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Vista do A ira de Deus: estudo bíblico teológico e proposta homilética | Kerygma

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Academic year: 2021

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pp. 194-198

RESUMOS DE DISSERTAÇÕES E TESES

A IRA DE DEUS: ESTUDO BÍBLICO TEOLÓGICO E PROPOSTA HOMILÉTICA

Emilson dos Reis

Tese defendida em dezembro de 2009 Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP

Orientador: Reinaldo W. Siqueira, Ph.D.

emilson.reis@unasp.edu.br

Tópico

A pesquisa estudou a ira divina, como entendida por teólogos conservadores e por Ellen White, sistematizou o tema e ofereceu uma proposta homilética na forma de esboços de sermões.

Propósito

O objetivo da pesquisa é primordialmente pastoral, pois busca oferecer uma sistematização detalhada do tema da ira de Deus e uma série sugestiva de esboços de sermões, que esteja disponível para uma abordagem eficaz no âmbito da pregação.

Fontes

Este estudo foi fundamentado em pesquisa bibliográfica que investigou as análises e observações feitas por teólogos que estudaram o tema da ira de Deus nas Escrituras, e seguiram uma abordagem cristã conservadora, e os escritos de Ellen White.

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A ira é uma das perfeições divinas e retrata sua aversão ao pecado. Os vocábulos hebraicos e gregos empregados no texto bíblico a descrevem tanto como uma paixão violenta como uma atitude racional frente ao pecado. Ela tem uma característica presente e outra escatológica. É uma expressão justa e natural de sua santidade, mas também do seu amor que foi desprezado ou abusado. Diferentemente da ira humana e da ira dos deuses da mitologia pagã, ela não inclui muitos dos aspectos negativos tão comuns a estas. Antes, é sempre seu desprazer e reação contra o mal, inteiramente previsível, coerente, constante e imutável, em perfeita harmonia com sua justiça e santidade. Até o dia final do julgamento será temperada com misericórdia, buscando de uma maneira adequada, preservar a ordem e promover a paz.

Esta ira de Deus tem sido uma realidade no mundo dos homens desde o surgimento do pecado e permanecerá atuante até a extinção do mal e a restauração de todas as coisas. Seus efeitos são percebidos em nossa própria natureza ímpia e perversa, no afastamento de Deus (o qual deixa o pecador contumaz seguir seu próprio caminho) e nas punições, sendo que algumas são conseqüências naturais dos atos de pecado e outras, penalidades diretas impostas por Deus como juiz. Em seu sentido escatológico a ênfase recai sobre o castigo que os ímpios – Satanás, seus anjos e os homens impenitentes – terão ao se encerrar a história humana. Ao final, todos compreenderão tanto a ira como o amor de Deus e proclamarão sua perfeita justiça.

Com respeito à relação de Cristo com a ira divina, o exame do texto neotestamentário demonstrou que a ira de Deus era uma característica tanto da vida quanto dos ensinos de Jesus e que, em todos os casos, ela despertou quando sua misericórdia foi desprezada. Mas ele não apenas possuiu essa ira, ele também a sofreu. Embora o derramamento de seu sangue tenha sido a revelação direta do amor do Pai para conosco, foi também o impedimento direto da ira do Pai contra nós. Sua morte foi tanto uma expiação quanto uma propiciação e, como tal, evidenciou o perdão de Deus, mas também sua justiça, como fundamento para esse mesmo perdão. Ali, Deus satisfez suas próprias exigências santas e voltou contra si mesmo sua ira justa que o pecador merece. Por essa razão, Deus pode ser, simultaneamente, justo e justificador de todo aquele que crê. Dando continuidade à sua obra de salvação, Cristo atua como intercessor, ouvindo nossa confissão de pecados e intercedendo continuamente por nós, aplicando em nosso benefício o que ele realizou na

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cruz. Acrescente-se ainda que, se Cristo retratasse somente os atributos pacíficos de Deus, não seria a plena revelação de Deus, mas apenas uma revelação parcial. Por isso, ele também foi apontado como o executor da ira de Deus. Em sua soberania Deus estabeleceu que o destino eterno do homem estivesse ligado à sua pessoa. O homem se salva ou se perde em função de sua relação com Cristo. Ou aceita o sangue do Cordeiro ou a ira do Cordeiro.

Levando-se em conta a realidade de que o tema da ira divina se encontra distribuído ao longo de todo o texto sagrado e que, ao lado da misericórdia de Deus, é parte integrante da mensagem central da Bíblia e do Evangelho, pode-se considerar que a pregação cristã deve incluir mais do que a vida abundante que vem de Deus quando manifestamos fé em Cristo. Faz-se necessário pregar e ensinar sobre a ira divina e a condenação que vem sobre todos aqueles que recusam a misericórdia de Deus. Desse modo, o anúncio de salvação está indissoluvelmente ligado à pregação da ira de Deus sobre os homens e a comissão do pregador é proclamar a mensagem de que todos estão sob a ira de Deus até que eles creiam no Senhor Jesus Cristo.

THE WRATH OF GOD: A THEOLOGICAL BIBLICAL STUDY AND A HOMILETICAL PROPOSAL

Topic

This research has studied the divine wrath from conservative theologians’ and Ellen White’s perspective. It also systematized the theme and offered a homiletical proposal as sermons’ outline.

Purpose

The purpose of this research is primarily pastoral, since it aims to present a detailed systematization of God’s wrath theme and a series of suggestive sermons outlines that will provide an effective approach on the topic for preachers.

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Sources

This study was based on an investigated bibliographical research with analysis and observations performed by theologians who studied the God’s wrath theme on Scripture and followed a conservative Christian approach and Ellen White’s writings.

Conclusions

Wrath is one of the divine perfections and portrays God’s repulse to sin. The Greek and Hebrew words used on the biblical text describe it as a violent passion as well as a rational attitude against sin. It has a current as well a scatological characteristic. It expresses God’s holiness fairly and naturally, and also of His love that was abused and forsaken. Unlikely the human wrath and the mythological pagan god’s wrath, it does not include many of the negative aspects of both. Instead, it always shows His displeasure and reaction against evil, completely predictable, coherent, constant, and unchangeable in a perfect harmony with His justice and holiness. Even up to the final judgment day it will be mingled with mercy, trying in a proper way to preserve order and promote peace.

God’s wrath has been a reality in men’s world since sin appeared and will remain there until evil’s extinction and the restoration of all things. Its effects are noticed in our own evil and perverse nature, in God’s separation (which makes the hardhearted sinner follow his own way), and in the punishment, considering that some of them are natural consequences of sin, and others, direct punishment imposed by God as Judge. In its eschatological sense, the emphasis is on the punishment that the wicked – Satan, his angels and impenitent men – will have at the closing of human history. At the end, everyone will understand both, the wrath and the love of God and will proclaim His perfect justice.

In regard to the relationship between Christ and the divine wrath, the neo testamentary text presents God’s wrath as a characteristic of Jesus’ life as well as His teachings. Also, it was manifested in all instances when His mercy was forsaken. Yet, He not only manifested this wrath, He also suffered it. Even though the shedding of His blood has been a directly revelation from the love of the Father to us, it was also time the immediately obstruction of the Father’s wrath against us. His death was atonement as well

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as a propitiation act, and thus, it made clear not only God’s forgiveness, but also His justice, as a foundation of the same forgiveness. At the cross, God fulfilled His own holly requirement and brought against Himself the wrath deserved by sinners. Therefore, God can be at the same time, just and the justifier of all who believes in Him. Throughout His work of salvation, Christ acts as intercessor, listening to our confessions and continuously interceding for us, and applying in our behalf whatever He realized in the cross. Furthermore, if Christ would have demonstrated only the peaceful attributes of God, He would not be the complete revelation of God, but only a partial one. As a result, He was also appointed the executer of God’s wrath. In His sovereignty God established that the eternal destiny of men would be linked to Him. Man would be saved or lost due to his relationship to Christ, either choosing the blood of Christ or the wrath of the lamb.

Considering that both, the theme of the divine wrath, which is found throughout the sacred text and God’s mercy, are part of the central message of the Bible and the Gospel, we come to the conclusion that the Christian preaching must include more than abundant life that comes from God as a result of our faith in God. It is necessary to preach and teach about God’s wrath and the condemnation that comes over all who refuse God’s mercy. Therefore, the proclamation of salvation is connected to the preaching of God’s wrath over mankind and preachers ought to proclaim the message that everyone is under God’s wrath up to the moment he or she believes in Jesus Christ.

Referências

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