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PRÉVIA DA INFLAÇÃO TEM ALTA DE

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Academic year: 2021

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PRÉVIA DA INFLAÇÃO TEM ALTA DE 0,93% - A alta nos preços dos combustíveis acelerou a prévia da inflação oficial no País em março. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu a 0,93%, o maior resultado para o mês desde 2015, informou ontem o IBGE. Embora tenha vindo ligeiramente aquém da expectativa mediana de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, a taxa acumulada em 12 meses acelerou a 5,52% em março, a mais elevada desde janeiro de 2017, superando o teto de 5,25% da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. A taxa ainda deve subir a quase 8% em junho, mas arrefecer ao fim do ano a um patamar entre 4,4% e 5,3%, prevê o professor Luiz Roberto Cunha, decano do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio. O movimento já é esperado por especialistas, por isso não deve mudar as expectativas em torno da política monetária, disse o economista, que projeta mais uma alta de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, para 3,5% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em maio. Na reunião de março, já houve uma elevação de 0,75 ponto porcentual na Selic, para 2,75% ao ano. (OESP/AE) BC APOSTA EM VACINA E VÊ PIB EM 3,6% NO ANO - Em meio às incertezas sobre os impactos econômicos da segunda onda da covid-19, o Banco Central revisou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, mas ainda manteve o otimismo ao rebaixar a estimativa anterior de 3,8% para 3,6%. O BC aposta as fichas na aceleração da vacinação em massa e garante que a alta nos juros mais pesada até do que esperava o mercado não deve atrapalhar a retomada da atividade a partir do meio do ano. A nova projeção do BC foi atualizada ontem no Relatório Trimestral de Inflação (RTI). A estimativa de crescimento para este ano é até maior que a do Ministério da Economia, que manteve na semana passada a previsão de crescimento de 3,2% em 2020 - próximo dos 3,22% de avanço esperados pelo mercado, de acordo com o Relatório Focus do próprio BC. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, considerou natural que haja questionamentos sobre o “otimismo” da autarquia para o crescimento da economia em 2021. Mas destacou que a vacinação em massa contra a covid-19 tende a ajudar em uma retomada com mais vigor a partir do terceiro trimestre deste ano. (OESP/AE)

Finanças públicas

ORÇAMENTO É APROVADO, MAS TERÁ BLOQUEIO DE R$ 30 BILHÕES - Com atraso de quatro meses, o Congresso aprovou ontem o Orçamento deste ano com previsão de R$ 48,8 bilhões em emendas para os parlamentares, o que vai levar a um bloqueio nas despesas de pelo menos R$ 30 bilhões para garantir o cumprimento do teto de gastos. Senadores e deputados do Centrão comemoraram a aprovação. (OESP/AE)

"CONTABILIDADE CRIATIVA" MARCA VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO - Em nome de arranjar espaço para mais emendas parlamentares, a “contabilidade criativa” voltou com força na votação do Orçamento deste ano. O Estadão/Broadcast identificou até agora pelo menos cinco ações adotadas na proposta de Orçamento que apresentam indícios de manobras artificiais para fugir

País Hora Indicador

Tendências Mercado

BR 08:00 FGV: sondagem da indústria (mar)

BR 09:30 Banco Central: Estatísticas do setor externo (fev) -US$ 2,5 bilhões

GE 06:00 Confiança do empresariado (mar) 93,0

EUA 10:30 Renda pessoal (fev) -7,00%

EUA 10:30 Gastos pessoais (fev) -0,60%

EUA 10:30 Deflator do PCE (fev)

EUA 11:00 Confiança do consumidor (Univ. de Michigan) (prévia - mar) 83,5

EUA -- Orçamento fiscal federal

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das restrições do teto de gastos, que limita o avanço das despesas à inflação. O objetivo dos parlamentares é garantir um total de R$ 48,8 bilhões para obras e outros gastos. A primeira manobra prevê a mudança na forma de pagamento do auxílio-doença. Hoje, o benefício é pago pelo INSS, mas o relator do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC), desenterrou uma proposta de repassar a responsabilidade às empresas, que recuperariam o valor abatendo sobre os tributos devidos. A medida abriria um espaço de ao menos R$ 4 bilhões no teto, mas o valor pode chegar a R$ 5 bilhões. A proposta é apontada por técnicos como uma “pedalada” para burlar o teto, já que o Orçamento foi enviado com as despesas no limite, sem espaço para os congressistas remanejarem recursos para as ações que gostariam de apadrinhar. Para evitar a pedalada, a recomendação técnica é que a mudança no pagamento do auxílio-doença seja acompanhada por um ajuste retroativo no próprio teto de gastos, para consertar a “quebra da cadeia”. Na prática, isso implicaria retirar os gastos com o benefício do valor que serviu de base para o cálculo do teto em 2016 - quando a emenda constitucional que criou o limite foi aprovada. A despesa ficaria menor, e o teto também. Um movimento semelhante foi feito com o Fies, o programa de financiamento para alunos do ensino superior. (OESP/AE)

ORÇAMENTO DE CENSO 2021 CAI DE R$ 2 BI PARA R$ 71,7 MILHÕES - O orçamento para o Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi reduzido de R$ 2 bilhões para apenas R$ 71,7 milhões após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Com isso, a realização do levantamento censitário em 2021 ficará inviabilizada. O Censo deveria ter ido a campo em 2020, mas foi adiado por causa da pandemia de covid-19. O órgão trabalhava para dar início à coleta, que visitaria todos os cerca de 71 milhões de lares brasileiros, a partir de agosto deste ano. De R$ 2 bilhões programados inicialmente pelo Executivo, o orçamento do Censo ficou em R$ 240,7 milhões no relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC). Ontem, ele apresentou uma complementação do parecer retirando mais R$ 169,7 milhões, restando apenas R$ 71,7 milhões para essa despesa. “O Censo ficou inviabilizado, é uma decisão de governo. Só aprovou o que o governo queria”, afirmou o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), relator setorial do Ministério da Economia no Orçamento de 2021. De acordo com o parlamentar, a falta do levantamento vai comprometer até a distribuição de vacinas contra a covid-19, pois não haverá dados precisos e atualizados sobre a população em cada município. (OESP/AE)

GUEDES DIZ QUE ANTECIPARÁ 13º DE APOSENTADOS - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que o governo tem “engatilhadas” novas medidas para o combate ao recrudescimento da pandemia no Brasil. Em audiência pública na comissão temporária do Senado que acompanha as medidas de enfrentamento ao coronavírus, Guedes citou a antecipação de benefícios de aposentados e pensionistas, uma nova fase do programa de apoio a micro e pequenas empresas, bem como o relançamento do programa que permite a suspensão de contratos e redução de jornadas e salários. Guedes disse que, em 60 dias, possivelmente o País terá um cenário completamente diferente com as medidas do protocolo de crise a serem disparadas em sequência. “Aprovado o Orçamento, se os senhores aprovarem o Orçamento hoje (ontem), podemos disparar a antecipação dos benefícios (13.º) de aposentados e pensionistas. Mais R$ 50 bilhões vêm de dezembro para agora. Vamos proteger os mais vulneráveis e os idosos, nessa segunda grande guerra contra o coronavírus”, afirmou. Ele citou também a mudança na regra de cobrança de impostos, para auxiliar pequenos empresários durante o momento mais grave da pandemia: “Da mesma forma, ontem (quarta-feira) anunciamos o diferimento dos impostos do Simples, são milhões e milhões de empresas e trabalhadores que foram atingidos brutalmente com o recrudescimento da pandemia e com o reinício do lockdown.” (OESP/AE)

Setorial

NOVO COMANDO DA ELETROBRAS AGRADA AO MERCADO - A indicação pela União do atual secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Rodrigo Limp, para assumir a presidência da Eletrobras criou um desgaste em torno da governança corporativa de mais uma estatal, pouquíssimo tempo depois das trocas dos presidentes da Petrobrás e do Banco do Brasil. Isso porque o nome do executivo não passou pelo crivo da recrutadora Korn&Ferry, contratada para buscar um novo presidente para a companhia após a saída de Wilson Ferreira Júnior, que deixou a empresa para assumir a BR Distribuidora. Apesar disso, a escolha foi bem recebida pelos investidores. Com a leitura de boa parte do mercado financeiro de que Limp atende critérios técnicos, os papéis ordinários da estatal elétrica avançaram 4,96%, enquanto os PNB subiram

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3,62%. “Por mais que o processo seja questionado e visto negativamente pelo mercado, a indicação de um nome técnico e que possui um bom trânsito no meio político eleva o humor dos analistas para que possa ocorrer a capitalização da companhia”, afirmou o time de analistas da Ativa Research. Os analistas do banco JPMorgan também apontaram a escolha de Limp como positiva para o processo de privatização, uma vez que o nome indicado pelo governo tem tanto credenciais técnicas como trânsito no mundo político. Para João Pimentel, analista do BTG Pactual, a indicação é bem-vinda, apesar de o nome de Limp não constar na lista originalmente elaborada pela consultoria Korn&Ferry. “É um nome muito técnico, apesar de não ter experiência em gestão empresarial”, acrescentou. (OESP/AE)

MAIS TRÊS MONTADORAS SUSPENDEM ATIVIDADES POR CAUSA DA PANDEMIA - Na véspera do início do feriado prolongado decretado por várias cidades para tentar conter o avanço da pandemia, mais três montadoras - Renault, Toyota e Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) - anunciaram a suspensão das atividades. Com isso, sobe para oito o número de empresas que vão paralisar ou reduzir a produção de veículos de hoje até depois do feriado da Páscoa, número que pode aumentar. Esse grupo de fabricantes emprega quase 50 mil funcionários, mas aqueles das áreas administrativas estão em trabalho remoto desde o início da pandemia, no ano passado. Os acertos para a dispensa do pessoal da produção foram feitos com sindicatos de trabalhadores e também seguem medidas das autoridades municipais e estaduais para contribuir com o isolamento social em um momento no qual o número de casos de contaminação cresce e os hospitais estão lotados. A Toyota fechará suas quatro plantas industriais em São Bernardo do Campo, Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz, todas em São Paulo, por dez dias. O grupo emprega 5,6 mil trabalhadores. Em períodos similares também serão interrompidas as linhas de carros da Renault em São José dos Pinhais (PR) e as de caminhões e ônibus da VWCO em Resende (RJ). Todas dizem que estavam seguindo protocolos rigorosos de segurança adotados desde o retorno às fábricas no ano passado, após permanecerem fechadas por dois meses. (OESP/AE)

PRESIDENTE DA VALE É ALVO DE INQUÉRITO - O jornal Valor Econômico informa que o Ministério Público do Rio de Janeiro determinou a abertura de um inquérito por suposta omissão fraudulenta de informações relevantes aos acionistas e investidores da Vale. A ação teria sido praticada pelo atual presidente da empresa, Eduardo Bartolomeo, e outros executivos e ex-executivos da mineradora, como Paul Antaki e José Carlos Martins. O inquérito envolve a empreitada de US$ 2,5 bilhões para aquisição de direitos de exploração da mina de ferro de Simandou, na África Ocidental, em 2010. A Vale informou que desconhece o inquérito. (VE/AE)

Mercados

DÓLAR AVANÇA A R$ 5,6705; ÍNDICE BOVESPA SOBE 1,50% - O anúncio feito ontem à tarde pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que o país vai dobrar a meta de vacinados no país nos primeiros 100 dias de governo - de 100 milhões para 200 milhões de pessoas - provocou valorização das ações e o fortalecimento do dólar. Dow Jones fechou em alta de 0,62%, S&P 500 avançou 0,52% e Nasdaq registrou ganho de 0,12%. A onda otimista chegou ao Índice Bovespa, que avançou 1,50%, aos 113.749,90 pontos, a despeito do agravamento da crise sanitária no Brasil. Foi a primeira vez que o indicador fechou no positivo após três sessões com perdas. Em março, o ganho acumulado do Ibovespa foi a 3,38% - no ano, porém, ainda há queda de 4,43%. No mercado cambial, além da influência externa, pesaram na cotação do dólar o ambiente político deteriorado e as preocupações com a questão fiscal no País. Nesse ambiente, a moeda americana encerrou o dia em alta de 0,55%, cotada a R$ 5,6705. No mercado futuro de juros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 caiu de 4,741% para 4,665%, e a do DI para janeiro de 2025 recuou de 8,156% para 8,05%. O DI para janeiro de 2027 encerrou em 8,67%, de 8,70% na véspera. (OESP/AE)

Política e Congresso

BOLSONARO ADMITE AFASTAR ASSESSOR APÓS GESTO OFENSIVO - Pressionado pelo Senado, o presidente Jair Bolsonaro se prepara para afastar o assessor internacional da Presidência, Filipe Martins. O Planalto busca uma saída para não contrariar a militância ideológica, que tem em Martins um de seus principais representantes. O assessor fez um gesto considerado ofensivo durante uma sessão do Senado. (OESP/AE)

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BOLSONARO RECEBE LIRA E AFIRMA TER "ZERO PROBLEMA" - Um dia após o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), falar em “sinal amarelo” em relação a erros no enfrentamento da pandemia e dizer que o Parlamento tem “remédios fatais”, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o deputado, ontem, no Palácio do Planalto, e negou qualquer atrito com o aliado. “Conversei com o Lira e não tem problema nenhum entre nós. Zero problema”, disse o chefe do Executivo. Bolsonaro minimizou a manifestação do líder do Centrão. “Nunca teve nada errado entre nós. Sou velho amigo do Parlamento. Torci por ele (Lira) e o governo continua tudo normal”, disse o presidente, que apoiou a candidatura de Lira ao comando da Câmara. A declaração de Lira ocorreu no dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 300 mil mortes provocadas pela covid-19 e depois que Bolsonaro voltou a insistir em práticas contrárias ao que recomenda a ciência. “Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos; alguns, fatais”, disse o presidente da Câmara no plenário da Casa, no fim da tarde de anteontem. Ele não citou a palavra impeachment. Ao fim da reunião de ontem no Planalto, Bolsonaro desceu para acompanhar Lira até o carro e falou rapidamente com jornalistas. Segundo ele, o combate à pandemia foi um dos assuntos tratados na conversa. “O que nós queremos, juntos, é buscar maneiras de contratar mais vacinas. É, na ponta da linha, fazer com que cheguem informações de que vacinas estão sendo aplicadas. É isso que queremos”, disse Bolsonaro. O presidente da Câmara deixou o palácio sem dar declarações. (OESP/AE)

PRESIDENTE SERÁ O COORDENADOR DE COMITÊ - A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou que o presidente Jair Bolsonaro assinou ontem o Decreto 10.659, que formaliza a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 no País. O órgão será coordenado pelo próprio Bolsonaro e terá como integrantes os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), além de um membro a ser indicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Ministério da Saúde atuará como a secretaria executiva do novo comitê. “A medida estabelece que compete ao comitê a discussão das medidas a serem tomadas e o auxílio na articulação interpoderes e interfederativa”, afirmou a Secom sobre as funções do órgão. Não há datas previstas para as reuniões do grupo, mas o decreto prevê encontros “em caráter ordinário, conforme cronograma definido na primeira reunião”, e também “em caráter extraordinário, sempre que solicitado por qualquer um de seus membros”. O presidente Jair Bolsonaro, como coordenador do comitê, poderá convidar para participar das reuniões autoridades e especialistas de “notório conhecimento” nas questões a serem debatidas, segundo a Secom. As reuniões poderão ser presenciais ou por videoconferência. Ainda de acordo com a Secom, o comitê poderá criar grupos de trabalho com o objetivo de estudar e articular soluções para assuntos específicos relacionados à pandemia. O órgão extraordinário terá duração de 90 dias, prazo que poderá ser prorrogado. (OESP/AE)

PACHECO COBRA MUDANÇAS NA POLÍTICA EXTERNA - Um dia depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), demonstrar insatisfação com a condução da diplomacia brasileira pelo ministro Ernesto Araújo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cobrou publicamente mudanças na área. Para o senador, o País está sendo prejudicado no enfrentamento da covid-19 por “erros” cometidos na gestão de Araújo, como o não estabelecimento de relações diplomáticas com países que poderiam colaborar. “Muito além da personificação ou exame sobre o trabalho específico do chanceler, o que tem que mudar é a política externa, ela precisa ser melhorada e aprimorada. Isso é algo que está evidenciado a todos, não só ao Congresso Nacional, mas a todos os brasileiros que enxergam essa necessidade de o Brasil ter uma representatividade externa melhor do que tem hoje”, disse. O presidente do Senado também afirmou ontem que a Polícia Legislativa investiga o gesto feito pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, na audiência pública do chanceler na Casa. Anteontem, durante fala de Pacheco na audiência, Martins foi filmado unindo o polegar e o indicador em formato circular, com os três outros dedos esticados, num gesto que foi interpretado como um símbolo associado a supremacistas brancos. (OESP/AE)

PT CEDE ESPAÇO NA CÂMARA A PSB E PSOL - Em um gesto de aproximação com o PSOL e PSB visando a eleição presidencial de 2022, o PT abriu mão da prerrogativa de indicar parlamentares para os principais cargos da oposição na Câmara dos Deputados e apoiou a escolha de nomes das duas legendas. A liderança da minoria na Casa será ocupada pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e a da oposição por Alessandro Molon (PSB-RJ). Com 56 deputados, o PT é a maior bancada da Casa e, por isso, tem a prerrogativa de escolher nomes do partido para ocupar

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as duas lideranças. “A ideia é unificar toda a oposição na ação política. Foi um gesto de aproximação em nome da unidade da esquerda”, disse ao Estadão o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que participou das conversas e é um dos interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara. Segundo ele, a articulação recebeu aval de Lula, que passou a ser apontado como provável candidato à Presidência da República no ano que vem após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que anulou as condenações que pesavam sobre o petista na Operação Lava Jato. Com os direitos políticos restabelecidos, Lula tem feito acenos a diversos setores da sociedade e até a adversários políticos. A estratégia petista é buscar primeiro alianças no campo da esquerda e, em um segundo momento, abrir pontes com partidos do Centrão. (OESP/AE)

EMPRESÁRIOS SE ARTICULAM POR CANDIDATO DE CENTRO - Um grupo de grandes empresários tem se movimentado, há pelo menos quatro meses, para articular o lançamento de um nome de centro para as eleições presidenciais do ano que vem, segundo o jornal Valor Econômico. Fazem parte do grupo Pedro Passos, da Natura, Jayme Garfinkel, da Porto Seguro, e Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra. Os empresários já realizaram uma série de encontros políticos para discutir a viabilidade de nomes como João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Alexandre Kalil (PSD) e Luciano Huck (sem partido). (VE/AE)

MINISTRO ATACA ÓRGÃO DO SENADO, QUE REAGE - Alvo de ataque público do ministro da Economia, Paulo Guedes, o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, reagiu às críticas com um recado direto para o ministro e sua equipe: a preocupação, no cenário atual de colapso na saúde e crise econômica, deveria ser “ouvir” os críticos e análises para construir um programa para o País ter um horizonte de crescimento. Salto disse que o ataque institucional de Guedes à IFI revela uma preocupante intolerância ao contraditório numa democracia. Segundo ele, a IFI “não foi, não é e nunca será linha auxiliar do governo e de quem quer que seja”. “O que me preocupa e espanta é que o ministro Paulo Guedes ainda não tenha aprendido a conviver com a existência de um órgão técnico, independente e que faz as suas análises e projeções”, reagiu Salto. Nesta quinta-feira, Guedes expôs publicamente um incômodo que já vinha manifestando reservadamente contra os relatórios da IFI e também as manifestações públicas do seu diretor executivo. O ministro aproveitou a audiência no Senado, ao qual a IFI é vinculada, para colocar aos senadores a sua contrariedade. Na audiência, ao ser questionado sobre a previsão da entidade para a atividade econômica este ano, Guedes afirmou que a IFI tem “trabalhado muito mal”, com “previsões muito fracas”, e provocou o Senado a repensar o comando da instituição, o que, na prática, não poderá ser feito, pois seus diretores têm mandatos fixos. (OESP/AE)

BONAT ENVIA AÇÕES DE LULA À JUSTIÇA FEDERAL NO DF - O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, liberou ontem o envio das ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Justiça Federal no Distrito Federal. O magistrado havia barrado o envio do material após a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá. A defesa de Lula chegou a formalizar, ontem, representação no STF contra a interrupção do envio alegando “descumprimento contumaz” das ordens expedidas pela Corte. Bonat afirmou que a liminar do ministro Edson Fachin, que declarou a 13ª Vara de Curitiba incompetente para atuar nos processos envolvendo o petista, havia sido, “em princípio, prejudicada”. O encaminhamento ao DF foi retomado após comunicação da Segunda Turma. “Havia dúvida por parte deste julgador acerca da eventual prejudicialidade dos efeitos do aludido julgado em relação à remessa de feitos à seção judiciária do Distrito Federal. Sobreveio, nada obstante, comunicação formal da decisão proferida pela Segunda Turma, com o que a questão ficou esclarecida”, disse. Nesta etapa, das quatro ações da Lava Jato contra o ex-presidente - triplex do Guarujá, sítio de Atibaia, doações da Odebrecht e sede do Instituto Lula -, só a última ainda não pode ser encaminhada porque, segundo o juiz, uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski em uma reclamação no STF trava o envio. (OESP/AE)

AGU CITA 'USO ECONÔMICO' DA LEI DE SEGURANÇA; ESQUERDA VAI AO STF - Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a validade da Lei de Segurança Nacional (LSN), instrumento jurídico promulgado ainda na ditadura que tem sido utilizado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro contra opositores. A legislação é alvo de quatro ações apresentadas por partidos políticos - a mais recente delas

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protocolada ontem pelo PT, PSOL e PCdoB - que acionaram a Corte para derrubar total ou parcialmente o texto. A manifestação da AGU foi enviada ao Supremo no âmbito de uma ação movida pelo PTB no início do mês, após a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ). Ele foi detido com base na lei, por ordem de Alexandre de Moraes, do STF, após divulgar vídeo com ameaças e insultos a ministros da Corte e fazer apologia ao Ato Institucional número 5 (AI-5), o instrumento mais duro de repressão da ditadura militar. “A fim de demonstrar os limites e garantir a permanência do Estado Democrático de Direito, a Lei de Segurança Nacional tipifica condutas que, de alguma forma, pretendam violar o regime democrático e as instituições republicanas. A Lei de Segurança Nacional mostra-se compatível com os direitos e preceitos fundamentais, inclusive com a liberdade de expressão”, sustenta a AGU. (OESP/AE)

Covid-19

MPF ABRE INVESTIGAÇÃO SOBRE VACINAÇÃO CLANDESTINA EM MINAS - O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal investigam um esquema clandestino de vacinação de empresários e políticos de Belo Horizonte. Seis vídeos obtidos pelo Estadão/Broadcast mostram pessoas sendo imunizadas na garagem da empresa de transporte Saritur, na terça-feira. A iniciativa privada pode comprar vacinas, mas tem de doá-las ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a revista piauí, pelo menos 50 pessoas envolvidas no esquema tomaram a primeira dose do imunizante da Pfizer. Apontado como um dos beneficiados, o ex-senador Clésio Andrade nega ter sido vacinado. Os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da Saritur, onde houve a aplicação irregular das doses, foram procurados, mas não se pronunciaram. Em uma decisão provisória, a Justiça Federal considerou ontem inconstitucional a lei que obriga as doações de doses aos SUS por empresas que adquiram vacinas. (OESP/AE)

MINISTÉRIO DA SAÚDE IGNORA PROTOCOLOS PARA A COVID-19 - No centro do combate contra a pandemia de covid-19, servidores do Ministério da Saúde relataram ao Estadão a falta de preocupação da pasta com a proteção dos próprios funcionários e que as mortes na equipe não são sequer informadas, uma medida básica para que pessoas que tiveram contato com contaminados possam tomar precauções. O número de infecções e vítimas não é detalhado pela pasta, mas a reportagem confirmou ao menos três óbitos apenas neste mês. Funcionários dizem desconfiar de novas contaminações apenas quando são mandados para casa a fim de que as salas sejam higienizadas. No dia seguinte, porém, o trabalho presencial volta ao normal. (OESP/AE) PF APURA FALSA OFERTA DE 200 MILHÕES DE VACINAS AO GOVERNO - A Polícia Federal deflagrou na manhã dee ontem a Operação Taipan para investigar um grupo suspeito de oferecer fraudulentamente ao Ministério da Saúde 200 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, em nome de um grande consórcio farmacêutico. A corporação considera o caso como uma tentativa de estelionato clássico, que não teve êxito. Agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal do Distrito Federal. De acordo com a PF, as investigações tiveram início após comunicação feita pelo próprio Ministério da Saúde. Não foram dados detalhes de qual vacina teria sido oferecida. As apurações indicam que ao menos duas pessoas, por meio de duas empresas, apresentaram credenciais falsas afirmando terem exclusividade para a comercialização do lote de vacinas. A PF diz ainda que identificou que a oferta fraudulenta também era feita a outros gestores públicos, entre governadores e prefeitos. A ofensiva apura supostos crimes de associação criminosa (art. 288, CPB), estelionato em face de entidade pública (art. 171, §3º, CPB), falsificação de documento particular (art. 298, CPB) e falsificação de produto destinado a fins medicinais (art. 273, CPB). (OESP/AE)

TRÊS MORREM NO RS APÓS RECEBER NEBULIZAÇÃO DE CLOROQUINA - Três pacientes que receberam nebulização com cloroquina na cidade de Camaquã, região sul do Rio Grande do Sul, morreram durante o tratamento, que não tem comprovação científica. As mortes foram constatadas entre segunda-feira e quarta, depois de receberem o tratamento, que também não faz parte dos protocolos do Hospital Nossa Senhora Aparecida, onde eles estavam internados. A nebulização com cloroquina foi realizada pela médica Eliane Scherer, que chegou a gravar um vídeo que a mostrava fazendo o tratamento. Ela foi afastada do hospital e está sendo investigada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), que pode vir a cassar seu registro médico. O MP gaúcho anunciou que também investigará o caso. De acordo com o médico e diretor-técnico do hospital, Tiago Bonilha, ainda não é possível atribuir as mortes à nebulização

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com a cloroquina. Porém, ele analisa que não se trata, no caso, da chamada prescrição off label, autorizada pelo Conselho Federal de Medicina. “A meu ver, esse tipo de terapia (nebulização com cloroquina) transcende o que chamamos de prescrição off label. Não tenho experiência com ela e não encontrei referências seguras para aplicar ela, portanto optei por não fazer.” (OESP/AE) SP LEVA LEITO A FACULDADE E CRIA USINAS DE OXIGÊNIO - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou ontem a ampliação de leitos de enfermaria e UTI na cidade a partir do próximo mês. Serão instalados em uma universidade, em um centro de capacitação e eventos privado e no anexo de um hospital municipal. Outra medida divulgada é a compra de 19 miniusinas de produção de oxigênio medicinal, com entrega também em abril, em hospitais e UPAs, como medida para evitar problemas de desabastecimento para o tratamento de pacientes da covid. As 19 miniusinas de produção de oxigênio anunciadas terão um custo total de R$ 9,5 milhões e continuarão em funcionamento depois da pandemia. Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, esses equipamentos garantirão o abastecimento de 596 leitos de enfermaria e 211 de UTI em hospitais municipais, UPAs e hospitais dia. A capacidade de produção é equivalente a 900 cilindros diários, com previsão de economia mensal na compra de cilindros de R$ 250 mil e retorno do investimento em três anos. Como mostrou o Estadão, a escassez de oxigênio gasoso no mercado e o alto custo para instalação de tanques criogênicos têm levado prefeituras a optar pelas miniusinas para evitar o desabastecimento do insumo. (OESP/AE)

BUTANTAN CRIA VACINA CONTRA A COVID-19 - O Instituto Butantan criou uma vacina contra o novo coronavírus, a ButanVac, e vai solicitar hoje à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para a realização de testes clínicos em humanos, revela a Folha de S.Paulo. O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o objetivo é concluir os testes e fabricar 40 milhões de doses do imunizante ainda neste ano. A criação da ButanVac não altera o cronograma de produção da CoronaVac, de origem chinesa, pelo instituto. (FSP/AE)

Internacional

JOE BIDEN PROMETE VACINAR 200 MILHÕES ATÉ O FIM DE ABRIL - Em sua primeira entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, Joe Biden dobrou ontem a meta de vacinação para os 100 primeiros dias de seu governo e prometeu aplicar 200 milhões de doses até o fim de abril. “Sei que é ambicioso. Nenhum país do mundo chegou perto disso, e eu acredito que podemos fazer”, disse Biden, que também anunciou que pretende ser candidato novamente em 2024. “Meu plano é concorrer à reeleição”, disse o presidente, de 78 anos, que teria 82 anos no começo de um eventual segundo mandato e já é o presidente mais velho dos EUA. (OESP/AE) NAVIO QUE BLOQUEIA SUEZ CAUSA PREJUÍZO DIÁRIO DE US$ 9,6 BI - Equipes de resgate da Holanda e do Japão foram enviadas ontem para tentar desencalhar o cargueiro Ever Given no Canal de Suez, no Egito. A embarcação bloqueou a passagem em uma das rotas comerciais mais importantes do mundo, causando um prejuízo diário de US$ 9,6 bilhões. Algumas empresas já analisam a alternativa de enviar cargas pela rota mais longa, contornando a África do Sul. Especialistas disseram ontem que, se o navio não for desencalhado nas próximas 48 horas, os cargueiros começarão a buscar a rota africana. Ontem, segundo autoridades egípcias, havia 185 navios aguardando a passagem por Suez. O acidente pode afetar o fornecimento de petróleo do Oriente Médio para a Europa. O preço do barril ontem foi a US$ 61, um aumento de quase 6% provocado pelos temores de desabastecimento. (OESP/AE)

OPOSITOR RUSSO AFIRMA QUE É VÍTIMA DE TORTURA NA PRISÃO - Colaboradores de Alexei Navalni denunciaram ontem que a “vida e a saúde” do líder da oposição a Vladimir Putin na Rússia estão ameaçadas. Navalni, que cumpre pena de 2 anos e 6 meses de prisão, denunciou que seus carcereiros o estão privando do sono durante a noite, o que equivale à prática de tortura. (OESP/AE)

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