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A Educação de Jovens e Adultos e a (des) importância do

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Academic year: 2021

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A Educação de Jovens e Adultos

e a (des) importância do

Material de Apoio didático

Material de Apoio didático

Roberto Catelli Junior

(2)

O contexto brasileiro da EJA

• Qual é o desafio da EJA?

• Em 2003, estimava-se que 61 milhões de

brasileiros com mais de 15 anos não tinham brasileiros com mais de 15 anos não tinham completado o Ensino Fundamental.

• Em 2005, 18,3% dos jovens de 15 a 17 anos não frequentavam a escola.

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• Em 2005, a população brasileira com

mais de 25 anos tinha em média 6,6

anos de estudo.

anos de estudo.

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Caracterização dos estudantes

jovens e adultos

• Conforme o Censo Escolar, o Brasil

tinha 4.940.165 alunos matriculados

na Educação de Jovens e Adultos,

na Educação de Jovens e Adultos,

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Demanda EJA x Matrículas, 2003.

Jovens e adultos matriculados

Jovens e Adultos que não concluíram o Ensino Fundamental

(9)

Composição etária na EJA. Brasil,

2007.

600.000 700.000 800.000 900.000 1.000.000 -100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000

0 a 14 anos 15 a 17 anos 18 e 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos Mais de 39 anos

(10)

Composição etária na EJA. Brasil,

2007

46% 54% 0 a 24 anos 25 anos ou mais

(11)

Composição etária na EJA. Paraná,

2007

30.000 35.000 40.000 45.000 -5.000 10.000 15.000 20.000 25.000

0 a 14 anos 15 a 17 anos 18 e 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos Mais de 39 anos

(12)

Composição etária na EJA. Paraná,

2007

39% 61% 0 a 24 anos 25 anos ou mais

(13)

Alunos da EJA conforme a cor/raça no

Brasil, 2007

800.000 1.000.000 1.200.000 -200.000 400.000 600.000

(14)

Alunos da EJA conforme a cor/raça no

estado do Paraná, 2007

14.000 16.000 18.000 20.000 -2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000

(15)

• Grande parte dos estudantes

de EJA são trabalhadores e de

baixa renda.

(16)

Especificidade da Educação de Jovens

e Adultos

• Inserção no mundo do trabalho • Saberes não-escolares

• Descontinuidade • Flexibilização

• Flexibilização

(17)

Pressupostos para a construção de

um material didático para a EJA

(18)

O estudante como sujeito

O aluno trabalhador é concebido com um ser social que traz experiências de vida e conhecimento acumulados. Um sujeito fazedor de história que intervém na realidade e que se constrói nas ações coletivas. Um ser integral, cujas dimensões cognitivas, físicas, emocionais, econômicas, políticas, sociais, culturais,

éticas e estéticas e espirituais interagem no processo de construção do conhecimento.

construção do conhecimento.

O conhecimento é concebido como fruto de um processo

construtivo em que a aprendizagem dos sujeitos não está dada a priori e nem mesmo resulta do acúmulo de informações

vindas do meio exterior. Para aprender, o sujeito coloca em jogo suas hipóteses sobre a realidade, interage com o real e com os outros, reconstruindo estas hipóteses e avançando na

compreensão desta realidade.

CITOLIN, S. Citado em:Osmar Fávero. Cad. Cedes, Campinas, vol. 27, n. 71, p. 39-62, jan./abr. 2007, p. 45.

(19)

Um mundo fechado

“A escola está aumentando a distância entre as palavras que lemos e o mundo em que

vivemos. Nessa dicotomia, o mundo da leitura vivemos. Nessa dicotomia, o mundo da leitura é só o mundo do processo de escolarização, um mundo fechado, isolado do mundo onde vivemos experiências sobre as quais não

lemos”.

(20)

Pressupostos – Fase I

• Ênfase no letramento

• Durante muito tempo, acreditava-se que ensinar a ler era apenas ensinar a decodificar.Nesse sentido, os

métodos de alfabetização priorizavam o conhecimento métodos de alfabetização priorizavam o conhecimento das letras e a capacidade de decodificar os sons, a

formação de sílabas e de palavras ou a escrita de frases descontextualizadas. A leitura era vista como um ato mecânico, e ler com fluência era um dos objetivos principais. Acreditava-se que, quando um aluno conseguia ler em voz alta, já aprendera a ler.

(21)

O mundo real

• A escrita se encontra por todos os lados e nos mais diversos lugares: no controle remoto da televisão, no aparelho celular, nas roupas, no

corpo, nos livros, nos jornais, nas revistas etc. Em suma: vivemos em uma sociedade complexa, com diversas práticas sociais que precisam da escrita suma: vivemos em uma sociedade complexa, com diversas práticas sociais que precisam da escrita para existir. É preciso formar leitores capazes de ler diversos textos, para que possam agir nas

mais diversas situações. Por isso, é necessário trazer para a escola textos autênticos que

circulam na nossa sociedade: documentos, letras de música, contas de água, cartazes, poemas etc.

(22)

“... a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a con tinuidade da leitura daquele”.

(23)

Leitura e prática social

Ler para atuar, agir e refletir e não somente para aprender a ler.

A leitura visa ao ensino da escrita e dos conteúdos através de uma prática social, inserida em

(24)

O livro didático na sala de aula

(25)

O ideal

• O professor como autor de um projeto de trabalho.

• Construtor de uma sequencia didática voltada para a realidade de um grupo.

• Construir junto com o grupo-classe. • Construir junto com o grupo-classe.

• Descobrir novos caminhos. Redesenhar o trabalho sempre que necessário.

• O livro didático é um dos materiais possíveis e deve ser utilizado conforme as demandas do professor.

(26)

O real

• Pouca disponibilidade para produção e pesquisa de material.

• Não é uma prática construir junto com o grupo discente.

grupo discente.

• O livro didático se transforma em uma cartilha que seguimos sem questionar.

(27)

O possível

• Utilizar o livro-didático como material de

apoio, mas refletindo sobre o significado do mesmo para o grupo.

• Ter como perspectiva a reconstrução do índice • Ter como perspectiva a reconstrução do índice

atendendo às especificidades do grupo discente.

• Transformar os alunos em pesquisadores

capazes de enriquece o curso e ultrapassar os limites do livro-didático.

(28)

A obra para a Educação de Jovens e

Adultos do Paraná – Fase I

• Proposta de inclusão (apresentação) • Suporte para o trabalho pedagógico

• Não pretende esgotar as possibilidades prática pedagógica.

pedagógica.

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(30)

Possíveis ampliações

• Realizar atividades de socialização: criar cartazes, ampliar a pesquisa sobre o

sobrenome, refletir sobre a origem dos sobrenomes (contexto social, origem).

• Ao Trabalhar com documentos oficiais (p. 19): RG, Certidão de Nascimento, Carteira de

trabalho. Trazer artigos que tratem do tema da falta da certidão e as consequencias para o cidadão.

(31)

Exemplo 2

•Pode-se propor estratégias para refletir sobre o texto • O tema identidade abre

uma grande frente de discussão e pesquisa

• As marcas da identidade do individuo, de um grupo

(32)

Exemplo 3

• Oportunidade para discutir questões de gênero

• Papel masculino e feminino ao longo da história

• Quem eram as mulheres de Atenas? • O que ocorreu em Atenas?

• Quem é o autor da canção?

• Audição e discussão do gênero musical. • O que queria dizer com isso: contexto da ditadura militar.

(33)

Ampliações

“Mulheres de Atenas” faz referência a aspectos da sociedade

ateniense do período clássico e a alguns episódios e personagens da mitologia grega. A letra faz uma alusão aos famosos poemas épicos Ilíada e Odisséia, ambos atribuídos a Homero. Penélope, mulher de Ulisses, herói do poema Odisséia, viu seu marido ficar longe de casa por vinte anos, período em que ela se porta com dignidade e absoluta fidelidade; mas, por um lado, sua formosura, e, por outro, os bens fidelidade; mas, por um lado, sua formosura, e, por outro, os bens familiares atraem a cobiça de pretendentes, que julgavam seu marido morto. Ela lhes dizia que só escolheria o futuro marido após tecer

uma mortalha, que, a bem da verdade, não fazia questão de terminar: passava o dia tecendo e, à noite às escondidas, desmanchava o

trabalho realizado. E enquanto seu marido se mantinha ausente, embora por tanto tempo sem notícia, ela se vestia de longo, tecia longos bordados, ajoelhava-se, pedia e implorava para a deusa Atena que providenciasse o retorno de seu amado.

(34)

Ampliações

Mulheres de Atenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam

Se banham com leite, se arrumam Suas melenas

Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas

Cadenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Sofrem por seus maridos, poder e força de Atenas Quando eles embarcam, soldados

Elas tecem longos bordados

Têm medo apenas

Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas

Morenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Temem pro seus maridos, heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas

E as gestantes abandonadas Não fazem cenas

Vestem-se de negro se encolhem Se confortam e se recolhem Mil quarentenas

E quando eles voltam sedentos Querem arrancar violentos Carícias plenas

Obscenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho

Costumam buscar o carinho De outras falenas

Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas

Helenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade

(35)

A área de Estudos da Sociedade

e da Natureza

Compreender criticamente a

reali-dade em que vivem e nela

inserir-se de forma mais consciente e

se de forma mais consciente e

participativa.

(36)

Contextualização

•Garantir aprendizagens significativas

•Tornar mais evidentes os vínculos desse

campo de estudo com a vida dos jovens e

adultos, nas mais diferentes escalas de

adultos, nas mais diferentes escalas de

relações humanas.

•Realidade local e também o que ocorre

em outras partes de nosso país e do

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O universo de interesses

Superar visão utilitarista da educação de jovens e adultos, baseada no suposto de que os interesses dos educandos estão restritos às suas experiências e necessidades

imediatas.

• Questões relativas à sua sobrevivência cotidiana • Questões relativas à sua sobrevivência cotidiana • Origem do universo

• O desenvolvimento da informática

• A eclosão de conflitos religiosos em outros continentes. • Partilhar as necessidades e realizações no plano afetivo,

dialogando sobre o amor, a sexualidade e a família.

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As ciências

•O espírito crítico como característica básica tanto das ciências sociais como naturais. A

busca de explicações não dogmáticas sobre os fenômenos, explicações que possam ser

confrontadas com a observação e experimentação.

experimentação.

•Mais do que a memorização de nomes e datas, o objetivo prioritário desta área de estudo

deverá ser o desenvolvimento do espírito investigativo e do interesse pelo debate de idéias.

(39)

Alguns temas e assuntos

• Corpo humano

• Nutrição, reprodução, fases do

desenvolvimento, sexualidade e preservação da saúde.

da saúde.

• Qualidade de vida.

• Relação do ser humano com o meio-ambiente. • Saúde no trabalho.

(40)

Alguns temas

• Cultura e identidade, diversidade cultural, e conflitos

• Cidadania, direitos e participação

• As relações sociais/organização da produção e • As relações sociais/organização da produção e

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Temas presentes na obra da Fase I

• História de vida, identidade, nome, sobrenome

• Homens e mulheres: diferenças e aspectos culturais • Medição do tempo

• Festa junina

• Movimentos da Terra

• Moradia e recursos hídricos • Moradia e recursos hídricos

• Declaração Universal dos Direitos Humanos • Energia elétrica

• Água: aspectos ambientais • Cultura africana

• Povos indígenas no Paraná

(42)
(43)

Temas: - Moradia e seu significado social, histórico, ambientam e também com relação à saúde - Conceito de cidade e condições de vida na cidade, processo de urbanização. - Direitos humanos.

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Referências

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