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TRIBUNAL REGIONAL DE JUSTIÇA ELEI- TORAL DO DISTRICTO FEDERAL

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BOLETIM LEITDHAL

ESTADOS UNIDOS DO B R A S I L

(Decreto ti. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932) _ T T ) Qtf

A N N O líl R I O D E J A N E I R O , 26 D E D E Z E M B R O D E 1934 N . t s i

S U M M A R I O

I — Jiii'isi»rmlcTio1n do T r i b u n a l Siine-riorj

i . Recursos c e n t r a a expedição de d i p l o m a s e rocojiUí\';iiiu.'iHo de candi*datos.

(1 — TrHitiiiiil Itr&iomtl lU* .Instiga Ibifitoiíil;

E d i t a e s e avisos.

TRIBUNAL SUPERIOR DE JUSTIÇA ELEITORAL

ttecursos contra a expedição de diplomas ou reconhe- cimento de candidatos

(Ttefrutamonto tnti-rno —• nrt.=. 75, 76 e 77 Cie J u l h o de

AMAZONAS

B. ií. JI. 114, ãfí

Relatório c parecer no recurso eleito- ral n. 2c da cl. o*, art. 30 do R«ff. Recurso

••imlm o rcconhncimentx> dos deputados pela rcyiâo eleitoral cio Amazonas.

. R E L A T O U fC

Apuração uerat c proclamação dos eleitos

Consta ria acla gorai de apuração das eleições realizadas no listado do Amazonas, que comparecerem 8.330 eleitores nas 34 secções eleitoiacs.

Annullaram-se duas secções, nas quaes haviam votado 174 eleitores; deixaram de ser apuradas 99 cedidas.

O numero de votos validos foi. pois, 8.057; o quociente eleitoral, 2.01 í.

O Tribunal Regional proclamou el"ifos no primeiro turno:

Votos 5.453 5.588 r . Alfredo Augusto Ribeiro Júnior (quaeienie

eleitoral) com

2o. Álvaro Botelho Nfnia (quociente partidário) com

No segundo t u r n o :

3o. Leopoldo Tavares dn Cunha Mello, com

4°. Alfredo Augusto da Mala, com 5.475 4.982 Não houve siipplenlos. por terem sido oieHos todos os candidatos do mesmo partido, com a legenda "Pelo Amazonas Redimido".

Concorreram ás eleições os seguintes p a r a d o s :

a) partidos colligados sob a legenda — "Pelo Amazonas R e d i m i d o " : candidatos — Alfredo Augusto Ribeiro Júnior, Ál- varo Botelho Maia, Leopoldo Tavares da Cunha Mello c A l - fredo Augusto da Mata;

b) " P a r t i d o Trabalhista Amazonense": candidatos — L u i z T i r e l l i , L u i z Maximino de Miranda Corrêa. Alexandre de Carvalho Leal e Pedro Timotheo de Almeida Couto;

c) "Partido Republicano do Amazonas": candidatos —•

Dorval Pires Porto, Aristides Rocha, A n t o n i j Monteiro de Souza e Efigenio F e r r e i r a de Salles.

d) "Partid o Liberal do Amazonas": candidatos - L e o - poldo Nery da Fonseca, João de Freitas, Feüeiaiio de Souza L i m a e Francisco Pereira da S i l v a .

Votos com legendas:

Votos

"Pelo Amazonas Redimido" 4.786

"Partido Trabalhista Amazonense" 1.220

" P a r t i d o Republicano Amazonense" 572

"Partido L i b e r a l do Amazonas'" GO F o r a m apurados 1.250 votos avulsos: snconf raiam-se 103

ceckila« cm branco.

II

Os recursos geraes

a) recurso do JJr. Aristides Rocha, caud^òato e delegado do "Partido Republicano do Amazonas". O recurso foi da deliberação do Tribunal Regional diplomando todos os candi- datos de um partido, quando, pelo principio da representa- ção proporcional, os dois diplomados, como eleitos em se- gundo turno, não deveriam ter sido reconhecidos, e sim os candidatos — Carvalho Leal, do "Partido Trabalhista" e D o r - val Porto, do "Partido Republicano do Amazonas".

Diz que, nas eleições do \'t de outubro, a Alliança Socia- lista Radical (legenda — "Polo Amazonas Redimido") levou ás urnas 4.780 votos com legendas, sendo — 2.014 o quociente eleitoral; logo. essa alliança de partidos ter* capacidade para eleger dois de seus quatro candidatos, ficando uni resto de 758 votos.

Passe em seguida, a particularizar as olcições do Pedro Velho, Manués e 1 0a secção da Capital, e a considerar as v o - tações annulladas em outros municípios.

Aquellas secções foram impugnadas, decidindo o T r i b u - nal Regional pela validade das eleições.

Das eleições que o T r i b u n a l Regional annullou. digo recorrente: "Declaradas nullas as eleições de Manacapuru', Barcellos e Moura, resolveram as turmas ayuradoras ouc nes- ses municípios não se procedesse a novas eleições. Essa n u l - lidade foi oceasionada pela numeração seguida das sobrecar- tas. Poderia ter sido um acto proposital dos presidentes das respectivas mesas recepeforas, afim de n u l l i l i c a r o rcsidiado do pleito, como poderia ter sido o produolo de um erro, sem intenção criminosa. De qualquer forma, desde que, a res- peito, nada foi apurado pelo T r i b u n a l , o que seria lógico era mandar realizar novas eleições nesses municípios".

Dos recursos parciaes acima indicados me oceuparoi. de- pois de mencionar os outros recursos gera os.

b) Recurso do candidato — Capitão da Fraijala Luiz Tirelli, do "Partido Trabalhista Amazonense". O recorren- te interpõe o seu recurso contra a expedição dos diplomas,

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«128 Quarta-feira 26 B O L F . T W F . T . F Í T O R A K Dezembro de 1031

fazendo considerações geraes sobre o pleito, dos quaes i c s a l - ta reconhecer a imparcialidade absoluta do interventor — Capitão Nelson de Mello. Allega, entretanto, que houve vícios, irregularidades e compressões, comprometlendo o pleito.

A primeira irregularidade, que allega, é o facto de h a -

•ver o T r i b u n a l Regional 1'unccionado em edifício diverso do que lhe era destinado, nos termos do a r t , 2o, do dec. n u - mero 21.302, de 18.de abril de 1 9 3 2 : — "emquanto não forem installadas as Assembléas Legislativas dos Estados, funceionarão os tribunacs regionaes nos prédios a ellas des- tinados."

A segunda irregularidade consiste em não terem as urnas as cautelas asseguradoras do, inviolabilidade de seus con- teúdos. D i z que, a respeito,-requereu u m a vistoria em todas as urnas, que lhe foi negada por extemporânea.

Allega, em terceiro logar, que na composição da mesa eleitoral da 10" secção, da Capital, entrou u m funecionario demissivel ad natum. Allude também ás nullidades, de que se occüpam os recursso parciaes do d r . ' A r i s t i d e s Rocha.

De seus recursos parciaes me occuparei adeante.

c) Recurso do dr .Pedro Thimoteo de Almeida Couto, c a n - didato dó Partido Trabalhista. T e m por fundamento o seu r e - curso geral as irregularidades do pleito, coacção, fraude, cor- rupção, inobservância da lei." Observa, além disso, que o art. 181 da Constituição prescreve que se mantenha a ins- tituição dos supplentes, o que se não respeitou* com o c r i - tério adoptado na proclamação dos eleitos, expedindo-se d i - plomas a todos os candidatos de u m só partido, contra o principio da representação proporcional.

Requereu, também, ao T r i b u n a l Regional que reconhe- cesse a nullidade de todos os actos praticados pelo mesmo Tribunal, a propósito das eleições de 14 de outubro, por haver funecionario em edifício que lhe não era destinado, em flagrante desrespeito da l e i .

Da decisão contraria interpoz recurso, que se annexou ao seu recurso geral.

d) Recurso do dr. Alexandre de Carvtfho Leal, candidato do Partido Trabalhista.

Insurge-se, como os outros candidatos recorrentes, con- tra a proclamação dos quatro candidatos de u m só partido, com que se disvirtuou o principio consagrado na Consti- tuição, arts. 23 e 181, e art. 3* § 4o das Disposições T r a n - sitórias.

O Presidente do Tribunal Regional, tomados por termo o» recursos, determinou que se publicasse o edital, o que se .fez oo dia 4 de dezembro, subindo os autos, em seguida, a este Tribunal Superior.

III

Os recursos especiaes

1. Eleição de Porto Velho . O d r . Aristides Rocha i m - pugnou as eleições das quatro secções de Porto Velho, por serem falsas e fraudulentas as listas de eleitores, porquanto maquelle município se alistaram numerosos eleitores de alguns municípios de Matto Grosso.

Allegou ainda fraudo e coacção, assim como — orga- nização illegal das mesas receptoras, em cuja constituição entraram funecionarios demissiveis ad natum.

O presidente drt 1* turma apuradora desprezou a i m p u - gnação; o T r i b u n a l Regional negou provimento ao recurso interposto (rec. c l . n . 5 0 ) .

2. Eleição da 10* secção da Capital. Consta da acta que, ao declarar o presidente da 2* t u r m a apuradora que ia apurar a urna, o d r . Aristides Rocha apresentou por es- cripto a sua impugnarão, por haver funecionario na mesa receptora, como primeiro supplente o s r . Américo Nogueira Ruivo, secretario da polieia~civil, demissivel ad natum, ac- crescentando que o presidente da dita mesa se retirou sob aíiegaçjío de se sentir doente, assumindo a presidência o dito supplente.

A impugnação foi- despresada; o T r i b u n a l negou p r o v i - mento ao' recurso interposto (rec. n . 52).

3. Eleição da secção única de Maués, O candidato dou- tor Aristides Rocha apresentou uma impugnação escripta, instruída com documento, arguindò a nullidade da eleição, por isso que a urna e os documentos respectivos foram en- tregues á agente do correio — D . Arácy Verçosa, irmã de um candidato, em cuja casa mora e onde funeciona a agencia postal. A impugnação foi desprezada pela turma, depois do exame pericial, que demonstrou estar intacta a u n i a em questão. DQ recurso conheceu o . T r i b u n a l Regional, negando- H*e. provimento (recurso n . 5 J ) , . _:"

4. A s eleições de Porto Velho ainda foram objecto áef impugnação formulada pelo candidato L u i z T i r e l l i . A 1" se- cção foi impuganadu por não estar a urna lacrada regu- larmente, havendo indicio de violação, suborno, fraude -e.

além disso, graves irregularidades no alistamento. Julgou-st improcedente a impugnação' (1" turma apuradora). O T r i - bunal confirmou a decisão. A 3* secção também soffreu r impugnação do candidato L u i z T i r e l l i , desprezando-a a 1' turma apuradora. O T r i b u n a l Regional confirmou as de-

cisões. ft

5. Vistorias requeridas em todas as urnas. O candidato L u i z T i r e l l i requereu exame pericial em todas as urnas u t i - lizadas nas secções eleitoraes. Indeferido pelo Presidente do T r i b u n a l o seu requerimento, recorreu para o mesmo T r i - bunal, allegando que se não trata de'alguma impugnação; o que deseja ó obter u m documento, para o offeito que lhe convier 'e que não declarou. "Não poderia, por exemplo, o laudo pericial servir para instruir uma denuncia, uma re- clamarão, ou u m a representação ? Não poderá eíle ainda ser- v i r de elemento para justificação de um projecto, que o requerente, como deputado federal que é, pretenda apre- sentar á Câmara, modificando determinado artigo do Codigo_

Eleitoral ? Quem, emfim, poderá lá saber que quer o peti-í cionário com o exame pericial que solicitou V São suas' próprias palavras. O T r i b u n a l negou provimento ao recurso

(rec. n . 48)/. Recorreu para b Tribunal Superior, insistindo na diligencia.

Os recursos vieram a este T r i b u n a l Superior, onde foram reunidos em 3 volumes, contendo as respectivas decisões e os documentos respectivos, assim como as aclas da apuração geral. Não ha informações especiaes do Presidenta do T r i - bunal Regional.

P A R E C E R

O T r i b u n a l Regional do Amazonas expediu os diplomas de aeeordo Com a legislação eleitoral. Verificado o numero total de votos líquidos em toda a região, determinou-se o quociente eleitoral.

Apenas um candidato attiugiu esse quociente. Pelo quociente partidário, teve a legenda "Pelo Amazonas Redi- mido", 2 candidatos eleitos, sendo um delles o que obteve o quociente eleitoral.

Os dois deputados restantes foram reconhecidos de ac- cordo com o a r t . 58 n . 8 do Código Eleitoral, isto é, foram proclamados os dois candidatos mais votados em se.gundTf turno, excluídos os que. já haviam sido pelos quocienl.es.

Esses candidatos mais votados pertencem ainda ao par- tido da legenda "Pelo Amazonas Redimido", de sorte que, eleilos tidos os seus candidatos, não houve supplentes.

I

Sobre os recursos i/erais

Insurgem-se os recorrentes contra o critério que ado- ptou o T r i b u n a l Regional, praclamando, depois de reconhe- cidos os eleitos, pelos quoci.entes dois outros candidatos per- tencentes" ao mesmo partido. Entendem que se desrespeitou o principio da representação proporcional.

Segundo o recorrente D r . Aristides Rocha, deviam ser reconhecidos como eleitos no segundo turno os candidatos dos partidos que não foram contemplados pelo quociente par- tidário, ainda que menos votados que os do partido já re- presentado.

Assim, pouco importa que os dois candidatos de legenda*

"Pelo Amazonas Redimido" tenham obtido, no segundo turno, 5.475 e 4.982 votos; cumpria proclamar o candidato Carva- lho Leal, do "Partido Trabalhista", que reuniu 2.257 votos, e o candidato Dorval Porto, do "Partido Republicano", ".ujos votos foram í .018.

O recorrente Alexandre Carvalho Leal entende que pelo segundo turno deviam ser diplomados dois candidatos dn -'Partido Trabalhista", elle próprio, com 2.257 votos e Luiz T i r e l l i , com 1"580 votos.

O T r i b u n a l Regional, proclamando eleitos no segundo turno, depois reconhecidos os eleitos pelo primeiro turno, os dois outros candidatos mais votados, pouco importando que pertençam ao mesmo partido todos elles, obedeceu á lei c á jurisprudência do T r i b u n a l Superior, que ainda recentemen- te se pronunciou sobre, o assumpto, ao resolver a represen- tação do D r . João "Mangabeira,;

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Quarta-feira 26 Dezembro de 1934 6129

Claro está que, eleitos todos os candidato1; de u m p a r - tido político, desappareceu a possibilidade de terem s u p - P ' >« •-. representei -.es o o Amazonas. f i o i a . nisso v i o - larão de qualquer dispositivo da legislação eleitoral,

0 próprio a r t . 9G do Código E l e i t o r a l , que manda p r e - encher as vagas, na representação de cada partido, por meio dos supplentes respectivos, reconhece, no paragrapho úni- co, que se poderá verificar & hypotheso de não haver s u p - plentes, caso em que a vaga será provida mediante eleição, dentro de 30 dias.

O recorrente Aristides Rocha pondera também que a r e - solução das turmas apuradoras e do T r i b u n a l Regional, d e i - xando de renovar as eleições do Manacapuru'. Barcellos e>

Moura, desatendeu aos interesses de seu partido. Taes e l e i - ções foram annulladas, porque as sobrecartas estavam n u - meradas seguidamente, e não em series, conforme se decla- ra na acta de apuração geral. Não é caso rlc renovação das eleições; bem decidiram as turmas apuradoras que não se deviam apurar, como não se apuraram, os suffragios reco- lhidos naquellas secções; o T r i b u n a l Regional não podia de- terminar como não deierminou, que se fizesse novas eleições.

O candidato L u i z T i r e l l i ergue a nullidade de todos os actos praticados pelo T r i b u n a l Regional, porque não fune- cionou no edifício, quy por lei, lhe foi destinado.

O candidato Pedro Timollieo insiste no mesmo a r g u - mento. Entendem que se trata de uma" nullidade de pleno direito, capaz de inutilizar toda a eleição, competindo aos juizes proclamal-a de offioio, desde que lhes chegue ao co- nhecimento. O candidato Pedro Timotheo fez uma r e c l a m a - ção sobre o a^sumpto ao T r i b u n a l Regional (pro. n . 47).- O Presidente do T r i b u n a l determinou que se juntassem á reclamação os seguintes documentos: copias authenticas do offieio do Ministro da Justiça, de 26 de maio cie 1935; dos telegrammas transmiti idos ao Presidente do T r i b u n a l Supe- rior, do edilal publicado no Diário Official acerca da m u - dança .

O caso é que o dec. n . 21.302 de 18 de A b r i l de 1932 estabelece no a r l . 2o: " E m q u a n t o não forem installadas as AsíCiuJiléas Legislativas Esladuaes, funceionarão os T r i b u - naes nos prédios a cilas destinados.

O Ministro da Justiça, em telegramma expedido ao P r e - sidente do T r i b u n a l a 26 de maio, ante a nccessida.ie de se effcctuarem obras para a installação da Asscmbléas Consti- tuinte do Estado, autorizou áquelle presidente a se enten- dei- desde logo com o Interventor Federal para a localização do T r i b u n a l em edifício apropriado.

A 13 de agoslo foi publicado edital, levando ao conhe- cimento publico a transferencia do T r i b u n a l Regional para determinados commodos do Palácio da Justiça. O T\ibunal depois de ouvido o Procurador Regional, sobro a reclama- ção, resolveu não tomar conhecimento da mesma, por não ser meio idôneo para se obter a revogçaão das decisões das turmas apuradoras ou a solução do questões sobre a p u r a - ção, pura os quaes ha, na lei, recurso adequado.

Não tem fundamento legal a representação, é i m p r o - cedente a nullidade a r g u i d a .

No decreto referido, ha uma providencia, de caracter administrativo, quanto ao edifício, em que deviam íunccio- nar os Tribuna es Regionaes. lúdica va-so. em caracter t r a u - siforio. .o edifício destinado á Assembléa Legislativa do E s - tado.

Logo que esse editicio fosse requerido para o seu f i m próprio, c u m p r i a designar então para o T r i b u n a l . O que era indispensável, sem duvida, era a publicidade que devia Lu' o funccionamenlo do 'Tribunal em outro edifício. A Indo se aítendeu. Por edifaes, no Diário Official, foi a transferencia le\ada ao conhecimento publico.

O candidato L u i z T i r e l l i allega que as urnas não o f l r r e - eiam segurança, lendo, por isso, requerido uma vistoria em todas cilas. Do assumplo me oceopei a propósito dos r e - cursos especiaes. Assim também, do que articula, em se«

recurso geral contra i composição da mesa cleHoral da 1 0a secção, tratarei adiante.

São de todo improcedentes os recursos gerais contra a expedição dos diplomas aos candidatos eleitos pela região do Estado do Amazonas, em que são recorrentes os candidatos e delegados de partidos — Aristides Rocha, L u i z T i r e l l i , Pedro Timóteo de Almeida'Couto e Alexandre de Carvalho L e a l .

II

Sobre os recursos especiacz

1. As eleições de Porto Velho. Da acta geral tia d i - m a - ção consta o seguinte: " N a p r i m e i r a , segunda, terceira, e quarta secções da 1 4a zona eleitoral, município do Porto V e - lho, os trabalhos das eleições se realizaram sem quaosquer re»

clamações, impugnaç.ões ou protestos perante as mesas re- ceptoras. Annunciada, porém, a apuração da eleição r e a l i - zada nessas secções, o candidato Aristides Rocha impugnou perante as respectivas turmas apuradoras a validade das ditas eleições, allegando que as mesmas foram efícetuadas com listas.de eleitores falsas e fraudulentas, e t c . . . O can- didato Leopoldo T . Cunha Mello contestou essa impugnação, e as turmas apuradoras, do accordo com o parecer do D r . P r o c . R c g . , julgaram-na improcedente, proferindo as deci- sões fundamentadas constantes das actas de apuração. O candidato Aristides Rocha recorreu dessas decisões, recursos esses constantes de 2 autos, u m das decisões proferidas pela Ia turma, referentes á Ia c á 3a secç-ões da zona, e o outro das decisões proferidas pela 3" turma, referentes á 2a e 4a secções..." '

O caso da impugnação referente a listas falsas e frau- dulentas foi considerado principalmente no r e c . n . 53, quando o T r i b u n a l Regional expoz os fundamentos de sua decisão, confirmando o que fora resolvido pela 2a turma apuradora.

D i z i a o impugnante: "São nullas as votações das quatro secções eleitoraes do Município de Porto Velho, não deven- do, por isso msemo, ser computado o seu resultado na vota- ção geral das eleições realizadas neste E s t a d o . "

E isso porque o a r t . 46 tio C o d . E l e i t o r a l só permitte a escolha do domicilio eleitoral, distineto do domicilio civil, dentro da mesma região.

Entretanto, por varia» cireumstanoias, numerosos elei- tores, com domicilio civil em Matto Grosso, inscreveram-se em Porto Velho. A impugnação refere-se a funcsionarios públicos de Matto Grosso, eleitores no Amazonas e a elei- tores excluídos, que continuam a figurar nas listas, assim como a empregados da Estrada de F e r r o Madeira Mamorc.

Decidiu o T r i b u n a l Regional, por unanimidade, negar provimento ao recurso: quanto á allegação "do listas falsas ou fraudulentas,- pelo facto de constarem do alistamento d i - versos nomes de cidadãos civilmente domiciliados na região fronteiriça pertencente a Matto Grosso, a impugnação é evidentemente inopportuna, não podendo ser apreciada na phase da apuração, e nem encontra amparo nas disposições dos arts. 46 e 47 do Cod. E l e i t o r a l . — Na verdado (continua o accordão), inscripto o cidadão, o delegado do partido, ou o eleitor, dentro do prazo legal, tem o direito de impugnar a inscripção e, em qualquer tempo, promover a exclusão ou o cancellamento desta, quando, irregular ou annullavel, nos ter- mos do a r t . 50 do Cod. E l e i t o r a l . Não f o i isso observado no caso concreto dos autos: recorrente deixou de usar, em tempo devido, da faculdade que a lei lhe confere,"

Accrescenta o accordão: "Pensa o recorrente dar j u - dieiosa interpretação ao dispositivo do a r t . 40 § único do cit. C o d . , affirmando que a escolha de domicilio eleitoral só é facultada dentro da mesma região eleitoral, não sendo admissível que um cidadão civilmente domiciliado numa re- gião, isto (', n u m Estado da federação, possa eleger domicilio eleitoral em outra região, ou seja noutro Estado, o que ca- racterizaria u m perfeito attentado á autonomia dos E s - tados da Republica. O C o d . E l . " , porém, no seu a r t . 40, fa- cultou ao cidadão, para o exercício do voto, a escolha de do- m i c i l i o difforentc de sou domicilio civil, e, conceituando aquelle. em 'seu § u n . , declarou que — domicilio eleitoral ó o logar onde o cidadão comparece para inscrever-se. E nos

§ § Io e 2° do a r t . 47 preveniu as duas hypotheses de trans- ferencia de domicilio — dentro da mesma região e de u m a para outra r e g i ã o . . . " ' O eleitor, diz ainda o accordão, podo ter inleresses profissionaes em determinado l o g a r . . . o m o - tivos attendiveis que o levem a fazer política fora dahi, onde o attraiam seducções partidárias, razões de caracter regional, tradições políticas de influencia ou de família, ás quaes lhe

•onvenha servir ou manter, no exercício do direito do c o l - a b o r a r na vida política da nação. Para evitar, porém, o ibuso de freqüentes mudanças de domicilio, o Código sabia- aienle estabeleceu que, para o caso dessa faculdade, é essen- cial que tenha decorrido u m anno depois da inscripção, f i - cando impedido de votar o eleitor no novo domicilio, se a transferencia não preceder de u m período maior de 3 mezes da eleição a f a z e r - s e . . . "

(4)

6130 Quarta-feira 26 B O L E T I M E L E I T O R A L Dezembro do

Quanto ao faoto de figurarem nas listas eleitores que já haviam sido excluídos, não foram indicados os seus nomes, nem fornecida a prova do facto. E ' meu parecer que o T r i - bunal Regional decidiu b e m .

Sobre a constituição da mesa receptora contra os dispo- sitivos da lei, tendo como presidente ou supplente u m fune- cionario demissivel ad nutum, o T r i b u n a l Regional decidiu contra a nullidade, em primeiro logar por não se tratar de caso em que seja certo, esteja cumpridamente provada a constituição defeituosa; em seguida;- porque, ainda quando estivesse fora de duvida a demissibilidade ad nutum, dahi não resultaria ser annullada a votação, conforme j u r i s p r u - dência deste T r i b u n a l Superior.

Quanto á fraude e coacção, decidiu, com bons fundamen- tos, o T r i b u n a l Regional: " E s s a allegaçâo só poderá ser de- ferida, quando plenamente provados os factos concretos., Neste sentido, porém, o recorrente nada provou, nem demons- trou que dahi resultasse alteração no resultado final do pleito. Os documentos appensos ao recurso, como prova da allegaçâo, não são de natureza a demonstrar o vicio da ma- nifestação da vontade dos -eleitores, u m dos princípios f u n - damentaes do nosso systema e l e i t o r a l . . . _ Os documentos apenas denunciam propaganda eleitoral, o que não constitue

coacção, que possa viciar a eleição realizada. O temor re- verenciai não supprime a liberdade de acção e de consenti- mento ."

2. A eleição da Capital, 1 0a secção. O fundamento da impugnação foi o de haver presidido a mesa receptora um funecionario demissivel ad nutum. Não ficou apurado que seja demissivel ad nutum o funecionario em questão; de qualquer maneira, porém, já se acha definitivamente pre- visto e decidido em copiosa, invariável, pacifica jurisprudên- cia do T r i b . Superior, que o caso não e de nullidade da vo- tação .

3. Secção única dè Maués. O fundamento da impugna- ção foi exposto no relatório — a agente do correio, a quem a urna foi confiada, ó irmã de um candidato. O T r i b u n a l Re- gional confirmou a decisão da turma apuradora, consMe- rando valida a votação, por isso que a vistoria demonstrou a integridade da u r n a . Assim, nem é caso de suspeição; nem ha indícios de violação. Jmprocede a impugnação, como p e r - loitamenle resolveu o Tribunal recorrido.

A M A Z O N A S *

4. A impugnação do candidato T i r e l l i ás secções de Porto Velho. Allegou-se não estar a urna lacrada regular- mente, havendo indicio de violação. O T r i b . K e g . decidiu que, realmente, se notava a omiss"ão de uma tira de papel em sentido contrario á outra, embora houvesse uma em redor da tampa, vedando a fechadura; tanto esla como a primeira estavam selladas e rubricadas pela mesa e pelos fiscaes; mas, a despeito disso, a t u r m a , ós fiseaes, os can- didatos, inclusive o impugnante, verificaram que a urna não apresentava vestígio ou indício de violação, foi entregue, sem demora á Secretaria do T r i b u n a l , bem como o foram os documentos relativos á eleição; ora, a formalidade- omit- tida era prescripta como medida preventiva de m a i o r ' s e g u - rança, não importando, comtudo, em nullidade de votação sua falta, em si e por si, sem indícios ou vestígios de vio- lação. E ' de se manter a decisão do T r i b u n a l .

5. Vistorias em todas as urnas. São estes os funda- mentos do accordão, que, mantendo a decisão da turma apu- radora, indeferiu a diligencia:

" E m face das disposições do art. 90, n . 1 e. § Io do Cod. E l . e art. 42 das Inst. de 31 de Julho, as urnas elei- toraes suspeitas de violação devem ser submetidas á visto- ria antes da abertura das mesmas e da apuração dos suf- fragios uellas depositados; a vistoria, como meio extraordi- nário de prova, pode ser requerida tanto em causa penden- te, como em acto preparatório; no segundo caso, a inspecção oeular dos factos, resultante da vistoria, serve para de- monstração do direito que o requerente tenciona defender.

i que deve ser declarado, para poder ser examinada a alie- nada necessidade de tal prova; o recorrente, entretanto, dei- tou de declarar o destino que, porventura, devesse ter o audo dos peritos, que procedessem á referida vistoria; além lisso, qualquer exame praticado nas ditas urnas, depois da ibertura das mesmas, careceria de e.ífeito jurídico, por h a - tev cessado a vigilância, em que tinham ficado até o mo - nento da a b e r t u r a " . Estou de accôrdo com a decisão do Tribunal Regional,

E m summa, tleve o T r i b u n a l negar provimento aos r e - cursos geraes/da mesma sorte que aos especiaes. •

i i

C O N C L U S Õ E S -1

As eleições apuradas pelo T r i b u n a l Regional o foram *

accôrdo com a l e i . x -.

Não h a qualquer modificação a fazer nos resultados, apurados (art. 75, § 2o, letras a — g do Reg. Interno).

E* de confirmar-se a expedição dos diplomas aos can- didatos proclamados eleitos.

T r i b u n a l Superior de Justiça Eleitoral, em 31 de D e - zembro de 1934. — Eduardo Espinala.

Publique-se no B o l e t i m . E m 22-12-1934. — Hcrmcne- yildo de Barroui presidente.

A C T A S DA APURAÇÃO GERAL*

A C T A D A APURAÇÃO G E R A L D A S ELEIÇÕES R E A L I Z A - D A S NO D I A l i D E O U T U B R O D E 1934' P A R A D E P U - T A D O S F E D E R A E S E D E P U T A D O S A A S S E M B L E A

C O N S T I T U I N T E D O E S T A D O

Aos dez dias do mez de Novembro de m i l novecentos e trinta e quatro, ás quinze horas, presentes na Sala das Ses- sões do T r i b u n a l Regional Eleitoral, os . Juizes effeclivos Desembargadores Hamilton Mourão. presidente, A r t h u r V i r - gílio do Carmo Ribeiro e Doutor Ricardo Matheus Barbosa

le Amorim, e os substitutos Desembargadores Emiliano S l a - nisláo Affonso e M a r l i n h o de L u n a Alencar, ausentes, po:- terem se declarado impedidos para íuneeionarem nos traba- lhos de apurac-üo das eleições,, acima mencionadas, os demais Juizes effectivos e substitutos do T r i b u n a l , estando tam- bém presentes varias candidatos, fiscaes, representantes <!e Partidos e innumeras outras pessoas, o Senhor Desembar- gador Presidente declarou aberta a sessão e disse que, de conformidade com o disposto nos artigos eincoenta e cinco, eincoenta e seis e eincoenta e nove das Instrucções de trinta e u m de Julho deste anno, approvadas pelo Tribunal Supe- rior de Justiça Eleitoral, para as referidas eleições de qua- torze de Outubro próximo passado, estava o T r i b u n a l reuni- lo, para conhecer da relação a que se refere o citado a r t i - go eincoenta e cinco, apresentado pelo Senhor Director da Secretaria para resolver, as duvidas não decididas pelas dua*s Turmas Apuradoras, para decidir os recursos interposta .Ias decisões proferidas por essas Turmas, constantes das re- ações que, nos termos do paragrapho oitavo, artigo qua- renta e cinco das Instrucções citadas, lhe foram remetíida^

pelos Presidentes das ditas Turmas/ e finalmente, para pro- clamar os candidatos que houvessem sido eleitos. O T r i - bunal, discutidos os assumptos submelfidos á sua aprecia- ção, por unanimidade de votos o de accôrdo com o parecer do Doutor Adroaldo de Carvalho, Procurador Regional E l e i - toral, que também se encontrava presente, deliberou resol- ver preliminarmente, todas as duvidas suscitadas e depois proceder á apuração geral das eleições. Passou-se, em se- guida a fazer a leitura das diversas actas parciaes das T u r - mas Apuradoras e a examinar os documentos referentes a cada uma das secções eleitoraes por- cilas apuradas, pelos quaes verificou-se o seguinte: os trabalhos da primeira, se- gunda, terceira, quarta, quinta, sexta, sétima, oitava e nona secções eleiloraes, da primeira zona, Município desta C a - pital, decorreram sem que a elles fosse apresentada pcl->?

interessados qualquer reclamação, impugnação ou protes- tos; pelos que as Turmas, per;AUe quem também nada foi arguido contra a validade difs eleições realizadas nessas secções, resolveram apurar os suffragios dos eleitores que nas mesmas voíaram; na DÉCIMA SECÇÃO o cândida!,-) Aristides Rocha, que lambem é representante do "Partido Republicano do Amazonas", impugnou perante a mesa re- ceptora a validade da eleição ahi realizada, allegando que, tendo se retirado o presidente, ficara na presidência da mes- ma mesa o supplente Américo Nogueira Ruivo. quer sendo secretario da Cheíalura de Policia, é, como tal, funecionario demissivel ad-nutum. dahi decorrendo por força de dispo- sições expressas do Código E l e i t o r a l e das instrucções fie trinta e u m de Julho, a nullidade da eleição. Essa impugna- ção foi reproduzida por escripto perante a T u r m a A p u r a - dora, que a rejeitou, pelos fundamentos constantes da res- pectiva acta de apuração; decisão essa da qual recorreu <>

impugnante, como consta da mesma acta, o da relação do*

recursos enviados pelos Presidentes das Turmas, a c i m i re-

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Quarta-feira 28 B O L E T I M E L E I T O R A C Dezembro de 1934 6131

feridas: os trabalhos da décima p r i m e i r a , décima segunda, F> décima quarta secções da dita p r i m e i r a zona, quer os referentes á eleição, quer os referentes á apuração, decor- reram sem que a elles fosse apresentada qualquer reclama- rão, impugnação ou protesto, pelo que o T r i b u n a l deliberou -onsiderar regular a apuração realizada; na DÉCIMA T E R C E I R A secção foram tomados em separado, em

•iobrecartas maiores, os votos de vinte doÍ3 eleito- res, em vista de constarem erradamente os seus no- mes na respectiva lista, tendo a T u r m a resolvido apurar esses votos também em separado, em vista de não terem sido prestadas em tempo as informações que a respei- to dos eleitores impugnados pedira ao Doutor Juiz E l e i t o r a l oa -zona; na DÉCIMA Q U I N T A , onde, foi apresentada uma impugnarão pelo Senhor Christiano Duarte Beltrão, fiscal do candidato Pedro Timotheo de A l m e i d a Couto, pelo Lioto de haverem a h i votado eleitores de outras secções da mesma zona, a -Turma Apuradora, como consta da respectiva acta de apuração, resolveu julgar improcedente a impugnação, porque, além de tomados em separado os votos impugnados, os votantes são todos eleitores da zona e não foi contestada

;i sua identidade. Contra essa decisão e contra a anterior- mente proferida pela T u r m a , no incidente havido na décima terceira secção, acima mencionada, não foi interpôs-lo nenhum recurso. Na P R I M E I R A SECÇÃO D A S E G U N D A ZONA E L E I - T O R A L , Município de Itacoatiara, o cidadão José Guedes C a - valcante, fiscal do candidato Estevarn de Castro Pinto, apre- sentou perante r. mesa receptora u m a impugnação referente ao eleitor Sebastião Alves de Almeida, cujo nome não cons- tava cia lista dos eleitores da secção, tendo a mesa deixado • o'e tomar em consideração essa impugnação, porque, por de- liberarão própria, já havia resolvido, de accôrdo com as Ins- iraeções de trinta e um de Julho, tomar o voto desse eleitor em separado. A turma apuradora, "conhecendo da impugna-

ção, apurou esse os votos de outros eleitores, também toma- dos em separadas, porque não se suscitara duvida quanto a eualklade e identidade de qualquer deHes. Contra essa d e l i - beração da T u r m a uculuim recurso foi interposto. Todavia, o candidato I.i : T i r e l l i , requereu que se consignasse na acta de apuração a impugnação feita perante a Mesa Rece- ptora, requerendo lambem o Senhor Azevnar Daniasceuo do Couto, que se cwnsginasse, por igual, na mesma aeía, as r a - razões porque a Mesa rejeitara a impugnação. Esses reque- rimentos foram ambos deferidos pela T u r m a ; na segunda

1st'cçãn eleitoral da referida segunda zona não houve, quer .perante a Mesa Receptora, durante os trabalhos da eleição, * euer perante a T u r m a Apuradora, durante os trabalhos de apuração, qualquer reclamação, impugnação ou protesto;

.acontecendo o mesmo com referencia a secção única tia ter- ceira zona. Município de P a r i n f i n s ; na secção única

da Q U A R T A ZONA eleitoral, Município de Maués, os trabalhos (ia eleição decorreram sem que, perante a Mesa Receptora, fossem apresentadas reclamações, impugnações ou protestos.

Ao iniciarem-se, porém, perante a T u r m a Apuradora os t r a - balhos de apuração dessa secção, o candidato Aristides Rocha, impugnou por esrripto a validade das eleições ahi realisa- (ias. alegando que, tendo a Mesa Receptora, encerrados os seus trabalhos, entregue a urna e os documentos eleitoraes a dona Aracy Verçíisa. agente do Correio local, que2 além de ser irmã tio candidato João Baptista Verçosa, reside na casa deste, dahi resultará a violação do sigillo do voto e, a-'>siui a n u l l i - dade da eleição, porque, tendo ficado a dita urna e do- cumento sob a guarda daquella funeciouaria, bem poderiam ter sido violados. Pelo candidato Leopoldo Tavares da Cunha Aiello. foi contestada essa impugnação, allegando que os mo- tivos da mesma eram improcedentes: todavia, apezar da unia, como a T u r m a constatara, não apresentar qualquer vestígio de violação, requereu o mesmo candidato Leopoldo Tavares da Cunha Mello, que, para ficarem t k vez destruídas

as razões do iiupugnanle, a T u r m a mandasse submetter a dita urna a uma v i s t o r i a . A turma, deferio esse requeri- mento, nomeou peritos e a vistoria foi pelos mesmos r e a l i - zada, sendo respondidos os quesitos que a respeito lhes p r o - pozeram a T u r m a , o conteslante e o impugnante. Apresen- tado o respectivo laudo, a T u r m a , em vista do resultado cio mesmo, e de accôrdo com o parecer do Doutor Procurador Regina! Eleitoral, julgou, em decisão fundamentada, i m p r o - cedente a impugnação ailudida. Dessa decisão recorreu o i m - pugnante para o T r i b u n a l Regional E l e i t o r a l , mandando a T u r m a que, consignada na acta á interposição do recurso, fossem a impugnação, a contestação a ella opposta, o laudo pericial com os . quesitos propostos aos peritos, u m a copia fiutilteniica da acta de apuração das eleições impugnadas, e us raxões de recurso do impugnante — recorrente, e do c o n -

teslante — recorrido autoados e rcmettidos os aulos para o T r i b u n a l , afim de que este decida o recurso de direito e de justiça. Resolvido esse incidente e como não fosse apresen- tada por qualquer outro interessado nenhuma reclamação ou impugnação, a T u r m a passou a proceder a apuração das eleições da secção; na P R I M E I R A SECÇÃO D A Q U I N T A ZONA, Município de Manaeapuru', aberta a respectiva urna, a T u r m a verificou que as sobrecartas nella contidas, encontravam-se numeradas seguidamente e não em serie de um a nove, como determinam as Instrucções de t r i n t a e u m de Julho; pelo que, a T u r m a , considerando que, por semelhante facto, ficara violado o sigillo do voto, resolveu annullar a votação r e a l i - sadst na dita secção, fundando-se, para assim decidir, nas c i - tadas Instrucções e na Jurisprudência a respeito firmada pelo T r i b u n a l Superior. De tudo foi lavrada a competente acta; na segunda secção da referida quinta zona, que fune- cionou no termo annexo de Codajás, decorreram os trabalhos da eleição e os de apuração sem que a elles, quer perante a Mesa Receptora, quer perante a T u r m a Apuradora, fosssem apresentadas quaesquer reclamações, impugnações ou protes- tos; nas secções únicas da sexta, sétima e oitava zonas eleito- raes, Municípios de Coary, Teffé" e Fonte Bôa, decorreram do mesmo modo os trabalhos eleitoraes, sem que, quer perante as respectivas Mesas Receptoras, quer perante as Turmas Apuradoras, apresentassem os interessados reclamações, i m - pugnações ou protestos; na p r i m e i r a e segunda secções elei- toraes da décima segunda zona, que comprehende o Municí- pio de Manicoré e o termo annexo' de Borba, e bem assim na secção única da décima terceira zona, Município de Humay- tá, decorreram os trabalhos eleitoraes, quer os da eleição, per- ante as respectivas mesas receptoras, quer os de apuração, perante as Turmas Apuradoras, sem que a elles fossem -mpos- tas quaesquer reclamações impugnações ou protestos; na P R I M E I R A , S E G U N D A , T E R C E I R A E Q U A R T A SECÇÕES, da DÉCIMA Q U A R T A ZONA E L E I T O R A L , Município de Porto Velho, os trabalhos das eleições se realisaram sem que perante as respectivas Mesas Receptoras apresentassem cs interessados reclamações, impugnações ou protestos. A n - nuneiada, porém, a apuração da eleição .reaüsada nessas secções. o candidato Aristides Rocha, impugnou p e r a n t e a s respectivas Turmas Apuradoras a validade das ditas eleições, alíegando que as mesmas foram effectuadas com listas de eleitores falsas e fraudulentas, perante Mesas Receptoras

illega-lmente constituídas e que, além de ter sido ahi violado o sigillo do voto, houve coacção contra o eleitorado e fraude na respectiva votação, sendo, assim, nullas as eleições procedidas nessa zona. O candidato Leo- poldo Tavares da Cunha Mello, contestou essa impugnação e as Turmas Apuradoras, de accôrdo com o parecer do D o u - cedeutes, proferindo as decisões fundamentadas constantes das respectivas actas tle apurações. O candidato Aristides Rocha, recorreu dessas decisões, recursos esses constantes de dois autos, u m , das decisões proferidas pela p r i m e i r a T u r m a , referentes as primeira e terceira secções da zona, outro, das decisões da segunda Turma, referentes a segunda e quarta secções da mesma zona, tendo as T u r m a s determinado que instruídas com as respectivas impugnações, contestações, uma copia authentica das actas e com as allegações do recorrente e do recorrido, subissem aquellçs dois autos a consideração do Tribunal Regional, para que os decida com entender de d i - reito e justiça. Pelo candidato L u i z T i r e l l i , foram t a m b m i impugnadas as eleições realizadas nas quatro alludidas secções da zona de Porto Velho, sob o fundamento de que, as respectivas urnas não estavam devidamente sediadas c

lacradas com observância da letra a do artigo trinta e frez das Instrucções de trinta e u m de Julho, do que decorria a possibilidade de serem as ditas urnas violadas. O candidato Leopoldo Tavares da Cunha Mello, contestou essa impugna- ção e as Turmas Apuraddoras, de accôrdo com o parecer do Doutor Procurador Regional E l e i t o r a l julgaram a dita i m - pugnação improcedente. O candidato L u i z T i r e l l i , declarou então, que recorreria dessas decisões para o T r i b u n a l R e - gional Eleitoral, o que de facto fez, requerendo na Secretaria do T r i b u n a l , no prazo da lei, que fosse o seu recurso tomado por termo, no que foi attendido, recurso esse que, como os anteriores, consta das relações enviadas ao T r i b u n a l pelos Presidentes das duas T u r m a s . Pelo candidato João P o r c i u n - cula de Moraes, foi requerido que se consignasse nas res- pectivas actas de apuração das ditas secções eleitoraes. quo as urnas nas mesmas utilisadas não t i n h a m sido selladas o lacradas como determina a letra a do artigo trinta e trez das Instrucções de trinta e u m de J u l h o ; pelo que eram as dit-v.

urnas "violáveis". A T u r m a deferio o requerimento dessev candidato; na p r i m e i r a secção da décima quinta zona, co-

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6132 Quarta-feira 2(3 B0Í.ET1M F . Í . F . Í T O R A C Dezembro de 1'.)3!

marca do Rio Negro, euja eleição se realizou em Barccllos, a T u r m a , abrindo a respectiva urna. depois feitas as v e r i f i c a - ções preliminares, constatou que as sobrecartas encontradas na mesma urna estavam numeradas seguidamente, c não em serie de u m a nove, consoante determinam as Instrucções de trinta e um de J u l h o . E m vista disso, a T u r m a conside- rando que havia sido violado nessa secção o sigillo absoluto do voto, declarou nulla a eleição a h i roalisada, tudo de accôrdo com o parecer do Doutor Procurador Regional E l e i - toral. A respeito foi lavrada a competente acta e nenhum recurso foi interposto da decisão da T u r m a ; n a segunda secção da mesma zona, cuja eleição se realizou em M O U H A .

oceorreu' facto idêntico ao oceorrido em Barccllos, isto é, as sobrecartas contidas na respectiva u m a estavam também n u - meradas seguidamente, e não em series de u m a nove, pelo que a T u r m a , pelos mesmos fundamentos da decisão profe- rida a respeito da eleição de Barcellos, annullou, de accôrdo com o parecer do Doutor Procurador Regional E l e i t o r a l , r>

eleição feita na dita secção c i e M o u r a ; lavrando-sc a com- petente acta e não tendo sido interposto nenhum recurso d-t decisão proferida jiola T u r m a ; finalmente, na secção única tia décima sexta zona eleitoral, Município de Bòa Vista do Rio Branco, os trabalhos eleitoraes decorreram regularmenl«, sem que, quer perante a Mesa Receptora, por oceasião d", eleição, fossem pelos interessados apresentados quaesquer

reclamações, impugnações ou protestos. Segundo a relação, apresentada pelo Senílor Secretario do T r i b u n a l Regional, em cumprimento a determinação constante do artigo eincoenta e cinco das Instrucções de trinta o u m de Julho, deixou-<V haver eleição nos seguintes municípios: — S I L V E S e U R U - OURITUBA, termos annexos á segunda zona; U R U G A R A ' o RARREIR1NHA, termos annexos á terceira zona; SÃO P A U L O D E O L I V E N C A e B E N J A M I N CONSTANT, termos annexos d-t oitava zona; JOÃO PESSOA, sédc e C A R A U A R Y , termo a i - nexo da nona zona; L A B R E A , sede c C A N U T A M A termo annexo da décima zona; SÃO G A B R I E L , termo annexo da dé- cima quinta zona; e, F R O U I A N O P E I X O T O , décima prime5r-i zona. O motivo de tal falta, quanto aos onze primeiros des- ses Municípios, foi, conforme a dita relação, o facto de be- ver nos mesmos numero insufficiente de eleitores, isto é ineno*

de eincoenta eleitores em cada um, não podendo, portanto, serem feitas ahi secções eleitoraes; o quanto a Floriaoe Peixoto, não houve eleições a h i , porque, apezar de r e - mettidos pela Secretaria do T r i b u n a l em data de treze de Setembro, a urna e o material padronizado destinados a essft zona, só chegaram ao seu destino após a data fixada para as eleições, isto é, no dia dezeseis de Outubro. Passando em seguida a resolver as duvidas suscitadas e os recursos inter- postos, acima mencionados, o T r i b u n a l deliberou que não éri caso dc se proceder a novas eleições nas secções annulladas de Manacapurú, quinta zona eleitoral, c dc Moura e Barcellos.

décima quinta £ona eleitoral, porque o caso não estava * n - chiirlo entre aquellos a que se refere o artigo noventa do Código Eleitoral, e nos quaes segundo o paragrapho terceiro do citado artigo, deveria ser renovada a votação; resolveu também que não havia motivo para se fazer eleição na zona de Floriano Peixoto; resolveu, ainda que os vinte'e dois votos apurados em separados na décima terceira secção da primeira zona, deveriam todos ser addicionados aos demais, votos desça secção, porque, segundo a informação prestada pelo Doutor Juiz Eleitoral, não ha duvida quanto a identidade dos elei- tores que os deram, os quaes estão todos alistados na zona e.

pertencem a dita secção onde votaram; resolveu mais appro- var a decisão da T u r m a quanto á impugnação apresentada perante a Mesa Receptora da décima quinta secção, alem de outros motivos, porque não houve recurso da mesma decisão:

resolveu em seguida, alem de outros, pelo motivo de não ter havido recurso, approvar a decisão da T u r m a que regeitou a impugnação apresentada perante a Mesa Receptora da p r;- meira secção da segunda zona. Depois do resolvidas essas duvidas passou o T r i b u n a l a decidir os recursds interpostos das decisões das Turmas, acima mencionadas, constantes d»

relação enviadas pelos Presidentes das mesnías Turmas, o«

quaes recursos haviam sido previamente distribuídos. F o i submettido a julgamento em p r i m e i r o logar o recurso n u - mero eincoenta e dois interposto pelo cidadão Aristides R o - cha, da decisão proferida pela segunda T u r m a Apuradora, na impugnação opposta pelo mesmo candidato á validade da eleição realizada na DÉCIMA SECÇÃO D A P R I M E I R A Z O N 1 E L E I T O R A L , Município de Mandos, impugnação essa e.m que se arguia ter sido a Mesa Receptora da dita secção eleitoral presidida nor u m funecionario demissivel ad-nulvm. Relatado o feito pelo Senhor Desembargador Arl.hiír Virgílio, occnpou o iribuna o candidato Leopoldo T a -

vares da Cunha Mello, na qualidade de conlestante da i n . p u - gnação, o qual fazendo varias cansiderações em torno do taso, disse que a nullidade arguida não occorre.va, polo que con- eluio pedindo que o T r i b u n a l julgando a niaier.-r negassí provimento ao recurso o mantivessse a decisão da T u r m a Apuradora. Ouvido o Doutor Procurador P.egíom', emJttio este por escripto o seu par.ocer, em que opina pelo não pro- vimento do recurso. Com a palavra, o Senhor Juiz relator, fez varias considerações sobre o assumpto em debate, mostrou que não se tratava no caso de funecionario demissivel ad-notum e que, ainda que de tal se tratasse, dahi não decor- reria a nullidade da eleição, porque, sendo esse fuoocion-.tr Ú eleitor na zona. c tendo sido nomeado mesario seio Juiz com- petente, a sua nomeação, consoante a Jurisprudência do T r i - bunal Superior- deve prevalecer, porque, appare-d.emente foi feita em fôrma legal. Assim, concluio o dito Juiz relator, e n - tendia que não oceorrera a nullidade da eleição, arguida pelo

recorrente, em vista do que, seu voto era no sjntido de ne- gar-se provimento ao recurso. Continuando a discussão os demais Juizes manifestaram-se de accôrdo com o relator, depois cK) que, encerrados cs debates, decidio o T r i b u n a l por unanimidade de votos negar provimento ao recurso interpôs, to. E m vista do adiantado da hora, (dezenove horas) e dc necessitarem os Senhores Juizes de repouso, o Senhor Desem- bargador Presidente suspendeu a sessão, marcando unia outra, extraordinária, para o d i a doze deste mez a hora regi- mental, para o f i m do nessa sessão proseguiiem-se os t r a - balhos dc apuração. P a r a constar, eu, Godofredo Osvalcuníi i.la Cunha Vasconcellos, secretario interino lavrei a preseme acta que vae assignada pelo Senhor Desembargador Presi- dente, os demais Juizes e o Doutor Procurador Usgional. a.)

Hamilton Mourão, Presidente. — Arthur VH'0>lio. — eardo 31. li. dc Am-nrim. — fc'. Stanisláo Affnuso — í.uni Alencar — Adroaldo de Carvalho, Procurador Regional.

E u , Godofrodo Cavalcanti da Cunha Vasconcellos, seereia-u interino, conferi e concertei a presente c o p i a .

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A C T A D E APURAÇÃO G E R A L D A S ELEIÇÕES R E A L I Z A D A S NO D I A 14 D E O U T U B R O D E 1934, P A R A D E P U T A D O S F E D E R A E S E D E P U T A D O S A ' A S S E . U B L E ' V C O N S T I - T U I N T E DO E S T A D O , E M CONTINUAÇÃO A" A C T A A N - T E R I O R L A V R A D A E M 10 DO CORREM'ií M K Z . Aos doze dias do mez de novembro de m i l novecentos e trinta e quatro, ás quinze horas, na sala das sessões do T r i b u n a l Regional, presentes os juizes cHeelivos desembar- gadores Hamilton Mourão, presidente, A r t h u r Virgílio do Carmo Ribeiro e doutor Ricardo Mathens Barbosa de A m o - r i m , os juizes substitutos desembargadores E m i l i a n o Stanis- láo Affonso ti Martinho de L u n a Alencar, ausentes por mo- tivo dc impedimento legal os demais jir.xes effectivos e substitutos, foram pelo T r i b u n a l Regional, depois de aberta a sessão, a que estiveram presentes o doutor Adroaldo de Carvalho, procurador regional eleitoral, vários candidatos, fiscaes, representante de partido e inúmeras outras pes- soas, retomados os trabalhos concernentes á apuração geral das eleições do. quartoze de outubro próximo passado, para deputados íederaes c deputados á Assembiéa Constituinte do

•Estado, irabalhos esses que, por motivo de força maior ha- v i a m sido suspensos no dia dez ás dezenove horas, conforme consta da acta anterior. Continuando a julgar os rrem-sos interpostos das decisões proferidas pelas Turmas Apurado- ras, constantes das relações remettidos pelos presidentes das mesmas, foram pelos juizes doutor Ricardo Ainorim e Lima.

Alencar, apresentados os recursos números eincoenta c ein- coenta e tres, interpostos das decisões-da primeira e segunda turmas, que rejeitaram as impugnações opuoslas á vaW<tad<j das eleições realizadas nas secções eleitoraes da décima quarta zona, município de, Porto Velho, e nas quaes foi i n i - pugnanfe o candidato Aristides Rocha, ora recorrente. Ileia-

•tado em p r i m e i r o logar o recurso numero eincoeeíá" e Ires.

interposto das decisões da segunda T u r m a Apuradora, re- ferente á segunda o quarta secções da dita zona eieitoral. <•

j u i z doutor Ricardo A m o r i m , fez minur-ios-, exposição da matéria do mesmo recurso, depois do que, da tribona, o re- corrente procurou demonstrar as razões que lhe assisüam quando arguiu a nullidade das eleições dessas .>. das demais secções da zona alludida, insistindo nas aüegaçõès constan- tes de sua impugnação e das razões juntas ao seu recurso «.

concluindo por pedir que, dando provimento ao -urânio r e - curso, o T r i b u n a l reformasse as decisões iwoivtdns e on?im rtecrelasse a. annullação das eleições impugnadas. Indo por

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