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28-02-2019
/ CADERNO ESPECIAL // SEGUROS /
\/
/ DEBATE //
2019
com muita saúde
O
ano passado ficou marcado pelo crescimento do mercado
de seguros de saúde. Este ano, a tendência deverá manter-se,
à medida que os consumidores procuram alternativas viáveis
ao SNS. Do ponto de vista das companhias seguradoras,
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dos privados não está nas urgências, mas no atendimento», afirmam os participantes. «Há uma maior consciencialização à volta da qualidade de vida, a esperança de vida au-mentou, e tudo isto tem implicação nos segu-ros. Há essa maior preocupação a recorrer a um serviço de saúde de forma célere, mesmo que pagando mais qualquer coisa por isso», reiteram os responsáveis.
Seguros pouco valorizados
No mercado português, os seguros obri-gatórios - sobretudo o automóvel - são, por natureza, aqueles que têm uma maior pe-netração. Não obstante, há alguns seguros obrigatórios que, eventualmente por falta de conhecimento dos consumidores, têm uma «penetração mínima», como é o caso dos se-guros de empregadas domésticas.
A par da falta de conhecimento/literacia, há, de acordo com os responsáveis do sector, uma desvalorização generalizada dos consu-midores portugueses em relação a este tipo de produtos. E se isto é verdade para os seguros obrigatórios, torna-se ainda mais evidente no caso dos não-obrigatórios. Uma questão cultural, muito longe da realidade de outros países europeus, tais como a Bélgica ou a Ho-landa, onde este tipo de seguros tem uma pe-netração muito mais elevada. «Os portugue-ses são muito apegados à família, mas depois, na realidade, quando falamos de seguros, a maior parte das pessoas não tem, não sabe o que tem, ou não quer falar do assunto! Por vezes nem os seguros obrigatórios têm. É uma questão cultural, as pessoas não valorizam os
«O seguro de saúde vai continuar
a subir este ano. É inevitável,
não só por força dos particulares,
como também das empresas.
O nível de consumo está elevado,
não há muito por onde poupar, e
uma área que as pessoas têm para
investir é na sua protecção.»
Quase um quarto dos portugueses já temseguro de saúde. Os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) revelam que, em Março do ano passado, cer-ca de 2,4 milhões de pessoas já beneficiavam deste produto, quando no final de 2014 o nú-mero de segurados estava abaixo da fasquia dos dois milhões.
Os números demonstram a evolução e consolidação do mercado de seguros de saú-de em Portugal nos últimos anos. E em 2019, será que esta tendência se irá manter? «O se-guro de saúde vai continuar a subir este ano. É inevitável, não só por força dos particula-res, como também das empresas. O nível de consumo está elevado, não há muito por onde poupar, e uma área que as pessoas têm para investir é na sua protecção. Os planos de saú-de, indepentemente da mossa que fizeram nos seguros de saúde, alertaram para esta necessidade», vaticinam os participantes no mais recente pequeno-almoço debate do sec-tor de Seguros organizado pela Marketeer, no Hotel Dom Pedro Lisboa.
Ana Sereno (Allianz), João Gama (Map-fre), José Villa de Freitas (Fidelidade), Sandra Santos (Via Directa), Susana Fava (CA Vida) e Teresa Thobe (Grupo Ageas Portugal) são os profissionais que se reuniram à volta da mesa para debater o estado do sector e apontar al-gumas previsões e desejos para este ano.
Na opinião destes responsáveis, na base do crescimento do mercado dos seguros de saúde está sobretudo a maior percepção que as pes-soas têm das insuficiências do Serviço Nacio-nal de Saúde (SNS), nomeadamente o elevado tempo de espera médio para a marcação de consultas de especialidade, cirurgias e exa-mes. E isto leva-as a procurarem uma alterna-tiva que lhes dê acesso privilegiado ao sector privado. Para esta situação muito contribui o eco diário (ou quase) que os meios de comu-nicação social dão dos tempos de espera ou da própria gestão do Serviço Nacional de Saúde.
«Uma das principais vantagens do sector privado é o [menor] tempo de espera. Não é líquido que a pessoa, numa urgência, quei-ra ir paquei-ra um [hospital] particular. Mas na consulta, que é programada, não quer estar quatro anos à espera! A grande vantagem
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® Daniel AlmeidaPaís: Portugal
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Joâo Gama (Mapfre) Teresa Thobe (Grupo Ageas Portugal) Sandra Santos (Via Directa) / CADERNO ESPECIAL // SEGUROS /
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«Os
portugueses são muito
apegados à família, mas depois.
na realidade, quando falamos de
seguros, a maior parte não tem,
não sabe o que tem, ou não quer
falar do assunto!
Por
vezes nem
os seguros obrigatórios têm.
É
uma
questão cultural, as pessoas
não valorizam os seguros.»
seguros. Há muito a mentalidade de viver o dia-a-dia sem pensar no que pode acontecer no futuro», justificam os responsáveis.
A excepção à regra são mesmo os seguros de saúde, que conquistaram mercado de for-ma quase orgânica, porque os consumidores perceberam a proposta de valor que agregam e porque «são seguros de utilização intensi-va, ou seja, as pessoas têm uma percepção de que utilizam e que dá jeito».
Dito isto, projectam os responsáveis, não é expectável que outros seguros não-obriga-tórios, como o seguro de vida, registem um crescimento relevante este ano. Sendo que, no caso do seguro vida risco, existe ainda uma dificuldade acrescida à sua comercialização que se prende com própria rede de distri-buição. «A nossa distribuição sempre esteve muito mais à vontade para vender os seguros obrigatórios, nomeadamente o automóvel. Os mediadores nunca sentiram muita apetência ou à-vontade para comercializar este tipo de seguro de vida. Ainda existem nalgumas com-panhias redes específicas de pessoas que só se dedicam à colocação e comercialização deste tipo de seguros, que durante algum tempo ti-veram algum sucesso», frisam.
Além disso, «a probabilidade de venda de um seguro de vida é totalmente diferen-te se vendemos a uma pessoa ou um casal. O individival praticamente não funciona; com um casal consegue-se marcar uma reunião, mas isso obriga a um planeamento que a rede de distribuição não tem. Só quando se mudar este mindset para a prospecção orientada» é
que poderá haver alguma evolução, notam os participantes no debate.
Outro produto que, na teoria, poderia ga-nhar quota este ano é o seguro de capitaliza-ção (um produto financeiro destinado à cons-tituição de poupanças), mas as taxas ainda não suficientemente atractivas para que haja uma evolução significativa a este nível, lamentam.
Diversificação da oferta
Certo é que, com a melhoria do contex-to económico, as companhias seguradoras presentes no mercado português têm vindo a investir em novos produtos que respondem às necessidades dos consumidores e acom-panham diferentes tendências de mercado. Os seguros para animais domésticos são um bom exemplo de um produto relativamente recente e que tem tido uma aceitação positiva no mercado nacional.
«É um seguro que se vende "sozinho", porque há procura, não tanto pela rede de distribuição, mas pelos canais directos. E é um produto onde, tal como nos seguros de saúde, também há uma percepção de utiliza-ção, porque traz descontos nas vacinas, nas rações, na rede de veterinários...», afirmam os presentes. Além disso, é um produto que ajuda as companhias seguradoras a entrarem em contacto com as gerações jovens, cada vez mais preocupadas com a saúde dos seus pets. «Os jovens são influenciadores neste tipo de produto», frisam. Também os produtos re-lacionados com segurança digital/cyber são
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José Villa de Freitas (Fidelidade)
Ana Sereno (Allianz) Susana Fava (CA Vida)
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«Queremos alertar o cliente
para as necessidades de protecção
que ele tem. Esse é um trabalho
que vai demorar tempo e é um
trabalho de todas as seguradoras,
no mesmo sentido»
cada vez mais procurados pelas empresas na-cionais ou com presença em Portugal.
Num futuro próximo, a área da mobili-dade deverá reclamar uma especial atenção por parte das companhias seguradoras, so-bretudo tendo em conta a disseminação dos serviços de aluguer de bicicletas e trotinetes eléctricas nas grandes cidades. «São riscos recentes, com comportamentos que ainda estão a ser estudados, e portanto não é fácil avançarmos no imediato com um seguro. Não sabemos qual vai ser o comportamento das pessoas em cima das trotinetes em Lisboa», ressalvam os responsáveis do sector.
Neste campo, importa ainda destacar os automóveis autónomos que, nas próximas décadas, deverão mudar radicalmente o pa-radigma das empresas seguradoras, mas so-bre os quais ainda recai muita incerteza.
Combater a iliteracia
Ainda continua a existir em Portugal um elevado grau de iliteracia no que toca aos se-guros, «não tanto ao nível das coberturas dos seguros próprios, do que é que cada um co-bre, mas da falta de consciencialização».
Para mitigar a iliteracia, as companhias seguradoras têm procurado adoptar uma linguagem menos técnica, mais humana, in-tuitiva e inteligível, apesar de todos os cons-trangimentos que se colocam em termos de regulamentação («muitas das vezes a regu-lamentação obriga-nos a usar uma determi-nada terminologia»). Um trabalho que passa muito pela comunicação interna, no sentido
de ser a própria rede a sensibilizar os consu-midores para as necessidades que estes têm, e que podem ser respondidas pelos seguros. «Nem toda a comunicação é visível para fora. Há muito trabalho para a rede de distribui-ção, para o contacto com o cliente. Pretende-mos sensibilizar aqueles que contactam com o cliente. Até porque o RGPD veio limitar um pouco a nossa actividade de marketing. Que-remos alertar o cliente para as necessidades de protecção que ele tem. Esse é um trabalho que vai demorar tempo e é um trabalho de to-das as seguradoras, no mesmo sentido», as-severam os responsáveis.
A automatização de processos, o maior enfoque que existe nos canais e serviços di-gitais, apesar de todos os benefícios que acarreta, acaba por colidir um pouco com esta estratégia. «Estamos aqui num ligeiro contra-senso: por um lado, queremos estar mais perto dos clientes; por outro, perdemos um pouco essa ligação directa e o contacto de aconselhamento, que neste tipo de seguros é necessário. As duas situações podem coexis-tir, mas ultimamente temos estado mais preo-cupados com a parte tecnológica.» O ideal, defendem, será atingir um equilíbrio.
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