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Do DEL ao Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL): o novo consenso Noemi Takiuchi

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(1)

Noemi Takiuchi

Do DEL ao Transtorno do Desenvolvimento da

Linguagem (TDL): o novo consenso

(2)

COMUNICAÇÃO

(3)

COMUNICAÇÃO

 A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim.

(4)

Agora considere

transmitir esta

informação, somente

não verbalmente,

sem signos

linguísticos:

Todas

nascem livres e iguais em

as

pessoas

dignidade e direitos. São

dotadas de razão e

consciência e devem agir

em

relação

umas

às

outras com espírito de

fraternidade.

(5)

LINGUAGEM / LÍNGUA

Faculdade humana

Função cognitiva

Propriedades da língua / linguagem:

Comunicação

Arbitrariamente simbólica

Regularmente estruturada

Estruturada em níveis múltiplos

Gerativa, produtiva

(6)

LINGUAGEM / LÍNGUA

FORMA

USO

(7)

FORMA

/o/

/g/

/a/

/t/

/o/

/p/

/u/

/l/

/o/

/u/

o

gat-

-o

pul-

-ou

(8)

FORMA

o

gato

pulou

O gato

pulou

(9)
(10)
(11)
(12)

Desenvolvimento de Linguagem

 Para a maior parte das crianças, o processo de

desenvolvimento da linguagem constitui tarefa

simples

,

relativamente

rápida

e desprovida de necessidade de

ensino formal.

 Já ao final do

terceiro

ano, as crianças se apresentam

como

hábeis

conhecedoras da língua materna a que

foram

expostas

e

utilizam

esse

conhecimento

lingüístico em situações comunicativas com diferentes

parceiros de interação social.

(13)
(14)

O que sabe uma criança de 3 anos?

 Vocabulário +/- 1000 palavras

 Formação de orações simples

 Regras morfossintáticas da língua

 Domínio de cerca de 70% dos fonemas

 Habilidade pragmática para se engajar em situações

comunicativas com diferentes interlocutores

(15)
(16)

LINGUAGEM

E

(17)
(18)

Dificuldades de linguagem

(19)

F80 – Transtornos Específicos do desenvolvimento da fala e linguagem

F80 Transtornos Específicos do desenvolvimento da fala e linguagem F80.0 Transtorno Fonológico F80.3 Síndrome de Landau-Kleffner F80.8 Outros transtornos do desenv lgg F80.2 Transtorno Receptivo de Linguagem F80.1 Transtorno Expressivo de Linguagem F80.9 Transtornos não Especificados do desenv lgg

(20)

CAP V – TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS F80 – Transtornos do desenvolvimento psicológico

F80

Transt Fala e Lgg

F81

Transt Habil Escol

F82

Transt Des Motor

F83

Transt Misto Des

F84

Transt Global Des

F88

Outros Transt des

F89

Transt des SOE CID 10 (OMS)

(21)

CAP V – TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS

F80 – Transtornos do

desenvolvimento psicológico

F80

F81

F82

F83

F84

F88

F89

(22)
(23)

DSM-5 (APA, 2013)

NEURODEVELOPMENTAL DISORDERS COMMUNICATION DISORDERS

 Language disorder

 Speech sound disorder

 Childhood-onset fluency disorder  Social communication disorder SPECIFIC LEARNING DISORDER

(24)
(25)
(26)

Implicações...

 Múltiplos diagnósticos: – Fonoaudiólogo – Psiquiatra – Neurologista – Psicólogo – Psicopedagogo – Pediatra

(27)

PREVALÊNCIA DO DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM

(28)
(29)

CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM EM

(30)

Alterações nos precursores da emergência da linguagem no TDL

 Reconhecimento e atenção à mudança no ambiente  Interações recíprocas, referência compartilhada

 Uso de gestos

 Habilidades cognitivas – estágio sensório motor

(31)

Alterações fonológicas no TDL

 Crianças normais 2 anos +/- inteligíveis  Crianças TDL 3 / 4 anos – inteligíveis

 Alterações fonológicas como reflexo de problemas mais gerais com a linguagem

 Possibilidade de subgrupos com ou sem dificuldades fonológicas

 Características fonológicas: uso de estruturas silábicas menos complexas, repertório fonético menos diferenciado, produção articulatória menos

precisa, padrões de erros fonológicos sem uso de regras fonológicas, instabilidade no uso dos fonemas

 Importância da fonologia para a aquisição lexical

 Importância da fonologia para o sucesso acadêmico – processamento fonológico envolvido na leitura/escrita.

(32)

Alterações semânticas no TDL

 Atraso nas primeiras palavras de cerca de 12 meses

 Ausência do boom do vocabulário entre 18 e 24 meses, e quando alcançam vocabulário expressivo de 50 palavras.

 Primeiro subsistema a melhorar, porém a melhora pode ser ilusória.

Deve-se verificar os testes utilizados, e avaliar “estressando” a linguagem da criança.

 Dificuldade em determinadas classes de palavras: abstratas e linguagem figurada, provérbios.

 Supergeneralização (hiperônimo) permanece e há dificuldade em adquirir significados mais restritos e as palavras correspondentes. (ex.: bicho para gato, cachorro)

 Subgeneralização: uso de palavras aprendidas em contextos específicos em outras situações. (ex.: Totó para qualquer cachorro)

(33)

Alterações semânticas no TDL

 Atraso na aquisição das relações semânticas expressas nas primeiras combinações de palavras.

 Dificuldade em combinar as relações semânticas em enunciados com significados compostos mais complexos.

 Problemas no aprendizado de novas palavras inseridas no discurso contínuo, diferentemente das crianças normais.

 Mais facilidade em fast mapping em situações altamente estruturadas.  Dificuldades no acesso lexical, de modo que a criança pode aprender

novas palavras mas não utilizá-las adequadamente.

 Alterações de fluência decorrentes da dificuldade no acesso lexical ou no armazenamento lexical.

(34)

Morfologia e Sintaxe no TDL

 Dificuldades morfológicas e sintáticas costumam ser características clássicas em pré-escolares com distúrbio específico de linguagem.  Essas dificuldades vão sendo observadas na medida em que, com o

desenvolvimento lexical, são esperadas aquisições como aumento do MLU, produção de sentenças mais complexas, marcadores morfológicos (ex.: plural, gênero).

 As crianças com TDL não manifestam essas aquisições, apresentando sentenças mais curtas que as utilizadas por crianças de mesma idade; uso limitado de sentenças subordinadas; omissões ou uso inadequado de elementos gramaticais obrigatórios, como artigos, morfemas de plural; problemas com uso de pronomes, preposições, etc.

(35)

Aspectos pragmáticos no TDL

 Algumas crianças com TDL apresentam dificuldades pragmáticas como:

– Uso reduzido de funções comunicativas declarativa e imperativa – Uso reduzido de função comunicativa de reconhecimento

– Maior uso de respostas

– Menor uso de comentários e intenções compartilhadas

Dificuldade em funções comunicativas que exigem a iniciativa da criança; maior passividade na situação de comunicação.

 Menor uso da função de nomeação. – Menor uso da função de descrição.

Dificuldades lexicais afetando o uso de funções e intenções, especialmente as funções mais difíceis para expressão não

(36)

Aspectos pragmáticos no TDL

– Uso de métodos inadequados para obter a atenção do ouvinte – Problemas na troca de turnos de conversação

– Dificuldade em manter o tópico da conversa – Introdução de comentários irrelevantes

– Mudanças abruptas de tópico

– Não solicitam esclarecimentos do parceiro comunicativo – Respondem menos às iniciativas comunicativas

– Procuram mais por adultos que por crianças

– Dificuldade em compreender solicitações indiretas

– Dificuldade em adaptar as informações da mensagem ao ouvinte devido aos poucos recursos lingüísticos

Dificuldades na pragmática conversacional, onde as dificuldades lingüísticas provocam falhas comunicativas que levam a um

(37)

Habilidades narrativas no TDL

– Narrativas com menos informações no conjunto e menos informações por enunciado

– Repetição de informações

– Uso reduzido de sentenças complexas

– Dificuldade com palavras abstratas, como dêiticos e palavras referentes a tempo.

Dificuldade no acesso lexical rápido

Narrativas exigem o domínio de vários aspectos da linguagem, e dificuldades em um aspecto podem sobrecarregar os outros

(38)
(39)

COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

 Organização Mundial de Saúde, UNESCO e UNICEF definiram como habilidades essenciais para promover o bem estar mental e o desenvolvimento de competências para lidar efetivamente com as demandas e desafios ao longo da vida:

– Habilidades de pensamento crítico e tomada de decisões – Habilidades de lidar e dominar os conflitos com autonomia

– Habilidades comunicativas e interpessoais

 Quatro pilares da Educação (Delors - Unesco, 1999):

– Aprender a conhecer

– Aprender a fazer

(40)

DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM E APRENDIZAGEM

 Competência em linguagem oral e habilidades comunicativas são considerados

fatores protetivos para o desenvolvimento da leitura/escrita e para o sucesso acadêmico. (Rose, 2006; Snow, Powell, 2004; Hooper et al., 2003; Young et al., 2002; Tomblin et al., 2000; Snowling, Stackhouse, 1996)

 Na sala de aula, o domínio da linguagem e da língua enquanto código se constituem como principal meio para ensinar e aprender, além de a aprendizagem acontecer como uma atividade social, mediada também pela comunicação. O papel da linguagem oral na escola não se limita às bases para o desenvolvimento da leitura e da escrita, mas se estende para o acesso a todo o currículo e o desenvolvimento global da criança. (Snowling, Hulme. 2008; Goswami, Bryant, 2007; DfES, 2006)

(41)

História

Em 7 de setembro de 1822, o Brasil livrou-se da condição de colônia, conquistando sua independência política. O movimento de independência foi o resultado de uma forte reação das camadas sociais mais abastadas, às pretensões e tentativas das Cortes de Lisboa de restabelecer o pacto colonial.

Mas, para entendermos os acontecimentos que culminaram com o movimento de

independência, é necessário considerar o período de permanência do governo português no Brasil. A partir daí ocorreram importantes transformações políticas, sociais e econômicas que marcariam os últimos anos do domínio colonial lusitano.

O estabelecimento do governo português no Brasil encerrou quatro séculos de monopólio

comercial, ao mesmo tempo em que pôs em prática uma política de aumento de impostos. Porém, enquanto as mudanças nas relações comerciais da Colônia favoreceram a

burguesia comercial inglesa (em detrimento dos comerciantes reinóis), o aumento de

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Literatura

SONETO DA FIDELIDADE

De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama

(44)
(45)

COMPREENSÃO DE LEITURA E

(46)
(47)
(48)
(49)

 Em 2010, o Departamento de Educação dos EUA lançou o edital

Reading for Understanding Research Initiative (Institute of Education

Sciences, 2010), o qual apresentou o maior financiamento da história do departamento e selecionou 5 propostas para desenvolvimento em um período de 5 anos (2010 a 2015).

 A justificativa para este edital foi o alto índice de estudantes com desempenho aquém do esperado para a idade cronológica e nível de escolaridade em compreensão de leitura.

(50)
(51)

COGNIÇÃO E DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM

 Estudos longitudinais, acompanhando crianças diagnosticadas com distúrbio específico de linguagem na infância até a idade adulta, encontraram:

– Manutenção de dificuldades em linguagem, pontuando sempre abaixo do grupo controle

– QI de execução diminuído, embora na infância não fosse identificado esse deficit.

– Redução do QI de 98.5 para 89,75 na idade adulta.

(52)
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(55)

PROBLEMAS EMOCIONAIS E COMPORTAMENTAIS

 Estudos longitudinais também indicam que, na ausência de suportes adequados, essas crianças podem manifestar quadros persistentes com impactos abrangentes também no desenvolvimento emocional e social, como dificuldades de relacionamento, isolamento, ansiedade, comportamento agressivo (Stothard et

al., 1998; McCabe, 2005; Ripley, 2008).

 Problemas comportamentais e sociais parecem se agravar com a idade, sendo a

adolescência o período de maior vulnerabilidade

(Redmond, Rice, 2002; Beitchman et al, 2001).

 Crianças com distúrbios de linguagem representam grupo de

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BULLYING

Conti-Ramsden GM, Botting NF. Social difficulties and

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RELACIONAMENTOS SOCIAIS

 As dificuldades de comunicação prejudicam também o estabelecimento de relações sociais e amizades, e a falta de aceitação social pode levar a problemas de auto-estima (Jerome et al, 2002; Botting, Conti-Ramsden, 2000; Clegg et al, 1999; Gertner et al, 1994).

 Quando adultos, observa-se menor número de sujeitos casados ou em união estável, porém, quando se casam é frequentemente em idades mais jovens. Os casados têm mais filhos que a média e apresentam piores condições de vida

(59)
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CRIMINALIDADE

 Altos índices de distúrbios de fala, linguagem e comunicação são encontrados entre os jovens infratores (Bryan, 2004; Davies, 2004).

 50% da população prisional da Grã-Bretanha apresenta dificuldades em leitura, em comparação ao índice de 17% na população geral.

 As dificuldades de linguagem e comunicação podem também interferir nas

interações com autoridades policiais e legais, seja nas abordagens, interrogatórios ou nas sentenças (Law et al, 2007).

(62)

EDUCAÇÃO

IMPACTOS DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

NO DESENVOLVIMENTO HUMANO

INTERAÇÃO SOCIAL OPORTUNIDADES DE EMPREGO SALÁRIO

(63)

Noemi Takiuchi

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) Curso de Fonoaudiologia Tel.: 3367-7785

http://www.fcmscsp.edu.br noemi.takiuchi@gmail.com

Referências

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