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Centro de reabilitação e apoio a pessoas em situação de rua e seus animais

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Academic year: 2021

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Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas

em Situação de Rua e seus Animais

Acadêmico: Yuri Pacheco da Luz

Professor orientador: Arq. Vladimir Stello Fernando, Dr.

Arquitetura e Urbanismo – Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Tubarão-SC

(2)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA YURI PACHECO DA LUZ

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I

CENTRO DE REABILITAÇÃO E APOIO A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E SEUS ANIMAIS

Tubarão 2019

(3)

YURI PACHECO DA LUZ

Junho, 2019.

CENTRO DE REABILITAÇÃO E APOIO A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E SEUS ANIMAIS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do nono semestre do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina, orientado pelo professor Arq. Vladimir Stello Fernando, Dr.

(4)

Acadêmico: Yuri Pacheco da Luz Matrícula: 78861

Endereço: Rua José Vigário Poggel, 330 – apto 505 Bairro: Dehon – Tubarão/SC

Fone: (48 )996513894 Email: yuri.luz@hotmail.com Curso: Arquitetura e Urbanismo

Orientador

Vladimir Stello Fernando vladimir.stello@unisul.br

Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e Seus Animais

Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e Seus Animais.

Este trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo elaborado por Yuri Pacheco da Luz foi apresentado e aprovado por sua banca avaliadora;

Orientador Vladimir Stello Fernando, Universidade do Sul de Santa Catarina

Avaliador 01

Universidade do Sul de Santa Catarina

Avaliador 02

Universidade do Sul de Santa Catarina

Tubarão, Junho de 2019.

DADOS CADASTRAIS

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AGRADECIMENTOS

Sem Deus em minha vida não teria chegado até aqui, e com certeza meu primeiro agradecimento vai para o Pai, ele pôs pessoas maravilhosas em minha vida que me auxiliaram nessa caminhada, meus pais Stela e Gilberto que sempre me motivaram aos estudos e a faculdade de Arquitetura e Urbanismo, minha noiva Marianne que sempre esteve do meu lado me auxiliando emocionalmente e não deixando eu me abater pelas dificuldades, meus amigos que fizeram parte da jornada, meu orientador Arq. Vladimir Stello Fernando que sempre esteve disponível para me auxiliar em momentos de dúvidas e antenados em novidades relacionadas ao meu trabalho e um agradecimento especial a equipe do Centro de Apoio de Florianópolis assim como o Diretor de assistência social Sandro que me auxiliaram com muitas informações importantes para o presente trabalho.

Obrigado Deus por ter colocado em meu coração um trabalho que pode servir de luz para a vida de diversas pessoas e que possa expor uma das maiores dificuldades sociais mundiais.

(6)

ABSTRACT

RESUMO

The presente work consists of the collection of information for the purpose of theoretical foundation and the analysis of projects that make reintegration of people into society, quality of life and sustainability, in order to create a Center for Rehabilitation and Support for Homeless and their Animals in Tubarão/SC. Thus the project will allow the homeless of the municipality an opportunity to re-enter society, through temporary residences, workshops, medical care, learning and care for their animals if they have it. The chosen area is located on a plot of land in the Humaitá neighborhood, close to BR-101 and in an important point of the city where a large population of homeless people is concentrated. However, this project aims to establish a Rehabilitation Center to Support Homeless People and their Animals, valuing the lives of these individuals and showing that everyone deserves a chance to change their lives for the better.

Key words: Social inclusion, sustentability, rehabilitation, care and home.

O presente trabalho consiste na coleta de informações com fins de embasamento teórico e análise de projetos que prezam pela reinserção de pessoas na sociedade, a qualidade de vida e a sustentabilidade, a fim de criar um Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e seus Animais em Tubarão/SC. Assim o projeto possibilitará aos desabrigados do município uma oportunidade de se reinserir na sociedade, por intermédio de residências temporárias, oficinas, atendimento médico, aprendizado e cuidado com seus animais se assim possuírem. A área escolhida localiza-se em um terreno no bairro Humaitá, próximo a BR-101 e em um ponto importante da cidade onde se concentra uma grande população de desabrigados. Todavia este projeto tem como finalidade implantar um Centro de Reabilitação de Apoio a Pessoas em Situação de Rua e seus Animais, valorizando a vida desses indivíduos e mostrando que todos merecem uma chance de mudar sua vida para melhor.

Palavras chave: Inclusão social, sustentabilidade, reabilitação, cuidados e moradia.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...09 1.1 TEMA...10 1.2 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA...12 1.3 OBJETIVOS...13 1.3.1 Objetivos gerais...13 1.3.2 Objetivos específicos...13 1.4 METODOLOGIA...13 2 REFERENCIAL TEÓRICO...14 2.1 QUEM SÃO?...15

2.2 DADOS E LEVANTAMENTO DE PESQUISA...16

2.3 DADOS SOBRE OS ANIMAIS EM SITUAÇÃO DE RUA E SUA RELAÇÃO COM OS DESABRIGADOS...17

2.4 VIVÊNCIA E SAÚDE NAS RUAS...18

2.5 CONCLUSÃO...19

3 REFERENCIAIS PROJETUAIS...20

3.1 LOW HOUSE INCOME INSTITUTE– TINY HOUSE………22

3.1.2 Informações do Projeto e Instituição...23

3.1.3 Projeto Tiny House...24

3.1.4 Localização e Funcionalidade...25

3.1.5 Sistema Construtivo...27

3.1.6 Análise do Autor...28

3.2 THE BRIDGE HOMELESS ASSISTANCE CENTER...29

3.2.1 Localização e Informações do Projeto...30

3.2.2 Plantas baixas-Definições de espaços e circulações...31

3.2.3 Sistema Construtivo e Volumetria...36

3.2.4 Análise do Autor...37

4 ESTUDO DE CASO...38

4.1.1 CASA DE APOIO SOCIAL AO MORADOR DE RUA...39

4.1.2 INFORMAÇÕES GERAIS...39

4.1.3 ZONEAMENTO E ACESSOS...40

4.1.4 INFRA-ESTRUTURA...40

4.1.5 PLANTA BAIXA E AMBIENTES...41

4.1.6 DIBEA-DIRETORIA DE BEM ESTAR ANIMAL...43

4.1.7 INFORMAÇÕES GERAIS...44

5 ANÁLISE DA ÁREA...45

5.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E TERRENO...46

5.2 DADOS GERAIS...47

5.3 HISTÓRICO DA ÁREA...47

5.4 ÁREA EM ANÁLISE E LEGISLAÇÃO...49

5.5 ASPECTOS BIOCLIMÁTICOS E TOPOGRAFIA...51

5.6 MAPA DE HIERARQUIA DE VIAS...52

5.7 MAPA DE USOS DE SOLO...52

5.8 MAPA DE GABARITOS...53

5.9 MAPA DE CHEIOS E VAZIOS...53

5.10 MAPA DE ACESSOS AO TERRENO E FLUXO...54

5.11 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TERRENO...55

6 PARTIDO...57 6.1 CONCEITO...59 6.2 DIRETRIZES PROJETUAIS...59 6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO...60 6.4 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA...61

(8)

SUMÁRIO

6.5 MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS...63

6.6 ZONEAMENTO E ACESSOS...65 6.7 IMPLANTAÇÃO...66 6.8 PLANTAS BAIXAS...67 6.9 VOLUMETRIA...68 7 CONCLUSÃO...69 8 REFERÊNCIAS...70

08

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CAPÍTULO 1

(10)

1.1 TEMA

O tema em estudo surge a partir da reflexão a respeito das condições sub-humanas de qualidade de vida, higiene pessoal, saúde, e muitas outras problemáticas das pessoas em situação de rua assim como os animais.

No Brasil o número de pessoas e animais desabrigados é alarmante, mesmo não possuindo um levantamento preciso sobre essas populações. No município de Tubarão em Santa Catarina temos a mesma realidade.

O problema do homeless² persiste e cresce em todo o mundo. Não há dados concretos sobre o número global, mas dados parciais de várias cidades que tem incluído esta população no seu cenário presente apontam para essa tendência. (QUINTÃO, 2012, p.14)

Segundo a IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) existiam cerca de 101.854 pessoas em situação de rua no Brasil. (NATALINO, 2016, p.5) E dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) informam que ao menos 30 milhões de animais vivem nas ruas do Brasil, sendo 60% cães. (OMS,

2018, s.p) Fonte: Davidson Luna, 2018.

Fig. 1.1.1 Desabrigado em São Paulo, Brasil

A prefeitura do município de Tubarão conta hoje com Serviço Especializado de abordagem Social, de atendimento especializado, localizado no Órgão Gestor da Assistência Social e de Organizações não governamentais como ´´Associação Leon Denis – ALD Albergue Noturno da Paz``, esta associação acolhe as pessoas em situação de rua, porem o local fica afastado do centro da cidade e consequentemente da maior população em situação de rua no município.

01

INTRODUÇÃO

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Fonte: Isabela Alves, 2017. Fig. 1.1.3 Desabrigado e seu cão

Segundo o site da ONG Movimenta Cão a Organização não Governamental atua auxiliando os cuidadores de animais que são cadastrados na ONG, para que tenham apoio necessário para castrar, alimentar e motivar ainda mais os cuidados com os animais. Atualmente não possuem local fixo para canil ou cuidados com esses animais mesmo que seja temporário, e isso dificulta a atuação da Movimenta Cão assim como outras ONGs.

Perante essa realidade, surgiu a iniciativa de realizar um estudo sobre o tema. O presente Trabalho de Conclusão de Curso I, partiu da necessidade de desenvolver uma solução para um dos maiores problemas do Brasil: A exclusão de pessoas e animais da sociedade.

O objetivo é desenvolver um estudo teórico e prático para constituir um anteprojeto arquitetônico de um Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e Seus Animais, no município de Tubarão, em Santa Catarina. A proposta é que o Centro dê o auxílio necessário para que as pessoas e animais sejam reinseridos de forma saudável na sociedade.

Fig. 1.1.2 Desabrigado e seu gato

Fonte: Mikael Theimer, 2018.

01

(12)

1.2 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

A sociedade vem se esquivando sobre as condições de vida sub humanas das pessoas e animais em situação de rua. No Brasil, são poucos os estudos realizados para que sejam coletados dados precisos que auxiliem para elaborar maneiras de combater esse problema social.

De acordo com o site Politize¹ 82% da população em situação de rua é masculina, a maioria jovem, sendo 15,3% na faixa de etária dos 18 aos 25 anos e 27,1% na faixa dos 26 aos 35 anos. Já a população feminina é representada pelos restantes 18%.

A pesquisa mais precisa e com data de levantamento mais próxima que temos é a realizada pela Nacional Censitária (2008). Segundo essa pesquisa, a situação de rua passa de temporária a permanente no Brasil. Quase metade desses indivíduos, 48,5%, está há mais de dois anos dormindo em locais públicos ou em albergues. Além do que, quase um terço da população total (30%) se encontra nessa condição há cerca de 5 anos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30 milhões de animais estão nas ruas, sendo 20 milhões cães e 10 milhões gatos.

Ambos são dados e situações alarmantes, que precisam de atenção da população e das autoridades, e no município de Tubarão não é diferente. Entende-se que a implantação do Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e Seus Animais irá suprir essa carência de cuidados na região, proporcionando um ambiente adequado onde os usuários possam ter um ambiente de moradia temporário próprio, participar de cursos, ter acesso a higiene e saúde, e que o processo possa contribuir com a reintegração dessas pessoas em meio a famílias e comunidades.

01

INTRODUÇÃO

(13)

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVOS GERAIS

Elaborar um anteprojeto arquitetônico de um centro de reabilitação e apoio a pessoas em situação de rua e seus animais, que seja capaz de promover a inclusão social e restabelecer a dignidade e o direito a moradia dos usuários.

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Analisar e se aprofundar nas informações sobre o tema, dando condições e subsídios para o anteprojeto arquitetônico; 2. Desenvolver estudos de projetos referenciais, a fim de compreender os diferentes programas de necessidades, partidos, conceitos e técnicas construtivas envolvidas em tais projetos, que possam auxiliar na elaboração das diretrizes para a intervenção no local;

3. Propor um programa de necessidades compatível ás exigências de locais de moradia temporária e apoio a pessoas e animais em situação de rua e seus animais;

4. Desenvolver uma síntese critica que subsidie diretrizes para a proposta a ser desenvolvida no Trabalho de Conclusão do Curso II.

1.4 METODOLOGIA

Para desenvolver o Trabalho de Conclusão do Curso I, visando pesquisar sobre a situação das pessoas e animais em situação de rua, foram necessários adotar os seguintes procedimentos metodológicos:

1. Revisão bibliográfica, através de livros, artigos, dissertações, teses e documentos disponíveis na internet, para a elabaoração da fundamentação teórica do objeto em estudo;

2. Estudar a viabilidade de terrenos, através da análise do local, com levantamento de dados referente ao contexto de inserção do projeto, através da elaboração de mapas urbanos, como uso do solo, cheios e vazios; análise climática, baseada na carta solar de Tubarão e ventos predominantes; sintese da legislação pertinente à área de estudo;

3. Realizar estudo de projetos referenciais, visando o embasamento técnico para a proposta arquitetônica e functional, analisando os acessos e circulações, técnicas construtivas, conforto ambiental, materialidade, entre outros;

4. Realizar entrevistas com especialistas nas áreas de desenvolvimento social e saúde animal do município.

01

(14)

CAPÍTULO 2

(15)

2.1 QUEM SÃO?

Em referência às pessoas em situação de rua, temos uma vasta lista de questionamentos sobre as causas que levaram essas pessoas a estarem naquela condição.

São usados diferentes termos e definições para categorizar a população de rua, que é variável, e para prosseguir temos que levantar o contexto em que estão inseridos, história e causas pessoais que os levaram a essa realidade.

Segundo Klaumann (2013) não há documentos históricos que comprovem fatos ou dados sobre população em situação de rua brasileira, mas analisando em âmbito mundial, a introdução do capitalismo na primeira revolução industrial fez com que funcionários perdessem seus empregos e consequentemente renda e moradia.

Já no Brasil, de acordo com Miaguti (2017) o problema se intensificou a partir da metade do século XX, que com a crise econômica da época levou a um grande aumento da população de moradores nas ruas das cidades.

A FIPE (Fundação e Instituto de Pesquisas Econômicas) categorizou (2003, s.p) as pessoas em situação de rua como:

02

REFERENCIAL TEÓRICO

Seguimento de baixíssima renda que, por contingência temporária ou de forma permanente, pernoita nos logradouros da cidade - praças, calçadas, marquises, jardins, baixos de viaduto, em locais abandonados, terrenos baldios, mocós, cemitérios e carcaças de veículos. Ou também aqueles que pernoitam em albergues públicos ou de organizações sociais. (FIPE 2003, s.p.)

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

(16)

02

REFERENCIAL TEÓRICO

O fator social principal é o desemprego, todavia que a maioria das pessoas nessa situação são homens, por perderem o papel de ´´homem da casa` `ou ´´quem traz sustento para a família``, e como consequência, seguem com condições de vida sub humanas, morando em logradouros públicos, não conseguindo reagir ao que lhe aconteceu (sem apoio).

De fato, existem outros motivadores que podemos pautar como os desentendimentos familiares, dependência química, alcoolismo, ex-presidiários, problemas psicológicos e simplesmente ´´por opção``, por mais que sejam poucos ainda é expressivo. (FIPE, 2015, s.p)

2.2 DADOS DE LEVANTAMENTO DE PESQUISA

Poucos estudos e levantamentos são feitos sobre o tema, portanto torna-se complicado analisar o tamanho do problema. O Brasil não conta com dados oficiais sobre a população em situação de rua.

(...) Esta ausência, entretanto, justificada pela complexidade operacional de uma pesquisa de campo com pessoas sem endereço fixo, prejudica a implementação de políticas públicas voltadas para

este contingente e reproduz a invisibilidade social da população de rua no âmbito das políticas sociais. (NATALINO, 2016, p. 01)

O mesmo autor ainda complementa que o censo SUAS – Sistema Único de Assistência Social criou um modelo de pesquisa em 1.924 municípios com mais de 300 mil habitantes, considerando as taxas de crescimento dos mesmos.

Estima-se que existiam, em 2015, 101.854 pessoas em situação de rua no Brasil. (NATALINO, 2016, p. 07.)

15,73% 48,89 4,32 22,45% Região Sul Região Sudeste Região Norte Região Nordeste

Fonte: FIPE, 2015, adaptado pelo autor.

Fig. 2.2 Gráfico de pesquisa de pessoas em situação de rua no Brasil

(17)

2.3 DADOS SOBRE ANIMAIS EM SITUAÇÃO DE RUA E SUA RELAÇÃO COM OS DESABRIGADOS

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) existem cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados e em situação crítica nas cidades brasileiras. (OMS, 2018, s.p)

De acordo com a Vice-Presidente da ONG Movimenta Cão de Tubarão, Marcele Bressane, é muito comum os desabrigados de Tubarão possuírem animais de estimação, o cuidado com os mesmos é incrível, e sempre fazem o que está no alcance deles, muitos deixam de frequentar o albergue da cidade por não autorizar a presença de animais.

Marcele ainda analisa que os cães transmitem muitas doenças ao ser humano, sendo crucial o cuidado com todos os animais, mesmo os que não possuem um lar.

É comum vermos pessoas em situação de rua na companhia de seus animais de estimação, eles o consideram como amigos e até mesmo da família. Isso torna um caso de saúde pública que requer atenção.(MARCELE, 2019)

02

REFERENCIAL TEÓRICO

Fonte: Jose Leite Filho, 2019. Fig. 2.3 Cachorro abandonado

Sposati (2009, p.193) ao vivenciar a ocorrência de pessoas em situação de rua com seus animais relata:

O encontro entre o cão e uma pessoa em situação de rua é, sem dúvida, um símbolo de mútuo reconhecimento de identidades perdidas. São relações ao ponto de muitos moradores de rua rejeitarem a ida para albergues quando estes não permitem que o cão o acompanhe. Laços de pertencimento são reatados a partir da relação com pequenos objetos, símbolos e animais. (Sposati, 2009, p.193)

(18)

Segundo Slatter, Lloyd e King (2012) os pets oferecem às pessoas em situação de rua, de acordo com relatos dos mesmos, benefícios como amizade, responsabilidade, saúde física e mental e apoio ao bem-estar emocional. É evidenciado, com isto, a forte influência dos animais na vida dessas pessoas. (traduzido pelo autor)

Martins et al. (2013) acreditam que:

Os moradores de rua criam um laço afetivo muito forte com seus animais, que acabam sendo o único elo afetivo que o morador de rua possui, por ser pertencente a uma parcela da sociedade constantemente excluída e marginalizada, depositando toda sua confiança e carinho em um animal, que proporciona a ele o que nenhum outro membro da sociedade oferece (p.1).

2.4 VIVÊNCIA NAS RUAS E SAÚDE

Sobreviver nas ruas não é uma tarefa fácil, e os desabrigados utilizam os meios que encontram para se proteger das condições do tempo, construindo abrigos frágeis com papelão, plástico e o que mais pode ser encontrado nas lixeiras.

A má qualidade da alimentação também influencia na qualidade de vida dessa população, alguns mal comem

02

REFERENCIAL TEÓRICO

uma vez ao dia, tendo que encontrar alimento dentro de lixeiras ou em albergues. De acordo com ESCOREL (2009, p.112), o consumo de drogas e o alcoolismo são possíveis elementos de rupturas familiares, desemprego e até mesmo um alento para os dias vividos nas ruas. Vemos que a saúde pode revelar as consequências e causas de suas vidas nas ruas.

Segundo o mesmo autor, as doenças mais comuns nas ruas são:

• Dermatológicos;

• Lesões por atropelamentos, violência; • HIV/AIDS;

• Hipertensão arterial; • Diabetes;

• Respiratórios (pneumonia e tuberculose.

As condições de saúde estão também fortemente relacionadas com o tempo de moradia nas ruas, sobretudo daqueles que costumam dormir nas ruas. A pesquisa revelou que um terço das pessoas vive nas ruas há mais de 5 anos, indicando um processo de cronificação e cristalização da situação de rua. ESCOREL, 2009, p.113.

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02

REFERENCIAL TEÓRICO

Fonte: Frederico Parra/AFP, 2017.

Fig. 2.4 Moradores de rua procurando alimento no lixo

São poucos que possuem acesso a medicamentos e serviços de saúde, geralmente os que tem mais chances de conseguirem tais benefícios frequentam albergues da cidade.

2.5 CONCLUSÃO

Concluímos que a situação da população de rua brasileira e dos animais abandonados é degradante e que traz diversas consequências para a população em geral. Assim como importante a relação entre o ser humano e o animal de estimação nas ruas, que traz conforto e esperança em muitas pessoas que não conseguem ver mais um futuro promissor.

Os programas de reabilitação, oficinas didáticas, acompanhamentos profissionais e o programa de habitação

temporária são meios para chegar a uma reinserção dessas pessoas em meio a sociedade contemporânea.

Utilizando desses artifícios a saúde populacional, a qualidade de vida e a perspectiva de vida dos indivíduos pode ser beneficiada em curto, médio e longo prazo.

Fonte: Edu Leoporo, 2012.

(20)

CAPÍTULO 3

(21)

Para o referente capítulo foram escolhidos 2 referenciais para trazer o esclarecimento de possíveis estratégias para o partido arquitetônico, onde cada um apresenta uma forma para a elaboração do projeto, como: 1. As estratégias de sustentabilidade;

2. A funcionalidade das estruturas e edifícios; 3. O incentivo a ajuda voluntária;

4. Materialidade; 5. Inserção urbana.

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3.1 LOW HOUSE INCOME INSTITUTE– TINY HOUSE

Tradução: Instituto da casa de baixa renda – Casas minúsculas Projeto em funcionamento

Autoria: Instituto da casa de baixa renda Localização: Seattle, Washington – EUA Ano do projeto: iniciou em 1994

Fig. 3.1.1 Tiny House

Fonte: Low House Income Institute (lihi.org).

(23)

03

REFERENCIAL PROJETUAL

3.1.1 INFORMAÇÕES DO PROJETO E INSTITUIÇÃO

Os dados dessa análise projetual foram obtidos do site da instituição Low Income House Institute, todas as informações foram avaliadas e traduzidas pelo autor.

A Instituição da casa de baixa renda tem como compromisso desde de 1994 em defender pessoas em situação de rua por meio de ações sociais e apoio em diversos projetos nos Estados Unidos. Dos serviços prestados estão a criação de casas de baixo custo, programa de aluguel de residências de baixo custo, serviços de saúde e educação, reintegração social com indicações de vagas de emprego e prospecção para auto-suficiência dos moradores.

A Low Income House Institute acredita que moradias populares não significam moradias de baixa qualidade.

Acreditamos que parcerias inovadoras, desenvolvimento de projetos criativos e recursos de design sustentáveis em moradias populares contribuem para uma comunidade saudável, forte e comprometida. (LIHI, 2015, s.p)

Fig. 3.1.2 Logo Institucional

Fonte: Low House Income Institute (lihi.org). Fig. 3.1.3 Foto equipe

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3.1.2 PROJETO TINY HOUSE

O projeto ´´chefe`` da instituição é sem dúvida a Tiny House para os desabrigados. O programa conta com um processo de cadastro que pode ser feito pelo site por instituições parceiras, indicações, ou pessoalmente na sede da instituição. Nesse programa estão inclusos a moradia temporária, processos de reabilitação da saúde mental e física, além da reestruturação do indivíduo para o meio social, usando como o principal motivador o seu próprio lar.

As residências são moradias temporárias feitas com estruturas sustentáveis, formando pequenas vilas em meio aos centros urbanos da cidade de Seattle. Os programas e tratamentos para os indivíduos são instalados em salas comerciais espalhadas pela cidade, com isso no complexo o uso fica restrito a moradias e apoio como espaço de higiene pessoal e alimentação. Após o tratamento e reabilitação, as pessoas são auxiliadas na procura de empregos e aluguéis de imóveis que possuem parceria com a instituição.

Fonte: Low House Income Institute (lihi.org). Fig. 3.1.4 Foto família

O projeto tem como objetivo principal a motivação da pessoa em ter seu próprio lar, partindo da premissa do ´´Housing First``, um programa concebido no Canadá que utiliza as moradias como o primeiro passo para uma melhor qualidade de vida e reestruturação da mesma.

03

REFERENCIAL PROJETUAL

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3.1.3 LOCALIZAÇÃO E FUNCIONALIDADE

A análise será feita na Nickelsville Georgetown Tiny House Village situado na 1020 South Myrtle Street em Seattle-WA.

A vila está em um terreno com cerca de 2239,5 metros quadrados próximo ao aeroporto internacional King County. Pela análise do feita pelo autor da área em que se situa o terreno, podemos ver que fica em mediante a uma

área comercial e residencial, ficando próximo ao aeroporto e próximo aos cais de cargas visualizados na figura 3.1.05.

A escolha do terreno não fica explícita nas informações da instituição, mas os terrenos são selecionados em zonas onde se concentram muitos desabrigados, e que possuam um certo afastamento dos grandes centros, sendo um fator importante na escolha do terreno pelo seu valor ou área. Vemos isso baseado nos outros modelos de vilas da instituição.

Fonte: Adaptado do Google Maps (2019) Fig. 3.1.5 Localização com usos

Legenda: Terreno Aeroporto Comercial Residencial Misto

03

REFERENCIAL PROJETUAL

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Fonte: Adaptado do Google Maps (2019). Fig. 3.1.6 Implantação vila

Fonte: Adaptado do Google Maps (2019). Fig. 3.1.7 Implantação com volumetria

A implantação da vila é simples e segue poucas linhas de organização de espaços, ainda assim possui um padrão de usos que vemos em todos as vilas. Podemos observar que as residências ficam nas extremas do terreno e na parte central, criando uma circulação em volta das que estão centralizadas, os centros de apoio ficam próximos aos acessos da pequena vila, facilitando o uso dos mesmos até mesmo por indivíduos que precisam de ajuda e não são moradores.

Os espaços são mal distribuídos, e criam-se zonas de grande vazio pelo terreno sem utilidade algum além da circulação.

Ainda assim o senso de comunidade se forma na pequena vila, diversas pessoas morando próximas em busca de um desenvolvimento pessoal e da sua qualidade de vida.

Legenda: Acesso principal

Acesso

serviços Casa-TinyHouse

Centro de apoio

Banheiros Legenda: Acesso principal Acesso serviços Área sem uso

03

REFERENCIAL PROJETUAL

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3.1.4 PROJETO TINY HOUSE – ESTRUTURA

As residências são geralmente construídas a partir de materiais reciclados, ou pela técnica construtiva de Wood Frame (construção com estrutura de madeira). Os modelos variam, mas em sua maioria segue um padrão de estilo arquitetônico e dimensionamento, que chega a aparência da figura 3.1.9 com 2 metros de largura e 3 de comprimento, sendo possível encontrar menores ou maiores que essa medida.

A cobertura se da geralmente por telhas Shingle, muito comum nos Estados Unidos, ou por telhas de aluzinco.

Em seu interior, as Tiny Houses possuem apenas uma função básica, que é de dormitório, como o espaço é limitado assim como o orçamento para a sua construção, as necessidades como a higiene pessoal e a alimentação se dão pelos centros de apoio instalados dentro das vilas. Vemos na figura 3.1.10 um interior melhorado, mas em sua maioria é pobre de acabamentos internos.

Fonte: Low House Income Institute (lihi.org). Fig. 3.1.10 Interior Tiny House

Fonte: Low House Income Institute (lihi.org). Fig. 3.1.9 Construção da Tiny House

03

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3.1.5 ANÁLISE DO AUTOR

Vantagens

✓ Adaptabilidade em várias cidades; ✓ Uso de materiais reciclados; ✓ Inclusão na comunidade inserida; ✓ Programa com intuito inovador;

✓ Motivador mental para os desabrigados; ✓ Gera novas expectativas;

✓ Inserido em locais estratégicos; ✓ Atende a qualquer necessitado; ✓ Centro de apoio físico e mental;

Desvantagens

o Não possui projeto no espaço externo (lazer); o Não possui padrão de residência;

o Sem espaço destinado a animais domésticos; o Não possui fonte de renda própria;

o Apesar da posição estratégica, se situa em um terreno de alto valor (próximo ao aeroporto).

Fig. 3.1.11 Vila Tiny House 1

Fig. 3.1.12 Vila Tiny House 2

Fonte: Low House Income Institute (lihi.org). Fonte: Low House Income Institute (lihi.org).

03

REFERENCIAL PROJETUAL

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3.2 THE BRIDGE HOMELESS ASSISTANCE CENTER Tradução: O centro de assistência a desabrigados da ponte. Projeto concluído em maio de 2010

Autoria: Overland Partners Localização: Dallas, Texas – EUA Ano do projeto: 2010

Área construída: 7.060 m² Certificação Prata LEED

Fig. 3.3.1 Fachada principal

(30)

3.2.1 LOCALIZAÇÃO E INFORMAÇÕES DE PROJETO

Os dados dessa análise projetual foram obtidos do site do arquiteto responsável e pelo site Archdaily, todas as informações foram traduzidas pelo autor.

O centro de assistência a desabrigados da ponte atende cerca de 6.000 pessoas (sendo elas pessoas em situação de rua ou da comunidade em geral). Ao todo são cinco edifícios e possuem três alas: emergencial, habitacional, transitória, e uma área externa que faz ligação para todo os edifícios. (Fonte: archdaily.com) Todos os edifícios criam uma arquitetura contemporânea, com linhas retas e imponentes.

O projeto fica situado em uma área com grande densidade, fazendo com que a estratégia de expansão urbana seja vertical. Na área a predominância de usos é o misto e residencial como podemos analisar na figura 3.2.3.

Um projeto que procura não esconder o problema que se encontra na cidade e, sim, dar assistência a todos da comunidade criando uma rede de beneficiados. O Centro diminuiu em 20% a criminalidade na e diminuiu pela metade o número de desabrigados na região. (Fonte: archdaily.com)

Fonte: Adaptado Google maps (2019). Fig. 3.2.3 Inserção com zoneamento

Legenda: Misto Residencial

N

Fig. 3.2.2 Perspectiva de projeto

Fonte: Overland Partners.

03

REFERENCIAL PROJETUAL

(31)

3.2.2 PLANTAS BAIXAS – DEFINIÇÕES DE ESPAÇOS E CIRCULAÇÕES

Observando a figura 3.2.4, vemos que o edifício ocupa a quadra em sua totalidade, tendo como acesso de pedestres pelas ruas Park Ave, Coriscana St. e pelo estacionamento; no caso dos veículos se dá somente pela rua Coriscana St.

Fig. 3.2.4 Implantação com acessos

Fonte: Adaptado de Overland Partners.

Fonte: Adaptado de Overland Partners. Fig. 3.2.5 Implantação com usos

N N Legenda: Estacionamento Pavilhão de refeições Jardim secreto Pátio principal

Edifício de boas vindas Serviços Pátio residents Dormitórios Acesso pedestres Acesso veículos Circulação

03

REFERENCIAL PROJETUAL

(32)

3.2.2 PLANTAS BAIXAS – DEFINIÇÕES DE ESPAÇOS E CIRCULAÇÕES

O centro possui um edifício de boas-vindas, um de serviços, um pavilhão ao ar livre, um depósito e um refeitório, onde criam um pátio central com circulação funcional, com equipamentos de paisagismo confortáveis, entregando segurança aos usuários e incorporando a comunidade ao redor.

Fig. 3.2.6 Implantação com térreo

Fonte: Adaptado de Overland Partners.

N Legenda: Circulação vertical Circulação horizontal Salas de treinamento Saúde mental Saúde física Banheiros Biblioteca Serviço mulheres Recepção Cuidados pessoais Escritório de casos Armazenamento frios/bebidas Cozinha

Jantar para residentes Armazenamento de alimentos Área técnica

Jantar para não residentes Canil

Segurança

Garagem/Reciclagem

Armazém convertido em dormitório Acessos principais

Acessos edifícios

03

REFERENCIAL PROJETUAL

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3.2.2 PLANTAS BAIXAS – DEFINIÇÕES DE ESPAÇOS E CIRCULAÇÕES

Os pontos com mais destaque da parte térrea do projeto são o restaurante, o patio principal e o armazém onde é utilizado para dormitórios temporários, no caso de desabrigados dos quais precisam de um local para ficar mas não realizam tratamentos mais específicos no Centro de Assistência.

Fig. 3.2.9 Pátio Principal

Fonte: Overland Partners. Fonte: Overland Partners.

Fig. 3.2.8 Armazém reaproveitado

Fonte: Overland Partners.

Fig. 3.2.7 Entrada restaurante para não residentes

03

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3.2.2 PLANTAS BAIXAS – DEFINIÇÕES DE ESPAÇOS E CIRCULAÇÕES

Somente o edifício de serviços possui mais de um pavimento, e nele se encontram as áreas de vivência e trabalho, alojamentos provisórios, além do setor administrativo do Centro de Assistência. Na área de serviços, os residentes encontram consultórios médicos com atenção a saúde física e mental. De modo geral os recursos instituídos no centro são área de dormitórios sendo um pavilhão ao ar livre para os usuários que se sentem desconfortáveis dentro de ´´casa``, áreas de saúde física e mental, creches, escritórios, salas de treinamento, centro de recreação, lavanderia, abrigo para animais, biblioteca e pavilhão de refeições.

Fig. 3.3.10 Planta baixa 1º pavimento

Fonte: Adaptado de Overland Partners. Fonte: Adaptado de Overland Partners. Legenda:

Circulação vertical Circulação horizontal Sala de convívio

Vivência e trabalho masc Vivência e trabalho fem Banheiros

Serviços

Fig. 3.3.11 Planta baixa 2º pavimento Legenda:

Circulação vertical Administração

Alojamento provisório para PNE

Alojamento provisório masculino Alojamento provisório feminino

N N

03

REFERENCIAL PROJETUAL

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3.2.2 PLANTAS BAIXAS – DEFINIÇÕES DE ESPAÇOS E CIRCULAÇÕES

Os ambientes onde se encontram os espaços de vivência e trabalho possuem muita iluminação natural por suas aberturas em vidro laminado translúcido recozido, cobertos com área de vidro pintado, gravados com ácido e jateado esmaltado.

Essa combinação tem como intuito em manter os usuários confortáveis, com a sensação de liberdadode, já que mutios podem se sentir ´´presos`` por estar em um local fechado, pois estão acostumados com as ruas.

Fig. 3.2.13 Dormitórios e Vivência

Fonte: Overland Partners. Fonte: Overland Partners.

Fig. 3.2.12 Atendimento médico

03

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3.2.3 SISTEMA CONSTRUTIVO E VOLUMETRIA

O edifico retrata bem a arquitetura da cidade que está inserida, com linhas retas e com certa imponência, utiliza cores neutras (figura 3.2.14) e o uso em larga escala de esquadrias de aço a vidro (figura 3.2.15) e a alvenaria de concreto com sua estrutura principal, nesses vidros podemos encontrar como elemento de decoração poemas e frases dos usuários que podem escrever nos mesmos. A iluminação natural é um ponto forte dos ambientes, por possuir grandes aberturas e ter bom posicionamento solar, a noite a iluminação artificial é bem posicionada, proporcionando ao usuário conforto a qualquer hora.

Para obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Evironmental Design), os propósitos alcançados foram o reuso das águas por meio do telhado verde e a utilização de espécies nativas como parte da composição paisagística.

Fonte: Adaptado Google maps (2019). Fig. 3.2.15 Fachada serviços Fig. 3.2.14 Fachada com vidro

Fonte: Overland Partners.

03

REFERENCIAL PROJETUAL

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3.2.4 ANÁLISE DO AUTOR

Vantagens

✓ Boa localização;

✓ Projeto sustentável, selo LEED; ✓ Disponibiliza atendimento médico; ✓ Incentiva o trabalho voluntário;

✓ Diminui a criminalidade da região em 20%;(FONTE), mas acho que isso deveria estar nas análises anteriores

✓ Espaços amplos de atendimento;

✓ Cursos profissionalizantes e de reinserção na sociedade; ✓ Diminuiu pela metade o número de desabrigados

crônicos na região;

✓ Com espaços individuais, traz o respeito e privacidade para cada usuário;

✓ Espaço para animais;

✓ Espaço de manutenção de carrinhos de reciclagem; ✓ Ambientes acessíveis;

Desvantagens

o Elevada concentração de pessoas, gera filas pelas ruas; o Aumento constante de gastos com manutenção;

o Sem geração de renda por meio de programas internos.

Fonte: Overland Partners.

Fig. 3.2.16 Acesso consultórios

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CAPÍTULO 4

ESTUDO DE CASO

Centro de Apoio Social ao Morador de Rua

DIBEA-Diretoria de Bem Estar Animal

Foto da capa de acervo pessoal – Valmir, usuário da Casa de Apoio.

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4.1.1 CASA DE APOIO SOCIAL AO MORADOR DE RUA

A Casa foi escolhida para o estudo de caso do trabalho de conclusão de curso I, para ser analisada afim de absorver informações importantes para a elaboração do projeto, sendo como principais:

• Serviços prestados; • Usos; • Acomodações; • Dimensionamento; • Funcionamento; • Atendimento; • Relações interpessoais.

04

ESTUDO DE CASO – Casa de Apoio Social ao Morador de Rua

4.1.2 INFORMAÇÕES GERAIS

A Casa de Apoio Social ao Morador de Rua fica localizado na cidade de Florianópolis em Santa Catarina atuando a 12 anos. A mesmo funciona por intermédio da Prefeitura de Florianópolis, que cuida da manutenção, funcionários e demais despesas produzidas.

A Casa funciona como um apoio para a reabilitação e reinserção dos usuários na sociedade atendendo somente usuários do sexo masculino acima dos 18 anos.

De acordo com a assistente social Neusa Maria Goedert a maioria não conta com o apoio familiar, e se encontra totalmente sozinha nas ruas nessa jornada. Além do apoio com alimentação, educação interpessoal e atendimento psicológico, os usuários são encaminhados para clinicas de tratamento de químicos, alcóolicos anônimos e apoio para estudos com acesso a biblioteca municipal que fica próximo a casa.

Nas épocas de inverno o atendimento se intensifica, pois o município cria programas para tirar as pessoas da rua, atualmente a Casa de Apoio pode atender até 30 usuários, até o presente momento atendendo 27.

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.4.1 Fachada principal

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4.1.3 ZONEAMENTO E ACESSOS

A casa é alugada pela prefeitura de Florianópolis e fica no bairro Capoeiras, um dos bairros mais nobres da cidade e também um ponto estratégico para os usuários.

No terreno temos a casa principal, duas estruturas nos fundos do terreno e mais uma no fundo centralizada que foi construída pela própria prefeitura após ser alugado. Na figura 4.1.2 podemos ver seus usos e acessos.

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ESTUDO DE CASO – Casa de Apoio Social ao Morador de Rua

Fonte: Adaptado de Google Maps, 2019. Fig. 4.1.2 Implantação Legenda: Casa principal Cozinha/Refeitório Dormitórios acessíveis Lavanderia/Depósito Horta Acesso principal Acesso serviços 4.1.3 INFRA-ESTRUTURA

A residência alugada é uma casa de alto padrão construída na década de 90, contando com 3 salas, 4 banheiros, 3 vagas de garagem, 3 edículas nos fundos do terreno, 4 dormitórios sendo 3 com sacadas.

Além disso o espaço externo é ótimo, proporcionando aos usuários locais de convivência, horta e um jardim na frente da residência.

Fig. 4.1.3 Externa 1

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

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ESTUDO DE CASO – Casa de Apoio Social ao Morador de Rua

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fig. 4.1.4 Externa 2 4.1.4 PLANTAS BAIXAS E AMBIENTES

A casa conta com diversos cômodos que foram em sua maioria readequados para novos usos administrativos, mantendo os dormitórios com seu uso original.

Atualmente os usos que são feitos dos ambientes são:

• Administração;

• Sala da assistente social; • Almoxarifado;

• 2 banheiros;

• Sala dos educadores; • Sala de Dvd; • Sala de TV; • 4 dormitórios coletivos; • 2 banheiros; • 1 sala de recreação; • 5 sacadas; • 2 dormitórios coletivos; • Cozinha; • 1 banheiro; • Lavanderia; • Refeitório.

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.1.5 Externa 3

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ESTUDO DE CASO – Casa de Apoio Social ao Morador de Rua

Fonte: Croqui feito pelo autor, 2019.

Fig. 4.1.6 Croqui planta baixa térreo casa principal

Fonte: Croqui feito pelo autor, 2019.

Fig. 4.1.7 Croqui 1°pavimento da casa principal

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.1.8 Dormitório coletivo 1

Fig. 4.1.9 Dormitório coletivo 2 Fig. 4.1.10 Administração BWC BWC ADMINISTRAÇÃO ESCAD ARIA SALA DE TV SALA DVD DEPÓSITO ASSITENTE SOCIAL VARANDA SALA EDUCADORES BWC SACADA SALA DE RECREAÇÃO DORMITÓRIO 3 DORMITÓRIO 4 DORMITÓRIO 1 DORMITÓRIO 2 ESCAD ARIA BWC BWC SACADA SACADA SACADA SACADA SACADA

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ESTUDO DE CASO – Casa de Apoio Social ao Morador de Rua

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.1.11 Refeitório

Fig. 4.1.12 Lavanderia

Fig. 4.1.13 Área de TV

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.1.14 Jardim

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.1.15 Horta comunitária

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.1.16 Pátio externo

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4.2.1 DIBEA-DIRETORIO DE BEM ESTAR ANIMAL

O DIBEA foi escolhido para o estudo de caso do trabalho de conclusão de curso I para entender o funcionamento do atendimento animal, dimensionamento das baias, funcionamento do local e como o mesmo trata os animais das pessoas em situação de rua.

Fica localizado na cidade de Florianópolis no bairro Itacorubi próximo ao cemitério da cidade, contando com a antiga estrutura da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), de acordo com Marcelo Dutra Cunha, Gerente do DIBEA, o local está em obras até final do ano, passando por diversas modificações para melhor atender os usuários e proporcionar uma melhor estrutura aos profissionais, já que os atendimentos da FUNASA e a DIBEA são distintos. Antes da instalação da Diretoria o local era usado apenas para a eutanásia em animais abandonados já debilitados, mas agora com a nova direção e apoio do governo o centro é um local de reabilitação, castração, adoção e cuidado dos animais de pessoas menos privilegiadas da sociedade.

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ESTUDO DE CASO – DIBEA-Diretoria de Bem Estar Animal

Fig. 4.2.1 Canil coletivo provisório para até 5 cães

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Fig. 4.2.1 Gatil coletivo

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CAPÍTULO 5

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5.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E TERRENO

O terreno em análise é localizado no bairro Humaitá no município de Tubarão/SC, com uma área com cerca de 10.704,00 m² em um ponto central da cidade.

Figura 5.2 – Localização do terreno

Fonte: Adaptado de Google maps (2019).

Fonte: Adaptado de Google imagens (2019).

Figura 5.3 – Estado de Santa Catarina

Legenda: Terreno

Figura 5.1 – Imagem do terreno

Fonte: Acervo pessoal (2019).

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ANÁLISE DA ÁREA

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5.2 DADOS GERAIS

Data de fundação: 27/05/1870

Localização: Tubarão – Santa Catarina/BR População (IBGE 2019): 104.937 pessoas Área da unidade territorial (IBGE): 301,755km²

O Município é formado por 23 bairros, sendo 08 na margem esquerda do Rio Tubarão e 15 na margem direita. Seus limites são: ao Norte, Gravatal e Capivari de Baixo; ao Sul, Treze de Maio e Jaguaruna; ao Leste, Laguna e, ao Oeste, Pedras Grandes e São Ludgero.

5.3 HISTÓRICO DA ÁREA

A história foi redigida com base no site da prefeitura de Tubarão/SC (2019). O município passou por 03 (três) momentos importantes na sua concepção:

-Primeiro período (Origem): Análise econômica Com a abertura de uma estrada entre Tubarão e Lages, o povoamento do município se iniciou em 1773. O Rio Tubarão fazia parte da rota Lages-Laguna, tendo como pontos de parada os portos do “Poço Fundo” e do “Poço Grande”, ambos localizados em Tubarão.

-Segundo período: Desmembramento e criação do município – 1870 a 1880. O presidente da Província, em 27 de maio de

1870, sancionou a lei n° 635, criando o município de Tubarão e desmembrando-o de Laguna. Nessa época, houve três momento cruciais:

• Imigração Europeia, com predominância de italianos, seguida de alemães e outras nacionalidades;

• Criação da comarca de Tubarão, em 1875; • Formação da ferrovia;

-Terceiro período: A implantação da Ferrovia – 1880 a 1940 A transformação começou com a imigração de famílias de origem italiana e alemã para a região Sul de Santa Catarina e com a construção da Estrada de Ferro Donna Terezza Cristina – EFDTC, 1880.

Para a exploração e construção da ferrovia, foi fundada a empresa Tereza Cristina RaylwayCo. Ld. e o Visconde de Barbacena fundou a empresa The Coal Mining Company, para extração do carvão. Esse período trouxe crescimento e desenvolvimento ao município. No entanto, na parte da formação do espaço urbano e no delineamento da nova paisagem, a construção da ferrovia trouxe problema. Em 01 de setembro de 1884 foi inaugurada a estrada de ferro, com extensão de 116.700m. Em 1888, instalou-se a primeira fábrica (caixinhas de churros); em 1915, surgiu a fábrica

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(48)

“Torrefação e moagem do café castro”.

Quarto período: A afirmação da estrutura urbana a partir da ocupação da margem esquerda até o início das erradicações em 1969 – 1940 a 1969 É marcada pelo processo de industrialização do país, com investimentos públicos do Governo Federal. Em 1943, ocorreu a ligação do bairro de Oficinas e o centro da cidade; em 1948, os irmãos Althoff inauguraram uma casa de cinema e shows, com lotação máxima de 1.200 pessoas e, em 1947, foi construídos uma escola para ferroviários e o Colégio Dehon.

Quinto período: A acessibilidade contemporânea, descentralização e especialização – a partir de 1969. Em 1971 foi concluída a construção da Br-101; 1974 a enchente, que reduziu radicalmente o crescimento do município e destruiu parcialmente a ferrovia Tubarão-Lauro Muller; e em 1989, a Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina - FESSC é transformada em Universidade do Sul de Santa Catarina -UNISUL.

Sexto período: Com o desenvolvimento socioeconômico depois da inauguração do Colégio Dehon e da UNISUL, as oportunidades de empregos aumentaram. Hoje, o município percebe que já tiveram fases melhores em relação a

emprego. Na área de saúde, novos serviços vêm cada vez mais salvando mais vidas da miséria.

Fonte: Prefeitura de Tubarão (2019).

Figura 5.4 – Foto antiga do município de Tubarão

05

ANÁLISE DA ÁREA

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5.3 ÁREA EM ANÁLISE E LEGISLAÇÃO

A área em análise foi delimitada pela Rua Antônio Hulse, Rua Manoel Antunes Teixeira e a Rua Rubens Faraco. Além disso, duas vias importantes passam pela área em análise, a Rod. Gov. Mário Covas (Br-101) e a Av. Patrício Lima.

Figura 5.5 – Localização do terreno

Fonte: Adaptado de Google maps (2019).

Legenda: Terreno

O terreno está localizado na Zona Residencial 2 do Plano Diretor de Tubarão e tem a seguinte normativa:

SUB-SEÇÃOI

DO USO DO SOLO NA ZONA RESIDENCIAL Zona Residencial 2 (ZR-2)

Art. 30 - Na zona residencial 2 (ZR-2), busca-se estimular o aumento da densidade demográfica através da construção de residências unifamiliares e multifamiliares. (...)

Zona Residencial 2

Figura 5.6 – Mapa de Zoneamento

Fonte: Mapa de Zoneamento de Tubarão.

05

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USOS PERMITIDOS:

1)habitação unifamiliar e multifamiliar; (...)

3) comércio de utilização periódica: bares, restaurantes, farmácias e supermercados;

4) reparação e serviços domiciliares: lavanderias, salões de beleza, conserto de calçados, vestuário e aparelhos domésticos em geral;

5) equipamentos de saúde pública: laboratórios, clínicas, ambulatórios, policlínicas e hospitais;

(...)

7) equipamentos comunitários de lazer: centros sociais urbanos, centros de comunidade, centros esportivos, ginásios e estádios, clubes e associações recreativas de caráter privado.

A Taxa de Ocupação pode ser 70% da área do terreno; o Índice de Aproveitamento pode ser 03 vezes a área do terreno; O recuo para ajardinamento tem que ser de no mínimo 4m.

Figura 5.7 – Quadro de parâmetros urbanísticos por zona de Tubarão/SC

Fonte: Leis Municipais – Tubarão/SC.

Fonte: Leis Municipais – Tubarão/SC.

Figura 5.8 – Quadro de uso permitido de Tubarão/SC

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ANÁLISE DA ÁREA

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5.4 ASPECTOS BIOCLIMÁTICOS E TOPOGRAFIA

De acordo com o site da Prefeitura de Tubarão, o município encontra-se em uma zona de clima subtropical, com temperaturas máxima, na média de 23,6°C e, mínima na média de 15,5°C. A altitude média é de 9 metros acima do nível do mar. Lat. 28° 28’ 00’’, Long. 49° 00’ 25’’.

O terreno foi aterrado e não possui desníveis, o mesmo possui 1 metro acima do nível da rua de acordo com medições realizadas no local pelo autor.

22 Jun 22 Dez 23 Set 22 Jun 23 Set 22 Dez NO Sul Fonte: Adaptado do Google Maps (2019). Figura 5.10 – Carta solar

Fonte: Acervo pessoal (2019). Figura 5.9 – Imagem do terreno

No Sul o terreno possui pouca insolação: de manhã cedo e final da tarde, no verão, além da frente frias dos ventos do inverno. No Leste, temos insolação profunda pela manhã, calor agradável no verão e resfriamento no inverno. E no Oeste, temos insolação profunda pela tarde, calor excessivo no verão e forte ocorrências de chuvas.

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5.5 MAPA DE HIERARQUIA DE VIAS

A Av. Patrício Lima é uma via arterial que é uma das mais importantes vias de tubarão, a mesma sofreu alterações em 2018 sendo agora uma via com 3 faixas com de mão única que vai em direção a BR-101, contando ainda com uma ciclovia. Diversas vias tem a função de coletoras, distribuindo principalmente da Av. Patrício Lima para as demais ruas locais e coletores até chegar ao terreno. Esse sistema proporciona as ruas próximas ao terreno um fluxo de veículos menor

Fonte: Adaptado do cadastral de Tubarão (2019).

Figura 5.11 – Mapa de hierarquia de vias

5.6 MAPA DE USOS DE SOLO

Os usos da região onde se encontra o terreno são bem definidos, sendo em sua maioria uma parte residencial e outra menor comercial, com poucos usos institucionais e mistos. Os usos comerciais ficam preferencialmente na área onde passa a Av. Patrício Lima. Apesar da região do terreno ser uma zona comercial, a grande parte dos usos são residenciais obedecendo as medidas da zona comercial 2.

Legenda: Terreno Arterial Coletora Local

Fonte: Adaptado do cadastral de Tubarão (2019).

Figura 5.12 – Mapa de uso de solos Legenda: Terreno Residencial Misto Comercial Institucional Industrial

05

ANÁLISE DA ÁREA

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5.7 MAPA DE GABARITOS

Como a predominância de uso dessa área é residencial, os gabaritos das edificações acabam sendo mais baixas, até 2 pavimentos e em sua maioria de 1 pavimento.

Encontramos gabaritos de 3 ou mais pavimentos próximo a zona comercial pela Av. Patrício Lima, onde se encontram edificações mistas (residencial e comércio).

Fonte: Adaptado do cadastral de Tubarão (2019).

Figura 5.13 – Mapa de gabaritos

5.8 MAPA DE CHEIOS E VAZIOS

Pela análise do mapa conseguimos perceber que a região onde se encontra o terreno é densamente ocupada, com poucos terreno em desuso. Mas ainda assim muitos desses terreno por serem de uso residencial de até 2 pavimentos não são ocupados em sua totalidade, além de respeitar os recuos, possuem espaço sobressalentes.

A quadra onde se situa o terreno em análise é pouco densa e proporciona um destaque ao mesmo.

Legenda: Terreno 1 pavimento Até 2 pavimentos 3 ou mais pavimentos

Fonte: Adaptado do cadastral de Tubarão (2019). Figura 5.14 – Mapa de cheios e vazios Legenda: Cheio Vazio

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ANÁLISE DA ÁREA

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Fonte: Adaptado de Google maps(2019). Figura 4.16 – Mapa de acessos e fluxos 5.9 MAPA DE ACESSOS AO TERRENO E FLUXOS

O terreno fica localizado em uma importante área da cidade, com duas vias importantes passando próximas ao seu entorno, a Av. Patrício Lima que tem sentindo único e vai em direção a Br-101 e a Av. Padra Geraldo Spettman que tem o sentindo único em direção ao centro da cidade.

A partir da Av. Patrício Lima pode se fazer uma conversão a direita para ter acesso ao terreno pelas ruas Antônio Hulse e Vereador Manoel Brígido Costa. Ambas são pouco movimentadas, mas coletam o transito das vias locais próximas ao terreno até a avenida.

O acessos são fáceis, mas as vias precisam de revitalização, ambas não possuem calçamento e os passeios não estão dentro das medidas mínimas.

Legenda: Terreno

Av. Patrício Liema

Av. Padre Geraldo Spettmann R. Antônio Hulse

R. Manoel Antunes Teixeira R. Ver. Manoel Brígido Costa

Figura 4.15 – Imagem via e terreno

Fonte: Acervo pessoal (2019).

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ANÁLISE DA ÁREA

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Fonte: Acervo pessoal (2019). Figura 4.17 – Foto do terreno 1 5.10 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TERRENO

A escolha do terreno pode ser justificada por vários motivos:

1. Proximidade com o centro da cidade; 2. Proximidade com a Br-101;

3. Fácil acesso da população, por estar em uma via e bairro movimentado e povoado;

4. Próximo aos locais em que mais se situam pessoas em situação de rua;

5. Proximidade com pontos e equipamentos urbanos importantes da cidade.

O terreno está localizado em uma região já desenvolvida e que ainda possui área para crescimento, isso aliado ao fato de estar em um local com equilíbrio entre o comércio e residências. O índice de moradores da região é grande (Fonte: ....). O terreno está em desuso e pela sua área, atende as necessidades para elaboração do projeto.

Figura 4.18 – Foto do terreno 2 Fonte: Acervo pessoal (2019).

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Fonte: Adaptado Google Maps (2019). Figura 4.10 – Mapa pontos importantes

5.10 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TERRENO

O mapa a seguir mostra os equipamentos urbanos e pontos importantes que fizeram a escolha do terreno em análise ser possível.

Os acessos ao terreno são um fator importante, assim como a proximidade com meios de transportes públicos como o terminal rodoviário municipal e a rodoviária.

Terreno Br-101

Av. Patrício Lima

Av. Padre Geraldo Spettmann Hospital regional

Pontes Rodviária

Terminal rodoviário municipal Universidade (Unisul) Legenda:

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ANÁLISE DA ÁREA

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CAPÍTULO 6

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A partir do estudo realizado no decorrer do Trabalho de Conclusão I, nesse referente capítulo será demonstrado a proposta do Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e seus Animais em forma de zoneamento, programa de necessidades e volumetrias.

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06

PARTIDO

6.2 DIRETRIZES PROJETUAIS

✓ SUSTENTABILIDADE – Implementação de placas fotovoltaicas, reaproveitamento das águas das chuvas com recolhimento por cisterna, construção inteligente utilizando Steel Frame e a construção modular e cobertura verde, iluminação natural e ventilações cruzadas;

✓ ACESSIBILIDADE – Criar ambiente que sejam acessíveis a todos os públicos que necessitarem utilizar o espaço;

✓ PAISAGISMO – Com a vegetação proporcionar um local agradável e harmônico, criando barreiras térmicas e sonoras, paisagismo produtivo;

✓ REINSERÇÃO SOCIAL – Reabilitar pessoas em situação de rua a ponto que possam estar novamente ativos na sociedade, possuindo renda e moradia digna após período de recuperação;

✓ VALORIZAÇÃO DO ANIMAL DE ESTIMAÇÃO – Criar um ambiente que seja possível a vivencia com os animais, proporcionando cuidados básicos;

✓ VALORIZAÇÃO DA ECONOMIA LOCAL – Utilização de matérias primas oriundas da região.

6.1 CONCEITO

O projeto tem como intuito auxiliar as pessoas em situação de rua a serem reinseridas na sociedade e dar as mesmas uma segunda chance de vida.

Como palavras chave do conceito, o Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e seus Animais traz: Acolhimento, Responsabilidade e Habitação Primeiro.

A disposição do centro e sua arquitetura proporcionarão um ambiente familiar com uma ambientação de ´´vila``, para que o usuário se sinta acolhido e em um ambiente comunitário com interações com o meio externo com liberdade.

Por meio da técnica ´´Housing First``(Habitação Primeiro), os indivíduos terão a suas próprias residências temporárias, proporcionando conforto e responsabilidade sobre seu próprio ´´teto``. Além das habitações temporárias o centro dispõe de um complexo com oficinas, restaurante, lazer, habitações noturnas temporárias para indivíduos que preferirem ficar por menos tempo e que podem usufruir de toda a estrutura e um setor de apoio animal para todos os pets e melhores amigos dos usuários.

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6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO

Com base nas pesquisas e referenciais utilizados na concepção desse trabalho de conclusão de curso I, foi criado um programa no qual os usuários possam ser reintegrados na sociedade por meio de um complexo que ofereça além dos dormitórios para a pernoite, residências modulares temporárias para criar um ambiente de aconchego e responsabilidade do próprio lar.

Além disso proporcionar espaços para cuidados de saúde, higiene pessoal, lazer, qualificação profissional, convívio e cuidados dos animais de estimação dos próprios usuários.

Setor Ambiente Quantidade UsuáriosQtd Área total estimada

A D M I N I S T R A Ç Ã O Recepção 1 10 10m² Sala de atendimento 2 6 16m² Sala da coordenação 1 3 10m² Sala de reunião 1 10 20m² Banheiros 2 6 20m² Vestiários 2 10 20m² Copa 1 4 4m² DML 1 - 6m² TOTAL 126m²

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PARTIDO

Setor Ambiente Quantidade UsuáriosQtd Área total estimada

S A Ú D E A N I M A L Canil 1 10 130m² Sala de atendimento veterinário 1 6 15m² Banho e tosa 1 - 15m² Depósito 1 - 6m² TOTAL 166m²

Setor Ambiente Quantidade UsuáriosQtd Área total estimada

H A B I T A Ç Ã O Residência modular temporária 50 50 a 100 900m² Residência noturna comunitária 1 40 120m² Lavanderia 2 - 20m² Banheiros coletivos 2 10 40m² TOTAL 1080m²

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6.4 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA

O fluxograma e organograma representado nas figuras 6.1 e 6.2, tem como função garantir a funcionalidade do projeto, dispondo de ambientes e criando uma relação entre os mesmos. Para a elaboração de ambos, foram levadas em consideração os usos de cada ambientes, que usuários irão utilizar os mesmos e quais as proximidades mais importantes umas das outras. Os fluxogramas foram separados entre geral e por edifício, afim de facilitar o entendimento da funcionalidade.

06

PARTIDO

Setor Ambiente Quantidade UsuáriosQtd Área total estimada

S A Ú D E Sala de espera/Recepção 1 10 14m² Consultório médico físico 2 6 24m² Consultório médico mental 1 4 24m² Consultório odontológico 1 6 24m²

Setor Ambiente Quantidade UsuáriosQtd Área total estimada

A P O I O P R O F I S S I O N A L E S E R V I Ç O S Oficina 1 10 40m² Sala de aula/Auditório 2 80 110m² Banheiros 2 10 40m² Recepção 1 10 10m² Biblioteca/Info rmática 1 30 80m² Depósito 1 - 6m² Restaurante comunitário 1 4 180m² Horta comunitária 1 - 240m² TOTAL 696m²

Setor Ambiente Quantidade UsuáriosQtd Área total estimada

S A Ú D E Triagem/Enfer maria 1 3 12m² Lavabos 2 2 8m² Depósito 1 - 6m² Copa 1 4 4m² TOTAL 112m²

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PARTIDO

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Fonte: Produzido pelo autor, 2019..

Fonte: Produzido pelo autor, 2019..

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Fonte: Acervo pessoal (2016). 6.5 MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

O projeto vai contar com o uso de duas técnicas construtivas que trabalham com a linha de sustentabilidade, economia e qualidade. O Steel Frame e a construção modular da empresa brasileira Brasil ao Cubo.

O Steel Frame se trata de uma construção cujo sua principal estrutura são perfis de aço galvanizado perfurados para permitir a passagem de tubulações, o fechamento interno que pode ser com Drywall (gesso acartonado), fechamento externo no qual possui diversas opções no mercado, e os isolantes térmicos e acústicos como a lã de pet ou de vidro.

Sua cobertura pode ser feita com telhas de qualquer material, sendo a mais indicada a telha termo acústica ou a telha Shingle. Entre suas vantagens está a economia nos resíduos criados durante a obra, a velocidade para sua conclusão, maior precisão nos custos, e melhor qualidade termo acústica do que a alvenaria convencional, além de economia na fundação por ser uma estrutura cerca de 75% mais leve que estruturas convencionais. (STEELFRAME.ARQ.BR, S/D)

Figura 6. Revestimento interno

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Figura 6. Esquema da estrutura de Light Steel Frame

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Fonte: Acervo pessoal (2019). 6.5 MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

A empresa Brasil ao Cubo fica localizada no mesmo município do terreno que será situado o projeto, facilitando o transporte e valorizando a economia local.

A construção modular é feita em uma linha de montagem com várias etapas, lembrando em parte o Fordismo que já conhecemos, os processos vão desde a fabricação da estrutura metálica do módulo até a instalação dos acabamentos internos. As estrutura possuem uma altura de 3,20m, 3,20m de largura e comprimento que varia de 3m até 12m por módulo. (FONTE: BRASILAOCUBO.COM)

Figura 6. Estrutura metálica

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Fonte: brasilaocubo.com. Figura 6. Instalação do módulo

Dentre as vantagens dessa técnica construtiva estão:

• Não utiliza água no processo de fabricação;

• Estrutura em aço: material mais reciclável do mundo; • Menos desperdício em relação ao convencional; • Canteiro de obras limpo;

• Prazo de fabricação 4x menor que o convencional; • Baixo índice de agressão ao meio ambiente;

• Padronização nos processos de fabricação; • Paredes com revestimento térmico-acústico; • 100% prontos de fábrica;

• Instalação no terreno em tempo reduzido;

• Módulos itinerantes (podem ser realocados quando necessário);

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65 6.6 ZONEAMENTO E ACESSOS

Na prancha a seguir está disposto o zoneamento com os usos no terreno assim como os acessos.

O terreno permite que os pedestres possam acessar o mesmo por toda sua linha de limite, sendo um acesso apenas para os veículos ao estacionamento.

O usos foram distribuídos com dimensões baseadas no pré-dimensionamento de projeto e posicionadas de forma que trabalhem harmonicamente para o seu funcionamento e para os usuários. As residências noturnas temporárias e as modulares foram colocadas próximas e juntamente com o setor de serviços e bicicletário. A edificação de saúde, administração e serviços se interligam externamente por uma praça que forma um átrio entre as mesmas, fazendo com que fiquem acessíveis de qualquer parte do terreno. O estacionamento foi posicionado em uma área mais segura e na extrema do terreno, e nos fundos colocado o setor de saúde animal com seus canis, para que fique longe das vias e que possa ser mais afastado das residências por questões de higiene e efeitos sonoros.

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PARTIDO

66 6.7 IMPLANTAÇÃO

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67 6.8 PLANTAS BAIXAS

ADMINISTRAÇÃO E SAÚDE RESTAURANTE E SERVIÇOS

COMUNITÁRIOS

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PARTIDO 68 6.9 VOLUMETRIA Platibanda em Steel Frame com revestimento de placa cimentícia Esquadrias em alumínio na cor branca Estrutura em Steel Frame com revestimento de placa cimentícia Brise horizontal em madeira de Pinus tratado autoclave com

estrutura metálica

Revestimento em telha termo acústica na cor branca

Laje jardim

Parede revestida com brises em madeira de Pinus tratado autoclave

Estrutura modular metálica Estrutura metálica com

brises em madeira de Pinus tratado autoclave

Esquadria de alumínio na cor preta com vidro

translúcido

Brise horizontal em madeira de Pinus tratado com estrutura

metálica

ADMINISTRAÇÃO E SAÚDE HABITAÇÃO MODULAR

TEMPORÁRIA RESIDÊNCIA NOTURNA TEMPORÁRIA RESTAURANTE E SERVIÇOS COMUNITÁRIOS Platibanda em Steel Frame com revestimento de placa cimentícia Estrutura em Steel Frame com revestimento de placa cimentícia Laje jardim Varanda em estrutura metálica com piso

cimentício

Platibanda em Steel Frame com

revestimento de placa cimentícia

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CONCLUSÃO 7 CONCLUSÃO

O presente trabalho de conclusão de curso I trabalhou com a temática das pessoas em situação de rua, uma população complexa no meio social.

O principal objetivo foi elaborar espaços que gerem interações entre as pessoas em situação de rua e a sociedade em geral, reinserindo os desabrigados na sociedade e proporcionando abrigo e acolhimento.

A área escolhida para a instalação do Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas em Situação de Rua e seus Animais se situa em um local com grande potencial, estando próximo ao centro da cidade e ao acesso principal pela BR-101, outro fator é estar em um local com grande população de desabrigados e poder contar com uma posição estratégica que está entre a zona residencial e comercial.

Com os levantamentos do referencial teórico podemos ver a vasta complexidade dessa população, que enfrenta dificuldades em todo o país e as suas lutas diárias, dados importantes para a elaboração do trabalho.

Através de todas as analises e estudos feitos para coleta de informações e embasamento para a criação do trabalho, concluo o mesmo com a satisfação de projetar um ambiente onde os usuários possam ter uma prospecção de vida e ter a chance de ser reintegrados a sociedade, proporcionando habitação, saúde e apoio. A criação de um mundo que mostre a sociedade a importância dessas pessoas em um espaço que se interaja com a comunidade. Que o presente trabalho seja fundamento para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso II.

Referências

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