RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO CONCELHO DE ESTARREJA
Índice Geral:
1. Localização e Enquadramento Geográfico ... 2. Análise Física …... 2.1 Topografia / Declives ... 2.2 Geomorfologia / Geologia ... 2.3 Recursos Naturais ……….. 2.3.1 Fauna e Flora ………... 2.3.2 Uso do Solo ……….. 2.4 Clima ………. 2.5 Sismicidade ………. 2.6 Recursos Hídricos de Superfície e Hidrogeológicos ………. 3. Bibliografia ……….
Índice de Cartas:
1. Altimetria – Concelho de Estarreja ... 2. Relevo – Concelho de Estarreja ...
3. Uso do Solo – Concelho de Estarreja ...
4. Rede Hidrográfica – Concelho de Estarreja ... ... 4 ... ... ... ……….. ………... ……….. ………. ………. ………. 5 5 7 8 8 11 12 24 24 ………. 27 ... ... ... ... 5 6 11 25 Índice de Tabelas:
1. Espécies Faunísticas predominantes no concelho de Estarreja 2. Espécies de Flora predominantes no concelho de Estarreja
3. Uso do Solo do concelho de Estarreja ... 4. Área Florestal (ha) do concelho de Estarreja, por Freguesia
Índice de Quadros:
1. Temperatura do Ar (ºC) – Valores Médios 2. Humidade Relativa do Ar (%) – Valores Médios 3. Pressão Atmosférica (mb) – Valores Médios
4. Nebulosidade – Valores Médios Mensais e Anual às 9 e 18 Horas 5. Nebulosidade – Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e Superiores ou Iguais a 8 Décimos ..……… 6. Radiação Solar (w/m2) – Valores Médios
7. Precipitação (mm/h) – Valores Médios ……… 8. Evaporação Total – Valores Mensais ……… 9. Velocidade do Vento (Km/h) – Valores Médios
10. Direção do Vento – Valores Médios ……… 11. Nevoeiro – Frequências Mensais ……… 12. Outros Elementos Climáticos – Frequência Anual
1. Espécies Faunísticas predominantes no concelho de Estarreja ... 2. Espécies de Flora predominantes no concelho de Estarreja ... ... 4. Área Florestal (ha) do concelho de Estarreja, por Freguesia ...
8 10 12 12 Valores Médios ... Valores Médios ... Valores Médios ………...…… Valores Médios Mensais e Anual às 9 e 18 Horas ……… Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e
……… Valores Médios ………..………... ………..………... ………..………. Valores Médios ………...……… ………..………..……… ……….………... Frequência Anual ………... 13 14 15 16 16 17 18 19 20 21 22 23
Índice de Gráficos:
1. Temperatura Média do Ar – 2000 a 2003 ………... 2. Humidade Média do Ar – 2000 a 2003 ... 3. Pressão Atmosférica do Ar – 2000 a 2003 ………...………... 4. Nebulosidade – (0-10) – Valores Médios Mensais e Anual às 9
Horas ... 5. Nebulosidade – Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e Superiores ou Iguais a 8 décimos ... 6. Radiação Solar Média – 2000 a 2003 ………...
7. Precipitação Média – 2000 a 2003 ……… 8. Precipitação Média – 2000 a 2002 ... 9. Evaporação Total – Valores Mensais ... 10. Velocidade Média do Vento – 2000 a 2003 ………
11. Direção Média do Vento – 2000 a 2003 ………
12. Nevoeiro – Frequências Mensais ………. ………... ...
………... Valores Médios Mensais e Anual às 9 e 18 ...
Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e ... ………... ……….…… ... ... ………..………. ………..………..……. ………. 13 14 15 16 17 18 19 19 20 21 22 23
1. LOCALIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO O concelho de Estarreja constitui parte integrante da
sub-localizando-se na zona NW da NUT II – Região Centro. Ocupando uma área aproximada de 108 Km², abrange as freguesias de Avanca e Pardilhó, a Beduído e Veiros, ao centro, e Salreu, Canelas e Fermelã, a
Distrito de Aveiro e está enquadrada pelos concelhos de Ovar, a Aveiro a sul, Murtosa a oeste, Oliveira de Azeméis a nordeste e Albergaria
a este-sudeste. Geograficamente, Estarreja insere-se ainda, na Área Territorial da Ria de Aveiro (fundamentalmente através das freguesias de Pardilhó e conjuntamente com os municípios vizinhos de Ovar, Murtosa e Aveiro, bem como, Ílhavo, Vagos e Mira (já no Distrito de Coimbra), perfazendo uma extensão aproximada de 45 Km e ocupando uma área líquida de 5 000 Hectares.
O desenvolvimento das vias de comunicação (rodoferroviárias
um dos fatores para a projeção do concelho na região e no país em termos económicos, designadamente no que se refere ao sector secundário. Um conjunto de eixos viários assume-se de grande importância para
acessibilidade aos principais centros urbanos da Região e do País. Facilitando e viabilizando as relações exteriores, as seguintes vias destacam
carácter e papel estruturante na distribuição dos aglomerados e ocupação do solo, e assim, no desenvolvimento local e regional:
Itinerário Principal 1/Autoestrada (IP1/AE1);
Itinerário Principal 5 (IP5/A25);
Estrada Nacional 109 (EN 109);
1. LOCALIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO
-região do Baixo Vouga, Região Centro. Ocupando uma área aproximada de 108 Km², abrange as freguesias de Avanca e Pardilhó, a norte, Beduído e Veiros, ao centro, e Salreu, Canelas e Fermelã, a sul. Pertence ao Distrito de Aveiro e está enquadrada pelos concelhos de Ovar, a norte-noroeste, ordeste e Albergaria-a-Velha se ainda, na Área Territorial da Ria de Aveiro (fundamentalmente através das freguesias de Pardilhó e Veiros) conjuntamente com os municípios vizinhos de Ovar, Murtosa e Aveiro, bem como, Ílhavo, Vagos e Mira (já no Distrito de Coimbra), perfazendo uma extensão aproximada de 45 Km e ocupando uma área líquida de 5 000 Hectares.
comunicação (rodoferroviárias, e aéreas) constitui um dos fatores para a projeção do concelho na região e no país em termos económicos, designadamente no que se refere ao sector secundário. Um conjunto se de grande importância para Estarreja, pela acessibilidade aos principais centros urbanos da Região e do País. Facilitando e viabilizando as relações exteriores, as seguintes vias destacam-se pelo seu carácter e papel estruturante na distribuição dos aglomerados e ocupação do solo,
Estrada Nacional 224 (EN 224);
Estrada Nacional 1-12 (EN 1-12);
Estrada Nacional 109-5 (EN 109-5);
Estrada Nacional 224-2 (EN 224-2);
Estrada Nacional 224-3 (EN 224-3);
Itinerário Complementar 1 (IC1 / A29 –
A estrutura física de suporte de Estarreja apresenta pois condições operacionais para o desenvolvimento da atividade industrial, o que não pode dissociar condições de acessibilidade e de um conjunto de infraestruturas que lhe conferem aptidão de estrutura industrial (Promoção da Zona Industrial Municipal, Troço previsto do IC1/A29 Angeja - Estarreja (Nó de Pard
Conjuntamente com IC1/A29, nomeadamente, o troço Estarreja / Maceda e o futuro troço Angeja / Estarreja, ficarão garantidas para Estarreja as principais ligações internacionais a um espaço económico europeu, designadamente atr do eixo Aveiro – Porto – Vigo – Corunha
Formoso - Burgos - S. Sebastian. De realçar o acesso que esta futura via de comunicação irá proporcionar a importantes equipamentos estruturantes de escala regional, como são os casos específicos do Europarque (Feira) e dos Centros Tecnológicos de S. João da Madeira e Feira (Calçado e Cortiça).
– Troço Estarreja / Maceda).
A estrutura física de suporte de Estarreja apresenta pois condições operacionais de industrial, o que não pode dissociar-se das condições de acessibilidade e de um conjunto de infraestruturas que lhe conferem aptidão de estrutura industrial (Promoção da Zona Industrial Municipal, Troço
Estarreja (Nó de Pardilhó), Caminho de Ferro, etc.
Conjuntamente com IC1/A29, nomeadamente, o troço Estarreja / Maceda e o futuro troço Angeja / Estarreja, ficarão garantidas para Estarreja as principais ligações internacionais a um espaço económico europeu, designadamente através Corunha – e também do eixo Aveiro - Vilar S. Sebastian. De realçar o acesso que esta futura via de comunicação irá proporcionar a importantes equipamentos estruturantes de escala casos específicos do Europarque (Feira) e dos Centros Tecnológicos de S. João da Madeira e Feira (Calçado e Cortiça).
2. ANÁLISE FÍSICA
2.1 Topografia / Declives
Através da Carta de Altimetria e da Carta de Relevo, pode constatar
concelho de Estarreja não revela grandes variações de altitude, não apresentando grandes acidentes morfológicos. Apenas os vales de algumas linhas de água são um pouco encaixados, apresentando as encostas bem protegidas por floresta. Entre as zonas mais acidentadas, nomeia-se o vale do Rio Antuã, no qual se observa já, algum encaixe a Nascente da Vila de Estarreja e onde os declives chegam a atingir os 25 %.
A Carta de Altimetria e Hidrografia do concelho distingue três grandes zonas, que em função da sua altimetria, determinam um tipo de uso específico:
• Uma zona baixa, com uma altitude inferior a 10 metros onde se pratica “(...) uma agricultura de regadio em que predominam as culturas hortícolas e os pastos naturais. Esta zona apresenta grandes riscos de inundação e
de drenagem do solo. Talvez por isto é pouco ocupada pela população. Integra parte das freguesias de Pardilhó, Veiros, Beduído, Salreu, Canelas e Fermelã (...)”
Através da Carta de Altimetria e da Carta de Relevo, pode constatar-se que o Estarreja não revela grandes variações de altitude, não apresentando grandes acidentes morfológicos. Apenas os vales de algumas linhas de água são um pouco encaixados, apresentando as encostas bem protegidas por floresta. se o vale do Rio Antuã, no qual se observa já, algum encaixe a Nascente da Vila de Estarreja e onde os declives
A Carta de Altimetria e Hidrografia do concelho distingue três grandes zonas, que eterminam um tipo de uso específico:
, com uma altitude inferior a 10 metros onde se pratica “(...) uma agricultura de regadio em que predominam as culturas hortícolas e os pastos naturais. Esta zona apresenta grandes riscos de inundação e problemas de drenagem do solo. Talvez por isto é pouco ocupada pela população. Integra parte das freguesias de Pardilhó, Veiros, Beduído, Salreu, Canelas e Fermelã
• Uma zona intermédia, entre os 10 e 50 metros, “(...)
terrenos agrícolas já não apresentam grandes problemas de drenagem, nem grandes riscos de inundação. As culturas agrícolas continuam a ser as mesmas da zona anterior. Integra parte das freguesias de Avanca,
Veiros, Beduído, Salreu, Canelas e Fermelã (...)”;
• Uma zona alta, com altitude superior a 50 metros “(...)
agricultura, nem população, praticamente coberta por floresta, com a exceção da parte alta da freguesia de Salreu, onde se localiza uma mancha de terrenos com potencialidades e uso agrícola (...)”.
entre os 10 e 50 metros, “(...) mais habitada; os terrenos agrícolas já não apresentam grandes problemas de drenagem, nem grandes riscos de inundação. As culturas agrícolas continuam a ser as mesmas da zona anterior. Integra parte das freguesias de Avanca, Pardilhó,
, com altitude superior a 50 metros “(...) onde quase não há agricultura, nem população, praticamente coberta por floresta, com a exceção da parte alta da freguesia de Salreu, onde se localiza uma mancha de terrenos
2.2 Geomorfologia / Geologia
Do ponto de vista geomorfológico, podemos distinguir duas zonas no território concelhio que, segundo a Carta Geológica de Portugal 13
Serviços Geológicos, se caracterizam do seguinte modo:
• Uma zona, a norte, constituída geologicamente por um complexo de xistos cloriticos, sericiticos e moscoviticos, vulgarmente conhecidos por “Xistos de Arada”, coberto por “depósitos de praias antigas” que se dispõem para em “degraus”, de cotas sucessivamente mais baixas. Os “depósitos de praias antigas e de terraços fluviais” são maioritariamente de patamares entre 60 metros, 45 – 50 metros e 30 – 40 metros. Várias linhas de água “correm” das zonas de maior altitude em direção ao mar, geralmente em vales pouco cavados ou ligeiramente encaixados nas zonas de relevo mais acentuado. O Rio Antuã manifesta-se como exceção, desenvolvendo
Estarreja, em vale relativamente encaixado no complexo xis
ante-ordovícico. Esta zona, a poente, contacta com as extensas áreas aplanadas, ocupadas por terras baixas (aluviões atuais e areias de duna) que constituem a parte setentrional do delta de Aveiro, com uma gradual transição efetuada por patamares de 5 – 8 metros e 15 – 20 metros de depósitos de praias antigas e de terraços fluviais originários do plio-plistocénico.
• Uma outra zona, caracterizada por um tipo de relevo mais acidentado e de maiores altitudes, em que o substrato geológico é const
complexo de “Depósitos Argilo-gresosos”, conhecidos por vulgarmente por “Arenitos de Requeixo”, como também por um complexo de xistos argilosos (Xistos de Arada), a poente das freguesias de Salreu, Canelas e Fermelã, e que são originários respetivamente, do Cretácico (correspondente ao período Do ponto de vista geomorfológico, podemos distinguir duas zonas no território concelhio que, segundo a Carta Geológica de Portugal 13 – C, escala 1/5.000, dos
orte, constituída geologicamente por um complexo de xistos cloriticos, sericiticos e moscoviticos, vulgarmente conhecidos por “Xistos de Arada”, coberto por “depósitos de praias antigas” que se dispõem para poente em “degraus”, de cotas sucessivamente mais baixas. Os “depósitos de praias antigas e de terraços fluviais” são maioritariamente de patamares entre 60 – 70 40 metros. Várias linhas de água “correm” das tude em direção ao mar, geralmente em vales pouco cavados ou ligeiramente encaixados nas zonas de relevo mais acentuado. O se como exceção, desenvolvendo-se a este - nordeste de Estarreja, em vale relativamente encaixado no complexo xisto-grauváquico oente, contacta com as extensas áreas aplanadas, ocupadas por terras baixas (aluviões atuais e areias de duna) que constituem a parte setentrional do delta de Aveiro, com uma gradual transição 20 metros de depósitos de
plistocénico.
Uma outra zona, caracterizada por um tipo de relevo mais acidentado e de maiores altitudes, em que o substrato geológico é constituído, quer por um gresosos”, conhecidos por vulgarmente por “Arenitos de Requeixo”, como também por um complexo de xistos argilosos de Salreu, Canelas e Fermelã, e os respetivamente, do Cretácico (correspondente ao período
Secundário, cerca de 100 milhões de anos atrás) e do complexo Xisto Grauváquico Ante-Ordovicico (período Primário, cerca de 500 milhões de anos atrás). Os “Depósitos Argilo-Gresosos, ou “Arenitos d
pertencentes ao complexo gresoso Cenomaniano, Albiano, Apciano, são arenitos caulínicos, brancos ou róseos, ora finos, ora mais grosseiros, contendo leitos argilosos e assentando sobre xistos ante ordovicícos na região entre Angeja e Salreu. Os “Xistos de Arada” são rochas duras ou pouco alteradas que podem ser observadas quando se abrem poços ou cortam estradas, sendo em geral xistos argilosos, finos, orientados na direção noroeste / sul – sudeste, estando quase sempre muito alterados.
Sobre estes complexos depositam-se aluviões de “Praias Antigas” e de Terraços Fluviais”, do Plio-Plistocénico (transição entre os períodos Terciário e Quaternário, cerca de 2 milhões de anos atrás), em patamares de 60
São geralmente constituídos por leitos de calhaus rolados e areias, muito embora apareçam também argilas. Assentam geralmente sobre terrenos xistentos ou granito-gnáissicos, quase sempre muito alterados, o que torna estes solos incoerentes.
Secundário, cerca de 100 milhões de anos atrás) e do complexo Xisto-Ordovicico (período Primário, cerca de 500 milhões de anos
Gresosos, ou “Arenitos de Requeixo”, pertencentes ao complexo gresoso Cenomaniano, Albiano, Apciano, são arenitos caulínicos, brancos ou róseos, ora finos, ora mais grosseiros, contendo leitos argilosos e assentando sobre xistos ante ordovicícos na região s “Xistos de Arada” são rochas duras ou pouco alteradas que podem ser observadas quando se abrem poços ou cortam estradas, sendo em geral xistos argilosos, finos, orientados na direção norte –
udeste, estando quase sempre muito alterados.
se aluviões de “Praias Antigas” e de Terraços Plistocénico (transição entre os períodos Terciário e Quaternário, cerca de 2 milhões de anos atrás), em patamares de 60-70 metros e 30-40 metros. ente constituídos por leitos de calhaus rolados e areias, muito embora apareçam também argilas. Assentam geralmente sobre terrenos xistentos ou gnáissicos, quase sempre muito alterados, o que torna estes solos
2.3 Recursos Naturais
2.3.1. Fauna e Flora
A Ria de Aveiro, detentora de um valioso património natural, é reconhecida a nível nacional e internacional, pelos numerosos estatutos de proteção que lhe foram atribuídos. Foi classificada como Reserva Ecológica Nacional (R
internacionalmente como Zona de Proteção Especial para Aves (ZPE
de Estarreja é detentor de 5% de ZPE), incorporada na Rede Natura 2000 e inventariada como biótopo CORINE. O Baixo Vouga Lagunar, o qual é parte integrante da Ria de Aveiro, abrange uma área de cerca de 4000
nos concelhos de Estarreja, Aveiro e Albergaria-a-Velha. Conhecido pela sua elevada diversidade e especificidade, o Baixo Vouga Lagunar, não é mais do que o resultado da conjugação entre as condições naturais existentes e a ação do Homem ao longo dos tempos. A multiplicidade de habitats que se desenvolveram, juntamente com a existência de um gradiente na sua sucessão, proporcionam uma paisagem em mosaico de elevado valor ecológico a conservar.
Estarreja é um concelho com uma localização privilegiada, que lhe permite a conjugação destes variadíssimos habitats, que se agrupam normalmente em duas unidades interligadas de paisagem: o mosaico agrícola (composto por habitats ativamente transformados pela intervenção do homem, por exemplo, arrozais, milheirais ou campos em estrutura típica de Bocage) e os sistemas húmidos (incluem vastas áreas de Sapal e Paul, como também, um complexo sistema hídrico de águas entre doces e salobras).
A Ria de Aveiro, detentora de um valioso património natural, é reconhecida a nível nacional e internacional, pelos numerosos estatutos de proteção que lhe foram atribuídos. Foi classificada como Reserva Ecológica Nacional (REN), declarada internacionalmente como Zona de Proteção Especial para Aves (ZPE – o concelho de Estarreja é detentor de 5% de ZPE), incorporada na Rede Natura 2000 e inventariada como biótopo CORINE. O Baixo Vouga Lagunar, o qual é parte de Aveiro, abrange uma área de cerca de 4000 ha e insere-se Velha. Conhecido pela sua elevada diversidade e especificidade, o Baixo Vouga Lagunar, não é mais do que ões naturais existentes e a ação do Homem ao longo dos tempos. A multiplicidade de habitats que se desenvolveram, juntamente com a existência de um gradiente na sua sucessão, proporcionam uma paisagem em mosaico de elevado valor ecológico a conservar.
arreja é um concelho com uma localização privilegiada, que lhe permite a conjugação destes variadíssimos habitats, que se agrupam normalmente em duas unidades interligadas de paisagem: o mosaico agrícola (composto por habitats intervenção do homem, por exemplo, arrozais, ou campos em estrutura típica de Bocage) e os sistemas húmidos , como também, um complexo sistema
Este ecossistema, de extensa produtividade no seu todo, permite locais privilegiados para a fauna selvagem, muito alimento para os animais, áreas de reprodução, de viveiro e de abrigo.
Da pluralidade de espécies faunísticas que incorporam a teia de biodiversidade dos habitats do concelho, algumas evidenciam
regional e nacional, bem como, pelo seu estatuto de conservação
Tabela 1 – Espécies Faunísticas predominantes no concelho de Estarreja
Águia-d’asa-redonda (Buteo buteo) Alvéola-amarela (Motacilla flava) Alvéola-cinzenta (Motacilla cinera) Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica) Andorinhão-preto (Apus apus)
Bovinos (raça marinhoa)
Caboz-da-areia (Promatoschistus minutus) Cegonha-branca (Ciconia ciconia) Chapim-real (Parus major)
Cigarrinha-ruiva ou Felosa-unicolor (Locustella luscinioides Cobra-de-água-viperina (Natrix maura)
Coruja-das-torres (Tyto alba) Cuco-canoro (Cuculus canorus) Doninha (Mustela nivalis) Enguia (Anguilla anguilla)
Escrevedeira-dos-caniços (Emberriza shoeniclus
de extensa produtividade no seu todo, permite locais privilegiados para a fauna selvagem, muito alimento para os animais, áreas de
Da pluralidade de espécies faunísticas que incorporam a teia de biodiversidade tats do concelho, algumas evidenciam-se pela sua importância local, regional e nacional, bem como, pelo seu estatuto de conservação – ver Tabela 1.
pécies Faunísticas predominantes no concelho de Estarreja
)
Locustella luscinioides)
Falcão-tagarote (Falco subutteo) Frango-d’água (Rallus aquaticus) Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) Gaivota-argêntea (Larus cachinaus) Galeirão-comum (Fulica atra) Galinha-d’água (Gallinula chloropus) Garça-boieira (Bubulcus ibis)
Garça-branca ou Garça-branca-pequena (Egretta garzeta) Garça-cinzenta ou Garça-real (Ardea cinerea)
Garça-vermelha ou Garça-imperial (Ardea purpurea) Geneta
Gralha-preta (Corvus corone corone) Guarda-rios (Alcedo athis)
Guincho-comum (Larus ridibundus) Insectos da espécie Zygaena trifolii Lagartixa-ibérica (Podarcis hispanica) Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) Lontra (Lutra lutra)
Maçarico-das-rochas (Actilis hypoleucos) Milhafre-preto (Milvus migraus)
Morcego-hortelão (Eptesicus serotinus) Narceja-comum (Gallinago gallinago) Ouriço-cacheiro (Erimaceus europaeus) Pardal-comum (Passer domesticus) Pato-real (Anas platyrhynchos)
Peneiro-de-dorso-malhado (Falco tinnunculus)
Pernilongo ou Perna-longa (Himanthopus himanthopus Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica)
Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula)
Rã-de-focinho-ponteagudo (Discoglossus galganoi Rã-verde (Rana perezi)
Raposa (Vulpes vulpes)
Ratazana-castanha (Rattus norvegicus) Rato-de-água (Arvicola sapidus) Rato-do-campo (Microtus agrestis) Rela-comum (Hyla arborea) Robalo (Dicentrarchus labrax) Rouxinol-bravo (Cettia cetti)
Rouxinol-dos-caniços ou Rouxinol-scirpaceus)
Rouxinol-grande-dos-caniços (Acrocephalus arundinaceus Solha-das-pedras (Platichthys flesus)
Solha-legítima ou Solha-avessa (Pleuronectes platessa Tainha-garrento (Liza aurata)
Tartaranhão-ruivo-dos-pauis ou Águia-Sapeira ( Toirão (Mustela putorius)
Tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai) Verdilhão-comum (Carduelis chloris)
Fontes: Guia de Campo – Percurso de Salreu
Himanthopus himanthopus)
Discoglossus galganoi)
-pequeno-dos-caniços (Acrocephalus
Acrocephalus arundinaceus)
Pleuronectes platessa)
Sapeira (Circus aeruginosus)
A variadíssima flora é salientada pela própria diversidade de biótopos, com zonas de Sapal sub-halófito, Paul e áreas de Bocage – ver Tabela 2.
Tabela 2 – Espécies de Flora predominantes no concelho de Estarreja
Acácia (Acacia longifólia) - espécie de carácter invasor
Acácia-da-austrália (Acacia melanoxylon) - espécie de carácter invasor Amieiro (Alnus glutinosa)
Arroz (Oryza sativa) Aveião (Avena strigosa) Azevém (Lolium multiflorum) Caniço (Phragmites australis) Carvalho-roble (Quercus robur) Conchelo (Umbilicus rupestris) Corriola (Convolvulus arvensis) Erva-vaqueira (Calendula arvensis) Eucalipto (Eucaliptus globulus) Feto-comum (Pteridium aquilinum) Funcho (Foeniculum vulgare)
Giesteira-das-sebes (Cytisus grandiflorus) Junco (Juncus effusus)
Junco-das-esteiras (Juncus maritimus) Língua-de-ovelha (Plantago lanceolata) Loureiro (Laurus nobilis)
Madressilva (Lonicera periclymenum) Milho (Zea mays)
Mimosa (Acacia dealbata) - espécie de carácter invasor
A variadíssima flora é salientada pela própria diversidade de biótopos, com zonas ver Tabela 2.
de Flora predominantes no concelho de Estarreja
espécie de carácter invasor
Pilriteiro (Crataegus monogyna)
Pinheirinha-de-água (Myriophyllum aquaticum Pinheiro-bravo (Pinus pinaster)
Sabugueiro (Sambucus nigra) Salgueiro (Salix atrocinerea) Saramago (Raphanus raphanistrum) Silvas (Rubus ulmifolius)
Tábua-larga (Typha latifolia) Tamargueira (Tamarix canariensis) Tanchagem-maior (Plantago major) Tasneirinha (Senecio vulgaris) Tojo (Ulex europaeus)
Trepadeira (Convolvulus sepium) Urze (Erica lusitanica)
Fontes: Guia de Campo – Percurso de Salreu
Estarreja é um concelho que possui um valioso património natural, revelando desta forma, ser um local privilegiado para a conservação da natureza.
Perante esta realidade, e tendo em conta a necessidad
conservação da biodiversidade e de uma educação e sensibilização ambiental, surge o Projeto BioRia, que tem como finalidade formar e sensibilizar a população, para a conservação do património natural, promover a salvaguarda e a divulga dos valores naturais do concelho, incentivar à participação e responsabilização da população para as questões ambientais e apoiar a realização de estudos de ecologia.
Myriophyllum aquaticum) – espécie de carácter invasor
Percurso de Salreu – BioRia e www.bioria.com.
Estarreja é um concelho que possui um valioso património natural, revelando desta forma, ser um local privilegiado para a conservação da natureza.
Perante esta realidade, e tendo em conta a necessidade e a importância da conservação da biodiversidade e de uma educação e sensibilização ambiental, to BioRia, que tem como finalidade formar e sensibilizar a população, para a conservação do património natural, promover a salvaguarda e a divulgação dos valores naturais do concelho, incentivar à participação e responsabilização da população para as questões ambientais e apoiar a realização de estudos de
2.3.2 Uso do Solo
Em relação à ocupação do solo, o concelho de Estarreja é distribuído pelo solo urbano, solo industrial, áreas aráveis, áreas florestais, áreas
áreas verdes (não aráveis).
Os terrenos agrícolas são na sua maioria de dimensões reduzidas, as culturas do milho, feijão, batata e forragens.
A área florestal do concelho é de cerca de 2890,36
aproximadamente a 26,7% da área total do concelho. A espécie predominante é o eucalipto (2533,9 ha) – espécie folhosa conhecida pela sua elevada inflamabilidade, em detrimento do pinheiro-bravo (204,4
que apresenta uma maior combustibilidade do que as folhosas, e da mata (152,1 ha).
A área florestal do concelho de Estarreja encontra-se distribuída por
freguesias, sendo a de Avanca e a de Beduído, aquelas que apresentam maior área florestal. É de realçar no entanto, que se for tida em conta a área de cada freguesia, Canelas é aquela que se destaca pelo facto de a
percentagem da área total da freguesia (42%).
Em relação à ocupação do solo, o concelho de Estarreja é distribuído pelo solo urbano, solo industrial, áreas aráveis, áreas florestais, áreas hortofrutícolas e
Os terrenos agrícolas são na sua maioria de dimensões reduzidas, onde dominam
36 ha, correspondendo aproximadamente a 26,7% da área total do concelho. A espécie predominante é o ecida pela sua elevada ha) – espécie resinosa que apresenta uma maior combustibilidade do que as folhosas, e da mata (152,1
se distribuída por todas as freguesias, sendo a de Avanca e a de Beduído, aquelas que apresentam maior em conta a área de cada de a floresta ocupar maior
Tabela 3 - Uso do Solo do concelho de Estarreja
Agrícola Florestal Urbano
Área (ha) 5894 2890 1927
% do Total 54,4 26,7 17,8
Fontes: INE Instituto Nacional de Estatística; SIG Municipal
-Gestão de Informação Geográfica (SIGIG); Plano Municipal de Emergência de Estarreja; Gabinete Técnico Florestal - Câmara Municipal de Estarreja.
Tabela 4 - Área Florestal (ha) do concelho de Estarreja, por Freguesia
Freguesia Área
Total
Área Florestal
% Área Florestal na Área Total da Freguesia
Eucalipto (ha) Avanca 2172 885 40,7 860 Beduído 2010 690 34,3 464 Canelas 1067 445 41,7 430 Fermelã 1232 275 22,3 246 Pardilhó 1570 305 19,4 271 Salreu 1654 103 6,2 101 Veiros 1129 187 16,6 163
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística, SIG Municipal -
Gestão de Informação Geográfica (SIGIG), Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios: Informação de Base - Gabinete Técnico Florestal - Município de Estarreja.
Outro Área Total
125 10836
1,1 100
- Sector de Inventariação e Gestão de Informação Geográfica (SIGIG); Plano Municipal de Emergência de Estarreja;
Área Florestal (ha) do concelho de Estarreja, por Freguesia
Eucalipto (ha) Pinheiro-Bravo (ha) Mata (ha) 860 7 18 464 168 58 430 3 12 246 3 26 271 20 14 101 1 1 163 4 20 Sector de Inventariação e Gestão de Informação Geográfica (SIGIG), Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra
Município de Estarreja.
2.4 Clima
A breve caracterização climática do concelho teve como referências informações meteorológicas registadas na Estação de Estarreja do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, num período de 21 anos, mais precisamente de 1956 a 1977, e na Estação Meteorológica da Universidade de Aveiro,
A Estação Meteorológica de Estarreja localiza
longitude de 8º 35’ W e a uma altitude de 26 metros. Por sua vez, a Estação Meteorológica da Universidade de Aveiro, sita no Departamento de Física e está em pleno funcionamento desde 1980.
Pela localização geográfica que possui, Estarreja integra
temperados (com uma T.M.A. que varia entre os 12 º C e 14 º C), de influência mediterrânea – Verão quente e seco -, com Invernos suaves. Ma
e segundo a classificação de Köppen, constitui um
Mesotérmico Temperado Húmido (temperatura média entre 10 º e 18 º C); Estação seca no Verão (precipitação do mês mais seco do semestre mais quente inferior a um terço do mês mais chuvoso do semestre mais frio e inferior a 40 mm); b – Verão pouco quente, mas extenso (temperatura média do ar, no mês mais quente inferior a 22 º C, havendo mais de quatro meses cuja temperatura média é superior a 10 º C).
concelho teve como referências informações meteorológicas registadas na Estação de Estarreja do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, num período de 21 anos, mais precisamente de 1956 a 1977, e na Estação Meteorológica da Universidade de Aveiro, desde 2000 a 2003. A Estação Meteorológica de Estarreja localiza-se a uma latitude de 40º 47’ N, uma longitude de 8º 35’ W e a uma altitude de 26 metros. Por sua vez, a Estação Meteorológica da Universidade de Aveiro, sita no Departamento de Física e está
Pela localização geográfica que possui, Estarreja integra-se na faixa de climas temperados (com uma T.M.A. que varia entre os 12 º C e 14 º C), de influência , com Invernos suaves. Mais concretamente, e segundo a classificação de Köppen, constitui um Clima Csb: C – Clima Mesotérmico Temperado Húmido (temperatura média entre 10 º e 18 º C); s – Estação seca no Verão (precipitação do mês mais seco do semestre mais quente rço do mês mais chuvoso do semestre mais frio e inferior a 40 mm); Verão pouco quente, mas extenso (temperatura média do ar, no mês mais quente inferior a 22 º C, havendo mais de quatro meses cuja temperatura média é
Temperatura do Ar
Perante o Quadro 1 pode-se constatar que tanto no ano de 2000 como no ano de 2003, a temperatura do ar foi mais baixa no mês de janeiro e mais alta no mês de junho.
Em 2001 a temperatura do ar foi mínima no mês de outubro e máxima no mês de agosto.
Por sua vez, no ano de 2002, o mês de fevereiro foi o que registou o valor mais baixo da temperatura do ar e o mês de junho foi o que apresentou o valor mais alto – ver Gráfico 1.
A temperatura média anual é de 13,70 ºC (2000), 12,77 ºC (2001), 12,56 ºC (20 e 14,43 ºC (2003), respetivamente.
A temperatura média anual dos quatros anos é de 13,47 ºC e os valores médios extremos variam entre os 9,70 ºC e os 18,46 ºC.
se constatar que tanto no ano de 2000 como no ano de aneiro e mais alta no mês de
utubro e máxima no mês de
evereiro foi o que registou o valor mais unho foi o que apresentou o valor mais alto
A temperatura média anual é de 13,70 ºC (2000), 12,77 ºC (2001), 12,56 ºC (2002)
A temperatura média anual dos quatros anos é de 13,47 ºC e os valores médios
Quadro 1 - Temperatura do Ar (ºC) - Valores Médios
Anos
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
2000 7,96 11,42 13,03 12,05 12,83 19,00 2001 10,52 11,28 12,97 12,49 1) 10,05 17,33 2002 11,01 9,52 11,93 2) 10,16 3) - 3)
2003 9,30 9,93 13,35 16,05 12,04 19,05
Notas:
1) Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. 2) Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias. 3) Não existem dados registados neste mês.
Fonte: Torre Meteorológica do Departamento de Física
Gráfico 1 - Temperatura Média do Ar - 2000 a 2003
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul.
T e m p e ra tu ra ( ºC ) Meses Valores Médios Mês
Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 19,00 18,38 18,49 16,15 14,37 11,75 9,01 17,33 17,68 18,52 13,49 8,67 11,35 8,85 3) - 10,86 13,52 18,55 17,35 13,05 9,68 19,05 16,84 14,38 18,91 16,19 15,40 11,71
Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias.
Torre Meteorológica do Departamento de Física - Universidade de Aveiro
2000 a 2003
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Meses
2000 2001 2002 2003
Humidade Relativa do Ar
Geralmente utilizado para caracterizar o estado higrométrico do ar, este parâmetro revela que entre 2000 e 2003 os seus valores médios anuais variaram entre os 71% e os 78%. É de salientar que a humidade relativa do ar tem vindo a diminuir.
Quadro 2 - Humidade Relativa do Ar (%) - Valores Médios
Anos Mês
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
2000 63,72 84,26 63,75 79,38 68,80 73,67 81,74 81,34 2001 88,19 76,89 90,66 61,64 1) 55,70 80,50 87,34 89,11 2002 87,58 65,79 74,96 2) 79,20 3) - 3) - 46,49 61,23 2003 74,45 80,96 75,23 59,57 45,39 77,37 74,35 59,90
Fonte: Torre Meteorológica do Departamento de Física - Universidade de Aveiro Notas:
1) Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. 2) Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias. 3) Não existem dados registados neste mês.
higrométrico do ar, este parâmetro revela que entre 2000 e 2003 os seus valores médios anuais variaram entre os 71% e os 78%. É de salientar que a humidade relativa do ar tem vindo a diminuir.
Set. Out. Nov Dez
81,34 83,71 85,64 86,77 66,45 89,11 56,83 46,26 65,57 66,03 61,23 76,72 78,17 82,18 64,58 59,90 70,90 80,39 81,20 78,52 Universidade de Aveiro
Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias.
Gráfico 2 - Humidade Média do Ar - 2000 a 2003
Os valores mais elevados da humidade relativa ocorreram em
2003), janeiro (2002) e março (2001), atingindo valores superiores a 81%.
Por sua vez, os valores mais baixos deste parâmetro fizeram de janeiro (2000 – 63,72%), maio (2003 outubro (2001 – 46,26%). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
H u m id a d e ( % ) Meses 2000 a 2003
Os valores mais elevados da humidade relativa ocorreram em novembro (2000 e arço (2001), atingindo valores superiores a 81%.
Por sua vez, os valores mais baixos deste parâmetro fizeram-se sentir nos meses aio (2003 – 45,39%), julho (2002 – 46,49%) e
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Meses
2000 2001 2002 2003
Pressão Atmosférica
Da análise do Quadro 3 é de salientar que a pressão atmosférica de 2000 a 2 oscilou entre os 903 mb e os 973 mb.
Os valores mais elevados deste parâmetro registaram-se nos meses de (2002 – 1028,48 mb; 2003 – 1025,99 mb), outubro (2000
dezembro (2001 – 1023,66 mb), e os valores mais baixos da pressão atmosférica, destacaram-se nos meses de julho (2002 – 624,92 mb),
mb), outubro (2001 – 526,19 mb) e dezembro (2000 – 783,72 mb).
Quadro 3 - Pressão Atmosférica (mb) - Valores Médios
Anos Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. 2000 923,4 7 992,5 2 952,6 5 974,7 2 818,2 7 1019, 23 1017, 61 1019, 77 2001 1019, 27 1023, 49 1013, 83 953,7 5 1) 736,9 6 1020, 82 1020, 02 1019, 82 2002 1028, 48 843,4 2 952,0 0 2) 918,2 7 3) - 3) - 624,9 2 788,9 3 2003 1025, 99 1022, 11 1021, 57 982,0 5 1021, 98 1018, 36 922,3 1 723,0 5
Fonte: Torre Meteorológica do Departamento de Física - Universidade de Aveiro Notas:
1) Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. 2) Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias. 3) Não existem dados registados neste mês.
Da análise do Quadro 3 é de salientar que a pressão atmosférica de 2000 a 2003
se nos meses de janeiro utubro (2000 – 1021,11 mb) e 1023,66 mb), e os valores mais baixos da pressão atmosférica, 624,92 mb), agosto (2003 – 723,05
783,72 mb).
Set. Out. Nov. Dez. 984,5 8 1021, 11 1018, 15 783,7 2 744,9 6 526,1 9 991,5 5 1023, 66 1017, 15 1018, 38 1018, 32 823,0 0 952,9 8 1015, 31 1019, 22 957,1 6 Universidade de Aveiro
Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias.
Gráfico 3 - Pressão Atmosférica do Ar - 2000 a 2003
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul.
P re s s ã o A tm o s fé ri c a ( m b ) Meses 2000 a 2003
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Meses
2000 2001 2002 2003
Nebulosidade
Os valores médios mensais e anuais obtidos através de registos
18 horas estão representados no gráfico 2.4. Os valores médios anuais variam entre os 5 e os 4 décimos, às 9 e 18 horas, respetivamente. Os valores mais baixos registados (2 a 4 décimos) ocorrem de abril a outubro (4), atingindo em julho o seu menor valor (2). Por sua vez, os valores mais elevados registam dezembro a março (6 décimos).
Quadro 4 - Nebulosidade (0-10): Valores Médios Mensais e Anual às 9 e 18 Horas
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set.
9 Horas 6 6 6 5 5 5 5 5
18 Horas 6 6 5 4 4 4 2 3
Fonte: Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de Estarreja - 1998.
Da análise do gráfico da “Frequência Mensal dos Valores de Nebulosidade”, constata-se que ocorrem valores de nebulosidade superiores ou iguais a 8 décimos em 120,3 dias por ano, com particular incidência entre
(Inverno).
Os valores médios mensais e anuais obtidos através de registos efetuados às 9 e estão representados no gráfico 2.4. Os valores médios anuais variam entre os 5 e os 4 décimos, às 9 e 18 horas, respetivamente. Os valores mais utubro (4), atingindo em seu menor valor (2). Por sua vez, os valores mais elevados registam-se de
10): Valores Médios Mensais e Anual às 9 e 18 Horas
Set. Out. Nov. Dez. Ano
6 5 5 6 5
4 4 5 6 4
Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de
Da análise do gráfico da “Frequência Mensal dos Valores de Nebulosidade”, se que ocorrem valores de nebulosidade superiores ou iguais a 8 décimos em 120,3 dias por ano, com particular incidência entre outubro e março
Gráfico 4 Nebulosidade (0-10) Valores Médios Mensais e Anual às 9 e 18 Horas
Quadro 5 - Nebulosidade: Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e Superiores ou Iguais a 8 Décimos
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Neb. >=8 14,4 12,8 12,0 9,1 8,9
Neb. <=2 7,7 7,3 8,3 9,2 9,7
Fonte: Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de Estarreja - 1998. 0 2 4 6 8 10
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
D é c im o s Meses
10) Valores Médios Mensais e Anual às 9 e 18 Horas
Nebulosidade: Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e
Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 8,3 5,8 6,0 8,0 10,0 11,0 13,6 10,7 13,0 13,5 8,7 10,3 9,1 8,3 Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de
Ago. Set. Out. Nov. Dez. Ano
Neb. 9 Horas Neb. 18 Horas
Gráfico 5 – Nebulosidade Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e Superiores ou Iguais a 8 Décimos
Já no que respeita aos valores de nebulosidade inferiores ou iguais a 2 décimos, verifica-se que ocorrem fundamentalmente de maio a
atingidos, em média, de 10 (maio) a 14 (agosto) dias por mês. 0
5 10 15 20
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. N.º de Dias
Meses
Frequência Mensal e Valores Inferiores ou Iguais a 2 e
Já no que respeita aos valores de nebulosidade inferiores ou iguais a 2 décimos, aio a agosto, níveis que são gosto) dias por mês.
Radiação Solar
A radiação solar tem vindo a diminuir ao longo dos anos. Entre 2000 e 2003, este parâmetro oscilou entre os 177,94 w/m2 e os 380,85 w/m
Os meses em que a radiação solar ocorreu em maior intensidade, foram junho, julho e agosto.
Os valores mais baixos de radiação solar fizeram e dezembro.
Quadro 6 - Radiação Solar (w/m2) - Valores Médios
Anos Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
2000 310,8 2 316,8 1 422,9 1 338,0 3 345,2 7 586,3 3 2001 180,8 8 318,1 2 259,7 4 483,9 0 1) 402,8 8 615,7 8 2002 230,2 6 278,2 5 378,6 9 2) 372,3 5 3) - 3) -2003 80,56 106,0 6 169,9 3 218,2 3 338,4 6 288,9 2 Fonte: Torre Meteorológica do Departamento de Física Notas:
1) Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. 2) Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias. 3) Não existem dados registados neste mês.
Set. Out. Nov. Dez. Neb. >=8 Neb. <=2
tem vindo a diminuir ao longo dos anos. Entre 2000 e 2003, este e os 380,85 w/m2.
Os meses em que a radiação solar ocorreu em maior intensidade, foram maio,
lar fizeram-se sentir nos meses de outubro
Valores Médios
Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 586,3 564,7 2 547,0 5 453,0 7 340,1 7 201,3 3 116,6 7 615,7 543,1 7 526,1 3 331,6 1 169,4 1 312,3 7 245,6 9 - 359,8 0 443,0 4 386,2 1 319,1 9 220,2 4 164,9 2 288,9 269,4 6 184,1 8 203,6 4 137,3 3 79,40 59,13 Torre Meteorológica do Departamento de Física - Universidade de Aveiro
Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias.
Gráfico 6- Radiação Solar Média - 2000 a 2003 0 100 200 300 400 500 600 700
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out.
R a d ia ç ã o S o la r (w /m 2 ) Meses Precipitação
Perante o Quadro 7 pode-se constatar que o ano de 2003 foi consideravelmente o ano mais chuvoso, atingindo uma média anual de 32,18 mm/h.
A precipitação obteve o seu valor máximo nos meses de (2003), setembro (2000) e novembro (2002),
alcançado nos meses de abril (2000), julho (2002 e 2003) e
Quadro 7 - Precipitação (mm/h) - Valores Médios
Ano
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
2000 0,49 0,59 0,26 0 0,03 0,15
2001 0,61 0,26 0,66 0,10 1) 0,12 0,08
2002 0,31 0,07 0,15 2) 0,40 3) - 3)
2003 13,72 8,33 66,33 159,11 1,36 1,09
Fonte: Torre Meteorológica do Departamento de Física Notas:
1) Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. 2) Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias. 3) Não existem dados registados neste mês.
Out. Nov. Dez.
2000 2001 2002 2003
se constatar que o ano de 2003 foi consideravelmente o ano mais chuvoso, atingindo uma média anual de 32,18 mm/h.
A precipitação obteve o seu valor máximo nos meses de março (2001), abril ovembro (2002), enquanto o seu valor mínimo foi
ulho (2002 e 2003) e dezembro (2001).
Valores Médios
Mês
Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 0,15 0,57 0,74 0,90 0,17 0,67 0,36 0,08 0,13 0,17 0,05 0,11 0,05 0,02 3) - 0,02 0,05 0,23 0,29 0,56 0,23 1,09 0,86 4,10 7,29 13,46 66,41 44,05
Torre Meteorológica do Departamento de Física - Universidade de Aveiro
Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias.
Gráfico 7 - Precipitação Média - 2000 a 2003
Gráfico 8 - Precipitação Média - 2000 a 2002 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out.
P re c ip it a ç ã o ( m m /h ) Meses 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out.
P re c ip it a ç ã o ( m m /h ) Meses Evaporação
No gráfico seguinte apresentam-se os valores médios mensais de evaporação, que ascendem anualmente a uma média de 1.148,2 mm, enquanto os valores mínimos ocorrem em dezembro, onde se evaporam apenas, 52,5 mm. Tomando como critério a relação entre os valores médios da evaporação e de precipitação, pode estabelecer-se que, na região, a época húmida tem início em Outubro, tendo o seu epílogo em março, meses estes, que correspondem aos períodos do ano em que os valores médios de evaporação se igualam em volume.
Quadro 8 - Evaporação Total: Valores Mensais
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Evaporação Total 56,9 67,8 95,5 107, 8 127, 8
Fonte: Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Estarreja - 1998.
Out. Nov. Dez.
2000 2001 2002 2003
Out. Nov. Dez.
2000 2001 2002
se os valores médios mensais de evaporação, que ascendem anualmente a uma média de 1.148,2 mm, enquanto os valores ezembro, onde se evaporam apenas, 52,5 mm. Tomando s médios da evaporação e de precipitação, se que, na região, a época húmida tem início em Outubro, tendo arço, meses estes, que correspondem aos períodos do ano em que os valores médios de evaporação se igualam em volume.
Evaporação Total: Valores Mensais
Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 123, 5 132, 9 128, 1 100, 1 92,4 62,9 52,5
Gráfico 9 - Evaporação Total - Valores Mensais 0 20 40 60 80 100 120 140
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Meses
Velocidade e Direção do Vento
Perante a leitura do Quadro 9 pode-se constatar que, entre 2000 e 2003 a velocidade anual do vento variou entre os 5 Km/h e os 7 Km/h. O vento fez sentir sobretudo nos meses de março (2001),
Quadro 9 - Velocidade do Vento (Km/h) - Valores Médios
Anos
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio 2000 7,41 6,04 7,58 11,03 1,40 2001 9,16 6,83 10,63 8,92 1) 6,30 2002 6,89 7,31 7,25 2) 7,36 3) - 2003 7,61 6,26 5,33 8,13 9,09
Fonte: Torre Meteorológica do Departamento de Física Notas:
1) Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. 2) Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias. 3) Não existem dados registados neste mês.
Out. Nov. Dez.
se constatar que, entre 2000 e 2003 a velocidade anual do vento variou entre os 5 Km/h e os 7 Km/h. O vento fez-se arço (2001), abril (2000 e 2002) e maio (2003).
Valores Médios
Mês
Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 4,60 7,58 8,14 5,30 5,63 8,00 9,26 7,71 9,60 8,24 4,92 3,67 7,86 7,18 3) - 5,97 6,06 4,98 6,27 7,08 6,31 6,84 4,67 3,23 3,47 5,57 5,76 4,35 Torre Meteorológica do Departamento de Física - Universidade de Aveiro.
Faltam valores de dois dias: 30 e 31. Só são contabilizados 29 dias. Faltam dados a partir do dia 11. Só são contabilizados 10 dias.
Gráfico 10 - Velocidade Média do Vento - 2000 a 2003
Quanto à direção do vento, ao longo destes três anos, esta oscilou sobretudo entre o norte (2001 – 55,9%; 2003 – 31,4%), o SE (2000 – 68,8%) e o SW (2002 45,2%). 0 2 4 6 8 10 12
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out.
V e lo c id a d e ( K m /h ) Meses
Quanto à direção do vento, ao longo destes três anos, esta oscilou sobretudo entre 68,8%) e o SW (2002 –
Quadro 10 - Direção do Vento - Valores Médios
Anos Direção do Vento
2000 N S E W SE SW NW 2001 N S E W SE SW NW 2002 N S E W SE SW NW 2003 N S E W SE SW NW
Fonte: Torre Meteorológica do Departamento de Física Nota: Faltam dados do mês de abril (2002), do mês de junho (2002).
Out. Nov. Dez.
2000 2001 2002 2003 Valores Médios N.º de Dias 2 0 5 0 216 81 10 184 0 0 1 96 47 1 11 0 4 1 100 114 22 109 54 84 13 49 38 1
Torre Meteorológica do Departamento de Física - Universidade de Aveiro
Gráfico 11 - Direção Média do Vento - 2000 a 2003 2 0 5 0 216 81 10 184 0 0 1 96 47 1 11 0 4 1 100 114 0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 210 225 240 N S E W S E S W N W N S E W SE S W N W N S E W SE S W 2000 2001 2002 N .º d e D ia s
Anos / Direção do Vento
Nevoeiro
Estarreja regista em média, cerca de 30 dias (29,8) de nevoeiro anuais, o que equivale a 8,2 %. São essencialmente nevoeiros de advecção, característicos da proximidade do Oceano Atlântico e devido a massas de ar continental quente que se deslocam sobre o mar. Constitui um fenómeno estival, sensível sobretudo de madrugada, quando avança mais ou menos profundamente para o interior arrastando-se ao nível do solo ou sob a forma de baixos estratos.
O conhecimento deste elemento atmosférico é relativamente importante, d seu interesse direto ou indireto na análise de dispersão de poluentes atmosféricos.
Quadro 11 - Nevoeiro: Frequências Mensais
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
Nevoeiro 1,4 1,2 1,5 0,9 1,4 3,4
Fonte: Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Estarreja - 1998. 100 114 22 109 54 84 13 49 38 1 S W N W N S E W SE S W N W 2003
regista em média, cerca de 30 dias (29,8) de nevoeiro anuais, o que equivale a 8,2 %. São essencialmente nevoeiros de advecção, característicos da proximidade do Oceano Atlântico e devido a massas de ar continental quente que titui um fenómeno estival, sensível sobretudo de madrugada, quando avança mais ou menos profundamente para o interior
se ao nível do solo ou sob a forma de baixos estratos.
O conhecimento deste elemento atmosférico é relativamente importante, dado o seu interesse direto ou indireto na análise de dispersão de poluentes atmosféricos.
Nevoeiro: Frequências Mensais
Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 3,4 4,0 5,6 4,0 3,4 1,6 1,4 Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de
Gráfico 12 - Nevoeiro Frequências Mensais 0 1 2 3 4 5 6
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. 1,4 1,2 1,5 0,9 1,4 3,4 4,0 5,6 4,0 3,4 N .º d e D ia s Meses
Outros Elementos Climáticos
Importa também, fazer uma breve referência
embora considerados menos relevantes e muitas vezes dependentes dos elementos anteriormente tratados, têm no entanto, uma grande importância em termos aplicados. O quadro seguinte procura sintetizar alguns valores referen estes elementos.
Quadro 12 Outros Elementos Climáticos
-Estação
Neve Granizo
Estarreja 0,1 1,8
Fonte: Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de Estarreja - 1998.
Em termos de precipitação e como já foi constatado atrás, apenas a chuva é importante, já que outras formas de precipitação, como a neve e o granizo, apenas ocorrem numa frequência inferior a 2 dias anuais (máximos de 0,1 e 1,8 dias, respetivamente para a neve e granizo, registada na Estação de Estarreja).
Relativamente à ocorrência dos elementos atmosféricos, Orvalho e Geada, regista-se uma frequência de 78,4 dias / ano e 35,4 dias / ano, respetivamente, o Out. Nov. Dez.
3,4
1,6 1,4
Nevoeiro
Importa também, fazer uma breve referência a outros elementos climáticos, que embora considerados menos relevantes e muitas vezes dependentes dos elementos anteriormente tratados, têm no entanto, uma grande importância em termos aplicados. O quadro seguinte procura sintetizar alguns valores referentes a
- Frequência Anual
Número de Dias
Trovoada Orvalho Geada
9,4 8,4 35,4
Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de
Em termos de precipitação e como já foi constatado atrás, apenas a chuva é importante, já que outras formas de precipitação, como a neve e o granizo, apenas rrem numa frequência inferior a 2 dias anuais (máximos de 0,1 e 1,8 dias, respetivamente para a neve e granizo, registada na Estação de Estarreja).
Relativamente à ocorrência dos elementos atmosféricos, Orvalho e Geada, as / ano e 35,4 dias / ano, respetivamente, o
que é particularmente revelador de acentuado arrefecimento noturno. A análise da Geada reveste-se de particular interesse em termos aplicados, nomeadamente às atividades agrícolas.
2.5 Sismicidade
A ocorrência de sismos em Portugal está intimamente relacionada com a movimentação e energia libertada nas falhas ativas que atravessam o território ou se situam na sua proximidade. Na generalidade, Portugal é considerado um país de risco “moderado”. A instabilidade resulta da proximidade do limite compressivo entre as placas africana e euro-asiática, bem como das movimentações que essa tensão imprime às falhas que recortam o território nacional.
Especificamente, a área de intervenção localiza-se numa área sísmico: - a orla sedimentar originária do Secundário
proximidade a falhas ativas acrescido simultaneamente da natureza mais móvel dos seus terrenos. Em termos quantitativos, o concelho e a região em que se insere, localiza-se sobre uma zona de risco sísmico correspondente a uma intensidade V, na Escala de Mercali.
2.6 Recursos Hídricos de Superfície e Hidrológicos
A “Planta de Outras Condicionantes”, bem como a Carta da Rede Hidrográfica seguinte, apresentam as principais linhas de água que atravessam o concelho. Como se pode observar todo o território concelhio é recortado por uma rede que é particularmente revelador de acentuado arrefecimento noturno. A análise da se de particular interesse em termos aplicados, nomeadamente às
A ocorrência de sismos em Portugal está intimamente relacionada com a movimentação e energia libertada nas falhas ativas que atravessam o território ou se situam na sua proximidade. Na generalidade, Portugal é considerado um país tabilidade resulta da proximidade do limite compressivo asiática, bem como das movimentações que essa falhas que recortam o território nacional.
se numa área de relativo risco a orla sedimentar originária do Secundário - devido à sua proximidade a falhas ativas acrescido simultaneamente da natureza mais móvel dos seus terrenos. Em termos quantitativos, o concelho e a região em que se se sobre uma zona de risco sísmico correspondente a uma
A “Planta de Outras Condicionantes”, bem como a Carta da Rede Hidrográfica is linhas de água que atravessam o concelho. Como se pode observar todo o território concelhio é recortado por uma rede
hidrográfica relativamente densa. Esta rede apresenta dois tipos de linhas: água doce (rios, ribeiras e valas) e as de água salg
As principais linhas de água doce são:
- Rio Antuã (o mais importante do concelho, com um caudal médio de 1,5 a 2 m³/s (mínimo 0,3 m³/s e máximo 50 m³/s)), tem origem em Romariz, Feira e desagua no Largo do Laranjo, Ria de Ave
- Rio Gonde, que atravessa o concelho na zona da freguesia de Avanca e desagua no Esteiro da Ribeira Nova;
- Rio Jardim, que atravessa o concelho na Zona de Salreu e desagua no Esteiro de Canelas;
- Regato do Bandalho (Avanca);
- Ribeira da Boca do Monte (Ava
- Ribeira da Sardinha (Avanca);
- Vala da Breja (Beduído)
- Vala de S. Filipe (Beduído)
- Vala dos Amiais (Fermelã)
Os Esteiros da Ria integrados no concelho
- Ribeira Nova (Pardilhó);
- Bulhas (Pardilhó);
hidrográfica relativamente densa. Esta rede apresenta dois tipos de linhas: - as de água doce (rios, ribeiras e valas) e as de água salgada (braços da ria, esteiros).
Rio Antuã (o mais importante do concelho, com um caudal médio de 1,5 a 2 m³/s (mínimo 0,3 m³/s e máximo 50 m³/s)), tem origem em Romariz, Feira e desagua no Largo do Laranjo, Ria de Aveiro;
Rio Gonde, que atravessa o concelho na zona da freguesia de Avanca e desagua no Esteiro da Ribeira Nova;
Rio Jardim, que atravessa o concelho na Zona de Salreu e desagua
Regato do Bandalho (Avanca);
Ribeira da Boca do Monte (Avanca);
Ribeira da Sardinha (Avanca);
- Areia Branca (Pardilhó); - Aldeia (Pardilhó); - Amieiro (Pardilhó); - Veiros; - Estarreja; - Salreu; - Canelas; - Fermelã.
Relativamente à Hidrogeologia, coexistem no concelho, vários tipos de formações:
O aquífero arenoso (dunas) do Quaternário;
O aquífero detrítico da base do Quaternário;
O aquífero aluvionar do Antuã;
As formações arenítico – argilosas do Cretácico (Marques da Silva, 1990).
“(...) O aquífero arenoso (dunas) do Quaternário estende-se para Ocidente da linha de Caminho de Ferro (Linha do Norte), a profundidades variáveis entre os 2 e os 15 metros. È um aquífero de elevada produtividade, apresentando boas características hidráulicas e elevada permeabilidade. Este último factor possibilita óptimas condições de recarga, por infiltração, mas torna o aquífero mais vulnerável a possíveis contaminações. O Complexo industrial de Estarreja localiza
este aquífero.(...)”
“Análise de Impacte Ambiental das Propostas de Expansão das Áreas Industriais do Concelho de Estarreja”, Vol. I - ponto 3, pag. 23 e 24
Ordenamento da Universidade de Aveiro, 1992
“(...) Este aquífero superficial, dunar, é limitado inferiormente por formações de lodos, mais ou menos espessas, por vezes com conchas e praticamente constantes em toda a região. (...)”
Idem
Relativamente à Hidrogeologia, coexistem no concelho, vários tipos de formações:
argilosas do Cretácico (Marques da Silva, 1990).
se para Ocidente da linha ho de Ferro (Linha do Norte), a profundidades variáveis entre os 2 e os 15 metros. È um aquífero de elevada produtividade, apresentando boas características hidráulicas e elevada permeabilidade. Este último factor possibilita por infiltração, mas torna o aquífero mais vulnerável a possíveis contaminações. O Complexo industrial de Estarreja localiza-se sobre
“Análise de Impacte Ambiental das Propostas de Expansão das Áreas Industriais ponto 3, pag. 23 e 24 – Dep. De Ambiente e
“(...) Este aquífero superficial, dunar, é limitado inferiormente por formações de lodos, mais ou menos espessas, por vezes com conchas e praticamente
“(...) Subjacente a estas formações lodosas, que se comportam hidraulicamente como aquítardos, ocorrem camadas detríticas, grosseiras, de cascalheiras e areias, por vezes argilosas, e que constituem a unidade aquífera
aquífero da Base do Quaternário. Apresenta
50 m e tem sido explorado por várias unidades industriais (Cires, Quimigal, etc.). Na parte Sul da área (Esteiro de Estarreja
progressivamente pelo que foram sendo abandonadas as captações ali existentes. (...)”.
Idem
“(...) Ao longo do Rio Antuã desenvolve
aluvionares, apresentando elevada produtividade. Tem a forma de terraços localizados, havendo alguns, que se pensa vir a ser explorados pelos Serviços Municipalizados de Estarreja (caso do terraço do Moinho da Ribeira). (...)”
Idem
“ (...) As formações do Cretácico apresentam fácies areno se sob formações Quaternárias. Encontram
sua espessura aumenta nas direcções Oeste e Sul. Constituem uma formação hidrogeologicamente produtiva apenas a Poente do Chão do Monte, sendo intensamente exploradas pelos Municípios da Mur
variadíssimas unidades industriais (Marques da Silva, 1985). (...)” Idem
“(...) Subjacente a estas formações lodosas, que se comportam hidraulicamente como aquítardos, ocorrem camadas detríticas, grosseiras, de cascalheiras e areias, por vezes argilosas, e que constituem a unidade aquífera designada por aquífero da Base do Quaternário. Apresenta-se até profundidades da ordem dos 50 m e tem sido explorado por várias unidades industriais (Cires, Quimigal, etc.). Na parte Sul da área (Esteiro de Estarreja – Veiros) este aquífero foi salinizando progressivamente pelo que foram sendo abandonadas as captações ali existentes.
“(...) Ao longo do Rio Antuã desenvolve-se um aquífero de características aluvionares, apresentando elevada produtividade. Tem a forma de terraços vendo alguns, que se pensa vir a ser explorados pelos Serviços Municipalizados de Estarreja (caso do terraço do Moinho da Ribeira). (...)”
“ (...) As formações do Cretácico apresentam fácies areno – argilosas, e dispõem-ões Quaternárias. Encontram-se localizadas a Oeste de Veiros, e a sua espessura aumenta nas direcções Oeste e Sul. Constituem uma formação hidrogeologicamente produtiva apenas a Poente do Chão do Monte, sendo intensamente exploradas pelos Municípios da Murtosa, Aveiro e Ílhavo e por variadíssimas unidades industriais (Marques da Silva, 1985). (...)”
3. Bibliografia Fontes Consultadas
• Gabinete Técnico Florestal – Câmara Municipal de Estarreja. • Guia de Campo – Percurso de Salreu – BioRia.
• Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios: Informação de Base – Gabinete Técnico Florestal – Município de Estarreja.
• Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de Estarreja – 1998.
• SIG Municipal – Sector de Inventariação e Gestão de Informação Geográfica (SIGIG).
Páginas Web
• BioRia: www.bioria.com
• Câmara Municipal de Estarreja: www.cm-estarreja.pt • Instituto Nacional de Estatística: www.ine.pt
• Plano Municipal de Emergência de Estarreja
estarreja.pt/main/plano_municipal_emergencia.php
• Torre Meteorológica do Departamento de Física – Universidade de Aveiro:
www.fis.ua.pt
Câmara Municipal de Estarreja.
Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios: Informação de Base Município de Estarreja.
Relatório de Caracterização Física da Revisão do Plano Diretor Municipal de
o e Gestão de Informação Geográfica
Plano Municipal de Emergência de Estarreja – 2006: