Fase 1 – Identificação Fase 2 – Questionando Fase 3 –Procure provas Fase 4 – Alternativas
Fase 5 – Descatastrofizando
Fase 6 – Apenas deixe estar
Fase 7 - Enfrentando
Agora que você está consciente da importância dos seus pensamentos negativos e aprendeu a colocá-los em diferentes categorias (por exemplo, leitura da mente ou previsão do futuro), você pode começar a usar algumas dessas técnicas da terapia cognitiva para pô-los em questão. Tenha em mente que você não está tentando "parar de pensar" e que não está tentando suprimir seus pensamentos. Você simplesmente vai testá-los. Você poderá constatar que seus pensamentos de ansiedade são extremos, inválidos - e, até mesmo, bobos.
Analisemos mais de perto o modo como podemos identificar, categorizar, classificar e até medir esses pensamentos ansiosos e negativos.
Reconheça a diferença entre um pensamento e um sentimento. Imagine que você esteja caminhando pela rua na escuridão e que ouça três homens caminhando rapidamente atrás de você. Você se sente ansiosa e com medo porque
“pensa” que eles vão atacá-la.
Esse sentimento de ansiedade é sua emoção, e o pensamento é sua interpretação do que está acontecendo: "Serei atacada".
Contudo, se você tivesse pensado: "São pessoas que estão saindo de uma convenção de médicos", teria um sentimento diferente, de indiferença. (Técnica: Explicação de como os pensamentos criam sentimentos – pág. 24) Seus pensamentos o levam a se sentir ansiosa. Você pode notar que sua ansiedade é frequentemente o resultado de sentir ameaças que podem não ser reais.
Por exemplo: "Sinto-me ansiosa porque penso que vou fracassar". Comece monitorando seus pensamentos ansiosos negativos. Escreva seus pensamentos quando estiver ansiosa. Se você notar que está se sentindo ansiosa e pensando que vai se sentir mal ou perder o controle, escreva esses pensamentos e guarde o que escreveu. Depois, veremos como esses pensamentos podem ou não ser irreais.
Distinga pensamentos de fatos. Por exemplo: acredito que está chovendo lá fora, mas isso não quer dizer que acredito que seja um fato. Preciso ter provas - ir lá fora - para ver se está chovendo. (Técnica: Distinção entre pensamentos e fatos – pág. 27)
Identifique e categorize os pensamentos automáticos distorcidos.
Use o formulário para colocar seus pensamentos negativos nas categorias delineadas lá. Por exemplo: "Estou sempre errando" (supergeneralização) ou "Sou um idiota" (rotulação). (Técnica: Categorização das distorções do pensamento – pág.34)
Classifique sua confiança na precisão de seus pensamentos e também a intensidade de seus sentimentos. Por
exemplo, "Sinto-me ansioso" (80%) "porque acho que vou fracassar" (95%). (Técnica: Avaliação do grau de emoção e
do grau de crença no pensamentos – pág. 30)
Agora que você conhece seus pensamentos negativos você pode começar a usar algumas dessas técnicas da terapia cognitiva para pô-los em questão. Você simplesmente vai testá-los, questionar a validade e refletir sobre eles.
Vamos examinar mais de perto os efeitos destes pensamentos no sentimento de ansiedade e o que eles significam e como colaboram para manter a negatividade dos seus comportamentos.
Analise o custo-benefício. Pese os custos e benefícios de seus pensamentos ansiosos.
Exemplo de pensamento: "Preciso fazer alguma coisa para que nada de mal aconteça".
Custos: "Esse pensamento me deixa ansiosa, hipervigilante e diminui minha capacidade de fazer alguma coisa positiva".
Benefícios: "Talvez eu consiga chamar a atenção das pessoas".
Conclusão: "Eu estaria muito melhor se não pensasse assim". (Técnica: Análise de Custo-Benefício – pag. 57)
Examine a lógica de seus pensamentos. Você chega a conclusões precipitadas, que não se seguem logicamente às premissas?
Por exemplo, "Sou um fracasso porque não consegui evitar que esta situação acontecesse".(Técnica: Exame da qualidade das evidências – pag. 62)
Qual é a prova a favor e qual é a prova contrária a seu pensamento? Você está chegando a conclusões precipitadas, sem informações suficientes? Você só busca provas que sustentam seus pensamentos e não provas que os possam refutar?
(Técnica: Exame das evidências – pag. 60)
Distinga possibilidade de probabilidade. Pode ser que você tenha um ataque cardíaco se estiver ansioso, mas isso é provável?
Se tivesse de apostar, apostaria no resultado ruim, ou contra sua previsão? (Técnica: Inundação com Incertezas – pag. 140) O que significaria (o que aconteceria, por que seria um problema) se ocorresse uma perda de emprego?
O que aconteceria a seguir?
E o que isso significaria - o que aconteceria, por que seria um problema?
Por exemplo, com a perda, seu coração bateria rapidamente, vc. ficaria cada vez pior e teria um ataque de pânico, cairia, ficaria
inconsciente e entraria em coma.
Agora que você já tem dúvidas sobre a validade dos seus pensamentos negativos você pode começar a procurar evidências de que eles são irreais, tentar encontrar provas de que não são adequados . Vamos testar a veracidade dos pensamentos negativos, testar inclusive a veracidade das provas negativas que possamos encontrar.
Técnica do duplo padrão. Pergunte a si mesmo: ''Você aplicaria o mesmo pensamento (interpretação, padrão) aos outros como aplica a si mesmo? Por quê?".
Por exemplo, se uma amiga estivesse sofrendo muito porque pensa que nada vai dar certo, tudo está errado, você pensaria que ela está pensando adequadamente? (Técnica: Duplo-padrão – pag. 211)
Pese as provas favoráveis e contrárias a seu pensamento. Exemplo de pensamento: "Meu irmão está fazendo alguma coisa inadequada”.
Prova favorável: "Estou ansiosa, preocupada (pensamento emocional); às vezes, as pessoas não fazem as coisas como eu gostaria e sim como elas acham que devem fazer".
Prova contrária: "Sou uma pessoa correta; tudo o que eu faço é para o bem de todo mundo, porque as pessoas não pensam e fazem como eu".
Conclusão: "Não disponho de muitas provas convincentes de que serei aceita, apesar de me considerar certa." (Técnica: Questionamento Socrático)
Examine a qualidade da prova. Sua prova é de fato boa? Sua prova aguentaria a investigação feita por terceiros? Você está usando o pensamento emocional e informações seletivas para sustentar seus argumentos? (Técnica: Identificação dos esquemas emocionais – Pág.
290)
Mantenha um diário das provas favoráveis e contrárias a seus pensamentos. Registre as provas em um diário de
comportamentos/eventos que confirmem ou não um pensamento. Por exemplo, se você pensa que nada vai dar certo, registre os seus níveis de ansiedade durante o dia.
Ou se você pensa que somente passa pela sua cabeça coisas ruins, negativas, catastróficas, mantenha um registro das coisas positivas, neutras ou negativas que você pensa diariamente.
(Técnica: Automonitoramento)
Formulário: Registro do Grau de Crença no Pensamento
Nome:_________________________________________________________ Data:
O grau em que você acredita em um pensamento negativo específico pode mudar no descorrer do dia. Por exemplo, a crença "Não sou capaz fazer nada" pode ser muito forte quando você ainda está na cama, de manhã. Você pode acreditar nisso 95%. Mas quando está no, você pode acreditar 10% nesse pensamento. Mantenha um registro da crença negativa durante alguns dias e trente perceber se há alguma mudança ou variação no grau em que você acredita nela. O que você está fazendo quando essa variação ocorre? Você está com alguém? A força da crença varia de acordo com a hora do
dia?
Crença negativa:
Hora e atividade % de crença Hora e atividade % de Crença