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Com o sublinhado na frase “e o senso comum costuma

No documento Outros Percursos 11º Ano (páginas 35-39)

COLUNA A COLUNA B 2.1 No segmento “A viúva de José

2.5. Com o sublinhado na frase “e o senso comum costuma

situar-se entre estas duas teorias” (linha 24), …

a)o enunciador marca a temporalidade da ação.

b)o enunciador introduz no discurso a ideia de finalidade.

c)o enunciador serve-se de uma enumeração.

d)o enunciador expressa um modificador restrito do nome.

e)o enunciador serve-se de um complexo verbal que indica obrigação de realização da ação .

f)o enunciador serve-se de um verbo auxiliar modal com valor de possibilidade.

g)o enunciador recorre a uma frase que representa a modalidade deôntica.

h)o enunciador apresenta a situação como obrigatória.

Partindo da perspetiva acima exposta, apresenta uma reflexão sobre este tema.

Redige um texto expositivo-argumentativo, com duzentas a trezentas palavras, onde fundamentes o teu ponto de vista com dois argumentos e com, pelo menos, um exemplo significativo.

Grupo III

› Outros Percursos... pelos Textos Narrativos/Descritivos

Os últimos estudos sobre a fórmula do êxito revelam que existe, para além do talento pessoal, da perseverança, do otimismo ou mesmo dos genes herdados, um elemento que age na sombra e que se revela determinante: a sorte.

Nome Turma Data › SEQUÊNCIA 4 - O Primo Basílio

4

5 10 15 20 25

Luísa olhava, calada. A multidão crescera. Nas ruas laterais, mais espaçosas, frescas, passeavam ape- nas, sob a penumbra das árvores, os acanhados, as pessoas de luto, os que tinham o fato coçado. Toda a burguesia domingueira viera amontoar-se na rua do meio, no corredor formado pelas filas cerradas das cadeiras do asilo: e ali se movia entalada, com a lentidão espessa de uma massa mal derretida, arrastando os pés, raspando o macadame, num amarfanhamento plebeu, a garganta seca, os braços moles, a palavra rara. Iam, vinham, incessantemente, para cima e para baixo, com um bamboleamento relaxado e um rumor grosso, sem alegria e sem bonomia, no arrebatamento passivo que agrada às massas mandrionas: no meio da abundância das luzes e das festividades da música, um tédio morno circulava, penetrava como uma névoa; a poeirada fina envolvia as figuras, dava-lhes um tom neutro; e nos rostos que passavam sob os candeeiros, nas zonas mais diretas de luz, viam-se desconsolações de fadiga e aborrecimentos de dia santo.

Defronte, as casas da Rua Ocidental tinham na sua fachada o reflexo claro das luzes do Passeio; algumas janelas estavam abertas; as cortinas de fazenda escura destacavam sobre a claridade interior dos candeeiros. Luísa sentia como uma saudade de outras noites de verão, de serões recolhidos. Onde? Não se lembrava. O movimento então retraía-a; e encontrava em face, fitando-a numa atitude lúgubre, o sujeito da pera longa. Debaixo do véu sentia a poeira arder-lhe nos olhos: em redor dela gente bocejava. D. Felicidade propôs uma volta. Levantaram-se, foram rompendo devagar; as fileiras das cadeiras apertavam-se compactamente, e uma infinidade de faces a que a luz do gás dava o mesmo tom amarelado olhavam de um modo fixo e cansado, num abatimento de pasmaceira. Aquele aspeto irritou Basílio, e como era difícil andar lembrou – “que se fossem daquela sensaboria”.

Saíram. Enquanto ele ia comprar os bilhetes, D. Felicidade, deixando-se quase cair num banco sob a folhagem de um chorão, exclamou aflita:

- Ai, filha! Estou que arrebento!

Passava a mão no estômago, tinha a face envelhecida.

- E o Conselheiro, que me dizes? Olha que já é pouca sorte! Hoje que eu vim ao Passeio…

Eça de Queirós,O Primo Basílio (cap. IV), Ed. Livros do Brasil, Lisboa

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1.Apresenta três traços caracterizadores do ambiente descrito no excerto.

2.Identifica os elementos textuais que remetem para a época histórica que serve de pano de fundo a esta obra queirosiana.

3.Explicita o modo como as três personagens do romance presentes neste excerto se inserem no ambiente descrito.

4.Identifica um exemplo de hipálage e comenta o seu valor expressivo.

Lê, com atenção, o texto que se segue.

A

Grupo I

5 10 15 20 25 30

Grupo II

Lê, atentamente, o excerto.

A valorização da família irá conduzir a alguns avanços na condição social da mulher, sobretudo no que respeita à sua instrução. E, embora se esteja longe do otimismo manifestado por Victor Hugo – que, em meados do século, vaticinava que, se “o século XVIII foi o século dos direitos do homem, o século XIX será o dos direitos da mulher” -, registaram-se alguns progressos neste domínio.

De acordo com princípios tradicionais, a educação reservada às raparigas destinava-se a convertê-las em mulheres ociosas, sinal de prosperidade e de êxito material dos respetivos esposos.

Considerava-se axiomático que a função social da mulher era a de ser esposa e mãe, e que para desempenhar esse papel necessitava sobretudo de valores morais e sentimentais. Nesta linha de domes- ticidade, o conteúdo intelectual da educação feminina era praticamente nulo. Saber ler, escrever e contar, ter alguns rudimentos de línguas vivas, em especial francês, doutrina cristã, princípio e regras de civili- dade e uma aprendizagem apurada das “prendas próprias do sexo feminino”, em particular dos trabalhos de agulha, constituía a essência de um ensino que não se destinava a formar literatas, mas a preparar as raparigas para as nobres funções de esposa e mãe de família, sabendo receber e dirigir uma casa.

Ora, a Regeneração irá imprimir algumas alterações neste modelo educacional. A necessidade de recuperar o atraso que nos separava dos países mais cultos e civilizados, que promoviam a educação da mulher, e o reconhecimento de que a instrução feminina era um contributo indispensável ao projeto de modernização do País fizeram-na avançar.

Neste período de triunfo do capitalismo, em que se afirmavam em todos os domínios as noções de rentabilidade, eficácia e utilidade social dos indivíduos relativamente à sociedade, a mulher não podia ficar alheia. As suas funções tradicionais como esposa e mãe, sobretudo como educadora da primeira infância, tendem a ser valorizadas. (…)

Mas, para além da valorização da família, assumia ainda particular relevância no quadro dos valores burgueses a importância dada às regras de etiqueta e às boas maneiras. Estas noções de civilidade visavam proporcionar o prestígio e o luzimento que a aquisição de um título só por si não conferia. Porém, ao criar novos valores, adoptará uma característica “revolucionária” relativamente aos hábitos da antiga nobreza. Nesta medida, a compostura e o porte ou, como se diz atualmente, a linguagem corporal, foram objeto de um discurso normativo no que concerne aos cuidados de higiene, ao vestuário e adornos, ao modo de andar e de falar. Recomendava-se a reserva e o comedimento. O porte deveria ser sério e grave, de modo a conquistar a aprovação dos outros, os gestos comedidos. Não se deveria falar alto ou gesticular e, por outro lado, deveria evitar-se tudo o que pudesse chamar a atenção para o corpo, que era proscrito do código das boas maneiras: abafava-se a tosse, escondiam-se os bocejos. O mesmo era válido para as efusões de riso ou de choro, “vulgares” e comuns entre “gente sem qualidade”.

José Mattoso (Dir.), História de Portugal, vol. V, Editorial Estampa (texto adaptado e com supressões)

B

Em O Primo Basílio, a aventura romântica de Luísa, despida de qualquer romantismo, foi objeto de uma análise naturalista, método adotado por Eça de Queirós como forma de traçar um quadro

crítico da sociedade portuguesa.

Comenta a frase supracitada, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, fundamentando-te no romance O Primo Basílio, de Eça de Queirós.

1.Seleciona, em cada um dos itens, a única alternativa que permite obter uma afirmação correta, de acordo com as afirmações do texto.

1.1.Assistiu-se a uma evolução no que diz respeito à condição social feminina...

a) em meados do século XVIII.

b) porque Victor Hugo assim o vaticinou.

c) aquando da proclamação dos direitos humanos.

d) motivada pela política nacional da Regeneração.

1.2.Os novos hábitos burgueses...

a) sentiram-se exclusivamente no seio das famílias.

b) implicavam comportamentos de recato e moderação.

c) prendiam-se essencialmente com valores nobiliárquicos.

d) implicavam uma participação mais ativa da mulher, tanto na esfera social como na política.

1.3.A palavra sublinhada em “registaram-se alguns progressos neste domínio.” (linha 4) é...

a) um “se” passivo.

b) um pronome pessoal reflexo.

c) um pronome pessoal recíproco.

d) uma conjunção subordinativa condicional.

1.4.A forma verbal “convertê-las” (linha 5) encontra-se no...

a) presente do indicativo.

b) imperativo.

c) presente do conjuntivo.

d) infinitivo.

1.5.Na frase “Considerava-se axiomático que a função social da mulher era a de ser esposa e mãe, e que para desempenhar esse papel necessitava sobretudo de valores morais e sentimentais.” (linhas 7-8), as palavras destacadas são...

a) pronomes relativos.

b) conjunções subordinativas causais.

c) conjunções subordinativas completivas.

d) conjunções subordinativas consecutivas.

1.6.O segmento sublinhado na frase “o conteúdo intelectual da educação feminina era praticamente nulo.” (linha 9) corresponde ao...

a) sujeito.

b) predicativo do sujeito.

c) complemento direto.

1.7.A forma verbal do predicado “constituía a essência de um ensino que não se destinava a formar lite- ratas” (linha 12) encontra-se no singular, visto que...

a) se trata de um sujeito composto, mas formado por verbos no infinitivo.

b) se trata de um sujeito simples.

c) o sujeito é nulo subentendido.

d) o sujeito é nulo indeterminado.

2.Faz corresponder a cada um dos cinco segmentos da coluna Aum segmento da coluna B, de modo a obteres afirmações corretas.

COLUNA A COLUNA B

2.1.Com o uso da conjunção

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