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Na última frase do texto, ao servir-se de um pronome

No documento Outros Percursos 11º Ano (páginas 39-46)

COLUNA A COLUNA B 2.1 No segmento “A viúva de José

2.5. Na última frase do texto, ao servir-se de um pronome

demonstrativo, …

a)o enunciador apresenta o facto e a respetiva finalidade.

b)o enunciador introduz uma relação de disjunção.

c)o enunciador pretende transmitir uma ideia de obrigatoriedade, como se se tratasse de um discurso normativo .

d)o enunciador introduz uma conexão aditiva.

e)o enunciador introduz uma conexão concessiva.

f)o enunciador clarifica a referência de uma expressão verbal.

g)o enunciador desvaloriza a importância dos factos apresentados.

h)o enunciador restringe um grupo nominal.

i)o enunciador retoma informação antecedente.

Grupo III

A relação da mulher com o lar e com os filhos foi-se perdendo com os tempos.

Partindo da perspetiva exposta na frase supracitada, apresenta uma reflexão, entre duzentas a tre- zentas palavras, sobre as consequências da evolução da condição feminina.

Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

Nome Turma Data

I

No campo; eu acho nele a musa que me anima: A claridade, a robustez, a ação.

Esta manhã, saí com minha prima, Em quem eu noto a mais sincera estima E a mais completa e séria educação.

II

Criança encantadora! Eu mal esboço o quadro Da lírica excursão, de intimidade.

Não pinto a velha ermida com seu adro; Sei só desenho de compasso e esquadro, Respiro indústria, paz, salubridade. (…)

VI

Numa colina azul brilha um lugar caiado. Belo! E arrimada ao cabo da sombrinha, Com teu chapéu de palha desabado, Tu continuas na azinhaga; ao lado Verdeja, vicejante, a nossa vinha.

VII

Nisto, parando, como alguém que se analisa, Sem desprender do chão teus olhos castos, Tu começaste, harmónica, indecisa, A arregaçar a chita, alegre e lisa

Da tua cauda um poucochinho a rastos. (…)

IX

E, como quem saltasse, extravagantemente, Um rego de água sem se enxovalhar,

Tu, a austera, a gentil, a inteligente, Depois de bem composta, deste à frente Uma pernada cómica, vulgar!

X

Exótica! E cheguei-me ao pé de ti. Que vejo! No atalho enxuto, e branco das espigas Caídas das carradas no salmejo,

Esguio e a negrejar em um cortejo, Destaca-se um carreiro de formigas.

XI

Elas, em sociedade, espertas, diligentes, Na natureza trémula de sede,

Arrastam bichos, uvas e sementes; E atulham, por instinto, previdentes, Seu antros quase ocultos na parede.

XII

E eu desatei a rir como qualquer macaco! “Tu não as esmagares contra o solo!” E ria-me, eu ocioso, inútil, fraco, Eu de jasmim na casa do casaco E de óculo deitado a tiracolo!

XIII

“As ladras da colheita! Eu se trouxesse agora Um sublimado corrosivo, uns pós

De solimão, eu, sem maior demora, Envenená-las-ia! Tu, por ora, Preferes o romântico ao feroz. (…)”

XVI

Vibravam, na campina, as chocas da manada; Vinham uns carros a gemer no outeiro, E finalmente, enérgica, zangada, Tu inda assim bastante envergonhada, Volveste-me, apontando o formigueiro:

XVII

“Não me incomode, não, com ditos detestáveis! Não seja simplesmente um zombador!

Estas mineiras negras, incansáveis, São mais economistas, mais notáveis, E mais trabalhadoras que o senhor.”

Cesário Verde

Lê, com atenção, o texto poético que se segue.

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 DE VERÃO A Eduardo Coelho › SEQUÊNCIA 5

5

Grupo I

A

5

10

15

Responde com clareza e correção às seguintes perguntas.

1.Caracteriza o espaço que serve de cenário à ação descrita no poema.

2.Atendendo ao caráter dicotómico da poesia de Cesário Verde, associa cada uma das personagens a um determinado espaço, justificando com expressões textuais.

3.Apresenta uma possível explicação para os versos “Não pinto a velha ermida com seu adro;/ Sei só desenho de compasso e esquadro.” (vv. 10-11).

4.A “ação” associada ao campo é motivo de inspiração do “eu”.

4.1.Confirma-o, com exemplos textuais.

5.Identifica dois recursos estilísticos, comentando o seu valor expressivo.

B

A poesia de Cesário Verde revela a sua faceta de um observador atento da realidade da sua época.

Num texto coerente, entre oitenta e cento e trinta palavras, aborda a opinião apresentada na frase supracitada, fundamentando com a obra poética de Cesário Verde.

Ascensão da burguesia e reforço da sua mentalidade é um dado a reter na evolução deste impor- tante grupo social no decurso do século XIX. E se, numa primeira fase, a condição de burguês era tran- sitória e intermédia, visto que, à medida que enriquecia, procurava adquirir o título com que se integrava na nobreza, progressivamente este modelo foi desaparecendo, na mesma proporção em que ganhava consciência política e social. Os escritores “malditos” ou os caricaturistas, ao caírem sem dó nem piedade sobre os parvenus, contribuíram indiretamente para “desmoralizar” o enobrecimento de todos aqueles que “se deitavam simples João Fernandes e que de repente acordavam Visconde Fernan- des ou Conde João”.

O despertar de uma nova mentalidade, quer no domínio da moral familiar, quer na imposição de novos hábitos de convívio, traduz esta afirmação social, que se acentua nas últimas décadas do século. Mais do que em qualquer outro período, a cultura burguesa difunde-se, dispondo de meios de influência decisivos na transformação das mentalidades. A escola primária e a imprensa são dois dos principais ins- trumentos que a possibilitam.

Lenta, mas inexoravelmente, a sociedade “emburguesa-se”, difundindo-se novos gostos, novos costumes, que vão minando, aos poucos, as velhas estruturas sociais. Mas, tudo tem limites… A fraqueza numérica da burguesia permanecerá como um condicionalismo, que limitará, na prática, o seu progresso e capacidade interventiva.

José Mattoso (Dir.), História de Portugal, vol. V, Editorial Estampa

Grupo II

Outros Percursos... pelo Texto Poético

1.Seleciona, em cada um dos itens, a única alternativa que permite obter uma afirmação correta, de acordo com as afirmações do texto.

1.1.Ao longo do século XIX, afirmou-se um relevante grupo social, especificamente, …

a)a nobreza, com a influência da burguesia.

b)a burguesia.

c)os escritores “malditos”.

d)os caricaturistas.

1.2.No final do século XIX, assistiu-se a uma transformação das mentalidades, motivada…

a)exclusivamente pela ascensão do novo grupo social.

b)essencialmente pela ação da imprensa.

c)pelos novos hábitos que surgiram.

d)fundamentalmente pelo acesso à instrução e pela imprensa.

1.3.O segmento sublinhado em “a condição de burguês era transitória e intermédia” (linhas 2-3) corresponde ao...

a)sujeito.

b)complemento direto.

c)predicativo do sujeito.

d)modificador restritivo do nome.

1.4.Na frase “procurava adquirir o título com que se integrava na nobreza” (linhas 3-4), a oração sublinhada...

a)corresponde ao modificador restritivo, dado sob a forma de uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

b)desempenha a função sintática de complemento direto, dado sob a forma de uma oração su- bordinada substantiva completiva.

c)é o modificador apositivo, dado sob a forma de uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

d)desempenha a função sintática de sujeito, dado sob a forma de uma oração subordinada subs- tantiva completiva.

1.5.O complexo verbal “foi desaparecendo” (linha 4) transmite o valor aspetual...

a)de uma ação concluída.

b)de uma ação ainda a concluir.

c)do início de uma ação.

d)de uma ação prolongada no tempo.

1.6.O sujeito do predicado “traduz esta afirmação social” (linha 10) é...

a)nulo subentendido.

b)nulo expletivo.

c)simples.

1.7.A palavra sublinhada na frase “que limitará” (linha 16) retoma o referente...

a)“um condicionalismo” (linha 16).

b)“A fraqueza numérica” (linhas 15-16).

c)“burguesia” (linha 16).

d)“A fraqueza numérica da burguesia” (linhas 15-16).

2.Completa o texto que se segue, selecionando a opção correta, a partir das propostas apresentadas.

aqueles, todos, simultaneamente, abertos, fechados, particulares, simples, público, clausura, hera, uns, ascendentes, gradeamento, sentimental, contudo, igrejas, era, outros, estes, Lisboa,

românticas, casadas, paraíso, social

Grupo III

Produz um texto argumentativo, entre duzentas e trezentas palavras, sobre a importância dos mo- mentos de lazer na vida das pessoas.

Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

› SEQUÊNCIA 5

Um dos símbolos da civilização oitocentista (do seu sistema político e do seu modo de vida) foi, sem dúvida, o passeio a)________________, lugar privilegiado de sociabilidade das classes b)________________. Quase todas as principais povoações do País entram na c)________________da vida d)________________ ao ar livre, preferindo os espaços e)________________ e arborizados à f)________________ dos palácios e das

g)________________ do Antigo Regime. (…)

h)_________________________, o exemplo paradigmático é o do Passeio Público do Rossio, em Lisboa. Para

i) ________________, ele era a “gaiola dos Lisboetas” (uma alusão aoj)________________ que o cercava a toda a volta); para k)________________, era uma espécie de l)________________ das jovens m)________________ e dos namorados piegas, n)________________ o coração físico e o)________________ da capital.

José Mattoso (Dir.), História de Portugal, vol. V, Editorial Estampa (texto adaptado e com supressões) Outros Percursos... pelo Texto Poético

Naquele “pic-nic” de burguesas, Houve uma cousa simplesmente bela, E que, sem ter história nem grandezas, Em todo o caso dava uma aguarela. Foi quando tu, descendo do burrico, Foste colher, sem imposturas tolas, A um granzoal azul de grão-de-bico Um ramalhete rubro de papoulas. Pouco depois, em cima duns penhascos, Nós acampámos, inda o Sol se via; E houve talhadas de melão, damascos, E pão de ló molhado em malvasia. Mas, todo púrpuro a sair da renda Dos teus dois seios como duas rolas, Era o supremo encanto da merenda O ramalhete rubro das papoulas!

Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde, Paisagem Editora, 1982

Apresenta, de forma completa e bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 1.O poema apresentado é passível de uma divisão tripartida.

1.1.Delimita-o, justificando essa tripartição.

2.No texto poético esboça-se uma estrutura narrativa.

2.1.Explicita a afirmação anterior.

3.O uso de diferentes sensações é apanágio de Cesário Verde.

3.1.Confirma o recurso às sensações visuais, gustativas e táteis.

4.Analisa o poema a nível versificatório.

B

Comenta a afirmação, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, baseando-te nos conhecimen- tos adquiridos sobre Cesário Verde e a sua produção poética.

Nome Turma Data

Lê atentamente o poema seguinte.

DE TARDE › SEQUÊNCIA 5

5

Grupo I

A

5 10 15

“Os grandes motivos de inspiração de Cesário aprendeu-os ele na escola da vida e do dia a dia; entraram-lhe na alma através de todos os sentidos e a expressão saiu mais do seu intelecto do que da subordinação às exigências do coração.”

In “Considerações introdutórias à vida e à obra de Cesário Verde”, 1982, Paisagem Editora

Grupo II

Lê, agora, a parte inicial da seguinte reportagem.

Por Isabel Lacerda, 11-11-2010 Na igreja, as pessoas começavam a desesperar. Faltava um dia para as festividades da vila e ninguém sabia do padre. Já o tinham procurado em casa e nos cafés, já lhe tinham ligado para o telefone – mas nada. Estava desaparecido e isso era estranho. Educado no Opus Dei e membro da obra, disciplinado e respeitoso, nunca falhara na coordenação do evento, momento alto do ano religioso na paróquia. Só uma razão fortíssima poderia justificar a sua ausência. As hipóteses sobre o seu paradeiro multiplica- ram-se quando, de repente, uma mulher, transtornada, irrompeu na igreja. Era a mãe da chefe das catequistas: “O padre fugiu com a minha filha. Estão os dois em parte incerta.”

A notícia circulou rapidamente pela freguesia com perto de três mil habitantes, na zona centro do País, apanhando quase toda a gente de surpresa. A chefe das catequistas, casada, sempre de blusa e saia travada, pertencia a uma família “rica mas rude” da vila, e era um símbolo de devoção católica. O padre, por sua vez, apesar de ainda ter 30 e poucos anos (como ela) revelava uma ortodoxia inabalável. “Era muito puritano. Dizia aos adolescentes que a masturbação estava errada, que o esperma era naturalmente expelido através da urina”, recorda um dos moradores, na altura muito próximo do pároco. “Às mulheres que ousassem subir ao altar de pernas à mostra, durante a missa repreendia-as no momento”, acrescenta.

Só os mais atentos tinham desconfiado. Uma funcionária da autarquia, sexagenária, lembra que “o carro dele era visto muitas vezes em frente à vivenda dela, e vice-versa, e toda a gente sabia que o marido, devido ao seu emprego, passava muito tempo fora de Portugal”. Um outro residente da vila, de 78 anos, ia para o emprego às 13 h, voltando ao fim do dia, e durante esse período via sempre o automóvel da catequista estacionado na garagem da casa paroquial. Outra pessoa afirma ainda que, a dada altura, os horários começaram a esticar-se pela madrugada. Alguns também sabiam que ambos tinham sido colegas no secundário, antes de ele entrar no seminário. (…)

www.sabado.pt

1.Seleciona, em cada um dos itens, a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1.Pode dizer-se que o texto pretende salientar que…

a)o Opus Dei impõe regras muito rígidas.

b)os padres têm todos uma vida escondida.

c)as tentações sexuais não poupam os padres.

d)a vida religiosa é demasiado castradora.

1.2.A história narrada pode ser entendida como…

a)a pretexto para desenvolver um tema polémico e atual.

b)o principal objetivo da cronista.

c)exemplo da vida sexual dos padres.

d)alerta para a instituição eclesiástica.

1.3.As certezas de que algo de grave se teria passado para explicar a ausência do pároco deviam-se…

a)à irregularidade revelada pelo padre na organização de eventos.

b)ao cumprimento escrupuloso das obrigações paroquiais.

c)ao puritanismo que o padre sempre demonstrou.

d)à educação, disciplina e respeito revelados pelo pároco.

5

10

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20

1.4.A fuga inusitada do padre foi rapidamente espalhada, visto que…

a) a chefe das catequistas também estava envolvida.

b) a mãe da catequista fez circular a notícia da fuga da filha.

c) toda a população já se tinha apercebido do caráter do padre.

d) a freguesia tinha apenas cerca de três mil habitantes.

1.5.Os depoimentos de alguns habitantes da aldeia vêm confirmar…

a) a surpresa causada pelo acontecimento.

b) as suspeitas que recaiam sobre o pároco.

c) a falsa moralidade da mulher que o acompanhou.

d) a atenção que os mais velhos dedicam à vida religiosa.

1.6.O primeiro período do texto apresenta…

a) um complemento direto.

b) um complemento indireto.

c) um modificador.

d) um predicativo do sujeito.

1.7.Os pronomes “o” e “lhe” (linha 2) retomam…

a) ambos o padre.

b) o padre e a casa, respetivamente.

c) o telefone e o padre.

d) um dia e o padre.

2.Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna Aum elemento da coluna B, de modo a obteres afirmações verdadeiras.

COLUNA A COLUNA B

2.1.Em “uma mulher, transtornada,

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