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Estudo de viabilidade econômico-financeira de ampliar e re-localizar a Empresa JS Desenhos

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ALUNA: ALESSANDRA SELENT PROFESSOR ORIENTADOR: IVO NEY KUHN

Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira de Ampliar e

Re-localizar a Empresa JS Desenhos

Trabalho de Conclusão de Curso

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ALESSANDRA SELENT IVO NEY KUHN

Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira de Ampliar e

Re-localizar a Empresa JS Desenhos

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão do Curso de

Administração da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito parcial à Conclusão de Curso e consequente obtenção de título De Bacharel em Administração.

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ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE AMPLIAR E RE-LOCALIZAR A EMPRESA JS DESENHOS

Alessandra Selent

Professor Orientador: Ivo Ney Kuhn E-mail do aluno: ale_selent@hotmail.com

E-mail do professor orientador: ivok@unijui.edu.br

Introdução: O presente trabalho de conclusão de curso visa estudar a viabilidade econômico-financeira de re-localização e ampliação da JS Desenhos, empresa de desenho e impressão de projetos de arquitetura e engenharia. De acordo com Salim et al (2005, p. 3) um estudo de viabilidade econômico-financeira, também conhecido como plano de negócios é “um documento que contém a caracterização de um negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros”. Este estudo é de grande relevância para a empresa, devido ao fato de que esta nunca passou por algum tipo de estudo. É importante para a autora, pois colocou em prática teorias vistas em sala de aula e possibilitou a ampliação de seus conhecimentos e habilidades. Para a Universidade o estudo contribui como fonte de pesquisa e subsídio para a elaboração de outros estudos nesta área. O estudo se mostrou viável em virtude da disponibilidade de tempo da empresa e da pesquisadora e da facilidade na obtenção das informações. O presente estudo tem como objetivo geral verificar se existe a viabilidade econômico-financeira de ampliar e re-localizar a empresa JS Desenhos. Seus objetivos específicos são de: caracterizar e identificar o mercado consumidor, concorrente e fornecedor; analisar os fatores externos que afetam a empresa; diagnosticar a situação atual da empresa; fazer projeções de possíveis cenários futuros, em termos financeiros; e propor sugestões de melhorias para a empresa;

Metodologia: Quanto à natureza este estudo classifica-se como pesquisa aplicada, pois visa

resolver um determinado problema da realidade e envolve fatores locais. Quanto à abordagem o estudo classifica-se como pesquisa qualitativa, pois faz relação da teoria com a prática e interpreta fenômenos do cotidiano. Quanto aos objetivos o estudo classifica-se em exploratório e descritivo, pois busca investigar uma realidade, descrever os fenômenos e criar hipóteses para estudo de caso. Para a realização deste estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, o levantamento e o estudo de caso, uma vez que estes tipos de pesquisa suprem os objetivos do estudo. Os sujeitos da pesquisa são o proprietário da empresa e a amostra da população que participou do levantamento de dados. O levantamento foi feito a partir de um questionário aplicado a uma amostra da população de clientes potenciais, para descobrir suas necessidades e testar a viabilidade da empresa investir em novos produtos. Os dados coletados foram transformados em planilhas, tabelas e gráficos para a mensuração dos resultados necessários para verificar a viabilidade do investimento.

Resultados: A empresa JS Desenhos foi fundada em 2 de Janeiro de 1991 pelo Sr. José Ivo

de Oliveira Selent. Localiza-se em sua residência, na Avenida São Luiz, nº 237, Bairro Storch, em Ijuí – RS. Atualmente tem como atividades principais o desenho e a impressão de projetos de engenharia e arquitetura (plotagem) e entrega em qualquer ponto do município de Ijuí e municípios próximos via transporte coletivo intermunicipal.

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Conforme a análise do setor realizada, devido à crise política e econômica pela qual o país passa, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF) calcula que a produção física da indústria gráfica encolheu 17,4% no terceiro trimestre de 2015, referente ao mesmo período de 2014. Diante desse cenário, a projeção para 2016 é de que deverá haver nova queda, de 7%. Para estudar a viabilidade de ampliação e re-localização da empresa JS Desenhos foi realizado um questionário com cinquenta pessoas e empresas, consideradas dentro do público-alvo da empresa, a fim de analisar a frequência de utilização e o grau de satisfação com relação aos serviços de impressão oferecidos no município de Ijuí. Todos os entrevistados declararam utilizar os serviços de impressão pesquisados com alguma frequência. Dentre os maiores graus de frequência, destacaram-se: a impressão em A4 e xerox; as digitalizações; as plotagens; as encadernações; as impressões de fotos; e as impressões de adesivos personalizados. Foi questionada a satisfação dos clientes com relação à qualidade e aos preços dos serviços de impressão oferecidos no município. No geral os clientes se encontram satisfeitos com a qualidade dos serviços, mas com relação ao preço dos serviços, a maioria dos entrevistados se declara indiferente. Foram questionados também quais são os principais fornecedores utilizados para estes serviços. Tiveram grande destaque a NetCopy, a Qualicoy e a Digicopy, juntamente com a opção “realizo estes serviços em minha casa/empresa”. Dois dos entrevistados marcaram a JS Desenhos como fornecedora. Foram entrevistadas trinta e oito pessoas físicas e doze pessoas jurídicas. Os clientes atuais da empresa são escritórios de arquitetura, arquitetos e engenheiros autônomos, construtoras, empresas de engenharia, automação e regularização e estudantes. A partir da oferta de novos serviços a empresa ampliará seu público-alvo, abrangendo estudantes em geral e pessoas comuns que precisam esporadicamente realizar serviços de impressão. A proposta objetiva relocalizar a empresa para oferecer maior visibilidade e oferecer serviços complementares aos atuais oferecidos. Os principais concorrentes diretos da JS Desenhos são outras empresas que realizam impressões, como a Qualicopy, a Netcopy e a Digicopy. Também há na cidade outros empresários autônomos, que representam concorrência indireta. A Copyjui é a principal fornecedora de cartuchos de tinta para as plotters e assistência técnica e fornecerá os tonners para impressão e xerox. A empresa Arno Máquinas é a fornecedora de papel para as plotters e também fornecerá os materiais para encadernação e as folhas para impressão e xerox. Atualmente a empresa oferece apenas os serviços de plotagem e desenhos em AutoCad. A partir da entrevista realizada com os clientes potenciais, esta pretende oferecer também impressões em A4 e xerox, encadernações, digitalizações e blocos de papel. Na análise swot foram identificadas como ameaças à empresa a crise econômica e da construção civil, a falta de luz e internet e o aumento dos preços dos cartuchos e tonners. As oportunidades identificadas são de concorrer em licitações realizadas por órgãos públicos, especialização em plotagens e a reutilização dos restos de papel. Os pontos fracos detectados são a resistência às mudanças e o local distante dos concorrentes. Os pontos fortes da empresa são a qualidade das impressões, o bom atendimento, o serviço de plotagens diferenciado e o horário estendido de acordo com as necessidades do cliente. Com relação ao marketing da empresa, os serviços serão oferecidos apenas na empresa, mas as plotagens continuarão a ser entregues em qualquer parte da cidade; o preço será fixado com base na concorrência, tentando sempre manter um preço menor que o oferecido pelos concorrentes, respeitando o limite dos custos dos serviços prestados. Serão utilizadas divulgações nos jornais e rádios do município e flyers distribuídos nas residências do entorno da empresa e nas escolas próximas; descontos para clientes fiéis, promoções no mês de aniversário da empresa, entre outras; e será criada uma página no Facebook, e futuramente um site, para a divulgação dos serviços da empresa e das promoções. No plano financeiro é apresentada a previsão de investimento inicial. Conforme Behrens e Hawranek (1992, apud Piedade Filho, 2004)” o investimento

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objetivo de produzir e obter ganhos líquidos no futuro”. Ainda que a empresa já exista, há necessidade de realizar novos investimentos para a mudança de endereço que deve ser classificado como investimento pré-operacional. Este foi estimado em R$ 1.700,00; o investimento fixo foi estimado em R$ 227.347,40, sendo R$ 200.000,00 referentes à compra e construção do imóvel onde a empresa será instalada, R$ 12.000,00 em um veículo para realizar as entregas e o restante em máquinas e materiais para a prestação dos serviços. O capital de giro ficou previsto em R$ 1.938,00. O total do investimento inicial foi calculado em R$ 230.985,40, sendo 10,82% financiados pelos sócios e 89,18% financiados por bancos através do modo SAC, gerando um montante de R$ 375.923,36 para pagamento. As vendas projetadas para o primeiro mês são de quatrocentos metros de plotagem, quinze desenhos em AutoCad, quarenta blocos de papel, quarenta encadernações, vinte mil folhas A4 em impressão e xerox e trezentas digitalizações, gerando uma receita bruta de R$ 11.380,00. A seguir explicitam-se as despesas fixas da empresa. De acordo com Zanluca (2013) despesa é o “valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório, Salários da administração”. Com a ampliação e re-localização a empresa espera obter um resultado líquido de R$ 3.881,69 ao mês e R$ 46.580,28 ao ano. Os custos e as despesas fixas têm um acréscimo de R$ 4.226,25 com relação à situação atual, mas a receita bruta aumenta em R$ 6.910,00, gerando um resultado líquido mensal R$ 2.683,75 maior que o anterior. Também foram projetados cenários otimistas e pessimistas. O cenário otimista projeta as vendas 50% maiores do que o estimado para o cenário normal, mas o resultado operacional líquido aumentaria em mais de 100%, pois os custos de prestação dos serviços são baixos. Já o cenário pessimista estima vendas 50% menores do que o normal. Com esse cenário a empresa teria um resultado líquido negativo de R$ 744,12, pois as despesas fixas se tornam muito altas perante a redução da receita bruta. O índice de lucratividade do investimento é de 36,31%. O índice de rentabilidade mostra o lucro líquido representa ao mês 1,79% do total investido e o prazo de retorno do investimento foi estimado em 59,51 meses. A taxa mínima de atratividade encontrada foi de 15,32%. Estimando um crescimento anual de 5%, o valor atual líquido a ser recuperado em sete anos de atividade é de R$ 13.758,95. A taxa interna de retorno neste período foi calculada em 17,15%. O payback simples se dará em quatro anos, dois meses e quinze dias. Já o payback atualizado encontrado foi de seis anos, cinco meses e dezenove dias.

Conclusões: O estudo atinge seu objetivo geral, de verificar a viabilidade de ampliação e

re-localização da empresa JS Desenhos, através da verificação dos índices de lucratividade, de rentabilidade, e prazo de retorno do investimento. A taxa mínima de atratividade encontrada é de 15,32%. Com um crescimento anual estimado em 5%, o valor atual líquido a ser recuperado em sete anos de atividade é de R$ 13.758,95. A taxa interna de retorno neste período é calculada em 17,15%. O payback simples se dará em quatro anos, dois meses e quatorze dias. Já o payback atualizado encontrado foi de seis anos, cinco meses e dezenove dias. Todos os objetivos específicos foram plenamente atingidos. Foi muito importante questionar os clientes potenciais sobre quem são seus fornecedores atuais e se estão satisfeitos com os serviços oferecidos por estes. As técnicas utilizadas e descritas na metodologia contribuíram para que o estudo atingisse seus objetivos. Pôde-se criar uma base conceitual que sustentasse o estudo e seus métodos. Não surgiram grandes dificuldades na realização do estudo. A utilização de banners pode ser parte de uma pesquisa futura. Futuramente também pode-se pesquisar o mercado da impressão em 3D e a viabilidade de montar uma empresa voltada a isso. A realização do estudo foi muito gratificante para a autora, pois proporcionou aumento dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos no decorrer do curso e serviu para a ampliação de sua visão de mercado.

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Palavras-Chave: estudo de viabilidade; plano de negócios; impressões e xerox. Referências Bibliográficas:

PIEDADE FILHO, Waldomiro. Projeção de receitas, custos e despesas nos projetos de

viabilidade econômico-financeira. São Paulo: Revista Pensamento e Realidade, PUC/SP, Ano

VII, nº 14, 2004.

SALIM, Cesar Simões et al. Construindo Planos de Negócios: todos os passos necessários

para planejar e desenvolver negócios de sucesso. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 344 p.

ZANLUCA, Jonatan de Souza. Custo ou despesa? Acessado em 29/10/2015. Disponível em http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm. 2013.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Grau de satisfação dos clientes com relação à qualidade dos serviços de

impressão ... 39

Quadro 02 – Grau de satisfação dos clientes com relação ao preço dos serviços de impressão ... 40

Quadro 03 – Características dos concorrentes e da empresa em estudo ... 43

Quadro 04 – Análise Swot ... 51

Quadro 05 – Previsão do Investimento Pré-operacional ... 53

Quadro 06 – Itens presentes atualmente no imobilizado da empresa ... 54

Quadro 07 – Previsão de Investimento Fixo ... 55

Quadro 08 – Previsão de Capital de Giro ... 55

Quadro 09 – Previsão de Investimento Inicial Total ... 56

Quadro 10 – Financiamento do capital investido ... 56

Quadro 11 – Financiamento pelo modo SAC ... 56

Quadro 12 – Financiamento pelo modo Price ... 57

Quadro 13 – Custo do metro de plotagem ... 58

Quadro 14 – Custo médio dos serviços ... 59

Quadro 15 – Preço de venda dos serviços ... 60

Quadro 16 – Margem de contribuição dos serviços ... 60

Quadro 17 – Projeção de vendas ... 61

Quadro 18 – Depreciação da empresa ... 61

Quadro 19 – Demonstração do Resultado do Exercício Atual ... 63

Quadro 20 – Demonstração do Resultado do Exercício Futuro ... 64

Quadro 21 – Projeção de cenários ... 65

Quadro 22 – Valor Atual Líquido ... 67

Quadro 23 – Taxa Interna de Retorno ... 67

Quadro 24 – Payback simples do investimento ... 68

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Frequência de impressões em A4 e xerox ... 36

Gráfico 02 – Frequência de uso de digitalizações ... 36

Gráfico 03 – Frequência de uso de plotagens ... 37

Gráfico 04 – Frequência de uso de encadernações ... 37

Gráfico 05 – Frequência de impressão de fotos ... 38

Gráfico 06 – Frequência de impressão de adesivos personalizados ... 38

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 111 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 133 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ... 133 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 133 1.3 QUESTÃO DE ESTUDO ... 133 1.4 OBJETIVOS ... 144 1.4.1 Objetivo Geral ... 144 1.4.2 Objetivos Específicos ... 144 1.5 JUSTIFICATIVA ... 144 2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 155 2.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ... 155 2.2 DESENHO E IMPRESSÃO ... 155

2.3 ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ... 166

2.4 AMBIENTE ORGANIZACIONAL ... 177

2.4.1 Ambiente externo ... 177

2.4.2 Ambiente das tarefas ... 188

2.4.3 Ambiente Interno ... 19

2.5 LOCALIZAÇÃO E RE-LOCALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS ... 20

2.6 MARKETING ... 21 2.6.1 Segmentação ... 21 2.6.2 Posicionamento ... 22 2.6.3 Funções de Marketing ... 222 2.8 PLANO FINANCEIRO ... 27 2.8.1 Investimento ... 28 2.8.2 Receitas ... 28 2.8.3 Custos e despesas ... 28

2.8.4 Demonstração do Resultado do Exercício ... 29

2.8.5 Viabilidade do Investimento ... 30

3. METODOLOGIA ... 31

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 31

3.1.1 Quanto à Natureza ... 31

3.1.2 Quanto à Abordagem ... 31

3.1.3 Quanto aos Objetivos ... 32

3.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos ... 32

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3.3 COLETA DE DADOS ... 33

3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 33

4. RESULTADOS ... 34 4.1 ANÁLISE DE MERCADO ... 34 4.1.1 Segmento de Mercado ... 34 4.1.2 Clientes ... 41 4.1.3 Concorrentes ... 42 4.1.4 Fornecedores ... 43 4.2 PRODUTOS E SERVIÇOS ... 44 4.3 A EMPRESA ... 46 4.3.1 Diretrizes Organizacionais ... 47

4.3.2 Estrutura Funcional e Legal ... 47

4.3.3 Análise SWOT ... 47

4.4. MARKETING ... 51

4.5 PLANO FINANCEIRO ... 52

4.5.1 Investimento Inicial ... 52

4.5.2 Custo dos Serviços ... 57

4.5.3 Projeção de Vendas ... 60

4.5.4 Despesas Fixas ... 61

4.5.5 Demonstração do Resultado do Exercício ... 62

4.5.6 Projeção de Cenários ... 64

4.5.7 Análise do Plano Financeiro ... 65

CONCLUSÃO ... 69

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 71

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INTRODUÇÃO

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um trabalho de pesquisa adotado pela maioria das instituições de ensino, geralmente orientado por um professor e apresentado ao final de um curso de graduação ou de especialização. Representa a síntese da formação universitária, e com ele deve ser possível avaliar os conhecimentos adquiridos pelo aluno durante o curso.

O TCC tem o objetivo de levar o aluno a aprofundar e ampliar os conhecimentos construídos ao longo do curso, e realizar a aplicação prática em uma de suas diversas áreas.

O presente TCC visa provar a viabilidade econômico-financeira de re-localização e ampliação de uma empresa de desenho e impressão de projetos de arquitetura e engenharia. Com este estudo, tem-se a pretensão de levar a empresa ao ramo de impressões em geral, para que esta seja mais independente do ramo da construção civil.

O primeiro capítulo deste estudo é sua contextualização, que apresenta o tema estudado, seguido por uma breve caracterização da organização, a questão de estudo, os objetivos gerais e específicos e a justificativa do estudo.

O segundo capítulo é o referencial teórico do estudo, desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas em livros e sites. Este capítulo apresenta a visão de vários autores sobre os assuntos que serão estudados, visando dar suporte e sustentação ao estudo.

O terceiro capítulo consiste na metodologia, a definição dos métodos utilizados para a realização da pesquisa, sua classificação, a descrição dos sujeitos da pesquisa, a coleta, a análise e a interpretação dos dados.

No quarto capítulo tem-se a apresentação dos resultados obtidos, onde se apresenta a análise do setor e a pesquisa de mercado, utilizadas como base para as mudanças sugeridas. Também são analisados os clientes, concorrentes e fornecedores da empresa, seus produtos, sua estrutura, diretrizes e análise swot.

Em seguida apresenta-se o plano financeiro, no qual são levantados os investimentos necessários para a ampliação e re-localização e seu modo de financiamento. Então são levantados os custos variáveis dos serviços e a projeção de vendas, baseada em um aumento nas vendas dos serviços já existentes e na concorrência para os serviços novos.

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A seguir são levantadas as despesas fixas e a demonstração do resultado do exercício, onde buscou-se fazer um comparativo da situação atual da empresa com a situação futura. Também é apresentada a projeção de cenários, com os resultados previstos para um cenário otimista e outro pessimista.

Então apresenta-se a análise do plano financeiro através dos índices de lucratividade, rentabilidade, prazo de retorno, taxa mínima de atratividade, valor atual líquido, taxa interna de retorno e payback simples e atualizado.

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo apresenta-se o tema do estudo, uma breve caracterização da organização estudada, seguida pela questão de estudo, os objetivos geral e específicos e a justificativa do estudo.

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

O tema deste estudo diz respeito à viabilidade econômico-financeira da ampliação dos serviços oferecidos pela empresa JS Desenhos, e possibilidade de re-localização da mesma.

Em meio à crise pela qual o país está passando, um dos ramos mais atingidos é o da construção civil, do qual a empresa JS Desenhos depende diretamente.

Para que a empresa possa ter mais autonomia é importante ampliar os serviços oferecidos, como realizar impressões em tamanho A4, impressões em outros tipos de papel, como papel vegetal e banners, fotocópias, digitalizações e encadernações. Para que seja viável investir, considera-se que a empresa tenha que mudar de endereço, para um local com maior movimento, mas não necessariamente no centro da cidade.

É importante para qualquer empresa estar perto de seus clientes potenciais, ou de locais por onde estes trafegam. Mas antes de qualquer mudança é importante estudar sua viabilidade econômico-financeira.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa JS Desenhos foi fundada em 2 de Janeiro de 1991 pelo Sr. José Ivo de Oliveira Selent. Localiza-se na Avenida São Luiz, nº 237, Bairro Storch, em Ijuí – RS. Seus serviços consistem em desenho e impressão de projetos de engenharia e arquitetura e entrega em qualquer ponto do município de Ijuí e municípios próximos via transporte coletivo intermunicipal.

Razão Social: José Ivo de Oliveira Selent ME

CNPJ: 93.835.494/0001-05 1.3 QUESTÃO DE ESTUDO

Existe viabilidade econômico-financeira de ampliar e re-localizar a empresa JS Desenhos?

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1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Verificar se existe a viabilidade econômico-financeira de ampliar e re-localizar a empresa JS Desenhos.

1.4.2 Objetivos Específicos

Caracterizar e identificar o mercado consumidor, concorrente e fornecedor;

Analisar os fatores externos que afetam a empresa;

Diagnosticar a situação atual da empresa JS desenhos;

Fazer projeções de possíveis cenários futuros, em termos financeiros;

Propor sugestões de melhorias para a empresa; 1.5 JUSTIFICATIVA

A importância deste estudo para a empresa em questão deve-se ao fato de que esta nunca passou por algum tipo de estudo, de modo que é relevante também para que esta conheça sua real situação e possa planejar ações futuras. Este estudo foi viável em virtude da disponibilidade de tempo da empresa e da pesquisadora e da facilidade na obtenção das informações.

Para a autora este estudo foi de grande relevância, pois colocou em prática teorias vistas em sala de aula e possibilitou a observação da dinâmica organizacional da empresa. Também possibilitou a ampliação dos conhecimentos e habilidades da autora, auxiliando-a em futuras tomadas de decisão e na sua formação como profissional de Administração.

Para a Universidade este estudo contribui como fonte de pesquisa e subsídio para a elaboração de outros estudos nesta área.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo visa dar suporte e sustentação ao estudo, por meio de revisões dos estudos e pesquisas já existentes sobre os assuntos abordados.

2.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

A palavra “serviço” tem vários significados. Segundo os dicionários Aulete (1964) e Holanda (1995) um serviço pode ser: “Ato ou efeito de servir; desempenho de qualquer trabalho; exercício de cargos ou funções obrigatórias; duração desse exercício; serventia; obséquio ou favor;” entre outros significados.

De acordo com Kotler (1994: 541), “serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulta na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada ao produto físico".

Kotler (1994) classifica os serviços em: intangíveis, pois não podem ser sentidos, ouvidos, cheirados, etc.; heterogêneos, pois sua performance sofre influência tanto de aspectos técnicos quanto emocionais, pelo lado do prestador do serviço; inseparáveis de quem os executa ou fornece; simultâneos, pois são consumidos ao mesmo tempo que são produzidos; e perecíveis, pois não podem ser estocados para venda posterior.

Conforme Semenik e Bamossy (1995 apud Avila e Avila, 2001):

A perecibilidade dos serviços pode representar um sério problema para a empresa prestadora quando a demanda é flutuante, como acontece nas empresas que lidam com serviços de demanda cíclica, sazonal ou irregular. Se montam uma estrutura capaz de suportar os picos da demanda, naturalmente terão capacidade ociosa (e custos mais elevados) nos momentos em que a demanda estiver mais baixa. Se, por outro lado, decidem montar uma estrutura para atender ao mínimo necessário, prestarão serviços precários quando a demanda estiver mais elevada. Assim, ao montarem sua estrutura, devem levar em consideração as flutuações e adotar estratégias flexíveis e adequadas para enfrentar cada situação. (Semenik e Bamossy, 1995 apud Avila e Avila. 2001).

2.2 DESENHO E IMPRESSÃO

Segundo Percília (2015) “desenho é basicamente uma composição bidimensional constituída por linhas, pontos e formas. Há desenhos simples em que é empregada pouca técnica e outros mais sofisticados”.

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O desenho pode ser uma forma de manifestar a arte, detalhar objetos e imagens reais e é utilizado pelos mais diversos profissionais, como desenhistas, publicitários, professores, arquitetos, engenheiros e muitos outros.

O tipo de desenho com o qual a empresa a ser estudada trabalha é o desenho de projetos, no qual se projeta toda a estrutura e detalhes de uma construção. Há o projeto arquitetônico, geralmente feito por arquitetos, e os projetos estrutural, elétrico e hidrossanitário, estes feitos geralmente por engenheiros.

A impressão pode ser descrita como o ato de reproduzir, por transferência de dados, o que está em um suporte para outro, por exemplo, de um computador para uma impressora e desta para outro material, como papel, tecido, plástico, dentre outros.

Um dos softwares mais utilizados para desenho e impressão de projetos é o AutoCad, desenvolvido pela empresa norte-americana Autodesk, no qual se pode fazer projetos em 3D. E para imprimir os projetos é necessária uma impressora maior do que as comuns, conhecida como plotter, pois os projetos costumam ser feitos em tamanhos maiores que A4.

2.3 ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA

De acordo com Salim et al (2005, p. 3) um estudo de viabilidade econômico-financeira, também conhecido como plano de negócios é “um documento que contém a caracterização de um negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros”.

Plano de negócios é um documento é no qual se estuda a viabilidade de uma ideia de negócio. Ideia de negócio pode-se descrever como a descoberta de algo que possa satisfazer uma necessidade de um determinado público e trazer retorno financeiro.

Muitas vezes, para se iniciar um negócio, é necessária uma oportunidade. Uma ocasião em que vários fatores se encaixam de forma que pôr a ideia de negócio em prática se torne possível. Mas quando se identifica uma oportunidade de mercado, não quer dizer que o sucesso será garantido, é preciso realizar um projeto ou estudo de viabilidade.

Para Buarque (1984) o estudo de um projeto visa “determinar se o resultado que ele produz compensa a soma dos esforços e recursos despendidos na atividade produtiva”

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Planos de negócios podem ser elaborados para a abertura de um empreendimento ou para ampliar um já existente. De acordo com Dornelas (2005), os principais objetivos pelos quais é elaborado um plano de negócios são:

1. Testar a viabilidade de um conceito de negócio;

2. Orientar o desenvolvimento das operações e estratégias; 3. Atrair recursos financeiros;

4. Transmitir credibilidade;

5. Desenvolver equipe de gestão (DORNELAS, 2005, p.100).

Ainda conforme Dornelas (2005), através da realização de um plano de negócios é possível:

• Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio;

• Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas. • Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário; • Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, SEBRAE, investidores, capitalistas de risco etc.;

• Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa;

• Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.) (DORNELAS, 2005, p.99).

Na realização deste estudo, serão estudados vários fatores que podem interferir no funcionamento da organização, como o ambiente organizacional, a localização, o marketing, produtos, e finanças. Estes aspectos serão explicitados a seguir.

2.4 AMBIENTE ORGANIZACIONAL

Para Oliveira (2002), o ambiente organizacional se refere ao conjunto de todas as variáveis externas e internas à empresa que, de forma direta ou indireta, proporcionam ou recebem influência desta. O ambiente organizacional é composto pelos ambientes geral, específico e interno das organizações.

2.4.1 Ambiente externo

O ambiente geral consiste em todos os fatores externos a uma organização, os quais são partes interagentes entre si. Também chamado de macroambiente, pode ser visto como constituído de forças indiretas do ambiente externo, as quais podem influenciar o clima no qual a organização deve atuar.

Realizando a análise do ambiente externo, pode-se antecipar e preparar a organização para oportunidades e ameaças, planejar seus objetivos e estratégias, lidar com mudanças e incertezas que fazem parte do dia a dia.

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A seguir Silva (2008), destaca os elementos do ambiente geral:

Tecnológicos: o desenvolvimento tecnológico pode influenciar o uso do conhecimento e das técnicas da organização na produção de produtos e serviços e na realização de outros trabalhos na organização, além de também afetar as características desses produtos e serviços.

Econômicos: as forças econômicas são mudanças de estado refletidas na situação econômica, tais como taxas de inflação, taxas de desemprego, crescimento do produto interno, taxas de juros etc.

Políticos/legais: inúmeras leis e autoridades caracterizam as forças politicas, legais e regulatórias no ambiente externo, que exerce indireta, mas forte influencia sobre a organização.

Socioculturais: são mudanças no sistema cultural e social que afetam as ações de uma organização e a demanda de seus produtos ou serviços. As organizações deveriam monitorar as forças culturais e sociais porque são extremamente importantes para seu desempenho.

Internacionais: são forças indiretas que se aplicam quando a organização se apoia em um fornecedor estrangeiro de recursos ou concorre com competidores internacionais.

Além dos elementos citados por Silva (2008), existem outros elementos, como:

Demográficos: estuda a população, seu ritmo de crescimento ou redução, faixas etárias, classes sociais, taxas de natalidade e mortalidade, entre outros aspectos.

Natural: com relação ao respeito com a natureza e a biodiversidade, defende a adoção de uma produção sustentável, a destinação de resíduos correta e processos menos poluentes.

2.4.2 Ambiente das tarefas

Conforme Kotler e Armstrong (1999, p.47) o ambiente de tarefas, também conhecido como microambiente, consiste em forças próximas à empresa que afetam sua capacidade de servir seus clientes, são estes:

A Empresa: representa a empresa como um todo, seus setores, tais como a gerência, os departamentos de finanças, gestão de pessoas, marketing e produção.

Fornecedores: são as organizações que provém recursos financeiros, energia, equipamentos, serviços e materiais para a produção de produtos ou serviços de êxito no mercado.

(19)

Clientes: A empresa deve estudar seus clientes de perto. Sendo estes divididos em cinco tipos: mercados consumidores, industriais, revendedores, governamentais e internacionais, todos possuem características especiais e que exigem certo cuidado por parte de quem vende. (Kotler e Armstrong, 1999).

Concorrentes: são as organizações com as quais a organização compete por clientes e consumidores e por recursos necessários. Não basta apenas visar as necessidades de seus consumidores, deve-se posicionar seus produtos criando vantagem estratégica na mente dos consumidores em relação aos concorrentes. (Cobra, 1992).

Intermediários de Marketing: também conhecidos como parceiros estratégicos são responsáveis em promover, vender e distribuir seus bens aos compradores finais. Entre eles destacam-se os revendedores, firmas de distribuição física, agencias de serviços de marketing e intermediários financeiros. (Kotler e Armstrong, 1999).

Públicos: São grupos de indivíduos que não são clientes da empresa, mas que a influenciam indiretamente com seus interesses reais ou potenciais causando impacto na capacidade da empresa de atingir seus objetivos. São eles: públicos financeiros, públicos governamentais, públicos de interesse, públicos locais, público geral e públicos internos. (Cobra, 1992).

2.4.3 Ambiente Interno

Na visão de Silva (2008), o ambiente interno das organizações consiste nos proprietários, empregados, administradores e ambiente físico de trabalho. A seguir são explicados os elementos do ambiente interno:

Proprietários: pessoas com direitos legais de propriedade daquele negócio. Parceiros que juntos estabelecem e desenvolvem um negocio.

Empregados: recursos de pessoas, do ambiente externo, a partir dos quais uma organização desenvolve a sua atividade.

Administradores: pessoas encarregadas da administração geral da empresa, que garantem o desempenho das funções administrativas e os resultados estabelecidos.

Ambiente Físico: são as instalações das organizações e o trabalho que as pessoas executam. Nesse aspecto o ambiente físico pode ter as mais diversas configurações.

(20)

2.5 LOCALIZAÇÃO E RE-LOCALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS

Conforme Moreira (1996), independentemente do tipo de negócio da empresa, as decisões sobre localização são estratégicas e fazem parte integral do processo de planejamento. Desta forma, pequenos detalhes podem fazer muita diferença.

Ainda de acordo com a visão de Moreira (1996) decisões de localização aplicam-se a novos empreendimentos. Entretanto, empresas já existentes também enfrentam problemas de localização. Alguns motivos são o esgotamento da matéria-prima nas proximidades da empresa ou necessidades de expansão.

Neste sentido, há sempre uma série de fatores a serem observados na escolha da localização de uma organização.

Segundo Moreira (1996):

As atividades industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local onde estão os recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra. As atividades de serviços, sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como proximidade do mercado (clientes), tráfego (facilidades de acesso), e localização dos competidores (MOREIRA, 1996, p.176).

Assim, empresas no ramo de comércio e serviços precisam estar localizadas próximas a seus clientes potenciais, em locais onde estes trafegam e devem estar atentas às características do local, como o estacionamento, a acessibilidade e a segurança.

Para Mattar (1997), “a escolha do local definitivo para situar a empresa deve basear-se em pesquisas sobre os consumidores potenciais do local e da renda da população”. Portanto, deve ser levado em conta o perfil dos clientes potenciais, observando seus hábitos de compra.

A proximidade com os concorrentes também é um aspecto a ser levado em conta na escolha da localização de uma empresa. De acordo com Sfredo et al (2006):

Algumas vezes, principalmente com relação às prestadoras de serviços, é ideal que se situe próximo aos seus concorrentes, o que pode proporcionar aos seus clientes uma maior facilidade na escolha dos serviços, preços, qualidades, e atendimento entre as opções do mercado (SFREDO et al, 2006, p. 4).

Também pode ser importante à empresa estar próxima dos concorrentes para acompanhar a evolução de sua tecnologia e assim equiparar-se ou tornar-se superior a estes.

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2.6 MARKETING

“O marketing é tão básico que não pode ser considerado como uma função isolada. É um negócio todo visto do ponto de vista do resultado final, isto é, do cliente”. (DRUCKER, 2001, p. 343)

Pode se dizer que marketing é fundamental dentro de uma organização, já que, através dele se tem uma visão geral de seus ambientes externo e interno. Marketing é planejar a satisfação do cliente, cliente satisfeito é sinal de marketing bem feito.

O marketing se apresenta desde a elaboração de um produto até o produto final. Nesse meio termo há a pesquisa de praça, de preço e principalmente do desejo do consumidor para que se chegue a determinado produto. Tudo é pensado visando agradar o cliente.

2.6.1 Segmentação

Segundo RICHERS e LIMA (1991) a segmentação é uma subdivisão do mercado global em parcelas potenciais, com necessidades e desejos semelhantes a fim de formular estratégias de marketing.

A segmentação de mercado exige uma pesquisa aprofundada, pois existem vários tipos de clientes com necessidades e desejos diferentes. Há quatro tipos de segmentação, e todos possuem variáveis que devem ser levadas em conta:

Segmentação Geográfica: inclui as características geográficas de cada região para saber quais características atraem mais os clientes. A regionalização dos programas de marketing é uma ótima forma de atrair a atenção dos clientes, pois os benefícios oferecidos de certo produto para certa região se encaixam nas necessidades das pessoas que ali residem.

Segmentação Demográfica: tem como base a divisão do mercado em idade, sexo, renda, tamanho da família, e ocupação (profissionais liberais, técnicos, funcionário público, aposentado...), pois a necessidades ou desejos dos consumidores dependem de um desses fatores ou de uma combinação entre eles.

Segmentação Psicográfica: usa o estilo de vida, as características pessoais e as classes sociais para dividir os consumidores em grupos menores; porém, quem integra um grupo demográfico, não necessariamente tem o mesmo perfil psicográfico.

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Segmentação Comportamental: se baseia nas atitudes dos clientes, na forma como usam certo produto e no conhecimento que tem sobre aquele produto. Subdivide-se em segmentação por ocasião (em que ocasião os clientes consomem o produto), busca de benefícios (pesquisa quais os benefícios mais desejados pelos clientes), condição do usuário (usuários, não usuários, potenciais, iniciantes...), índice de uso (leves, médios e pesados), grau de lealdade (consumidores leais à marcas, lojas ou empresas).

2.6.2 Posicionamento

Para Peter & Olson (1996, apud. Espartel & Slongo, 2009), o objetivo principal de uma estratégia de posicionamento é formar uma imagem particular na mente dos consumidores. Ou seja, a posição de um produto é a forma como ele é definido pelos consumidores quanto as suas características, ocupando lugar para os consumidores com relação aos produtos concorrentes.

Com tantos produtos e serviços oferecidos no mercado diariamente, os consumidores acabam sobrecarregando-se de informações. Logo, como forma de simplificar a avaliação de um produto no momento da decisão de compra, o consumidor classifica esses produtos e serviços em categorias, levando em consideração os produtos/serviços e suas marcas.

Os consumidores posicionam produtos com ou sem ajuda dos profissionais de marketing, mas de qualquer forma estes profissionais devem planejar as posições que darão maior vantagem possível aos seus produtos no mercado-alvo selecionado e programar compostos de marketing para criar essas posições.

Os profissionais de marketing podem seguir diversas estratégias de posicionamento, podendo elas ser conforme os atributos específicos do produto, as ocasiões de uso dos produtos, classes de usuários, diretamente contra um concorrente, em contrates aos concorrentes ou ainda com relação a diferentes classes de produtos.

2.6.3 Funções de Marketing

O termo funções de marketing diz respeito aos 4 p’s do marketing: produto, preço, praça e promoção.

2.6.3.1 Produto

De acordo com Kotler & Armstrong (1999):

“Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer a um desejo ou necessidade. Os

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produtos vão além de bens tangíveis. De forma mais ampla, os produtos incluem objetos físicos, serviços, pessoas, locais, organizações, ideias ou combinações desses elementos" (KOTLER & ARMSTRONG, 1999, p. 190).

Os produtos podem ser classificados quanto a sua durabilidade (duráveis e não-duráveis), tangibilidade (bens tangíveis e intangíveis) e quanto ao uso (produtos de consumo e produtos industriais).

Kotler & Armstrong (1999) classificam os produtos em produtos de consumo e produtos industriais.

Produtos de consumo são aqueles comprados pelo consumidor final para seu consumo pessoal. Podem ser subdivididos em:

Produtos de conveniência: são produtos e serviços de consumo que os consumidores compram com frequência, imediatamente e com um mínimo de comparação e trabalho. Exemplos: sabonetes, balas e jornais (Kotler & Armstrong 1999).

Produtos de comparação: são produtos de consumo comprados cuidadosamente e com menos frequência. Exemplos: móveis, roupas, carros usados, eletrodomésticos.

Produtos de especialidade: são os produtos de consumo com características únicas ou identificação de marca, em função das quais vários consumidores dispõem-se a fazer um esforço especial de compra. Exemplos: marcas e modelos específicos de carros, ternos masculinos feitos sob medida (Kotler & Armstrong 1999).

Produtos não procurados: são os produtos de consumo que o consumidor não conhece, ou, se conhece, não pensa em comprar. Exemplos: seguros de vida, doação de sangue para a cruz vermelha (Kotler & Armstrong 1999).

Os produtos industriais são aqueles comprados para serem processados posteriormente, ou usados na condução de um negócio. Podem ser subdivididos em:

Materiais e peças: são produtos industriais que se tornam parte do produto do comprador através de processamento ou como componente, incluindo matérias-primas, materiais manufaturados, e peças (Kotler & Armstrong 1999).

Itens de capital: são produtos industriais que fazem parte da produção ou das operações do comprador (Kotler & Armstrong 1999).

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Suprimentos e serviços: são produtos industriais que não fazem parte do produto acabado (Kotler & Armstrong 1999).

Quanto aos níveis, pode-se pensar em três planos de acordo com o proposto por Kotler Armstrong (1999, p.190):

Produto básico é aquele que corresponde ao que o consumidor está realmente interessado em comprar. "A mulher que compra um batom busca mais do que uma cor para os lábios. Charles Revlon percebeu isso muito tempo atrás: 'Na fábrica, nós fazemos cosméticos; na loja, vendemos esperança'“ (Kotler & Armstrong 1999).

Produto real é gerado a partir do produto básico, com cinco peculiaridades: nível de qualidade, características, design, marca e embalagem. Um terno do estilista italiano Giorgio Armani é um produto real. "Seu nome, peças, estilo, detalhes, embalagem e outros atributos foram combinados com cuidado para proporcionar um benefício básico – uma forma eficiente e de alta qualidade no vestir” (Kotler & Armstrong 1999).

Produto ampliado é fruto da união do produto básico e do produto real, com a oferta de serviços e benefícios extras ao consumidor. Como exemplo, pode-se destacar os serviços pós-venda como consertos (bainhas, ajustes), garantia de durabilidade do tecido ou indicação de lavanderia especializada em ternos (Kotler & Armstrong 1999).

Desenvolver um produto implica definir os benefícios que ele irá oferecer. Esses benefícios são comunicados e fornecidos por seus atributos, como qualidade, características e design. As decisões sobre esses atributos afetam muito as reações do consumidor.

De acordo com Peter & Olson (1996, apud. Espartel & Solongo, 2009), os atributos de um produto são o principal estímulo que influencia o consumidor em sua tomada de decisão de compra, avaliando-os em função de seus próprios valores, crenças ou experiências passadas.

2.6.3.2 Preço

Conforme Kotler e Armstrong (1999):

“Preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço. Em um sentido mais amplo, preço é a soma dos valores que os consumidores trocam pelo beneficio de possuírem ou usarem um produto ou serviço. É um dos elementos mais flexíveis do composto de marketing”. (Kotler e Armstrong, 1999, p. 236)

(25)

Fatores internos e externos podem afetar a determinação do preço por uma organização, como seus objetivos de marketing, sua estratégia de mix de marketing, seus custos, a natureza do mercado e a demanda, a concorrência, e outros elementos ambientais.

De acordo com Kotler (1994) podemos considerar três métodos de apreçamento:

Fixação de preços baseada no custo: acréscimo de uma margem-padrão ao custo do produto.

Fixação de preços baseada no valor: usa a percepção dos consumidores com relação ao valor do produto, e não os custos do vendedor.

Fixação de preços baseada na concorrência: a empresa estabelece preços com base nos preços dos concorrentes, dependendo da estratégia de apreçamento.

2.6.3.3 Praça

O “P” de “praça” também é conhecido como ponto de venda ou canal de distribuição e pode ser descrito como sendo uma rede organizada de órgãos e instituições que, em combinação, executam todas as funções necessárias para ligar os fabricantes aos usuários-finais a fim de realizar a tarefa de marketing. De uma forma mais simples, distribuição em marketing significa disponibilizar o produto ou serviço ao cliente da forma mais fácil e conveniente para ser adquirido.

As decisões de canais de distribuição afetam diretamente as outras decisões da empresa e envolvem compromissos em longo prazo. Apesar de ser tão importante para as empresas, a distribuição ainda é um tema que pouco interessa para algumas se comparado aos demais P’s. Por outro lado, existem empresas que administram de forma eficaz a distribuição de seus produtos e esse acaba sendo seu maior diferencial competitivo.

2.6.3.4 Promoção

Promoção é a divulgação da organização. Podemos considerar como sendo cinco as principais ferramentas da promoção. São elas: propaganda, promoção de vendas, relações públicas e publicidade, força de vendas e marketing direto.

Propaganda - A propaganda informa os clientes sobre os produtos e ativa a necessidade de comprá-los. É impessoal e ocorre de forma paga. Inclui impressos, anúncios falados, outdoors e outras formas.

(26)

Vale ressaltar que a propaganda influencia na escolha do consumidor. A propaganda, além de transmitir informações sobre os produtos, oferece informações sobre a empresa. A propaganda é necessária, pois ajuda o consumidor a criar ou aumentar a percepção dos atributos dos produtos e dos pontos fortes da empresa.

Promoção de Vendas - As ferramentas de promoção de vendas são: cupons, concursos, prêmios, entre outras e possuem três características distintas: de comunicação, que visa atrair a atenção dos consumidores; de incentivo, que visa estimular o consumo; e de convite, que objetiva convidar para uma transação imediata.

A promoção tem como principal objetivo alavancar vendas e fazer com que os consumidores sejam atraídos e optem por comprar da empresa e não dos concorrentes.

Relações Públicas - Trata-se do desenvolvimento de apelos, junto ao consumidor, utilizando histórias da empresa ou da criação de produtos reconhecidos no mercado. Pode, até mesmo, valer-se de institutos sociais e obras de caridade de que a empresa participa.

Publicidade - É toda comunicação que não é paga pela veiculação. Aqui entram a divulgação boca a boca e o uso de camisetas e objetos com o logotipo da empresa, fatores que a empresa só tem controle até certo ponto.

A divulgação boca a boca é a na qual o cliente fala da empresa e de seus serviços às pessoas com quem tem algum tipo de relação. É um fator importante, que costuma atrair muitos clientes.

Venda Pessoal - É a ferramenta mais eficaz em termos de custos nos estágios finais do processo de compra, particularmente, no desenvolvimento da preferência, convicção e ação do consumidor. A venda pessoal envolve relacionamento ao vivo, imediato e interativo com o consumidor, permitindo uma relação duradoura. São visitas ao cliente, venda porta a porta, abordagem nas ruas, entre outras estratégias.

Marketing Direto - A identificação do potencial de retorno do marketing direto é fácil de ser percebida. Basta imaginar a quantidade de ações de marketing em massa que se recebe diariamente sem participar do público-alvo a que elas se destinavam.

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O marketing direto identifica quem a empresa deve atingir e direciona sua estratégia de marketing até essas pessoas, que são seu target. São algumas ferramentas do marketing direto:

Mala direta: é uma forma de comunicação direta, dirigida por correio ou e-mail a quem pretendemos informar sobre um produto ou serviço. Quanto mais personalizada a mensagem, maior será o impacto do destinatário ao recebê-la.

Telemarketing: trata-se da utilização do telefone como ferramenta de marketing. Ele pode ser utilizado como forma de vender, comunicar, pesquisar ou prospectar clientes.

Catálogo: ao mesmo tempo em que comunica a existência e os atributos de um produto, o catálogo é também uma forma de distribuição direta.

Cuponagem: estratégia muito comum em outros países e ainda incipiente no Brasil, consiste em distribuir a pessoas específicas promoções especiais de compra de alguns produtos em determinados pontos de venda.

Internet: utilização da rede mundial de computadores para comunicação e interligação virtual entre fornecedores e consumidores.

2.8 PLANO FINANCEIRO

O plano financeiro é a última parte a ser elaborada em um plano de negócios. É composto pela análise de fatores como o investimento inicial do negócio, as projeções de receitas, os custos e despesas, entre outros fatores.

Para Filion & Dolabela (2000):

A parte financeira do Plano de Negócio é um conjunto de informações, controles e planilhas de cálculos que, sistematizadas em diferentes documentos contábeis, compõem as previsões referentes à operação e servem como ferramentas gerenciais para o planejamento financeiro da empresa. O Plano financeiro representa a principal fonte de referência e controle da saúde da empresa, sendo utilizada pelo empreendedor para produzir suas atividades dentro de parâmetros planejados, corrigir distorções, adaptar-se a novas variáveis decorrentes de mudanças na conjuntura e projetar novos investimentos com base em níveis de crescimento previstos e desejados (FILION & DOLABELA, 2000, p.172).

Conforme Dornelas (2005):

O plano financeiro reflete em números tudo o que foi escrito até então nas outras seções do plano, incluindo investimentos, gastos com marketing, despesas com vendas, gastos com pessoal, custos fixos e variáveis, projeção de vendas, análise de rentabilidade do negócio etc. (DORNELAS, 2005, p.162):

(28)

A seguir estão descritos os principais componentes de um plano financeiro.

2.8.1 Investimento

Conforme Behrens e Hawranek (1992, apud Piedade Filho, 2004) o investimento pode ser definido como um compromisso de longo prazo de recursos econômicos com o objetivo de produzir e obter ganhos líquidos no futuro.

Investimentos são os gastos que o empreendedor precisa fazer para viabilizar seu negócio, criar a infraestrutura necessária para o início das atividades. O investimento total se divide em:

Investimento pré-operacional: são gastos que não se convertem em bens, mas que são necessários para o início das operações, como alvarás e registros em junta comercial e inscrição estadual.

Investimento fixo: são os bens que entram para o ativo imobilizado da empresa, como o imóvel e o prédio, quando o local não for alugado, móveis, equipamentos, utensílios e veículos.

Investimento em capital de giro: são os recursos necessários para manter a empresa nos primeiros meses de funcionamento, levam em conta cálculos de caixa mínimo e estimativas de estoque inicial.

2.8.2 Receitas

As receitas correspondem ao valor monetário que entra na empresa. Vasconcelos (2008, p. 143) classifica as receitas em operacionais (tem relação com a atividade da empresa) e não-operacionais (não tem relação com a atividade).

A projeção de receitas é o cálculo do que a empresa pretende vender em certo período. Deve ser calculada levando em consideração o preço da empresa e dos concorrentes, as quantidades vendidas anteriormente, a fatia do mercado que a empresa atende, além de variáveis ambientais, como a inflação e a economia do país.

2.8.3 Custos e despesas

Segundo Marques (2011) custos são os “valores monetários de atividades, serviços ou produtos efetivamente consumidos e aplicados na fabricação. [...] O custo somente ocorre quando existe ‘consumo’ ou ‘aplicação’”.

(29)

Com relação ao volume de produção, os custos classificam-se em:

Custos fixos: são aqueles que não se alteram devido ao aumento ou diminuição da produção. Exemplo: aluguel, salários, depreciação das máquinas, manutenção preventiva.

Custos variáveis: variam conforme o volume da produção. Exemplos: Matéria-prima, água e energia para a produção, custos para manter o estoque.

Para fins de cálculo dos custos dos produtos, também se pode classificar os custos em:

Custos diretos: aqueles que podem ser apropriados diretamente à fabricação de determinado produto, sem necessidade de rateio. Exemplos: Hora-máquina e matéria prima.

Custos indiretos: aqueles que não podem ser apropriados diretamente a determinado produto. Atribuem-se critérios de rateio para calcular o custo do produto por aproximação. Exemplos: mão-de-obra indireta e gastos com energia, com base nas horas-máquinas utilizadas.

De acordo com Zanluca (2013) despesa é o “valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório, Salários da administração”.

As despesas diferem-se dos custos por dificilmente poderem ser atribuídos à fabricação dos produtos. Também podem ser classificadas em fixas e variáveis.

2.8.4 Demonstração do Resultado do Exercício

A demonstração de resultado do exercício (DRE) tem por objetivo apresentar o resultado econômico da empresa em um determinado período de forma dinâmica. Nela são apresentados o lucro ou prejuízo do período, apurado pela diferença entre as receitas e os custos e despesas.

Segundo o artigo 187 da Lei nº 6.404/76, a DRE deve conter:

A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os

impostos;

A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos, e o

(30)

As despesas com as vendas, as despesas administrativas, deduzidas das receitas, as

despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

O lucro ou prejuízo operacionais, as receitas e despesas não operacionais;

O resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto;

As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiarias, bem

como as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;

O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

2.8.5 Viabilidade do Investimento

A partir da DRE é possível calcular alguns indicadores de desempenho:

Lucratividade: mede o percentual do lucro líquido médio sobre o valor das vendas totais. Quanto mais alto melhor, pois esse é o percentual que sobra após as deduções de todas as despesas e impostos.

Rentabilidade: mede a porcentagem do rendimento mensal do resultado da empresa com

relação ao investimento total.

Payback: calcula em quanto tempo o proprietário terá retorno sobre o capital investido,

através do lucro obtido mensalmente.

Valor presente líquido ou valor atual líquido: calcula o valor presente de pagamentos futuros, descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo inicial do investimento.

Taxa interna de retorno: é uma taxa hipotética de desconto que, quando aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores dos desenbolsos, trazidos ao valor presente, seja igual aos valores dos recebimentos, também trazidos ao valor presente.

(31)

3. METODOLOGIA

Neste capítulo são classificados os métodos que levaram a um adequado desenvolvimento da pesquisa. Nele descrevem-se a classificação da pesquisa, os sujeitos da pesquisa, a coleta, a análise e a interpretação dos dados obtidos.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Há inúmeros modos de se classificar uma pesquisa, mas para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso adotou-se classificar o estudo pela sua natureza, abordagem, objetivos e procedimentos técnicos, seguindo a base teórica de TEIXEIRA, E. B; ZAMBERLAN, L. RASIA, P. C. (2009). Todas as citações aqui feitas correspondem a esta obra.

3.1.1 Quanto à Natureza

Quanto à sua natureza, as pesquisas podem ser classificadas como básicas e aplicadas. Este estudo classifica-se como pesquisa aplicada, pois visa resolver um determinado problema da realidade e envolve fatores locais, conforme a conceituação a seguir.

Visa a gerar conhecimentos para aplicação prática voltados à solução de problemas específicos da realidade. Envolve verdades e interesses locais. A fonte das questões de pesquisa é centrada em problemas e preocupações das pessoas e o propósito é oferecer soluções potenciais para os problemas humanos. A pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área de saber, e à apresentação de soluções alternativas (p. 112).

3.1.2 Quanto à Abordagem

Para os autores, quanto à forma de abordar o problema, as pesquisas podem ser quantitativas e qualitativas, sendo que as pesquisas quantitativas utilizam métodos estatísticos e as pesquisas qualitativas relacionam teoria e prática e interpretam acontecimentos que não podem ser traduzidos em números.

Defende que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são requisitos básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o emprego de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave (p. 113).

Este estudo pode ser classificado como pesquisa qualitativa, pois faz relação da teoria com a prática e interpreta fenômenos do cotidiano empresarial e social, não utilizando métodos estatísticos na coleta, tratamento e análise dos dados levantados.

(32)

3.1.3 Quanto aos Objetivos

Quanto a seus objetivos, as pesquisas podem ser classificadas em exploratória, descritiva e explicativa. A pesquisa exploratória é aquela que busca investigar uma situação, identificando cursos de ação a respeito do problema, prover compreensão, critérios e até formar hipóteses.

A pesquisa descritiva é usada quando se deseja descrever características de determinada população ou ambiente que influencia o contexto estudado. “A pesquisa

descritiva visa a identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo, características de um grupo, comunidade, população ou contexto social (p. 116)”.

Já a pesquisa explicativa é usada para identificar, explicar e analisar as causas dos fenômenos. É mais aprofundada, procurando explicar o “porquê” das coisas.

Este estudo classifica-se em exploratório e descritivo, pois busca investigar uma realidade, descrever os fenômenos e criar hipóteses para estudo de caso.

3.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos

Quanto a seus procedimentos técnicos, segundo a bibliografia, pode-se utilizar vários métodos de pesquisa, como: pesquisa bibliográfica, documental, experimental, participante, de campo, ex-post facto, levantamento, laboratório, pesquisa-ação, estudo de caso e observação.

Para a realização deste estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, o levantamento e o estudo de caso, uma vez que estes tipos de pesquisa suprem os objetivos do estudo.

A pesquisa bibliográfica abrange o material já publicado sobre o assunto e envolve livros, revistas, jornais, artigos, monografias, entre outros. O levantamento permite realizar uma pesquisa de opinião pública sobre determinado assunto. E um estudo de caso investiga um fenômeno contemporâneo de forma ampla e detalhada.

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Os sujeitos da pesquisa são as pessoas que forneceram as informações para a pesquisa. Nesta pesquisa os sujeitos são o proprietário da empresa e a amostra da população que participou do levantamento de dados.

(33)

3.3 COLETA DE DADOS

As técnicas utilizadas para a coleta de dados se fizeram, na pesquisa bibliográfica, por meio de pesquisas em livros, revistas, monografias e na internet, a fim de ter uma base conceitual definida para sustentar a análise dos dados.

O levantamento foi feito a partir de um questionário aplicado a uma amostra da população de clientes potenciais, para descobrir suas necessidades e testar a viabilidade da empresa investir em novos produtos.

O estudo de caso foi realizado investigando através da observação a empresa em estudo e os fatores que a influenciam, como seus clientes, concorrentes, fornecedores, enfim, todo o ambiente em que a empresa atua.

3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Após a obtenção dos dados coletados, os mesmos foram trabalhados de forma que se transformassem em informações úteis para investigar a realidade da empresa. Os dados foram transformados em planilhas, tabelas e gráficos para a mensuração dos resultados necessários para verificar a viabilidade do investimento.

Já a interpretação teve como objetivo a busca pelo sentido mais amplo das respostas, relacionando-os à base teórica existente, de forma clara e objetiva.

(34)

4. RESULTADOS

Neste capítulo apresentam-se os resultados do estudo aplicado, a fim de verificar a viabilidade econômico-financeira para a ampliação e re-localização da empresa JS Desenhos.

4.1 ANÁLISE DE MERCADO

A tecnologia para a indústria gráfica avança constantemente. Todos os anos surgem novas máquinas e equipamentos para o setor.

Um exemplo disso são as impressoras em 3D, que se popularizaram no Brasil no ano de 2013. Com elas se podem criar diversos objetos, como brinquedos, lembranças, peças industriais, utilidades para o lar, miniaturas de pessoas, e outros, a partir de materiais como plástico, gesso ou metais. A maior vantagem é poder criar objetos personalizados.

No ramo da construção civil também estão surgindo novas tendências. O Building Information Modeling (BIM) consiste na criação de um modelo digital integrado de um empreendimento e é considerado como prioritário na competitividade dos empreendimentos nos próximos anos.

Outra tendência emergente é a realidade aumentada, que consiste na inserção de objetos virtuais no ambiente real e é utilizada para a apresentação de maquetes virtuais e para a simulação de decoração de interiores.

A automação residencial também é uma tendência que tem conquistado relevância na construção civil. Conta com forte expansão no Brasil e é procurada por clientes que querem mais segurança e conforto.

4.1.1 Segmento de Mercado

O setor gráfico se enquadra na indústria de transformação e envolve publicações (livros, revistas, etc.), impressos promocionais, impressos de segurança/fiscais/ formulários, etiquetas, cadernos, pré-impressão, cartões e envelopes.

Devido à crise econômica do país, a indústria de transformação teve queda de 11,2% no terceiro trimestre de 2015, referente ao mesmo período de 2014, conforme dados do IBGE. A Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF) calcula que a produção física da indústria gráfica encolheu 17,4% no mesmo período. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no terceiro trimestre o setor gráfico encerrou 3.111

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