BOLETIM ELEITORAL Al.^ 3 3 ?>
ESTADOS UNIDOS DO BRASIL
(Decreto n . 21.076, de 24 de fevereiro de 1932)
ANO II RIO DE JANEIRO, 6 DE MARÇO DE 1933 N . 47
LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA ELEITORAIS
(Publicação íeita de acordo com o oficio n . 4.093, de 22 de de outubro de 1932, do Sr. Diretor Geral da Imprensa Nacional e autorizada pelo Sr. Ministro Presidente do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral).
Fasciculos já publicados e que se acham á venda na Tesouraria da Imprensa Nacional
Fasciculo I — Código Eleitoral e todos os decretos subse- quentes, expedidos a t é 31 de dezembro de 1932.
Fasciculo II — Regimentos expedidos pelo Tribunal Superior.
Fasciculo I I I — J u r i s p r u d ê n c i a ( A c ó r d ã o s — Habeas-corpus ns. 1 e 2 — Recursos ns. 1 a 4).
Fasciculo IV — Legislação subsequente e J u r i s p r u d ê n c i a .
Preço de cada fasciculo
S U M A R I O
I — Jurisprudência do Tribunal Superior.
1.
2 . 3.
4 . 5.
6.
7 . 8.
Processo n.
Processo n.
Processo n.
Processo,, n.
Processo n.
Processo n.
Processo n.
Processo n.
274 — Pará.
277 — Santa Catarina.
278 — Sergipe.
282 — Santa Catarina.
284 — Sergipe.
286 — Distrito Federal.
291 — Rio Grande do Sul.
292 — Distrito Federal.
II — Editais e a Visos.
T R I B U N A L S U P E R I O R DE J U S T I Ç A E L E I T O R A L
J U R I S P R U D Ê N C I A
Art. 14, n. 4. do Código Eleitoral e art. 30, classe 5\ do Regimento Interno do Tribunal Eleitoral
Processo n. 274
JVatm-eza do processo — P a r á — Registro do P a r t i d o L i b e r a l do P a r á ( a r t . 99 do Código E l e i t o r a l e a r t s . 92 e 93 do Regimento G e r a l ) .
Juiz relator — O S r . m i n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a .
Manda-se efetuar o registro do Partido Liberal do Pará, porquanto foram satisfeitos os requisitos do Có- digo Eleitoral e do Regimento Geral.
ACÓRDÃO
V i s t o s , relatados e discutidos estes a u t o s : Considerando que o P a r t i d o L i b e r a l do P a r á a d - q u i r i u personalidade j u r í d i c a , p o r i n s c r i ç ã o no r e g i s -
tro competente (Código C i v i l , a r t . 18; Código E l e i t o - r a l , a r t . 99, 1 ) ;
Considerando que o ó r g ã o representativo do P a r - tido fez a este T r i b u n a l a c o m u n i c a ç ã o circunstan- ciada e completa, de que t r a t a o a r t . 92, § I
odo R e - gimento G e r a l dos J u í z o s , Secretarias e C a r t ó r i o s ;
Considerando que f o r a m satisfeitos todos os r e q u i s i t o s do Código E l e i t o r a l e do Regimento G e r a l :
A C O R D A M os juizes do T r i b u n a l S u p e r i o r d e ' J u s - t i ç a E l e i t o r a l e m mandar efetuar o registro do P a r t i d o L i b e r a l do P a r á e p u b l i c á - l o , fazendo-se a d e v i d a c o m u n i c a ç ã o ao T r i b u n a l Regional, nos termos do a r t . 93, §§ 2° e 3° do Regimento G e r a l .
T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 10 de f e v e r e i r o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e - sidente. — Eduardo Espinola, r e l a t o r .
C o m o S r . j u i z relator, v o t a r a m os S r s . J o s é L i - nhares, Affonso P e n n a J ú n i o r e Monteiro de Salles.
F o r a m votos vencidos os dos S r s . Carvalho Mourão, Renato Tavares e M i r a n d a Valverde, que convertiam o j u l g a m e n t o e m d i l i g e n c i a , p a r a o f i m de ser decla- rado, pelo P a r t i d o , o seu representante j u n t o ao T r i - b u n a l S u p e r i o r .
P A R T I D O L I B E R A L D O P A R Á
(Registrado em sessão de 10 de fevereiro de 1933. Publi- cação a que se refere a última parte dc art. 93, do Regimento Geral).
Denominação — Partido Liberal do P a r á (inscrito no Registro Especial de Títulos e Documentos, da comarca de Belém do P a r á , a 8 de dezembro de 1932. ( F l s . 59 do Livro n: 1-A, sob n. de ordem 82).
Modo de sua constituição — O Partido-foi constituído pelo congresso de seus membros, reunidos em 16 de no- vembro de 1932. Os respectivos estatutos, aprovados, tam- bém, em 16 de novembro de 1932, foram, na integra, publi- cados no Diário Oficial do Estado do Pará, de 1 de de- zembro de 1932, estando arquivado um exemplar no Registro Especial de Títulos e Documentos do referido Estado, tudo nos termos do decreto n . 18.542, de 24 de dezembro de 1928, adquirindo, assim, o dito Partido personalidade jurídica.
Orientação política — "Defender na Republica a ordem constitucional e a união federativa e no Estado a sua auto- nomia política, econômica, financeira e administrativa. "
Âmbito de ação — A ação política do_ Partido Liberal do P a r á é ao mesmo tempo nacional e regional, mas a sua ação propriamente partidária é sobretudo regional.
Órgãos representativos — O Partido é dirigido por
uma Comissão Diretora composta de sete membros eleitos
pelo Congresso do Partido, por um período de dois anos,
cabendo ao respectivo presidente representar o Partido, —
com anuência tácita ou expressa da Comissão Diretora —
judicial ou extra-judicialmente (art. 6", alinea d dos E s -
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tatutos, cujo exemplar do • Diário Oficial, fica aqui arqui- vado). E ' -presidente atual o dr. Abel . Abreu Chermont.
.Existem comissões municipais, na capital como no interior, eleitas por 2 anos. N o município da capital, serão 15 mem- bros, efetivos e 7 nos municípios do interior.
Endereço de sua sede principal — Boulevard Castilhos França n . 53 (Belém do P a r á ) . E ' seu representante, junto ao Tribunal Regional, o presidente do partido, dr. Abel Chermont.
Secretaria do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 13 de fevereiro de 1933. — Edmundo Barreto Pinto.
— Visto. — Gomes de Castro, diretor, interino.
Processo n. 277
Natureza do processo — Santa C a t a r i n a — C o n s u l t a —. Sobre si o S r . Marcos K o n d e r que exerceu o cargo de P r e - feito M u n i c i p a l se acha i n c l u í d o no a r t . I
o, l e t r a b, do decreto n . 22.194, de 9'de dezembro de 1932, que d i s p ô s sobre p r i v a ç ã o de d i r e i t o s p o l í t i c o s .
Juiz relator — O S r . desembargador Renato T a v a r e s .
Deixa-se de tomar conhecimento da consulta, por não caber em caso que importa em decidir uma espécie, cujo julgamento só compete ao Tri- bunal Superior, em segunda instância, por meio do recurso próprio.
ACÓRDÃO
V i s t o s e examinados estes autos de c o n s u l t a n ú - mero 2 7 7 :
O presidente do T r i b u n a l R e g i o n a l do E s t a d o de Santa C a t a r i n a t r a n s m i t e , no telegrama de f l s . 2, a consulta do j u i z d á 11* zona e l e i t o r a l daquele Estado, na q u a l p e r g u n t a se o S r . Marcos K o n d e r , que e x e r c e u o cargo de P r e f e i t o do m u n i c í p i o , e s t á i n c l u í d o n a le.- t r a b do a r t . I
odo decreto n . 22.194, de 1932.
A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l em n ã o t o m a r conhecimento da consulta, por n ã o caber em caso que i m p o r t a em d e c i d i r u m a e s p é c i e , cujo j u l g a m e n t o só lhe compete em segunda i n s t â n c i a , p o r m e i o d ó recurso p r ó p r i o .
T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , e m 10 de fevereiro de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e - sidente. — Renato Tavares, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a - n i m e . )
Processo n. 278
Natureza do processo — Sergipe — C o n s u l t a — Sobre s i a m u l h e r casada pode a l i s t a r - s e sem consentimento do m a r i d o .
Juiz relator — O S r . D r . A f f o n s o P e n n a J ú n i o r .
Si o Codigo\ Eleitoral concedeu, irrestritamente, d mulher o direito de votar e ser votada, esse direito, quan- do casada a mulher, não pode ser su- bordinado d autorização marital.
ACÓRDÃO
Consulta o presidente do T r i b u n a l - R e g i o n a l do Sergipe s i a m u l h e r casada pode a l i s t a r - s e sem c o n - sentimento do m a r i d o :
A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l responder que, tendo o Código E l e i t o - r a l concedido, i r r e s t r i t a m e n t e , á m u l h e r o d i r e i t o de votar e ser votada, esse d i r e i t o , quando casada a
m u l h e r , n ã o pode ser subordinado á a u t o r i z a ç ã o m a - r i t a l .
T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em >10 de f e v e r e i r o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e - s i d e n t e . — Affonso Penna Júnior, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )
Processo n. 282
Natureza do processo — Santa C a t a r i n a — Consulta — Sobre si os o f i c i a i s comissionados pelo G o v e r n o deposto em v i r t u d e da r e v o l u ç ã o v i t o r i o s a de outubro de 1930, e s t ã o i n h i b i d o s de se q u a l i f i c a r e m o u serem qualificados e l e i - tores, em face do decreto n . 22.194, de 9 de dezembro de 1932.
Juiz relator — O S r . m i n i s t r o C a r v a l h o M o u r ã o .
Os cidadãos que, em outubro de 1930, comissionados oficiais pelo Go- verno deposto, combateram o movi- mento revolucionário não se incluem
entre os que ficaram com seus direi- tos políticos suspensos por tres anos, nos termos do, art. I
odo decreto nú- mero 22.194, 'de 1932.
ACÓRDÃO
V i s t o s e relatados estes autos, nos quais o p r e s i - dente do T r i b u n a l R e g i o n a l de Santa C a t a r i n a enca- m i n h a a este T r i b u n a l S u p e r i o r , p o r telegrama a fls., c o n s u l t a do D r . j u i z da 13" zona daquela r e g i ã o e l e i - t o r a l , em que se indaga s i aqueles que em outubro de 1930, comissionados oficiais pelo G o v e r n o deposto, c o m b a t e r a m o m o v i m e n t o r e v o l u c i o n á r i o e s t ã o i n h i - bidos de se q u a l i f i c a r e m ou serem qualificados eleito- res, em face do decreto n . 22.194, de 9 de dezembro de 1932:
A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l , u n a n i m e m e n t e , responder n e g a t i v a m e n - te; porquanto, de todos que, nos Estados, combateram o m o v i m e n t o r e v o l u c i o n á r i o . e m outubro, de 1930, so- mente f i c a r a m c o m seus d i r e i t o s p o l í t i c o s suspensos por tres anos os membros dos respectivos gomemos
(art. T , l e t r a b, do decreto n . 2 2 . 1 9 4 ) .
T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 14 de f e v e r e i r o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e - s i d e n t e . — Carvalho Mourão, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a - n i m e . )
Processo n. 284
N a t u r e z a do processo — Sergipe — C o n s u l t a — Sobre si o j u i z e l e i t o r a l p a r a o efeito de sua p r ó p r i a i n s c r i ç ã o , pode assinar a f o r m u l a r e s p e c t i v a p e r a n t e o e s c r i v ã o , sendo o processo p r e p a r a d o pelo j u i z suplente e a e x - p e d i ç ã o do t i t u l o f e i t a pelo j u i z e l e i t o r a l v i t a c i l i o da zona m a i s p r ó x i m a .
J u i z r e l a t o r — O S r . desembargador Renato T a v a r e s . O juiz eleitoral, que. queira ins- crever-se na sede da própria zona, deve /fazê-lo no respectivo cartório.
Servirá, porém, no processo, em seu
impedimento ocasional, o juiz que, na
comarca, o substitue em tais casos,
segundo as leis locais de organização
Segunda-feira 6 BOLETIM ELEITORAL Março de 1933 879
judiciaria (com jurisdição eleitoral, plena, si fôr vitalício, e como simples preparador, caso o não seja).
ACÓRDÃO
V i s t o s e relatados estes autos, dos quais consta a consulta, por telegrama a f l s . , do presidente do T r i - b u n a l Regional de Sergipe, n a q u a l se indaga s i o j u i z eleitoral, p a r a sua p r ó p r i a i n s c r i ç ã o n a sede de sua zona, pode assinar a f o r m u l a constante do modelo n . 7, perante o e s c r i v ã o da m e s m a zona sob. sua j u r i s d i ç ã o , sendo o processo preparado pelo suplente e a e x p e - d i ç ã o do t i t u l o ordenada pelo j u i z e l e i t o r a l de o u t r a zona, seu s u b s t i t u t o :
R E S O L V E o T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i - toral, p o r m a i o r i a de votos, responder que a s s i m deve proceder o j u i z e l e i t o r a l que q u e i r a i n s c r e v e r - s e n a sede da p r ó p r i a z o n a ; devendo, p o r é m , o processo da i n s c r i ç ã o ser p r e p a r a d o e julgado pelo j u i z que, n a comarca, o substitue em seus i m p e d i m e n t o s o c a s i o - nais, como n a h i p ó t e s e , segundo a l e g i s l a ç ã o estadual, si fôr juiz vitalício, ou apenas p r e p a r a d o p o r este e remetido ao da sede da zona m a i s p r ó x i m a , p a r a o julgamento, caso o dito substituto n ã o seja j u i z v i t a - l í c i o ; como, tudo, r e s u l t a da j u r i s p r u d ê n c i a j á f i r - mada por este T r i b u n a l S u p e r i o r .
T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 14 de fevereiro de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e - sidente. —Carvalho Mourão, r e l a t o r ad-hoc. — Renato Tavares, vencido em p a r t e . E n t e n d o t a m b é m que n e - n h u m impedimento h a p a r a o e s c r i v ã o n ã o poder funcionar no processo de i n s c r i ç ã o no a l i s t a m e n t o e l e i t o r a l do j u i z com queim serve, sendo apenas i m - pedido o julgador, por n ã o ser a d m i s s í v e l que possa a p r e c i a r o seu p r ó p r i o p e d i d o . A m i n h a d i v e r g ê n c i a com o voto venceder f o i somente n a parte referente á s u b s t i t u i ç ã o do magistrado, que penso dever ser feita pela f o r m a estabelecida no Código E l e i t o r a l e n ã o de acordo com a l e i de o r g a n i z a ç ã o j u d i c i a r i a l o - cal, como fez o a c ó r d ã o .
N ã o se contesta, nem é p o s s í v e l p ô r em d ú v i d a , á v i s t a da clareza do texto, que o p a r á g r a f o ú n i c o do a r t . 30 do dito Código p e r m i t e q u e :
"Nas comarcas, m u n i c í p i o s ou termos, em que n ã o e x i s t a m j u i z e s nas c o n d i ç õ e s previstas pelo a r t . 30, p r e p a r e m os processos as autoridades j u d i c i a r i a s l o - cais m a i s graduadas, remetendo-os, p a r a j u l g a m e n t o , ao j u i z que preencha tais requisitos, n a comarca, d i s - t r i t o ou termo mais p r ó x i m o . "
Mas, é exatamente porque esse d i s p o s i t i v o só c u i d a das comarcas, m u n i c í p i o s ou termos em que n ã o e x i s t a m juizes com o p r e d i c a m e n t o da v i t a l i c i e - dade é que ele, a m e u v ê r , só a u t o r i z a , por e x c e ç ã o , o p r e p a r o dos processos p o r j u i z e s n ã o v i t a l í c i o s em tais l u g a r e s .
Nas comarcas em que h a j u i z e s v i t a l í c i o s , como ocorre n a e s p é c i e f o r m u l a d a n a consulta, t a l p r e c e i t o legal n ã o pode ter a p l i c a ç ã o .
Nesses lugares,, o p r e p a r o dos processos t e m de ser feito perante o p r ó p r i o j u i z e l e i t o r a l , de acordo
com o p r e c e i t o contido no a r t . 30, tantas vezes c i t a - do, que r e z a :
" C a b e m oas j u i z e s locais v i t a l í c i o s , pertencentes á . m a g i s t r a t u r a , as f u n ç õ e s de j u i z e l e i t o r a l . "
Nos lugares em que h a j u i z local v i t a l í c i o , p o r - tanto, n ã o p e r m i t e o Código que q u a l q u e r f u n ç ã o que deva ser desempenhada p o r magistrado, o seja p o r j u i z n ã o v i t a l i c i o , como a u t o r i z a o a c ó r d ã o . Este p r ó p r i o T r i b u n a l entendeu, p ô r u n a n i m i d a d e de votos
de seus j u i z e s , ao responder a consulta n . 20, de que f o i r e l a t o r o eminente D r . P r u d e n t e de Moraes F i l h o , que compete aos T r i b u n a i s Regionais a d e s i g n a ç ã o
" t a m b é m dos j u i z e s locais vitalícios que d e v e r ã o exercer as f u n ç õ e s de j u i z e s eleitorais em s u b s t i t u i ç ã o aos efetivos, quer nos impedimentos ( h i p ó t e s e da con- sulta) ou faltas ocasionais, quer nos outros casos de l i c e n ç a , f é r i a s , e t c . " ( B o l e t i m E l e i t o r a l n . 7, pag. 60).
P o r a s s i m c o n t i n u a r a entender, v o t e i p a r a que a res- posta fosse dada declarando que tendo o j u i z eleitoral escolhido seu d o m i c i l i o e l e i t o r a l a zona sujeita á sua j u r i s d i ç ã o , o processo de sua i n s c r i ç ã o no alistamento devia' ser feito perante o j u i z e l e i t o r a l , seu substituto legal, s e r v i n d o o e s c r i v ã o da p r ó p r i a z o n a .
(Os demais S r s . j u i z e s v o t a r a m de acordo com o S r . m i n i s t r o C a r v a l h o M o u r ã o . )
Processo n. 286
Natureza do processo — D i s t r i t o F e d e r a l — R e p r e s e n t a ç ã o — Sobre a d e s i g n a ç ã o de m a i s u m j u i z p a r a o s e r v i ç o elei- t o r a l da I
azona, que compreende os d i s t r i t o s m u n i c i p a i s de C a n d e l á r i a , S ã o J o s é , Santa R i t a , Sacramento, São D o m i n g o s e I l h a s .
Juiz relator — O S r . D r . J o s é M i r a n d a V a l v e r d e . Em face das circunstancias ex- cepcionais em que se encontra a I
azona eleitoral desta Capital, resolve-se autorizar ao Tribunal Regional fazer
a designação de mais um juiz vitali- cio, para, juntamente com o atual, realizar-se o alistamento com a ne- cessária regularidade na dita zona.
ACÓRDÃO
V i s t o s e examinados estes autos de consulta n ú - m e r o 286, em que o T r i b u n a l R e g i o n a l de J u s t i ç a E l e i t o r a l do D i s t r i t o F e d e r a l , encaminhando a repre- s e n t a ç ã o do j u i z da I
azona e l e i t o r a l , s o l i c i t a que este T r i b u n a l S u p e r i o r decida " s i p a r a u m a m e s m a zona.
e l e i t o r a l p o d e r á ser designado m a i s de u m j u i z para o s e r v i ç o e l e i t o r a l " , e
Considerando que o S r . j u i z da I
azona eleitoral desta cidade, c o m a r e p r e s e n t a ç ã o de f l s . 2, mostrou, no que concorda o T r i b u n a l R e g i o n a l o a c u m u l o de s e r v i ç o a seu cargo e a i m p o s s i b i l i d a d e de u m só j u i z proceder n a d i t a zona ao alistamento e l e i t o r a l p a r a a A s s e t a b l é a C o n s t i t u i n t e ;
Considerando que a n o m e a ç ã o de u m outro j u i z
v i t a l i c i o p a r a j u n t a m e n t e , com o atual, r e a l i z a r - s e o
mesmo alistamento, n a q u e l a I
azona e l e i t o r a l , e n a
f o r m a que o T r i b u n a l R e g i o n a l i n d i c a r , i m p õ e - s e , em
c o n s e q ü ê n c i a , como p r o v i d e n c i a de e m e r g ê n c i a , n ã o
vedada, antes p e r m i t i d a , pelo Código E l e i t o r a l , a r -
tigo 30, § I
o:
880 Segunda-feira 6 BOLETIM ELEITORAL Março de 1933
A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l e m responder a f i r m a t i v a m e n t e á c o n - s u l t a f e i t a e p a r a o caso especial de que se trata, em face das suas c i r c u n s t a n c i a s e x c e p c i o n a i s .
T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 21 de f e v e r e i r o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e - s i d e n t e . — J. de Miranda Valverde, r e l a t o r .
A N E X O N . 1
R e p r e s e n t a ç ã o do juiz eleitoral da I
azona desta Capi- tal, sobre o s e r v i ç o a seu cargo
"\