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Resenha Livro Economia Politica

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Revista PRAIA

Revista PRAIAVERMELHAVERMELHA/ Rio de Janeiro / v/ Rio de Janeiro / v. 19 . 19 nº 1 / p. 129-132 / nº 1 / p. 129-132 / Jan-Jun 2010Jan-Jun 2010 RESENHA

RESENHA

Recebido em 16.03.2009. Aprovado em 22.05.2009. Recebido em 16.03.2009. Aprovado em 22.05.2009.

Escrtr de peças teatras engajadas na

Escrtr de peças teatras engajadas na prm-

prm-çã da emancpaprm-çã humana, Bertlt Brecht tnha

çã da emancpaçã humana, Bertlt Brecht tnha

cm uma das suas prncpas mtações redgr 

cm uma das suas prncpas mtações redgr 

texts acessíes à classe trabalhadra.

texts acessíes à classe trabalhadra.

Respe-tand a autnma (relata) das artes e seu

tand a autnma (relata) das artes e seu

cn-teúdo etético epecíco, ele bucava contribuir 

teúdo etético epecíco, ele bucava contribuir 

efetamente para a cnstruçã de uma

efetamente para a cnstruçã de uma scedadescedade

scalsta perada pela açã cnscente e

scalsta perada pela açã cnscente e

aut-emancpada d prletarad.

emancpada d prletarad.

Brecht tnha hrrr a eltsm teórc.

Brecht tnha hrrr a eltsm teórc.

Fre-qüentemente quexaa-se ds texts escrts pels

qüentemente quexaa-se ds texts escrts pels

lóofo da Ecola de

lóofo da Ecola de Frankfurt, em epecial Ador Frankfurt, em epecial Ador -

-no e Horkheimer. Na ua avaliação, o frankfur 

no e Horkheimer. Na ua avaliação, o frankfur -

-tans desenleram uma lnguagem nacessíel

tans desenleram uma lnguagem nacessíel

as nã-ncads e, pr ss, craam um absm

as nã-ncads e, pr ss, craam um absm

Ecnma plítca: uma ntrduçã crítca

Ecnma plítca: uma ntrduçã crítca

Rodrigo Castelo Branco* Rodrigo Castelo Branco* UFRJ/ UniFOA

UFRJ/ UniFOA

O que está errado, agora, no

O que está errado, agora, no nosso discurso?nosso discurso?  Alguma coisa? Ou tudo?  Alguma coisa? Ou tudo? Com quem ainda podemos contar? Com quem ainda podemos contar?

Somos restos da

Somos restos da correntecorrenteza vivaza viva que o rio depositou em

que o rio depositou em suas margens?suas margens?  Ficaremos para trás, sem entendermos,  Ficaremos para trás, sem entendermos,  sem sermos entendidos por ninguém?  sem sermos entendidos por ninguém? (Bertolt Brecht) (Bertolt Brecht) entre ua teoria e a ação revolucionária. Afeito

entre ua teoria e a ação revolucionária. Afeito

às déas “grsseras”, sempre subrdnadas – mas

às déas “grsseras”, sempre subrdnadas – mas

nã subjugadas –, à prátca, Brecht escreeu: “

nã subjugadas –, à prátca, Brecht escreeu: “

 pensament nã precsa de luz demas, de pã

 pensament nã precsa de luz demas, de pã

de-mas, nem de pensament demas”.

mas, nem de pensament demas”.

Muta csa sera dferente se estas

Muta csa sera dferente se estas

elucubra-ções tessem td ec a lng da hstóra d

ções tessem td ec a lng da hstóra d

marximo. Perry Anderon, no enaio

marximo. Perry Anderon, no enaio Considera- Considera-ções sobre o marxismo ocidental 

ções sobre o marxismo ocidental , antu que, a, antu que, a

lng d sécul XX, partcularmente deps da

lng d sécul XX, partcularmente deps da

geraçã pré-prmera guerra mundal – basta

geraçã pré-prmera guerra mundal – basta

lem-  brarms de Lênn e sua brchura

  brarms de Lênn e sua brchura Imperialismo, Imperialismo,  fase superior do capitalismo: um

 fase superior do capitalismo: um ensaio popular ensaio popular ,,

u de Rsa Luxemburg e seu lr escrt para

u de Rsa Luxemburg e seu lr escrt para

curss de frmaçã plítca d Partd

curss de frmaçã plítca d Partd

Scal-REsENHA

REsENHA: Ecnma plítca: uma ntrduçã crítca.: Ecnma plítca: uma ntrduçã crítca.

  NETTO, Joé Paulo; BRAZ, Marcelo.

  NETTO, Joé Paulo; BRAZ, Marcelo.  Economia política: uma introdução crítica.  Economia política: uma introdução crítica.Sã Paul: EdtraSã Paul: Edtra

Crtez, 2006.

Crtez, 2006.

Book REviEw: Pltcal Ecnmy: a crtcal ntrductn.

Book REviEw: Pltcal Ecnmy: a crtcal ntrductn.

  NETTO, Joé Paulo; BRAZ, Marcelo.

  NETTO, Joé Paulo; BRAZ, Marcelo.  Political Economy: a critical introduction  Political Economy: a critical introduction. Sã Paul: Edtra. Sã Paul: Edtra

Crtez, 2006.

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130  Rodrigo Castelo Branco

Revista PRAIAVERMELHA / Rio de Janeiro / v. 19 nº 1 / p. 129-132 / Jan-Jun 2010

Democrata Alemão, Introdução à crítica da eco-nomia política– a tradçã marxsta pratcamente abandnu s estuds sbre ecnma plítca, sua lgaçã dreta cm  mment perár e f refugar-se nas cdadelas acadêmcas, cm seu lnguajar própr, tã dstante da realdade ct-dana da classe trabalhadra.

Apó o conturbado ano 1990, período no qual surgram árs atestads de óbts da trad-çã de pensament e atrad-çã plítca naugurada pr  Marx e Engels,  marxsm, lentamente, se recm-  põe, e ntelectuas lgads a esta tradçã

cme-çam a prduzr texts ntrdutórs ltads para  grande públc. Este é precsamente  cas d lr Economia Política: uma introdução crítica, de Joé Paulo Netto e Marcelo Braz, lançado pela edtra Crtez.

A obra etá etruturada em torno de nove capítu -ls, além da ntrduçã, cnclusã e uma (extensa e rica) bibliograa conolidada de todo o livro. Ao nal de cada capítulo o leitor encontrará, de forma rápida e aceível, referência bibliográca tradi -cionai e, além dio, uma relação de lme acerca d tema ersad. Este cudad edtral em uma  bblteca básca drecnada a públc uners-tár cnsttu uma bela ndade, ps agrega uma utra frma de lnguagem, tã dfundda hje na  juentude (talez mas d que a própra lteratura),

as estuds acadêmcs.

O capítulo 1 (Trabalho, ociedade e valor) di erta, ob o enfoque luckaiano, a repeito da ca -tegra trabalh, cncet central de tda a crítca da economia política marxita. Dicilmente o lei-tr encntrará um títul sbre ecnma plítca –  mesm dentr da tradçã marxsta – que t enha tal abrdagem sbre a categra trabalh, partcular-mente do Lukác da Ontologia do Ser Social . Ut-lzand-se deste referencal teórc, que entende  trabalh cm uma atdade nelmnáel e cns-ttuta d gêner human, capaz de (ptencal-mente) satsfazer as necessdades d estômag e da fantasa ds seres humans, fazend regredr as  barreras naturas e trnand-s, prtant, seres s-ciai livre e autônomo, Netto e Braz ditanciam-se das nterpretações tradcnas da ecnma que êem  trabalh cm um smples fatr de prdu-ção, uma atividade mercantilizada e reicada.

Este pnt frte d lr, cntradtramente, traz um pnt passíel de crítca, que s autres,

incluive, etão ciente: etamo falando da dicul -dade que prentura  letr pssa ter n entend-ment d capítul, dada a lnguagem hermétca de Lukác. Ma até aqui o autore mantêm-e éi a Marx, quand este, n prefác da edçã francesa de O Capital , arma que “não há etrada real para a cênca, e só têm prbabldade de chegar a seus cms lumnss, aqueles que enfrentam a cansera  para galgá-ls pr eredas abruptas”.

o capítul 2 apresenta cncets báscs da crítca da ecnma plítca, tas cm excedente ecnômc, frças prdutas, relações de prdu-ção, ditribuiprdu-ção, conumo, dentre outro. No nal s autres fazem um bree hstórc ds mds de   prduçã, da antgudade até  captalsm,

pas-sand pel escrasm e  feudalsm.

os capítuls 3, 4 e 5 traçam um panrama d lr i de O Capital (o prcess de prduçã d captal), títul centenár que demnstra fôleg renovado na explicação obre a atuai congura -ções d captalsm cntemprâne, fetas, é clar, as dedas medações hstórcas. os capítuls 6 e 7 aançam ns lrs ii e iii de O Capital (o prces-s de crculaçã d captal e o prcesprces-s glbal de  prduçã captalsta, respectamente), dscutnd a repartçã da mas-ala entre as frações da classe  burguesa, a queda da taxa de lucr e as crses ec-nômica. Nete conjunto de capítulo, que ocupam quase a metade da bra, s letres encntrarã uma “sã segura e atualzada da Ecnma P-lítca, [que] nã faz nenhuma cncessã a sm- plsm e a esquematsm”, cm escree Carls  Nelon Coutinho na quarta capa.

  No último doi capítulo – O imperialimo (cap.8) e o captalsm cntemprâne (cap.9) –  s autres demnstram, ctand uma larga bbl-graa, baeada fundamentalmente no texto de Lênn, Hlferdng, Mandel, Baran, Seezy, Ches-nas e Harey, que a crítca da ecnma plítca mantee-se a e pulsante após a mrte de Marx, send capaz de trazer à tna, cm muta prpreda-de, pertnênca e sldez teórc-metdlógca, as nas determnações sóc-ecnômcas que emer-giram na fae imperialita do capitalimo. Tema atuai como, por exemplo, o neoliberalimo, a  -nancerzaçã da rqueza e a reestruturaçã prdu-ta nã sã abrdads pr uma perspecprdu-ta ap-lgétca, de cncessã as mdsms teórcs d noo tempo – o chamado pó-modernimo. Todo

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131  Economia política: uma introdução crítica

Revista PRAIAVERMELHA / Rio de Janeiro / v. 19 nº 1 / p. 129-132 / Jan-Jun 2010

estes temas sã abrdads segund a le d alr-trabalho de Marx, contantemente rearmada ao lng d lr, funcnand cm uma espéce de o condutor (pp.90, 149-151, 189).

A retomada da lei do valor-trabalho como pedra angular da tradçã marxsta é um ds mérts d lr  Economia política: uma introdução crítica, bra escrta para ser um text ntrdutór, uma espéce de síntese de td  debate marxsta a res- pet, ns dzeres de Lênn, da prncpal fnte d   pensament marxan. Cntud,  mar mért

d text, ndscutelmente, é traduzr, de md smples, clar e bjet, sem mares sbressal-ts, uma bra densa e chea de percalçs cm s tms de O Capital .

o lr, prtant, sere cm um gua útl de  prmera aprxmaçã à crítca de ecnma plít-ca. Vale, todavia, uma advertência nal que, egun-d a nssa pnã, psselmente é cmpartlhada  pels autres: nenhum manual, pr mar que seja

a sua credbldade – e este é  cas d lr aqu analsad – substtu a letura (brgatóra) ds tex-ts clásscs e rgnas de karl Marx e de tda uma tradçã que  segue psterrmente. Ps, como dizem Joé Paulo Netto e Marcelo Braz, “é desnecessár sublnhar, lg de níc, que nssa  precupaçã em ferecer um lr ltad para a abrdagem ncal da Ecnma Plítca nã dee ser cnfundda cm qualquer ntençã facilitista, que poupe ao etudante reexão, empenho e e -frç. Supms um estudante nteressad, dsps-t a aprender, a se aprprar de nfrmações e de concepçõe teórica; um etudante que não tenha med da crítca e, muncad de cnhecments, se  prpnha exerctar a sua própria crítica” (p.12).

Referências

 NETTO, Joé Paulo e BRAZ, Marcelo. Economia  política: uma introdução crítica. Sã Paul: Edtra

Crtez, 2006

* Rodrigo Castelo Branco é Ecnmsta. Mestre em Serç Scal. Dutrand da Escla de Ser-ç Scal/UFRJ, Pesqusadr d Labratór de Etudo Marxita Joé Ricardo Tauile (LEMA) do insttut de Ecnma/UFRJ, Dcente d Centr Univeritário de Volta Redonda (UniFOA).

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Referências

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