DA SILVA

EFEITO AGUDO DE DIFERENTES VOLUMES DO

TREINAMENTO DE FORÇA NA FLEXIBILIDADE

Mestrado em Ciências do Desporto

Especialização em Avaliação e Prescrição na Atividade Física

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Vila Real, Portugal, 2013

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Dissertação apresentada com visa à obtenção do grau de Mestre em Ciências do Desporto, Especialização em Avaliação e Prescrição na Atividade Física, cumprindo o estipulado no Derto – Lei 107/2008, de 25de Junho.

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iii Dedicatória

À mim por haver superado as barreiras conscientes e inconscientes que se opuseram para realização desta meta acadêmica .

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iv Agradecimento

À Deus que foi minha fortaleza, sempre me amparando e me fazendo perceber que o tempo dos homens não é seu tempo.

Ao meu orientador no Brasil, Dr. Roberto Simão Fares Júnior que com seus renomados conhecimentos científicos na área e suas orientações foram fundamentais na construção deste estudo.

Ao meu orientador em Portugal Dr. José Francisco Félix Saavedra que foi um elo de sabares entre o Brasil e Portugal não existindo fronteiras da equisição do conhecimento. Pelos seus conhecimentos e orientações valiosíssimas. Ao Professor Ewertton de Souza Bezerra que representou um verdadeiro incentivador para concentrizar este mestrado. Este me fez reconhecer que no “meio acadêmico”o diferencial nesse mundo competitivo e globalizado é a competência técnica, cientifica, ética e de relações interpessoais que fazem tudo valer a pena.

Aos meus pais Ademir Oliveira da Silva e Maria da Consolação Queiroz da Silva pelo incentivo e apoio afetivo e financeiro recebidos durante essa trajetória.

Aos meus familiares, parentes e amigos que direta e indiretamente tiveram suas parcelas de contribuição.

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v

Índice Geral

Dedicatória ... iii

Agradecimento ... iv

Índice de Tabela ... vi

Índice de Figuras ... vii

Abreviaturas ... viii

Resumo ... ix

Abstract ... x

1. Introdução ... 2

2. Revisão da Literatura ... 6

2.1 Efeito do treinamento de força na flexibilidade ... 6

3. Metodologia ... 14

3.1 Caracterização da Amostra ... 14

3.2 Procedimentos para a Coleta dos Dados ... 14

3.3 Protocolos de Medidas, Avaliações e Instrumentos ... 15

3.3.1 Medidas Antropométricas ... 15

3.3.2 Medidas da Flexibilidade ... 15

3.3.2.1 Teste de Sentar e Alcançar ... 15

3.3.2.2 Goniometria ... 16 3.4 Programas de Treinamento ... 27 3.5 Procedimentos Estatísticos ... 28 Resultados ... 31 4.1 Membro Superior ... 31 4.2 Membro Inferior ... 33

4.3 Tronco e teste de sentar e alcançar ... 34

5. Discussão dos Resultados ... 37

6. Conclusão ... 42

7. Propostas de investigações futuras ... 44

8. Referências ... 46

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vi

Índice de Tabela

Tabela 1: Caracterização da amostra (média e desvio padrão)...14 Tabela 2. Escala de determinação do efeito do tamanho em pesquisas sobre treinamento de força...29 Tabela 3 - Valores observados para os movimentos das articulações dos membros superiores nos períodos experimentais com o efeito do tamanho intra e intergrupos...32 Tabela 4 - Valores observados para os movimentos dos membros inferiores nos períodos experimentais com o efeito do tamanho intra e intergrupos...33 Tabela 5 - Valores observados para os movimentos da articulação da coluna e teste de sentar e alcançar nos períodos experimentais com o efeito do tamanhointra e intergrupos...34

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vii

Índice de Figuras

Figura 1 – Teste de sentar e alcançar...16

Figura 2 – Goniometria de flexão de ombro...18

Figura 3 – Goniometria de extensão de ombro...19

Figura 4 – Goniometria de abdução de ombro...20

Figura 5 – Goniometria de adução horizontal... 21

Figura 6 – Goniometria de flexão do cotovelo... 22

Figura 7 – Goniometria de flexão do quadril...23

Figura 8 – Goniometria de extensão do quadril... 24

Figura 9 – Goniometria de flexão do joelho...25

Figura 10 – Goniometria de flexão da coluna ... 26

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viii

Abreviaturas

ACSM – American College of Sports Medicine ADM – Amplitude de movimento

CE – Cadeira extensora CF – Cadeira flexora LP – Leg press PUX - Puxada RM – Repetições máximas RT – Rosca tríceps SUP – Supino TF – Treinamento de força

TFT – Treinamento de força tradicional TFSL – Treinamento de força super lento

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Resumo

Flexibilidade e força são necessárias em níveis adequados a fim da promoção de uma melhor qualidade de vida e execução de movimentos eficientes, melhorias em estabilidade postural e equilíbrio, além de melhorias em desempenho esportivo. A prática regular de exercícios físicos, entre estes o treinamento de força (TF), pode apresentar como objetivo o desenvolvimento ou manutenção da flexibilidade. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito agudo de uma sessão de TF com diferentes volumes de treinamento na flexibilidade, imediatamente após o término da sessão e a 24 e 48 horas após a sessão de treinamento homens jovens. Sessenta e um sujeitos voluntários do sexo masculino foram distribuídos convenientemente em três grupos: grupo controle (GC), duas série (G2S) e três séries (G3S). Todos os grupos foram avaliados pré e pós-treinamento no Teste de Sentar e Alcançar, Goniometria e Teste de 10 Repetições Máximas (RM), a fim de verificar os níveis de flexibilidade e força. O GC não sofreu o protocolo de treinamento, mas realizou as avaliações de flexibilidade em todos os momentos iguais aos grupos experimentais (G2S e G3S). O protocolo de treinamento para todos os grupos, exceto o GC incluiu para o G2S uma sessão com 2 séries e para o G3S uma sessão com três séries para cada exercício. O treinamento foi composto por nove exercícios para o corpo todo e foi executado 10 repetições de cada exercício com em intensidade moderada . Dos 10 movimentos articulares avaliados, houve aumento dos níveis de flexibilidade apenas para flexão de ombro, flexão e extensão do quadril quando comparadas as situações pré e pós-treinamento para todos os grupos submetidos ao treinamento (p < 0,05) em todas as avaliações. Em conclusão, diferentes volumes do TF de forma aguda (uma sessão) resultaram em aumentos na flexibilidade de homens para articulações triaxiais e para musculatura do tronco, nas articulações do joelho e cotovelo não houve mudança na amplitude de movimento.

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x

Abstract

Flexibility and strength are needed at appropriate levels in order to promote a better quality of life and efficient execution of movements , improvements in postural stability and balance , and improvements in sports performance . The regular practice of physical exercise among these strength training (ST ) , may have as its objective the development or maintenance of flexibility. The aim of this study was to investigate the acute effect of a training session with different training volumes flexibility immediately after the session and 24 and 48 hours after the training session young men. Sixty-one male volunteer subjects were divided conveniently into three groups: control group (CG ), two serial ( G2S ) and three series ( G3S ) . All groups were assessed pre-and post-training in the Sit and Reach Test , and Test goniometry 10 Maximum Repetitions (MRI ) in order to check the levels of flexibility and strength. The GC has not undergone the training protocol, but realized the reviews of flexibility at all times equal to the experimental groups (G2S and G3S). The training protocol for all groups , except for the G2S GC included a session with 2 series and the G3S a session with three sets for each exercise. The training consisted of nine exercises for the whole body and was performed at moderate intensity ( 8 - 12RM ) . Of the 10 joint movements evaluated, increased levels of flexibility only for flexion , flexion and hip extension when comparing pre and post-training for all groups submitted to training ( p < 0.05 ) in all evaluations. In conclusion, different volumes of TF acutely (one session) resulted in increases in flexibility for men triaxial joints and muscles of the trunk, knee joints and elbow there was no change in range of motion.

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Introdução

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1. Introdução

Segundo o American College of Sports Medicine (ACSM, 2011), a atividade física regular e o exercício estão associados a numerosos benefícios físicos e mentais em homens e mulheres, como diminuição da pressão arterial, aumento da sensibilidade à insulina e manutenção da massa corporal, entre outros.

A capacidade funcional de um indivíduo depende de níveis adequados dos cinco componentes básicos de aptidão física relacionados à saúde; sendo um deles a flexibilidade, que pode ser definida como a capacidade de mover uma articulação em sua amplitude de movimento (ACSM, 2000).

Tem sido sugerido que o treinamento de força (TF), no qual o indivíduo realize toda a amplitude de movimento articular, é capaz de aumentar significativamente a flexibilidade (Beedlel et al., 1991). Além disso, é descrito que o TF aumenta a flexibilidade através do aumento da força de tensão dos tendões e ligamentos e, aumentos de massa muscular e contratilidade, gerando um aumento substancial da atividade reflexa dos órgãos tendinosos de Golgi e dos fusos musculares, resultando em uma maior amplitude de movimento (Simão et al., 2011a; Monteiro et al., 2008; Fowles et al., 2000; Nelson e Bandy, 2004).

A flexibilidade pode ser influenciada por diferentes características, entre elas: condição física, idade, especificidade de treinamento e também pelas variáveis metodológicas da prescrição do TF (ordem dos exercícios, número de exercícios, número de séries e repetições, intervalos de recuperação e sistemas de treinamento) (Lemos et al., 2009; Monteiro et al., 2008: Fatouros et

al., 2006), o que justifica, portanto, o interesse de diversas pesquisas em

investigar a magnitude dessa influência.

As principais variáveis utilizadas para a montagem de um programa de TF são: intensidade, frequência e volume de treinamento. Fatouros et al. (2006) compararam os efeitos de diferentes intensidades de treinamento nos níveis de força e flexibilidade de idosos. Foram avaliadas as intensidades baixa (40% 1RM), moderada (60% 1RM) e alta (80% 1RM). Ao final de 24 semanas de

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treinamento e 24 semanas de destreinamento, os aumentos de flexibilidade se mostraram dependentes da intensidade utilizada, assim como as perdas de força e flexibilidade durante o destreinamento.

Em relação ao volume de treinamento, Simão et al (2011b) investigaram a influência de diferentes volumes do TF (uma série e três séries) em homens jovens recreacionalmente treinados, durante 10 semanas. Os grupos submetidos ao treinamento obtiveram ganhos significativos em amplitude de movimento ao comparar os valores pré e pós-treinamento; e, somente o grupo que realizou três séries do exercício demonstrou ganhos significativos quando comparado ao grupo controle pós-treinamento. Quanto aos ganhos de força, o grupo de três séries demonstrou melhores ganhos.

De um modo geral, os resultados do TF em relação ao aumento da flexibilidade são favoráveis (Kim et al., 2011; Morton et al., 2011; Simão et al., 2011a; Simão et al., 2011b; Santos et al., 2010; Monteiro et al., 2008; Fatouros

et al., 2006; Cyrino et al., 2004; Barbosa et al., 2002; Fatouros et al., 2002;

Thrash e Kelly, 1987), as alterações que um sessão de TF é capaz de causar na flexibiidade não está bem delineada na literatura especializada. Ao surgir as alterações positivas, ou seja, o aumento da amplitude de movimento (ADM) o tempo no qual essas alteração se mantém também é uma variável não determinada.

O comprimento do músculo é um fator condicionante da flexibilidade, ou seja, a função com número de sarcômero em série e seu conteúdo protéico. A titina é uma proteína que ocupa cerca de metade do sarcômero e é responsável pela sua extensibilidade, ou seja, lhe confere sua respectiva tensão passiva, pois sua função junto a banda I (mais extensivel) e a banda A (menos extensível) que é ligada a miosina, confere a extensibilidade das hélices (Rubini e Gomes, 2004). Sabe-se que os elementos passivos, tais como fáscias musculares e cápsula articular, presentes no conjunto articular influenciam diretamente a amplitude de movimento, desta forma, é considerado que quanto maior o volume de treinamento (número de séries) maior será manipulação destes elementos articulares e portanto, favorecerá melhorias na flexibilidade.

No processo inicial do treinamento de força as alterações que ocorrem o sistema muscular esta relacionada principalmete as adaptações neurais, no

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qual destaca-se a diminuição da co-ativação da musculatura antagonista, o que resultaria um maior liberdade dos músculos agonista para realizarem sua função ao mover uma articulação (Gonçalves et al, 2007).

Desta forma, este estudo teve como objetivo principal verificar o efeito agudo de uma sessão de TF com diferentes volumes de treinamento na flexibilidade, imediatamente após o término da sessão e a 24 e 48 horas após a sessão de treinamento. Como objetivos específicos verificar a influência de duas séries de exercicio de força com intensidade moderada (8 a 12 repetições) na flexibilidade; Verificar a influência de três séries de exercicio de força com intensidade moderada (8 a 12 repetições) na flexibilidade; Verificar as alterações na amplitude de movimento após 24 horas da sessão de treinamento de força; Verificar as alterações na amplitude de movimento após 48 horas da sessão de treinamento de força e no final comparar as respostas dos diferentes grupos testados.

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Revisão de Literatura

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2. Revisão da Literatura

2.1 Efeito do treinamento de força na flexibilidade

O estímulo dado ao tecido muscular faz com que sofra adaptações, sendo umas destas a mudança no número de sarcomeros em série e/ou em paralelo. Se a estrutura do complexo músculo tendinoso estiver imobilizada por um período, relativamente, prolongado de tempo haverá a atrofia (redução do tamanho) muscular, pelo contrário, se existir um estímulo exercício de fortalecimento ocorrerá a hipertrofia (aumento do tamanho) (Klinge et al., 1997). Desta forma, modificações no número de sarcômero em série e/ou paralelo pode alterar o comprimento do musculo resultando em modificações nas propriedades musculares como flexibilidade (Gajdosik, 2001).

O TF promove uma adição de sarcômeros em paralelo e em série, sendo assim, ocorre um aumento na área de secção transversal e comprimento do musculo, respectivamente ( Klinge et al., 1997). Em estudo de Lynn e Morgan (1994) foi observado aumento significativo do número de sarcômeros em série no músculo vasto intermédio de ratos após uma semana de exercicios excêntricos na esteira, revertendo em aumento no comprimento do músculo. Além dessa alteração tecidual, variáveis como velocidade, agilidade, equilibrio, coordenação e flexibilidade também são alteradas através do TF (ACSM, 2011).

Os estudos encontrados na literatura (Kim et al., 2011; Mortonet al., 2011; Simão et al., 2011; Santos et al., 2010; Monteiro et al., 2008; Fatouroset

al., 2006; Cyrino et al., 2004; Barbosa et al., 2002; Fatouroset al., 2002; Thrash

e Kelly, 1987) mostram resultados positivos sobre a influência do TF na flexibilidade, sem a associação do treinamento de flexibilidade, somente um estudo (Nóbrega et al., 2005) não identificou alterações na flexibilidade em 12 semanas de TF isolado com carga moderada (60% de 1RM, 3 x 8 a 12 repeticões), duas vezes por semana em jovens. Foram realizados 9 exercicios para membros superiores e inferiores e a flexibilidade foi avaliada pelo flexiteste, porém nesse estudo também foi avaliada a aplicação do treinamento de força combinado ao

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7 treinamento de flexibilidade e o treinamento de flexibilidade isolado e nesses foram observadas alterações significativas.

Aborda-se, separadamente, os resultados postivos encontrados nesses estudos:

a) Thrash e Kelly (1987); os sujeitos da pesquisa foram 13 adultos jovens que realizaram durante 11 semanas com um total de 29 sessões de treinamento os exercícios supino, rosca direta, tríceps, puxada no pulley, agachamento, panturrilha e agachamento afundo, o volume de treinamento era 3 séries de 8 repetições com o aumento da carga progressivo durante 3 vezes por semana. Para avaliar a flexibilidade foi utilizado o flexímetro de marca Leighton®. Nos resultados foi encontrando aumento da amplitude de movimento em todas as articulações testadas, mas de somente na dorsiflexão do tornozelo e na extensão do ombro as aterações foram significativas. b) Fatouros et al (2002); investigou os efeitos do TF e treinamento

aeróbio (TA) e a combinação desses na flexibilidade. Para avaliar a flexibilidade foi utilizado o teste de sentar e alcançar e goniometria para os movimentos de flexão do cotovelo, flexão do joelho, flexão e extensão de ombro eextensão e flexão do quadril. O programa durou 16 semanas dividido da seguinte forma: treinamento aeróbio de caminhada ou trote a 50 – 80% frequência cardiáca máxima (FCmax), já o TF foi dividido em exercícios abdominais e extensores da coluna duas séries com seis repetições da 1ª a 8ª semana, três series com oito repetições da 9ª a 12ª semana e quatro séries com 10 repetições da 13ª a 16ª semana. Além desses foram realizado os exercícios de flexão, extensão, abdução e adução do quadril,extensão, flexão e adução do ombro,flexão de joelho eflexão do cotovelo com duas séries a 55 - 60% de 1RM da 1ª a 4ª semana, da 5ª a 8ª semana três séries com 60- 70 % de 1RM, entre a 9ª e a 12ª semana repetiu-se as três séries porém agora com 70 – 80% de 1RM e nas quatros últimas semanas o carga de treino foi de 80% de 1RM. Os autores observaram que o TF e a combinação de TF + TA foi capaz de gerar aumentos significativos na flexiblidade, porém o TA isolado não obteve a mesma resposta.

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c) Barbosa et al (2002) utilizando a população idosa na sua amostra propruseram-se a observar as alterações na flexibilidade com a TF. Desta forma, avaliaram 12 sujeitos do sexo feminino com idade entre 62 – 78 anos no qua realizaram 10 semanas três vezes por semana de TF com os exercícios: supino sentado, puxada para atrás, apoio de ombro sentado, rosca direta, tríceps, legpress, panturrilha sentada e abdominal, nos dois últimos foram realizados três séries de 10 a 15 repetições, nos multiarticulares cinco series de seis a 10 repetições e nos demais três séries de seis a 10 repetições. A mensuração da flexibilidade foi através do teste de sentar e alançar. Seus achados foram positivos quanto ao aumento da flexibilidade com o treinamento de força.

d) Cyrino et al (2004); com o proposito de avaliar a flexibilidade após um programa de TF, esses autores recrutaram 16 jovens saudáveis e sedentários no qual foram submetidos 10 semanas de TF com três sessões semanais em dias alternados. Um circuito de 11 exercicios compuseram o programa de treinamento de força com volume de 3 series de 8 a 12 repetições, exceto para o abdominal que foram realizados três séries com 50 repetições. Com o uso do flexímetro foram avaliados os movimentos de flexão e extensão do ombro; flexão, extensão e flexão lateral do tronco; flexão e extensão do quadril; flexão e extensão do cotovelo e flexão do joelho. Aumentos significantes na flexibilidade entre os momentos pré e pós-experimento foram encontrados no grupo que realizou o treinamento de força nos movimentos de flexão do ombro (hemicorpo direito), extensão do quadril (hemicorpo esquerdo), extensão e flexão do tronco e flexão lateral do tronco para ambos os lados.

e) Fatouros et al (2006); observou diferentes intensidades do exercício de TF no flexibilidade e também as alterações dessas variáveis no destreinamento no período de seis meses de treinamento e esse mesmo tempo de destreinamento. Para isso selecionou 58 idosos do sexo masculino no qual sua amplitude de movimento foi avaliada pelo teste de sentar e alcançar e pela goniometria. Esses sujeitos foram divididos em grupos que realizaram os exercícios em

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intensidades diferentes, sendo elas: intensidade baixa 40% de 1RM, moderada 60% de 1RM e alta com 80% de 1RM e um grupo controle. Os exercícios escolhidos e o volume do programa de treinamento foram: abdominais e extensores da coluna uma série com 6 repetições na 1ª a 4ª semana, duas séries com oito repetições da 5ª a 12ª semana, a partir da 13ª semana até a 20ª foram realizados 3 séries com 10 repetições e da 21ª a 24ª semana foram quatro séries de 10 a 12 repetições. Para os exercícios supino, cadeira extensora, apoio, cadeira flexora, pulldown, legpress, rosca direta e tríceps nesta ordem foram realizadas duas séries da 1ª a 8ª semana e a partir da 9ª semana três séries desses exercícios. A flexibilidade apresentouse dependente da intensidade as alterações foram 3 -12% em intensidade baixa, 6 – 22% na intensidade moderada e 8 – 28% em intensidade alta. Já o período de destreinamento também proporcional a intensidade de treinamento, já que os indivíduos que realizam intensidade mais baixas obtiveram maior perda na amplitude de movimento. Conclui-se que intensidades acima de 60% são mais eficazes para produzir ganhos de flexibilidade.

f) Monteiro et al (2008) com o objetivo de avaliar os efeitos do TF realizado em forma de circuito, montaram o programa da seguinte forma: supino reto, agachamento guiado, puxada anterior, legpress, supino inclinado, agachamento livre e abdominal. Para todos os exercícios foram realizados 3 séries de 8 a 12 repetições exceto para o abdominal no qual foram 3 séries de 15 a 20 repetições. Os sujeitos dessa pesquisa foram mulheres com idade média de 37 ± 1,7 anos e teve a duração de 10 semanas. O método utilizado para avaliar a flexibilidade foi flexímetro para os movimentos de flexão, extensão,aduçãoe abdução horizontal do ombro, flexão do cotovelo, flexão e extensão do quadril, flexão de joelho e extensão e flexão do tronco. Nos resultados foi possível observar aumento na flexibilidade somente nos movimentos de adução horizontal do ombro, flexão extensão do quadril e do tronco, para o joelho e cotovelo não foram observadas alterações.

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g) Santos et al (2010) avaliou a influência de diferentes métodos de treinamento (alternado por segmento e agonista-antagonista) na flexibilidade. Esse estudo continha uma amostra de 24 mulheres, jovens e saudáveis, no qual realizam o treinamento três vezes por semana. O treinamento se dava da seguinte forma: um aquecimento específico de 20 repetições com 50% da carga de treino, em seguida o grupo “alternado por segmento” realizava três séries com 10 repetições dos exercícios puxada sentado, cadeira extensora, supino na maquina, cadeira flexora, rosca direta na maquina, abdominal (3 séries com 15 repetições) tríceps na maquina e extensão do tronco. Para o grupo “agonista-antogonista” a ordem dos exercícios era puxada sentado, supino na maquina, tríceps e rosca direta, abdominal e extensão de tronco, cadeira extensora, cadeira flexora com o mesmo volume do grupo anterior. Após a avaliação com goniometria de seis movimentos articulares foi verificado aumento na flexibilidade em ambos os grupos, com o grupo alternado por segmento com uma diferença maior quando comparado com o grupo controle e o grupo agonista-antagonista.

h) Simão et al (2011a) ainda com a população feminina esse estudo analisou em 80 sujeitos a influência do TF treinamento de flexibilidade e a associação desses métodos na flexibilidade após 16 semanas com frequência de treinamento de 3 vezes por semana. O programa foi composto com 8 exercicios (supino, legpress, puxada anterior, cadeira extensora, extensão do tronco, cadeira flexora, lever

shoulder press e abdominal) foram realizadas três séries com

intensidade variada por periodização linear. No primeiro mês de 8-12RM, já no segundo mês 6-10RM, terceiro mes 10-15RM e no último mes 8-12RM novamente. No treinamento de flexibilidade foi utilizado quatro séries de alongamento passivo de 15 a 60 segundos de sustentação nos músculos do membro superior e inferior e anterior e posterior do corpo. A avaliação foi através do teste de sentar alcançar e os resultados demostram que todos os grupos aumentaram a flexibilidade quando comparados ao grupo controle.

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i) Morton et al (2011) o objetivo foi verificar como o treinamento com pesos com toda amplitude de movimento afeta a flexibilidade e comparar com exercícios de alongamento. Desta forma, 42 jovens voluntarios, 30 do sexo masculino e 12 do sexo feminino foram divididos em três grupos. Um grupo realizou o treinamento com pesos, o outro somente flexibilidade e outros fizeram parte do grupo controle. No período de cinco semanas no treinamento com pesos foram utilizados de 8 a 12 exercicios periodizados de acordo com a sessão e o numero de repetições de acordo com as semanas. Já para o alongamento foram escolhidos 14 exercicios. Os resultados da amplitude de movimento avaliada pela goniometria demostram aumento da flexibilidade em todos os grupos.

j) Kim et a (2011); teve por objetivo determinar a eficácia do treinamento de força tradicional (TFT) com o treinamento de força super lento (TFSL: uma série de cada exercício com 50% de 1RM e 10 segundos na fase concêntrica e 10 segundos na fase excêntrica do movimento) no período de adaptação na força, capacidade aeróbia e flexibilidade, para tanto, foram selecionadas 35 mulheres jovens divididas em grupos. A frequência semanal para o grupo TFT foi de três vezes e realizaram 5 exercicios com volume de três series com oito repetições a 80% de 1RM e para o TFSL a frequência foi de duas vezes por semana também com cinco exercícios, porém o volume foi de uma série até a fadiga muscular a 50% de 1RM. A flexibilidade foi verificada a partir do teste de sentar e alcançar e foi percebido que todos os grupos aumentaram a flexibilidade, ao fazer a comparação intergrupos não foi percebido nenhuma diferença.

Devido a escassez de estudos sobre esta temática fica evidenciado a necessidade de estudos que analisem a influência do treinamento de força na flexibilidade. Foi observado que as variações metodológicas do treinamento tem influência sobre a amplitude de movimento, desta forma, na ausência de estudo que acompanhem o período no qual essas alterações positivas de amplitude de movimento permanecem estáveis, percebe-se a necessidade

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destes dados para que possa ser identificada a frequência semanal no qual o treinamento deve ser organizado.

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3. Metodologia

3.1 Caracterização da Amostra

A amostra foi composta por 61 sujeitos voluntários do sexo masculino (Tabela 1), com idade média de 24 anos selecionados de forma intencional, não tinham experiência prévia com TF ou não treinavam a pelo menos um ano, também não apresentavam quaisquer limitações funcionais para a realização dos exercícios propostos na metodologia do treinamento de força.

Tabela 1: Caracterização da amostra (média e desvio padrão)

Idade (anos) Massa corporal (kg) Estatura (m) IMC G2S (n = 18) 23,47 ± 3,36 68,93 ± 9,27 1,69 ± 0,04 24,2 ± 3,5 G3S (n = 19) 24,42 ± 5,46 72,04 ± 8,38 1,72 ± 0,06 24,5 ± 3,4 GC (n = 24) 25,08 ± 4,89 76,85 ± 14,84 1,73 ± 0,08 25,6 ± 4,5

G2S – grupo duas séries;G3S – grupo três séries e GC – grupo controle.

3.2 Procedimentos para a Coleta dos Dados

Para investigar os efeitos de diferentes volumes do treinamento de força na flexibilidade e o período de manutenção desses efeitos, as coletas de dados antes do protocolo experimental foram realizadas da seguinte forma: na primeira visita ao laboratório, entre 14h:00 e 17h:00 foram mensuradas as medidas antropométricas (massa corporal, estatura e gordura corporal) e de flexibilidade. No segundo dia (24 horas após), os testes de flexibilidade executados no primeiro dia foram repetidos a fim de determinar a reprodutibilidade dos resultados. No terceiro dia, 48 horas após o primeiro dia, iniciou-se o período de duas semanas de adaptação ao teste de 10 repetições máximas (10RM). 24 horas depois do período de adaptação o teste de 10RM foi realizado e 48 horas após o teste de 10RM foi repetido também para determinar a reprodutibilidade dos resultados.

Após os testes iniciais, os participantes foram distribuídos aleatoriamente pelos dois diferentes grupos de treinamento (duas séries e três séries) e grupo controle. A seguir da sessão de treinamento de força, 24 horas e 48 horas foi avaliada a flexibilidade dos sujeitos, através dos testes abaixo descritos. O grupo controle sofreu os mesmo critérios de avaliação da flexibilidade, não

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tendo sofrido qualquer intervenção. 3.3 Protocolos de Medidas, Avaliações e Instrumentos

3.3 Protocolos de Medidas, Avaliações e Instrumentos

3.3.1 Medidas Antropométricas

Para aferição da massa corporal, os indivíduos estavam com roupas leves e descalços e foram posicionados sobre uma balança digital Welmy® o valor foi registrado em quilogramas (kg). Na avaliação da estatura, foi utilizado um estadiômetrode marca Sanny® fixo com escala em milímetros. Nesta medição, os indivíduos mantiveram os pés unidos, calcanhares encostados na parede, em postura ereta, com olhar fixo no horizonte (ou cabeça ajustada ao plano de Frankfurt). Foi calculado o índice de massa corporal com base na fórmula: massa corporal (kg)/estatura2 (m).

3.3.2 Medidas da Flexibilidade

A flexibilidade foi avaliada antes, imediantamente após o treinamento de força, 24 e 48 horas pós treino através do Teste de Sentar e Alcançar (ACSM, 2000) e da Goniometria de 10 movimentos articulares (Norkin e White, 1985).

3.3.2.1 Teste de Sentar e Alcançar

O ACSM (2000) recomenda que ao se administrar o Teste de Sentar e Alcançar não se deve deixar de realizar um aquecimento aeróbico e muscular adequado. Sendo assim, antes do teste de flexibilidade, um aquecimento de quatro exercícios de alongamento foi executado para os grupos musculares envolvidos na avaliação. Duas séries de alongamento estático, segurando a posição por 10 segundos em cada série, até que o ponto de leve desconforto fosse encontrado, foram utilizadas no protocolo de aquecimento. Um intervalo de 10 segundos foi dado entre as séries de alongamento do aquecimento.

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a) Posteriores de coxa – indivíduo sentado, com as pernas estendidas e flexionando o tronco, levando as mãos em direção aos pés.

b) Flexores de Quadril – indivíduo com o joelho de trás apoiado no chão e a perna da frente com pé apoiado ao solo e joelho flexionado. Inclinar-se à frente, mantendo a postura adequada do tronco.

c) Quadríceps – indivíduo de pé, segura a perna, trazendo-o em direção ao glúteo (usar a mão do mesmo lado da perna).

d) Panturrilhas – indivíduo com a perna da frente flexionada e de trás estendida, mãos apoiadas no chão. Tentar colocar o calcanhar do pé de trás no chão.

Para execução do teste o indivíduo estava sentado, com os pés apoiados firmemente contra a caixa de teste, mantendo os joelhos estendidos e mãos apoiadas uma sobre a outra; avançar à frente, deslizando as mãos ao longo da régua de medição. A medida considerada foi a máxima registrada em três tentativas com um intervalo de 10 segundos entre elas (ACSM, 2000). Todos os testes de flexibilidade foram conduzidos no mesmo horário do dia. Os dados coletados durante a primeira avaliação não ficaram disponíveis ao avaliador para prevenir viés de informação durante as medidas efetuadas após a sessão de de treinamento e, todos os avaliadores eram cegos quanto à alocação dos sujeitos pelos diferentes grupos.

Figura 1 - Teste de sentar e alcançar (Adaptado de DOMINGUES, 2011)

3.3.2.2 Goniometria

Logo após o Teste de Sentar e Alcançar foi realizada a Goniometria de 10 movimentos articulares: flexão, extensão e abdução de ombro, adução horizontal de ombro, flexão de cotovelo, flexão e extensão de quadril, flexão de

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joelho e flexão e extensão de tronco. Exceto para os movimentos do tronco, todas as medidas foram realizadas do lado direito. Os movimentos de flexão e abdução de ombro, adução horizontal de ombro, flexão de cotovelo e de quadril foram realizados em decúbito dorsal; a extensão de ombro e de quadril, e a flexão de joelho foram realizadas em decúbito ventral e, a flexão e extensão de tronco foram realizadas na posição ortostática, evitando o movimento compensatório.

Para avaliar a flexibilidade, o avaliador ajustou o corpo do indivíduo até o ponto de leve desconforto ou limitação anatômica. As medidas foram feitas usando o Goniômetro Lafayette (Sammons Preston Rolyan #7514), seguindo os procedimentos descritos por Norkin e White (1985). Os dados coletados inicialmente não ficaram disponíveis para o avaliador durante as avaliações subsequentes (imediatamente após o treinamento, 24 e 48 horas)

As medidas foram mensuradas da seguintes forma:

a) Flexão de ombro

Ponto utilizado: Acromial

Posição Inicial: Avaliado em posição supina, com os joelhos fletidos, nivelando a coluna lombar. O ombro foi colocado em zero grau de abdução, adução e rotação. Antebraço em posição de supinação e pronação de zero grau, de modo que a palma da mão estivesse voltada para o corpo.

Técnica: O goniômetro foi posicionado na face externa do braço, com seu eixo principal alinhado com o acrômio. Os braços do goniômetro se alinhavam com a linha média lateral do tórax e a linha média lateral do úmero, estendendo-se sobre o epicôndilo lateral do úmero. Quando o movimento foi realizado, a mão direita do examinador apoiava a extremidade, mantendo o braço do goniômetro em alinhamento com o epicôndilo lateral do úmero. O braço proximal do goniômetro foi alinhado com a linha médio-lateral do tórax.

Amplitude de movimento: A mão esquerda do examinador segurava a escápula do sujeito, de modo que ele pudesse determinar o final da amplitude de movimento. Qualquer tentativa de aumentar a flexão faria com que a borda

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lateral da escápula se movesse para adiante e para o lado, podendo o examinador detectar e evitar o movimento escapular.

Figura 2 – Goniometria de flexão de ombro (Adaptado de JOÃO, 2011)

b) Extensão de ombro

Ponto utilizado: Acromial.

Posição inicial: Avaliado em pronação, com a cabeça voltada para o ombro contrário ao testado, sem apoio sob a cabeça. O ombro em abdução e rotação de zero grau. O cotovelo deveria estar em leve flexão, para que a tensão da porção longa do bíceps não restringisse o movimento. O antebraço foi colocado em supinação e pronação de zero grau, com a palma da mão voltada para o corpo.

Técnica: O goniômetro foi posicionado na face externa do braço, com seu eixo principal alinhado com o acrômio; os braços do goniômetro se alinhavam com a linha média lateral do tórax e a linha média lateral do úmero, estendendo-se sobre o epicôndilo lateral do úmero. Quando o movimento era realizado, a mão esquerda do examinador apoiava a extremidade, mantendo o braço do goniômetro em alinhamento com o epicôndilo lateral do úmero. O braço proximal do goniômetro estava alinhado com a linha médio-lateral do tórax.

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19

Amplitude de movimento: A mão direita do examinador segurava a escápula, de modo que ele pudesse determinar o final da amplitude de movimento. Uma extensão maior faria com que a escápula se elevasse e se inclinasse para frente, podendo o examinador detectar e evitar o movimento escapular.

Figura 3 – Goniometria de extensão de ombro (Adaptado de JOÃO, 2011)

c) Abdução de ombro

Ponto utilizado: Acromial.

Posição inicial: Avaliado em posição supina, braços ao longo do tronco. O ombro em flexão e extensão de zero grau e rotação lateral total, com a palma da mão voltada para frente. Se o úmero não estivesse rotado lateralmente, o contato entre o tubérculo maior do úmero e a porção superior da cavidade glenóide ou acrômio restringiria o movimento. Os cotovelos deveriam estar estendidos para que a tensão da porção longa do tríceps não restringisse o movimento.

Técnica: O goniômetro foi colocado com seu eixo central alinhado com o ponto acromial na face anterior do braço, uma das hastes fixada na parte anterior do braço, sobre uma linha traçada do ponto acromial até o processo olecraniano (linha média do úmero); a outra, paralela à linha média da face anterior do esterno.

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20 Figura 4 – Goniometria de abdução de ombro (Adaptado de JOÃO, 2011)

d) Adução horizontal de ombro

Ponto utilizado: Acromial.

Posição inicial: Avaliado em posição sentado. O ombro em flexão de 90 graus e o antebraço em posição de supinação e pronação de zero grau, de modo que a palma da mão estivesse voltada para o corpo. Os cotovelos deveriam estar estendidos para que a tensão da porção longa do tríceps não restringisse o movimento.

Técnica: A colocação do goniômetro foi idêntica à colocação para abdução horizontal da articulação do ombro, exceto quanto ao movimento a ser avaliado, que foi o de adução horizontal da articulação do ombro.

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21 Figura 5 – Goniometria de adução horizontal (Adaptado de JOÃO, 2011)

e) Flexão de cotovelo

Ponto utilizado: Radial

Posição inicial: Avaliado em pé, com o ombro em flexão, extensão e abdução de zero grau, com o braço ao lado do corpo. Um apoio foi colocado sob a extremidade distal do úmero para permitir a extensão completa do cotovelo. Antebraço em supinação completa, com a palma da mão voltada para cima.

Técnica: O goniômetro foi colocado com o eixo central sobre o epicôndilo lateral do úmero, uma das hastes fixada no antebraço sobre uma linha traçada do ponto radial até o processo estilóide do rádio, a outra fixada no braço, na sua face externa sobre uma linha traçada do ponto radial até o ponto acromial, e em seguida, foi feita a flexão da articulação do cotovelo. Depois, bastava realizar o movimento.

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22 Figura 6 – Goniometria de flexão do cotovelo (Adaptado de JOÃO, 2011)

f) Flexão de quadril (com o joelho fletido)

Ponto utilizado: Trocantérico.

Posição Inicial: Avaliado deitado em posição supina, com o quadril em abdução, adução e rotação de zero grau. Inicialmente, a articulação do joelho se mantinha estendida, mas à medida que foi completada a amplitude da flexão do quadril, foi permitida sua flexão. Se o joelho fosse mantido em extensão, a tensão dos músculos posteriores de coxa poderia restringir o movimento.

Técnica: O goniômetro foi colocado com o eixo central sobre o trocânter maior do fêmur, uma das hastes alinhada com a linha média axilar do tronco, e o braço móvel do goniômetro paralelo e sobre a superfície lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral do fêmur. Em seguida, foi feita a flexão do quadril com o joelho fletido.

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23 Figura 7 – Goniometria de flexão do quadril (Adaptado de JOÃO, 2011)

g) Extensão de quadril

Ponto utilizado: Trocantérico.

Posição Inicial: Avaliado deitado em pronação, com o quadril em abdução, adução e rotação de zero grau, mantendo as pernas estendidas. Se o joelho se mantivesse fletido, a tensão do músculo reto femural poderia restringir o movimento. Não foi utilizado apoio sob a cabeça do avaliado.

Técnica: O goniômetro foi colocado com seu eixo central sobre o trocânter maior, uma das hastes alinhada com a linha média lateral da pelve, no prolongamento da linha axilar e a outra na face externa da coxa em sua linha mediana. Em seguida, foi realizada a extensão da articulação do quadril.

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24 Figura 8 – Goniometria de extensão do quadril (Adaptado de JOÃO, 2011)

h) Flexão de joelho

Ponto utilizado: Epicôndilo lateral do fêmur

Posição Inicial: Avaliado deitado em posição supina, com o joelho em extensão. Inicialmente o quadril em extensão, abdução e adução de zero grau, mas com o início da flexão do joelho ocorre também a flexão do quadril.

Técnica: O goniômetro foi colocado com seu eixo central sobre o epicôndilo lateral do fêmur, uma das hastes alinhada com a linha média lateral do fêmur, usando como referência o trocânter maior e a outra alinhada com a linha média lateral da fíbula, usando como referência o maléolo lateral e a cabeça da fíbula. Em seguida, foi realizada a flexão de joelho.

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25 Figura 9 – Goniometria de flexão do joelho (Adaptado de JOÃO, 2011)

i) Flexão de tronco

Ponto utilizado: Processo espinhoso das vértebras C7 e S1.

Posição Inicial: Avaliado de pé, com as colunas cervical, torácica e lombar em flexão lateral e rotação de zero grau.

Técnica: Com a fita métrica, mediu-se a distância entre o processo espinhoso de C7 e S1. A primeira medida foi feita com o sujeito na posição inicial e, a medida final, no final da amplitude de movimento. A diferença entre essas medidas indicou a flexão torácica e lombar. O avaliador deveria estabilizar a pelve, evitando a inclinação posterior do avaliado, quando este se inclinava para frente.

Figura 10 – Goniometria de flexão da coluna (Adaptado de MARQUES,

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j) Extensão de tronco

Ponto utilizado: Processo espinhoso das vértebras C7 e S1.

Posição Inicial: Avaliado de pé, com as colunas cervical, torácica e lombar em flexão lateral e rotação de zero grau.

Técnica: Mede-se, com a fita métrica, a distância entre o processo espinhoso de C7 e S1. A primeira medida foi feita com o sujeito na posição inicial e, a medida final, no final da amplitude de movimento. A diferença entre essas medidas indica a extensão torácica e lombar. O avaliador estabilizou a pelve, evitando a inclinação anterior do avaliado, quando este se inclina para trás.

Figura 11 – Goniometria de extensão da coluna (Adaptado de

MARQUES, 1997)

3.3.2.3 Teste de 10RM

Para obtenção das cargas de 10RM, foram realizados um teste e um reteste em dois dias não consecutivos, pré treinamento, a fim de determinar a reprodutibilidade do teste. Em ambos os dias de teste, os exercícios utilizados obedeceram a seguinte ordem: supino horizontal (SUP) e leg press (LEG). Todos os exercícios foram realizados em máquinas Life Fitness®. Foi sugerido aos sujeitos em estudo que não efectuassem durante as 48 horas entre os

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27

testes, qualquer tipo de actividade física, de modo a não interferir nos resultados de reprodutibilidade do teste.

A fim de minimizar possíveis erros nos testes de 10RM, as seguintes estratégias foram adotadas (Simão et al., 2005): a) todos os indivíduos receberam instruções padronizadas antes do teste, de modo que o avaliado estivesse ciente de toda a rotina que envolvia a coleta de dados; b) durante todas as sessões, o avaliado foi instruído sobre a técnica de execução do exercício, sendo corrigido, caso necessário; c) durante todas as sessões de teste, o avaliador esteve atento quanto à posição adotada pelo praticante no momento da medida, pois pequenas variações no posicionamento das articulações envolvidas no movimento podem acionar outros músculos, levando a interpretações errôneas dos escores obtidos e; d) estímulos verbais foram dados, a fim de manter alto nível de motivação. Para a aferição das 10RM, cada indivíduo teve um máximo de três tentativas de cada exercício com cinco minutos de intervalo entre as tentativas.

As técnicas de execução padrão foram seguidas para cada exercício. Nenhuma pausa foi permitida entre as fases excêntrica e concêntrica de uma repetição, nem entre as repetições. A amplitude de movimento determinada deveria ser alcançada para que a repetição fosse considerada como bem sucedida. A maior carga obtida em ambos os dias foi considerada como carga de 10RM.

3.4 Programas de Treinamento

A ordem dos exercícios para todos os grupos (duas vezes e três séries) foi supino (SUP), leg press (LP), puxada (PUX) , cadeira extensora (CE), lever

shoulder press (DES), cadeira flexora (CF), rosca bíceps (RB), abdominal e

rosca tríceps (RT). O GC não participará do programa de TF. O grupo G3S realizou três séries com 10 repetições com a carga do teste de 10RM em cada exercício e o grupo G2S realizou duas séries com a mesma com o mesmo

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número de repetições e intensidade do grupo anterior, com 90 a 120 segundos de intervalo entre as séries e exercícios.

Antes de cada sessão de treinamento, os participantes executaram um aquecimento específico, consistindo de 10 repetições com aproximadamente 50% da carga utilizada no primeiro exercício da sessão de treinamento. Durante as sessões, os participantes foram verbalmente estimulados a executar todas as séries até a falha concêntrica, e as mesmas definições de amplitude de movimento completa usadas durante os testes de 10RM foram utilizadas para definir uma repetição como bem sucedida. Não houve nenhuma tentativa para controlar a velocidade de execução das repetições

A sessão de treinamento foi supervisionada por um profissional de Educação Física experiente que registrou o volume de treino dos indivíduos. Além disso, foi controlado para que os indivíduos, não realizassem exercícios aeróbicos ou de flexibilidade durante a sessão de treino e até 48 horas na qual ocorreu a última avaliação.

3.5 Procedimentos Estatísticos

Todas as variáveis foram descritas com valores de tendência central (média) e dispersão (desvio padrão). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade dos dados, assim como a homogeneidade das variâncias foi confirmada pelo teste de Levene (p > 0,05). Para análise intragrupos nos períodos observados (PRÉ, IPÓS, 24h e 48h) aplicou-se uma ANOVA-one-way com post hoc de Tukey, quando apropriado. Para a análise intergrupos (PRÉ, IPÓS, 24h e 48h) aplicou-se uma ANOVA-one-way com post

hoc de Scheffé, quando apropriado. O nível alfa adotado foi 0,05 para todas as

análises. O tratamento estatístico foi realizado no pacote estatístico SPSS 17.0 para Windows (Statsoft, Inc., Tulsa, OK,USA).

O Índice de correlação intraclasse foi utlizado para determinar a reprodutibilidade dos resultados das duas medidas do teste 10RM e da flexibilidade.

Adicionalmente, cálculos de efeito do tamanho (ET) (diferença entre os escores do pré-teste e pós-teste dividido pelo desvio padrão do pré-teste)

(40)

29

foram realizados para determinar a magnitude das diferenças. A escala proposta por Rhea (2004) foi utilizada para classificar a magnitude do efeito do tamanho (Tabela 2).

Tabela 2. Escala de determinação do efeito do tamanho em pesquisas sobre

treinamento de força.

Magnitude Destreinados Recreacionalmente

treinados Treinados

Trivial < 0,50 < 0,35 < 0,25

Pequeno 0,50 – 1,25 0,35 – 0,80 0,25 – 0,50

Moderado 1,25 – 1,9 0,80 – 1,50 0,50 – 1,0

Grande > 2,0 > 1,50 > 1,0

Destreinados não realizam treinamento de força no mínimo há um ano. Recrecionalmente treinado indivíduos que treinam há 1-5 anos. Treinados indivíduos que treinam há pelo menos 5 anos.

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Apresentação dos Resultados

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31

Resultados

4.1 Membro Superior

No G2S a flexibilidade apresentou diferença significativa para o movimento de flexão do ombro entre o período PRÉ com 24 horas e 48 horas, já para o G3S a diferença foi evidenciada apenas no período PRÉ e 48 horas no mesmo movimento (p>0,05), não foram observadas diferenças intergrupos. Os demais movimentos da articulação do ombro (extensão, adução e abdução), assim como a articulação do cotovelo (flexão) não apresentaram alterações estatísticas na analise inter e intragrupos (p>0,05), (Tabela 3).

Os resultados do tamanho do efeito demostram ganho trivial e pequeno para quase todos os movimentos articulares nas articulações do membro superior (ombro e cotovelo), com a exceção da adução do ombro intragrupo que a resposta foi moderada (Tabela 3)

(43)

32 Tabela 3 - Valores observados para os movimentos das articulações dos membros superiores nos períodos experimentais com o efeito do tamanho intra e intergrupos.

MEMBRO SUPERIOR OMBRO

EFEITO DO TAMANHO

GRUPOS PERÍODO EXPERIMENTAL INTRAGRUPOS INTERGRUPOS

FL

EXÃ

O

PRÉ IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H G3S 165.24 ± 7.59 169.67 ± 8.48 171.70 ± 7.09 173.65 ± 5.36 * 0.58 (P) 0.85 (P) 1.1 (P) 0.51 (P) 0.5 (P) 0.54 (P) G2S 168.03 ± 6.84 172.39 ± 5.01 172.82 ± 4.47 * 173.89 ± 6.79 * 0.63 (P) 0.7 (P) 0.85 (P) 0.06 (T) 0.26 (T) 0.59 (P) GC 171.23 ± 4.53 172.08 ± 4.71 174.08 ± 4.71 171.18 ± 4.57 0.18 (T) 0.62 (P) 0.01 (T) x x x EXT EN S ÃO G3S 45.67 ± 14.75 46.50 ± 12.14 43.79 ± 8.49 44.70 ± 9.60 0.06 (T) 0.12 (T) 0.1 (T) 0.03 (T) 0.44 (T) 0.04 (T) G2S 49.09 ± 13.82 45.47 ± 16.10 46.88 ± 13.50 46.86 ± 15.31 0.26 (T) 0.15 (T) 0.16 (T) 0.07 (T) 0.11 (T) 0.18 (T) GC 45.17 ± 9.44 46.15 ± 9.43 48 ± 9.44 45.10 ± 9.43 0.1 (T) 0.29 (T) 0.007 (T) x x x AD U Ç ÃO G3S 43.15 ± 6.18 53.02 ± 7.43 53.37 ± 8.58 53.93 ± 4.02 1.59 (M) 1.65 (M) 1.74 (M) 0.32 (T) 0.18 (T) 0.49 (T) G2S 46.97 ± 9.06 52.53 ± 8.57 50.49 ± 9.02 51.42 ± 8.22 0.61 (P) 0.38 (T) 0.49 (T) 0.27 (T) -0.09 (PE) 0.25 (T) GC 48.66 ± 10.44 49.64 ± 10.40 51.49 ± 10.25 48.74 ± 10.53 0.09 (T) 0.27 (T) 0.007 (T) x x x ABD U Ç Ã O G3S 158.28 ± 8.17 161.13 ± 8.02 163.13 ± 8.07 165.59 ± 5.34 0.34 (T) 0.59 (P) 0.89 (P) -0.87 (PE) -0.86 (PE) 0.005 (T) G2S 163.49 ± 9.10 163.44 ± 7.52 166.25 ± 6.63 169.11 ± 9.55 -0.005 0.3 (T) 0.61 (P) (PE) -0.3 -0.47 (PE) 0.65 (P) GC 165.25 ± 5.86 166.23 ± 5.86 168.18 ± 5.87 165.28 ± 5.86 0.16 (T) 0.5 (P) 0.005 (T) x x x COTOVELO EFEITO DO TAMANHO

GRUPOS PERÍODO EXPERIMENTAL INTRAGRUPOS INTERGRUPOS

FL

EXÃ

O

PRÉ IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H G3S 139.83± 6.74 140.39± 5,19 143.02± 4.45 142.72±6.36 0,08 (T) 0,47 (T) 0,42 (T) 0,03 (T) 0,13 (T) 0,45 (T) G2S 139,88± 6,86 139,67± 7,73 140,82± 5,83 141,23± 6,6 -0,03 0,13 (T) 0,19 (T) -0,05 (PE) -0,14 (PE) 0,26 (T) GC 139,18± 7,77 140,12± 7,83 141,97± 8 139,17± 7,78 0,12 (T) 0,35 (T) 0 (T) x x x

Diferença estatística em relação aoPRÉ ( p< 0.05); valores expressos em graus; G3S (3 séries), G2S (2 séries), GC (grupo controle); Efeit do tamanho : M (moderado),P (pequeno), T (trivial), PE (perda

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33 4.2 Membro Inferior

No movimento de extensão do quadril o G3S apresentou diferenças entre os períodos PRÉ e IPÓS, 24 e 48 horas e no movimento de flexão desta articulação com o GC com o no período de 24 horas (p<0,05). No entanto, o movimento da articulação do joelho (flexão) não apresentou diferença entre os períodos avaliados para as analises intra e intergrupos (p>0,05), (Tabela 4).

Tabela 4 - Valores observados para os movimentos dos membros inferiores nos períodos experimentais com o efeito do tamanho intra e intergrupos

MEMBRO INFERIOR QUADRIL

EFEITO DO TAMANHO

GRUPOS PERÍODO EXPERIMENTAL INTRAGRUPOS INTERGRUPOS

FL

EXÃ

O

PRÉ IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H G3S 102,15± 15,31 105,28± 7,33 103,02± 8,58# 105,15± 8,58 0,2 (T) 0,05 (T) 0,19 (T) -0,37 -0,88 0,27 -G2S 101,02± 12,63 104,58± 6,29 103,93± 6,24 102,9± 6,24 0,28 (T) 0,23 (T) 0,14 (T) -0,46 -0,77 0,54 -GC 107,34± 8,14 108,33± 8,14 110,28± 8,16 107,38± 8,16 0,12 (T) 0,36 (T) 0 x x x EXT EN SÃO G3S 21,61± 7,36 27,52± 5,62* 28,41± 5,21* 29,24± 5,77* 0,8 (P) 0,92 (P) 1,03 (P) -0,78 -1,01 0,19 -G2S 26,47± 6,19 28,88± 6,38 29,46± 7,81 29,04± 8,48 0,38 (T) 0,48 (T) 0,41 (T) -0,78 -0,79 0,24 -GC 30,11± 4,51 31,08± 4,51 33,03± 4,53 30,13± 4,5 0,21 (T) 0,64 (P) 0 x x x JOELHO EFEITO DO TAMANHO

GRUPOS PERÍODO EXPERIMENTAL INTRAGRUPOS INTERGRUPOS

FL

EXÃ

O

PRÉ IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H G3S 122,39± 8,29 122,09± 8,78 122,15± 8,62 125,55± 5,64 -0,03 -0,02 0,38 (T) -0,39 -0,65 0,21 (T) G2S 121,73± 8,9 120,82± 9,36 121,16± 9,07 122,82± 7,16 -0,1 -0,06 0,12 (T) -0,57 -0,79 0,16 -GC 123,99± 7,24 124,98± 7,24 126,93± 7,25 123,98± 7,24 0,13 (T) 0,4 (T) 0 x x x * Diferença estatística em relação aoPRÉ ( p< 0.05); # Diferença estatística em relação ao GC ( p< 0.05) valores expressos em graus; G3S (3 séries), G2S (2 séries), GC (grupo controle); Efeito do tamanho: M (moderado), P (pequeno), T (trivial), PE (perda).

Os resultados do tamanho do efeito demostram ganho trivial e pequeno para todos os movimentos articulares na analise intragrupos, embora tenha ocorrido perdas quando observado o tamanho do efeito em relação ao GC na analise intergrupos (ver Tabela 4).

(45)

34 4.3 Tronco e teste de sentar e alcançar

No segmento tronco houve diferença na comparação intergrupos para o G2S no movimento de extensão com o GC no período de 48 horas e para este mesmo período diferença intragrupo com o periodo PRÉ foi observada (Tabela 5).

Tabela 5 - Valores observados para os movimentos da articulação da coluna e teste de sentar e alcançar nos períodos experimentais com o efeito do tamanho intra e intergrupos.

TRONCO COLUNA

EFEITO DO TAMANHO GRUPOS PERÍODO EXPERIMENTAL INTRAGRUPOS INTERGRUPOS

FL

EXÃ

O

PRÉ IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H G3S 49,09 ± 12,38 48,39 ± 13,19 50,46 ± 13,58 57,25 ± 10,94 # -0,05 0,11 (T) 0,65 (P) 0,14 (T) 0,16 (T) 1,59 (M) G2S 53,16 ± 11,41 51,33 ± 9,58 50,75 ± 10,31 53,1 ± 11,87 -0,16 -0,21 -0,05 0,58 (P) 0,2 (T) 0,97 (P) GC 46,43 ± 6,66 47,42 ± 6,66 49,37 ± 6,66 46,57 ± 6,71 0,14 (T) 0,44 (T) 0,02 (T) x x x EXT EN SÃO G3S 10,48 ± 2,07 11,43 ± 2,03 11,32 ± 2,28 # 11,83 ± 2,62 0,45 (T) 0,4 (T) 0,65 (P) -0,28 -0,94 0,16 (T) G2S 11,10 ± 2,24 13,44 ± 2,96 13,44 ± 3,25 14,43 ± 3,62 # 1,04 (P) 1,04 (P) 1,48 (M) 0,35 (T) -0,26 0,99 (P) GC 11,39 ± 3,11 12,33 ± 3,11 14,28 ± 3,12 11,33 ± 3,11 0,3 (T) 0,92 (P) -0,01 x x x TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR

EFEITO DO TAMANHO GRUPOS PERÍODO EXPERIMENTAL INTRAGRUPOS INTERGRUPOS

FL

EXÃ

O

PRÉ IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H IPÓS 24H 48H G3S 28,02 ± 8,82 32,25 ± 7,62 34,05 ± 6,31 34,49 ± 6,93 0,47 (T) 0,68 (P) 0,73 (P) -0,64 -0,66 -0,28 G2S 29,21 ± 8,31 31,07 ± 5,88 # 31,20 ± 6,84 # 31,69 ± 6,18 0,22 (T) 0,23 (T) 0,29 (T) -0,78 -0,99 -0,6

GC 36,90 ± 8,70 37,88 ± 8,69 39,78 ± 8,65 37,03 ± 8,79 0,11 (T) 0,33 (T) 0,01 (T) x x x * Diferença estatística em relação aoPRÉ ( p< 0.05); # Diferença estatística em relação ao GC ( p< 0.05)valores expressos em graus; G3S (3 séries), G2S (2 séries), GC (grupo controle); Efeito do tamanho: M (moderado), P (pequeno), T (trivial), PE (perda).

Diferença intergrupo também foi identificada no G3S em relação ao controle no período de 24 horas, além disso, houve diferença para o movimento de flexão em relacao ao GCe o G3S no período de 48 horas (p>0,05).

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No teste de sentar e alcançar diferenças intergrupos ocorreram no G2S com o GC no período IPÓS e 24 horas (p<0,05).

Os resultados do tamanho do efeito demostram ganho trivial e pequeno para este teste na analise intragrupo, foram observadas perdas quando analisado na condição intergrupos

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37

5. Discussão dos Resultados

A flexibilidade sendo um componente da aptidão física deve ser observada na organização de um programa de treinamento de força (TF). Para manter ou melhorar a amplitude de movimento (ADM) são associados aos programas de TF os exercicios de alongamento (Monteiro et al., 2008; Cardozo et al., 2006; Herriot et al., 2004; Girouard et al., 1995), e/ ou treinamento de força no qual seja realizada toda a ADM articular (Kim et al., 2011; Morton et

al., 2011; Simão et al., 2011a; Santos et al., 2010; Monteiro et al., 2008;

Fatouros et al., 2006; Cyrino et al., 2004; Barbosa et al., 2002; Fatouros et al., 2002; Thrash e Kelly, 1987). Devido ás diversas metodologias desenvolvidas nesses estudos, não era possível identificar qual a contribuição do volume de treinamento de forma isolado na ADM, assim como, não está elucidado totalmente na literatura como as variáveis metodológicas TF pode influenciar na flexibilidade. Desta forma, o objetivo do estudo foi verificar o efeito agudo do treinamento de força com diferentes volumes na flexibilidade medido-se imediatamente após o término da sessão e após 24 e 48 horas.

A metodologia deste estudo foi delineada a partir de achados de estudos de caracter crônicos anteriores. O treinamento alternado por segmento foi escolhido, pois em estudo crônico de Santos et al. (2010) ao comparar diferentes métodos de treinamento (altenado por segmento e agonista / antagonista) observou ambos os grupos aumentaram a amplitude de movimentos, mas o grupo que realizou alternado por segmento teve aumento significativo maior que o outro grupo.

A partir disso, o volume foi a varável metodológica escolhida devido a escassez de estudos o nesse aspecto, somente o estudo de Simão et al. (2011b controlou somente esta variável. Trata-se de um estudo crônico, em seus resultados foi observado que na medida de flexibilidade houve mudanças significativas na ADM em ambos os grupos no periodo pré e pós treino e que em relação ao grupo controle, porém, os individuos que realizaram maior volume de treinamento as alteracões na amplitude de movimento foram mais significativas sendo estes resultados divergentes dos encontrados em nosso

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estudo. Sendo assim, é possível notar que há um comportamento diferenciado da flexiblidade quando se trata de estudos crônicos e agudos.

Ao analisar os movimentos articulares de forma isolada, no membro superior foi identificado aumento significativo da amplitude de movimento somente no movimento de flexão do ombro no G2S entre o período PRÉ com 24 horas e 48 horas, já para o G3S a diferença foi evidenciada apenas no período PRÉ e 48 horas no mesmo movimento. Esses achados, apesar de agudo, são semelhantes ao do estudo de Fantouros et al. (2006) que em um período de 6 meses de treinamento de força evidenciaram aumento da amplitude nos movimentos de flexão do ombro, embora essas alterações tenham sido observadas em sujeitos homens idosos, este fator parece não ser determinante, pois os sujeitos desse estudo eram adultos jovens (média de 25 anos), conforme Thrash; Kelly (1987) a idade não é fator de influência para o ganho de ADM. Os ganhos podem ter ocorrido por fatores como a ADM empregada (os sujeitos foram encorajados a sempre realizar na ADM total), além deste ponto de observação o fato de envolvimento direto da articulação com uma quantidade maior de exercícios (supino, puxada e desenvolvimento) no programa de treinamento parece ser fundamental, pois como observado por Raabet al. (1988) quando esta não é envolvida pode apresentar um descréscimo na sua amplitude.

Outro ponto a ser destacado ainda para a articulação do ombro refere-se ao envolvimento da musculatura agonista e antagonista no programa de treinamento (Hurley; Roth, 2000), o programa de treinamento do presente estudo possui essa característica, além do envolvimento dos músculos agonista e antagonista o método adotado foi alternado por segmento, similar ao estudo de Fatouros et al. (2006) no qual também foi observado aumento da ADM, desta forma acredita-se que para a articulação do ombro, a alteração na amplitude de movimento não estar condicionada somente ao volume adotado.

O período no qual essas alterações na ADM do ombro devem ser observados, apesar do tamanho do efeito demostrar ganho trivial e pequeno para quase todos os movimentos articulares observados para o ombro, exceção ao movimento de abdução que se apresentou moderado fica evidenciado que a manutenção deste efeito na ADM desta articulaçãose mantém por 48 horas, sendo assim é possível inferir que ao relacionar o

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39

frequência semanal de treinamento para aumento da ADM do ombro periodos de intervalo de menores que 48 horas entre as sessões de treinamento não são necessários.

Em relação ao membro inferior, no movimento de extensão do quadril o G3S apresentou diferenças entre os períodos PRÉ e PÓS, 24 e 48 horas e no movimento de flexão desta articulação com o GC no período de 24 horas. Nos estudos crônicos é possível observar aumento da amplitude de movimento na articulação do quadril. Fatouros (2006) em um período de 24 semanas de TF com intensidades diferentes, porém mesmo volume, observou aumento da flexibilidade nos movimentos de extensão e flexão do quadril. Gonçalves (2007) em programa de treinamento similar, mas realizando apenas três séries identificou aumento da ADM nos movimentos de flexão e extensão de quadril. Assim como, Vale (2004) utilizando um programa de treinamento com pesos de 75 a 85% de 1RM, duas séries de 8 a 10 repetições em uma frequência de duas vezes por semana observou aumento da amplitude de movimento de flexão e extensão do quadril. Similar à metodologia do estudo citado anteriormente, diferenciando somente o volume de treinamento (três séries), Cyrino et al. (2004) em um programa com 10 semanas de TF identificaram aumento na amplitude de movimento durante a extensão do quadril. Desta forma, é possível perceber que a articulação do quadril sofre influências positivas somente com uma sessão de treinamento, bem como, os estudos crônicos, que apesar de utilizarem diferentes váriaveis metodologicas também influenciam de forma positiva essas alterações.

Embora os resultados do tamanho do efeito tenha sido trivial e pequeno na articulação do quadril, os referidos movimentos tiveram ganhos de ADM. Com o acompanhamento da manutenção das alterações supracitadas, no qual se manteve por até 48 horas, pode-se inferir que sessões antes antes desse período, cm o objetivo de não diminuir a flexiblidade não são necessários.

Ao analisar a flexibilidade com uma medida linear utilizando o teste de sentar e alcançar os resultados mostram que houve somente aumento da flexibilidade para o grupo com volume de treinamento menor (G2S) e quando comparado ao grupo controle no período IPÓS e 24 horas. Os estudos crônicos que utilizaram a mesma medida de flexibilidade, porém com metodologias de treinamento diferente encontratam os seguintes resultados: Barbosaet al.

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(2002) em um programa de treinamento com frequencia semanal de três vezes, no periodo de 10 semanas e com exercicios similares a este estudo identificou aumento significativo comparando as medidas pré e pós treinamento no teste citado. Kalapotharakos et al. (2005) em estudo de 12 semanas de TF também identificaram aumento nos resultados do teste de sentar e alcançar nos individuos que realizaram o progama de treinamento quando comparados aos que não realizaram.

Desta forma, é possível observar que para os músculos ou grupos musculares envolvidos no teste de sentar e alcançar somente uma sessão de TF não é capaz de causar modificações positivas nestas amplitudes de movimento, sendo assim o benefícios desses exercícios para esses grupos somente é possível com um período prolongado de treinamento de força.

Embora na condição aguda, os achados do presente estudo evidenciam que o volume apresenta tendência de influenciar apenas as articulações com movimentos mais diretamente envolvidos no programa de treinamento, já que as de menor envolvimento nos exercícios (coluna vertebral) não apresentaram mudanças. Este fato pode levar a uma analise que o ganho da ADM é exercício dependente, como destacado por Raabet al. (1988), além do que o envolvimento direto da articulação no exercício faz com que haja ações mais diretas nas propriedados do tendão, pois a carga mecânica aumenta a atividade metabólica como destacaram os estudos de Kalliokoski et al (2005) e Kjaer et al. (2005), o que favorece respostas positivas do tendão ao exercícios independente do volume aplicado a esta carga.

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Conclusão

Imagem

Figura 1  - Teste de sentar e alcançar (Adaptado de DOMINGUES, 2011)
Figura 2  – Goniometria de f lexão de ombro (Adaptado de JOÃO, 2011)
Figura 3  – Goniometria de extensão  de ombro (Adaptado de JOÃO, 2011)
Figura 10  – Goniometria de flexão da coluna (Adaptado de MARQUES,  1997)
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Referências

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