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ÍNDICE - 03/05/2007 Correio Braziliense... 2 Coluna...2 O Globo... 4 Economia...4 Anvisa O Globo... 6 Economia...6

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ÍNDICE - 03/05/2007

Correio Braziliense ... 2 Coluna...2 Nas Entrelinhas ...2 O Globo ... 4 Economia ...4

Especialistas: regra da Anvisa é inconstitucional ...4

O Globo ... 6

Economia ...6

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Correio Braziliense

03/05/2007

Coluna

Nas Entrelinhas

Por Luiz Carlos Azedo

luiz.azedo@correioweb.com.br

Proibir a pesquisa com células-tronco embrionárias representa muito mais do que jogar no lixo os embriões excedentes nas clínicas de fertilização

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Decisão suprema

A alta magistratura brasileira está na berlinda. Depende dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e de mais ninguém, o uso das células-tronco embrionárias para pesquisa de doenças hoje incuráveis. Ou seja, os rumos da ciência e da saúde pública no Brasil. De um lado, os que defendem o direito à liberdade de pesquisa, ao progresso dos tratamentos e à esperança de cura; de outro, aqueles que alegam defender o direito à vida com base em valores éticos e religiosos.

É uma decisão tão difícil que o STF, em 178 anos de existência, pela primeira vez realizou uma audiência pública para ouvir cientistas sobre a lei que autoriza a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias. Acontece que a audiência aumentou a polêmica e já corre um manifesto de cientistas, intelectuais e personalidades sobre o assunto.

Competência

A pesquisa com células-tronco é a aposta dos cientistas para a cura de problemas cardíacos, diabetes, derrame, mal de Chagas, mal de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica e paraplegia decorrente da secção da medula. O Congresso Nacional, por esmagadora maioria, aprovou a regulamentação da pesquisa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei. Mas ela empacou no STF, porque o subprocurador-geral da República Cláudio Fonteles alegou que a pesquisa com célula-tronco emblionária é inconstitucional.

Na inédita audiência pública do Supremo, o representante do Ministério Público trombou com a geneticista Mayana Zatz. A polêmica entre os dois desnudou o xis do problema. Fonteles, que é franciscano, foi questionado pela professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo se sua motivação era de caráter religioso. O subprocurador da República retrucou no ato, com o argumento de que Mayana via o problema com viés judaico. Para os judeus, a vida começa com o nascimento do ser vivo. Para os católicos, na fecundação. Ou seja, segundo ele, estaríamos diante de uma questão teológica, muito mais do que científica.

Tanto Fonteles como Mayana estavam representando instituições importantes para a sociedade. Uma é laica, republicana, faz parte do Estado brasileiro: o Ministério Público. Não pode se pautar por posições religiosas, nem mesmo ideológicas. A outra também representa um segmento da sociedade civil, embora não-governamental: a Academia Brasileira de Ciência, da qual a cientista é porta-voz. Ambos são profissionais exemplares. O procurador Fonteles prestou grandes serviços à sociedade, foi inclusive procurador-geral da República. Mayana Zatz trabalha há 30 anos com doenças neuromusculares letais ou altamente incapacitantes, preside a Associação Brasileira de Distrofia Muscular (Abdim),é diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano e pró-reitora de pesquisas da USP.

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Manifesto

Por causa da polêmica, cientistas, intelectuais e personalidades preparam um manifesto em defesa da pesquisa. A possibilidade mais provável de tratamento eficaz de doenças neurodegenerativas está nas células-tronco embrionárias. Elas permitirão programar as células-tronco adultas para que se transformem em cerca de 216 tipos de tecido do corpo humano. O manifesto argumenta que a lei brasileira permite a utilização de embriões produzidos em laboratório para fins de reprodução assistida, mas somente daqueles inviáveis para gestação ou congelados há mais de três anos, cuja probabilidade de gerar um ser humano é praticamente zero. Os cientistas indagam:

"A lei prevê mais: os embriões só poderão ser utilizados após autorização dos genitores. Portanto, aqueles que tiverem qualquer restrição de ordem moral ou religiosa não terão seus embriões usados para fins de pesquisa. Com o passar do tempo, os embriões deterioram-se inexoravelmente, perdendo o prazo de validade. Por que então não utilizá-los de forma ética e responsável em benefício do futuro e da evolução da humanidade, salvando vidas?"

Cortina

O escritor tcheco Milan Kundera, num ensaio sobre literatura, destaca que Miguel de Cervantes, ao escrever Don Quixote de La Mancha, abriu a cortina que encobria a realidade sob as lendas, as superstições e as pressuposições da Idade Média. Proibir a pesquisa com células-tronco embrionárias representa muito mais do que jogar no lixo os embriões excedentes nas clínicas de fertilização. Seria, novamente, fechar a cortina e entregar a esperança de cura de milhares de pessoas à graça divina.

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O Globo

03/05/2007

Economia

Especialistas: regra da Anvisa é inconstitucional

Nova resolução para propaganda de bebida alcoólica proposta pela agência requer lei federal e pode parar na Justiça

Geralda Doca e Ronaldo D'Ercole

BRASÍLIA e SÃO PAULO. A intenção da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (Anvisa) de restringir, com uma resolução, a propaganda de bebidas com

menor teor alcoólico (inferior a 13 graus), como cerveja e vinho, pode parar na Justiça, pois vai contra a Constituição. Essa é a avaliação de advogados, parlamentares - inclusive da base aliada - e setor privado.

O entendimento de especialistas é que a agência não tem competência legal para tomar esse tipo de medida por meio de uma resolução da diretoria. De acordo com a Constituição, a proibição dos comerciais antes das 20h em todo o país, como quer a Anvisa, somente pode ser colocada em prática depois de aprovação de uma lei federal.

O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) diz que vai recorrer à Justiça, caso a Anvisa insista. O superintendente do Sindicerv, Marcos Mesquita, disse que o Congresso "é o local adequado para se discutir a questão". Já o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) ameaçou apresentar uma proposta na Câmara para derrubar a resolução, se for publicada no Diário Oficial: - Isso é da competência plena do Congresso. É lamentável que a agência tenha tomado essa medida via resolução.

Para o advogado Flávio Pansieri, presidente da Academia Brasileira de Direito Constitucional, o direito à propaganda está garantido no artigo 170 da Constituição, segundo o qual a liberdade do exercício da atividade econômica é assegurada a todos. Qualquer restrição, disse, requer aprovação de lei: - A restrição por resolução é absolutamente inconstitucional, porque a Constituição delegou isso à elaboração de uma lei.

Ele acrescentou que a legislação sobre a veiculação de propaganda de bebidas alcoólicas não traz uma norma expressa que permita ao órgão regulador tomar uma medida de caráter geral (restrição para o país).

Deputado defende restrição da Anvisa Para o Sindicerv, essa decisão não pode ser tomada por medida administrativa, e sim via projeto de lei. Na avaliação da entidade, a restrição não terá efeitos sobre o mercado, e cabe ao governo combater o consumo ilegal de bebidas.

"É importantíssimo para o mercado fazer investimentos em publicidade, pois é o instrumento mais eficaz que as marcas têm para que consigam trazer para si parte do consumo que seria dirigido a marcas concorrentes.

A indústria se posiciona pelo lado da solução, e acredita que os consumos de exceção são motivados por múltiplos fatores de soluções complexas e dependem da ação de vários atores, entre eles família, poder público e a própria indústria", diz a entidade.

O deputado Dr. Rosinha (PTPR) disse acreditar que a briga vá para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda assim, defende a atuação da Anvisa. Rosinha argumentou que, em 2003, o governo tentou incluir o tema em uma medida provisória - sobre a restrição da propaganda de cigarro em transmissões de Fórmula 1 -, mas a proposta foi derrubada pelo Congresso.

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- A Anvisa tem de tomar a medida, ainda que haja depois uma disputa judicial. Quando o governo deixa o assunto com o Congresso, o Congresso derruba - afirmou Rosinha, que é médico e defende a restrição como modo de diminuir o consumo de bebidas, um dos maiores responsáveis por acidentes no trânsito e violência familiar.

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O Globo

03/05/2007

Economia

Segundo Conar, publicidade tem padrões éticos

Para órgão, anúncio não é responsável por danos do consumo

SÃO PAULO e BRASÍLIA. O presidente do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar), Gilberto Leifert, critica a resolução da Anvisa e afirma que as regras para publicidade de bebidas foram inteiramente revistas pelo órgão em 2003, impondo "novos padrões éticos" aos anúncios desses produtos.

- Nos anúncios, não se mostram mais pessoas bebendo, os modelos têm de aparentar mais de 25 anos e bichinhos e bonecos, elementos do universo infantil, foram banidos - lembra Leifert, contestando outro argumento da Anvisa, de que as campanhas estimulam o consumo irresponsável de bebidas alcoólicas no país. - O código de ética está atualizado, e os danos do consumo exacerbado não podem ser imputados à publicidade.

Leifert diz que o órgão já questionou formalmente a Anvisa sobre a inconstitucionalidade da resolução para a imposição de restrições à propaganda de bebidas, durante as audiências públicas promovidas pela própria agência para discutir o assunto.

- A comunidade publicitária deseja que a Constituição seja respeitada - diz o presidente do Conar, para quem uma resolução da Anvisa não é um meio idôneo nem hábil para regular o setor.

Constituição deve ser cumprida, diz professor A indústria cervejeira, assim como as agências de publicidade, entende que somente uma emenda à lei 9.294/96, que define regras para a publicidade de bebidas alcoólicas, ou uma nova lei, poderia ampliar as restrições aos comerciais de cervejas e vinhos no país.

- Uma resolução de diretoria colegiada, em termos jurídicos, tem o mesmo efeito de uma portaria e é inferior à lei - insiste o superintendente do Sindicerv, Marcos Mesquita, lembrando que, no Congresso, há quase uma centena de projetos de lei tratando de regras para a publicidade de bebidas no Brasil.

O professor de Direito Administrativo da Faculdade Cândido Mendes, Marcos Juruena, também levanta argumentos contra a intenção da Anvisa. Em livro de sua autoria, intitulado "Direito administrativo da economia", ele defende uma tese em que alega ser inconstitucional estabelecer por lei uma proibição que não é sustentada pela Constituição Federal. Ou seja, por essa lógica, a discussão não é aprovar ou não uma lei federal, mas cumprir o que determina a Constituição.

- A Constituição (artigo 220, parágrafo 4o não proíbe, determina a advertência. Se você proíbe, como vai advertir? - questionou o professor, acrescentando que a decisão prejudicaria a liberdade de expressão.

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Referências

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