• Nenhum resultado encontrado

Outros Percursos 11º Ano

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Outros Percursos 11º Ano"

Copied!
58
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)
(4)

Matriz dos Testes de Avaliação Formativa ... 3

Sequência 1

Outros Percursos… Pelos Media

Teste A ... 4 Teste B ... 7

Sequência 2

Outros Percursos… Pelos Textos Argumentativos

Teste A ... 11 Teste B ... 15

Sequência 3

Outros Percursos… Pelos Textos Dramáticos

Teste A ... 19 Teste B ... 23

Sequência 4

Outros Percursos… Pelos Textos Narrativos/Descritivos

Os Maias Teste A ... 26 Teste B ... 30 O Primo Basílio Teste... 34

Sequência 5

Outros Percursos… Pelo Texto Poético

Teste A ... 38 Teste B ... 42 Propostas de correção e cotações ... 45

Nota

(5)

GRUPOS COMPETÊNCIAS E OBJETIVOS TIPOLOGIADE ITENS COTAÇÃO

(em pontos)

I Competências

Leitura e Expressão Escritas Objetivos

– explicitar o sentido global do texto;

– processar a informação veiculada pelo texto, em função de um determinado objeto;

– detetar linhas temáticas e de sentido, relacionando os diferentes elementos constitutivos do texto;

– inferir sentidos implícitos a partir de indícios vários; – determinar a intencionalidade comunicativa;

– identificar elementos de estruturação do texto, ao nível das componentes genológica, retórica e estilística;

– avaliar aspetos textuais relativos à dimensão estética e simbólica da língua; – formular juízos de valor fundamentados;

– interpretar relações entre linguagem verbal e códigos não verbais; – identificar funções do texto icónico;

– produzir um discurso correto nos planos lexical, morfológico, sintático, semântico, pragmático, ortográfico e da pontuação;

Resposta restrita e resposta extensa 70 30 II Competências Funcionamento da Língua Objetivos

– identificar elementos básicos da língua nos planos fónico, morfológico, lexical, sintático, semântico e pragmático;

– identificar/analisar diferentes tipos de nexos interfrásicos (estruturas de coordenação e de subordinação);

– reconhecer valores semânticos da estrutura frásica;

– reconhecer a função de marcadores de continuidade e de progressão textual; – (...) Escolha múltipla; associação; V/F; completa-mento 50 III Competências Expressão Escrita Objetivos

– planificar a atividade de escrita de acordo com a tipologia textual requerida;

– adequar o discurso à situação comunicativa;

– expressar ideias, opiniões, vivências e factos, de forma pertinente, estruturada e fundamentada;

– estruturar um texto, com recurso a estratégias discursivas adequadas à explicitação e à defesa de um ponto de vista ou de uma tese;

– cumprir as propriedades da textualidade (continuidade, progressão, coesão e coerência);

– produzir um discurso correto nos planos lexical, morfológico, sintático, semântico, pragmático, ortográfico e da pontuação;

– (...)

Resposta extensa

50 Os testes de avaliação formativa que se apresentam contemplam a estrutura do exame nacional de Português - 12.º ano, pelo que os objetivos que se elencam foram retirados do documento do GAVE orientador da prova de exame.

(6)

Nome Turma Data › SEQUÊNCIA 1

1

Grupo I

A

Lê, atentamente, o texto.

Os combustíveis atingem preços nunca vistos, sem razões, pelo menos aparentemente, que o justi-fiquem. É preciso perceber: nada, em termos energéticos, voltará a ser como antes.

A questão não é nova, mas agora se levanta pela sua indiscutível atualidade. Quais as alternativas a um mundo movido à base de combustíveis fósseis? Desiludam-se os que acreditam que o preço da gaso-lina e do gasóleo vai regressar a preços sustentáveis. Nas palavras dos especialistas, isso não passa de um sonho irrealizável.

O que nos resta fazer? Enquanto o salário encolhe, o preço que pagamos quando abastecemos depó-sito do automóvel cresce na proporcionalidade. Nem tudo é negativo. Olhemos para a crise energética como uma oportunidade. Mudar de meio de transporte pode ser uma possibilidade para quem não pre-tende queimar parte significativa do ordenado, na estrada, a caminho do trabalho.

Transportes públicos? Claro. Desde que existam e respondam às necessidades dos cidadãos que deles precisam. Nunca é de mais lembrar aos responsáveis pela gestão dos transportes o seguinte: é necessário adaptar a mobilidade à realidade do novo século.

Uma oportunidade, dizíamos. Embora a empresa se afigure tormentosa. Os responsáveis políticos -a mud-anç-a de p-ar-adigm-a só é possível com envolvimento dest-a gente - -and-am há -anos -a f-al-ar de eficiênci-a energética, da troca dos combustíveis fósseis por fontes renováveis. A realidade, contudo, segue o ritmo e a práxis antigos, com estradas apinhadas de veículos alimentados a gasolina e a gasóleo. Aqui estão os principais responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa. Mudar as lâmpadas em casa é um gesto louvável, mas insuficiente.

E não nos venham dizer que não existe um relação direta entre as enxurradas no Rio de Janeiro, o de-gelo na Polónia e o efeito de estufa! Que são ideias de fundamentalistas, movidas por inconfessáveis in-teresses. O melhor mesmo, até prova em contrário, é prevenir. Nas grandes cidades, pelo menos, é possível uma mobilidade amiga do ambiente e mais suave para a bolsa. Fica o carro em casa, apanha-se o metro. A bicicleta também pode vir: na última carruagem, sem algum custo adicional. Antes que seja tarde.

in www.jn.pt (19/1/11) 5

10

15

20

CRISE ENERGÉTICA FEITA OPORTUNIDADE RENOVÁVEL

1.Responde às questões com frases completas. 1.1.Identifica o assunto do texto.

1.2.Expõe três aspetos que são motivo de crítica evidentes no texto, recorrendo à fundamentação textual. 1.3.Considera a frase: “Uma oportunidade, dizíamos.” (linha 14).

1.3.1.Explicita a “oportunidade” referida.

1.4.Retira do texto exemplos dos seguintes recursos retóricos, comentando o seu valor expressivo. 1.4.1.Metáfora.

1.4.2.Ironia. 1.4.3.Antítese.

1.5.Demonstra o caráter diretivo de algumas passagens textuais.

1.6.Justifica o recurso aos exemplos “enxurradas no Rio de Janeiro, o degelo na Polónia e o efeito de estufa” (linhas 20-21).

(7)

Outros Percursos... pelos Media

B

Observa, atentamente, a imagem que se segue.

Num texto, entre oitenta e cento e trinta palavras, refere-te à intenção do cartoonista, analisando os diversos componentes da figura.

Grupo II

Lê, atentamente, o texto.

A vida marinha esteve demasiado tempo totalmente exposta à exploração por parte de quem pos-suísse meios para o fazer. Os rápidos avanços tecnológicos implicaram que, atualmente, a capacidade, o alcance e a potência das embarcações e do equipamento usados para explorar a vida marinha exceda de longe a capacidade da Natureza de a preservar. Se isso não for controlado, terá amplas consequências no ambiente marinho e nas pessoas que dele dependem. A vida nos oceanos possui um incrível conjunto de formas e dimensões – desde o plâncton microscópico até à maior das grandes baleias. Apesar disso, muitas espécies foram levadas à extinção, ou aproximam-se dela, devido a devastadores impactos humanos. (…)

As ameaças que os nossos oceanos enfrentam são muitas e variadíssimas. Por um lado, os navios gi-gantes, utilizando equipamentos de ponta, podem localizar com precisão cardumes de peixe rapida-mente. As frotas de pesca industrial ultrapassaram os limites ecológicos do oceano. À medida que o peixe maior é exterminado, os objetivos passam a ser as espécies seguintes de peixes mais pequenos, e assim sucessivamente (…).

Em segundo lugar, a aquacultura é frequentemente apresentada como o futuro da indústria de ali-mentos marinhos. Mas a aquacultura de camarão é talvez a indústria de pesca mais destrutiva, insusten-tável e injusta no mundo. O desmatamento de mangais, a destruição do pescado, o assassínio e desmatamento de terrenos comunitários têm sido amplamente divulgados. (…)

in www. greenpeace.org/Portugal/oceanos (texto adaptado e com supressões) 5

10

15

EM DEFESA DOS OCEANOS

A.No segmento “Os rápidos avanços tecnológicos implicaram que, atualmente, a capacidade (…)” (linha 2), a palavra sublinhada é um pronome relativo.

B.Em “(…) a capacidade da Natureza de a preservar.” (linha 4), a palavra destacada retoma o re-ferente “Natureza”.

C.O terceiro período do texto é composto por três orações. 1.Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F).

http://penatosambientalistas.b

(8)

D.O sujeito da oração “(...) que dele dependem” (linha 5) é composto.

E.No último período do primeiro parágrafo, todas as frases estão na voz ativa.

F.Na frase “As ameaças que os nossos oceanos enfrentam são muitas e variadíssimas.” (linha 8), a oração subordinada adjetiva relativa nela inserida acrescenta uma informação acessória ao grupo nominal que a antecede.

G.Com o complexo verbal sublinhado, em “Por um lado, os navios gigantes, (…), podem localizar com precisão (…)” (linhas 8-9), evidencia-se um exemplo de modalidade epistémica de possi-bilidade.

H.“(...) cardumes de peixe” (linha 9) corresponde ao complemento direto da oração subordinante. I.Entre os dois primeiros períodos do último parágrafo verifica-se uma relação de causa. J.A palavra sublinhada em “(...) têm sido amplamente divulgados.” (linha 16) é um modificador. 2.Faz corresponder a cada segmento textual da coluna Aum único segmento textual da coluna B, de

modo a obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

COLUNA A COLUNA B

2.1.Com o recurso ao pronome pessoal “o”, em “para o fazer” (linha 2), ...

2.2.Com a frase “terá amplas consequências no ambiente marinho e nas pessoas que dele dependem.” (linhas 4-5), ...

2.3.Com o uso da locução subordinativa “Apesar disso” (linha 6), ...

2.4.Com a oração gerundiva “utilizando equipamentos de ponta” (linha 9), ...

2.5.Com a expressão “e assim sucessivamente” (linhas 11-12), ...

a)o enunciador apresenta uma situação possível de acontecer, dependendo da concretização da ação referida anteriormente.

b)o enunciador dá conta de uma progressão de acontecimentos de forma ordenada.

c)o enunciador apresenta a condição do que refere posteriormente.

d)o enunciador retoma uma informação apresentada anteriormente.

e)o enunciador estabelece uma relação de finalidade.

f)o enunciador introduz uma conexão concessiva.

g)o enunciador apresenta o conteúdo da frase como uma impossibilidade.

h)o enunciador dá conta de uma sucessão de hipóteses.

Grupo III

Em tempos de crise, os comportamentos economicistas estão na linha da frente.

Partindo da perspetiva exposta na frase acima transcrita, apresenta uma reflexão, entre duzentas e trezentas palavras, sobre a importância dos atos economicistas e sobre as formas de os pôr em prática.

Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

(9)

Lê, com atenção, o texto.

LEVAR A SÉRIO OS ENJOOS DA GRAVIDEZ

As grávidas continuam a ser as maiores vítimas dos tabus com que todos nós, homens e mulheres, continuamos a rodear a ideia de mulher, sobretudo a da mulher-mãe. Demasiado cristalizados por dentro para podermos entender que todas as coisas boas têm sempre lados maus, sem deixarem, por isso, de ser maravilhosas, endeusámos aqueles nove meses de espera e proclamámos que o “parirás com dor” era um desígnio divino, como se o sofrimento fosse condição imprescindível ao milagre.

Ainda me lembro de há 20 anos ter feito uma reportagem na Maternidade Alfredo da Costa, para constatar que as mulheres que recebiam uma muito desejada analgesia para o parto imploravam aos mé-dicos que não revelassem a “fraqueza” aos maridos. Não queriam que eles soubessem, diziam “que não tinham sido suficientemente mulheres para aguentar a prova de que mereciam ser mães”. Não lhes pas-sava pela cabeça (será que agora passa?) nem a elas, nem aos maridos, nem tão pouco à medicina, per-guntar por que é que, então, se arrancavam dentes com anestesia...

Os enjoos na gravidez são outro dos “episódios” reduzidos a simples incómodo de percurso. Aliás, o único medicamento que atenua os sintomas tem, pelo menos, 50 anos e quem é que duvida que, se fossem os homens a engravidar, por esta altura a indústria farmacêutica já teria inventado trezentos remédios para os eliminar? Felizmente os tempos estão a mudar, provavelmente com a ascensão das mulheres a lugares de decisão no mundo da ciência.

Prova disso é a decisão da Sociedade inglesa de Obstetrícia de agendar o tema para um debate uni-versitário. Alertam os médicos que as náuseas e vómitos são insuportáveis e graves em muitas gravidezes, provocando depressão e levando 2% das mulheres ao internamento hospitalar. Apelam, por isso, a que os médicos os levem a sério, e os cientistas investiguem as causas e procurem tratamento. Finalmente.

in www.destak.pt/ (texto adaptado) 5 10 15 20 EDITORIAL 30 | 06 | 2010 09.06H ISABEL STILWELL | EDITORIAL@DESTAK.PT

1.Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas ao questionário.

1.1.Propõe uma explicação para a metáfora “(...) endeusámos aqueles nove meses de espera” (linha 4). 1.2.Identifica os elementos linguísticos que marcam a presença de dois tempos.

1.3.Explicita a intenção da autora do texto quando relata um episódio ocorrido há vinte anos. 1.4.Demonstra como o enunciado apresenta características do texto de opinião.

Nome Turma Data

TESTE DE AVALIAÇÃO FORMATIVA

Teste B

1

Grupo I

› SEQUÊNCIA 1

(10)

Observa a imagem.

Redige um texto publicitário, entre oitenta e cento e trinta palavras, que alerte para a realidade representada na figura. Para tal, segue as orientações:

– descrição da situação;

– medidas a tomar para evitar graves danos; – discurso apelativo.

Grupo II

Lê, atentamente, o texto que se segue.

Estamos perante as primeiras gerações de crianças e jovens que crescem, uti-lizando quotidianamente a internet. A rede é cada vez mais utilizada para satis-fazer um maior número de necessidades. À vertente de investigação e de conhecimento, soma-se ainda a vertente de consumo, publicidade, lazer e ainda de convivialidade. Esta disseminação é fomentada por ministérios da educação de diversos países, não sendo acompanhada pela correspondente ne-cessidade de formação.

Os desenhos animados dos mais novos existem online e disponibilizam pequenas atividades. As redes sociais disputam também este público mais jovem com jogos dirigidos às suas idades. Para os adolescen-tes, a tudo isso somam-se as já tradicionais salas de chat ou programas de troca de mensagem instantânea como os vários messenger existentes no mercado.

Temos, pois, amplas franjas da população para as quais a internet é algo de evidente. A rede trans-formou-se num espaço de estar e de viver que, forçosamente, replicará formas de mal-estar social e psi-cológico. Mas que formas de mal-estar e de disfuncionalidade serão essas? A interrogação tem ainda poucos dados que possibilitem respostas. No imediato, podemo-nos socorrer de figuras que já fizeram algum furor mediático: a do viciado que privilegia a net sobre todas as outras áreas da sua vida pessoal; a do marido ou esposa mal casado que encontra uma aventura no mundo virtual; ou ainda a do jovem que é alvo de um predador que o ludibria na rede ou atrai-o ainda para alguma armadilha no mundo real. Está claro que existem ainda inúmeras nuances entre estes grandes esboços…

A INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA NA INTERNET: QUAIS SERÃO AS NOVAS FORMAS DE ADOECER?

Rui Tinoco (Psicólogo clínico)

B

5

10

(11)

20

25

Interessa-nos ainda o modo como certas pessoas com dificuldades de relacionamento interpessoal se reinventam na rede como outro eu; ou ainda como outros dão azo a esferas dos seus eus, a desejos ocultos e as afirmam de uma forma, desbragada até, no contexto de certas plataformas virtuais…

Quais serão as consequências destes movimentos de centrifugação do eu no desenvolvimento psi-cológico? De que forma a perda da necessidade de coerência em plataformas internáuticas ou da ausência de consequências para determinados comportamentos virtuais (passe-se a contradição dos termos) serão refletidas no sujeito psicológico?

O uso intensivo de computador pode até, fazer esquecer ou adiar certas necessidades corporais e fi-siológicas… A multiplicação de identidades virtuais poderá ainda reforçar essa tendência de dissipação.

O que será, para os vindouros, existir?

in www.psicologia.com.pt/ (texto adaptado e com supressões)

1.Seleciona, em cada um dos itens, a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. 1.1.De acordo com a informação do texto, cada vez mais crianças utilizam a internet para...

a)recolha de informação.

b)se informar, divertir e conviver.

c)aceder a bens de escassa comercialização. d)investigar e socializar.

1.2.Se os problemas familiares e relacionais provocados pelo “vício” da internet preocupam o autor do texto, um há que merece uma especial atenção:

a)a infidelidade de um dos cônjuges. b)a rede de pedofilia.

c)a marginalidade.

d)a criação de novas identidades em indivíduos de difícil relacionamento. 1.3.A forma verbal “replicará” (linha 13), no contexto em que surge, é sinónima de...

a)desencadeará. b)resultará de. c)responderá. d)copiará.

1.4.O segmento sublinhado em “(...) soma-se ainda a vertente de consumo, publicidade, lazer e ainda de convivialidade” (linhas 4-5) corresponde…

a)ao complemento direto. b)ao complemento indireto. c)ao sujeito.

d)a um modificador.

(12)

1.5.O enunciador, ao servir-se das expressões “dos mais novos” (linha 8) e “este público mais jovem” (linha 9), recorre a um mecanismo de...

a)coesão lexical por substituição. b)coesão lexical por pronominalização. c)coesão referencial.

d)coesão frásica.

1.6.A palavra destacada na frase “Está claro que existem ainda inúmeras nuances entre estes grandes esboços (….)” (linha 19) é...

a)um pronome relativo.

b)uma conjunção subordinativa causal. c)uma conjunção subordinativa completiva. d)uma conjunção subordinativa consecutiva.

1.7.A frase “O uso intensivo de computador pode, até, fazer esquecer ou adiar certas necessidades cor-porais e fisiológicas.” (linhas 27-28) possui um verbo auxiliar modal com valor de...

a)obrigatoriedade. b)possibilidade. c)probabilidade. d)necessidade.

2.Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F). A.O sujeito da primeira frase do texto é nulo expletivo.

B.O segundo período do texto contém uma oração subordinada adverbial final.

C.O sublinhado em “Esta disseminação é fomentada por ministérios de educação de diversos países” (linhas 5-6) corresponde ao complemento agente da passiva.

D.As duas orações que iniciam o segundo parágrafo são subordinadas.

E.Na frase “No imediato, podemo-nos socorrer de figuras que já fizeram algum furor mediático: a do viciado que privilegia a net sobre todas as outras áreas da sua vida pessoal; a do marido ou esposa mal casado que encontra uma aventura no mundo virtual; ou ainda a do jovem que é alvo de um predador que o ludibria na rede ou atrai-o ainda para alguma armadilha no mundo real.” (linhas 15-18), os sublinhados correspondem a pronomes relativos.

Grupo III

Redige um artigo de apreciação crítica, entre duzentas e trezentas palavras, que pudesse ser publicado no jornal da tua escola, sobre um dos seguintes temas:

A.um filme que te tivesse marcado. B.um livro que nunca tenhas esquecido.

Atenção, deves fazer referência, entre outros aspetos: — ao título; — ao autor; — às personagens; — ao realizador;

(13)

A

Lê o texto seguinte.

Mas para que, da admiração de uma tão grande virtude vossa, passemos ao louvor ou inveja de outra não menor, admirável é igualmente a qualidade daquele outro peixezinho, a que os latinos chamaram torpedo. Ambos estes peixes conhecemos cá mais de fama que de vista; mas isto têm as virtudes grandes, que quanto são maiores, mais se escondem. Está o pescador com a cana na mão, o anzol no fundo e a boia sobre a água, e em lhe picando na isca o torpedo começa a lhe tremer o braço. Pode haver maior, mais breve e mais admirável efeito? De maneira que, num momento, passa a virtude do peixezinho, da boca ao anzol, do anzol à linha, da linha à cana e da cana ao braço do pescador.

Com muita razão disse que este vosso louvor o havia de referir com inveja. Quem dera aos pescadores do nosso elemento, ou quem lhes pusera esta qualidade tremente, em tudo o que pescam na terra! Muito pescam, mas não me espanto do muito; o que me espanta é que pesquem tanto e que tremam tão pouco. Tanto pescar e tão pouco tremer!

Pudera-se fazer problema; onde há mais pescadores e mais modos e traças de pescar, se no mar ou na terra? E é certo que na terra. Não quero discorrer por eles, ainda que fora grande consolação para os peixes; baste fazer a comparação com a cana, pois é o instrumento do nosso caso. No mar, pescam as canas, na terra, as varas (e tanta sorte de varas); pescam as ginetas, pescam as bengalas, pescam os bastões e até os cetros pescam, e pescam mais que todos, porque pescam cidades e reinos inteiros. Pois é possível que, pescando os homens cousas de tanto peso, lhes não trema a mão e o braço?! Se eu pregara aos ho-mens e tivera a língua de Santo António, eu os fizera tremer.

Vinte e dois pescadores destes se acharam acaso a um sermão de Santo António, e às palavras do Santo os fizeram tremer a todos de sorte que todos, tremendo, se lançaram a seus pés; todos, tremendo, confessaram seus furtos; todos, tremendo, restituíram o que podiam (que isto é o que faz tremer mais neste pecado que nos outros); todos enfim mudaram de vida e de ofício e se emendaram.

Quero acabar este discurso dos louvores e virtudes dos peixes com um, que não sei se foi ouvinte de Santo António e aprendeu dele a pregar. A verdade é que me pregou a mim, e se eu fora outro, também me convertera. Navegando de aqui para o Pará (que é bem não fiquem de fora os peixes da nossa costa), vi correr pela tona da água de quando em quando, a saltos, um cardume de peixinhos que não conhecia; e como me dissessem que os Portugueses lhe chamavam quatro-olhos, quis averiguar ocularmente a razão deste nome, e achei que verdadeiramente têm quatro olhos, em tudo cabais e perfeitos. Dá graças a Deus, lhe disse, e louva a liberalidade de sua divina providência para contigo; pois às águias, que são os linces do ar, deu somente dois olhos, e aos linces, que são as águias da terra, também dois; e a ti, peixe-zinho, quatro.

Mais me admirei ainda, considerando nesta maravilha a circunstância do lugar. Tantos instrumentos de vista a um bichinho do mar, nas praias daquelas mesmas terras vastíssimas, onde permite Deus que estejam vivendo em cegueira tantos milhares de gentes há tantos séculos! Oh quão altas e incompreen-síveis são as razões de Deus, e quão profundo o abismo de seus juízos!

“Sermão de Santo António”, Padre António Vieira, inSermão de Santo António e outros textos, Oficina do Livro, 1.ª Ed., agosto de 2008

5 10 15 20 25 30 35

Nome Turma Data

› SEQUÊNCIA 2

TESTE DE AVALIAÇÃO FORMATIVA

Teste A

2

Grupo I

(14)

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1.Insere o excerto na estrutura interna e externa da obra.

2.Reflete sobre a crítica feita aos homens, tendo por base a simbologia do peixe-torpedo.

3.Explicita a alusão a Santo António.

4.Clarifica as interrogações que se coloca o pregador sobre a região do Maranhão, a partir das caracterís-ticas do peixe quatro-olhos.

B

Comenta a afirmação a seguir apresentada, num texto de oitenta a centro e trinta palavras, baseando-te nos conhecimentos adquiridos sobre Padre António Vieira e a sua produção literária.

Grupo II

Lê, agora, o seguinte texto.

Em janeiro, a UNESCO publicou um relatório sobre a avaliação global do programa “Educação Para Todos”. Trata-se de uma avaliação intercalar do objetivo que tinha sido apontado para que, em 2015, todas as crianças do mundo tivessem acesso à educação primária. Os resultados são dececionantes.

O relatório refere que 72 milhões de crianças estão ainda fora da escola e que, por este andar, 56 milhões ainda o estarão em 2015. E isto porquê?

Segundo Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), “enquanto os países ricos alimentam a sua recuperação económica, muitos países pobres enfrentam um cenário iminente de atrasos educacionais. Não podemos permitir-nos criar uma geração perdida de crianças privadas da sua oportunidade de educação, que as poderia elevar do seu es-tado atual de pobreza”. No mesmo sentido, o coordenador do relatório, Kevin Watkins, escreve: “os países ricos mobilizam montanhas financeiras para estabilizar os seus sistemas financeiros e proteger a sua in-fraestrutura social e económica, mas só conseguiram mobilizar pequenas colinas para os pobres do mundo”. E, na verdade, estima-se que faltam 16 mil milhões de dólares para conseguir atingir o objetivo da educação primária em todo o mundo em 2015.

Estes números e opiniões são eloquentes. (...) A educação é a primeira e essencial condição para a existência de um desenvolvimento sustentado, contudo, verificamos que muitos Estados não colocam esta prioridade entre as mais prementes. Por outro lado, os países mais desenvolvidos não apostam sufi-cientemente em criar as bases que poderão levar os países mais pobres a sair da pobreza. (...) Assim, a retórica de dinamizar o desenvolvimento local nos países pobres, para evitar as desesperadas migrações para os países mais ricos, não é fundamentada em medidas concretas. (...)

É tempo, pois, de encararmos de que forma um sistema mundial sem solidariedade, sem justiça e autocentrado tem contribuído para que os países mais pobres não disponham de meios que lhes permitam assumir os destinos das suas crianças.

5

10

15

20

O Padre António Vieira começou a desenvolver importante atividade missionária junto dos índios bra sileiros. E isso faz dele um homem notável. “É o lutador pela liberdade dos índios, nações, cul turas e povos com identidade própria, num tempo em que a regra era precisamente a da es cra vatura, do-mínio e subjugação”, aponta Marcelo Rebelo de Sousa.

(15)

› Outros Percursos... pelos Textos Argumentativos

25

30

É tempo de pensar que a Educação Inclusiva, para além de uma reforma educacional que se passa em cada um dos países (ricos ou pobres), é também uma postura ética mundial. Uma postura que recusa o fatalismo da exclusão escolar ou o acesso a uma Escola tão debilitada que seja incapaz de promover a mobilidade social.

Já sabíamos que era difícil pensar uma Escola Inclusiva numa sociedade que não o fosse. Sabemos agora, pelos dados deste relatório, que o caminho da inclusão não deve respeitar fronteiras. Não são ape-nas as crises que são mundiais; as soluções também têm que o ser. (...)

16 milhões de dólares!?...

David Rodrigues, in A Página da Educação, Ed. Profedições, primavera de 2010 (adaptado e com supressões)

1.Seleciona, em cada um dos itens, a opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1.A utilização das aspas em “Educação Para Todos” (linha 2) justifica-se por...

a) se tratar de uma frase que não pertence ao autor do texto.

b)ser um título de um livro.

c)ser o nome de um projeto.

d)se referir a uma secção da UNESCO.

1.2.A locução sublinhada em “para que, em 2015, todas as crianças do mundo tivessem acesso à edu-cação primária”(linhas 3-4) introduz uma oração...

a)final.

b)consecutiva.

c)concessiva.

d)completiva.

1.3.Em “Os resultados são dececionantes.” (linha 4), a palavra sublinhada desempenha a função sin-tática de...

a)complemento direto.

b)sujeito.

c)predicativo do complemento direto.

d)predicativo do sujeito.

1.4.O constituinte sublinhado em “que as poderia elevar do seu estado atual de pobreza” (linhas 10-11) substitui o grupo nominal...

a)“oportunidade de educação.”

b)“crianças.”

c)“geração.”

d)“geração perdida.”

1.5.No segmento textual “os países ricos mobilizam montanhas financeiras” (linhas 11-12), a palavra sublinhada desempenha a função sintática de...

a)modificador apositivo do nome.

b)modificador restritivo do nome.

c)predicativo do sujeito.

(16)

1.6.O tipo de sujeito em “Estes números e opiniões são eloquentes.” (linha 16) é...

a)composto.

b)simples.

c)nulo expletivo.

d)nulo indeterminado.

1.7.O recurso retórico presente na expressão “… um sistema mundial sem solidariedade, sem justiça e autocentrado” (linhas 22-23) é uma...

a)metáfora.

b)adjetivação.

c)enumeração.

d)perífrase.

2.Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna Aum elemento da coluna B, de modo a obteres afirmações verdadeiras.

COLUNA A COLUNA B

2.1.Com a utilização da construção sintática “enquanto os países ricos…” muitos países pobres” (linhas 8-9), …

2.2.Ao utilizar o complexo verbal “Não podemos permitir-nos criar…” (linha 9), …

2.3.Na expressão “Estes números e opiniões são eloquentes.” (linha 16), …

2.4.Na expressão “Assim, a retórica de dinamizar…” (linhas 19-20), …

2.5.Com a pontuação do parágrafo final (linha 32), …

a)o enunciador pretende exprimir, simultaneamente, perplexidade e incredulidade.

b)o enunciador socorre-se de um verbo transitivo indireto.

c)o enunciador destaca a realização em simultâneo de duas ações.

d)o enunciador utiliza a modalidade deôntica com valor de proibição.

e)o enunciador emprega um verbo copulativo.

f)o enunciador utiliza um marcador discursivo com valor conclusivo.

g)o enunciador pretende exprimir interesse e persistência.

h)o enunciador utiliza um marcador discursivo com valor consecutivo.

Grupo III

Tendo presente a sociedade tua contemporânea, apresenta uma reflexão sobre este tema.

Redige um texto expositivo-argumentativo, com duzentas a trezentas palavras, onde fundamentes o teu ponto de vista com dois argumentos e com, pelo menos, um exemplo significativo.

Ao longo da História são diversos os exemplos de povos ou grupos discriminados em virtude da etnia a que pertencem, da religião que professam, da opinião política que defendem.

(17)

Lê, com atenção, o texto que se segue.

Isto é o que se deve fazer ao sal que não salga. E à terra, que se não deixa salgar, que se lhe há de fazer? Este ponto não resolveu Cristo Senhor nosso no Evangelho; mas temos sobre ele a resolução do nosso grande português Santo António, que hoje celebramos, e a mais galharda e gloriosa resolução que nenhum santo tomou. Pregava Santo António em Itália na cidade de Arimino, contra os hereges, que nela eram muitos; e como erros de entendimento são dificultosos de arrancar, não só não fazia fruto o santo, mas chegou o povo a se levantar contra ele, e faltou pouco para que lhe não ti-rassem a vida. Que faria neste caso o ânimo generoso do grande António? Sacudiria o pó dos sapatos, como Cristo aconselha em outro lugar? Mas António com os pés descalços não podia fazer esta protestação; e uns pés, a que se não pegou nada da terra, não ti-nham que sacudir. Que faria logo? Retirar-se-ia? Calar-se-ia? Dis-simularia? Daria tempo ao tempo? Isso ensinaria porventura a prudência, ou a covardia humana; mas o zelo da glória divina, que ardia naquele peito, não se rendeu a semelhantes partidos. Pois que fez? Mudou somente o púlpito e o auditório, mas não desistiu da doutrina. Deixa as praças, vai-se às praias; deixa a terra, vai-se ao mar, e começa a dizer a altas vozes: Já que me não querem ouvir os homens, ouçam-me os peixes. Oh, maravilhas do Altíssimo! Oh, poderes do que criou o mar e a terra! Começam a ferver as ondas, começam a concorrer os peixes, os grandes, os maiores, os pequenos, e postos todos por sua ordem com as cabeças de fora da água, António pregava e eles ou-viam.

Se a Igreja quer que preguemos de Santo António sobre o Evangelho, dê-nos outro. Vós estis sal terrae. É muito bom o texto para os outros santos doutores; mas para Santo António vem-lhe muito curto. Os outros santos doutores da Igreja foram sal da terra. Santo António foi sal da terra e foi sal do mar. Este é o assunto que eu tinha para tomar hoje. Mas há muitos dias que tenho metido no pensamento que nas festas dos santos é melhor pregar como eles, que pregar deles. Quanto mais que o são da minha doutrina, qualquer que ele seja, tem tido nesta terra uma fortuna tão parecida à de Santo António em Arimino, que é força segui-la em tudo. Muitas vezes vos tenho pregado nesta igreja, e noutras, de manhã e de tarde, de dia e de noite, sempre com doutrina muito clara, muito sólida, muito verdadeira, e a que mais neces-sária e importante é a esta terra, para emenda e reforma dos vícios que a corrompem. O fruto que tenho colhido desta doutrina, e se a terra tem tomado o sal, ou se tem tomado dele, vós o sabeis e eu por vós o sinto.

Isto suposto, quero hoje, à imitação de Santo António, voltar-me da terra ao mar e, já que os homens se não aproveitam, pregar aos peixes. O mar está tão perto que bem me ouvirão. Os demais podem deixar o sermão, pois não é para eles. Maria, quer dizer. Domina maris: “Senhora do mar”; e posto que o assunto seja tão desusado, espero que me não falte com a costumada graça. Ave Maria.

“Sermão de Santo António”, Padre António Vieira, in Sermão de Santo António e outros textos, Oficina do Livro, agosto de 2008

A

Nome Turma Data

› SEQUÊNCIA 2

TESTE DE AVALIAÇÃO FORMATIVA

Teste B

2

Grupo I

5 10 15 20 25 30 35

(18)

Responde com clareza e correção às seguintes perguntas.

1.Insere o excerto na obra a que pertence, atendendo à sua estrutura interna.

2.Expõe as razões da referência a Santo António neste passo do Sermão.

2.1.Apresenta três traços caracterizadores da figura referenciada, recorrendo à fundamentação textual.

3.Identifica, justificando, no segmento textual apresentado, as razões da pregação deste sermão do Padre António Vieira.

4.Procede ao levantamento de dois recursos expressivos, comentando a sua expressividade.

B

Num texto, entre oitenta e cento e trinta palavras, refere-te ao modo como as duas obrigações do sal se concretizam no Sermão de Santo António, de Padre António Vieira.

Grupo II

Lê, com atenção, o texto que se segue.

No espetáculo Payassu, fazemos uso das tecnologias de manipulação de imagem, promovendo a in-teração de figuras projetadas com o discurso de Vieira, o espaço cénico e as ações do ator, de uma forma absolutamente orgânica. Na gestão dos recursos narrativos, quer plásticos quer cénicos, evitámos a mera ilustração do sermão e a coincidência de signos, especialmente os concorrentes com as imagens sugeridas pelo texto, já de si muito rico e profuso. A relação entre a multimédia, o teatro e as artes plásticas desen-volveu-se pelo processo de identificação, incorporação e fusão de elementos expressivos, e não pela sua simples combinação sequencial.

Existe, ainda, na abordagem interpretativa do Sermão, uma questão importante: a oratória funciona como discurso direto, objetivo e frontal, procurando convencer o público, argumentando, provando, lançando reptos e propondo respostas. É um instrumento moralizador e edificante, no intuito de corri-gir/melhorar a humanidade. Esta característica, que em Vieira ultrapassa os recursos do contador de es-tórias, é comum a todos os que têm o ofício de sal — políticos, professores, legisladores, religiosos — e concentra a ação dramática do ator (construindo alguma dessas personagens) no exercício da pregação, na sua profunda e intensa oralidade. Em Payassu, o parateatral sobrepõe-se ao teatro, na perspetiva do público, que vê um pregador religioso. Mas o teatro esconde-se na oratória, pois não temos orador, temos ator; não temos sermão; temos teatro. Para mais, no Sermão de Santo António aos Peixes, existe outro jogo de metalinguagem, que confunde e complica este juízo de frontalidade: Vieira não prega aos homens, prega aos peixes para pregar aos homens. Um jogo de ilusão, um malabarismo dialético, tanto barroco como contemporâneo, um caminho tão válido hoje como ontem. Evidente é que tudo isso dificulta o trabalho do ator, que tem de percorrer um labirinto de olhares, insinuações, alternâncias e subtilezas, oscilando entre um público real e um mundo aquático virtual.

Payassu, o Verbo do Pai Grande (caderno de criação do espetáculo), Teatro de Formas Animadas de Vila do Conde (texto adaptado e com supressões)

5

10

15

(19)

1.Seleciona a opção correta.

1.1.De acordo com a informação do texto, o espetáculo Payassu...

a)oferece uma diversidade de recursos complementares ao discurso vieiriano.

b)é uma representação teatral em que o ator joga apenas com o discurso de P.eAntónio Vieira.

c)apresenta-se como a atualização da mensagem de P.eAntónio Vieira.

d)reveste-se de uma plasticidade surpreendente, de forma a superar a ausência do texto vieiriano.

1.2. Tanto no Sermão de Santo António aos Peixes, de P.eAntónio Vieira, como em Payassu, ...

a)a reação do público é imprescindível à atuação.

b)há pregação religiosa, pelo facto de ambos se assumirem como sermões.

c)verifica-se o recurso ao discurso indireto.

d)assiste-se a um jogo de linguagens.

1.3.O sujeito da oração “fazemos uso das tecnologias de manipulação de imagem” (linha 1) é...

a)nulo subentendido.

b)nulo indeterminado.

c)nulo expletivo.

d)simples.

1.4.O segmento “a interação de figuras projetadas com o discurso de Vieira, o espaço cénico e as ações do ator” (linhas 1-2) corresponde...

a)ao sujeito.

b)ao modificador.

c)ao complemento direto.

d)ao predicativo do sujeito.

1.5.Na expressão “quer plásticos quer cénicos” (linha 3), verifica-se uma relação de...

a)oposição.

b)alternância.

c)condição.

d)adição.

1.6.No segmento “todos os que têm o ofício de sal – políticos, professores, legisladores, religiosos” (linha 12), entre o primeiro sublinhado e o segundo destaca-se uma relação de...

a)meronímia-holonímia.

b)hiperonímia-hiponímia.

c)hiponímia-hiperonímia.

d)holonímia-meronímia.

1.7.A oração “que vê um pregador religioso” (linha 15) é uma...

a)oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

b)oração subordinada substantiva completiva.

c)oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

d)oração subordinada adverbial causal.

(20)

Grupo III

O significado de Herói tem sofrido algumas transformações ao longo dos tempos, nomeadamente com a massificação dos meios de comunicação social, misturando-se com a conceção de Ídolo.

Partindo da perspetiva exposta no excerto acima transcrito, apresenta uma reflexão, entre duzentas e trezentas e cinquenta palavras.

Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

2.Considera as seguintes frases.

a)“No espetáculo Payassu, fazemos uso das tecnologias de manipulação de imagem, promovendo a interação de figuras projetadas com o discurso de Vieira (…)” (linhas 1-2).

b) “Na gestão dos recursos narrativos, quer plásticos quer cénicos, evitámos a mera ilustração do sermão e a coincidência de signos, especialmente os concorrentes com as imagens sugeridas pelo texto, já de si muito rico e profuso.” (linhas 3-5).

c) “(…) concentra a ação dramática do ator (construindo alguma dessas personagens) no exercício da pregação (…)” (linha 13).

2.1.Reescreve a frase a), de forma a incluir-lhe uma oração subordinada adverbial final, fazendo as alterações necessárias.

2.2.Expande a frase b), incluindo-lhe uma oração subordinada adverbial causal.

2.3.Reescreve a frase c), substituindo o segmento sublinhado por uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

(21)

1Grandes castiçais para colocar as tochas ou as velas.

2Castiçais altos que terminam em lanterna, na parte superior, e que se colocam ao lado da cruz alçada nas procissões. 3Utensílios e alfaias necessários ao serviço divino, ao culto.

4Caixão.

5Irmandades, congregações, associações para fins religiosos.

6Sigla que Pilatos mandou colocar sobre a cruz de Jesus Cristo e que significa Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. 7Cadeiras de braços sem espaldar.

8Mesa que se coloca ao pé do altar para aí colocar as galhetas e outros acessórios da missa. Lê o texto seguinte.

Parte baixa do palácio de D. João de Portugal, comunicando, pela porta à esquerda do espetador com a capela da Senhora da Piedade na igreja de S. Paulo dos Domínicos de Almada: é um casarão sem ornato algum. Arrumadas às paredes, em diversos pontos, escadas, tocheiras1cruzes, ciriais2e outras alfaias e

guisamentos3de igreja, de uso conhecido. A um lado um esquife4dos que usam as confrarias5, do outro,

uma grande cruz negra de tábua com o letreiro J.N.R.J.6, e toalha pendente como se usa nas cerimónias

da semana santa, mais para a cena uma banca velha com dois ou três tamboretes7: a um lado, uma

to-cheira baixa, com tocha acesa e já bastante gasta: sobre a mesa, um castiçal de chumbo, de credência8,

baixo e com vela acesa também, e um hábito completo de religioso domínico, túnica, escapulário, rosário, cinto, etc. No fundo, porta que dá para as oficinas e aposentos que ocupam o resto dos baixos do palácio. É alta noite.

Manuel de Sousa, sentado num tamborete, ao pé da mesa, o rosto inclinado sobre o peito, os braços caídos e em completa prostração de espírito e de corpo; num tamborete, do outro lado, Jorge, meio en-costado para a mesa, com as mãos postas e os olhos pregados no irmão.

MANUEL — Oh! minha filha, minha filha! (Silêncio longo.) Desgraçada filha, que ficas órfã!... órfã de pai e de mãe... (Pausa.) e de família e de nome, que tudo perdeste hoje... (Levanta-se com violenta aflição.) A desgraçada nunca os teve. Oh! Jorge, que esta lembrança é que me mata, que me desespera! (Apertando a mão do irmão, que se levantou após dele e o está consolando do gesto.) É o castigo terrível do meu erro... se foi erro... crime sei que não foi. E sabe-o Deus, Jorge, e castigou-me assim, meu irmão. JORGE — Paciência, paciência: os seus juízos são imperscrutáveis (Acalma e faz sentir o irmão; tornam a ficar ambos como estavam.)

MANUEL — Mas eu em que mereci ser feito o homem mais infeliz da terra, posto de alvo à irrisão e ao discursar do vulgo?... Manuel de Sousa Coutinho, o filho de Lopo de Sousa Coutinho, o filho do nosso pai, Jorge!

JORGE — Tu chamas-te o homem mais infeliz da terra... Já te esqueceste que ainda está vivo aquele… Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Cena I

Nome Turma Data › SEQUÊNCIA 3

TESTE DE AVALIAÇÃO FORMATIVA

Teste A

3

Grupo I

5 10 15 20 25

A

(22)

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1.Faz a caracterização espácio-temporal, destacando o seu aspeto funesto.

2.Mostra de que modo o espaço contribui para o adensamento trágico da ação.

3.Manuel de Sousa mostra-se desesperado.

3.1.Evidencia de que forma essa aflição se manifesta.

3.2.Explicita a sua maior preocupação.

5

10

15

B

Comenta a afirmação a seguir apresentada, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, baseando-te nos conhecimentos que possuis sobre Frei Luís de Sousa.

Lê, agora, o seguinte texto.

O planeta poderá, em breve, tornar-se um lugar pouco reco-mendável para viver. Seremos mais, mas as nossas vidas serão mais difíceis, mesmo com a ajuda da tecnologia. Portugal sairá a ganhar, se souber aproveitar uma nova potência chamada África.

O mundo está a mudar. E mudará ainda mais até 2025. Em

muitos aspetos, ficará irreconhecível. Exemplos? O Ocidente entrará em declínio, a idade da reforma es-tender-se-á para além dos 70 anos, África será o continente mais jovem e populoso, o México destronará a China no mercado global e esta pode, até, atravessar uma recessão.

Um cenário por vezes apocalíptico é o que resulta da análise das tendências mundiais para 2025 tra-çadas pelo think-tank global Business Policy Council (GBPC), da consultora internacional A.T. Kearney. Dirigido pelo historiador e jornalista Martin Walker, o estudo, a que a Visão teve acesso, levanta-nos a dúvida de saber se, em 2025, o mundo será um lugar melhor para viver. À primeira vista, a resposta é ne-gativa. A crise financeira de 2008 tarda a dar tréguas, os países ocidentais estão em recessão ou registam crescimentos anémicos, os preços das matérias-primas não param de subir, os recursos naturais escas-seiam e as alterações climáticas ameaçam o ecossistema.

Mas Walker, o autor do estudo, acredita que estamos a tempo de evitar o pior: “O mundo poderá ser um lugar melhor, se alguma tecnologia mais recente vier a ser adotada”. Apesar das dificuldades que se anteveem para 2025, o autor do estudo não hesita em escolher a Europa como a melhor região para viver, “desde que a idade da reforma seja atrasada e o sistema de pensões e as universidades reformados”. (…)

in Visão, n.º 930, 30 de dezembro de 2010 (com supressões) Por Clara Teixeira

Grupo II

Almeida Garrett afirma na “Memória ao Conservatório Real” que se contenta com a designação de drama para a sua obra, reconhecendo, todavia, que, “se na forma desmerece da categoria

(23)

1.Seleciona, em cada um dos itens, a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1.No segmento textual “pouco recomendável para viver “(linhas 1-2), a palavra sublinhada introduz uma oração subordinada adverbial…

a)final.

b)consecutiva.

c)concessiva.

d)condicional.

1.2.O conector sublinhado na frase “as nossas vidas serão mais difíceis, mesmo com a ajuda da tecnologia.” (linhas 2-3) introduz no discurso uma ideia que…

a)é uma consequência da anteriormente expressa.

b)é a causa da anteriormente expressa.

c)funciona como concessão à ideia anteriormente expressa.

d)é impossível de realizar.

1.3.Na frase “Em muitos aspetos, ficará irreconhecível.” (linhas 5-6), a palavra sublinhada desempenha a função sintática de…

a)complemento direto.

b)sujeito.

c)predicativo do complemento direto.

d)predicativo do sujeito.

1.4.O constituinte destacado em “e esta pode, até, atravessar uma recessão” (linha 8) pode ser substi-tuído por...

a)desenvolvimento.

b)progresso.

c)retrocesso.

d)aumento.

1.5.O adjetivo sublinhado em “África será o continente mais jovem...” (linha 7) encontra-se no grau...

a)normal.

b)comparativo de superioridade.

c)superlativo absoluto sintético.

d)superlativo relativo de superioridade.

1.6.O segmento sublinhado em “Dirigido pelo historiador e jornalista Martin Walker, o estudo…” (linha 11) desempenha a função sintática de...

a)sujeito.

b)complemento agente da passiva.

c)complemento direto.

d)complemento indireto.

(24)

COLUNA A COLUNA B 2.1.Com a utilização do complexo

verbal em “O planeta poderá, em breve, tornar-se um lugar” (linha 1), ...

2.2.Ao utilizar a conjunção “se” na frase “se souber aproveitar uma nova potência…” (linha 4), ...

2.3.Com a utilização do pronome relativo em “é o que resulta da análise das tendências” (linha 9), ...

2.4.Na expressão “acredita que estamos a tempo de evitar o pior” (linha 16), ...

2.5.Com o uso da locução subordinativa “Apesar das” (linha 17), ...

a)o enunciador socorre-se de uma conjunção completiva.

b)o enunciador utiliza um mecanismo de coesão referencial.

c)o enunciador faz depender a concretização da ação de uma condição.

d)o enunciador utiliza a modalidade deôntica com valor de proibição.

e)o enunciador socorre-se de um verbo modal para apresentar uma possibilidade.

f)o enunciador apresenta uma situação que se realizará no futuro.

g)o enunciador introduz uma conexão concessiva. h)o enunciador utiliza um marcador discursivo com

valor consecutivo.

Tendo presente a sociedade tua contemporânea e o seu comportamento perante o planeta Terra, apresenta uma reflexão sobre este tema.

Redige um texto expositivo-argumentativo, com duzentas a trezentas palavras, onde fundamen-tes o teu ponto de vista com dois argumentos e com, pelo menos, um exemplo significativo.

Grupo III

1.7.A utilização das aspas em “O mundo poderá ser um lugar melhor, se alguma tecnologia mais recente vier a ser adotada.” (linhas 16-17) justifica-se por se tratar…

a)de uma frase em discurso direto.

b)da opinião da autora do texto.

c)da previsão de um acontecimento.

d)de uma frase condicional.

2.Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna Aum elemento da coluna B, de modo a obteres afirmações verdadeiras.

O planeta sofre, todos os dias, diferentes tipos de agressões. Se quisermos continuar a habitá-lo, de forma confortável, devemos preservá-lo através de comportamentos equilibrados.

(25)

Lê, atentamente, a cena seguinte.

MADALENA — Jorge, meu irmão, meu bom Jorge, vós, que sóis tão prudente e refletido, não dais nenhum peso às minhas dúvidas?

JORGE — Tomara eu ser tão feliz que pudesse, querida irmã. MADALENA — Pois entendeis?...

MANUEL — Madalena… senhora! Todas estas coisas são já indignas de nós. Até ontem, a nossa desculpa, para com Deus e para com os homens, estava na boa fé e seguridade de nossas consciências. Essa acabou. Para nós já não há senão estas mortalhas (Tomando os hábitos de cima da banca) e a sepultura de um claustro. A resolução que tomámos é a única possível; e já não há que voltar atrás… Ainda ontem, falávamos dos condes de Vimioso… Quem nos diria… oh, incompreensíveis mistérios de Deus… Ânimo, e ponhamos os olhos naquela cruz! Pela última vez, Madalena… pela derradeira vez neste mundo, querida… (Vai para a abraçar e recua). Adeus, adeus! (foge precipitadamente pela porta da esquerda).

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa MADALENA, MANUEL DE SOUSA, JORGE

Apresenta, de forma completa e bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem.

1.Insere, justificadamente, a cena selecionada ao nível da estrutura interna da obra a que pertence.

2.D. Madalena ainda manifesta uma réstia de esperança.

2.1.Explica de que modo.

3.Uma vez mais, Manuel de Sousa mostra-se mais racional do que D. Madalena.

3.1.Indica de que forma se manifesta essa racionalidade.

3.2.Justifica, explicitando, a réplica de Manuel de Sousa: “Até ontem, a nossa desculpa, para com Deus e para com os homens, estava na boa fé e seguridade de nossas consciências.” (linhas 7-8)

Redige um texto de oitenta a cento e trinta palavras, no qual confirmes a veracidade da afirmação, fazendo referência aos aspetos simbólicos associados quer à ação quer às personagens.

Cena I

5

10

B

Nome Turma Data › SEQUÊNCIA 3

TESTE DE AVALIAÇÃO FORMATIVA

Teste B

3

Grupo I

A

Em Frei Luís de Sousa há vários elementos carregados de valor simbólico, alguns apontando o desenrolar da ação, outros pressagiando a desgraça das personagens.

(26)

Grupo II

Lê, agora, a introdução de uma entrevista à viúva de José Saramago.

13.11.2010 - 15:24 Por Isabel Coutinho, em São Paulo A viúva de José Saramago, a tradutora e jornalista espanhola Pilar del Río, não para. Dá-nos uma lição sobre o que fazer quando a morte nos es-traga a vida.

Novembro é o mês de José Saramago. Numa entrevista à Visão, em 2005, o Prémio Nobel da Literatura 1998 contou que a determinada altura da sua vida foi “à procura da grande biblioteca, as Galveias, que não seria tão grande assim, mas para (ele) era o mundo”.

Na próxima terça-feira, dia em que o escritor português faria 88 anos, é atribuído o nome “Sala José Saramago” à principal sala da Biblioteca Municipal Palácio Galveias, em Lisboa. No dia anterior é lançado o livro José Saramago nas Suas Palavras, com organização e seleção do espanhol Fernando Gómez Aguilera (Ed. Caminho) e a 18 de novembro, no Palácio Galveias, realiza-se uma leitura da tradução de José Sara-mago do romance Anna Karenina, na iniciativa León Tolstoi e José SaraSara-mago - Dois Aniversários. Nessa noite, no Lux-Frágil, há o concerto de apresentação da banda sonora do filmeJosé e Pilar, de Miguel

Gon-çalves Mendes, que se estreia também neste dia nas salas de cinema portuguesas.

Pilar del Río estará em Lisboa na próxima semana, mas em São Paulo, na cerimónia do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2010, onde o seu marido foi homenageado, falou com o P2 sobre os novos projetos da Fundação José Saramago, de que é presidente. A casa de ambos em Lanzarote irá funcionar como casa-museu com “cheiro a café português” e terá uma residência para escritores seniores. Lição sobre o que fazer quando a morte nos estraga a vida.

in www.publico.pt

1.Seleciona, em cada um dos itens, a opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1.O texto anterior põe em destaque…

a)algumas das iniciativas de José Saramago.

b)a ação de Pilar del Río após a morte do marido.

c)as comemorações da morte de Saramago.

d)o aniversário de José Saramago.

1.2.O Nobel português faria 88 anos…

a)na próxima terça-feira.

b)no dia 24 de novembro de 2010.

c)no dia 17 de novembro de 2010.

d)em novembro de 2005.

1.3.A atribuição do nome de Saramago a uma sala da biblioteca de Galveias precederá…

a)o lançamento do livro José Saramago nas Suas Palavras.

b)a leitura da tradução saramaguiana de Anna Karenina.

c)a apresentação da banda sonora do filme José e Pilar.

d)a estreia do filme José e Pilar nas salas de cinema portuguesas. 5

10

(27)

1.4.Entre os novos projetos de Pilar del Río, conta-se…

a)a abertura da fundação José Saramago.

b)a transformação da casa de Lanzarote num museu.

c)a receção de novos escritores em Lanzarote.

d)a organização da homenagem ao marido em S. Paulo.

1.5.No primeiro período do texto, verifica-se…

a)o emprego de um sujeito nulo subentendido.

b)a inexistência de tempos verbais.

c)o recurso a um verbo transitivo direto.

d)a utilização de um modificador apositivo.

1.6.A oração subordinada adverbial temporal “quando a morte nos estraga a vida” (linhas 2-3) apresenta…

a)complemento direto e indireto.

b)complemento oblíquo e sujeito.

c)predicado e predicativo do complemento direto.

d)predicado e predicativo do sujeito.

1.7.A oração “que a determinada altura da sua vida foi, “à procura da grande biblioteca…” (linhas 5-6) classifica-se como…

a)subordinada adjetiva relativa.

b)subordinada adverbial final.

c)subordinada substantiva relativa.

d)subordinada substantiva completiva.

2.Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna Aum elemento da coluna B, de modo a obteres afirmações verdadeiras.

COLUNA A COLUNA B 2.1.No segmento “A viúva de José

Saramago” (linha 1), ... 2.2.Na forma verbal utilizada em

“era o mundo” (linha 7), ... 2.3.Com a oração “que não seria

tão grande assim” (linhas 6-7), ... 2.4.Em “Dois Aniversários” (linha 12), ... 2.5.Em “banda sonora” (linha 13), ...

a)o enunciador fornece a explicitação de uma ideia. b)o enunciador socorre-se de um verbo transitivo

indireto.

c)o enunciador serve-se de um adjetivo relacional. d)o enunciador apresenta o sujeito do primeiro período

do texto.

e)o enunciador emprega um advérbio conectivo. f)o enunciador utiliza um quantificador numeral. g)o enunciador recorre a um verbo copulativo.

A partir da leitura do texto apresentado no Grupo II, é possível perceber a importância que a literatura e leitura têm em qualquer sociedade. Contudo, os livros não são a única fonte de informação.

Partindo das afirmações anteriores, redige um texto de opinião, com duzentas a trezentas palavras, onde fundamentes o teu ponto de vista com dois argumentos e com, pelo menos, um exemplo significativo.

Grupo III

(28)

Nome Turma Data › SEQUÊNCIA 4 - Os Maias

4

Grupo I

Lê o texto seguinte. 5 10 15 20 25 30 35

— Quanto ganha você? exclamou Teles da Gama, assombrado.

Carlos não sabia. No fundo do chapéu já reluzia ouro. Teles contou, com o olho brilhante. — Você ganha doze libras! disse ele maravilhado, e olhando Carlos com respeito.

Doze libras! Esta soma espalhou-se em redor, num rumor de espanto. Doze libras! Em baixo os amigos de Darque, agitando os chapéus, davam ainda hurras. Mas uma indiferença, um tédio lento, ia pesando outra vez, desconsoladoramente. Os rapazes vinham-se deixar cair nas cadeiras, bocejando, com um ar exausto. A música, desanimada também, tocava coisas plangentes da “Norma”.

Carlos, no entanto, num degrau da tribuna, com a ideia de descobrir o Dâmaso, sondava de binóculo o recinto das carruagens. A gente, agora, ia dispersando pela colina. As senhoras tinham retomado a imo-bilidade melancólica, no fundo das caleches, de mãos no regaço. Aqui e além um dog-cart, mal arranjado, dava um trote curto pela relva. Numa vitória estavam as duas espanholas do Euzebiosinho, a Concha e a Carmen, de sombrinhas escarlates. E sujeitos, de mãos atrás das costas, pasmavam para um char-à-bancs a quatro atrelado à Daumont onde, entre uma família triste, uma ama de lenço de lavradeira dava de mamar a uma criança cheia de rendas. Dois garotos esganiçados passeavam bilhas de água fresca.

Carlos descia da tribuna, sem ter descoberto o Dâmaso — quando deu justamente de frente com ele, dirigindo-se para a escada, afoguedado, flamante, na sua sobrecasaca branca. (…)

— Escuta lá homem, tenho que te dizer... Então, essa visita aos Olivais?... Nunca mais apareceste... tínhamos combinado que fosses convidar o Castro Gomes, que viesses dar a resposta... Não vens, não mandas... O Craft à espera... Enfim um procedimento de selvagem.

Dâmaso atirou os braços ao ar. Então Carlos não sabia? Havia grandes novidades! Ele não voltara ao Ramalhete, como estava combinado, porque o Carlos Gomes não podia ir aos Olivais. Ia partir para o Brasil. Já partira mesmo, na quarta-feira. A coisa mais extraordinária... Ele chega lá, para fazer o convite, e Sua Excelência declara-lhe que sente muito, mas que parte no dia seguinte para o Rio... E já de mala feita, já alugada uma casa para a mulher ficar aqui à espera três meses, já a passagem no bolso. Tudo de repente, feito de sábado para segunda-feira... Telhudo, aquele Castro Gomes.

— E lá partiu, exclamou ele, voltando-se a cumprimentar a viscondessa de Alvim e Joaninha Vilar que desciam das tribunas. Lá partiu, e ela já está instalada. Até já antes de ontem a fui visitar, mas não estava em casa... Sabes do que tenho medo? É que ela, nestes primeiros tempos, por causa da vizinhança, como está só, não queira que eu lá vá muito... Que te parece?

— Talvez... E onde mora ela?

Em quatro palavras, Dâmaso explicou a instalação de madame. Era muito engraçado, morava no pré-dio do Cruges! A mamã Cruges, havia já anos, alugava aquele primeiro andar mobilado: o inverno passado estivera lá o Bertoni, o tenor, com a família. Casa bem arranjada, o Castro Gomes tinha tido dedo...

— E para mim, muito cómodo, ali ao pé do Grémio... Então não voltas cá acima, a cavaquear com o femeaço? Até logo... Está hoje chic a valer a Gouvarinho! E está a pedir homem! Good-bye.

Eça de Queirós, Os Maias, 28.ª edição, s/data, Ed. Livros do Brasil, Lisboa

(29)

Em Os Maias, o velho Guimarães assume o papel de mensageiro da desgraça, desenterra o passado revelando os laços de parentesco entre Carlos e Maria Eduarda, o que, inevitavelmente, conduzirá

ao fim trágico de várias personagens.

5

10

15

20

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1.Insere este excerto na obra.

2.Caracteriza o ambiente em que decorre a ação narrada.

3.Explica a urgência de Carlos em encontrar Dâmaso.

4.Infere da simbologia da vitória de Carlos nas apostas das corridas de cavalos.

B

Num texto coerente, entre oitenta e cento e trinta palavras, comenta a afirmação supracitada.

Lê, com atenção, o texto que se segue.

A simples leitura do título e do subtítulo da obra – Os Maias – Episódios da vida romântica – situa-nos num tempo, um tempo vago, o tempo da vida romântica, mas um tempo coletivo, no qual se move uma família. E o facto de o narrador qualificar este tempo coletivo de romântico é desde logo uma sugestão de leitura do Portugal seu contemporâneo. (…) E ao longo destes episódios, vamo-nos dando conta de que, apesar da passagem do tempo, apesar de algumas modificações introduzidas pela civilização, tão apre-ciadas, talvez desde diferentes pontos de vista, por Dâmaso ou Gouvarinho quanto odiadas por Alencar, o mundo em que se move a aristocracia e a alta burguesia lisboetas nos finais da década de 70 é substan-cialmente idêntico àquele em que se moveu Pedro da Maia ou até o velho Afonso. Isto torna-se por de mais evidente quando, em 1887, dez anos volvidos sobre o fim trágico da ação, que se situa entre outubro de 1875 e o fim do ano de 1876, Carlos, regressando da sua segunda viagem pelo mundo, encontra Lisboa imutável e constata que “Nada mudara.” (…) Parece que o tempo coletivo de há muito se encontra sus-penso, o que aliás é simbolicamente transmitido por aquela “sentinela sonolenta”, talvez mesmo ador-mecida, (…) “em torno à estátua triste de Camões”.

Jacinto do Prado Coelho considera que este tempo coletivo é um tempo “parado, estagnado, um tempo fora do tempo”, um tempo “coletivo, português” que contrasta com o tempo da ação em que Carlos é envolvido. Aí há progressão, há peripécias, “No tempo coletivo não há princípio, meio e fim: nada acontece. Imobilismo versus dinamismo”.

Cremos que esta oposição imobilismo/dinamismo pode funcionar como uma importante pista de leitura do romance, dirigindo uma outra, morte/vida. Com efeito é este imobilismo, este tempo parado, que naturalmente o leitor só vai apreendendo como tempo português à medida que avança na leitura do romance, que, envolvendo tudo e todos e abafando qualquer vento inovador, acaba por comandar a desilusão. (…) E é curioso notarmos desde já que tudo o que perturbe, de qualquer forma, tal imobilismo em que o universo português está envolto vem do exterior, é estrangeiro.

Isabel Pires de Lima in As Máscaras do Desengano – Para uma Abordagem Sociológica de “Os Maias” de Eça de Queirós, Ed. Caminho, Lisboa (1987: 55-56).

Grupo II

(30)

1.Seleciona, em cada um dos itens, a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1.Entre “título” e “obra” (linha 1), verifica-se uma relação de...

a)holonímia-meronímia.

b) hiperonímia-hiponímia.

c) hiponímia-hiperonímia.

d) meronímia-holonímia.

1.2.O sujeito do predicado “(…) situa-nos num tempo (…)” (linhas 1-2) é...

a) nulo subentendido.

b) simples.

c) composto.

d) nulo indeterminado.

1.3.Em “(…) apesar da passagem do tempo (…)” (linha 5) , com o articulador utilizado, depreende-se uma ideia de...

a) alternância.

b) tempo.

c) concessão.

d) condição.

1.4.Em “(…) Carlos, (…) constata que “Nada mudara.” (linhas 10-11), a palavra sublinhada é...

a) um pronome relativo.

b) uma conjunção subordinativa completiva.

c) uma conjunção subordinativa consecutiva.

d) uma conjunção subordinativa condicional.

1.5.O segmento textual sublinhado em “(…) este tempo coletivo é um tempo “parado, estagnado, um tempo fora do tempo” (…)” (linhas 14-15) corresponde ao...

a) complemento direto.

b) complemento agente da passiva.

c) predicativo do sujeito.

d) complemento indireto.

1.6.Em “dirigindo uma outra, morte/vida” (linha 19) , os termos sublinhados mantêm entre si uma re-lação de...

a) oposição contraditória.

b) oposição conversa.

c) inclusão.

(31)

1.7.Na frase “E é curioso notarmos desde já que tudo o que perturbe, de qualquer forma, (…)” (linha 22), a palavra sublinhada é um...

a) determinante.

b) pronome pessoal.

c) pronome demonstrativo.

d) pronome possessivo.

2.Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna Aum elemento da coluna B, de modo a obteres afirmações verdadeiras.

COLUNA A COLUNA B

2.1.No segmento “é desde logo uma sugestão de leitura” (linhas 3-4), …

2.2.No segmento “tão apreciadas” (linhas 5-6), … através do recurso ao termo sublinhado, …

2.3.No segmento “em torno à estátua triste de Camões”. (linha 13), …

2.4.Através do recurso ao complexo verbal “pode funcionar como” (linha 18), …

2.5.No segmento “tudo o que perturbe” (linha 22), …

a)o enunciador pretende estabelecer uma comparação.

b) o enunciador recorre a um verbo copulativo.

c) o enunciador apresenta a situação como possível.

d) o enunciador recorre a um verbo transitivo predicativo.

e) o enunciador recorre a um verbo no imperativo.

f) o enunciador pretende marcar a intensidade.

g) o enunciador recorre a um verbo presente do conjuntivo.

h) o enunciador recorre à hipálage.

Partindo das interrogações do excerto, redige um texto de opinião, com duzentas a trezentas pa-lavras, onde fundamentes o teu ponto de vista com dois argumentos e com, pelo menos, um exemplo significativo.

Grupo III

› Outros Percursos... pelos Textos Narrativos/Descritivos

“Afinal o que é estudar? Ir à escola? Ficar sentado a ouvir o professor, ler atentamente um livro? Fazer os trabalhos de casa? Na verdade é tudo isto e também observar o ambiente, as pessoas e o mundo à nossa volta.”

(32)

Nome Turma Data › SEQUÊNCIA 4 - Os Maias

4

Grupo I

A

5 10 15 20 25 30 35

Os velhos amigos de Afonso da Maia que vinham fazer o seu whist a Benfica, sobretudo o Vilaça, o administrador dos Maias, muito zeloso da dignidade da casa, não tardaram em lhe trazer a nova daqueles amores do Pedrinho. Afonso já os suspeitava: via todos os dias um criado da quinta partir com um grande ramo das melhores camélias do jardim; todas as manhãs cedo encontrava no corredor o escudeiro, diri-gindo-se ao quarto do menino, a cheirar regaladamente o perfume dum envelope com sinete de lacre dourado; — e não lhe desagradava que um sentimento qualquer, humano e forte, lhe fosse arrancando o filho à estroinice bulhenta, ao jogo, às melancolias sem razão em que reaparecia o negro ripanço...

Mas ignorava o nome, a existência sequer dos Monfortes; e as particularidades que os amigos lhe re-velaram, aquela facada nos Açores, o chicote de feitor na Virgínia, o brigue Nova Linda, toda a sinistra legenda do velho contrariou muito Afonso da Maia.

Uma noite que o coronel Sequeira, à mesa do whist, contava que vira Maria Monforte e Pedro passeando a cavalo, “ambos muito bem e muito distingués”, Afonso, depois dum silêncio, disse com um ar enfastiado: — Enfim, todos os rapazes têm as suas amantes... Os costumes são assim, a vida é assim, e seria absurdo querer reprimir tais coisas. Mas essa mulher, com um pai desses, mesmo para amante acho má. (…)

No verão, Pedro partiu para Sintra; Afonso soube que os Monfortes tinham lá alugado uma casa. Dias depois o Vilaça apareceu em Benfica, muito preocupado: na véspera Pedro visitara-o no cartório, pe-dira-lhe informações sobre as suas propriedades, sobre o meio de levantar dinheiro. Ele lá lhe dissera que em setembro, chegando à sua maioridade, tinha a legítima da mamã...

— Mas não gostei disto, meu senhor, não gostei disto...

— E porquê, Vilaça? O rapaz quererá dinheiro, quererá dar presentes à criatura... O amor é um luxo caro, Vilaça.

— Deus queira que seja isso, meu senhor, Deus o ouça!

E aquela confiança tão nobre de Afonso da Maia no orgulho patrício, nos brios de raça de seu filho, chegava a tranquilizar Vilaça.

Daí a dias, Afonso da Maia viu enfim Maria Monforte. Tinha jantado na quinta do Sequeira ao pé de Queluz, e tomavam ambos o seu café no mirante, quando entrou pelo caminho estreito que seguia o muro a caleche azul com os cavalos cobertos de redes. Maria, abrigada sob uma sombrinha escarlate, trazia um vestido cor-de-rosa cuja roda, toda em folhos, quase cobria os joelhos de Pedro sentado ao seu lado: as fitas do seu chapéu, apertadas num grande laço que lhe enchia o peito, eram também cor-de-rosa: e a sua face, grave e pura como um mármore grego, aparecia realmente adorável, iluminada pelos olhos dum azul sombrio, entre aqueles tons rosados. No assento defronte, quase todo tomado por cartões de modista, encolhia-se o Monforte, de grande chapéu panamá, calça de ganga, o mantelete da filha no braço, o guarda-sol entre os joelhos. Iam calados, não viram o mirante; e, no caminho verde e fresco, a caleche passou com balanços lentos, sob os ramos que roçavam a sombrinha de Maria. O Sequeira ficara com a chávena de café junto aos lábios, de olho esgazeado, murmurando:

— Caramba! É bonita!

Afonso não respondeu: olhava cabisbaixo aquela sombrinha escarlate, que agora se inclinava sobre Pedro, quase o escondia, parecia envolvê-lo todo - como uma larga mancha de sangue alastrando a ca-leche sob o verde triste das ramas.

Eça de Queirós, Os Maias, 28.ª edição, s/data, Ed. Livros do Brasil, Lisboa

Referências

Documentos relacionados

Criador: ROBERTO DINIZ JUNQUEIRA FILHO ORLÂNDIA - SP. Expositor: ROBERTO DINIZ JUNQUEIRA FILHO ORLÂNDIA

Decreto nº 20.889, de 04/01/21, reitera o estado de calamidade pública e consolida as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância

Northern Dancer South Ocean Secretariat Crimson Saint Red God Runaway Bride Raja Baba Away Northern Dancer Special Le Fabuleux Native Partner Cannonade Cold Hearted Pretense Red

o Para este dia, o candidato deverá ter realizado o seu cadastro no Moodle UFBA, conforme instruções do item 05 do Edital “Inscrição na Plataforma Moodle”, acessar

O fenômeno Air Brooklin repete o seu antecessor em diversos níveis: primeiramente, por ser um projeto objetivamente muito volumoso, que acaba atravessando todas as

lo, a da Bahia, a do Rio de Janeiro, a do Pará, as be- neficencias, os institutos varios, que o coraçâo muito grande dos portuguezes espalhou por todo esse Brasil colonial, que

ACRUX - REPASSE PRESTAÇÕES RECEBIDAS (CARTEIRA ADQUIRIDA DO BMG) REPASSE PRESTAÇÕES RECEBIDAS Repasses Relativos à Carteira de Consignado 30.000,00..

 Para os agentes físicos: ruído, calor, radiações ionizantes, condições hiperbáricas, não ionizantes, vibração, frio, e umidade, sendo os mesmos avaliados