• Nenhum resultado encontrado

No segmento “tudo o que perturbe” (linha 22),

No documento Outros Percursos 11º Ano (páginas 31-35)

COLUNA A COLUNA B 2.1 No segmento “A viúva de José

2.5. No segmento “tudo o que perturbe” (linha 22),

a)o enunciador pretende estabelecer uma comparação.

b) o enunciador recorre a um verbo copulativo.

c) o enunciador apresenta a situação como possível.

d) o enunciador recorre a um verbo transitivo predicativo.

e) o enunciador recorre a um verbo no imperativo.

f) o enunciador pretende marcar a intensidade.

g) o enunciador recorre a um verbo presente do conjuntivo.

h) o enunciador recorre à hipálage.

Partindo das interrogações do excerto, redige um texto de opinião, com duzentas a trezentas pa- lavras, onde fundamentes o teu ponto de vista com dois argumentos e com, pelo menos, um exemplo significativo.

Grupo III

› Outros Percursos... pelos Textos Narrativos/Descritivos

“Afinal o que é estudar? Ir à escola? Ficar sentado a ouvir o professor, ler atentamente um livro? Fazer os trabalhos de casa? Na verdade é tudo isto e também observar o ambiente, as pessoas e o mundo à nossa volta.”

Nome Turma Data › SEQUÊNCIA 4 - Os Maias

4

Grupo I

A

5 10 15 20 25 30 35

Os velhos amigos de Afonso da Maia que vinham fazer o seu whist a Benfica, sobretudo o Vilaça, o administrador dos Maias, muito zeloso da dignidade da casa, não tardaram em lhe trazer a nova daqueles amores do Pedrinho. Afonso já os suspeitava: via todos os dias um criado da quinta partir com um grande ramo das melhores camélias do jardim; todas as manhãs cedo encontrava no corredor o escudeiro, diri- gindo-se ao quarto do menino, a cheirar regaladamente o perfume dum envelope com sinete de lacre dourado; — e não lhe desagradava que um sentimento qualquer, humano e forte, lhe fosse arrancando o filho à estroinice bulhenta, ao jogo, às melancolias sem razão em que reaparecia o negro ripanço...

Mas ignorava o nome, a existência sequer dos Monfortes; e as particularidades que os amigos lhe re- velaram, aquela facada nos Açores, o chicote de feitor na Virgínia, o brigue Nova Linda, toda a sinistra legenda do velho contrariou muito Afonso da Maia.

Uma noite que o coronel Sequeira, à mesa do whist, contava que vira Maria Monforte e Pedro passeando a cavalo, “ambos muito bem e muito distingués”, Afonso, depois dum silêncio, disse com um ar enfastiado: — Enfim, todos os rapazes têm as suas amantes... Os costumes são assim, a vida é assim, e seria absurdo querer reprimir tais coisas. Mas essa mulher, com um pai desses, mesmo para amante acho má. (…)

No verão, Pedro partiu para Sintra; Afonso soube que os Monfortes tinham lá alugado uma casa. Dias depois o Vilaça apareceu em Benfica, muito preocupado: na véspera Pedro visitara-o no cartório, pe- dira-lhe informações sobre as suas propriedades, sobre o meio de levantar dinheiro. Ele lá lhe dissera que em setembro, chegando à sua maioridade, tinha a legítima da mamã...

— Mas não gostei disto, meu senhor, não gostei disto...

— E porquê, Vilaça? O rapaz quererá dinheiro, quererá dar presentes à criatura... O amor é um luxo caro, Vilaça.

— Deus queira que seja isso, meu senhor, Deus o ouça!

E aquela confiança tão nobre de Afonso da Maia no orgulho patrício, nos brios de raça de seu filho, chegava a tranquilizar Vilaça.

Daí a dias, Afonso da Maia viu enfim Maria Monforte. Tinha jantado na quinta do Sequeira ao pé de Queluz, e tomavam ambos o seu café no mirante, quando entrou pelo caminho estreito que seguia o muro a caleche azul com os cavalos cobertos de redes. Maria, abrigada sob uma sombrinha escarlate, trazia um vestido cor-de-rosa cuja roda, toda em folhos, quase cobria os joelhos de Pedro sentado ao seu lado: as fitas do seu chapéu, apertadas num grande laço que lhe enchia o peito, eram também cor-de-rosa: e a sua face, grave e pura como um mármore grego, aparecia realmente adorável, iluminada pelos olhos dum azul sombrio, entre aqueles tons rosados. No assento defronte, quase todo tomado por cartões de modista, encolhia-se o Monforte, de grande chapéu panamá, calça de ganga, o mantelete da filha no braço, o guarda-sol entre os joelhos. Iam calados, não viram o mirante; e, no caminho verde e fresco, a caleche passou com balanços lentos, sob os ramos que roçavam a sombrinha de Maria. O Sequeira ficara com a chávena de café junto aos lábios, de olho esgazeado, murmurando:

— Caramba! É bonita!

Afonso não respondeu: olhava cabisbaixo aquela sombrinha escarlate, que agora se inclinava sobre Pedro, quase o escondia, parecia envolvê-lo todo - como uma larga mancha de sangue alastrando a ca- leche sob o verde triste das ramas.

Eça de Queirós, Os Maias, 28.ª edição, s/data, Ed. Livros do Brasil, Lisboa

5

10

15

20

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1.Insere, justificadamente, o excerto na estrutura da obra.

2.Apesar de Afonso não atribuir grande importância aos encontros de Pedro e Maria Monforte, isso des- perta-lhe um sentimento ambivalente.

2.1.Aponta algumas razões para esse comportamento.

3.A despreocupação de Afonso contrasta com a apreensão de Vilaça.

3.1.Explica esta atitude do procurador dos Maias.

4.A atitude de Afonso muda quando vê Maria Monforte e Pedro juntos.

4.1.Explicita o que faz o pai de Pedro mudar de opinião.

B

Comenta a afirmação a seguir apresentada, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, baseando-te nos conhecimentos adquiridos sobre Os Maias.

Grupo II

Lê, agora, o seguinte texto.

Os últimos estudos sobre a fórmula do êxito revelam que existe, para além do talento pessoal, da perseverança, do oti- mismo ou mesmo dos genes herdados, um elemento que age na sombra e que se revela determinante: a sorte. (…)

Quando nos interrogamos sobre os motivos do êxito ou do

fracasso, há quem coloque a ênfase na sorte ou no azar, enquanto outros evocam o talento ou a sua ausên- cia, o esforço ou a abulia, a inteligência, as aptidões sociais, o dom da oportunidade, o faro para os negó- cios… A verdade é que costumamos atribuir os nossos êxitos ao mérito pessoal, e os dos outros às circunstâncias (sorte, cunhas…). Os nossos fracassos, pelo contrário, devem-se ao azar ou injustiça; os dos restantes, ao comportamento das pessoas em causa.

Em psicologia, essa forma de ver as coisas é designada por “erro fundamental de atribuição”. Consiste em colocar a ênfase ou sobrevalorizar as características da personalidade e as motivações psicológicas, e em menosprezar ou ignorar fatores exteriores quando se pretende explicar o comportamento de alguém numa situação. Esse desvio está também relacionado com aquilo que Julian Rotter, psicólogo da Universidade de Connecticut, denomina “locus de controlo”, pelo local onde situamos as causas do que nos acontece. (…)

A educação é, também, um fator fundamental. No meio familiar, as crianças aprendem muito ao observar o que fazem os pais, incluindo a atitude perante a vida. A hereditariedade não é apenas genética, também se manifesta pela forma como se copiam comportamentos. O êxito pode também ser condicio- nado pela educação e pela cultura em que vivemos. Há famílias que incentivam a procura de iniciativas, enquanto outras atribuem maior importância ao aspeto económico e material.

DINÂMICA DE VITÓRIA

› Outros percursos... pelos Textos Narrativos/Descritivos

Em Os Maias existem diversas situações, espaços, elementos que pressagiam e concorrem para o fim trágico da família Maia.

1.Seleciona, em cada um dos itens, a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1.Em “revelam que existe, para além do talento pessoal” (linhas 1-2), a palavra sublinhada é…

a) um pronome relativo.

b) uma conjunção subordinativa consecutiva.

c) uma conjunção subordinativa completiva.

d) um pronome interrogativo.

1.2.Na frase “há quem coloque a ênfase” (linha 6), o constituinte sublinhado pode ser substituído por…

a) ostentação.

b) realce.

c) exibição.

d) dignidade.

1.3.A palavra sublinhada em “os dos restantes, ao comportamento das pessoas em causa” (linhas 9-10) retoma o segmento…

a) êxitos.

b) outros.

c) nossos.

d) fracassos.

1.4.Na frase “Consiste em colocar a ênfase ou sobrevalorizar” (linhas 11-12), a conjunção sublinhada apresenta um valor…

a) disjuntivo.

b) copulativo.

c) adversativo.

d) consecutivo.

1.5.O constituinte sublinhado em “Julian Rotter, psicólogo da Universidade de Connecticut” (linhas 14-15), o conector sublinhado desempenha a função sintática de…

a) sujeito.

b) modificador apositivo do nome.

c) modificador restritivo do nome.

d) complemento direto.

E não podemos esquecer o esforço. Herbert Simon, Prémio Nobel da Economia, estimou que é necessário, para ser um perito internacional em qualquer especialidade, dedicar pelo menos 40 horas por semana ao trabalho, 50 semanas por ano, durante uma década. Outros falam em dez mil horas de es- forço como fórmula para alcançar a glória, e o senso comum costuma situar-se entre estas duas teorias. in Super Interessante, n.º 150, outubro de 2010, pp. 22 a 24 (com supressões)

1.6.No segmento textual “situamos as causas do que nos acontece” (linha 15), o constituinte subli- nhado desempenha a função sintática de…

a) sujeito.

b) complemento indireto.

c) complemento direto.

d) complemento oblíquo.

1.7.Na frase “E não podemos esquecer o esforço.” (linha 21), está representada a modalidade...

a) deôntica, valor de permissão.

b) epistémica, valor de possibilidade.

c) apreciativa.

d) deôntica, valor de proibição.

2.Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna Aum elemento da coluna B, de modo a obteres afirmações verdadeiras.

COLUNA A COLUNA B

2.1.Para elencar alguns fatores

No documento Outros Percursos 11º Ano (páginas 31-35)