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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Educação Física

Trabalho de Conclusão de Curso

Estudo de correlação entre força e percentual de massa

muscular em alunos de uma academia de Brasília.

Autor:Arnon José Rodrigues Alves Junior

Orientador: Dr. César Roberto Silva

Brasília -DF

2012

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Estudo de correlação entre força e percentual de massa muscular em alunos de uma academia de Brasília.

Resumo

Introdução: Índices baixos de aptidão física estão associados a um risco alto para o desenvolvimento de

doenças crônicas, sendo então importante a mensuração da aptidão física (Teixeira et. al. 2010).Relacionada à saúde, a aptidão física, se divide em 4 partes, sendo elas: composição corporal (Silva et. al. 2003),(Fett et. al. 2006) , aptidão muscular (Ramalho et, al 2011), (Moreira et. al. 2001), flexibilidade (Bertolla et. al. 2007), (Araújo et. al, 2004) e aptidão cardiorrespiratória (Buono et. al. 1991),(Adegboye et. al. 2010).Tendo em vista a importância da mensuração da aptidão física, especialmente neste estudo, da composição corporal e da aptidão muscular, o objetivo desse estudo foi realizar uma correlação entre percentual de massa muscular e força muscular em alunos de uma academia de Brasília. Metodologia: Foram voluntários para a pesquisa 38 jovens que não praticavam atividade física há pelo menos 1 ano e que não apresentaram qualquer restrição cardiopulmonar, ortopédica, metabólica, neurológica, assim como qualquer outra restrição para a prática de atividade física intensa. Os testes foram realizados em uma só visita, fez-se a composição corporal e logo após era realizado o teste de força. Resultados: Os dados apresentaram distribuição normal (P = 0,07 e 0.09) e os valores médios e desvio padrão foram (44,12 +4,65) e(118,92 + 22,87) para massa muscular e para força respectivamente. O teste de correlação de Pearson entre as duas variáveis foi de 0,11 com o valor de P=0,57. Constatou-se no presente estudo que houve correlação fraca entre as variáveis de força e percentual da massa muscular na população estudada. Não foram encontrados estudos semelhantes correlacionando essas duas variáveis. Discussão: O movimento realizado em nosso estudo é semelhante há um levantamento, um movimento natural de nossa vida diária, mas não é executado de forma máxima no cotidiano. No estudo não foi controlado a atividade profissional nem tão pouco o exercício físico da vida diária, o que pode ter afetado os resultados uma vez que podemos encontrar indivíduos com maior adaptação neurológica e maior familiaridade com o movimento apresentado do que outros, o que o que pode estar relacionado à baixa correlação encontrada no estudo. Conclusão: Não observada correlação significativa entre % de massa muscular e força no estudo, mas foi possível observar limitações que devem ser exploradas em estudos futuros para observar a possibilidade de haver correlação entre as duas variáveis estudadas.

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Introdução

A aptidão física está associada à saúde e a qualidade de vida. Índices baixos de aptidão física estão associados a um risco alto para o desenvolvimento de doenças crônicas, sendo então importante a mensuração da aptidão física. (Teixeira et. al. 2010). Relacionada à saúde, a aptidão física, se divide em 4 partes, tendo diversos testes e protocolos para analisá-los, (ACSM 2007) sendo eles: composição corporal (Silva et. al. 2003),(Fett et. al. 2006) , aptidão muscular (Ramalho et, al 2011), (Moreira et. al. 2001), flexibilidade (Bertolla et. al. 2007), (Araújo et. al, 2004) e aptidão cardiorrespiratória (Buono et. al. 1991),(Adegboye et. al. 2010).

Testes e modelos têm sido propostos para a análise da composição corporal. Inicialmente foi explorado o modelo Bi partilhado, que divide o corpo em massa de gordura e massa livre de gordura. Essa análise era realizada subtraindo o peso da massa livre de gordura da massa corpórea total (Ellis 2000). A partir dessas descobertas diversos métodos foram criados para analisar a composição corporal: Pesagem hidrostática (Rodrigues M. N. et. al. 2001), DEXA (Gobbo et. al. 2008)Bioimpedância(Fett et. al. 2006), Pletismografia (Mello et. al, 2005), Dobras cutâneas(Silva et. al. 2003) entre outros. Pela facilidade de aquisição, e custos muito baixos de manutenção, o método de dobras cutâneas é o método mais popular para avaliação da composição corporal nas academias de Brasília.

Jackson e Pollock (1978),a partir de uma amostra de 403 homens adultos entre 18 e 61 anos,realizaramum estudo em que compararam o somatório de sete dobras (Subescapular, triceptal, axilar média, toráxica, supraíliaca, abdominal e coxa medial) com o padrão ouro para a análise da densidade corporal, a pesagem hidrostática. Produzindo o que viria a ser o estudo mais popular relacionado a dobras cutâneas (Trayhurn P. 2004).

Outros modelos têm sido criados para analisar a composição corporal, analisando conteúdo líquido, mineral, proteínas, ossos entre outros aspectos, criando os modelos em 3 e em 4 partilhamentos (Ellis 2000). Um desses partilhamentos se refere à massa muscular, o padrão ouro para essa analise é o DEXA, teste no qual o avaliado é exposto a uma varredura por dois raios-x de diferentes níveis, a partir da reflexão das ondas eletromagnéticas obtemos os dados de composição corporal. Tratando-se de um teste dispendioso foram criadas e validadas equações para estimar esses valores através de estatura, massa corporal e circunferências (Rech et. al. 2012).

A aptidão muscular (força muscular) está relacionada com a capacidade de realizar as atividades da vida diária, um dos pilares da saúde e qualidade de vida (Teixeira et. al. 2010). Ela depende do processo de contração muscular, onde os filamentos de actina e miosina se sobrepõem no sarcômero, produzindo a aproximação entre a origem e a inserção do músculo em questão (Guyton et al. 1997). Pessoas com maior número de filamentos de actina e miosina (maior massa muscular) tem maior potencial em gerar contração(Guyton et al. 1997).

Mas a força não depende unicamente da sobreposição de filamentos de actina e miosina, existindo um processo em oito etapas que se inicia no sistema nervoso central e depende de enzimas, transportadores e sinalizadores. (Guyton et al. 1997) A capacidade de força máxima a ser gerada ainda depende do tipo de fibra do musculo solicitado (Gentil P. 2005).

Objetivo

Tendo em vista a importância da mensuração da aptidão física, especialmente neste estudo, da composição corporal e da aptidão muscular, o objetivo desse estudo foi realizar uma correlação entre percentual demassa muscular e força muscular em alunos de uma academia de Brasília.

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Metodologia

Todos os testes foram realizados na academia Club 22 com alunos entre 18 e 25 anos que concordaram em participar dos testes. As amostras foram coletadas entre os dias 2 de julho e 3 de novembro de 2012.

Foram voluntários para a pesquisa 38 jovens que não praticavam atividade física há pelo menos 1 ano e que não apresentaram qualquer restrição cardiopulmonar, ortopédica, metabólica, neurológica, assim como qualquer outra restrição para a prática de atividade física intensa. Todos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, em que consta uma explicação objetiva dos procedimentos dos testes, assim como seus benefícios e riscos. Foi recomendado para os avaliados: Estar trajando no dia da avaliação roupas de banho, dormir bem na noite anterior aos testes, não praticar atividade física intensa, manter alimentação rotineira, além de não utilizar recurso ergogênico ou cafeína nas 24h anteriores aos testes. Os testes foram realizados em uma só visita, fez-se a composição corporal e logo após era realizado o teste de força.

Dobras cutâneas:

As dobras cutâneas foram realizadas com o adipometro lange, as medidas foram realizadas em triplicata tendo como valor final a mediana entre as 3 medidas (Jackson e Pollock 1979). Foram medidas ainda as dobras cutâneas supraespinhal e panturrilha medial, assim como os diâmetros ósseos Bi-estiloidal, Bi-epicôndilo umeral e Bi-Côndilo femural para cálculo da massa muscular. Foi utilizado a equação de Von Dobeln para estimativa do peso ósseo e a equação de Wurch para a estimativa do peso residual. O peso muscular era obtido através da equação: Massa Muscular = Massa total – Massa gorda – Massa residual – Massa óssea.Os dados foram analisados pelo software galileu-Micromed.

Força:

Para a análise de força foi utilizado um dinamômetro de tração dorsal, fabricado em aço com escala em quilograma-força, e precisão de 1% da capacidade total. O avaliado se posicionava na posição e era orientado a executar o levantamento da forma de sua preferencia. Foram realizadas 3 execuções sendo utilizada a de maior score.

Tratamento Estatístico:

Todos os dados foram analisados através de média e desvio padrão. Para a normalidade dos dados foi realizado o teste de normalidade de kolmogorov smirnov P<0,1 e para o teste de correlação foi utilizado o teste de Pearson, r, sendo que um valor de P<0.1 foi considerado significativo. Todos os dados foram analisados através do programa GraphPad InStat.

Resultados e Discussão:

Caracterização da amostra em média e desvio padrão:

N Idade % de gordura % Massa muscular Força

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Os dados apresentaram distribuição normal (P = 0,07 e 0.09)e os valores médios e desvio padrão foram(44,12 +4,65) e(118,92 + 22,87) para massa muscular e para força respectivamente.O teste de correlação de Pearson entre as duas variáveis foi de 0,11 com o valor de P=0,57.

Constatou-se no presente estudo que há correlação significativa entre as variáveis de força e percentual da massa muscular foi fraca na população estudada. Não foram encontrados estudos semelhantes correlacionando essas duas variáveis.

Em um estudo de revisão Souto Maior et. al. (2003) elucida que no inicio do treinamento as primeiras adaptações são neurológicas, havendo ganhos de força sem mudanças estruturais no tamanho do músculo, de acordo com o levantamento bibliográfico a hipertrofia só aconteceria após as adaptações neurais em um período de 4-8 semanas.

Gurjão et. al. (2005) realizaram um estudo em crianças pré-púberes em aplicação de testes de 1 RM. Foram realizados 8 sessões nos exercícios mesa extensora e rosca direta bíceps com intervalo de 48h entre elas. Observaram nesse estudo que os resultados obtidos nos testes foram crescentes, sendo o ultimo teste, em todos os casos melhor do que os primeiro. Os pesquisadores chegaram a conclusão que a produção de força máxima por parte do avaliado está diretamente associada com a familiarização do avaliado nesse teste.

O movimento realizado em nosso estudo é semelhante a um levantamento, um movimento natural de nossa vida diária, mas não é executado de forma máxima no cotidiano. No estudo não foi controlado a atividade profissional nem tão pouco o exercício físico da vida diária, o que pode ter afetado os resultados uma vez que podemos encontrar indivíduos com maior adaptação neurológica e maior familiaridade com o movimento apresentado do que outros, o que o que pode estar relacionado à correlação fraca encontrada no estudo. Estudos com indivíduos adaptados ao treino de força e familiarizados com o movimento realizado devem obter resultados diferentes, com a possibilidade de obter correlação mais forte.

No estudo não foi observado o percentual de gordura dos avaliados, o que está inversamente relacionado com o percentual de massa muscular, a escolha de um grupo mais homogêneo em relação a essa variável possivelmente melhoria os resultados obtidos. O numero de avaliados pelo estudo poderia ser aumentado na tentativa de obter mais confiabilidade nos resultados obtidos.

Conclusão:

Foi observada correlação fraca entre % de massa muscular e força no estudo, mas foi possível observar algumas limitações, ausência de adaptação ao movimento e controle de % de gordura da amostra, que devem ser exploradas em estudos futuros para observar a possibilidade de haver correlação mais forte entre as duas variáveis estudadas.

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Referências

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