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RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO HOSPITAL GARCIA DE ORTA

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RELATÓRIO DO GOVERNO

SOCIETÁRIO

HOSPITAL GARCIA DE ORTA

(2)

Versão aprovada em reunião do Conselho de Administração de 09 de Maio de 2016

Relatório

de Governo

Societário

2015

Hospital

Garcia de

Orta

(3)

Índice

I.

Síntese (Sumário Executivo) ... 4

II.

Missão, Objetivos e Políticas ... 7

III. Estrutura de capital ... 44

IV. Participações Sociais e Obrigações detidas ... 47

V.

Órgãos Sociais e Comissões ... 49

A.

Assembleia Geral ... 49

Administração e Supervisão ... 49

B.

49

C.

Fiscalização ... 69

D.

Revisor Oficial de Contas (ROC) ... 72

E.

Auditor Externo ... 74

VI. Organização Interna ... 77

A.

Estatutos e Comunicações ... 77

B.

Controlo interno e gestão de riscos ... 78

C.

Regulamentos e Códigos ... 83

D.

Deveres especiais de informação ... 85

E.

Sítio da Internet ... 87

F.

Prestação de Serviço Público ou de Interesse Geral ... 90

VII. Remunerações ... 94

A.

Competência para a Determinação ... 94

B.

Comissão de Fixação de Remunerações ... 95

C.

Estrutura das Remunerações ... 95

D.

Divulgação das Remunerações ... 97

VIII. Transações com partes Relacionadas e Outras ... 101

IX. Análise de sustentabilidade da entidade nos domínios: económico, social e

ambiental ... 103

Avaliação do Governo Societário ... 114

X.

114

115

ANEXOS ... 115

(4)
(5)
(6)

I.

Síntese (Sumário Executivo)

A síntese ou sumário executivo deve permitir a fácil perceção do conteúdo do relatório e, em particular, mencionar as alterações mais significativas em matéria de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2015.

O presente Relatório sobre o Governo da Sociedade é elaborado nos termos do n.º 1 do artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, que alterou o novo regime jurídico do sector público empresarial, alterado pela Lei nº 75-A/2014, de 30 de setembro, de harmonia e para cumprimento das orientações emanadas para o efeito pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças, relativo ao ano 2015.

O ano de 2015 foi marcado por grande pressão em todas as áreas assistenciais, a procura registou níveis record de crescimento, designadamente no internamento, na área cirúrgica e na área da consulta externa. A severidade clínica registou aumentos significativos. Para responder às necessidades o HGO teve que introduzir ajustamentos na sua estrutura, aumentando a capacidade instalada em alguns casos, reforçando meios humanos noutros, mas de um modo geral, foram alcançados bons resultados. A taxa de ocupação do internamento registou valores demasiado elevados, ameaçando a segurança clínica dos doentes.

Mais uma vez o esforço dos profissionais e das chefias permitiu superar dificuldades e limitações. Merece público louvor o esforço (impossível) do Serviço de Anestesiologia, reduzido a meia dúzia de anestesistas permanentes, com forte relação de pertença ao HGO, que impediu o encerramento de valências de urgência, principalmente durante os meses de verão. O apoio dos órgãos de tutela, ajudou a minimizar as dificuldades.

A qualidade e a excelência clínica foram reconhecidas em todas as áreas avaliadas pela Entidade Reguladora da Saúde. A governação clínica registou progressos assinaláveis. A acessibilidade às consultas e à urgência registaram valores elevados e conformes aos preconizados. Evitou-se a quebra da acessibilidade aos cuidados cirúrgicos. A articulação com os cuidados primários vem registando nas áreas da consulta, da urgência e dos mcdt´s cada vez mais projetos.

A satisfação dos utentes com os cuidados prestados na urgência e nas consultas, alcançou valores próximos ou superiores a 90%. As reclamações diminuíram e os elogios aumentaram exponencialmente.

Pelo 3º ano consecutivo foi alcançado EBITA positivo. Realizaram-se investimentos aguardados há mais de 10 anos (2ª sala de Angiografia, novo

(7)

Serviço de Medicina Nuclear, Unidade de AVC´s). Iniciou-se a obra do Hospital de Dia Polivalente. Iniciou-se o processo de recuperação das infra-estruturas do Hospital (“comboio” e rede elétrica).

Deu-se continuidade ao processo de renovação do equipamento pesado de Imagiologia. Implementaram-se projetos inovadores (Hospitalização Domiciliária, Whiteboard).

Aprofundou-se o diálogo com a comunidade (autarquias, universidades, instituições de apoio social).

O Conselho de Administração congratula-se pelo grande apoio dos profissionais, pelo empenhamento e colaboração das estruturas, pelo apoio dos órgãos de tutela, pela abertura e apoio da comunidade e pelo reconhecimento dos utentes.

(8)

MISSÃO, OBJETIVOS

E POLÍTICAS

(9)

II.

Missão, Objetivos e Políticas

1. Indicação da missão e da forma como é prosseguida, assim como da visão e dos valores que orientam a entidade (vide artigo 43.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro).

Missão

O Hospital tem por Missão principal a prestação de cuidados de saúde diferenciados a todos os cidadãos no âmbito das responsabilidades e capacidades, dando execução às definições de política de saúde a nível nacional e regional, aos planos estratégicos e às decisões superiormente aprovadas O Hospital tem ainda por Missão desenvolver atividades e investigação e formação, pré e pós graduada de profissionais de saúde, assim como de ensino em colaboração protocolada com entidades públicas e privadas.

Visão

O Hospital Garcia de Orta pretende continuar a afirmar-se como instituição de referência, aumentar as áreas de excelência e consolidar a prestação de cuidados de qualidade e em ambiente organizado, aumentar a sustentabilidade e a acessibilidade, bem como, a satisfação de colaboradores e utentes.

Valores

No desenvolvimento da sua atividade, o Hospital e os seus colaboradores regem-se pelos seguintes valores:

Cultura de prestação de serviço público;

Colocação do doente/utente no centro do universo da prestação dos cuidados de saúde;

Observância de padrões de ética no exercício da atividade hospitalar; Equidade no acesso e na prestação dos cuidados de saúde;

Promoção da organização; Cultura e promoção da qualidade;

Conservação do património e proteção do meio ambiente

(10)

Caraterização do Hospital

O Hospital Garcia de Orta classifica-se como hospital central que presta cuidados de saúde diferenciados à população dos concelhos de Almada e Seixal, desenvolvendo ainda atividades de investigação e formação, pré e pós graduada de profissionais de saúde.

O HGO dispõe de uma vasta gama de especialidades médicas organizadas em serviços e unidades funcionais, que utilizam a infraestrutura disponível, conforme anexo a).

TOTAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA

332.299

MOVIMENTO ASSISTENCIAL

Lotação Sem Berçário

544

Número de Berços

32

Doentes Saídos Sem Berçário

21.343

Movimento do Berçário

2.397

Total de Consultas Médicas

281.543

Intervenções cirúrgicas

14.626

Taxa de Ambulatorização

63%

Número de Admissões à Urgência

149.736

Sessões de Hospital de Dia

11.583

Número de partos

2.507

RECURSOS HUMANOS – Número de profissionais

Contrato por Tempo indeterminado em F.P.

1024

Contrato individual de trabalho

1263

Outras Situações

211

INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA

Capital Social

132.819.535.00

Investimentos

32.601.995,31

(11)

Serviços e unidades funcionais existentes no HGO

Especialidade / Serviço

Especialidade / Serviço

Internamento:

Ambulatório

Angiologia e Cirurgia Vascular

Consulta Externa

Cardiologia

Cirurgia de Ambulatório

Cirurgia Geral

Hospital de Dia

Cirurgia Pediátrica

Hematologia

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética

Neurologia

Dermato-Venereologia

Oncologia

Doenças Infecciosas (Infecciologia)

Pediatria

Endocrinologia e Nutrição

Pneumologia

Gastroenterologia

Psiquiatria

Ginecologia

Reumatologia

Hematologia Clínica

Imunohemoterapia

Medicina Interna

Medicina Física e Reabilitação

Nefrologia

Centro de Infertilidade (CIRMA)

Neonatologia

Meios Complementares Diagnóstico

Neurocirurgia

Imagiologia

Neurologia

Neurorradiologia

Obstetrícia

Medicina Nuclear

Oftalmologia

Técnicas Especiais

(12)

A população diretamente servida pelo HGO em 2014, totaliza 332.299 habitantes (INE, 2011), assim distribuídos:

Fonte: INE censos 2011

O HGO inicia a sua atividade em 1991 e tinha como área de influência os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, correspondendo a 295.941 habitantes. Entre o ano de 1991 e o ano 2011 verificou-se um acréscimo considerável de população. O concelho de Almada registou um crescimento de 14.66% correspondente a um aumento de população de 22.247 pessoas. O concelho do Seixal registou um crescimento de 35.37% correspondente a 41.357 pessoas e o concelho de Sesimbra registou um crescimento de 81.68% correspondente a um aumento populacional de 22.254 pessoas. Com vista a redimensionar de forma mais equitativa a população pelas estruturas hospitalares, em 2013 o Hospital viu ser redefinida a sua área de influência direta, passando esta a ser constituída pelo concelho de Almada e do Seixal. O concelho de Sesimbra passou para a área de influência do Centro hospitalar de Setúbal. Desta forma o Hospital passou a servir diretamente 332.299 habitantes.

A área de influência do HGO, por incluir zonas balneares de grande extensão, sofre um aumento significativo de população, com maior incidência nos meses de Julho e Agosto e que se reflete, inevitavelmente, no movimento assistencial do hospital, nomeadamente, no Serviço de Urgência.

Em consonância, tem-se observado um crescimento da admissão de doentes com idades avançadas no Serviço de Urgência, assim como em outros serviços do Hospital. O elevado número de lares da área de influência do Hospital é seguramente um fator que tem contribuído para este crescimento.

(13)

Assiste-se a uma imigração social, que manifesta a tendência de os residentes na região trazerem para junto de si os familiares idosos e consequentemente estes idosos serem novos utentes e consumidores de recursos no HGO.

A estrutura etária na área de influência do Hospital distribui-se da seguinte forma, conforme se pode verificar no quadro e gráfico abaixo: 15.5% tem entre 0 e 14 anos, 10.5% tem entre 15 e 24 anos, 55.8% tem entre 25 e 64 anos e 18.2% com mais de 65 anos (dados dos censos 2011). Com esta distribuição da estrutura etária da população da área de influência do Hospital é de prever uma procura progressivamente crescente devido ao envelhecimento da população.

Tabela 1 - Distribuição da população por grupo etário, sexo e concelho

Fonte: INE censos 2011

Fonte: INE censos 2011

Articulação com as Unidades de Saúde

Almada 174.030 82.542 91.488 25.593 13.143 12.450 17.646 9.000 8.646 94.792 45.092 49.700 35.999 15.307 20.692 Seixal 158.269 75.944 82.325 25.752 13.120 12.632 17.207 8.716 8.491 90.669 42.923 47.746 24.641 11.185 13.456 M Local de residência (à data dos Censos 2011)

População residente (N.º) por Local de residência (à data dos Censos 2011), Sexo e Grupo etário; Decenal (1) 2011

Grupo etário

Total 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos Sexo

(14)

Cuidados de Saúde Primários

A Área de Influência do HGO possui uma extensa rede de Centros de Saúde e extensões como se pode verificar no anexo b).

Algumas especialidades do HGO mantêm uma articulação de consultadoria com deslocação periódica de médicos aos Centros de Saúde. Apesar da taxa de utilização da urgência geral na área do HGO ser inferior ao padrão nacional, presumindo-se que devido ao bom funcionamento de uma parte dos Centros de Saúde da área de influência, a % de doentes com cor verde e azul do Sistema de Triagem de Manchester é ainda bastante elevada (40.5%).

Cuidados Hospitalares

No que se refere a cuidados hospitalares a área de influência do HGO e área limítrofe possui diversas unidades públicas e privadas, como se pode verificar no anexo c).

Cuidados Continuados

Um dos objetivos da criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi a de proporcionar aos doentes uma continuidade de tratamento, logo após a alta hospitalar. Pressupõe-se assim a existência de unidades que permitam descongestionar o acesso ao internamento nos hospitais de agudos.

Apesar da melhoria verificada em 2012 e 2013 no que respeita á resposta da RNCCI, em 2015, foi ainda muito insuficiente, motivando o protelamento de internamentos em relação a um considerável número de doentes, traduzido num significativo número de dias de internamento inadequado.

Atividade Realizada em 2015

Atividade do Internamento

Contrariando as previsões da atividade assistencial incluídas no Plano de Atividades de 2015, referentes ao internamento, o número de doentes saídos aumentou 1.336 doentes (6%), conforme de pode verificar no quadro seguinte, confirmando que o aumento ocorrido nos primeiros meses do ano, não foi pontual. Este aumento correspondeu ao internamento de mais 110 doentes/mês.

A maior parte tratou-se de doentes do foro da Medicina Interna (659 doentes), tipicamente com patologias múltiplas, podendo estar associado à degradação do estado de saúde da população, eventualmente motivada por fatores de ordem social e económica. A outra parte do aumento (606 doentes) deveu-se à reconstituição da equipa de Ginecologia e Obstetrícia, que durante vários anos lutou com falta de recursos qualificados.

(15)

Finalmente há a assinalar o significativo aumento dos doentes saídos do Serviço de Neurocirurgia (178 doentes), em resultado do aumento da referenciação para o HGO da Península de Setúbal e da Região do Alentejo.

Em termos de ganho de eficiência há que registar o decréscimo da demora média de internamento de 8,3 dias para 8,0 dias o que representou uma poupança de 6.403 dias de internamento.

Quanto ao nível de severidade dos doentes, o volume de doentes de maior severidade (níveis 3 e 4), aumentou de 13% para 18%.

A ocupação média do internamento rondou os 93%, ou seja, acima do recomendado como nível de segurança dos hospitais (85%). No entanto, se analisarmos a ocupação sazonal, excluindo a área de Pediatria e Obstetrícia, onde se internam apenas doentes destas especialidades por razões compreensíveis, verificamos que as taxas de ocupação atingiram valores de 100% ou aproximados nos primeiros e últimos meses do ano. Todavia, a taxa de ocupação média foi muito elevada ao longo de todo o ano.

Realizado Previsto Realizado DEZEMBRO

Nº % Nº %

Total geral sem berçario 20.071 20.069 21.343 1.257 6,3% 1.274 6,3%

Berçário 2.335 2.335 2.397 62 2,7% 62 2,7%

Sub-total UCI 1.783 1.783 1.851 68 3,8% 68 3,8%

Sub-Total Especialidades Médicas 7.934 7.934 8.399 450 5,9% 465 5,9%

Sub-Total Especialidades Cirúrgicas 10.354 10.352 11.093 739 7,1% 741 7,2%

Total Geral com Berçario incluido 22.406 22.404 23.740 1.319 6,0% 1.336 6,0%

Demora média sem berçario 8,3 8,2 8,0 -0,3 -0,2

Internamento Doentes saídos

Variação 2014 2015 2015 Período Realizado/Previsto 0 4.000 8.000 12.000 16.000 20.000 24.000 2014 2015 Realizado Realizado 2.335 2.397 1.783 1.851 7.934 8.399 10.354 11.093

Internamento 2015 - Nº doentes saídos

Sub-Total Especialidades Cirúrgicas Sub-Total Especialidades Médicas Sub-total UCI Berçário

(16)

A elevada taxa de ocupação registada no inverno de 2014 bloqueou a atividade da Urgência Geral, por falta de espaço (a sobrelotação da UIMC atingiu mais de 60 doentes por falta de vagas no internamento) e recursos humanos (algumas equipas só com 3 especialistas). No inverno de 2015 a situação foi controlada devido a vários fatores:

Terem sido contratadas 17 camas de cuidados continuados de modo a que os doentes com alta clínica, não permanecessem internados no HGO em camas vocacionadas para doentes agudos;

Ter sido criada uma Unidade de Hospitalização Domiciliária com capacidade para internamento de 20 doentes;

Terem sido transferidos para os Centros Hospitalares Lisboa Norte e Lisboa Central 15 doentes;

Ter sido suspensa a atividade cirúrgica não urgente/prioritária de modo a libertar camas cirúrgicas para doentes médicos e cirúrgicos urgentes (equivalente a 20 camas);

Apesar de neste inverno, não terem sido registados, nem fenómenos de longos tempos de espera, nem situações de sobrelotação ou supostos acidentes por falta de segurança na prestação de cuidados urgentes, não se pode inferir que a situação ficou normalizada. Efetivamente, as taxas de ocupação excessivamente elevadas confirmam a situação de sobrelotação. A capacidade de transferência de doentes para o internamento (da qual depende a funcionalidade da Urgência Geral) esteve em grande número de dias, dependente das altas do próprio dia. Num ou outro dia, para evitar macas no internamento e manter a funcionalidade da Urgência Geral, teve que recorrer-se à transferência de alguns doentes para os Centros Hospitalares de Lisboa.

Espera-se que esta tendência de acréscimo das necessidades de internamento, nomeadamente de doentes do foro médico se mantenha, devido ao envelhecimento da população e à provável degradação do estado de saúde por motivos sociais e económicos.

Deste modo, é urgente a ampliação do HGO no que respeita ao aumento da capacidade de internamento em pelo menos 100 camas, das 115 camas não ativadas por força de reconversão em espaços de ambulatório, nomeadamente:

2015 Dias internamento lotação praticada taxa de ocupação

Sub-Total UCI 22.079 57 106,1%

Sub-Total Especialidades Médicas 84.875 253 91,9%

Sub-Total Especialidades Cirúrgicas 64.425 234 75,4%

TOTAL (s/ Berçário, Quartos Particulares, Lar de

(17)

O Serviço de Medicina tem permanentemente cerca de 20 a 30 doentes internados noutros serviços e a tendência nos próximos anos é para um crescimento das necessidades da ordem dos 5% a 10%/ano, pelo que, de acordo com o estudo elaborado sobre necessidades de internamento, este serviço irá necessitar de cerca de 69 camas;

O Serviço de Neurocirurgia tem apenas 15 camas de internamento, tendo tido em 2015 em média cerca de 40 doentes internados, igualmente com uma tendência de crescimento da ordem dos 5% a 10%, pelo que, de acordo com o estudo referido anteriormente, este serviço necessitará de mais 39 camas;

O aumento das necessidades em cuidados intensivos e intermédios, associado à evolução do perfil atual e futuro do HGO, agora agravado pelo facto do HGO ser um dos hospitais de referência que asseguram a urgência metropolitana de Lisboa para a patologia neurovascular do sul do país, em escala rotativa com os centros hospitalares de lisboa vai exigir um aumento de pelo menos 8/10 camas de cuidados intensivos/intermédios. De acordo com a reestruturação preconizada pela ARSLVT da rede de cuidados hospitalares na Península de Setúbal, deveria o HGO criar um Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, bem como, centralizar o internamento em algumas patologias como a Urologia, a Oftalmologia ou a Dermatologia, sendo que, para este conjunto de especialidades irão ser necessárias pelo menos mais 15 camas de cuidados intensivos e intermédios.

A estrutura de internamento, onde foram instalados múltiplos espaços de ambulatório (40 gabinetes de consulta, 25 gabinetes de técnicas, 6 hospitais de dia e 4 salas de cirurgia do ambulatório), comportava inicialmente mais 115 camas, podendo estas no limite serem recuperadas, desde que esses espaços de ambulatório sejam, uma parte instalada no futuro Hospital do Seixal e outra, no futuro edifício do ambulatório a construir em espaço contíguo ao edifício principal.

Atividade de Consulta

A atividade da consulta externa, apesar das grandes limitações de espaço físico (60% são realizadas nos pisos de internamento), apresenta um crescimento de 11176 consultas (4%).

(18)

Para além do crescimento global verificamos uma melhoria relativamente à acessibilidade, representada por um acréscimo de 2.44% de primeiras consultas, mais 1.948 consultas que no ano anterior, de várias especialidades. Apesar da meta de 30,6% de 1ªs consultas não ter sido alcançada, a acessibilidade às consultas melhorou em várias especialidades. O volume de consultas disponibilizadas pelo sistema da Consulta a Tempo e Horas, aumentou de 26.964 consultas em 2014 para 30.216 consultas em 2015, correspondendo a um aumento de 12%.

De qualquer modo a taxa de acessibilidade expressa no % de consultas efetuadas no tempo clinicamente adequado, alcançou níveis muito elevados (86,5%).

Atividade Cirúrgica

A atividade cirúrgica programada apesar do decréscimo significativo de anestesistas (12 médicos do quadro permanente para 8) pelo 3º ano consecutivo (em 2013 eram 24 anestesistas) realizou mais 779 cirurgias (7%), conforme se pode verificar no Quadro abaixo. O crescimento da cirurgia convencional foi de 5,5% e o da cirurgia do ambulatório foi de 7,4%. De registar o decréscimo da atividade cirúrgica urgente (-96 intervenções). Já foi referido o extraordinário esforço do grupo de anestesistas permanentes e a ameaça de rotura eminente das escalas de urgência. Para evitar o encerramento da algumas valências

Consulta Externa

1as total 1as total 1as total 1as total 1as total

Total Consultas Medicas 78.323 271.640 80.031 281.543 84.116 274.802 2,2% 3,6% -4,9% 2,5%

Total Consultas Não Médicas 1.676 14.574 1.916 15.847 1.688 14.646 14,3% 8,7% 13,5% 8,2%

Total Geral 79999 286214 81947 297390 85804 289448 2,4% 3,9% -4,5% 2,7%

% 1as Consultas médicas /total consultas médicas 0,0% 28,8% 0,0% 28,4% 0,0% 30,6% -0,4% -2,2%

Contratualizado Realizado Realizado 2015 2015 2014 Δ % face homologo Δ % face contratualizado

(19)

(Urgência Obstétrica e Trauma) este grupo assegurou nos períodos do verão 7 a 8 bancos por mês.

Espera-se que a retoma da formação de especialistas em 2016 (em 2015 não se formaram novos especialistas, devido ao prolongamento do internato em mais 1 ano) e a continuidade do apoio do Ministério da Saúde ao HGO permitam melhorar esta situação.

Atividade da Urgência

A atividade global da Urgência manteve os níveis anteriores. Na Urgência Geral verificou-se um ligeiro decréscimo (1.7%), enquanto na Urgência Obstétrica e na Urgência Pediátrica se verificou um ligeiro acréscimo de atendimentos aproximadamente (4%), conforme se pode constatar.

Apesar das medidas já referidas e da melhoria registada no presente inverno, a Urgência Geral continua a registar um défice preocupante de especialistas de Medicina Interna. Das 13 vagas colocadas a concurso, só foram preenchidas 2 e ambos os candidatos cessaram

2015 2014 Realizado 2015 Realizado 2015 Previsto Δ % face homologo Δ % face contratualizado Cirurgia Convencional 4.344 4.582 4.552 5,5% 0,7% Cirurgia Ambulatorio 7.302 7.843 7.465 7,4% 5,1% Cirurgia Programada 11.646 12.425 12.017 6,7% 3,4% Cirurgia Urgente 2.297 2.201 2.440 -4,2% -9,8% Total Cirurgias 13.943 14.626 14.457 4,9% 1,2%

2015 Urgência Atendimentos Totais

2014 Realizado 2015 Realizado 2015 Previsto Δ % face homologo Δ % face contratualizado Geral 88.984 87.452 86.202 -1,7% 1,5% Obstetrícia 15.771 16.359 15.388 3,7% 6,3% Pediatria 44.109 45.925 44.536 4,1% 3,1% TOTAL 148.864 149.736 146.126 0,6% 2,5%

2015 Urgência Atendimentos sem internamento 2014 Realizado 2015 Realizado 2015 Previsto Δ % face homologo Δ % face contratualizado Geral 78.731 76.404 75.928 -3,0% 0,6% Obstetrícia 12.966 13.455 12.545 3,8% 7,3% Pediatria 43.402 45.274 43.577 4,3% 3,9% TOTAL 135.099 135.133 132.050 0,0% 2,3%

(20)

funções. O 3º irá tomou posse em recentemente. Os restantes avisos de recrutamento não lograram candidatos e o mercado de prestadores de serviço não tem médicos qualificados.

Pese embora as dificuldades referidas e através de um grande esforço organizacional e das lideranças (Direção da Urgência e Chefias de Equipa), tem sido possível melhorar os tempos de espera na Urgência Geral, como se pode verificar:

O tempo de espera até à primeira observação médica foi reduzido de cerca de 2h30m para aproximadamente 1h, estando este indicador em linha com o preconizado pela Triagem de Manchester.

Como se pode verificar no gráfico seguinte, o tempo global do episódio, foi igualmente reduzido de forma muito significativa. Em média os doentes esperam menos cerca de 3h38m em cada episódio de urgência

Atividade de Bloco de Partos

00:43:12 00:57:36 01:12:00 01:26:24 01:40:48 01:55:12 02:09:36 02:24:00 02:38:24 02:52:48 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Tempo primeira triagem - primeira observação médica

Tempo primeira triagem - primeira observação médica

04:48:00 06:00:00 07:12:00 08:24:00 09:36:00 10:48:00 12:00:00 13:12:00 14:24:00 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Tempo médio do episódio anual

(21)

A atividade assistencial ao nível do Bloco de Partos, como se pode verificar vinha registando decréscimos nos últimos anos. Porém em 2015, graças à reconstituição das equipas foi possível recuperar o prestígio deste serviço e melhorar a confiança no HGO. O nº de partos foi superior em 91

comparativamente com o período homólogo

. A taxa de cesarianas (25,4%), ainda se situa entre as melhores do país.

Atividade de Hospital de Dia

A atividade assistencial dos hospitais de dia, aumentou 1.6%, correspondendo o acréscimo a 180 sessões. Há a registar um acréscimo de 142 sessões na área da Hemato-Oncologia, e de 721 sessões na área da psiquiatria.

DEZEMBRO Realizado Previsto Realizado Nº % Nº %

Eutocico 1.504 1.472 1.560 56 3,7% 88 6,0% Distocico 912 886 947 35 3,8% 61 6,9% Cesariana 568 556 637 69 12,1% 81 14,6% Outros 344 330 310 -34 -9,9% -20 -6,1% Total 2.416 2.358 2.507 91 3,77% 149 6,32% %cesarianas 23,5% 23,6% 25,4%

Período Homólogo Previsto Variação

2014 2015

Bloco de Partos

Realizado Previsto Realizado % %

Hematologia 1.303 1.528 1.320 17 1,3% -208 -13,6% Psiquiatria 2.779 3.038 3.500 721 25,9% 462 15,2% Imunohemoterapia 720 769 743 23 3,2% -26 -3,4% Pediatria 421 500 410 -11 -2,6% -90 -18,0% Pneumologia 244 200 135 -109 -44,7% -65 -32,5% Oncologia 2.746 3.150 2.888 142 5,2% -262 -8,3% Outros 3.290 3.623 2.687 -603 -18,3% -936 -25,8% TOTAL 11.503 12.808 11.683 180 1,6% -1.125 -8,8% 2014 Variação Realizado/Previsto Período Homólogo 2015 HOSPITAL DE DIA DEZEMBRO

(22)

Produção total e Produção SNS realizada

De uma forma global podemos verificar que o hospital cumpriu o que se propôs em contrato programa.

O maior desvio encontra-se na linha de GDH de ambulatório, fruto de acréscimo de atividade de cirurgia de ambulatório em especialidades como a Ginecologia e Cirurgia Geral, que com o novo agrupador de GDH APR 30, gera GDH de ambulatório médico e não cirúrgico. Apesar de ter sido considerado na previsão, o impacto deste agrupador, através da análise histórica da atividade, verificou-se um desvio superior ao previsto no acréscimo de GDH médicos e no decréscimo de GDH cirúrgicos.

(23)

Produção

Total Produção SNS Produção Total Produção SNS Produção Total Produção SNS Produção Total Produção SNS Produção Total Produção SNS Consultas Externas

Nº Total Consultas Médicas 271.640 271.141 281.543 281.028 281.335 277.821 3,6% 3,6% 0,1% 1,2% Primeiras Consultas total 78.323 78.195 80.031 79.907 79.861 76.738 2,2% 2,2% 0,2% 4,1% Primeiras Consultas CTH 26.964 26.964 30.216 30.216 30.216 30.216 12,1% 12,1% 0,0% 0,0% Primeiras Consultas comunidade saude mental 319 319 382 382 376 376 19,7% 19,7% 1,6% 1,6% Primeiras Consultas sem majoração 51.040 50.912 49.433 49.309 49.269 46.146 -3,1% -3,1% 0,3% 6,9% Consultas Subsequentes total 193.317 192.946 201.512 201.121 201.474 201.083 4,2% 4,2% 0,0% 0,0% Consultas Subsequentes comunidade saude mental 8.012 8.012 5.855 5.855 5.841 5.841 -26,9% -26,9% 0,2% 0,2% Consultas Subsequentes sem majoração 185.305 184.934 195.657 195.266 195.633 195.242 5,6% 5,6% 0,0% 0,0% Internamento

Doentes Saídos do Internamento - Agudos 22.406 22.182 23.740 23.404 23.725 23.388 6,0% 5,5% 0,1% 0,1% GDH Médicos 14.809 14.661 15.944 15.785 15.979 15.819 7,7% 7,7% -0,2% -0,2% GDH Cirúrgicos 7.597 7.521 7.796 7.619 7.746 7.569 2,6% 1,3% 0,6% 0,7% GDH Cirúrgicos Programados 4.099 4.058 4.243 4.102 4.179 4.038 3,5% 1,1% 1,5% 1,6% GDH Cirúrgicos - Urgentes 3.498 3.463 3.553 3.517 3.567 3.531 1,6% 1,6% -0,4% -0,4% Urgência - Total de Atendimentos 148.864 144.547 149.736 145.394 149.736 145.394 0,6% 0,6% 0,0% 0,0% Urgência - Atend. SU Polivalente sem internamento 135.099 131.046 135.133 131.079 135.133 131.079 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Hospital de Dia

Hematologia 1.539 1.539 1.320 1.320 1.348 1.348 -14,2% -14,2% -2,1% -2,1%

Imuno-hemoterapia 775 775 743 743 743 743 -4,1% -4,1% 0,0% 0,0%

Psiquiatria (Adultos e Infância e Adolescência) 3.051 3.051 3.500 3.500 3.496 3.496 14,7% 14,7% 0,1% 0,1% Base total 6.809 6.809 6.120 6.120 7.489 7.489 -10,1% -10,1% -18,3% -18,3% Serviços domiciliarios - Total de Visitas 2.796 2.796 3.176 3.176 3.098 3.098 13,6% 13,6% 2,5% 2,5% GDH Ambulatório

GDH Médicos 8.650 8.641 10.850 10.839 9.416 9.253 25,4% 25,4% 15,2% 17,1% GDH Cirúrgicos Base 6.714 6.707 5.783 5.677 7.307 7.058 -13,9% -15,4% -20,9% -19,6% Doentes em Tratamento de Diálise Peritoneal 33 33 34 34 40 0 3,0% 3,0% -15,0% IVG

IVG medicamentosa 629 629 656 656 603 603 4,3% 4,3% 8,8% 8,8%

IVG cirurgica 55 55 20 20 19 19 -63,6% -63,6% 5,3% 5,3%

VIH/Sida - Total de Doentes 1.408 1.408 1.596 1.596 1.498 1.176 13,4% 13,4% 6,5% 35,7% Esclerose Múltipla - Total de Doentes 216 216 212 212 212 212 -1,9% -1,9% 0,0% 0,0% N.º Dts Tratamento - EDSS <= 3,5 até um surto 113 113 110 110 110 110 -2,7% -2,7% 0,0% 0,0% N.º Dts Tratamento - EDSS <= 3,5 até dois surtos 67 67 66 66 66 66 -1,5% -1,5% 0,0% 0,0% N.º Dts Tratamento - 4 <= EDSS <= 6,5 24 24 24 24 24 24 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% N.º Dts Tratamento - 7 <= EDSS <= 8 12 12 12 12 12 12 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Hipertensão Pulmonar - Total de Doentes/ano 49 49 47 47 47 47 -4,1% -4,1% 0,0% 0,0%

N.º Dts Tratamento - seguimento 1º ano 4 4 7 7 7 7 75,0% 75,0% 0,0% 0,0%

N.º Dts Tratamento - seguimento após 1º ano CF <= III 39 39 32 32 32 32 -17,9% -17,9% 0,0% 0,0% N.º Dts Tratamento - seguimento após 1º ano CF IV 6 6 8 8 8 8 33,3% 33,3% 0,0% 0,0% Doenças Lisossomais

Doença de Gaucher - N.º Doentes em Tratamento 1 1 1 1 1 1 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Doença de Fafrac - N.º Doentes em Tratamento 1 1 1 1 1 0 0,0% 0,0% 0,0% Doença de Niemann-Pick - N.º Doentes em Tratamento 1 1 0 0 0 0 -100,0% -100,0%

Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade

Estudo inicial - consultas apoio fertilidade 1.011 1.011 942 942 942 942 -6,8% -6,8% 0,0% 0,0%

Total ciclos FIV 117 117 127 127 127 127 8,5% 8,5% 0,0% 0,0%

Total ciclos ICSI 147 147 141 141 138 138 -4,1% -4,1% 2,2% 2,2%

Total ciclos IO 58 58 57 57 57 57 -1,7% -1,7% 0,0% 0,0%

Total ciclos IIU 91 91 107 107 107 107 17,6% 17,6% 0,0% 0,0%

Total ciclos ICSI cirurgicos 8 8 17 17 17 17 112,5% 112,5% 0,0% 0,0%

Produção Total - DEZEMBRO

Variação Período Homólogo

Contratualizado Realizado 2014 Realizado 2015 Contratualizado 2015

(24)

2. Indicação de políticas e linhas de ação desencadeadas no âmbito da estratégia definida (vide artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro), designadamente:

a) Objetivos e resultados definidos pelos acionistas relativos ao desenvolvimento da

atividade empresarial a alcançar em cada ano e triénio, em especial os económicos e financeiros;

O Contrato-Programa define as orientações e objetivos de gestão no âmbito da prestação de serviços e cuidados de saúde, em termos de produção contratada, bem como a respetiva remuneração, os custos e incentivos institucionais atribuídos em função do cumprimento de objetivos de qualidade e eficiência.

Em 2015, o HGO cumpriu, na generalidade, os objetivos da atividade produtiva, tendo mesmo ultrapassado os 100% em algumas áreas, conforme se pode verificar na tabela anterior Produção total e Produção SNS realizada.

Relativamente ao Desempenho económico-financeiro verifica-se, pela análise do quadro seguinte, que os objetivos foram atingidos em 3 indicadores. O indicador do valor do EBITDA, embora positivo, não atingiu o valor contratualizado, pelo fato de as regras de cálculo do subsídio de férias e mês de férias para 2015 terem sido alteradas face à regras definidas na data de elaboração do orçamento.

(25)

b) Grau de cumprimento dos mesmos, assim como a justificação dos desvios verificados e das medidas de correção aplicadas ou a aplicar.

OBJETIVOS DE GESTÃO QUANTIFICAÇÃO (%)

S N

OBJETIVOS DE PRODUÇÃO

Nº Total Consultas Médicas X 100,07%

Primeiras Consultas total X 100,21%

Primeiras Consultas CTH X 100,00%

Primeiras Consultas comunidade saude mental X 101,60%

Primeiras Consultas sem majoração X 100,33%

Consultas Subsequentes total X 100,02%

Consultas Subsequentes comunidade saude mental X 100,24%

Consultas Subsequentes sem majoração X 100,01%

Internamento X 100,00%

GDH Médicos X 99,78%

GDH Cirúrgicos X 100,65%

GDH Cirúrgicos Programados X 101,53%

GDH Cirúrgicos - Urgentes X 99,61%

Urgência - Total de Atendimentos X 100,00%

Urgência - Atend. SU Polivalente sem internamento X 100,00%

Hospital de Dia

Hematologia X 97,92%

Imuno-hemoterapia X 100,00%

Psiquiatria (Adultos e Infância e Adolescência) X 100,11%

Base total X 81,72%

Serviços domiciliarios - Total de Visitas X 102,52%

GDH Ambulatório Médico X 115,23%

GDH Ambulatório Cirurgico X 79,14%

Doentes em Tratamento de Diálise Peritoneal X 85,00%

IVG medicamentosa X 108,79%

IVG cirurgica X 105,26%

VIH/Sida - Total de Doentes X 106,54%

Esclerose Múltipla - Total de Doentes X 100,00%

Hipertensão Pulmonar - Total de Doentes/ano X 100,00%

Doença de Gaucher - N.º Doentes em Tratamento X 100,00%

Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade

Estudo inicial - consultas apoio fertilidade X 100,00%

Total ciclos FIV X 100,00%

Total ciclos ICSI X 102,17%

Total ciclos IO X 100,00%

Total ciclos IIU X 100,00%

Total ciclos ICSI cirurgicos X 100,00%

(26)

Os quadros anteriores demonstram os objetivos de gestão e os de produção, bem como os resultados alcançados, seguem-se, seguidamente, as medidas corretivas dos desvios verificados:

Projeto de melhoria da atividade de consulta- medidas gestionárias aplicadas à Consulta Externa

Aumentar o acesso às primeiras consultas, para fazer face à Lista de Espera de Consultas, adequando as agendas médicas de 1ºas consultas à procura (Consulta a tempo e horas e Consultas Internas).

Limitar o número de consultas subsequentes

Diminuir o número de consultas subsequentes de «hipocoagulação», está a decorrer o processo em articulação com o ACES Almada-Seixal.

OBJETIVOS DE GESTÃO QUANTIFICAÇÃO (%)

S N

INCENTIVOS INSTITUCIONAIS

OBJECTIVOS NACIONAIS Acesso

A1 -% de primeiras consultas no total de consultas médicas X 28,40%

A2 -% de utentes referenciados para consulta externa

atendidos em tempo adequado X 85,90%

A3 -Peso das consultas externas com registo de alta no total

de consultas externas X 11,20%

A4 -% de utentes inscritos em LIC (neoplasias malignas)com

tempo de espera <=TMRG X 80,30%

A5 -‰ de doentes sinalizados para a RNCCI, em tempo

adequado, no total de doentes saídos (esp. Seleccionadas) X 318,57%

Desempenho assitencial

B1 -Demora média X 8,03

B2 -% de reinternamentos em 30 dias X 4,10%

B3 -% doentes saidos com duração de internamento acima

do limiar maximo X 1,72%

B4 -% de cirurgia da anca efetuada nas 1ºs 48 horas X 12,97%

B5 -% de cirurgias realizadas em ambulatório no total de cirurgias programadas (GDH) - para procedimentos ambulatorizaveis

X

85,22% B6 -% de consumo de embalagens medicamentos genéricos,

no total de embalagens de medicamentos X 40,09%

B7 -taxa de registo de utilização da "lista de verificação de

actividade cirurgica" - indicador referente à cirurgia segura X 82,68% Desempenho economico-financeiro

C1 -% dos gastos com horas extraordinarias, suplementos e fornecimentos e serviços externos III(seleccionados) no total de custos com pessoal

X

15,60%

C2 -EBITDA X 837.100,47

C3 -Acréscimo de divida vencida X 0

C4 -% de proveitos operacionais extra contrato programa no

total de proveitos operacionais X 10,70%

OBJECTIVOS REGIONAIS

D1 -Tempo Médio de espera em LIC X 185,9

D2 -% utentes em espera para cirurgia com tempo superior a

12 meses X 11,68%

D3 -Nº de consultas externas por médico ETC/ano.

Neurocirurgia X 1138

D3 -Nº de consultas externas por médico ETC/ano

oftalmologia X 2011

(27)

Desenvolvimento da consulta de telemedicina (Telerastreio) para Dermatologia. Sensibilização dos Diretores de Serviço para darem «altas da consulta» aos utentes que já não necessitam de continuar em vigilância hospitalar.

Informar mensalmente, com antecedência, os Diretores de Serviços, do número de consultas que não conseguem dar resposta em tempo adequado, por forma a assegurarem vagas extras para consulta a esses utentes.

Projeto de melhoria da Atividade Cirúrgica – medidas gestionárias aplicadas

O ano de 2015 foi crítico devido à falta de anestesistas, para garantir a atividade cirúrgica programada. O HGO desenvolveu um programa de cirurgia adicional nas especialidades com maior números de doentes em Lista de inscritos para

cirurgia e/ou com maior TME, com o objetivo de diminuir os tempos médios de espera.

Na especialidade de cirurgia geral foi estabelecido um protocolo com o Centro Hospitalar Lisboa Norte para realização de cirurgias nas patologias com maior número de doentes inscritos, com o objetivo de reduzir o Tempo Médio de Espera (TME).

3. Indicação dos fatores-chave de que dependem os resultados da entidade.

Os fatores chave de que dependem os resultados são, essencialmente, os benefícios gerados, diretamente na saúde e qualidade de vida dos doentes e, indiretamente, da produtividade económica e dos custos suportados para atingir aqueles resultados.

Consideram-se seguidamente os fatores no âmbito da governação clínica, sendo este o principal fator de desenvolvimento.

A dinamização do trabalho desenvolvido pelas comissões de apoio técnico, particularmente ao nível da Segurança do Doente, tem sido uma preocupação central da Direção Clínica e da Direção de Enfermagem, dada a relevância do seu trabalho para o processo de melhoria contínua da qualidade dos cuidados

Merece especial destaque o intenso trabalho desenvolvido pela Comissão da Qualidade e Segurança do Doente, Comissão de Auditoria Clínica e da Comissão de Farmácia e Terapêutica, ao longo de todo o ano, com as diversas chefias e interlocutores dos Serviços, no sentido de assegurar a conformidade das práticas do HGO às exigências atuais do CHKS, e agora acrescidas por força da próxima certificação pelas normas ISO. É um tremendo desafio para todos os profissionais, mas uma garantia de qualidade para os utentes do HGO.

(28)

Ações e projetos concretizados em 2015 no âmbito da Qualidade:

O HGO é um Hospital Acreditado Internacionalmente, desde Janeiro de 2011, pelo Caspe Healthcare Knowledge System (CHKS), organismo reconhecido pelo ISQuA, e cujo Serviço de Acreditação em Saúde é líder no Reino Unido.

Durante o ano de 2015 o HGO desenvolveu os mecanismos e as ferramentas necessárias para promover o seu processo de autoavaliação internamente e assim preparar-se para a avaliação externa por pares pelo CHKS, prevista para o 1º semestre de 2016.

No âmbito da Certificação, o HGO tem um conjunto de Serviços certificados pelas ISO 9001 e 13485, por várias entidades, APCER, SGS e CHKS. Em 2015 foram renovadas/mantidas as certificações, nomeadamente no Serviço de Medicina Transfusional, Serviço de Esterilização Centralizada, Serviço de Gestão Logística, Serviço de Bloco Operatório Centralizado, Serviço de Patologia Clinica, Serviço de Anatomia Patológica e o Centro de Infertilidade Reprodução Medicamente Assistida, do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia.

Para a obtenção das marcas de Acreditação/certificação contribuíram de forma inequívoca com intenso trabalho desenvolvido as Direções, Chefias e interlocutores, dos respetivos Serviços Clínicos e não Clínicos.

Auditorias da Qualidade e Segurança do Doente e Auditorias Clinicas em 2015

Em 2013 o HGO apostou de forma estratégica e significativa no desenvolvimento do conceito de auditoria interna. Para isso desenvolveram-se duas Politicas, uma sobre Auditoria em sentido mais lato mas ao mesmo tempo estruturante e outra mais dirigida, sobre Auditoria Clinica. Desde essa data que tem sido promovida formação neste contexto a grupos dirigidos e também aberta a toda a organização, de forma a fomentar uma maior adesão pelos profissionais a estas práticas de melhoria continua.

Foi desenvolvida uma plataforma MONITORAUDIT de modo a recolher toda a informação relativa a auditorias em ambiente interno e externo. Neste sentido no ano de 2015 foram realizadas 160 auditorias abrangendo as áreas da qualidade e segurança do doente e áreas clinicas. Realçamos que muitas destas auditorias tiveram como repercussões mudanças e alterações da estrutura da organização, em circuitos organizacionais e em práticas clinicas, no sentido de promover praticas clinicas em segurança de forma continuada.

O Hospital Garcia de Orta, EPE está determinado em providenciar ao doente, o mais seguro atendimento com a elevada qualidade que lhe é possível, em ambiente de internamento e ambulatório. Para nos orientar no âmbito desses esforços e podermos servir a população da área de intervenção de Almada-Seixal, foi desenvolvido e implementado o Plano de Ação da Qualidade e Segurança do Doente 2015, tendo por base

(29)

as orientações estratégicas do Conselho de Administração e da Direção Geral da Saúde. O Plano detalha a qualidade e segurança das estratégias chave que foram desenvolvidas durante o ano de 2015, nomeadamente na concretização dos objetivos para promover a Governação Clinica, prevenir e controlar as infeções e resistência aos antimicrobianos, implementar práticas seguras em todos os procedimentos cirúrgicos, implementar práticas seguras na utilização de medicação, implementar práticas seguras na identificação inequívoca do doente, prevenir a ocorrência de úlceras de pressão, prevenir a ocorrência de quedas, alargar e manter uma cultura de segurança, promover o programa de acreditação e certificação de Serviços.

Participação no Sistema Nacional de Avaliação em Saúde - SINAS

No âmbito do projeto de reconhecimento Sistema de Avaliação da Qualidade Global dos Estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde desenvolvido pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e no módulo do SINAS@Hospitais foram avaliadas as dimensões: Excelência Clínica, Segurança do Doente, Adequação e Conforto das

Instalações e Focalização no Utente. Nesta avaliação o HGO obteve excelência clínica

em todas as áreas avaliadas, nove com nível de qualidade II (classificação intermédia) e duas com nível qualidade III (classificação superior). Nas áreas da Segurança do

Doente, Adequação e Conforto das Instalações e Focalização no Utente obteve

avaliação com nível qualidade III (classificação superior).

Comissão Oncológica

A Comissão Oncológica promoveu junto de vários Serviços a realização/revisão de Normas de Orientação Terapêutica que entretanto aprovou no âmbito do diagnóstico, tratamento e seguimento de diversas patologias oncológicas: Mama, Cancro Gástrico/Esofágico, Cancro Colo-Rectal, Neoplasia da Próstata, Tumores do Pulmão e Broncopleurais, Exames de Medicina Nuclear em Oncologia.

Promoveu ações formativas e de divulgação das Normas em reuniões dos vários Serviços do Hospital e programou ações de divulgação das normas de seguimento do doente oncológico junto dos ACES (a realizar em 2016).

O projeto de articulação desta Comissão e dos diversos Serviços com os ACES visa melhorar acessibilidade do doente oncológico, mas também o seu regresso à comunidade e ao seu médico de família para controle, logo que não necessite de cuidados diferenciados hospitalares.

(30)

Comissão de Farmácia e Terapêutica

A Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) avalia semanalmente os fármacos sujeitos a justificação obrigatória, de acordo com as regras internamente definidas e que são do conhecimento dos profissionais, indo de encontro a uma política de racionalidade no uso da medicação intra-hospitalar e de cedência para ambulatório. Monitorizou ainda, de acordo com o tempo definido, os efeitos terapêuticos, efeitos adversos ou falência terapêutica para cada autorização efectuada.

Organizou reuniões com os Serviços- principais prescritores, nomeadamente nas áreas da Oncologia, HIV-SIDA, Biológicos e Esclerose Múltipla, no sentido de renovar a sensibilização para adequada prescrição, fomentando a elaboração de protocolos internos de prescrição, de acordo com as Normas de Orientação Terapêuticas nacionais em vigor e directrizes definidas pela Comissão Nacional de Farmácia e Terapeutica e pelo Infarmed.

A CFT participou com alguns dos seus membros na vigilância epidemiológica das infecções hospitalares e na monitorização da prescrição de carbepenemes, quinolonas e outros antibióticos, com evidente melhoria em todos os indicadores (ver adiante GCL-PPCIRA) A CFT elaborou relatórios anuais sobre o uso e eficiência ou falência de fármacos, de acordo com o estabelecido pelo Infarmed.

Foram elaborados trimestralmente os Relatórios de Monitorização da Prescrição Médica de Medicamentos e Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) que incluem as acções correctivas para o trimestre seguinte e que estão em consonância com as actividades de vigilância e de monitorização desenvolvidas pelas diversas Comissões e Grupos de trabalho, no sentido da maior racionalidade na prescrição e definição de áreas prioritárias e de Vias Verdes de diagnóstico e de terapêutica, com efectivos ganhos em saúde.

Projetos desenvolvidos Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção

e Resistência aos Antimicrobianos

O Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e

Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) tem como objetivo prevenir, detetar e

controlar as infeções associadas aos cuidados de saúde, promovendo ações contínuas neste âmbito, nomeadamente as que se descrevem de forma sucinta realizadas em 2015: Implementação da Campanha das Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI), cujo o objetivo geral é a Redução da Taxa de Infeção associada aos cuidados de saúde.

(31)

Implementação do Programa de Apoio à Prescrição dos Antimicrobianos, nomeadamente Carbapenemes e Quinolonas – Promovendo desta forma o uso correto de

antimicrobianos no HGO

Acções

Resultados Ano 2015

Manter a adesão de todos os Serviços à

Campanha de Higiene das Mãos (HM).

Promover Formações em HM

Realizar Auditoria Externa e Internas aos

Serviços no âmbito da Adesão HM (Nova

Metodologia)

Realizar comemoração do “Dia Mundial da

Higiene das Mãos”

Taxa de Serviços aderentes em 2015 = 84%

Taxa global de formação em 2015 = 58,79%

Taxa de adesão global dos Profissionais dos

Serviços em 2015 = 76,11%

Var. % 15/14 Consumo de SABA = 7,3 %

(corresponde a mais 659,8 litros face 2014)

Em 2015, realizadas2743 obs.; 100% de serviços

auditados

Manter a auditoria interna ao cumprimento das

PBCI nos 4 serviços piloto (NC e UCI NC, Med I e

UCI).

Alargar a mais 4 serviços: Med II, Cir I e II,

Hematoncologia e Med III/Infecto

Realizadas auditorias a 10 serviços; resultados de

Med I e II em conjunto; Cirg I e II em conjunto,

superando o objectivo inicial

Índice de qualidade do Processo 2015 = 93%

Índice de qualidade do Processo Estruturas 2015 =

88,2%

Acções

Resultados Ano 2015

Avaliação Junho a Dezembro

Implementar monitorização da prescrição

dos

antimicrobianos,

nomeadamente

Carbapenemes e Quinolonas

Taxa de conformidade na prescrição = 63% (período

de análise Jun a Dez 2015)

Var. 15/14 do consumo de carbapenemes = -20,4%

Var. 15/14 do consumo de quinolonas IV=- 12,9%

Var. 15/14 do consumo de quinolonas oral =- 19,7%

(32)

Vigilância Epidemiológica (VE), Implementação de programas de VE de acordo com as orientações da DGS de modo a obter taxas de infeção orientadoras da melhoria dos cuidados de saúde.

Implementação de base de dados de

monitorização dos DDD de Carbapenemes e

Quinolonas

Foi elaborada a BD e inciciou-se o carregamento de

dados a partir de 1 Junho 2015.

Definição da baseline para 2016/2017 após um ano de

monitorização

Foi apresentado trabalho a 18/11/2015 no VIII

Congresso Nacional da APFH

Atribuição de Prémio de Investigação Garcia de Orta,

em 16/12/2016

Acções Resultados Ano 2015

Vigilância epidemiológica de “Agentes Problema” nosocomiais: MRSA, Bacilos Gram negativos, Enterococcus Resistentes à Vancomicina (VRE) e

Clostridum difficile

Incidência de Infecção Hospitalar da corrente sanguínea por 1000 dias de internamento

Valor 2015 = 2,17 por 1000 DI

Taxa de MRSA no HGO: Número de bacteriemias adquiridas no hospital por MRSA por 1000 dias de internamento - Valor em 2015 = 0,254 por 1000 DI

Taxa de MRSA no HGO: Proporção de bacteriemia adquiridas no hospital por MRSA - Valor em 2015 = 34,1%:

Vigilância epidemiológica das Infecções Nosocomiais da Corrente Sanguínea (INCS);

Proporção de INCS expressa por 1000 doentes admitidos (DA)- Valor em 2015 = 18,08 por 1000 DA

Densidade de incidência de INCS expressa por 1000 dias de internamento (DI) – Valor em 2015 2,17 por 1000 DI

(33)

Comissão de Gestão de Risco Clínico

A Comissão de Gestão de Risco Clínico (CGRC) tem como objetivo geral apoiar e promover a missão, visão e valores do Hospital na prestação de cuidados de saúde com qualidade. A atividade da CGRC desenvolve-se na dimensão “segurança do doente” em todo o processo assistencial. Os objetivos operacionais definidos no plano de ação para o ano de 2015 são os seguintes:

A identificação e a avaliação proactiva dos riscos clínicos foram realizadas tendo por base a metodologia definida na Política Gestão do Risco – 0114 do Hospital. A Comissão reuniu com cada Serviço para análise dos perigos identificados, aferição do nível de risco e identificação de novos perigos. Os Serviços identificaram no total 232 riscos clínicos.

O sistema de notificação de incidentes é um dos componentes da cultura de segurança. Esta ferramenta está disponível para todos os profissionais e contribui para a gestão da segurança do doente, num processo de melhoria contínua através de uma abordagem reativa/retrospetiva dos incidentes e erros notificados.

Desde 19 de Novembro de 2015 que o Hospital dispõe de uma aplicação eletrónica para a notificação de incidentes. De acordo com a informação agregada nas bases de dados, de 2008 a 2015, foram notificados 3181 incidentes.

No sentido de caracterizar os incidentes relatados, descrevem-se seguidamente as quatro tipologias com maior número de notificações em 2015.

Gestão do Percurso do Doente

Os incidentes desta tipologia estão relacionados com o consentimento informado, identificação do doente, admissão, transferência, alta, resposta à emergência e outras etapas do processo da prestação integrada dos cuidados de saúde.

De 2008 a 2015 foram notificados 502 incidentes.

Processo/Procedimento Clínico

Os incidentes do tipo “Processo/Procedimento Clínico” estão relacionados com os atos técnicos do cuidado e incluem os procedimentos realizados nas etapas de rastreio, diagnóstico, tratamento, prevenção, gestão do caso em concreto, incluindo também a contenção física/confinamento.

(34)

Quedas de Doentes

No que refere a esta tipologia foram notificados 1090 incidentes de 2008 a 2015

Medicação

Os incidentes desta tipologia englobam os processos de seleção, aquisição, prescrição, administração, registo e monitorização. No que refere ao Medicamento foram notificados 213 incidentes de 2008 a 2015.

Auditorias

Em 2015 realizou-se auditoria da identificação do doente com pulseira. Em simultâneo auditou-se o grau de conformidade da sinalização do doente com alergia ao medicamento e dos registos clínicos em “Alergias e Avaliação Inicial”.

Foram auditados 14 Serviços clínicos aleatoriamente. Formação

A formação dos profissionais representa um dos recursos privilegiados de gestão e está integrada na estratégia global da organização.

No sentido de dar resposta às necessidades formativas identificadas, promoveu-se a realização de momentos formativos dirigidos aos profissionais.

Outras atividades realizadas

Integração no grupo de trabalho para a elaboração do Plano de Contingência do HGO:

•Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Módulo Frio. •Gripe.

Parametrização da Aplicação informática HER+ para notificação de incidentes, sua implementação e formação aos profissionais.

Projetos e Atividades do Gabinete de Cidadão

O Gabinete do Cidadão é um espaço privilegiado de auscultação das necessidades e sentires dos cidadãos, utentes dos serviços de saúde.

(35)

É um Serviço destinado a receber exposições dos utentes dos Serviços de Saúde funcionando, simultaneamente, como meio de defesa dos utentes e instrumento de gestão dos serviços.

Tipologia de exposições

Verificou-se um aumento do número de exposições (2.4%), tendo o número de reclamações e sugestões nelas contido diminuído (-5.4%; -47.8 respetivamente) face ao comparativo com o período homólogo. Houve um aumento significativo do número de Elogios (158,8 %).

Os 5 Serviços com maior incidência no número de Reclamações foram: Serviço de Urgência Geral com 421, seguido do Serviço de Radiologia com 162, Oftalmologia com 143, Admissão de Doentes com 121 e Urgência Pediátrica com 91 reclamações.

Reclamações por Serviços de Urgência/ Peso no Total das Reclamações

Importa salientar a diminuição do peso do número de reclamações nos Serviços de Urgência, com excepção da Urgência Pediátrica, face ao período homólogo.

As tipologias das Causas com maior incidência de reclamações foi “Acessos aos Cuidados de Saúde”, concretamente em termos de ausência de resposta em tempo útil/razoável (Cirurgias/ Consultas/MCDT) e “Tempo” - Tempo de espera para atendimento clínico não programado (superior a uma hora)

O grupo profissional que mais se evidencia pelo maior número de reclamações é o médico. Contudo, é também o grupo profissional mais visado no que diz respeito aos elogios.

TIPOLOGIA DE EXPOSIÇÕES

2015 2014 Var.2015/2014

Var. %

Elogio/Louvor

264

102

162

158.8

Reclamação/Queixa

1807

1910

-103

-5.4

Sugestão

12

23

-11

-47.8

TOTAL

2083

2035

48

2.4

SERVIÇO

2015

PESO

2014

PESO

Urgência geral

421

23.3% 613 32.1%

Urgência Ginecológica/Obstétrica

36

2.0%

41 2.1%

Urgência pediátrica

91

5.0%

80 4.2%

(36)

No ano de 2015, ao nível dos Serviços de Internamento, o Serviço Social acompanhou 6066 doentes, o que significa que, do total das altas hospitalares (23.740), 25.6% tiveram a intervenção do Serviço Social. Acrescem 846 processos sociais tratados no âmbito do ambulatório e 137 em contexto de urgência, o que totaliza um total de 7049 doentes acompanhados pelo Serviço Social.

A tipologia de resposta que acarreta mais constrangimentos em termos de tempo de espera por uma vaga, com consequente protelamento de alta hospitalar, é a Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (Lar), assim como o ingresso dos doentes nas diversas tipologias no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

O nº de doentes sinalizados à Segurança Social para esta resposta e o nº de dias de internamento inapropriado, no ano 2015 constam da tabela seguinte:

Quadro: Doentes sinalizados para ERPI 2015

Tipologia Resposta – Casos Sociais Nº Doentes Dias de Internamento Inapropriado

Estrutura Residencial Pessoas Idosas (ERPI) – Segurança Social

34 868

Total 34 868

Resposta Seg. Social Média: 26 dias/doente

Áreas

2015

Nº Processos Sociais

Internamento 6066

Urgência 137

Ambulatório (consulta e Hospital Dia) 846

(37)

Projeto de Melhoria da Gestão do Internamento

Em 2015, iniciou-se o Projeto de Melhoria da Gestão do Internamento no sentido de aproximar a demora média do HGO à demora média padrão (Benchmarking Clínico IASIST) e melhorar a eficiência, diminuindo os dias de internamento inapropriados em 50% desde a última auditoria (PRU), com implementação em todos os serviços da metodologia de planeamento de altas e a aplicação informática SOGA (planeamento de altas). No âmbito deste projeto têm sido revistos os critérios de internamento de modo a diminuir a percentagem de admissões inapropriadas, com maior envolvimento e articulação com as equipas dos cuidados de saúde primários e continuados. Este projeto, teve em 2015 progressivo envolvimento das direções de serviço chefias de enfermagem e restantes membros das equipas, bem como, das equipas facilitadoras (Equipa de Apoio à gestão do Internamento- EAGI e Equipa de Gestão de Altas).

Com o apoio da EAGI foi possível em 2015 adequar melhor o tempo de espera para vagas de internamento a partir do Serviço de Urgência, aumentar a eficiência da gestão das admissões programadas/eletivas nos Serviços, responder de forma mais eficaz aos picos de procura emergentes e gerir a atividade programada em função do nível de contingência do Hospital. A comunicação proactiva diária, particularmente com chefias de Serviço e responsáveis de internamento e também através de reuniões periódicas com os Serviços permitiu melhor monitorização da duração do internamento, apoio na gestão das altas, com reflexos na melhoria global da demora média.

Ainda a colaboração com o GCL-,PPCIRA na identificação de doentes com necessidades de isolamento enquadrou-se nas medidas de combate à infeção hospitalar.

Unidade de Hospitalização Domiciliária

A Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD), criada em Novembro de 2015, é um projeto inovador, centrado no doente e nas famílias/cuidadores, Trata-se de um modelo de assistência hospitalar que se carateriza pela prestação de cuidados no domicílio a doentes agudos, cujas condições biológicas, psicológicas e sociais o permitam. Assenta em 5 princípios fundamentais: voluntariedade na aceitação do modelo, igualdade de direitos e deveres do doente, equivalência de qualidade na prestação dos cuidados, rigor na admissão de doentes e no seu seguimento clínico, humanização de serviços e valorização do papel da família.

Com uma capacidade inicial de tratamento no domicílio de 20 doentes. só ainda se conseguiram ativar até 12 camas ,considerando que não foi possível até à

(38)

atualidade a articulação com os Cuidados de Saúde Primários ao nível dos cuidados continuados ao fim de semana.

A UHD do HGO conta já cerca de 105 doentes admitidos (Abril 2016), com uma duração média da estadia em UHD de 8.7 dias de internamento, e tem por missão contribuir para o melhor nível possível de saúde e bem-estar dos indivíduos da área de abrangência do HGO, que necessitem transitoriamente (ou seja, durante fase aguda ou agudizada da doença) de cuidados de nível hospitalar, oferecendo-lhes um serviço de qualidade com o rigor clinico e a visão holística e humanizada da Medicina Interna, sempre que a permanência no hospital seja prescindível.

Desde o início da UHD, os diagnósticos principais não diferem daqueles que encontramos nas enfermarias de Medicina Interna, contudo, assiste-se já a uma reduzida taxa de complicações relacionadas com a nosocomialidade, nomeadamente infeções.

A satisfação dos doentes e famílias é elevada. Na avaliação subsequente realizada em consulta externa, a grande maioria apresenta-se estável sem necessidade de reinternamento hospitalar.

De registar que a capacidade inicial de Hospitalização (20 camas) poderá ser alcançada se for possível garantir a continuidade de cuidados pelas equipas do ACES de Almada, com uma maior cobertura diária e incluir a prestação de cuidados ao fim de semana, a todos os doentes com alta hospitalar.

Este projeto, apesar das limitações referidas, foi decisivo no aumento da capacidade de internamento durante o presente inverno e, a par de outras medidas, permitiu atenuar a grande pressão sobre o internamento do Hospital.

O PROJETO SUVA- Serviço Urgência Verdes e Azuis

O projeto SUVA prosseguiu em 2015. Mantendo um espaço próprio e uma equipa dedicada, atendeu 10 177 doentes e referenciou para os Cuidados de Saúde Primários 3 300 doentes que tiveram consulta com o seu médico de família ainda no próprio dia ou até 48h depois.

O grau de satisfação dos doentes é elevado, procurando-se que a medida tenha um efeito pedagógico, devendo o doente com patologias de baixa prioridade recorrer aos cuidados de saúde primários. Em todo o caso, a referenciação é limitada às USF`s e o nº de doentes que recorre ao Serviço de Urgência é ainda excessivo, sendo o tipo de patologias maioritariamente do âmbito da Clinica Geral. As acções formativas e pedagógicas junto da população e maior acessibilidade aos CSP continuam a ser prementes, libertando a urgência hospitalar para o que é verdadeiramente a sua missão.

Referências

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