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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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Mestrado Integrado em Medicina | 6º Ano

Mª do Carmo Douwens da Costa Teixeira da Mota | nº 2013295

Orientador: Doutor Pedro Amado

Regente: Professor Doutor Rui Maio

Ano Lectivo 2018/2019

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ÍNDICE

1. Introdução 3

2. Objectivos 3

3. Descrição dos Estágios Parcelares 4

a. Medicina Interna 4

b. Cirurgia Geral 4

c. Pediatria 4

d. Ginecologia e Obstetrícia 5

e. Saúde Mental 5

f. Medicina Geral e Familiar 6

g. Estágio Clínico Opcional 6

4. Formação extracurricular 6

5. Reflexão Crítica 7

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INTRODUÇÃO

O 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina, na NMS-UNL, desenvolve-se sobretudo em torno de estágios clínicos profissionalizantes, procurando firmar no aluno as competências básicas que lhe permitirão ser autónomo nos anos de formação subsequentes. Assim, num regime de tutoria com uma relação Especialista – Aluno no máximo de 3:1, realizei estágios nas seguintes áreas: Medicina Interna (8 semanas); Cirurgia Geral (8 semanas); Pediatria (4 semanas); Ginecologia e Obstetrícia (4 semanas); Saúde Mental (4 semanas); Medicina Geral e Familiar (4 semanas).

Com o presente relatório pretendo: explicitar os Objectivos de aprendizagem propostos para este ano curricular (pessoais, gerais e específicos de estágio); enumerar as Actividades Desenvolvidas em cada estágio parcelar; descrever as iniciativas de Formação Extracurricular, desenvolvidas ao longo do curso; elaborar uma

Reflexão Crítica, destacando os principais contributos de cada estágio para a minha formação, e ainda alguns

aspectos a melhorar no meu desempenho.

OBJECTIVOS

Com base nas indicações presentes na Ficha de Unidade Curricular de cada estágio parcelar, enumero de seguida os principais objectivos de aprendizagem que me foram propostos:

a) Aptidões clínicas – Conhecer e saber aplicar correctamente a linguagem e a terminologia de cada especialidade; Conhecer a etiopatogenia, semiologia, diagnóstico e tratamento das principais síndromes de cada especialidade; Colher e organizar os dados de uma história clínica e formular hipóteses de diagnóstico; Realizar um exame físico metódico e completo; Requisitar sensatamente os meios complementares de diagnóstico necessários ao esclarecimento de cada situação clínica; Saber reconhecer as situações clínicas com indicação para abordagem urgente/emergente; Observar e/ou realizar alguns procedimentos de cada especialidade; Exercitar a capacidade de síntese e registo clínico informático em Medicina;

b) Aptidões humanas e de formação social – Respeitar os doentes e os familiares, conhecendo os seus direitos e obrigações; Conhecer os princípios éticos inerentes à confidencialidade e à transmissão adequada da informação necessária para o consentimento informado; Saber comunicar adequadamente e trabalhar em equipa com outros médicos e profissionais de saúde; Procurar desenvolver as competências pessoais inerentes à profissão médica (integridade, responsabilidade e interesse pela valorização pessoal); Reconhecer a importância da formação médica ao longo da vida.

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Para além destes, pretendia no início deste ano ver também cumpridos alguns objectivos pessoais, dos quais destaco o desejo de conhecer melhor o dia-a-dia de cada especialidade, para orientação da minha escolha futura.

DESCRIÇÃO DOS ESTÁGIOS PARCELARES

Medicina Interna

O estágio de Medicina Interna teve a duração de oito semanas (entre 10/09/2018 e 02/11/2018), e realizou-se no serviço de Medicina 1.2 do Hospital de São José, sob tutoria da Dr.ª Carmen Marques. Durante esse tempo, tive uma excelente oportunidade de sedimentar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso, através do meu contacto com o Serviço de Urgência muito movimentado deste hospital, e principalmente com a Enfermaria, onde se desenrolou a maior parte da minha actividade. Observei e acompanhei um total de 17 doentes, o que implicava: colheita de história clínica e realização de exame físico, orientados para a hipótese diagnóstica mais provável; escolha racional de MCDT’s, e sua interpretação; propostas de tratamento e de gestão do caso a longo prazo; registo de informação clínica relevante em diários clínicos e notas de alta; realização de punções venosas e arteriais (gasimetrias).

Cirurgia Geral

O estágio de Cirurgia Geral realizou-se no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Beatriz Ângelo, sob tutoria do Dr. Luís Féria. Teve a duração de oito semanas (entre 05/11/2018 e 11/01/2019, com interrupção de Natal), organizadas da seguinte maneira: uma semana de sessões teórico-práticas, e sete semanas de componente prática – Cirurgia Geral (quatro semanas), Serviço de Urgência Geral (uma semana) e Medicina Intensiva (opcional de duas semanas). A passagem pela Cirurgia Geral, nas suas valências de bloco operatório, consulta externa e internamento, foi maioritariamente observacional. Estive presente em 16 cirurgias, e participei como 3ª ajudante numa Colecistectomia por via laparoscópica. Saliento o contacto com a Medicina Intensiva, que contribuiu para a minha educação em fisiopatologia, farmacologia e suporte de órgão, nomeadamente pelo exercício de interpretação e manuseio dos parâmetros do ventilador.

Pediatria

O estágio parcelar de Pediatria teve a duração de quatro semanas (entre 21/01/2019 e 15/02/2019) e realizou-se no serviço de Pediatria 5.1 do Hospital Dona Estefânia, sob tutoria da Dr.ª Mafalda Paiva, responsável pela equipa de Cuidados Paliativos Pediátricos do hospital. Acompanhei o trabalho excepcional desta equipa, no seguimento de doentes crónicos complexos e suas famílias. Tive oportunidade de sair com a Unidade Móvel de Apoio Domiciliário (UMAD), que tem como propósito facilitar o acesso destas famílias a

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cuidados de saúde diferenciados. O tipo de cuidados prestados no domicílio é variado e enquadrado às necessidades paliativas de cada doente. Alguns exemplos a que pude assistir foram: monitorização e heparinização de cateteres venosos centrais, assim como de gastrostomias e traqueostomias, ajustes terapêuticos (farmacológicos e não farmacológicos), realização de gasimetrias, e aconselhamento dos pais. Para além disto, assisti também à Consulta Externa de várias subespecialidades (Pediatria Médica, Cuidados Paliativos Pediátricos, Imunoalergologia, Reumatologia, Nefrologia, Neurologia, Imunodeficiências e Gastroenterologia), onde tive contacto com patologias muito variadas, e respectivas estratégias de diagnóstico e terapêutica. Na minha passagem pela Enfermaria e Serviço de Urgência, foi também possível observar e exercitar-me em alguns componentes do exame objectivo pediátrico (medição de parâmetros biométricos e vitais, otoscopia, observação da orofaringe, auscultação cardíaca e pulmonar, palpação abdominal, exame articular, exame neurológico, toque rectal). No final do estágio, apresentei um trabalho com outros colegas de 6º ano, sobre “Hesitação perante a Vacinação”, que promoveu uma interessante discussão com os professores e colegas.

Ginecologia e Obstetrícia

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia (GO) decorreu no Hospital Fernando Fonseca, e teve a duração de quatro semanas (entre 18/02/2019 e 15/03/2019), divididas da seguinte forma: duas semanas em Obstetrícia, durante o qual acompanhei a Dr.ª Elsa Landim; e duas semanas em Ginecologia, com a Dr.ª Teresa Costa. Foi um estágio muito rico e diversificado, apesar de maioritariamente observacional, com oportunidade para observar muitas doentes em Consulta Externa (Obstetrícia Geral, Diabetes Gestacional, Hipertensão na gravidez, Ginecologia Geral e Ginecologia Oncológica), Enfermaria, Serviço de Urgência, Unidade de Colposcopia e Laser, sala de Ecografias e Bloco Operatório. Permitiu-me adquirir mais familiaridade com o seguimento de uma gravidez normal, com algumas patologias típicas deste período, e ainda com os aspectos básicos do exame objectivo obstétrico e ginecológico (identificação do foco cardíaco fetal, observação com espéculo, toque vaginal).

Saúde Mental

O estágio de Saúde Mental teve a duração de quatro semanas (entre 18/03/2019 e 12/04/2019), e realizou-se no Departamento de Saúde Mental do Hospital Fernando Fonseca, mais concretamente na equipa comunitária Brandoa/Alfornelos, dirigida pela minha tutora Dr.ª Pilar Santos Pinto. A participação na Consulta Externa constituiu a base da minha actividade. As consultas tinham lugar no Centro de Saúde Brandoa/Alfornelos, onde trabalhavam em conjunto duas/três psiquiatras, duas enfermeiras, uma assistente social, uma psicóloga e uma administrativa. Este esquema permite que os doentes sejam seguidos de uma forma mais controlada e adaptada ao contexto de cada um, melhorando a relação médico-doente e a adesão

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à terapêutica instituída. Pude familiarizar-me com técnicas de entrevista psiquiátrica, e treinar-me no reconhecimento e caracterização de sintomas/síndromes psiquiátricos. Integrei também algumas visitas domiciliárias da equipa, que servindo o propósito de facilitar o acesso destes doentes aos cuidados de saúde, permitem perceber a importância de situar o doente no seu contexto social, laboral e familiar.

Medicina Geral e Familiar

O estágio parcelar de Medicina Geral e Familiar (MGF) teve a duração de quatro semanas (entre 22/04/2019 e 17/05/2019), e realizou-se no Centro de Saúde de Serpa (distrito de Beja), sob tutoria da Dr.ª Conceição Serpa Pinto. Participei em consultas do dia (urgência) e consultas programadas de Saúde de Adultos, Diabetes, Saúde Materna e Infantil e Planeamento Familiar, que me permitiram perceber melhor a função de um Médico de Família, sobretudo na área da promoção de saúde e acompanhamento de doenças crónicas. Pela grande diversidade de áreas de intervenção desta especialidade, o dia-a-dia de estágio obrigava-me a um exercício constante de integração de conhecimentos teóricos, experiência que considero ter sido muito proveitosa para a minha aprendizagem. Faço também referência a uma sessão sobre os malefícios do tabagismo que apresentei numa escola para duas turmas de 7º ano, juntamente com uma colega de 6º ano. Procurámos perceber, conversando com os alunos em modo role play, o que levaria um adolescente a desejar e/ou mesmo começar a fumar. Depois de explicar os constituintes de um cigarro e os riscos/consequências associados ao seu consumo crónico, trabalhámos com eles alternativas saudáveis que fossem de encontro às suas aspirações (por exemplo, desejo de integração no grupo de amigos).

Estágio Clínico Opcional

Fiz

o meu estágio opcional em Medicina Interna, por ser esta uma especialidade do meu interesse, e escolhi fazê-lo no Hospital da Luz Oeiras por ser perto do local onde moro e por ter tido ainda pouco contacto com o funcionamento de hospitais particulares. O estágio teve a duração de duas semanas (entre 20/05/2019 e 31/05/2019), durante as quais acompanhei intervaladamente a Dr.ª Filipa Marques, coordenadora do Internamento, e o Dr. Pedro Soares, coordenador do Atendimento Médico Permanente (AMP). Fiquei surpreendida com a rapidez de acesso tanto a meios complementares de diagnóstico, como a opiniões de outras especialidades, rapidez esta que tinha um grande impacto na abordagem terapêutica dos doentes.

FORMAÇÃO EXTRACURRICULAR

Paralelamente à formação curricular, fui participando em várias iniciativas que muito contribuíram para a minha formação enquanto pessoa. Por esta razão, e por considerar relevante o seu impacto na maneira

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como olho para o exercício da Medicina, decidi incluir neste relatório uma breve descrição das principais actividades desenvolvidas.

Assisti a conferências promovidas tanto pela Associação de Estudantes da faculdade, como por entidades externas, das quais destaco o Encontro Nacional da Associação de Médicos Católicos Portugueses. Com o título de “Ser médico hoje: equilíbrios, desafios e missões”, incidiu sobre temas como a conciliação trabalho-família, que muito me dizem respeito.

Durante o 2º ano do curso, fui monitora de Fisiologia na faculdade, colaborando com os professores desta Unidade Curricular nas aulas práticas semanais. Foi um exercício vantajoso por me ter obrigado não só a estudar e sistematizar bem as matérias, como também a saber comunicá-las oralmente. Mais se acresce o facto de hoje em dia se reconhecer a capacidade de ensinar como uma competência útil e necessária aos médicos, aos quais se exige muitas vezes que colaborem na formação dos estudantes de Medicina e dos internos de especialidade.

Integrei, durante os primeiros quatro anos do curso, um Grupo de Bioética promovido pelo Núcleo de Estudantes Católicos da faculdade. Nas reuniões quinzenais, com duração aproximada de 90 minutos, eram discutidos alguns temas controversos da actualidade, nomeadamente aborto, eutanásia e procriação medicamente assistida, e no final, recebíamos formação básica acerca dos mesmos. Foram benéficas as reuniões a que assisti, por me terem dado ferramentas que ajudam a olhar para estes temas de forma intelectualmente honesta, ajudando também a saber fundamentar a minha posição.

Fui também participando, durante todo o curso, em várias acções de voluntariado. Destaco o meu contacto com a Associação Vale de Acór, uma comunidade terapêutica que recebe toxicodependentes, alcoólicos e doentes com duplo diagnóstico, investindo na sua reabilitação: “(…)utilizamos o método

terapêutico-educativo denominado Projecto-Homem, que pretende levar ao reencontro da pessoa consigo mesma, com os seus problemas e as suas potencialidades, recuperando o respeito por si próprio e aprendendo a viver em sociedade, com a dignidade inerente ao facto de ser Homem”. O meu contributo foi sobretudo

enquanto monitora de uma colónia de férias destinada a crianças de bairros sociais (algumas deficientes profundas), na qual os utentes desta comunidade terapêutica eram também monitores.

Por fim, e ainda no âmbito do voluntariado, faço referência à minha passagem mensal, ao longo dos últimos três anos, pelas casas das Missionárias da Caridade, irmãs religiosas dedicadas ao cuidado dos mais pobres. Na instituição de Chelas, que funciona como lar de idosos, contribuo com o que for preciso, de acordo com as necessidades das Irmãs, desde cuidados de higiene e alimentação dos idosos, visitas domiciliárias, até limpezas e arrumações. A instituição de Setúbal acolhe crianças com deficiências profundas, que requerem ajuda para se alimentar e vestir. Para além disso, podem ser necessárias também pequenas tarefas de manutenção da casa, como arrumações e limpezas. Em lugares como estes, aprendi sobretudo a importância de estar ao serviço do outro, estar disponível.

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REFLEXÃO CRÍTICA

Terminado o longo caminho de seis anos de curso, e mais concretamente terminada a experiência profissionalizante deste último ano, começo por expressar a minha alegria e gratidão por tudo o que me foi dado viver. Ano crucial do meu percurso, fez-me perceber a responsabilidade que tenho pela minha formação: com efeito, só não chegarei a ser uma médica responsável e competente, se não o quiser. Tornou-se mais clara a importância de investir numa educação médica contínua, através de Tornou-sessões clínicas formativas, cursos pós-graduados ou congressos científicos e, não menos importante, através do estudo individual, de forma a manter sempre actualizado o meu saber.

O programa curricular do 6º ano, tornou-se particularmente interessante neste ano de 2019, uma vez que os alunos vão ser submetidos ao novo modelo da Prova Nacional de Acesso (PNA), que consistirá na resolução de 150 casos clínicos. Foi também alargado o conteúdo alvo de avaliação, que abrange agora outras especialidades para além da Medicina Interna. Por estas razões, a passagem pelos diferentes estágios do 6º ano, e o contacto assíduo com a abordagem de doentes agudos e crónicos, crianças, grávidas e idosos, apresenta-se como uma ajuda valiosa para o estudo, fomentando o raciocínio clínico dos alunos e evitando a memorização despropositada de conceitos.

O estágio de Medicina Interna, foi o estágio que, de forma mais completa, me permitiu trabalhar com alguma independência e assim ganhar à vontade na abordagem sistematizada da patologia médica mais prevalente. A passagem pela Cirurgia Geral permitiu-me aprofundar os conhecimentos em técnicas de assepsia no bloco operatório, e ainda adequar o meu comportamento e postura nesse local. Destaco como aspecto menos favorável, o escasso contacto (nulo, no meu caso) que os alunos têm com a Pequena Cirurgia no Hospital Beatriz Ângelo. No estágio de Pediatria surpreendeu-me sobremaneira o trabalho da equipa de Cuidados Paliativos Pediátricos, que pude acompanhar. Foi muito enriquecedora a convivência com doentes crónicos complexos, aqueles que aos olhos da sociedade “nunca deveriam ter nascido”. De facto, em consequência dos avanços da Medicina, estes doentes já podem viver até mais tarde, e é até possível que vivam com relativa qualidade de vida. Para isso, são necessários médicos “gestores de caso” que conheçam bem cada criança e respectivas necessidades paliativas, e que se encarreguem de organizar os cuidados multidisciplinares necessários. O estágio de Ginecologia e Obstetrícia foi o mais desafiante em questões deontológicas, das quais destaco a interrupção voluntária da gravidez. Sem que muitos médicos se apercebam, e desprovidos de más intenções, transformam-se vidas humanas em meros objectos, “produtos da concepção”, sobre os quais se pode decidir o destino. Muitas vidas são terminadas diariamente e, admito, causou-me tristeza e desconforto. Compreendo a exigência da minha posição, já que muitas vezes é real a possibilidade de a criança nascer com deficiências e limitações graves, que condicionarão para sempre a vida das famílias. É certo que estas crianças requerem muito mais cuidados e sacrifícios, em vários níveis, mas é

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errado que estas crianças têm menos dignidade ou direito à vida, assim como é errado que elas tornam insustentável a vida dos que as rodeiam. O estágio de Psiquiatria fez-me perceber a relevância dos contextos socioeconómico e familiar, como determinantes de saúde. De facto, verifiquei que em certas pessoas, vulneráveis pelo seu contexto ou características genéticas, os eventos adversos de vida tinham um impacto de tal maneira forte, que podiam condicionar o aparecimento de psicopatologia. A experiência em Medicina

Geral e Familiar foi também muito benéfica, porque tive oportunidade de dar/conduzir consultas com

alguma independência. Fez-me também perceber a importância de saber comunicar com os doentes, e de assegurar que somos totalmente compreendidos por eles, pois ajuda a construir uma relação de confiança que é meio caminho andado para o sucesso terapêutico. Quero acrescentar ainda uma nota sobre o Diário

de Exercício Orientado (DEO), que uma ferramenta muito completa de avaliação, e também pedagógica.

O facto de ter passado por vários serviços hospitalares e comunitários, foi seguramente uma mais-valia no meu percurso, fazendo-me conhecer diferentes maneiras de organizar os cuidados de saúde e de gerir recursos humanos. Por ter verificado que não são tarefas fáceis, antes desafiantes e carentes de grande perícia, fiquei a pensar que seria interessante se fizesse parte da nossa formação curricular alguma cadeira de gestão em saúde.

A par da formação académica constante, vejo de igual forma a importância de me formar continuamente enquanto pessoa, formação esta que exigirá igualmente esforço e empenho da minha parte. As actividades de desenvolvimento pessoal a que me fui propondo ao longo deste ano, serviram já esse propósito, ensinando-me maneira de olhar para o doente e uma postura perante as situações do dia-a-dia que espero não esquecer nunca.

Assim, de uma maneira geral, considero que os estágios parcelares e a minha formação extracurricular, contribuíram para o cumprimento dos objectivos estipulados no início do ano, tanto os gerais quanto os pessoais. No entanto, olhando criticamente para o meu desempenho, consigo identificar também alguns aspectos que precisam de ser aperfeiçoados: conhecimentos básicos de prescrição farmacológica; estruturação de raciocínio clínico; registo de diários clínicos e notas de alta, selecionando informação clínica pertinente; procedimentos simples, como colocação de acessos venosos periféricos; capacidade de analisar e interpretar literatura médica com sentido crítico; comunicação com doentes e seus familiares, por exemplo explicar-lhes o motivo pelo qual estão doentes (explicar a fisiopatologia com conceitos acessíveis), e transmitir confiança suficiente para que adiram ao tratamento.

Termino como comecei, manifestando o meu contentamento por todas as oportunidades de aprendizagem que esta Escola me proporcionou, e esperando conseguir levá-las para a minha prática clínica futura.

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ANEXOS

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ANEXO II: Certificado de participação no Curso TEAM: Trauma, Evaluation and Management

ANEXO III: Certificado de participação no Congresso Nacional da Associação Médicos Católicos Portugueses

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Referências

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