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Questões para revisão VG 9º Ano

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Academic year: 2021

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Questões para revisão – VG – 9º Ano   

Texto: 

Vou direto ao ponto: estive em Paris. Está dito e precisava ser dito, logo verão por quê. Mas é difícil  escapar à impressão de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer isto. Culpa da nossa velha francofilia (já  um  tanto  fora  de  moda).  Ou  do  complexo  de  eternos  colonizados  diante  dos  países  de  primeiro  mundo.  Alguns significantes, como Nova Iorque ou Paris, produzem fascínio instantâneo. Se eu disser “fui a Paris”, o  interlocutor responderá sempre: “que luxo!”. E se contar: “fui assaltada em Paris”, ou “fui atropelada em  Paris”,  é  bem  provável  que  escute:  “mas  que  luxo,  ser  assaltada  (atropelada)  em  Paris!”.  O  pior  é  que  é  verdade. É um verdadeiro luxo, Paris. Não por causa do Louvre, da Place Vêndome ou dos Champs Élisées.  Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa. Meu luxo é andar  nas ruas, a qualquer hora da noite ou do dia, sozinha ou acompanhada, a pé, de ônibus ou de metrô (nunca  de táxi) e não sentir medo de nada. Melhor: de ninguém. Meu luxo é enfrentar sem medo o corpo a corpo  com a cidade, com a multidão.  

O  artigo  de  luxo  que  eu  traria  de  Paris  para  a  vida  no  Brasil,  se  eu  pudesse  –  artigo  que  não  se  globalizou, ao contrário, a cada dia fica mais raro e caro – seria este. O luxo de viver sem medo. Sem medo  de  quê?  De  doenças?  Da  velhice?  Da  morte,  da  solidão?  Não,  estes  medos  fazem  parte  da  condição  humana. Pertencemos a esta espécie desnaturada, a única que sabe de antemão que o coroamento da vida  consiste na decadência física, na perda progressiva dos companheiros de geração e, para coroar tudo, na  morte. Do medo deste previsível grand finale não se escapa. O luxo de viver sem medo a que me refiro é  bem outro. O de circular na cidade sem temer o semelhante, sem que o fantasma de um encontro violento  esteja  sempre  presente.  Não  escrevi  “viver  numa  sociedade  sem  violência”,  já  que  a  violência  é  parte  integrante da vida social. Basta que a expectativa da violência não predomine sobre todas as outras. Que a  preocupação com a “segurança” (que no Brasil de hoje se traduz nas variadas formas de isolamento) não  seja o critério principal para definir a qualidade da vida urbana. Não vale dizer que fora do socialismo este  problema não tem solução. Há mais conformismo do que parece em apostar todas as fichas da política na  utopia. Enquanto a sociedade ideal não vem, estaremos condenados a viver tão mal como vivemos todos  por aqui? Temos que nos conformar com a sociabilidade do medo?  Mas eu conheço, eu vivi numa cidade diferente desta em que vivo hoje. Esta cidade era São Paulo.  Já  fiz  longas  caminhadas  a  pé  pelo  centro,  de  madrugada.  Namorando,  conversando  com  amigos,  pelo  prazer  despreocupado  da  flânerie*.  A  passagem  do  ano  de  1981  para  82  está  viva  na  minha  lembrança.  Uma amiga pernambucana quis conhecer a “esquina de Sampa”. Fomos, num grupo de quatro pessoas, até  a  Ipiranga  com  a  São  João.  Dali  nos  empolgamos  e  seguimos  pelo  centro  velho.  Mendigos  na  rua  não  causavam medo. Do Paysandu (o Ponto Chic estava aberto, claro!) seguimos pelo Arouche, República, São  Luís,  Municipal,  Patriarca,  Sé;  o  dia  primeiro  nasceu  no  Largo  São  Bento.  Não  escrevo  movida  pelo  saudosismo,  mas  pela  esperança.  Isso  faz  tão  pouco  tempo!  Sei  lá  como  os  franceses  conseguiram  preservar seu raro luxo urbano. Talvez o valor do espaço público, entre eles, não tenha sido superado pelo  dos  privilégios  privados.  Talvez  a  lei  se  proponha,  de  fato,  a  valer  para  todos.  Pode  ser  que  a  justiça  funcione  melhor.  E  que  a  sociedade  não  abra  mão  da  aposta  nos  direitos.  Pode  ser  que  a  violência  necessária se exerça, prioritariamente, no campo da política, e não da criminalidade. Se for assim, acabo de  mudar de idéia. Viver sem medo não é, não pode ser um luxo. É básico; é o grau zero da vida em sociedade.  Viver com medo é que é uma grande humilhação.  *flânerie (substantivo feminino): passeio sem destino.  (Maria Rita Kehl. Você tem medo de quê? Em: http://www.mariaritakehl.psc.br, 2007, adaptado.)    01. Considere as afirmações abaixo:   I. Para a autora, o luxo de Paris não se restringe somente ao aspecto físico da cidade.   II. A autora mostra algumas diferenças entre viver em Paris e em uma cidade brasileira como São Paulo.   III. A autora, tomada pela francofilia, quer mostrar, ao longo do texto, o luxo urbano raro de Paris.     De acordo com o texto, está(ão) correta(s)   a) apenas a I 

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b) apenas I e II  c) apenas I e III  d) apenas a II  e) apenas a III    02. Da leitura do texto, NÃO se pode inferir que   a) os brasileiros entendem segurança como forma de isolamento.   b) a cidade de Paris é desprovida de violência.  

c) em  Paris,  podem‐se  usar  meios  de  transporte  coletivos  a  qualquer  hora  do  dia  e  da  noite,  sem  medo da violência.   d) a globalização proporcionou a importação de bens  luxuosos da França, mas não a consciência de  coletividade da nação francesa.   e) a ação de andar livremente pelas ruas de Paris não é acompanhada pela expectativa da violência.    03. O destaque para o luxo urbano de Paris é dado principalmente porque a cidade   a) proporciona segurança aos que andam pelas ruas.   b) pertence a um país de primeiro mundo.   c) é globalizada, com baixo índice de mortalidade.   d) apresenta passado socialista, sem política utópica e conformista.   e) limita a violência ao campo da política.    04. Da leitura do texto, pode‐se inferir que   a) os medos inerentes à condição humana – provocados pela consciência da velhice, morte, solidão e  das perdas – são tão humilhantes quanto o medo da violência.  

b) a  autora  apresenta  duas  cidades  de  São  Paulo,  diferentes  não  no  aspecto  geográfico,  mas  no  aspecto social, considerando o eixo do tempo.  

c) a autora mostra‐se incoerente, quando diz, em momentos distintos do texto, que viver sem medo  da violência é e não é um luxo.  

d) quando a autora diz que não anda de táxi em Paris, ela sugere que não usa esse meio de transporte  por motivos econômicos.  

e) a  autora  sugere  que,  mesmo  fora  da  utopia,  é  possível  a  existência  de  uma  sociedade  sem  violência, onde inexista o medo urbano. 

 

05. “Mas  é  difícil  escapar  à  impressão  de  pedantismo  ou  de  exibicionismo,  ao  dizer  isto.”  Com  o  pronome isto, a autora refere‐se   a) à sua estada em Paris.   b) à necessidade de ter estado em Paris.   c) ao pedantismo ou exibicionismo de dizer que esteve em Paris.   d) à francofilia que justifica dizer que esteve em Paris.   e) ao complexo brasileiro de eterno colonizado.    06. Assinale a opção que apresenta os significados corretos para os termos numerados:  

I.  Pertencemos  a  esta  espécie  desnaturada,  a  única  que  sabe  de  antemão  que  o  coroamento  da  vida  consiste na decadência física, na perda progressiva dos companheiros de geração e, para coroar tudo, na  morte.  

II.  Pode  ser  que  a  violência  necessária  se  exerça,  prioritariamente,  no  campo  da  política,  e  não  da  criminalidade.  a) previamente, encerramento, precipuamente   b) precipuamente, auge, principalmente   c) antecipadamente, auge, permanentemente   d) precipuamente, encerramento, principalmente   e) antecipadamente, esplendor, permanentemente 

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  Texto: 

O que é inovação para você? 

 

A  palavra  inovação  "está  na  moda  e  isso  é  um  problema,  porque  tudo  vira  inovação",  diz  Ulisses  Zamboni, presidente da agência de publicidade Santa Clara. 

Há "exageros na publicidade" quando se fala nesse tema, diz Guto Grieco, coordenador do centro  de inovação e criatividade da ESPM. "Inovação é só o que tira do conforto, muda algo com que você já está  acostumado", define Zamboni. 

Segundo  sondagem  da  ABDI  (Agência  Brasileira  de  Desenvolvimento  Industrial),  no  segundo  trimestre, 55,7% das empresas brasileiras realizaram alguma mudança em seus produtos ou processos. No  começo de 2010, esse percentual era 71,4%. Para a agência, incertezas em relação ao futuro da economia  global fazem com que empresários adiem as decisões em relação a mudanças. 

O  estudo  é  realizado  apenas  com  grandes  companhias  brasileiras,  mas  as  pequenas  empresas  costumam acompanhar as tendências das grandes, afirma a diretora da agência Maria Luisa Leal.  (Felipe Gutierrez. In: Folha de São Paulo, 30/09/2012)    07. Assinale a alternativa incorreta:  a) Infere‐se da leitura do texto e do título a ele conferido que o conceito do vocábulo inovação, cujo  uso tem‐se transformado em modismo, tem gerado alguns equívocos. 

b) De  acordo  com  o  texto,  as  incertezas  em  relação  ao  futuro  da  economia  global  têm  servido  de  motivo para o adiamento dos processos inovadores, o que contraria a vontade dos empresários.  c) Infere‐se  da  leitura  do  texto  que,  assim  como  as  grandes  companhias,  as  pequenas  empresas 

apresentaram, em 2012, queda nas inovações, em relação a 2010. 

d) De acordo com o texto, a consequência do problema que acarreta a palavra inovação é: “tudo vira  inovação”, e a causa é: “está na moda”. 

e) Apesar  de  o  estudo  não  ter  sido  realizado  com  pequenas  empresas,  também  houve  a  queda  de  inovações destas.    Texto:  Nasce um escritor    “O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como  tema. A classe inspirou‐se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados;  o  episódio  do  Adamastor  foi  reescrito  pela  meninada.  Prisioneiro  no  internato,  eu  vivia  na  saudade  das  praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O  mar de Ilhéus foi o tema de  minha  descrição.  Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela.  

Na  aula  seguinte,  entre  risonho  e  solene,  anunciou  a  existência  de  uma  vocação  autêntica  de  escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou,  que  o  autor  daquela  página  seria  no  futuro  um  escritor  conhecido.  Não  regateou  elogios.  Eu  acabara  de  completar onze anos.  

Passei  a  ser  uma  personalidade,  segundo  os  cânones  do  colégio,  ao  lado  dos  futebolistas,  dos  campeões de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo  Literário  onde  brilhavam  alunos  mais  velhos.  Nem  assim  deixei  de  me  sentir  prisioneiro,  sensação  permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas.  

Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou‐me sob  sua proteção e  colocou em minhas mãos livros de sua estante.  Primeiro "As  Viagens de Gulliver", depois  clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses.  

Data  dessa  época  minha  paixão  por  Charles  Dickens.  Demoraria  ainda  a  conhecer  Mark  Twain,  o  norte‐americano não figurava entre os prediletos do padre Cabral. Recordo com carinho a figura do jesuíta  português  erudito  e  amável.    Menos  por  me  haver  anunciado  escritor,  sobretudo  por  me  haver  dado  o 

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amor  aos  livros,  por  me  haver  revelado  o  mundo  da  criação  literária.  Ajudou‐me  a  suportar  aqueles  dois  anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão”.  (Jorge Amado)    08. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:   a) Façam uma descrição sobre o mar;   b) Descrevam os mares encapelados de Camões;   c) Reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;   d) Façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados;   e) Retirem de Camões inspiração para descrever o mar.    09. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo:  a) Conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver";   b) Assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses;   c) Amor por Charles Dickens;   d) Mar descrito por Mark Twain;   e) Saber já feito, já explorado por célebre autor.    10. Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu caminho:  a) Os colegas do internato;   b) A cela do Padre Cabral;   c) A prisão do internato;   d) O mar de Ilhéus;  e) As praias do Pontal.    11. Conclui‐se, da leitura do texto, que:  a) O professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram;  b) O professor mostrou‐se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus;  

c) O  professor  ficou  satisfeito  ao  ver  que  um  de  seus  alunos  demonstrava  gosto  pela  leitura  dos  clássicos portugueses;  

d) A competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência de ser  bom atleta ou bom em matemática;  

e) Graças  à  amizade  que  passou  a  ter  com  Padre  Cabral,  o  narrador  do  texto  passou  a  ser  uma  personalidade no colégio dos jesuítas.    Texto:  O ENCONTRO    Em redor, o vasto campo. Mergulhado em névoa branda, o verde era pálido e opaco. Contra o céu,  erguiam‐se  os  negros  penhascos  tão  retos  que  pareciam  recortados  a  faca.  Espetado  na  ponta  da  pedra  mais alta, o sol espiava atrás de uma nuvem.  “Onde, meu Deus?! – perguntava a mim mesma – Onde vi esta mesma paisagem, numa tarde assim  igual?”  Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar. Nas minhas andanças pelas redondezas, jamais fora  além do vale. Mas nesse dia, sem nenhum cansaço, transpus a colina e cheguei ao campo. Que calma! E  que desolação. Tudo aquilo – disso estava bem certa – era completamente inédito pra mim. Mas por que  então  o  quadro  se  identificava,  em  todas  as  minúcias,  a  uma  imagem  semelhante  lá  nas  profundezas  da  minha  memória?  Voltei‐me  para  o  bosque  que  se  estendia  à  minha  direita.  Esse  bosque  eu  também  já  conhecera com sua folhagem cor de brasa dentro de uma névoa dourada. “Já vi tudo isto, já vi... Mas onde?  E quando?” 

Fui andando  em direção aos penhascos. Atravessei o campo. E cheguei à boca do abismo cavado  entre as pedras. Um vapor denso subia como um hálito daquela garganta de cujo fundo insondável vinha 

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um remotíssimo som de água corrente. Aquele som eu também conhecia. Fechei os olhos. “Mas se nunca  estive aqui! Sonhei, foi isso? Percorri em sonho estes lugares e agora os encontro palpáveis, reais? Por uma  dessas extraordinárias coincidências teria eu antecipado aquele passeio enquanto dormia?” 

Sacudi  a  cabeça,  não,  a  lembrança  –  tão  antiga  quanto  viva  –  escapava  da  inconsciência  de  um  simples  sonho.  (Lygia Fagundes Telles, in "Oito contos de amor")    12. A frase “Já vi tudo isso, já vi... Mas onde?” O uso das reticências sugere:   a) Impaciência;   b) Impossibilidade;   c) Incerteza;   d) Irritação;   e) Inquietação.    13. “O Sol espiava atrás de uma nuvem...” Neste trecho a autora faz uso de uma figura de linguagem  muito comum nos textos descritivos. Trata‐se de uma   a) Hipérbato;   b) Assonância;   c) Metáfora;   d) Catacrese;   e) Prosopopeia.      Texto:  CARTA ABERTA SOBRE MOVIMENTO GREVISTA NO ABC PAULISTA    São Paulo, 2 de abril de 1980    Mãe,    Tudo errado nesta greve dos metalúrgicos. 

Ninguém  ouviu  as  instruções  do  ministro  do  Trabalho?  Alguém  entendeu  que,  para  ser  legal,  é  preciso que não haja incitamento, isto é, que a greve seja espontânea? 

Então aprendam rapidamente as regras do jogo. 

Vamos  dizer  que  você  acorde  de  manhã  e,  vendo  que  não  tem  café  nem  pão,  resolve  parar  de  trabalhar  até  ter  o  que  comer.  Se  calhar  de  os  150  mil  metalúrgicos  terem  a  mesma  ideia,  ao  mesmo  tempo, na mesma hora, ficará caracterizada a greve espontânea. 

Mas,  se  o  tom  de  voz  usado  for  acima  de  0,2  decibéis  ou  for  acompanhado  por  um  cruzar  de  braços, ficará evidenciado o incitamento. 

Comunicar tal decisão através de folhetos, circulares, reuniões, concentrações, utilizar megafones,  apitos (…) é incitamento dos baitas. 

Sim!  Desmaiar  por  fome  ou  mostrar  dedos  amputados  por  tornos  é  incitamento  justificável,  mas  que, devido ao seu grande apelo, será o mais vigiado. (…)         Henfil    (Henfil, Cartas da mãe. 1980.)    14. É correto afirmar que, nesse texto,  a) o tom coloquial é injustificável, pois cartas requerem formalismo e tratamento respeitoso ao  destinatário.  b) a mãe é um destinatário de ficção, haja vista que, no desenvolvimento, o autor faz referência a  outros leitores (“aprendam”, “você”). 

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c) a frase é incitamento dos baitas consiste numa impropriedade, pois é incompatível com o discurso  coloquial adotado como padrão pelo autor.  d) predomina a oralidade do diálogo, porque o autor faz perguntas e espera respostas da mãe,  estratégia própria da língua falada.  e) a figura do emissor (Henfil) assume objetividade no tratamento do tema, adotando linguagem  emotivamente neutra.    15. Observe as passagens:  Comunicar tal decisão através de folhetos.  Desmaiar por fome.  Mostrar dedos amputados por tornos.    Nelas, os trechos em destaque expressam, correta e respectivamente, circunstâncias com sentido de  a) meio; causa; instrumento.  b) meio; modo; finalidade.  c) finalidade; causa; modo.  d) modo; tempo; lugar.  e) finalidade; modo; lugar.    16. Associada ao desenvolvimento do texto, a afirmação inicial Tudo errado nesta greve dos  metalúrgicos mostra que o emissor adota, em relação ao assunto de que trata, postura  a) indiferente.  b) irônica.  c) incoerente.  d) intolerante.  e) irresponsável.    17. Na década de 1980, Henfil mostra, na carta à sua mãe, seu ponto de vista sobre fatos ocorridos na  região do ABC. Nessa carta, ele expressa  a) concordância com a proibição do movimento grevista.  b) repúdio à desordem social praticada pelos metalúrgicos.  c) censura aos grevistas por criarem pretexto para a greve.  d) crítica em relação ao tipo de greve permitido pelo governo.  e) apoio à greve espontânea defendida pelo ministro do Trabalho. 

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