Tradução:
Paulo Henrique Machado Rafael de Andrade Duarte Equipe de revisão técnica: Luciano Eifler (coordenador)
Cirurgião geral. Médico emergencista do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre. Coordenador médico do Núcleo de Educação Permanente do SAMU de Porto Alegre. Professor adjunto da disciplina
de Trauma e Emergência na Universidade Luterana do Brasil. Instrutor do curso Advanced Trauma Life Support (ATLS) e Prehospital Trauma Life Support (PHTLS). Cirurgião do trauma pelo Programa de Residência
Médica em Cirurgia do Trauma do HPS de Porto Alegre. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. (Capítulos 1-3,5)
Gustavo Andreazza Laporte
Cirurgião geral e cancerologista cirúrgico. Médico do SAMU de Porto Alegre. Instrutor do programa Prehospital Trauma Life Support
(PHTLS) em Porto Alegre. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. (Capítulos 6-8, 10, 20, 23-24, 27-30, 34-36, 39-41, 43, 46-53)
Marcelo Basso Gazzana
Médico pneumologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
Médico intensivista do Centro de Tratamento Intensivo Adulto do Hospital Moinhos de Vento (HMV). Mestre em Ciências Pneumológicas
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
(SBPT). Especialista em Endoscopia Respiratória pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Peroral (SBEP). Especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
(Capítulo 4) Rafael Nicolaidis
Médico emergencista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Membro da Associação Brasileira de Medicina de Emergência
(ABRAMED).
(Capítulos 9, 11-19, 21-22, 25-26, 31-33, 37-38, 42, 44-45)
C966 Cuidados intensivos na medicina de emergência [recurso eletrônico]/ David A. Farcy ... [et al.]; [tradução: Paulo Henrique Machado, Rafael de Andrade Duarte ; revisão técnica: Luciano Eifler ... et al.]. Dados eletrônicos. -Porto Alegre : AMGH, 2013.
Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-8055-262-1
1. Medicina. 2. Medicina - Cuidados intensivos. 3.
Medicina de emergência. I. Farcy, David A.
CDU 616
•
David A. Farcy, MD, FAAEM, FACEP, FCCM
Medical Director of the Surgical lntensivist Program Director of Emergency Department Criticai Care
Mount Sinai Medical Center
Miami Beach, Florida
William C. Chiu, MD, FACS, FCCM Associa te Professor of Surgery
Director, Fellowship Programs in Surgical Criticai Care and Acute Care Surgery R Adams Cowley Shock Trauma Center University of Maryland School of Medicine
Baltimore, Maryland Alex Flaxman, MD, MSE
Director, Emergency Medicine Criticai Care Emergency and Criticai Care Attending
St. joseph's Regional Medical Center Paterson, New Jersey
Attending lntensivist
Pittsburgh Criticai Care Associates, lnc Staff 1 ntensivist
Upper Allegheny Health System Olean, NewYork
John P. Marshall, MD, FACEP
Chair
Department of Emergency Medicine Maimonides Medical Center
Brooklyn, New York
Versão
imp
ressa desta obra: 2013Me
Graw
Hill
Education
AMGH
Editora Ltda.
Obra originalmente publicada sob o título
Criticai care emergency medicine, lst Edition
ISBN 007162824X / 9780071628242
Original edition copyright ©2012, The McGraw-Hill Global Education Holdings, LLC., New York, New York 10020.
All rights reserved.
Portuguese language translation copyright ©2013, AMGH Editora Ltda.
All rights reserved.
Gerente editorial:
Letícia Bispo de Lima
Colaboraram nesta edição:
Editora:
Mirian Raquel Fachinetto Cunha
Arte sobre capa original:
VS Digital Ltda.
Preparação de originais:
Aida Rejane Barcelos Hansen
Leitura fmal:
Ana Rachel Salgado
Editoração:
Techbooks
Nota
A medicina é uma ciência em modificação constante. As novas pesquisas e experiências clínicas ampliam nossos conhecimentos e exigem mudanças nos tratamentos e nas terapias medicamentosas. Os autores deste trabalho consultaram fontes confiáveis no esforço de oferecerem informações completas e, em geral, de acordo com os padrões aceitos no momento da publicação. Entretanto, em face da possibilidade de erros humanos ou de mudanças nas ciências médicas, nem os autores nem o editor, ou quaisquer outras partes envol vidas na preparação deste trabalho, garantem que as informações aqui fornecidas sejam, em todos os aspectos, precisas ou completas
e se eximem de todas as responsabilidades por quaisquer erros ou omissões ou pelos resultados obtidos com o uso das informações contidas neste trabalho. Os leitores deverão confirmar em outras fontes as informações aqui contidas. Por exemplo, e em particular, os leitores deverão ler as folhas de dados incluídas na embalagem de cada medicamento que planejarem administrar, para assegurar -se de que as informações incluídas neste trabalho são precisas e de que não foram feitas alterações nas doses recomendadas ou nas contraindicações para administração. Essa recomendação é de especial importância no caso de medicamentos novos ou usados com pouca frequência.
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
AMGH EDITORA LTDA., uma parceria entre GRUPO A EDUCAÇÃO S.A. e McGRAW-HILL EDUCATION Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 - Porto Alegre - RS
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IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Dedico este livro a meu pai, Dr. Jean Pierre Farcy, por seu amor e participação
e por despertar em mim a paixão pela medicina; ao Dr. Thomas M. Scalea por
me ensinar a ter compaixão pelos pacientes e sempre colocá-los em primeiro
lugar; ao Dr. Amy Church e ao Dr. John
P.Marshall por acreditarem em mim.
A
minha mãe, Poe, Eve, Frederic e Sarah por permanecerem sempre ao meu
lado, e a meus pacientes e suas famílias por terem me ajudado a ser um médico
melhor e por terem acreditado em mim nos momentos mais difíceis.
David A. Farcy
-A todos aqueles que exerceram influência em meu trabalho: Terri, -Anthony,
Katherine, Victoria e a toda a fami1ia de Traumatismos por Choque.
William C. Chiu
-A todos aqueles que ajudaram, trabalharam e se sacrificaram para que eu
chegasse onde estou: mamãe, papai, Sally, avós, bisavós, tios e tias, primos, tias
e tios avós e tio bisavô. Dedico este esforço a todos vocês.
Alex Flaxman
-A
minha esposa Seriti e aos meus três filhos, Sahm, Siahvash e Kianoosh. Seu
amor, paciência e apoio fazem com que tudo seja possível.
-AUTORES
Alan C. Heffner, MD
Director, Medical ICU
Director of ECMO Services Pulmonary and Critica! Care Consultants
Department of Internal Medicine
Department of Emergency Medicine Carolinas Medical Center
Charlotte, North Carolina
Manejo pós-parada cardíaca
Manejo de líquidos
Alex Flaxman, MD, MSE
Director, Emergency Medicine Critica! Care Emergency and Critical Care Attending
St. Joseph's Regional Medical Center Paterson, New Jersey
Attending Intensivist
Pittsburgh Critica! Care Associates, Inc Staff Intensivist
Upper Allegheny Health System Olean, New York
Retirada gradual e extubação
Insuficiência renal aguda e terapia de reposição renal
Alex M. Barrocas, MD
Director oflnterventional Neuroradiology/Endovascular
Neurosurgery
Mount Sinai Medical Center Miami Beach, Florida
Acidente vascular encefálico
Hemorragia intracraniana
Amber Rollstin, MD
Assistant Professor of Surgery and Emergency Medicine
Health Sciences Center to University of New Mexico Health Sciences Center Department of Surgery
University of New Mexico Albuquerque, New Mexico
Vasopressores e inótropicos
Amy Tortorich, DO
Physician, Emergency Medicine
Cheyenne Regional Medical Center Cheyenne, Wyoming
Trombose venosa profunda
Andrew Stolbach, MD
Assistant Professor
Department of Emergency Medicine Baltimore, Maryland
Overdose
de salicilato
Anu Osinusi, MD, MPH
Fellow, Department of Infectious Diseases University of Maryland
Baltimore, Maryland
Princípios do uso antimicrobiano em cuidados intensivos
Ari J. Ciment, MD, FCCPAssociate Professor
Mount Sinai Medical Center Pulmonary and Critica! Care Miami Beach, Florida
Manejo da glicose nos cuidados intensivos
Ashika Jain, MDCritica! Care Fellow
R Adams Cowley Shock Trauma Center University of Maryland Medical Center Baltimore, Maryland
Procedimentos para cuidados intensivos orientados por
ultrassonografia
Asma Zakaria, MD Assistant Professor
Division of Neurocritical Care
Departments of Neurology and Neurosurgery
University of Texas, Health Science Center at Houston Houston, Texas
Manejo da hipertensão intracraniana aguda
Beth A. Longenecker, DO, FACOEP, FACEP
Clinica! Associate Professor
Department of Family Medicine
Nova Southeastern University
College of Osteopathic Medicine Davie, Florida
Program Director Emergency Medicine Residency Mount Sinai Medical Center
Miami Beach, Florida
Embolia pulmonar
Acidente vascular encefálico
•••
AUTORES VIII
Brian J. Wright, MD, MPH
Assistant Professor
Department of Emergency Medicine
Hofstra North Shore-LIJ School of Medicine Manhasset, New York
Ventilação não invasiva
Carrie A . Cregar, MD
Clinical Instructor
Department of Emergency Medicine
University Hospitals Case Medical Center
Case Western Reserve University School of Medicine Cleveland, Ohio
Hemorragia digestiva
Christopher M. Perry, MD
Attending Physician
Department of Emergency Medicine North Shore University Hospital
Manhasset, New York
Crises hipertensivas
Claudio D. Tuda, MD, FACP
Assistant Professor
Department of Medicine, Infectious Disease Division Program Director, Internal Medicine
Mount Sinai Medical Center
University of Miami Miller School of Medicine Miami Beach, Florida
Infecção por
clostridium difficileColleen Casey, RD, CNSC, LDN
Senior Nutrition Specialist
Department of Clinical Nutrition
R Adams Cowley Shock Trauma Center University of Maryland Medical Center
Baltimore, Maryland
Suporte nutricional em cuidados intensivos
Dale J. Yeatts, MDAssistant Professor
Department of Emergency Medicine
University of Maryland School of Medicine Attending, Surgical Critical Care
R Adams Cowley Shock Trauma Center Baltimore, Maryland
Falência da via aérea
Dan Hale, RRT, RPFT
Neo Natal Pediatric Specialist Respiratory Specialist
Department of Pulmonary Diagnostics University of New Mexico Hospital
Albuquerque, New Mexico
Traqueostomia percutânea para intensivistas
David A. Farcy, MD, FAAEM, FACEP, FCCM
Medical Director of the Surgical Intensivist Program Director of Emergency Department Critica} Care Mount Sinai Medical Center
Miami Beach, Florida
Falência da via aérea
Ventilação mecânica
Oxigenação por membrana extracorpórea
Sepse e choque séptico
Classificação dos choques
David F. Gaieski, MD
Assistant Professor, University of Pennsylvania
School of Medicine
Department of Emergency Medicine
Clinical Director, Center for Resuscitation Science Philadelphia, Pennsylvania
Hipotermia terapêutica: histórico, dados, translação e
aplicação no serviço de emergência
David R. Gens, MD, FACS Associate Professor
Department of Surgery
University of Maryland School of Medicine Baltimore, Maryland
Falência da vias aérea
Trombose venosa profunda
David Rabinowitz, MSMedical Student
Osteopathic Medical Program Nova Southeastern University Davie, Florida
Oxigenação por membrana extracorpórea
David W. Crippen, MD, FCCMProfessor, Department of Critical Care Medicine University of Pittsburgh Medical Center
Co-Director, Neurovascular ICU Presbyterian University Hospital
Pittsburgh, Pennsylvania
Alterações no estado mental
Deborah M. Stein, MD, MPH, FACS, FCCM Associate Professor
Department of Surgery
University of Maryland School of Medicine Baltimore, Maryland
Insuficiência renal aguda e terapia de reposição renal
Dennis Heard, DOEmergency Medicine Resident Mount Sinai Medical Center Miami, Florida
Dorothea Altschul, MD
Co-Director Department ofNeuroscience Department of Neuroscience
St. Joseph's Regional Medical Center Paterson, New Jersey
Trauma craniencefálico e trauma de medula espinal
Eitan Dickman, MD, RDMS, FACEP
Vice Chair for Academics
Director, Division of Emergency Ultrasonography Department of Emergency Medicine
Brooklyn, New York
Procedimentos para cuidados intensivos orientados por
ultrassonografia
Elizabeth Lea Walters, MD Associa te Professor
Department of Emergency Medicine Loma Linda University Medical Center Loma Linda, California
Monitoramento da hemodinâmica e da perfusão
Emanuel Rivers, MD, MPH
Vice Chairman and Research Director Department of Emergency Medicine
Attending Staff, Emergency Medicine and Surgical Critical Care
Henry Ford Hospital
Clinical Professor, Wayne State University Detroit, Michigan
Sepse e choque séptico
Evie G. Marcolini, MD
Assistant Professor of Emergency Medicine and Cri ti cal
Care
Department of Emergency Medicine Yale University School of Medicine New Haven, Connecticut
Insuficiência suprarrenal
Falk Eike Flach, MDClinical Assistant Professor
Department of Emergency Medicine U niversity of Florida
Gainesville, Florida
Ecocardiografia
àbeira do leito em serviços de emergência
Fernando L. Soto, MDAssocia te Professor
Emergency Medicine Program
University of Puerto Rico School of Medicine San Juan, Puerto Rico
Considerações pediátricas
Grace S. Lee, MD Hospitalist Physician
Yale New Haven Hospital New Haven, Connecticut
Emergência hiperglicêmica
H. Bryant Nguyen, MD, MS
Director, Emergency Critical Care Associa te Professor
AUTORES
Department of Emergency Medicine and Department of Medicine, Critical Care
Loma Linda University Loma Linda, California
Monitoramento da hemodinâmica e da perfusão
Imoigele P. Aisiku, MDAssocia te Professor
Departments of Neurosurgery and Emergency Medicine University of Texas Medical School, Houston
Houston, Texas
Insuficiência respiratória aguda
Manejo da hipertensão intracraniana aguda
Ira Nemeth, MD, FACEPAssistant Professor
•
IX
Department of Medicine, Section of Emergency Medicine Baylor College of Medicine
Houston, Texas
Transporte de pacientes de cuidados intensivos
Isaac Tawil, MD
Assistant Professor
Departments of Surgery and Emergency Medicine University of New Mexico Health Sciences Center Albuquerque, New Mexico
Síndrome do desconforto respiratório agudo
Jason A. Ellis, MD
Resident, Department ofNeurological Surgery Columbia University Medical Center
New York, New York
Trauma craniencefálico e trauma de medula espinal
Jason C. Wagner, MD, FACEP
Assistant Professor of Emergency Medicine Washington University School of Medicine St. Louis, Missouri
Abordagem de via aérea difícil
Jennifer A. Frontera, MD
Assistant Professor
Neurosurgery and Neurology Mount Sinai School of Medicine New York, New York
x AUTORES
Insuficiência hepática aguda: como coordenar as
intervenções de emergência e de cuidados intensivos
John P. Marshall, MD, FACEPChair
Department of Emergency Medicine Maimonides Medical Center
Brooklyn, New York
Síndrome coronariana aguda
Vasopressores e inotrópicos
John Yashou, DOAttending Physician, Emergency Department Memorial West Hospital
Pembroke Pines, Florida
Sepse e choque séptico
Jonathan L. Marinaro, MD
Assistant Professor
Department of Surgery
Department of Emergency Medicine
University of New Mexico Health Sciences Center Albuquerque, New Mexico
Traqueostomia percutânea para intensivistas
Jonathan Rose, MD
Residency Program Director
Department of Emergency Medicine Maimonides Medical Center
Brooklyn, New York
Síndrome coronariana aguda
Joseph R. Shiber, MDAssociate Professor
Departments of Emergency Medicine and Critical Care University of Florida School of Medicine
Jacksonville, Florida
Doenças pericardíacas
Endocardite infecciosa
Joseph Romero, DO
Internal Medicine Chief Resident Osteopathic Internal Medicine Mount Sinai Medical Center Miami Beach, Florida
Manejo da glicose nos cuidados intensivos
Julie A. Mayglothling, MD, FACEPAssistant Professor
Department of Emergency Medicine
Department of Surgery, Division of Trauma/Critical
Care
Virgínia Commonwealth University Richmond, Virgínia
Transfusão em cuidados intensivos
Julio R. Lairet, DO, FACEP
Assistant Professor of Military and Emergency Medicine Uniformed Services University of Health Sciences
Air Force Surgeon General Consultant for Critical Care Air Transport
San Antonio, Texas
Transporte de pacientes de cuidados intensivos
Justin T. Sambol, MD
Assistant Professor of Surgery
Chief, Division of Cardiothoracic Surgery UMDNJ-New Jersey Medical School
Newark, New Jersey
Manejo pós-cirurgia cardíaca
Kevin M. Jones, MD, MPH
Department of Emergency Medicine Department of Surgery
Albany Medical College
Albany, New York
Distúrbios acidobásicos
Distúrbios eletrolíticas
Kiwon Lee, MD, FACP, FAHA
Assistant Professor of Neurology and Neurosurgery
Columbia University College of Physicians & Surgeons Department of Neurology
New York-Presbyterian/Columbia University Medical Center
New York, New York
Trauma craniencefálico e trauma de medula espinal
L. Connor Nickels, MD, RDMSClinical Assistant Professor
Department of Emergency Medicine University of Florida
Gainesville, Florida
Ecocardiografia
àbeira do leito em serviços de emergência
LaMont C. Smith, MD
Assistant Professor of Medicine
University of Pittsburgh School of Medicine
Division of Pulmonary, Allergy, and Cri ti cal Care
Medicine
University of Pittsburgh Medical Center Pittsburgh, Pennsylvania
Manejo pós-cirurgia cardíaca
Lawrence E. Haines, MD, MPH, RDMS
Emergency Ultrasound Fellowship Director Department
of Emergency Medicine Maimonides Medical Center
Brooklyn, New York
Procedimentos para cuidados intensivos orientados por
ultrassonografia
Manjari Joshi, MBBS
Associate Professor of Medicine
Department of Medicine, Division of Infectious Diseases
University of Maryland Medical Center R Adams Cowley Shock Trauma Center Baltimore, Maryland
Princípios do uso antimicrobiano em cuidados intensivos
Marie-Carmelle Elie-Turenne, MD Clinical Assistant Professor
Emergency Medicine Critical Care Medicine Hospice, Palliative Care
U niversity of Florida Gainesville, Florida
Hemorragia digestiva
Marnie E. Rosenthal, DO, MPH
Director, Infectious Disease Research Jersey Shore University Medical Center
Department of Internal Medicine, Section of Infectious
Diseases
Neptune City, New Jersey Clinical Assistant Professor
University of Medicine and Dentistry New Jersey Robert Wood Johnson Medical School
New Brunswick, New Jersey
Abordagem da febre em cuidados intensivos
Matthew T. Robinson, MD
Assistant Professor of Clinical Emergency Medicine Department of Emergency Medicine
University ofMissouri Hospitals and Clinics Columbia, Missouri
Manejo de líquidos
Megan L. Garcia, MD
Resident Physician, Department of Surgery
University of New Mexico Health Sciences Center Albuqueruqe, New Mexico
Síndrome do desconforto respiratório agudo
Michael T. Dalley, DO, FAAEM
Associate Residency Director
Department of Emergency Medicine Mount Sinai Medical Center
Miami Beach, Florida
Asma grave e doença pulmonar obstrutiva crônica
Michael T. McCurdy, MD
Assistant Professor
Department of Internal Medicine, Division of Pulmonary & Critical Care
•
AUTORES XI
Department of Emergency Medicine
University of Maryland School of Medicine Baltimore, Maryland
Pneumonia nosocomial e pneumonia associada a cuidados
intensivos
Mohan Punja, MD
Resident, Department of Emergency Medicine Beth Israel Medical Center
New York, New York
Abordagem de envenenamentos
Munish Goyal, MD, FACEP
Associa te Professor
Department of Emergency Medicine
Georgetown University School of Medicine Washington, District of Columbia
Hipotermia terapêutica: histórico, dados, translação e
aplicação no serviço de emergência
Nestor D. Tomycz, MD
Senior Neurosurgery Resident
Department of Neurological Surgery
University of Pittsburgh Medical Center Pittsburgh, Pennsylvania
Alterações no estado mental
Paola G. Pieri, MD, FACSAssociate Medical Director, Trauma Program Maricopa Medical Center
Phoenix, Arizona
Oxigenação por membrana extracorpórea
Paul L. Petersen, MD, FAAEM Attending Physician
Department of Emergency Medicine Mount Sinai Miami Beach
Miami, Florida
Ventilação mecânica
Peter DeBlieux, MD
Professor of Clinical Medicine
Department of Medicine, Sections of Emergency
Medicine and Pulmonary and Critical Care Medicine LSUHSC
New Orleans, Louisiana
Ventilação mecânica
Qiuping Zhou, DO
Assistant Professor
Hofstra North Shore-LIJ School of Medicine Associate Program Director
Fellowship in Critical Care Medicine Department of Emergency Medicine
xii AUTORES
North Shore LIJ Health System Manhasset, New York
Crises hipertensivas
Rajeev P. Misra, DO, MS
General Surgery Resident Department of Surgery
University of New Mexico Hospital Albuquerque, New Mexico
Traqueostomia percutânea para intensivistas
Rayan A. Rouhizad, DO
Emergency Medicine Physician Wellstar Kennestone Hospital Marietta, Georgia
Embolia pulmonar
Robert J. Hoffman, MD, MS
Associate Professor of Emergency Medicine Department of Emergency Medicine
Albert Einstein College of Medicine
Bronx, New York
Abordagem de envenenamentos
Pacientes com envenenamento crítico
Samantha L. Wood, MD
Fellow
Departments of Emergency Medicine, Internal Medicine,
and Critical Care
University of Maryland Medical Center Baltimore, Maryland
Distúrbios eletrolíticas
Sangeeta Lamba, MD
Assistant Professor
Department of Emergency Medicine and Surgery UMDNJ-New Jersey Medical School
Newark, New Jersey
Questões relacionadas a pacientes terminais em cuidados
intensivos de emergência
Scott D. Weingart, MD, FACEP
Director, Division of Emergency Critical Care Mount Sinai School of Medicine
New York, New York
Intensivistas em serviços de emergências
Selwena Brewster, MD
Attending
Internal Medicine, Emergency Medicine St Francis Hospital
Hartford, Connecticut
Hemorragia digestiva
Seth R. Podolsky, MD, MS
Attending Physician
Department of Emergency Medicine Maimonides Medical Center
Brooklyn, New York
Overdose
de paracetamol
(Shawn) Xun Zhong, MD
Director of ED-Critical Care
Department of Emergency Medicine Nassau University Medical Center East Meadow, New York
Overdose
de salicilato
Shyoko Honiden, MD, MSc
Assistant Professor
Department of Medicine
Yale University School of Medicine New Haven, Connecticut
Emergência hiperglicêmica
Stephen J. Leech, MD
Ultrasound Director, Graduate Medical Education Department of Emergency Medicine
Orlando Regional Medical Center
Orlando, Florida
Ecocardiografia
àbeira do leito em serviços de emergência
Therese M. Duane, MD, FACS, FCCM
Associate Professor
Department of Surgery
Division of Trauma/Critical Care Virgínia Commonwealth University Richmond, Virgínia
Transfusão em cuidados intensivos
Thomas H. Kalb, MD
Associate Professor
Department of Medicine
Mount Sinai School of Medicine New York, New York
Insuficiência hepática aguda: como coordenar intervenções
de emergência e de cuidados intensivos
Tiffany M. Osborn, MD, MPH, FACEP
Associate Professor
Department of Surgery
Surgical/Trauma Critical Care and Emergency Medicine University of Washington
Barnes-Jewish Hospital
St. Louis, Mossouri
Timothy B. Jang, MD
Assistant Professor of Clinical Medicine Emergency Medicine
David Geffen School of Medicine at UCLA Harbor-UCLA Medical Center
Torrance, California
Abordagem de via aérea difícil
Todd L. Slesinger, MD, FACEP, FCCM
Assistant Professor of Emergency Medicine Hofstra North Shore-LIJ School of Medicine Manhasset, New York
Ventilação não invasiva
Crises hipertensivas
Triminh Bui, DO
Emergency Room Resident Miami Beach, Florida
AUTORES
Asma grave e doença pulmonar obstrutiva crônica
William C. Chiu, MD, FACS, FCCM Associate Professor of Surgery
Director, Fellowship Programs in Surgical Critical Care
and Acute Care Surgery
R Adams Cowley Shock Trauma Center
University of Maryland School of Medicine Baltimore, Maryland
Vasopressores e inotrópicos
Distúrbios acidobásicos
Distúrbios eletrolíticas
Insuficiência suprarrenal
••• XIIIA
PREAMB U LO
Por sua própria natureza, os cuidados intensivos possuem características multidisciplinares. Praticamente, todos os pacientes críticos exigem a participação de uma mul tiplicidade de profissionais. Os médicos de UTis fazem o atendimento direto, assim como organizam e coorde nam os tratamentos para todos os outros profissionais que participam do processo. Levando-se em consideração essa complexidade, é importante observar que os cuida dos intensivos são desenvolvimentos recentes. A primeira
UTI multidisciplinar autêntica for inaugurada em 1958 no Baltimore City Hopital, atualmente denominado Johns Hopkins Bayview. Foi também a primeira UTI com aten dimento médico de 24 horas.
Os cuidados intensivos transformaram-se rapidamen te em uma disciplina própria, embora ainda fossem pre cários em termos organizacionais. Em 1970, 28 médicos reuniram-se em Los Angeles e fundaram a Society of Criti ca! Care Medicine. Os líderes da sociedade e três primeiros presidentes foram Peter Safar (anestesiologista), William Shoemaker (cirurgião), e Max Harry Weil (internista). Ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990, essas três disci plinas eram a espinha dorsal dos cuidados intensivos nos Estados Unidos.
Na medida em que os cuidados intensivos começaram a se desenvolver, a medicina de emergência também surgiu como uma disciplina autêntica. Em 1961, Dr. James Mills abriu uma clínica de medicina de emergência em tempo integral em Alexandria, estado de Virginia. Logo após, em 1968, foi fundado o American College of Emergency Physicians. Os treinamentos de residência iniciaram na University of Cincinnati e depois no Medical College of Pennsylvania e, a seguir, no Los Angeles Country Hospital. Finalmente, em 1979, foi aprovado o American Board of Emergency Medicine. A partir de então, outras instituições desenvolveram programas de residência em medicina de emergência. Atualmente, existem aproximadamente 150 programas acreditados. Em seguida, surgiram treinamen tos em especialidades como toxicologia, pediatria e, mais recentemente, cuidados intensivos.
Aparentemente, a ligação entre medicina de emergên cia e cuidados intensivos é natural. Ambas as disciplinas exigem conhecimentos fisiológicos complexos. Os
profis-sionais que atuam nessas duas especialidades devem ter conhecimento amplo de uma multiplicidade de doenças e capacidade para sintetizar soluções para problemas com plexos. Tudo isso deve ser feito rapidamente.
Em 1991, quando fundei o Department of Emergency Medicine no SUNY Downstate e no Kings Country Hospi
tal, foram criados programas de residência de quatro anos com foco especial em cuidados intensivos. Entretanto, cheguei à conclusão que os médicos emergencistas que ti nham interesse em praticar cuidados intensivos autênticos deveriam fazer treinamento complementar.
Consequentemente, quando me tornei médico-chefe no R Adams Cowley Shock Trauma Center, criei um pro grama de bolsas para médicos emergencistas cuja finalida de era a especialização em cuidados intensivos.
A University of Pittsburgh já estava treinando médi cos emergencistas por algum tempo em seu grupo mul tidisciplinar de cuidados intensivos. Atualmente existem cem médicos intensivistas de emergência treinados em programas de bolsa de estudos. Aproximadamente dois terços desses intensivistas foram treinados no Shock Trauma Center ou na University of Pittsburgh. Muitos
graduados praticam nos principais centros acadêmicos e, atualmente, desempenham papel de liderança nessas instituições.
Hoje, a presença de médicos intensivistas de emer gência é muito comum em UTis. A tendência é continuar assim. Os médicos de emergência que pretenderem se transformar em líderes têm de ser clinicamente excelentes, academicamente produtivos e educadores excepcionais. Este livro contribui para que os médicos emergencistas sejam intensivistas dignos de crédito. Diversos capítulos foram escritos por médicos emergencistas. Os autores são médicos emergencistas que a maioria de nós espera que transformem-se em lideranças em cuidados intensivos. Este livro tem a característica ímpar de mesclar a pers pectiva de intensivistas autênticos com a da medicina de emergência. Trata-se do primeiro livro sobre esse tema e tenho a impressão de que se tornará referência para os mé dicos emergencistas, bem como para outros médicos que pretenderem entender a sobreposição entre medicina de emergência e cuidados intensivos.
xvi PREÂMBULO
Apesar da ausência de certificação e da existência de muitos outros impedimentos políticos locais, alguns médicos emergencistas aderiram aos cuidados intensi vos sob os pontos de vista clínico e acadêmico e, agora, neste livro. Embora ainda haja contradições sobre o
pa-pel dos médicos emergencistas, a controvérsia não é tão forte como era no início. Aqueles entre nós que partici param desse processo desde o início aguardam ansiosa mente o dia em que não haverá absolutamente nenhuma controvérsia.*
Thomas M. Scalea, MD, FACS, FCCM
Physician-in-Chief, R Adams Cowley
Shock Trauma Center
Francis X. Kelly Professor of
Trauma Surgery and Director, Program in Trauma
University of Maryland School of Medicine
Baltimore, Maryland
* N. de R.T. No Brasil, a especialidade Medicina de Emergência ainda não é reconhecida pela Comissão Mista de Especialidades (CFM,
AMB e CNRM). Em abril de 2013, entretanto, o Plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou, por unanimidade, a proposta
da Câmara Técnica de Urgência e Emergência para que seja criada a especialidade de Medicina de Emergência. A aprovação da proposta
pelo Plenário do CFM é o primeiro passo no caminho para o reconhecimento da Especialidade de Emergencista. A criação da especialidade
tem de ser aprovada pela Comissão Mista de Especialidade (formada por representantes do CFM, Associação Médica Brasileira e Comissão
"
PREFAC I O
É com imenso prazer que apresentamos o primeiro livro com foco na linha divisória entre cuidados intensivos e medicina de emergência.
No caso de pacientes críticos, a qualidade da interface entre o serviço de emergência e a unidade de tratamento intensivo pode, literalmente, significar a diferença entre a vida e a morte. Como tivemos a oportunidade de observar em terapias iniciais com foco em metas e em tratamentos de hipotermia pós-paradas, os cuidados intensivos ade quados fornecidos nos serviços de emergência reduziram
o índice de mortalidade e de morbidade em pacientes gra vemente enfermos.
Além disso, as superlotações hospitalares, juntamen te com o fechamento de hospitais e com o crescimento da população em fase de envelhecimento, resultaram em aumento aproximado de 60% no número de pacientes de cuidados intensivos tratados em serviços de emergência. Com frequência cada vez maior, esses pacientes permane cem por períodos mais longos nos serviços de emergência, demandando dos médicos emergencistas cuidados que, tradicionalmente, são administrados nas unidades de te rapia intensiva.
Esperamos que este livro colabore de modo significa tivo ao abordar os desafios encontrados diariamente pelos médicos de medicina de emergência que exercem a prática de cuidados intensivos nas linhas de frente da assistência médica. )'' , -ANEXO 1 Figuras coloridas -· .;,...1� � .wr..··�·-... �. ... 11-. .. •""""'•C.t.ao.AlA...,._ -""'t---"" �.'V<"'�'X! ,.,....,.. Jof';
Escrito para médicos emergencistas que desejam apri morar seus conhecimentos e melhorar a qualidade dos cuidados que oferecem aos pacientes, aborda os cuidados ressuscitadores agudos e o monitoramento e o manejo con tinuados de cuidados intensivos. A maior parte dos capítu los foi escrita por médicos emergencistas com treinamento em cuidados intensivos ou com interesse permanente nessa área da medicina. A maioria dos capítulos tem também co autoria de intensivistas treinados com experiência em ci rurgia, medicina interna ou medicina de emergência.
Somos especialmente gratos pelo tempo, pela paciên cia e pelo trabalho cauteloso de cada um dos autores. Fi nalmente, expressamos nossa mais profunda gratidão a toda a equipe da McGraw-Hill e, em particular, à nossa Editora Médica Executiva, Anne M. Sydor, PhD. A visão, a persistência, a paciência e a orientação de Anne foram essenciais para transformar este livro em realidade. Teria sido literalmente impossível sem a ressuscitação editorial e os cuidados intensivos que ela nos ofereceu tão generosa mente. Obrigado!
David A. Farcy, MD, FAAEM, FACEP, FCCM William C. Chiu, MD, FACS, FCCM
Alex Flaxman, MD, MSE John P. Marshall, MD, FACEP
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r...-l·•O _,.,_,..,.,.,,,.�,,...._,...,..,.., .-.,..:..,: u.a�».,._..,,...,.._ceo<i ...
Figuras importantes foram selecionadas e reproduzidas em cores no Anexo 1. , 4 ... '
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S UMARI O
SEÇÃO
1INTRODUÇÃO
1 Intensivistas em serviços de emergências . . . 25
Scott D. Weingart
SEÇÃO
liVIA AÉREA E SUPORTE VENTILATÓRIO
2 Abordagem de via aérea difícil . . . 31
Timothy B. Jang e Jason C. Wagner
3 Falência da via aérea . . . 43
David R. Gens, David A. Farcy e Dale
J.Yeatts
4 Ventilação mecânica . . . 53
David A. Farcy, Paul L. Petersen, Dennis Heard e Peter DeBlieux
S Retirada gradual e extubação . . . 63
Alex Flaxman
6 Ventilação não invasiva . . . 77
Brian
J.Wright e Todd L. Slesinger
7 Oxigenação por membrana extracorpórea . . . 93
David A. Farcy, David Rabinowitz e Paola G. Pieri
SEÇÃO
IliDISTÚRBIOS PULMONARES
8 Insuficiênc·ia respiratória aguda . . . 103
Imoigele
P.Aisiku
9 Síndrome do desconforto respiratório agudo . . . 111
Isaac Tawil e Megan L. Garcia
1 O Asma grave e doença pulmonar obstrutiva crônica . . . 121
Michael
T.Dalley e Triminh Bui
11 Embolia pulmonar . . . 131
Rayan A. Roubizad e Beth A. Longenecker
SEÇÃO
IVDISTÚRBIOS CARDIOVASCULARES
12 Monitoramento da hemodinâmica e da perfusão . . . 139
Elizabeth Lea Walters e H. Bryant Nguyen
13 Síndrome coronariana aguda . . . 149
John P. Marshall e Jonathan Rose
14 Crises hipertensivas . . . 161
Christopher M. Perry, Qiuping Zhou, e Todd L. Slesinger
1 S Manejo pós-parada cardíaca . . . 171
Allan C.
Heffn
er
1 6 Vasopressores e inotrópicos . . . 181
20 SUMÁRIO
1 7 Manejo pós-cirurgia cardíaca . . . 189
Justin t. Sambo[ e LaMont C. Smith
18 Doenças pericárdicas . . . 203
Joseph R. Shiber
SEÇÃO
VDISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS E RENAIS
19 Hemorragia digestiva . . . 217
Marie-Carmelle Elie-Turenne, Carrie A. Cregar e Selwena Brewster
20 Insuficiência hepática aguda: como coordenar as intervenções de emergência e de cuidados intensivos . . . 229
Thomas H. Kalb e Jennifer A. Frontera
21 Distúrbios acidobásicos . . . 243
Kevin M. Jones e William C. Chiu
22 Distúrbios eletrolíticas . . . 253
Kevin M. Jones, Samantha L. Wood e William C. Chiu
23 Insuficiência renal aguda e terapia de reposição renal . . . 269
Alex Flaxman e Deborah Stein
SEÇÃO
VIDISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS E NEUROCIRÚRGICOS
24 Alterações no estado mental . . . 283
Nestor D. Tomycz e David
W.Crippen
25 Manejo da hipertensão intracraniana aguda . . . 291
Asma Zakaria e Imoigele P. Aisiku
26 Acidente vascular encefálico . . . 297
Alex M. Barrocas e Beth A. Longenecker
2 7 Hemorragia intracraniana . . . 307
Alex M. Barrocas e Beth A. Longenecker
28 Trauma craniencefálico e trauma de medula espinal . . . 315
Jason A. Ellis, Kiwon Lee e Dorothea Altschul
SEÇÃO
VIIDISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS E ENDÓCRINOS
29 Transfusão em cuidados intensivos . . . 329
Julie A. Mayglothling e Therese M. Duane
30 Trombose venosa profunda . . . 33 7
Amy Tortorich e David R. Gens
31 Emergência hiperglicêmica . . . 349
Grace S. Lee e Shyoko Honiden
32 Manejo da glicose nos cuidados intensivos . . . 355
Ari
J.Ciment e Joseph Romero
33 Insuficiência suprarrenal . . . 365
Evie G. Marcolini e William C. Chiu
SEÇÃO
VIIIDISTÚRBIOS INFECCIOSOS
SUMÁRIO 21
34 Abordagem da febre em cuidados intensivos . . . 371
Marnie E. Rosenthal
3 5 Princípios de uso de antimicrobianos em cuidados intensivos . . . 381
Anu Osinusi e Manjari Joshi
36 Sepse e choque séptico . . . 393
David A. Farcy, John Yashou e Emanuel Rivers
3 7 Pneumonia nosocomial e pneumonia associada a cuidados intensivos . . . 405
Michael T. McCurdy
38 Endocardite infecciosa . . . 413
Joseph R. Shiber
3 9 Infecção por
Clostridium d'iffi.cile
. . . 423Claudio D. Tuda
SEÇÃO
IXCONDIÇÕES TOXICOLÓGICAS
40 Abordagem de envenamentos . . . 431
Mohan Punja e Robert J. Hoffman
41 Pacientes com envenenainento grave . . . 441
Robert
J.Hoffman
42
Overdose
de paracetainol . . . 457Seth R. Podolsky
43
Overdose
de salic·ilato . . . 469(Shawn) Xun Zhong e Andrew Stolbach
SEÇÃO
XULTRASSONOGRAFIA EM CUIDADOS INTENSIVOS
44 Eco cardiografia à beira do leito em serviços de emergência . . . 477
Stephen J. Leech, Falk Eike Flach e L. Connor Nickels
45 Procedimentos para cuidados intensivos orientados por ultrassonografia . . . 499
Ashika Jain, Lawrence E. Haines e Eitan Dickman
SEÇÃO
XICONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
46 Classificação dos choques . . . 515
Tiffany M. Osborn e David A. Farcy
47 Manejo de líquidos . . . 529
Alan C. Heffner e Matthew T. Robinson
48 Suporte nutricional em cuidados intensivos . . . 541
Colleen Casey
49 T raqueos om1a percu anea para t . t" in . t ens1VIs as ... . . t . 551
Jonathan L. Marinara, Rajeev P. Misra e Dan Rale
50 Hipotermia terapêutica: histórico, dados, translação e aplicação no serviço de emergência . . . 563
22 SUMÁRIO
51 Considerações pediátricas . . . 5 71
Fernando L. Soto
52 Transporte de pacientes de cuidados intensivos . . . 585
Ira Nemeth e Julio R. Lairet
53 Questões relacionadas a pacientes terminais em cuidados intensivos de emergência . . . 593
Sangeeta Lamba
,
,
CA P ITU LO 1
Intensivistas em serviços de emergências
Scott D. Weingart
� Terminologia 25
� Cenários clínicos 26
� Procedimentos 26
� Cuidados paliativos 26
Um número pequeno, porém cada vez maior, de médicos emergencistas (MEs) está procurando fazer treinamento em cuidados intensivos (Cis).1'2 Nos dias atuais, muitos desses médicos com treinamento duplo atuam em unida des de tratamento intensivo (UTis) ou dividem a prática entre turnos nos serviços de emergência padrão (SEs) e nas UTis.3 Entretanto, há um papel exclusivo desempe nhado pelos médicos treinados em Cuidados Intensivos na Medicina de Emergência (CIME): intensivistas em ser viços de emergência (ISEs).
Os MEs são especialistas em ressuscitação. De manei ra geral, a ressuscitação engloba o diagnóstico e a estabili zação de pacientes gravemente enfermos nos primeiros 30 minutos de permanência nos SEs. Depois desse período de tempo, o sistema dos SEs baseia-se na movimentação rápi da dos pacientes para uma unidade de cuidados intensivos localizada no andar superior. Todavia, a superlotação em quase todos os hospitais criou uma situação em que pode levar horas e, infelizmente, em alguns casos, vários dias, para o paciente conseguir um leito em uma UTI. A maio ria dos serviços de emergência não está equipada ou não possui recursos humanos para oferecer cuidados além do período de ressuscitação inicial e, mesmo assim, os pacien tes permanecem nos SEs, às vezes padecendo à espera dos cuidados ideais. Em algumas ocasiões, mesmo com equi pes bem-estruturadas, talvez não seja interessante para os SEs atender às exigências de um manejo meticuloso e à ne cessidade de atenção obsessiva aos detalhes no cuidado de
. e 4
pacientes gravemente eniermos.
Entretanto, o ideal seria que todos os pacientes rece bessem os mesmos cuidados intensivos embasados em evidências, seja qual for o setor em que se encontrem den tro dos hospitais. Não faz nenhum sentido ter uma
nor-� Ambiente da prática 27
� Aprendizado 27
� Funções administrativas 27 � Resumo 27
ma para UTis e outra para as horas de permanência nos SEs. Os intensivistas dos serviços de emergência podem trazer o "Atendimento do Andar Superior para o Andar Inferior©". Ao trazer as terapias intensivas das UTis para os leitos dos SEs, os intensivistas dos serviços de emergência poderão atenuar os efeitos negativos da superlotação hos pitalar sobre pacientes gravemente enfermos.
�
TERMINOLOGIA
Os campos de atuação em cuidados intensivos na me dicina de emergência evoluíram mais rápido do que os termos necessários para descrevê-los. Segue uma lista de definições:
Cuidados intensivos em Medicina de Emergência
( CIME) - subespecialidade da medicina de emer
gência que abrange o tratamento de pacientes grave mente enfermos nos SEs e em outras dependências de um hospital.
Médico Intensivista de Emergência (MIE) - médico
que tenha concluído a residência em medicina de emergência e tenha feito curso de especialização em cuidados intensivos.
Cuidados Intensivos em Serviços de Emergência (CISE) - cuidados intensivos na medicina de emer
gência praticados especificamente em SEs.
Intensivista em Serviços de Emergência (ISE) -MIE
que utiliza parte de seu tempo clínico na prática de cuidados intensivos em SEs.
Unidade de Cuidados Intensivos do Serviço de Emergência (UTI-SE) - unidade de tratamento de
pacientes dentro de um SE com a mesma equipe, ou com uma equipe semelhante, com condições de
mo-26 SEÇÃO 1 INTRODUÇÃO
nitorar e de avaliar a capacidade das terapias como nas UTis.
, ,
....
CENAR.IOS CLINICOS
Embora a presença de um ISE possa ser benéfica para qualquer paciente enfermo, alguns cenários clínicos espe cíficos são exclusivos de seu conjunto de habilidades.
MANEJO DAS VIAS AÉREAS
Ainda que as técnicas avançadas para tratamento da via aérea sejam condições imprescindíveis para qualquer SE, os ISEs oferecem opções adicionais. Apenas uma pequena parte dos programas de medicina de emergência tem expe riência em intubações feitas com auxílio de broncoscópios de fibra óptica, porém a maior parte dos ISEs é especiali zada nesse tipo de procedimento. Além disso, muitos ISEs têm experiência em traqueostomias abertas e percutâneas. Nos SEs, essa experiência permite fazer cirurgia de emer gência na via aérea e o manejo de emergência em pacientes com traqueostomias existentes. Em alguns hospitais, os ISEs são os profissionais ideais para realização de traque ostomias eletivas à beira do leito.
A ,
INSUFICIENCIA RESPIRATORIA
Uma grande parte do treinamento dos cursos de especia lização em cuidados intensivos é dedicada à aquisição de experiência no manejo de insuficiência respiratória aguda e crônica. O treinamento oferece aos ISEs conhecimentos sobre modos avançados de ventilação, salvamento de pa cientes portadores da síndrome do desconforto respirató rio agudo (SDRA) e exposição excessiva à ventilação não invasiva. Enquanto a ME oferece poucas oportunidades de treinamento em extubação, os ISEs são capazes de extubar com facilidade pacientes que tenham solucionado a condi ção que deu origem à intubação. 5
CHOQUE E SEPSE
O estudo Terapia Direcionada para Metas Imediatas (TDMI), conduzido por River e colegas, talvez tenha sido a porta de entrada dos cuidados intensivos nos SEs. 6 Além de esclarecer um grande número de terapias para tratar pacientes sépticos logo no início do curso hospi talar, esse estudo demonstrou que é possível administrar cuidados intensivos nos SEs e salvar muitas vidas. Os ISEs possuem conhecimentos mais amplos sobre esco lha de antibióticos, controle das fontes e monitoramento
avançado do que a maioria dos outros médicos emergen cistas. O conhecimento extensivo do monitoramento da hemodinâmica de agentes vasopressores e das ramifica ções de alterações na liberação de oxigênio e na microcir culação dá aos ISEs uma perspectiva única sobre como as ações imediatas nos SEs poderão afetar os resultados de longo prazo.
CUIDADOS PÓS-PARADA CARDÍACA E
AH IPOTERM IA TERAPEUTICA
O tratamento intensivo da síndrome pós-parada cardíaca, em especial com ênfase na manutenção imediata e consis tente da hipotermia induzida, é extremamente importante para a obtenção de resultados satisfatórios em pacientes depois de paradas cardíacas.7 Esse nível de atendimento está além dos recursos de muitos SEs convencionais por períodos mais longos do que a primeira hora de cuidados. Os ISEs poderiam liderar programas pós-parada cardíaca dos hospitais ou atuar como médicos primários no manejo efetivo desses pacientes.
TRAUMATISMOS
Os ISEs com treinamento em cuidados intensivos em al gum programa de especialização em cirurgias/traumatis mos estão capacitados exclusivamente para organizar pro gramas de ressuscitação de traumatismos. O domínio de todos os aspectos do manejo imediato de pacientes com trauma grave, tais como transfusão de componentes san guíneos, tratamento conservador
versus
tratamento opera tório, fator tempo nas intervenções angiográficas, via aérea cirúrgica e a tríade hemorrágica letal ( acidose, hipotermia e coagulopatia), faz parte das competências dos ISEs trei nados em traumas.....
PROCEDIMENTOS
Os ISEs são profissionais ideiais para os SEs pela nature za intervencionista de seu tratamento e pela expereiência no manejo das complicações. Embora a colocação emer gencial de cateteres venosos centrais seja uma rotina nos treinamentos durante as residências, somente depois da especialização em cuidados intensivos é que os ISEs têm capacidade maior para avaliar técnicas estéreis e o valor do controle das infecções. Durante o treinamento em cui dados intensivos, os ISEs adquirem conhecimentos sobre as consequências a longo prazo e sobre a morbidade das complicações infecciosas.
....
CUIDADOS PALIATIVOS
Os ISEs são treinados para ser agressivos no exercício da profissão. Entretanto, os cuidados intensivos poderão ser direcionados para condutas curativas ou paliativas. Além do treinamento que recebem, os ISEs adquirem experiên cia nas complexidades das diretrizes avançadas e nas dis cussões familiares sobre a adoção de medidas paliativas ou a interrupção do tratamento. Todas as terapias avançadas e as modalidades de monitoramento que os ISEs trazem para os SEs devem ser comparadas com abordagens zelo sas de medidas paliativas e de cuidados na fase terminal da vida. O treinamento no tratamento de longo prazo de pacientes gravemente enfermos permitem que os ISEs te nham melhor discernimento nos resultados da
ressusci-CAPÍTULO 1 INTENSIVISTAS EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIAS 27
tação de pacientes terminais. Embora não tenha o status de tratamento de alta complexidade, esse papel é uma das razões determinantes para trazer os cuidados intensivos para os SEs.
;
...
AMBIENTE DA PRATICA
O nível de eficiência aumenta se os cuidados intensivos forem executados em áreas localizadas nos SEs. Isso pos sibilita disponibilizar leitos com monitoramento hemodi nâmico amplo, equipes de enfermagem com treinamento adicional e equipamentos necessários para diagnósticos e tratamentos avançados. Ainda que as instalações ideais se jam as de uma UTl-SE, as áreas de ressuscitação de muitos SEs funcionam satisfatoriamente como espaços para apli cação de cuidados intensivos nos SEs.
...
APRENDIZADO
Embora alguns SEs tenham condição de manter vários in tensivistas, muitos departamentos acadêmicos têm apenas um ISE. Da mesma forma que um toxicologista pode ele var o nível dos cuidados relacionados à toxicologia para todo um programa acadêmico, a presença de ISEs facilita o desenvolvimento de programas de cuidados intensivos nos SEs. Pelo menos nos estágios iniciais da implantação de cuidados intensivos nos SEs, o ISE pode ser o único pro fissional médico com experiência em alguns tratamentos avançados e determinadas modalidades diagnósticas.
Nas UTls, as enfermeiras de beira de leito têm condi ções de manusear todos os equipamentos manuais, como a regulagem da transdução de pressão para permitir o mo nitoramento da pressão do acesso arterial. Os ISEs é que fazem esse tipo de regulagem nos SEs na fase inicial dos programas de cuidados intensivos em SEs. Ao final, a equi pe de enfermagem poderá adquirir essa prática avançada ou, em alguns SEs, as enfermeiras são integradas nas res pectivas equipes de cuidados intensivos.
Evidentemente, as faculdades de medicina que tiverem ISEs nos programas de residência irão graduar os residen tes com melhores conhecimentos e condições para avaliar o papel dos cuidados intensivos nos SEs. Em meu próprio programa, a série de palestras dedicadas aos cuidados in tensivos nos SEs e a série de palestras sobre traumatismos são ministradas por um ISE.
...
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Os ISEs estão qualificados para melhorar a qualidade no índice de mortalidade dos departamentos de emergência e de quaisquer discrepâncias nos cuidados de pacientes gravemente enfermos. Em nível hospitalar, os ISEs podem atuar como verdadeiros líderes em iniciativas como trata mento de sepse, hipotermia induzida, sedação profunda e manejo avançado da via aérea.
...
R.ESUMO
Para concluir, os ISEs são profissionais valiosos para os programas de medicina de emergência. O treinamento é o caminho gratificante para a carreira de intensivista e elimi na quaisquer incertezas sobre a certificação em cuidados intensivos na medicina de emergência .
REFERÊNCIAS
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2. Huang DT, Osborn TM, Gunnerson KJ, et al. Critica! care medici ne training and cer tification for emergency physicians. Ann Emerg Med. 2005;46(3):217-223.
3. Mayglothling JA, Gunnerson KJ, Huang DT. Current practice, de mographics, and trends of critica! care trained emergency physi cians in the United States. Acad Emerg Med. 2010;17(3):325-329.
4. Gupta R, Butler RH. Fellowship training in critica! care may not be helpful for emergency physicians. Ann Emerg Med.
2004;43(3):420-421.
5. Weingart SD, Menaker J, Truong H, Bochicchio K, Scalea TM. Trau ma patients can be safely extubated in the emergency department. J Emerg Med. 2011;40(2): 235-239.
6. Rivers E, Nguyen B, Havstad S, et al. Early goal-directed therapy in the treatment of severe sepsis and septic shock. N Engl J Med.
2001;345(19): 1368-13 77.
7. Neumar RW, Nolan JP, Adrie C, et al. Post-cardiac arrest syndrome: epidemiology, pathophysiology, treatment, and prognostication. A consensus statement from the International Liaison Committee on Resuscitation (American Heart Association, Australian and New Zealand Council on Resuscitation, European Resuscitation Coun cil, Heart and Stroke Foundation of Canada, InterAmerican Heart Foundation, Resuscitation Council of Asia, and the Resuscitation Council of Southern Africa); the American Heart Association Emer gency Cardiovascular Care Committee; the Council on Cardiovas cular Surgery and Anesthesia; the Council on Cardiopulmonary, Perioperative, and Critica! Care; the Council on Clinica! Cardiolo gy; and the Stroke Council. Circulation. 2008;118(23):2452-2483.
. , . , .
,
CA P ITU LO 2
Abordagem de via aérea di ícil
Timothy B. Jang e Jason C. Wagner
... Breve histórico 3 1
... Como prever via aérea difícil 3 1
...,.. Preparação para o manejo de via aérea 34
... Manobras para intubação orotraqueal 35
... Laringoscópio com câmera 35
... Estilete luminoso 36
... Introdutor para intubação 36
... Estilete com fibra óptica 37
....
BREVE HISTÓRICO
Via aérea difícil ocorre nos pacientes em que a aplicação de ventilação convencional com máscara facial é proble mática ou a intubação traqueal é muito difícil, cujo sucesso depende de habilidades avançadas nessa área. Fatores re lacionados aos pacientes, tais como micrognatia, pescoço curto, língua larga, anormalidades craniofaciais, gravidez e obesidade, são condições crônicas associadas a via aérea difícil, embora não definam essa condição de forma ine rente. Outras condições, como angiedema, epiglotite, an gina de Ludwig, abscesso retrofaríngeo, traumatismo na traqueia, hematoma cervical traumático ou em expansão e traumatismo cervical, são exemplos de fatores agudos que, assim como os fatores específicos do paciente, podem pro vocar a presença de via aérea difícil. Pacientes com qual quer uma dessas condições que desenvolverem dispneia
ou angústia respiratória exigem ação imediata para evitar a incidência de descompensações com risco de vida ou de sequela permanente. Além disso, em qualquer momento, podem ocorrer as seguintes situações: pacientes com lesão penetrante no pescoço podem apresentar-se em um servi
ço de emergência, ou pacientes com longo tempo de per manência em UTls, com edema difuso nos tecidos moles e com barbas compridas, podem descompensar inesperada mente e necessitar de intubação. Portanto, em uma grande
... Broncoscópio flexível 38
... lntu bação retrógrada com fio-guia 38 ...,.. U ltrassonografia 39
...,.. Falhas na intubação traqueal 39
... Via aérea com máscara laríngea (VML) 39
... Combitubo ou sistema King para via aérea 40
... Cricotomia com agulha 40 ... Resumo 40
variedade de situações, os médicos devem estar prepara dos para a abordagem de via aérea difícil.
Enquanto a ventilação difícil com bolsa-máscara ou a intubação difícil ocorrem em aproximadamente 5% dos pacientes, 1-3 a incidência concomitante dessas duas condições ocorre em um número bem menor de pacien tes. 4 Desses pacientes, menos de 1 % necessita de via aé rea cirúrgica para manejo de emergência, 5 o que talvez se deva às habilidades dos médicos emergencistas e dos intensivistas, com auxílio adicional do desenvolvimento de uma multiplicidade de ferramentas para o manejo de via aérea difícil.
> >
....
COMO PREVER VIA AEREA DIFICIL
Nas situações em que os pacientes se apresentarem em es tado crítico, a história clínica detalhada é desnecessária. Entretanto, vários fatores da história são presságios de via
aérea difícil e, se possível, devem ser determinados com a
máxima rapidez:
1. História de radiação ou de cirurgia na boca, no pesco ço ou na coluna cervical.
2. História de tumor oral ou cervical, celulite ou abscesso. 3. História de artrite cervical ou mandibular, ou de outra
32 SEÇÃO li VIA AÉREA E SUPORTE VENTILATÓRIO
Figura 2-1 Distância entre os incisivos ou, para pacientes
edêntulos, "distância entre as gengivas".
4. Apresentação por causa de traumatismo oral, facial, cervical, no pescoço ou na coluna cervical.
5. Uso de anticoagulantes ou presença de coagulopatia.
Da mesma forma, é imprescindível fazer exames fí sicos com foco na cabeça e no pescoço. O método mne mônico LEMON (do inglês L,
look externally;
E,evaluate
3-3-2; M, Mallampati; O,obesity/obstruction
e N,neck mo
bility)
ajuda a orientar o exame físico para verificar se a via aérea do paciente é difícil: 61. Inspeção externa e avaliação de fatores associados a via aérea difícil: obesidade, micrognatia, língua larga, incisivos superiores longos, sobremordida proemi nente com incisivos maxilares salientes ou submordi da com incisivos mandibulares grandes, pescoço cur to, dentição fraca, que poderá se deslocar na via aérea, ou evidências de traumatismo.
2. Avaliação com a regra 3-3-2. A regra 3-3-2 estabelece que, com a boca aberta, o paciente seja capaz de: inserir três dedos entre os dentes (distância entre os incisivos ou, para pacientes edêntulos, "distância entre as gen givas"; Fig. 2-1); colocar três dedos entre a parte fron tal do queixo e o osso hioide ("distância hiomental";
Fig. 2-2); e colocar dois dedos entre o osso hioide e a cartilagem tireoidea ("distância tíreo-hióideà'; Fig. 2-3).
Os pacientes que atenderem às condições da regra (i.e., que atenderem aos três critérios) provavelmente sejam
Figura 2-2 Distância hiomental.
intubados com sucesso, sem nenhuma complicação, ou seja, provavelmente não tenham via aérea difícil.
3. Classificação de Mallampati: o paciente deve perma necer na posição sentada, com a boca bem-aberta, a língua projetada para frente e o pescoço em extensão, para que o médico possa inspecionar a boca e visua lizar a língua, as tonsilas, a úvula e a parte posterior da faringe (Fig. 2-4). A via aérea de Classe I permite visualizar toda a parte posterior da orofaringe, o pala to mole, a úvula, as fauces e as tonsilas, ao passo que a via aérea de Classe II permite visualizar o palato mole, alguma parte, porém nem toda, da úvula, e as fauces. A via aérea de Classe I e a de Classe II estão associadas às intubações bem-sucedidas. A via aérea de Classe III caracteriza-se apenas pela visualização do palato mole e da base da úvula e estão associadas a dificuldades moderadas durante as intubações. A via aérea de Clas se IV não permite visualizar nenhuma parte da faringe posterior e estão associadas a dificuldades sérias du rante as intubações (e talvez a intubação seja impossí vel com aplicação das técnicas tradicionais).
4.
Avaliação de obstruções: o médico deve verificar se há algum corpo estranho, tumor ou outros fatores obs trutivos na via aérea superior, tais como epiglotite ou angina de Ludwig. Os três sinais principais são dificul dade para manusear secreções, estridor (ocorre quan do menos 10% do calibre normal da circunferência daFigura 2-3 Distância tíreo-hióidea.
5. Mobilidade do pescoço: a mobilidade do pescoço afe
ta diretamente a capacidade de visualizar as pregas vocais durante as intubações. Os pacientes normais conseguem tocar o queixo no tórax em movimentos de flexão, mantendo uma ampla faixa de extensão. Os traumatismos ou imobilizações na coluna cervical li mitam essa mobilidade e a visualização subsequente, a exemplo do que ocorre em condições como espondili te anquilosante e artrite reumatoide grave.
O método mnemônico MOANS (do inglês, M,
mask
seal; O,
obesity!obstruction;
A,age;
N,no teeth
e S,Stifj)
também poderá ser usado para prever quais pacientes te rão dificuldades para ser ventilados com máscara facial: 6
1 . A selagem da máscara deve ser eficiente e não pode
ser obstruída por fatores como barbas compridas ou anormalidade anatômicas maxiliares e mandibulares. 2. Obesidade com mandíbulas pequenas e face média*
pequena podem dificultar selagens eficientes.
3. Idade acima de 55 anos está associada a dificuldades na ventilação com máscara.
4.
Pacientes edêntulos com a consequente ausência de "tônus dentário':* N. de R.T. Face média é a porção da face que envolve o nariz, a maxila e os ossos zigomáticos.
CAPÍTULO 2 ABORDAGEM DE VIA AÉREA DIFÍCIL 33
Classe 1 Classe li
Classe Ili Classe IV
Figura 2-4 Escala de graduação de Mallampati para via aé
rea. Classe 1: é possível visualizar os pilares fauciais, o pala
to mole e a úvula. Classe li: embora seja possível visualizar os pilares fauciais e o palato mole, a úvula aparece mascarada pela base da língua. Classe Ili: é possível visualizar apenas a base da úvula. Classe IV: não é possível visualizar nenhuma das três estruturas (Reproduzida com permissão de Tintinalli JE, Stapcyzynski JS, Cline DM, Ma OJ, Cydulka RK, Meckler GD, Eds. Emergency Medicine: A Comprehensive Study Cuide. lth ed. MacGraw-Hifl lnc; 201 1, Figure 30-8).
5. Pescoços rígidos podem dificultar o posicionamento
dos pacientes para obtenção de ventilação adequada.
Talvez o histórico adicional já seja conhecido no caso de pacientes hospitalizados que estejam em UTI ou que estejam descompensando em uma enfermaria. Nos casos de pacientes que já tenham sido intubados (pacientes no período pós-operatório ou que já passaram por uma UTI), provavelmente as informações sobre a via aérea já sejam conhecidas. Nas situações em que as condições do pacien te permitirem, essas informações deverão ser obtidas com a maior rapidez possível, levando-se em consideração que alguns fatores que ocorreram desde a última intubação podem ter causado impactos negativos na capacidade de