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CSHG Verde FIC FIM. Outubro de 2012

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Academic year: 2021

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Comentários do gestor CREDIT SUISSE HEDGING-GRIFFO

CSHG Verde FIC FIM

Outubro de 2012

O Fundo Verde rendeu 1,09% em outubro e acumulou 16,09% no ano, ante um CDI de 7,25%.

Neste mês, o relatório do Fundo será diferente do habitual, pois aproveitaremos a oportunidade para compartilhar um interessante estudo feito por nosso time de economistas sobre o baixo crescimento dos últimos anos e a dinâmica da inflação no Brasil.

Baixo crescimento de 2011-2012: quem

é o responsável?

Antes do debate sobre quais são as perspectivas da economia brasileira para o próximo ano, convém dar um passo atrás e fazer um diagnóstico da parada “quase-súbita” da atividade econômica no biênio 2011-2012. O que compõe um cenário ruim é a observação de que, nesse mesmo período, em que o crescimento médio será ligeiramente próximo a 2% ao ano, a inflação deverá atingir uma média próxima a 6% ao ano, em forte contraste com os resultados verificados há poucos anos. Parece pouco para uma economia cujo produto potencial deveria estar em cerca de 4% a.a., com meta de inflação de 4,5% a.a.

O debate atual se divide entre argumentos sobre a fraqueza da demanda, com particular relevância do ciclo de crédito e de estoques, e sobre restrições de oferta. Esses argumentos se baseiam, especialmente, nas condições do mercado de trabalho. E qual é a nossa interpretação sobre esses elementos? Decerto, houve desaceleração da demanda, provocada em boa medida por um conjunto de fatores externos e domésticos, tanto de natureza premeditada – o aperto das condições monetárias consideradas de maneira ampla, além da taxa de juros – quanto de caráter mais inesperado, como a intensificação da crise externa e os problemas bancários, que acabaram resultando em um grau de aperto de crédito bastante relevante.

Entretanto, ainda que isso explique uma parte importante da desaceleração, esses argumentos não servem para explicar os motivos pelos quais a recuperação da atividade doméstica está ocorrendo tão lentamente e sem que a inflação mostre, de fato, reduções mais expressivas. Vale dizer que, se a questão fundamental fosse apenas a fraqueza da demanda, esperar-se-ia que a inflação registrasse uma queda mais relevante – o que, de fato, não ocorreu. Também é difícil explicar como o mercado de trabalho permaneceu tão forte nesse período – com desemprego buscando as mínimas históricas – apesar de toda essa “fraqueza de demanda”.

A liquidação financeira e a conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem em data diversa do respectivo pedido. Para mais informações acerca das taxas de administração, cotização e público-alvo de cada um dos fundos, consulte os prospectos e os regulamentos disponíveis no site www.cshg.com.br.

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Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; fundos de investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, por qualquer mecanismo de seguro, ou ainda, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC); ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento, antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Este boletim tem caráter meramente informativo, não podendo ser distribuído, reproduzido ou copiado sem a expressa concordância da Credit Suisse Griffo. A Credit Suisse Hedging-Griffo não se responsabiliza por erros de avaliação ou omissões. Os investidores têm de tomar suas próprias decisões de investimento. Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.

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Desta maneira, passamos a atribuir às questões de oferta os principais motivos da falta de tração da atividade econômica. Nos próximos parágrafos, apresentaremos o resumo de um trabalho que produzimos internamente, cujo objetivo era fazer uma decomposição simples dos fatores explicativos da desaceleração, enfatizando que as condições do mercado de trabalho representam o principal fator que explica a fraqueza da atividade econômica. O trabalho completo está disponível neste link.

Uma decomposição do crescimento do PIB

Inicialmente, faremos uma decomposição crescimento do PIB em alguns fatores: o canal do crédito, a economia global e o efeito dos custos trabalhistas. Nossa variável de crédito busca medir a evolução das concessões de crédito líquidas dos pagamentos de juros e amortizações1. Para verificar as condições de crescimento global, utilizamos simplesmente uma medida de PIB global. Quando nos referimos a custos trabalhistas, estamos nos referindo a uma medida também criada por nós. Essa medida reflete a razão entre o custo unitário do trabalho (CUT2) e o deflator do PIB. Essa variável retrata o aumento nos custos de trabalho que não é repassado para os preços finais da economia, o que, portanto, gera a compressão das margens de lucro da economia. O retorno do capital diminui na medida em que aumenta o retorno do trabalho.3 Utilizando os resultados de uma regressão do PIB contra esses três fatores, é possível decompor a variação do PIB nos diversos efeitos que estamos investigando. O resultado está exposto no gráfico abaixo. As colunas representam o efeito de cada uma das variáveis que estamos investigando4, e os “outros efeitos” são determinados pelo resíduo da regressão. Os efeitos somados resultam na linha preta do gráfico, que representa o crescimento efetivo do PIB do período.

Gráfico 1: Decomposição básica do crescimento do PIB

PIB Potencial Efeito Crédito Efeito Externo Efeito Custo do Trabalho Outros Efeitos

-9 -6 -3 0 3 6 9 12

Mar-06 Mar-07 Mar-08 Mar-09 Mar-10 Mar-11 Mar-12

PIB

Fonte: CSHG

Vê-se, claramente, que os custos trabalhistas explicam boa parte da desaceleração recente da atividade econômica. O efeito crédito contribuiu negativamente ao longo de 2011. Entretanto, no último trimestre, sua contribuição deixou de ser negativa e passou a favorecer o crescimento. Já o efeito externo teve pouca relevância na explicação da variação do crescimento do PIB no período

1 O motivo é simples: uma concessão de crédito inteiramente usada para o pagamento de juros e amortização tem um efeito desprezível do ponto de vista de atividade econômica, pois esse crédito não gerou movimentação de bens ou serviços na economia. Portanto, o que importa é a concessão nova de crédito, que possa ser usada, de fato, para comandar bens e serviços na economia.

2 Conforme definida pela OCDE, essa medida é determinada pela média de custos trabalhistas por unidade de produto e calculada como a razão entre os custos totais de trabalho (sem considerar impostos sobre a folha de pagamento, mas apenas os salários) e o produto real.

3 Para saber mais sobre as variáveis utilizadas, consulte a Seção 2 do trabalho completo.

4 O efeito do “PIB Potencial” aparece nesse gráfico devido à definição da variável dependente da regressão, que é determinada pela diferença entre o crescimento efetivo do PIB e o PIB potencial.

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recente. Cabe destacar aqui que os resultados representam o efeito direto das variáveis sobre o crescimento, já líquidos dos demais fatores incorporados na análise. Dessa maneira, esse resultado sugere que devemos prestar especial atenção ao que está acontecendo com os custos trabalhistas, se quisermos entender o motivo pelo qual o crescimento do PIB brasileiro segue em patamares tão baixos em 2012.

O problema desse resultado é que ele não chega a fazer uma distinção completa entre a desaceleração causada por fatores de demanda ou de oferta. Certamente, os movimentos do custo trabalhista devem estar mais correlacionados com fatores estruturais de crescimento da oferta do que com movimentos das variáveis de crédito ou da demanda externa. Ainda assim, é plenamente possível que o custo trabalhista se mova em virtude de fatores de demanda.

O problema do mercado de trabalho

Para entender melhor essa diferenciação, convém dar um passo atrás e discutir os possíveis fatores de pressão de custo trabalhista. A nossa métrica de custos trabalhistas pode subir em dois casos: se houver (i) uma desaceleração brusca da demanda; e/ou (ii) falta de trabalhadores disponíveis.

No primeiro caso, a lógica do aumento de custos é a seguinte: uma desaceleração brusca da demanda leva à queda repentina do nível ótimo de produção. Essa queda provoca a necessidade de demissões. No entanto, essas demissões são custosas, especialmente no setor formal da economia. Dessa forma, o ajuste no mercado de trabalho tende a acontecer muito mais lentamente do que o ajuste no nível de produção. Isso leva o custo unitário do trabalho a subir temporariamente, enquanto o ajuste no nível de emprego não é concluído. Nesse caso, o fator causador dos movimentos de custo trabalhista são os movimentos de demanda. Olhando em perspectiva, essa parece ter sido a razão dos movimentos do custo unitário do trabalho na época da crise de 2008-2009. Quando isso acontece, os movimentos de custo trabalhista não tendem a ser muito preocupantes, pois são temporários por natureza.

O segundo caso tende a ser um pouco mais preocupante. Ele acontece quando o custo unitário do trabalho se move em virtude de fatores mais relacionados à oferta. Nesse caso, o fator causador dos movimentos de custo trabalhista é a falta de trabalhadores ociosos. Isso acontece quando a taxa de desemprego cai para patamares em que os trabalhadores têm poder de barganha suficiente para, em média, negociar aumentos salariais superiores aos ganhos de produtividade. Quando isso acontece, aumenta o custo unitário do trabalho por definição5. Se o motivo pelo qual a economia brasileira está crescendo menos é esse, então políticas de incentivo à demanda não devem ser muito eficazes, o que gera mais pressões inflacionárias do que o crescimento real do PIB.

Por essa lógica, quando a variação dos custos trabalhistas é causada pela demanda, esperamos impactos relevantes sobre o nível de produção da economia e, consequentemente, sobre a intensidade de uso do fator capital. Por outro lado, quando o movimento for causado por fatores de oferta, as mudanças no mercado de fatores deverão ser bem menores, ao menos no curto prazo.

Dessa forma, esperamos encontrar uma relação negativa entre a variação dos custos trabalhistas e o uso do fator capital, quando esses movimentos são tipicamente causados por movimentos de demanda. A parcela dos custos trabalhistas não explicada por movimentos do fator capital parece uma boa medida para os movimentos dessa variável causados pela oferta.

Como medida de utilização do fator capital, utilizamos o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) produzido pela FGV na sua sondagem mensal da indústria. Os resultados dessa

5 De acordo com a definição de custo unitário do trabalho, essa variável é determinada pela média de custos trabalhistas por unidade de produto. Uma vez que a produtividade é definida como a razão entre o total produzido e a quantidade de trabalho envolvida nessa produção, podemos redefinir o custo unitário do trabalho como a razão entre o salário médio da economia e a produtividade média. Logo, se o salário médio cresce acima da produtividade, o custo unitário do trabalho sobe.

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regressão estão na tabela abaixo:

Tabela 1: Resultados da Regressão da variação do efeito de custos trabalhistas contra a variação do NUCI e do câmbio Real

Variável Coeficiente Desvio Padrão Prob.

Variação do NUCI -0.42 0.16 0.01

Variação do Câmbio Real 0.14 0.04 0.00

R2 Ajustado 0.64

Soma dos quadrados dos resíduos 97.12

Variável Coeficiente Desvio Padrão Prob.

Variação do NUCI -0.42 0.16 0.01

Variação do Câmbio Real 0.14 0.04 0.00

R2 Ajustado 0.64

Soma dos quadrados dos resíduos 97.12

Fonte: CSHG

Conforme esperado, a variação do NUCI é relevante para a explicação dos movimentos da nossa variável de custos trabalhistas e possui coeficiente negativo.

Para solucionar a dúvida sobre se o componente de custos trabalhistas advém de problemas na oferta de mão de obra, vamos simplesmente reestimar o modelo inicial substituindo a variável de custos trabalhistas pela variável de custos trabalhistas não explicados pela variação do NUCI (o resíduo da regressão da tabela acima) e por variações do câmbio real6. Os resultados dessa nova estimativa estão na tabela abaixo.

Tabela 2: Resultados da Regressão do PIB contra os efeitos de crédito externo e resíduo da regressão da tabela 1

Variável Coeficiente Desvio Padrão Prob.

Efeito Crédito 0.15 0.02 0.00

Efeito Externo 0.28 0.15 0.07

Efeito Custo Trabalhista via Oferta -0.38 0.14 0.01

R2 Ajustado 0.81

Soma dos quadrados dos resíduos 44.5

Fonte: CSHG. Os efeitos de crédito e de custos trabalhistas são contemporâneos. O efeito externo entrou na regressão com defasagem de 1 trimestre

O gráfico abaixo ilustra os efeitos destes fatores na explicação do crescimento do PIB: Gráfico 2: Nova decomposição do crescimento do PIB

-9 -6 -3 0 3 6 9 12

Mar-06 Mar-07 Mar-08 Mar-09 Mar-10 Mar-11 Mar-12

PIB -9 -6 -3 0 3 6 9 12

Mar-06 Mar-07 Mar-08 Mar-09 Mar-10 Mar-11 Mar-12

PIB

PIB Potencial Efeito Crédito Efeito Externo Efeito Custo do Trabalho Outros Efeitos

Fonte: CSHG.

6 O câmbio real é utilizado como um instrumento para capturar variações na demanda do setor de serviços, as quais estejam menos relacionadas à demanda da indústria. Uma desvalorização real do câmbio faz com que os bens importados fiquem mais caros em relação aos serviços, o que tende a aumentar a demanda por serviços domésticos. Nesse caso, teríamos uma oscilação da demanda industrial sem que houvesse uma redução tão importante da demanda por serviços.

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O crédito já está ajudando, mas a dinâmica de salários

continua sendo um obstáculo à retomada

Como podemos perceber, os resultados do Gráfico 2 são bastante semelhantes aos do Gráfico 1, apresentado no início do artigo. O único efeito que mudou mais significativamente foi o do crédito, que ganhou importância na explicação dos movimentos da taxa de crescimento do PIB. Esse aumento de importância é, provavelmente, fruto da exclusão dos efeitos da demanda sobre a variável de custos trabalhistas, já que esses efeitos devem estar bastante correlacionados com os movimentos da nossa variável de crédito. De fato, conforme mostra o Gráfico 2, o efeito crédito passou a ser ainda mais importante para explicar a crise de 2008-2009 e a recuperação de 2010. Ainda assim, o resíduo da regressão da Tabela 1, que representa os movimentos dos custos trabalhistas mais ligados a fatores de oferta, mostrou-se bastante relevante para a explicação do crescimento do PIB. De fato, a magnitude desse coeficiente foi parecida com a dos custos trabalhistas que encontramos na regressão que deu origem ao Gráfico 1, o que implica afirmar que essa variável continua sendo muito importante para a explicação dos movimentos mais recentes do PIB.

Em suma, parece que, ao contrário do que aconteceu na crise e na recuperação cíclica que tivemos entre 2008 e 2010, os efeitos de custo trabalhista dos períodos mais recentes são mais influenciados por fatores de oferta. E, conforme mostra a nossa análise com a regressão da Tabela 2, esses efeitos estão sendo bastante importantes para explicar a desaceleração do PIB nos períodos mais recentes. Isso tem algumas implicações importantes.

Algumas implicações

A primeira implicação é que as políticas de estímulo à demanda devem ter efeito limitado sobre a geração de crescimento real. Isso porque essas políticas nada fazem para combater estruturalmente o problema do aumento dos custos trabalhistas causado pela falta de trabalhadores disponíveis, que, segundo a nossa análise, é o principal causador da atual desaceleração da atividade. Evidentemente, não se trata de dizer que não há qualquer espaço para a recuperação da atividade em virtude de políticas de estímulo à demanda. Algum espaço para a retomada sempre haverá, até porque também há problemas de demanda na economia. A segunda implicação é que a taxa de crescimento médio do Brasil deverá ser inferior àquela que o País conseguia atingir antes de ter esses problemas. De certa forma, as taxas registradas no biênio 2011 2012 – inferiores às da década passada – já refletem bem esse ponto. Isso acontece porque, com a novidade da restrição de oferta de trabalhadores, torna-se mais difícil obter aumento de produção com o uso mais intensivo do fator trabalho.

A terceira e, talvez, mais importante implicação é que as medidas de estímulo à produtividade do trabalho são mais importantes agora do que foram no passado. Como a expansão da produção pelo uso mais intensivo do trabalho parece estar limitada neste momento, a maior parte do nosso crescimento futuro deve vir, justamente, de ganhos de produtividade. Logo, a necessidade de melhorar esses ganhos torna-se mais importante. Políticas de desoneração de folha de pagamento são, de fato, uma maneira de contornar o problema, pois diminuem o custo da parte mais relevante dos gastos das empresas com seus trabalhadores, mas, evidentemente, têm um caráter temporário – a menos que se pretenda cortar impostos todos os anos em magnitude maior do que a do hiato entre o aumento de salário real e o avanço da produtividade até o limite da carga tributária.

Há uma quarta consequência relevante, relacionada às taxas de juros. O fato de os custos unitários de trabalho terem avançado em velocidade superior à do avanço da capacidade das empresas de repassar esses custos para os preços causou a retração do retorno do capital. Como essa nova realidade se mostra mais permanente, o retorno esperado do capital (do investimento) é necessariamente menor do que era no passado. Desta forma, é de se esperar que o investimento cresça a taxas mais baixas no futuro. Ao reduzir o retorno esperado do capital, a queda da demanda por investimento faz com que as taxas de juros, que equilibram a oferta de

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“fundos emprestáveis” à demanda por investimento, também recuem. Assim, pode-se esperar que a taxa de juros de equilíbrio seja mais baixa. Cabe, entretanto, ressaltar que a busca de uma meta de crescimento semelhante à obtida no quinquênio 2004-2008 resultará em uma taxa de inflação significativamente superior à meta – e as restrições de oferta se farão sentir nos salários de maneira mais relevante do que no período citado. Adicionalmente, intervenções do setor público em amplos setores da economia tendem a reduzir ainda mais a expectativa de retorno sobre o investimento. Desta forma, apenas uma agenda genuinamente voltada à solução dos problemas de oferta e de produtividade é que possibilitará uma retomada do crescimento mais elevado sem o desconforto de uma taxa de inflação mais pressionada.

Sendo assim, os resultados que mostramos sugerem que, em resumo, as autoridades brasileiras deveriam se preocupar menos com o controle do nível de demanda e mais com políticas de apoio ao crescimento da produtividade do que faziam no passado.

Nesse sentido, felizmente, parece que temos algumas boas notícias. Ainda que boa parte da resposta à desaceleração recente tenha sido simplesmente uma série de medidas de incentivo à demanda, algumas medidas mais estruturais foram tomadas recentemente. Além da ajuda temporária das medidas de desoneração da folha trabalhista, tivemos ao longo do último ano (i) a regulamentação de uma nova regra de aposentadoria do setor público – que permitirá ao Estado brasileiro, no longo prazo, diminuir seus desembolsos com os seus funcionários inativos; e (ii) o anúncio de que o governo promoverá uma significativa redução no custo de energia, com efetiva e expressiva desoneração.

Algumas dessas medidas já deixaram o campo das intenções e devem, portanto, ser comemoradas, pois, além de agirem diretamente sobre os efeitos do custo trabalhista causados por fatores de oferta, são medidas que, até há pouco tempo, não eram sequer discutidas seriamente. Não podemos, no entanto, parar por aqui. O Brasil ainda precisa solucionar muitos problemas de produtividade, e a maior parte deles está relacionada ao tamanho e à qualidade do gasto do Estado brasileiro. As medidas tomadas recentemente parecem ser apenas um pequeno passo na solução desses problemas.

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Breakdown - resultados do fundo 30-dez-2011 a 31-out-2012 Out-12 Acum. 2012 I) Book Cambial Dólar futuro -0,06 1,24 Cupom cambial -0,20 -0,49 Opções de dólar 0,00 0,00 Convertibilidade 0,00 0,00 Ouro em Reais 0,00 0,00 CPR em Reais 0,00 0,06 Fiex 0,00 0,00 Dívida Externa BMF 0,00 0,00 Moedas -0,30 1,36

Resultado Caixa + Derivativos -0,56 2,17 Ligados à Câmbio

II) Book Juros

DI pré -1,05 -4,63

opções de IDI -0,01 -0,95

swaps IGPM + IPCA 0,58 5,59

RF Inflação 0,47 1,58

Resultado Juros + Inflação -0,01 1,59

III) Book de Ações

Resultado de Ações 1,26 8,25 CDI 0,61 7,25 Câmbio (I)+Juros(II)+Outros -0,52 4,04 Ações(III) 1,26 8,25 Custos -0,26 -3,45 1,09 16,09 Resultado do Fundo

Para todos os ativos que utilizamos caixa, as rentabilidades expressas acima já são reais (ex CDI)

7,25% 2,17% 1,59% 8,25% 3,45% 16,09% 0,28% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20% CDI B ook Cam bi al Juros e Inflação Aç õe s Outr os Custo s Tot al

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Rentabilidades (%)* 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 20.0% 25.0% 30.0% 35.0% 40.0% 45.0% 50.0% m ar -9 7 m ar -9 8 m ar -9 9 m ar -0 0 m ar -0 1 m ar -0 2 m ar -0 3 m ar -0 4 m ar -0 5 m ar -0 6 m ar -0 7 m ar -0 8 m ar -0 9 m ar -1 0 m ar -1 1 m ar -1 2 Fundo CDI Objetivo

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano CDI Acum. Fdo. Acum.CDI

1997 2.15 0.92 1.15 3.09 1.53 3.13 1.69 1.86 2.01 5.32 1.15 1.90 29.10 24.43 29.10 24.43 1998 2.61 2.43 4.37 2.82 0.73 0.72 1.85 0.11 1.03 2.01 3.34 4.51 29.86 28.61 67.66 60.03 1999 63.45 7.43 2.43 4.23 2.23 3.84 1.09 0.70 1.14 4.76 4.14 5.31 135.40 25.17 294.66 100.31 2000 4.09 0.83 1.87 2.62 1.16 3.33 -0.68 4.12 0.93 4.02 0.12 2.62 27.93 17.33 404.89 135.02 2001 4.68 0.82 2.41 1.99 2.54 2.23 3.79 1.10 4.09 0.28 1.58 1.11 30.01 17.27 556.42 175.62 2002 3.45 1.57 1.98 4.80 1.86 4.38 4.98 -2.17 4.94 10.96 -0.35 4.52 48.72 19.09 876.24 228.22 2003 2.28 2.46 3.12 -1.37 3.00 2.19 3.79 4.80 2.70 3.31 2.71 6.96 42.22 23.28 1,288.44 304.64 2004 3.83 -0.85 0.78 -3.92 2.52 3.68 4.48 4.17 2.77 -0.94 1.95 2.30 22.43 16.17 1,599.90 370.06 2005 -0.28 4.39 1.79 -0.48 -0.50 -1.68 0.98 1.45 6.09 0.65 3.56 2.96 20.33 19.00 1,945.54 459.37 2006 5.96 2.90 0.33 3.35 1.27 0.69 1.74 1.37 0.60 2.61 2.80 1.24 27.74 15.05 2,512.98 543.53 2007 2.29 0.00 2.70 1.16 3.65 4.58 3.66 2.89 0.27 1.90 2.12 1.99 30.74 11.82 3,316.10 619.62 2008 0.73 4.40 -2.71 3.62 2.65 4.37 -2.46 -3.53 -7.32 -8.91 2.20 1.47 -6.44 12.37 3,096.20 708.64 2009 4.46 0.97 1.98 11.41 4.76 2.28 5.16 3.68 1.81 0.77 2.46 2.19 50.37 9.90 4,705.98 788.66 2010 3.71 -1.30 0.71 -1.66 1.22 1.94 1.44 0.33 0.43 2.84 2.19 1.23 13.75 9.74 5,366.93 875.24 2011 0.48 0.37 3.70 1.71 0.33 -0.19 -1.13 2.44 1.18 1.05 -0.27 2.16 12.36 11.59 6,042.75 988.32 2012 2.75 2.63 1.39 2.55 -0.87 0.96 2.32 0.43 1.83 1.09 - - 16.09 7.25 7,031.09 1,067.25 Rentabilidade líquida de administração e performance e bruta de impostos.

Fundo CDI

Retorno anualizado 31,05% 16,85%

Desvio padrão anualizado** 9,48% 0,37%

Índice de sharpe** 1.5

-Rentabilidade em 12 meses 18,27% 9,15%

Número de meses negativos 23 0

Números de meses positivos 166 189

Número de meses abaixo de 100% do CDI 63

-Número de meses acima de 100% do CDI 126

-Maior rentabilidade mensal 63,45% 3,28%

Menor rentabilidade mensal -8,91% 0,54%

Patrimônio líquido

Patrimônio médio em 12 meses

** Calculado desde 02/01/1997 até 31/10/2012

R$ 3.006.802.744,58 R$ 2.828.361.887,80

Multimercados Macro Admite Alavancagem:Sim

Gestor: Administrador:Credit Suisse Hedging-Griffo Corretora De Valores S.A.

Classificação Anbima:

Credit Suisse Hedging-Griffo Asset Management S.A

Fundo multimercado que tem como objetivo buscar rentabilidade acima do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.

Fundo destinado ao público em geral, observados os valores mínimos de aplicação inicial, permanência e movimentação constantes no prospecto.

Público Alvo

Este fundo está fechado para novas aplicações.¹ A taxa de administração máxima paga pelo FUNDO, englobando a taxa de administração acima e as taxas de administração pagas pelo FUNDO nos fundos que poderá eventualmente investir será de 2,00% a.a.

Data de início 02/01/1997 Aplicação mínima: 5,000.00 Saldo mínimo: 5,000.00 Movimentação mínima: 2,000.00 Cota: Fechamento Cota aplicação: D+0 Cota resgate: D+0 Liquidação resgate: D+1

Taxa de saída antecipada: Não há

Taxa de administração: 1,50% a.a ¹

Taxa de performance: 20% que exceder a 100% do CDI.

* Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; Fundos de Investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro, ou ainda, do fundo garantidor de crédito (fgc); Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e o regulamento do fundo de investimento antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Caso o índice comparativo de rentabilidade utilizado neste material, não seja o parâmetro objetivo do fundo (benchmark oficial), tal indicador é meramente utilizado como referência econômica. Para obter informações sobre o uso de derivativos, conversão de cotas, objetivo e público alvo, consulte o prospecto e o regulamento do fundo. Verifique a data de início das atividades deste fundo. Para avaliação da performance de fundos de investimento, é recomendável uma análise de, no mínimo, 12 meses. Verifique se este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a conseqüente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.Verifique-se este fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior.

A presente Instituição aderiu ao Código ANBIMA de Regulação e

Este fundo pode estar exposto a significativa concentração em ativos de renda variável de poucos emissores. Para fundos que perseguem a manutenção de uma carteira de longo prazo, não há garantia de que o fundo terá o tratamento tributário para fundos de longo prazo. Verifique se a liquidação financeira e conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem em data diversa do respectivo pedido. A partir de

Características

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