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Estratégias de Diferenciação de Marca: Propostas para uma empresa do setor químico

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Academic year: 2021

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CLARA KILLING SCHEMES THAINÁ CRUZ DE PAIVA

ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO DE MARCA: Propostas para uma empresa do setor químico

Florianópolis 2019

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CLARA KILLING SCHEMES THAINÁ CRUZ DE PAIVA

ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO DE MARCA: Propostas para uma empresa do setor químico

Trabalho de curso apresentado à disciplina CAD 7305 como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Enfoque: Monográfico - Artigo Área de concentração: Marketing Orientador: Prof. Dr. Allan Augusto Platt

Florianópolis 2019

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CLARA KILLING SCHEMES THAINÁ CRUZ DE PAIVA

ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO DE MARCA: Propostas para uma empresa do setor químico

Este Trabalho de Curso foi julgado adequado e aprovado em sua forma final pela Coordenadoria de Trabalho de Curso do Departamento de Ciências da Administração da Universidade Federal de Santa Catarina.

Florianópolis, 12 de novembro de 2019.

___ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Prof.ª Márcia Barros de Sales Coordenadora de Trabalho de Curso

Avaliadores:

___ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Prof. Allan Augusto Platt, Dr.

Orientador

Universidade Federal de Santa Catarina

__________ _ _ _ _ _ _ _ Prof. Rudimar Antunes da Rocha, Dr.

Avaliador

Universidade Federal de Santa Catarina

_______ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Prof. Martin de La Martinière Petroll, Dr.

Avaliador

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Dedicamos este trabalho a todos os empreendedores que, assim como nós, querem fazer a diferença.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente uma à outra, pela parceria e compreensão durante todo o processo de desenvolvimento deste trabalho, a Deus e às nossas famílias por nos proporcionar todas as oportunidades que nos fizeram chegar até aqui e por todo apoio, amor e compreensão durante esses anos de graduação.

Agradecemos também ao nosso orientador Allan Platt por ter nos dado todo o suporte e apoio necessário para tornar este artigo possível e a todos os nossos professores que fizeram parte da nossa formação acadêmica.

Por fim, gostaríamos de agradecer também ao falecido Celestino Killing, avô de Clara, por ser ter sido uma grande inspiração empreendedora, fundando a Killing, fonte de nosso estudo, e a todos os colaboradores da empresa que doaram seu tempo, enriquecendo nosso trabalho com informações valiosas.

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Quanto mais físico, mais copiável. Quanto mais intangível, mais difícil de ser comparado com o seu concorrente.

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RESUMO

O presente artigo apresenta estratégias sobre diferenciação de marca, por meio de atributos intangíveis. Para contextualizar, o objeto de estudo foi uma empresa do setor químico, mais precisamente de tintas e adesivos, buscando analisar sua situação atual e propor maneiras de se diferenciar dentro deste setor. Foram apresentados autores que abordam o tema da diferenciação e do valor intangível, bem como conteúdos adjacentes como branding, branding emocional, propósito e marketing de conteúdo. A fim de realizar a pesquisa foram utilizadas fontes bibliográficas e uma visita técnica a empresa, em que se pode entender sua essência e correlacionar com as principais ideias dos autores estudados. As propostas também foram embasadas em exemplos realizados por grandes marcas como Apple, Red Bull, Absolut, Netflix e outras. Além disso, as sugestões foram divididas em quatro temas centrais para que ficasse evidenciado o foco principal das ações sugeridas, dentre eles: mensagens atrativas e úteis aos olhos dos consumidores, diferenciação por meio de embalagens, experiência do consumidor e diferenciação nas redes sociais. Como resultado, a partir das propostas, foi factível identificar que é possível se diferenciar por meio de diversas estratégias, sendo elas novas ou até adaptadas de outras empresas e setores.

Palavras-chave: Diferenciação, Valor Intangível, Branding Emocional, Propósito, Marketing de Conteúdo.

ABSTRACT

This paper presents strategies on brand differentiation through intangible attributes. To put it in context, the object of study was a company in the chemical sector, more precisely paints and adhesives, seeking to analyze its current situation and propose ways to differentiate itself within this sector. Authors were presented addressing the topic of differentiation and intangible value, as well as adjacent content such as branding, emotional branding, purpose and content marketing. In order to carry out the research were used bibliographic sources and a technical visit to the company, in which was viable to understand its essence and correlate with the theory studied. The proposals were also based on examples made by major brands such as Apple, Red Bull, Absolut, Netflix and others. In addition, the suggestions were divided into four central themes so that the focus of the suggested actions was highlighted, among them: attractive and useful messages to consumers, differentiation through packaging, consumer experience and differentiation in social media. As a result, from the proposals, it was feasible to identify that it is possible to differentiate through various strategies, whether they are new or even adapted from other companies and sectors.

Keywords: Differentiation, Intangible Value, Emotional Branding, Purpose, Content Marketing.

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1 INTRODUÇÃO

Benvenutti (2018) aborda que se vive em um período de abundância, de fartura de opções, escolhas e possibilidades, em que os avanços tecnológicos derrubaram barreiras e transformaram o que era escasso em acessível, tornando produtos e serviços baratos disponíveis a todos e permitindo o consumidor a controlar o que consome.

Tais questões levam as organizações para um nível de competitividade extremamente acirrado, pois em tempos de informação facilitada, não é mais possível competir apenas com produto, preço, benefício e qualidade: as empresas necessitarão elevar sua imagem para outro nível para conseguir se diferenciar.

Para Porter (1985), a escolha de atributos diferentes de seus rivais é primordial para conseguir se diferenciar no mercado, pois uma empresa deve ser verdadeiramente única em algum aspecto ou ser percebida como tal, se quiser esperar um preço premium.

Kotler e Keller (2012) apresentam que uma das maneiras para uma marca se diferenciar de seus concorrentes, sem cair na comoditização de produto, é por meio do Branding Emocional, que consiste em uma comunicação de marca com componentes racionais e emocionais. Em quesitos emocionais, a autenticidade é um fator muito importante, pois pode evocar confiança, afeto e intensa fidelidade.

Reiman (2013) aponta que essas empresas reconhecidas como autênticas geram resultados emocionais, intelectuais e financeiros, e empresas guiadas por um propósito maior levam as marcas a um conjunto de valores intangíveis, sendo um deles, o amor de seus consumidores.

Para Thompson, Strickland III e Gamble (2008), quando os consumidores não conseguem perceber o valor único de uma marca, as estratégias de diferenciação da mesma falharam. Uma maneira de conseguir vantagem competitiva com base na diferenciação, está em incorporar fatores intangíveis, que podem estar relacionadas ao desejo dos compradores por status, imagem, prestígio, experiência, entre outros.

As organizações do setor industrial, particularmente as com produtos “indiferenciados”, ou como Levitt (1980) denomina, “commodities”, devem utilizar do processo de marketing como estratégia de diferenciação.

Pereira e Silva (2014) afirmam que no caso das especialidades vendidas ao consumidor final, além da inovação com os produtos, os investimentos em propaganda destinados à valorização das marcas, como no segmento de indústrias químicas,

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desempenham um importante papel no posicionamento e no sucesso competitivo das empresas.

Freire Junior (1999) mostra que no mercado de especialidades químicas, tanto empresas em fase de consolidação, tanto as já consolidadas, encontram dificuldades financeiras ao utilizar em seus portfólios produtos commodities e pseudocommodities, pois a falta de diferenciação gera uma alta competitividade.

Segundo dados da ABIQUIM (2017), a indústria química brasileira correspondeu a 2,4% do PIB do país no ano de 2016 e a 10,8% do PIB Industrial no ano de 2015, além de ser a nona colocada no ranking de faturamento líquido mundial, em 2016, com 916 fábricas em território brasileiro.

A empresa Killing S.A. Tintas e Adesivos é um empreendimento familiar com portfólio de aproximadamente 2500 produtos, entre eles tintas, adesivos e solventes. Fundada em 1962, por Celestino Killing no Rio Grande do Sul, é atualmente líder no segmento de adesivos para calçados na América Latina e uma das 10 maiores fabricantes de tinta no país. Com 57 anos de história e expertise em produtos químicos, desde o começo de 2019 a empresa vem passando por mudanças em sua estrutura interna, devido a necessidade de modernização e estruturação de algumas áreas e processos. Uma das áreas que está sendo reestruturada é a área de Marketing, com a contratação de novos membros que iniciarão uma implementação estratégica de marketing para a marca.

A partir dos conceitos abordados, é possível perceber cada vez mais a importância da diferenciação nas organizações, o objetivo do presente artigo é elaborar propostas de diferenciação para a Killing S/A, empresa do setor químico, com base em marcos teóricos e estratégias existentes no mercado que possam potencializar a aquisição de vantagem competitiva, agregando valores intangíveis à marca.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao não se diferenciar, Aaker (2015), reitera que uma marca corre o risco de entrar na acirrada concorrência de preços, passando a impressão de commodity, em que os clientes passam a se concentrar mais no preço do que na qualidade e diferenciais de seus produtos. Quando isso acontece, a empresa está propensa a ter uma significativa queda em seus lucros, perdendo a vantagem de preço premium que Porter (1985) traz como um dos ganhos da diferenciação.

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A facilidade de se cair em “comoditização” é para Rocha e Ignácio (2017) causada pelos avanços tecnológicos, que permitem com que pequenas marcas criem produtos quase tão bons quanto aos de marcas líderes. Portanto, não basta diferenciar apenas o produto, a diferenciação para obter vantagem competitiva, segundo Thompson, Strickland III e Gamble

(2008), deve possuir atributos não-econômicos ou intangíveis, relacionados ao desejo dos compradores por status, imagem ou o prestígio que a marca possa vir a transmitir.

Kotler e Keller (2012) afirmam que para atingir diferenciação e evitar a armadilha de commodity, a empresa deve utilizar a sua imagem, pois ao criar uma imagem poderosa e atrativa, dificilmente seus concorrentes conseguirão se equiparar. Corroborando com a ideia, Troiano (2016) acredita que as atribuições dadas às marcas são de alta relevância, pois além de ressaltar o diferencial competitivo, se tornam uma espécie de blindagem para as empresas, sinalizando sua reputação e as protegendo de eventuais incidentes.

Com o mesmo raciocínio, Aaker (2015) ressalta a importância de uma marca, pois a

mesma cria o potencial de apropriação de uma inovação, se tornando o indicador de

diferenciação da fonte de oferta, ao passo que inovações bem-sucedidas serão copiadas por concorrentes, fazendo com que a inovação por si só não seja suficiente, nem duradoura.

Para evitar esse efeito de comoditização, as empresas devem investir em suas marcas, relacionando as finalidades que acreditam que devam cumprir, como cita Troiano (2016), aos Sweet Spots de seus clientes: pontos ideais de interesses compartilhados entre a marca e eles, mais precisamente, pontos importantes que os deixem envolvidos e que os motivem a falar a respeito, como aborda Aaker (2015).

Com o objetivo de enfatizar o “boca a boca” promovido por esses interesses compartilhados, Ries e Trout (2009) salientam a importância de um posicionamento de marca, pois ele será o mediador para fornecer o material para a conversa entre as pessoas, alavancando a relevância da informação passada.

Kotler e Keller (2012) trabalham o assunto de posicionamento e gestão de marcas para diferenciação atrelado ao Branding Emocional, ou seja, posicionar as estratégias de marca com componentes racionais e emocionais, de maneira que sua comunicação sensibilize tanto a mente, quanto o coração do consumidor em questão. Para eles, benefícios emocionais são relevantes, pois podem evocar sentimentos de confiança e fidelidade.

Para Gobé (2009), o posicionamento de ser visto e sentido também é fundamental, porém não de maneira comum. Para se obter êxito é necessário criar programas que conectem e engajem os consumidores, com mensagens modulares em situações e lugares diferentes, criando algo atrativo e útil no cotidiano dos consumidores, como por exemplo, as estações de

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carregadores de celulares da Samsung em aeroportos, peças com design elegante que resolvem um serviço muito necessitado pela população.

O autor também comenta sobre Branding Emocional, o Branding atrelado a fatores mais humanos, movido a emoções que envolvem e influenciam as pessoas de dentro e de fora da organização. Tal questão se torna importante, pois quando uma marca interage com seus clientes em um nível emocional, a mesma ganha vida para os consumidores, criando uma relação profunda e duradoura.

Na mesma linha de pensamento, Rocha e Ignácio (2017), assim como Aaker (2015), conceituam que a identidade de marca é a soma de todos os seus componentes tangíveis e intangíveis, sendo eles benefícios funcionais, emocionais e de autoexpressão. A respeito de benefícios emocionais, Rocha e Ignácio (2017) descrevem alguns sentimentos dos consumidores no momento de se relacionar ao produto, como o prazer ao dirigir um carro BMW, o status ao usar um relógio Rolex, ou até a irreverência e descontração de usar uma Havaianas.

Aaker (2015) traz um estudo de segmento que descobriu que 47 comerciais de TV que possuíam benefícios emocionais atingiam resultados significativamente maiores de eficiência, em testes padronizados, do que 121 comerciais que só exibiam benefícios funcionais. Transcender os benefícios funcionais pode auxiliar a marca a criar barreiras, uma vez que eles são facilmente copiados e que é muito mais difícil copiar benefícios emocionais, valores e a cultura da organização ou até a personalidade da marca.

Uma forma de evocar benefícios emocionais conforme Gobé (2009), pode ser por meio de marcas com elementos surpresa em suas campanhas, pois elas têm maiores chances de criar um impacto emocional e um elo com o consumidor. Para exemplificar isso, o autor cita a campanha da Absolut Vodka, em que a marca criou diversos outdoors 3D, como uma garrafa excedendo 4 metros de altura em Los Angeles, onde diversos artistas jogavam diariamente várias camadas de tinta, e os famosos apartamentos na vertical que compunham o formato da garrafa da marca em Nova York, chamando a atenção de todos que passavam pelo local (imagem 1).

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Imagem 1. Outdoor da marca Absolut, em Nova York. Fonte: Pinterest, 2019.

Rocha e Ignácio (2017) alertam que dentro de um mesmo segmento de mercado as percepções de experiência do consumidor, muitas vezes, serão diferentes, o que torna a oferta de valor complexa, pois ao oferecer benefícios demais, querendo atingir todos do segmento, a marca acaba confundindo seu real público-alvo sobre sua verdadeira proposta de valor. Além de tais complexidades, os autores ressaltam o fator da concorrência, apresentando que toda vez que benefícios tangíveis são oferecidos, há grandes chances de os mesmos serem copiados, tornando o que um dia foi diferencial, um padrão. Para que isso não ocorra, os gestores de marcas necessitam fugir do senso comum e entregar benefícios além da concorrência.

Fugir do senso comum e do overposting causado pelas redes sociais pode ser algo complexo, mas segundo Gobé (2009), quando se expõe e compartilha emoções na internet em um nível mais pessoal, uma oportunidade se cria de construir um caminho inteligente para ganhar a confiança pessoal e crença dos consumidores, por meio de uma relação e diálogo de “coração para coração”, oportunizando às empresas compartilharem seus valores com seus consumidores.

O consultor em diferenciação de marcas Superti (2019), corrobora com a ideia de que as marcas devem fugir de benefícios tangíveis, trazendo a pirâmide do valor agregado (imagem 2). Na base na pirâmide encontram-se as marcas que vendem apenas “funções”, e que por esse motivo acabam na posição de maior concorrência, por não conseguir se diferenciar. Um exemplo de venda de funções seria “um carro que transporta do ponto A ao ponto B”.

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Imagem 2. Pirâmide do valor agregado, elaborada por Pedro Superti, “Fator X Live”, São Paulo, 2019.

Acima dessas marcas, encontram-se as que vendem “benefícios”, marcas estas, que apesar de conseguir apresentar pontos com diferenciais, os apresenta de maneira tangível e copiável. Um exemplo de venda de benefícios seria “um carro automático e com direção hidráulica”.

Para o consultor, as poucas marcas que conseguem realmente se diferenciarem, ocupando o topo da pirâmide, são aquelas que alcançam o intangível. Marcas que conquistam essa posição, ainda nos exemplos de carro, não vendem somente carros, vendem um estilo de vida, como Rolls-Royce, Audi e Ferrari.

Aaker (2015) que tinha pensamentos semelhantes à Superti (2019) alega que pesquisas sobre caminhonetes, por exemplo, sugerem que atributos racionais como durabilidade e recursos de segurança são considerados os mais importantes pelos clientes. No entanto, os atributos mais intangíveis como “aparência legal”, ser “divertido de dirigir” e “sensação de poder” têm maior probabilidade de influenciar os clientes, que, muitas vezes, não admitem que esses atributos supostamente supérfluos, são importantes. Na maioria dos casos, ainda segundo o autor, os clientes não têm motivação, tempo, informações ou competência para tomar decisões que maximizem resultados de desempenho e então projetam benefícios funcionais a partir de outras associações de marca. Tendo os benefícios emocionais/intangíveis, cria-se o poder de agregar riqueza, profundidade à marca e proporcionar a experiência de possuí-la e utilizá-la.

Kotler e Keller (2012) descrevem os aspectos intangíveis em categorias social e emocional/psicológica, na qual a primeira engloba questões como a percepção do

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consumidor, que pode ser influenciada por seu grupo social, sejam eles, família, amigos, colegas ou sócios. A segunda categoria compreende a capacidade de como uma oferta provoca estados afetivos, sentimentais e experienciais como conforto, segurança, atração, ou até receio e culpa.

Componentes intangíveis, assim como são difíceis de serem mensurados, têm também maior possibilidade de serem diferenciados. Esses componentes, quando abordados por Rocha e Ignácio (2017), são atributos relacionados à forma simbólica e emocional de uma marca, corroborando a visão de Kotler e Keller (2012), de que são emoções proporcionadas ao consumidor ao se relacionar com uma marca.

Uma vez que uma marca conquista um consumidor por meio de características intangíveis, uma conexão se forma de maneira tão profunda que se atinge a fidelidade de marca, um dos ativos mais importantes que uma marca possa ter, como aborda Aaker (2015). O autor justifica a sua importância ao afirmar que romper um elo de fidelidade é, além de difícil, muito caro para a concorrência.

Quando conquistada essa conexão e fidelidade, Rocha e Ignácio (2017) afirmam que sempre que um consumidor identifica determinada característica, sua mente o direciona para determinada marca, como o aroma do café da Starbucks, o ronco do motor de uma Harley- Davidson ou o vermelho em uma caixa de cigarros, associado à Marlboro. Marcas estas que conseguiram convencer seus consumidores de seus diferenciais.

Segundo Reiman (2013), uma maneira de alcançar diferenciação com valores intangíveis de marca, é por meio de propósito, em empresas capazes de gerar cenários de transformação, de influenciar e provocar mudanças que contemplem necessidades do próximo conquistam consumidores a um nível mais profundo e, consequentemente, mais duradouro. Marcas que possuem um propósito único e autêntico, como Rocha e Ignácio (2017) conceituam, tem poder maior de atrair consumidores, pois as pessoas são naturalmente envolvidas e mobilizadas por histórias e causas. Os autores trazem como desafio conseguir encontrar um propósito que consiga se conectar de verdade aos seus consumidores, sem que a marca perca sua cultura, essência e valores. Como primeiro passo para identificação de seu propósito, eles sugerem que as empresas se perguntem o que o mundo perderia se elas deixassem de existir.

Para Benvenutti (2018) quando se tem um propósito claro, gera-se algo muito mais profundo, movendo tanto seus consumidores, quanto colaboradores e investidores a passar a acreditar no que a empresa acredita, sonhar o que a empresa sonha e amar o que a empresa ama, sendo isso, um elemento intangível capaz de movimentar a organização como um todo.

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Hanlon (2007 apud KOTLER e KELLER, 2012), aborda o conceito de propósito como complexos sistemas de crenças das marcas, dizendo que cada marca deve carregar consigo um DNA próprio, capaz de repercutir paixão e fervor junto a seus clientes. Rocha e Ignácio (2017), por sua vez, acreditam que propósito vai além dos tradicionais atributos que uma marca carrega, tendo como principal fator as causas para qual contribuem.

Aaker (2015) explana que propósito pode ser visto como um “item obrigatório”, podendo se tornar a base para o sweet spot do consumidor, sendo algo que vai além da oferta, tal como a Pampers faz, com o site Pampers Village que dá dicas de cuidados com bebês; ou como a paixão demonstrada pela Whole Foods Market por alimentos orgânicos e saudáveis.

Reiman (2013) relaciona propósito ao terceiro W dos “3W’s”: who (quem), what (o quê), why (por quê), afirmando que apesar de no passado ser suficiente saber apenas para “quem” e “o quê” se está vendendo, hoje já não é mais o bastante, pois os consumidores querem sabem o “por quê” por trás das ações da marca, sendo esse seu propósito.

Corroborando com a perspectiva do “por quê” das marcas, Sinek (2018) traz a visão alternativa do “círculo dourado”, que explica como algumas organizações atingem um grau tão desproporcional de influência em relação a outras. O autor aborda o uso dos três níveis do círculo, “o quê”, “como” e “por quê”: “o quê” uma empresa faz, “como” ela faz e “por quê” ela faz, citando que todas as companhias sabem “o quê” fazem e “como” fazem, mas poucas sabem ou utilizam o “por quê” fazem, sendo esse aspecto o propósito da empresa, sua causa ou crença.

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Na visão de Superti (2019), o círculo dourado de Sinek (2018) pode ser exemplificado por meio de estratégias de marketing, utilizando como base as questões: “o que eu ofereço?” (“o quê”), “qual o meu método?” (“como”) e “no que acreditamos” (“por quê”), a fim de conectar o cliente à marca em aspectos tangíveis e intangíveis, criando conteúdo em todos os três níveis.

Uma forma de mostrar aos consumidores o “por quê” por trás de suas ações, o seu propósito ou no que a empresa acredita, está no posicionamento por meio de uma narrativa ou história, o storytelling, em que Ringer e Thibodeau (2008 apud KOTLER e KELLER, 2012) sugerem uma narrativa com base em metáforas que possam se conectar com os consumidores baseadas em memórias, associações e a história das pessoas.

A estratégia de contar histórias educa, entretém, envolve e ainda cria um impacto sobre o público consumidor, pois o conteúdo vai além das propostas de função e benefício de produto ou serviço, passando a transmitir a razão pela qual a organização existe. Ao fazer isso, Kotler,

Kartajaya e Setiawan (2017) explicam que se cria uma eficiência de marketing, alcançando

diferenciação e permitindo inclusive que se cobre mais por seus produtos, o já citado preço premium de Porter (1985).

As histórias clássicas, aquelas que para Aaker (2015) representam a alma da marca, são fontes poderosas de comunicação e armazenamento de informações, pois elas têm o poder de passar mensagens simples e/ou complexas de forma envolvente, memorável e autêntica. O autor ressalta que essas histórias refletem a tradição da empresa e podem se basear em experiências dos clientes ou decisões e ações dos funcionários, que proporcionam sentimentos e diretrizes à marca.

Uma maneira de contar histórias, se diferenciar e alcançar aspectos emocionais nos consumidores, se dá por meio de embalagens, estratégia muito usada por marcas de perfumes, por exemplo (GOBÉ, 2009). Seja por meio de frases, como o perfume Neblina de Yves Rocher: “Entre o céu e a terra, no mar de nuvens no alto da floresta Amazônica, uma névoa cintilante era liberada pela rara, delicada fragrância da natureza. Essa é a essência de Neblina”; ou pela criativa embalagem em forma de quebra-cabeças de Issey Miyake, que unia o perfume ao hidratante, criando desejo no consumidor de testar para ver se as peças realmente encaixavam. É transformar a embalagem em algo a mais, em uma peça de design, decoração, em um objeto de desejo.

Corroborando este pensamento, Superti e Den (2019) afirmam que a embalagem tem o poder de contar a história de como seu produto foi criado, qual sua visão de mundo e como as coisas acontecem na sua empresa, em segundos. Para exemplificar tal análise, os autores

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abordam as famosas caixinhas azuis de joias da marca Tiffany&Co., que se tornaram um objeto de desejo quase maior que a própria joia, assim como as caixinhas de suco infantil Birdy Juice, que de maneira criativa, conversam com seu público alvo e ainda possuem benefício multifuncional, podendo ser também um brinquedo.

Imagem 4. Embalagens de suco Birdy Juice. Retirado de Lovely Package, 2010.

Ao criar conteúdos com histórias envolventes e relevantes aos consumidores, as marcas conquistam a desejada posição de “vender, sem vender”, como apresenta Pulizzi (2016). Para o autor, os conteúdos produzidos pelas marcas devem atender às necessidades dos consumidores, com informações valiosas e convincentes para os mesmos. Kotler, Kartajaya e

Setiawan (2017) acrescentam que um bom marketing de conteúdo é aquele que apresenta

informações de alta qualidade e que beneficie os consumidores a alcançar objetivos pessoais e profissionais, mesmo que isso não contribua diretamente para o valor de marca, nem melhore o volume de vendas.

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) ressaltam a importância dos profissionais de marketing em transmitir conteúdos com um lado humano, de forma acessível, amável, vulnerável, autêntica e honesta, admitindo inclusive suas falhas, caso necessário. As marcas movidas por valores básicos, centradas no ser humano, conseguem criar laços de amizade com o consumidor, podendo ser a chave para diferenciação na era digital de informações em excesso.

A vantagem do marketing de conteúdo, na visão de Gobé (2009), se dá pela diferenciação do marketing em massa, realizado por grande parte das marcas hoje em dia, que focam em postar excesso de informações, muitas vezes irritando o público-alvo com mensagens insistentes e indesejadas. Aaker (2015), também ressalta que criar conteúdos que

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se conectem aos sweet spots dos clientes ajudam a marca a se destacar e a se concretizar em tempos de overdose de mídias sociais.

Gobé (2009) ainda relaciona que ser conhecido não significa ser amado, portanto se a marca deseja conquistar o amor de seus clientes, deve encontrar algo que convenha com as aspirações dos mesmos, pois segundo o autor, os consumidores pensam mais com seus corações do que com suas cabeças na hora de tomar uma decisão de compra.

Sintetizando todos os assuntos abordados, marcas necessitam trabalhar aspectos emocionais, ou seja, questões intangíveis, para alcançar a diferenciação de marca, atualmente. Marcas que criam conteúdos abordando tais aspectos alcançam maior êxito, tanto em termos de reconhecimento, fidelidade e amor, quanto em termos financeiros, que se torna uma consequência dos anteriores. Conquistar a fidelidade e amor dos clientes, além de importante para sua diferenciação dentre os demais, é essencial para sua perpetuação no mercado.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A natureza desta pesquisa é descritiva aplicada, em que se analisou estratégias e propor possíveis soluções para que a empresa estudada alcance a diferenciação de marca, por meio de atributos intangíveis.

A abordagem da pesquisa é de caráter qualitativo contendo dados primários e secundários, em que foram utilizadas fontes bibliográficas como referência, documentos fornecidos pela organização e o método de observação simples e entrevistas informais e focalizadas conforme Gil (2008), para descrição do estudo.

Para a realização da pesquisa, as autoras passaram três dias integradas à rotina da empresa, onde pode-se observar e conversar com diversos integrantes da equipe. Foi possível entrevistar o presidente da empresa, bem como o diretor comercial e de marketing, gerente de marketing, gerente de produção e colaboradores dos setores de gestão de pessoas, marketing e segurança do trabalho.

A inserção na empresa foi realizada entre os dias 8 e 10 de julho de 2019, durante o horário comercial. As entrevistas não tiveram roteiro específico e as perguntas foram feitas conforme surgiam dúvidas ou questionamentos diante dos relatos dos profissionais. Dentre os assuntos abordados estiveram a trajetória da empresa, rotina de trabalho, estratégias utilizadas, desafios a serem superados e posicionamento de marca, sempre com foco nas atividades voltadas ao marketing. Ao final, foi realizada uma visita guiada à parte industrial

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da empresa, onde pôde-se ver como funcionam os processos de produção, estoque e segurança do trabalho.

Para análise de dados da pesquisa qualitativa, foram utilizados dados de fontes bibliográficas como benchmarking para realização de sugestões de melhorias as questões identificadas nos documentos fornecidos, na observação e nas entrevistas realizadas durante a inserção na Killing S.A.

As limitações metodológicas caracterizam-se pela falta de uma pesquisa mercadológica com foco no consumidor, onde além dos cases para benchmrking, também se saberia a opinião do cliente para o embasamento das propostas.

4 O ESTUDO

4.1 História da Killing

Fundada em 1962, na cidade de Novo Hamburgo, pelo empreendedor Leopoldo Celestino Killing, a Killing S.A. Tintas e Adesivos surgiu quando seu fundador, na época atuando como pintor, recebeu uma proposta interessante. Um de seus clientes lhe ofereceu uma fábrica de tintas para couro e solados, constituída apenas por algumas fórmulas, poucos equipamentos e um funcionário, por um preço extremamente acessível. Celestino enxergou na proposta uma grande oportunidade e realizou a compra vislumbrando o crescimento do mercado calçadista da região (KILLING, 2017).

Inicialmente a empresa foi chamada de Killing Ltda. e possuía um quadro societário composto por Celestino, seu cunhado e seu irmão. Nessa época a fabricação acontecia em um pequeno ateliê nos fundos da casa do fundador. Em 1968, visando crescimento, a empresa passou a ser sociedade anônima e suas ações começaram a ser vendidas para conhecidos, familiares e amigos, o que permitiu que no ano seguinte fosse adquirido um terreno para a construção da fábrica, local em que a empresa se situa até hoje (KILLING, 2017).

Poucos anos depois, a Killing comprou a empresa Tintas Tucano, e com ela expandiu seu portfólio de produtos, passando também a produzir tintas esmaltes, PVAs e adesivos para calçados. Além disso, a empresa incorporou o símbolo do tucano, que desde então passou a ser a sua logomarca (KILLING, 2017).

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No final da década de 1980, Celestino, pai de 9 filhos, decidiu doar suas ações aos seus herdeiros de forma igualitária, por meio da holding Kielos (Killing + elos). Com a doação, o patriarca deixou também para seus filhos a responsabilidade de cuidar financeiramente dele e de sua ex-esposa Hertha até o fim de suas vidas. Em 2002, a presidência da empresa foi transferida para o seu sétimo filho, Milton Killing, devido a decisão de sua aposentadoria oficial (KILLING, 2017).

Hoje, Milton é o único membro da família a trabalhar dentro da empresa, na qual o restante dos sócios participa por meio de Conselho de Família e Conselho de Administração, com o objetivo de acompanhar os resultados e cuidar dos interesses da família, desde financeiros à integração, comunicação e sucessão de sócios (KILLING, 2017).

4.2 Cenário Atual da Killing

Com 57 anos de história, a Killing, que começou em um ateliê no fundo de um quintal, tornou-se líder no segmento de adesivos da América Latina e uma das 10 maiores empresas no segmento de Tintas Imobiliárias e Industriais. Além da matriz em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, construiu 4 filiais, sendo uma em Simões Filho, na Bahia, fábrica de adesivos para calçados, atendendo as indústrias da região Nordeste e Sudeste; uma em Buenos Aires, na Argentina, pequena unidade produtiva de adesivos que atende as indústrias calçadistas daquele país; uma na Cidade do México, no México, como distribuidora de adesivos para indústria calçadista local e de países vizinhos; e a última em Curitiba, no Paraná, destinada à produção de massas e tintas à base d’água para a construção civil.

A parte administrativa da empresa é centralizada na matriz, localizada em Novo Hamburgo, assim como laboratórios e parte fabril de tintas e adesivos, enquanto as filiais são responsáveis somente pela sua respectiva operação. A empresa está sempre em busca de simplificar seus processos e hoje possui uma estrutura mais enxuta que no passado.

A Killing é dividida em duas unidades de negócio: Adesivos e Tintas. A unidade de Adesivos vem tendo o desempenho acima das expectativas, alcançando liderança no mercado da América Latina e representando 60,27% do faturamento total da empresa. Esta unidade fornece matéria-prima para indústrias calçadistas e moveleiras, além de atuar em revendas especializadas do mesmo segmento.

A unidade de Tintas, por sua vez, representa 39,73% do faturamento da empresa e é subdividida entre Tintas Industriais e Tintas Imobiliárias. A primeira atende segmentos de

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implementos rodoviários, como máquinas agrícolas, ônibus, caminhões, além de indústrias moveleiras e segmentos de acabamentos para couro. A segunda subdivisão, mais popular entre os consumidores finais, comercializa tintas, vernizes, massas e texturas para revendas, como lojas de materiais de construção, ferragens, home centers e construtoras.

A empresa possui como desafio a característica de suas vendas serem extremamente técnicas em ambas as unidades. Quando se fala em vendas entre empresas, as vendas técnicas são facilitadas, pois a pessoa do outro lado da negociação entende e sabe pelo o que procura, auxiliando o desempenho atual de Adesivos e Tintas Industriais. Tratando-se de vendas de produtos técnicos para o consumidor final, entretanto, como no caso das tintas imobiliárias, que são usadas geralmente de 4 em 4 anos, os clientes costumam levar em consideração a opinião dos especificadores (balconista, pintor, arquiteto) para a tomada de decisão. Além disso, buscam a familiaridade com a marca em questão, pois na falta do conhecimento técnico, as pessoas costumam procurar por algo que lhes é familiar.

Com o objetivo de melhorar sua performance na unidade de negócios de Tintas, a empresa traçou como estratégia de marketing focar na região do Sul do país, mais especificamente no estado da matriz, onde a marca possui mais forças. Tal estratégia corrobora com as ideias de Ries e Trout (2009), de que quando se possui uma determinada quantia de orçamento, é mais adequado gastar mais em uma única região do que gastar menos em várias, pois se alcançar sucesso nesse único território, a estratégia pode se estender para outros no futuro.

Para implementar a estratégia, a empresa decidiu desenvolver melhor seu departamento de Marketing, contratando um gerente de marketing e um especialista em inteligência de mercado. Anteriormente, a área era composta por apenas 4 colaboradores, responsáveis pelo design de embalagens de mais de 2500 produtos, feiras, e prestação de assessoria a empresas terceirizadas, para realização da publicidade e comunicação externa. Antes da percepção de mudança, as ações de marketing da Killing constituíam-se em comunicação de produto pelas redes sociais, outdoors, trade marketing nos pontos de venda, pinturas de estádios de futebol, como o Olímpico, do Grêmio, Beira Rio, do Internacional, Ressacada, do Avaí, Arena Condá, da Chapecoense, entre outros. A empresa também realizou ações diferenciadas, como a campanha do “Homem Amarelo” pela cidade de Porto Alegre e a pintura da faixa de pedestres de rosa do Hospital Santa Casa de Misericórdia para a campanha Outubro Rosa, abraçando a causa do câncer de mama (imagem 5).

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Imagem 5. Ações de marketing da Killing. Acima, o “Homem Amarelo”. Abaixo, pintura da faixa de pedestres do Hospital Santa Casa de Misericórdia, para a campanha Outubro Rosa. Montagem a partir do Portal Free

Shop e Killing, 2019.

Além de ações de marketing, a empresa carrega em seu DNA a promoção de ações para ajudar a comunidade em que está inserida, como o evento beneficente “Meio Frango - Simplesmente Juntos”, em que os funcionários e familiares se voluntariam para preparação de frangos assados e toda a verba das vendas é revertida para instituições de caridade. Assim como o “Meio Frango”, a empresa está constantemente doando tintas para restauração de edifícios abandonados e escolas.

Apesar de possuir ações diferenciadas, com propósito e que conversem com o público, algumas das ações poderiam ter alcançado maior reconhecimento, explorando melhor a marca, como no exemplo da faixa de pedestres, em que em nenhum lugar o nome Killing ficou exposto, além da pouca divulgação pela imprensa local. Essas ações poderiam ter gerado resultados positivos para empresa se o público pudesse reconhecer a marca em algum momento durante a ação, algo simples, como no uniforme do homem pintando a faixa, por exemplo, demonstrando que a Killing apoia e abraça esse tipo de causa de forma sutil.

4.3 Propostas

Conectando o marco teórico e exemplos apresentados com o cenário de marketing da empresa em questão, somados à situação de mudanças e crescimento pela qual a mesma está

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inserida, as autoras irão propor alternativas de ações, embasadas em benchmark que possam vir a resultar em valores intangíveis de marca para a Killing. Com eles, a empresa poderá atrair a atenção e até conquistar o coração de seus consumidores.

A) Mensagens atrativas e úteis aos olhos dos consumidores

Iniciando a partir das premissas de Gobé (2009), de que as marcas precisam criar mensagens atrativas e úteis no cotidiano dos consumidores, como o exemplo citado dos outdoors da vodca Absolut, e como o das estações de carregadores de celular da Samsung em aeroportos, a Killing poderia utilizar do poder das cores para “pintar” situações criativas. Poderia concretizá-las por meio de outdoors interativos e parcerias com artistas, que segundo Díaz e Martin (2016), foi a estratégia que elevou a vodca da marca Absolut a um nível artístico, sendo este um atributo intangível que vai além de apenas o produto. Essa estratégia pode ser unida ao humor, levando aspectos que deixem o dia a dia dos seus consumidores alvo mais leves e coloridos, seja no caminho para o trabalho, no trânsito, ou até em momentos de lazer. Gobé (2009), explica que se você consegue fazer alguém rir, essa pessoa vai se sentir amigável em relação a você e, possivelmente, lembrar de você em momentos posteriores.

Como citado anteriormente, a empresa já utilizou a estratégia de criar situações criativas e úteis no dia a dia do consumidor, com a ação feita do Homem Amarelo e a faixa de pedestres cor-de-rosa, com o objetivo de conscientizar a população sobre uma causa. Tais ações podem ser revitalizadas e voltarem a serem trabalhadas pelas empresas. Uma forma de revitalização da campanha do Homem Amarelo seria tanto aplicá-la em novas cidades, quanto utilizar a ideia em novas cores e com mais pessoas, criando um grupo que forme as cores do logo da empresa (amarelo, azul e alaranjado), por exemplo. Outra forma de inovar essa campanha seria substituir o Homem Amarelo por um tucano, símbolo da empresa.

A campanha da faixa de pedestres cor-de-rosa, por sua vez, pode ser incorporada por novos hospitais e mudar de cor a cada mês, conforme a cor da causa. Em setembro pode ser amarela, para a campanha de prevenção ao suicídio; em outubro ser cor-de-rosa, para a campanha de prevenção do câncer de mama, e em novembro ser azul, para a campanha de prevenção do câncer de próstata. Outra maneira de revitalizar a campanha, lembrando sempre de evidenciar a marca, seria incorporando a arte no design dessas pinturas, fugindo do convencional e criando situações “instagrameáveis”, mais precisamente, situações em que as pessoas sentem a necessidade de bater uma foto e compartilhar nas redes sociais.

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Imagem 6. Inspirações para faixa de pedestres. Montagem a partir dos sites Catraca Livre (2015), Holandesando (2018) e Zupi (2019), respectivamente.

B) Diferenciação por meio de embalagens

Segundo o estudo Packaging Matters da Meadwestvaco Corporation (2015), o poder das embalagens citado pelos autores Gobé (2009), e Superti e Den (2019), não pode passar despercebido, apontando que 60% dos consumidores brasileiros acreditam que a embalagem é um relevante fator de satisfação e 20% se tornaram fãs de uma marca por causa da embalagem.

Levando em consideração a versatilidade que uma lata de tinta pode ter devido a seu tamanho e formato, a Killing, que apesar de precisar utilizar boa parte do espaço para especificações técnicas de produto, pode aproveitar o uso de embalagens para intensificar seu posicionamento e gerar valores intangíveis de marca. Utilizando o exemplo dos sucos Birdy Juice (SUPERTI; DEN, 2019), apresentados anteriormente na imagem 4, a empresa poderia criar uma embalagem de tintas versão infantil, reforçando seu cuidado pela saúde e pela família do consumidor, com produtos à base de água e que possa se tornar reutilizável depois pelos pais, como uma lata que se torna um porta-brinquedos.

Outra maneira possível de se aproveitar os benefícios das embalagens, segundo Superti e Den (2019), e Gobé (2009), é a de contar histórias: como o seu produto foi criado, como sua empresa foi fundada e qual sua visão de mundo. Desta maneira, a empresa poderá intensificar sua posição como marca gaúcha, brasileira, e explorará a história de seu fundador, que, iniciou como um pintor com poucos recursos e conseguiu transformar a Killing em uma empresa líder da América Latina. Segundo Aaker (2015), o ato de contar a tradição de um fundador ou o que estabeleceu a essência da marca pode ser um fator importante na comunicação e inspiração de seus consumidores. Contar histórias sobre as

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raízes da marca tende a ser uma experiência rica e relevante, destacando a marca entre outros produtos. O autor reforça, ainda, que a marca pode alcançar enorme credibilidade ao se atrelar a uma cultura, mas não se pode esquecer que no caso da Killing, uma empresa internacional, essa estratégia deve ser cuidadosamente analisada, já que o que funciona para uma região, não necessariamente irá funcionar para outra.

Para ressaltar a cultura regional dentro das embalagens, é possível criar nomes e layouts para tintas remetendo a símbolos considerados tradicionalmente gaúchos, como por exemplo: “verde erva mate”, “laranja bergamota”, “marrom acampamento farroupilha”, “branco chimango”, e outras diversas possibilidades.

C) Experiência do consumidor

Mais uma forma de conquistar a mente e o coração dos consumidores é por meio de uma experiência diferenciada, por meio do layout das lojas. Rocha e Ignácio (2017), trazem o exemplo das lojas da Apple, que segundo a Forbes Brasil (2019) e a Interbrand (2019), é a marca mais valiosa do mundo. A marca possui lojas com um layout limpo, onde não há caixas para o pagamento, nem departamento de embalagem, buscando destacar seus produtos. Há apenas os vendedores, que se destacam pelo vasto conhecimento sobre a marca e principalmente sobre os produtos. A Killing poderia apostar nessa mesma estratégia para chamar a atenção dos clientes, afinal, uma loja livre de distrações onde o foco é o produto, o vendedor e especificador da venda, que entende e sabe indicar a melhor opção para a necessidade do cliente, pode ser uma grande alternativa. O cliente se sente especial e passa a criar empatia pela marca e os atributos que ela entrega, além da qualidade do produto.

Vale a pena ressaltar que para essa estratégia ter seus resultados é necessário voltar sua atenção para os vendedores também, que precisam se sentir especiais e valorizados pela empresa, além dos treinamentos para que estejam capacitados a passar aos clientes todo e qualquer conhecimento sobre o produto e sobre a marca.

Para aprimorar os eventos que já são desenvolvidos pela Killing, é possível agregar também a experiência. Nesse quesito, os autores Rocha e Ignácio (2017), enfatizam o a empresa Red Bull, que realiza eventos com o objetivo de construir experiências vinculadas à marca. O Red Bull Stratos, evento realizado pela marca, transmitiu ao vivo pelo site da empresa um paraquedista que fez um salto da estratosfera. A transmissão do evento gerou 8 milhões de visualizações ao vivo, além de toda a exposição global gerada pela ousadia da ação. O tamanho da exposição pode ser atribuído a dezenas de milhares de dólares, devido ao

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seu alcance, e permitiu a marca enfatizar seu posicionamento e seu famoso slogan “Red Bull te dá asas” (FORBES, 2012).

Ao buscar esse aprimoramento, a Killing poderia realizar mais eventos, para integrar a comunidade e os consumidores de forma mais experiencial, como visitas à fábrica abertas ao público, para entender como funciona o processo de produção das tintas e adesivos; promover minicursos para balconistas, pintores e arquitetos e para a população em geral; convocar a comunidade para eventos beneficentes que a Killing já apoia e “patrocina”, como doar tintas para pintar escolas, com um convite para que a população regional ajude a pintá-las, por exemplo, entre outras opções.

Dentro da categoria de eventos beneficentes, a empresa já possui o evento “Meio Frango - Simplesmente Juntos”, citado anteriormente, que envolve desde seus colaboradores, à família dos mesmos e voluntários externos em prol de uma causa. O “Meio Frango” está mais relacionado ao propósito da empresa em ajudar, do que necessariamente as funções que a mesma executa, o que torna a causa mais genuína aos olhos do consumidor.

Outra causa que a empresa poderia abraçar é a da sustentabilidade, podendo convidar seus consumidores para um dia de caminhada pelas praias do sul do estado da matriz, com o intuito de recolher resíduos poluentes em prol do meio ambiente, por exemplo. Toda a ação poderá ser feita com as pessoas uniformizadas de camisetas e bonés com o nome e logo da empresa e filmada por drones ao longo da costa. A ação não apenas geraria material para a empresa divulgar em suas redes sociais, como se conectaria aos sweet spots de seus clientes que abraçam a causa. Além disso, todos os resíduos recolhidos poderiam ser doados a cooperativas que possam reciclá-los e devolvê-los à cadeia de produção, ajudando não só o meio ambiente, mas também pessoas das cooperativas, que estariam se beneficiando financeiramente com a venda desses resíduos.

D) Diferenciação nas redes sociais

Explorar as redes sociais de maneira intangível é o que diferencia marcas em tempos de overposting, mais especificamente, tempos em que há marcas demais postando conteúdos demais, que não agregam nada, ou muito pouco à vida do consumidor.

Analisando a pirâmide de valor agregado (imagem 2) trazida pelo autor Superti (2019), fica claro que as empresas que vendem funções, ou seja produto, ficam na posição de maior concorrência, correndo maiores riscos de se tornarem commodities. Nas redes sociais, isso não é diferente.

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Uma empresa que realiza isso com maestria é a Netflix, que segundo Melo (2019), se comunica de forma humanizada, com humor, sarcasmo e carinho, utilizando a linguagem dos internautas e se colocando em uma posição horizontal de convivência, com o objetivo de se mostrar capaz de entender seus clientes de igual para igual. A Netflix, de acordo com a Forbes Brasil (2018), possuía mais de 48 milhões de usuários ao redor do mundo, apenas em 2014.

Sendo assim, a Killing deveria explorar mais a sua comunicação online com mensagens com significado, atendendo às necessidades dos consumidores, com informações valiosas e convincentes para os mesmos, como informa Pulizzi (2016). Assim como Kotler, Kartajaya e

Setiawan (2017) acrescentam que essas informações devem beneficiar os consumidores a

alcançar objetivos pessoais e profissionais, mesmo que isso não contribua diretamente para o valor de marca e nem melhore o volume de vendas.

Uma maneira da empresa incorporar essa proposta poderia ser criando tutoriais úteis de como utilizar seus produtos de forma prática e eficiente, ensinando, inclusive, a forma correta de como descartá-los para não prejudicar o meio ambiente ou formas de se reutilizar as embalagens para outros meios, como transformar os galões de tintas em vasos, ou bancos.

Outra opção, ainda, seria apresentar maneiras criativas de transformar ambientes utilizando as cores produzidas pela empresa. Apresentar tendência de cores da próxima estação ou quais cores são escolhas certeiras para se utilizar no ramo dos negócios, em ambientes acadêmicos ou em lugares com mais descontração. Mostrar aos clientes como as paletas de cores podem influenciar no humor das pessoas, por meio de comunicação interativa, com posts informativos, vídeos e tutoriais, para gerar interesse dos clientes pelos conteúdos que a Killing fornece.

Também é possível postar vídeos com depoimentos, apostando nas histórias clássicas abordadas por Aaker (2015), com pessoas pertencentes à família Killing, por exemplo, contando como a fábrica começou ou como foi viver parte de sua infância “dentro” de uma fábrica como a Killing, além de relatos de funcionários falando sobre suas trajetórias dentro da empresa e até de clientes contando sobre sua experiência com a Killing.

Além de atrair a atenção dos consumidores online por meio de mensagens com significado, é interessante explorar a interação com os mesmos nos comentários, tirar dúvidas e publicar feedbacks para que os clientes se sintam importantes e para enfatizar a credibilidade da marca. Criar stories no Instagram é uma excelente forma de interagir com o público: por meio de caixas de perguntas, os clientes poderão tirar suas dúvidas e fazer perguntas que serão respondidas pela empresa. Esse trabalho poderá ser assumido pelo CEO

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da empresa, uma vez por mês, tornando essa ação de interação diferenciada e mais uma vez, fazendo com que os clientes se sintam especiais e valorizados.

Para sintetizar as propostas apresentadas foi elaborado um quadro contendo as ações sugeridas para a Killing, objeto deste estudo.

PROPOSTAS A) Mensgens

atrativas e úteis aos olhos dos consumidores

Outdoors interativos e parceria com artistas.

Aplicar a campanha do homem amarelo em outras cidades, com mais homens para formar as cores da empresa ou utilizar o tucano logo da mesma.

Incorporar faixas de pedestres em novos hospitais conforme cores das causas mensais. Aplicar arte no design das faixas de pedestres criando situações instagramáveis. B)

Diferenciação por meio de embalagens

Embalagem de tinta versão infantil onde a lata se torna um porta brinquedos. Contar histórias de como seu produto nasceu, a visão de mundo da empresa, reconhecendo sua posição

como marca brasileira, gaúcha e enaltecendo a história de seu fundador.

Criar nomes e layouts para tintas remetendo a coisas tradicionalemente gaúchas, ressaltando a cultura regional.

C) Experiência do consumidor

Layout das lojas limpo buscando destacar os produtos.

Agregar experiência, integrando a comunidade, promovendo visitas à fábrica e minicursos. Convocar a comunidade para eventos que a Killing já apoia e patrocina.

Abraçar a causa da sustentabilidade realizando novos eventos, promovendo dias de caminhadas para coleta de lixo em praias e doar os resíduos recolhidos para cooperativas que possam reciclá-los.

D) Diferenciação

nas redes sociais

Explorar a comunicação online com mensagens com significado.

Criar tutoriais de como utilizar seus produtos de forma rápida e eficiente, ensinando também a forma correta de descartá-los.

Mostrar formas de reutilizar as embalagens para outros meios ou até de os transformar em outras coisas. Destacar maneiras criativas de transformar ambientes com as cores: apresentar têndencias de cores e

quais tons de cores devem ser mais utilizados em determinados ramos.

Informar aos clientes como as cores podem influênciar no humor das pessoas através de comunicação interativa.

Divulgar vídeos com depoimentos de famíliares da Killing contando histórias sobre a fábrica, relato dos funcionários sobre suas trajetórias e de clientes contando suas experiências com a marca. Interação no Instagram entre os consumidores e a empresa, através do CEO, tirando dúvidas,

respondendo perguntas, realizando lives. Quadro 1. Síntese das propostas. Elaboração própria.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste artigo é analisar estratégias de se diferenciar no mercado e propor para a Killing S/A formas de fugir da comoditização, agregando atributos intangíveis à sua marca e gerando vantagem competitiva.

As propostas foram divididas em quatro temas principais: no tópico referente às mensagens atrativas, o foco é possibilitar estratégias para que o cliente identifique e reconheça a marca; nas embalagens, mostrar inúmeras formas de usá-las para encantar o

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público; nas experiências, ações para que o consumidor possa se conectar com a marca; e nas redes sociais, como criar conteúdo que gere interesse e engajamento.

Foi possível perceber como ideias de diferentes setores correlacionadas aos marcos teóricos, podem ser adaptadas para novas realidades e produtos, apontando, assim, que diversos tipos de negócios podem se diferenciar por meio de atributos intangíveis. Também se percebeu o quão importante é falar de diferenciação, principalmente na atualidade, em que tudo é passível de concorrência.

Dessa maneira, fica evidente que é exequível se diferenciar independente do setor. Cabe a Killing, entretanto, bem como a outras empresas, usar e se inspirar nas propostas e ideias aqui apresentadas e adaptá-las conforme sua realidade, seja ela setorial, estrutural ou orçamentária.

As limitações do estudo caracterizam-se pela falta de aplicação das propostas dentro da empresa estudada, por se tratar de uma pesquisa que se baseia diretamente em uma correlação com os marcos teóricos e exemplos apresentados. Sendo assim, embora os fundamentos apontem que seja possível, não se pode garantir que as implementações e resultados serão os mesmos que foram para as grandes empresas citadas.

Sugere-se para estudos posteriores, analisar quais dessas e outras estratégias foram implementadas pela Killing e seus resultados, além de mais estudos com foco na diferenciação, tema que em tempos de abundância de produtos e grandes avanços tecnológicos é de alta relevância para todas as organizações.

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