• Nenhum resultado encontrado

Geografia. Indicadores Socioeconômicos. Professor Luciano Teixeira.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Geografia. Indicadores Socioeconômicos. Professor Luciano Teixeira."

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

www.acasadoconcurseiro.com.br

Geografia

Indicadores Socioeconômicos

(2)
(3)

www.acasadoconcurseiro.com.br 3

Geografia

INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

OS Problemas Sociais

Nos últimos 200 anos, o planeta passou por uma série de transformações as quais, ao mesmo tempo em que geraram progresso, também geraram pobreza e ampliaram as diferenças existentes entre os que mandam e os que obedecem, em todas as sociedades e nas mais diversas escalas de análise. É necessário ressaltar que o sistema capitalista se fez extremamente eficiente no que tange à redução da pobreza nos locais onde se estabeleceu primeiro, mas, a partir do momento que ele se espalha para outras regiões do planeta, as nações pioneiras na adoção do sistema (Europa centro-ocidental, EUA e Japão) já estavam à frente no jogo, conheciam as regras e conseguiram se beneficiar mais do que a grande maioria das nações. O progresso também chegou a alguns países subdesenvolvidos, mas, de uma maneira diferenciada, é difícil encontrar por aí um país subdesenvolvido em que exista um estado de bem-estar social que atenda às demandas básicas da população, como saúde, educação, moradia, entre outros. E mesmo algumas nações que se industrializaram tardiamente e tiveram um crescimento significativo no século XX, ainda têm dificuldades extremas para sanar as suas diferenças sociais. São poucas as exceções a essa regra, como Taiwan e Coreia do Sul, que hoje podem ser considerados países desenvolvidos. Contudo, no geral, o que se vê é uma manutenção da desigualdade, na qual os ricos fingem não en-xergar a pobreza que passa diante dos olhos deles e os mais pobres não veem a hora de poder ascen-der socialmente para ter os mesmos benefícios dos mais ricos. Tensões se estabelecem e, inúmeras vezes, as relações entres os dois grupos são tensas e promovem conflitos em que os grupos favoreci-dos sofrem violências intensas (como assaltos, estupros, homicídios, entre outros tantos tipos), porém pontuais, que ocorrem com pouca frequência com o mesmo indivíduo. Já o imenso grupo dos menos favorecidos sofre as mesmas violências do primeiro grupo e ainda sofre a violência do cotidiano, com a ausência de escolas, hospitais, moradias, segurança, infraestrutura, etc. A violência contra ambos os grupos deve ser combatida com todas as ferramentas à disposição, mas isso não ocorre.

Indicadores Sociais

Em muitas discussões sobre as diferenças existentes no mundo, é comum as pessoas utilizarem critérios meramente econômicos para contemplar uma problemática que vai muito além do poder de consumo de determinada população. É impossível fazer uma análise das condições de vida das pessoas por meio de indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, por exemplo.

Em 1990, foi criado, pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que vem sendo utilizado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

(4)

Objetivo: oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o PIB per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.

• Os três pilares que constituem o IDH são:

1. Expectativa de Vida – Uma vida longa e saudável (saúde)

2. O acesso ao conhecimento (educação) é medido pelo número médio de anos de educação

recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos e anos esperados de escolaridade.

3. Padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em

poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência. As nações classificadas pelo IDH são divididas em quatro grupos. De um total de 100%, o grupo dos primeiros 25% tem IDHs considerados muito altos, o segundo grupo de 25% tem IDHs altos, o terceiro grupo tem IDHs médios e o quarto, baixos.

Críticas ao IDH: Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da “felicidade” das pessoas nem indica “o melhor lugar no mundo para se viver”. Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH, no entanto têm o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.

Outra crítica feita ao indicador é a de que ele mede o quão escandinavo um país é, comparando países incomparáveis.

• IDHAD: O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em

consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.

(5)

Geografia – Indicadores Socioeconômicos – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 5

• O Brasil tem um IDH considerado alto (0,730) e ocupa 85ª posição, sendo que na América do Sul ele fica atrás de países como o Chile (40º - 0,815), Argentina (45º - 0,811), Uruguai (51º - 0,792), Venezuela (71º - 0,748) e Peru (77º - 0,741).

• Os países com os piores IDHs do mundo atual são:

185º Moçambique – 0,327 186º Níger – 0,304

187º RDC – 0,304

Ranking IDH por Unidade da Federação

A fome no Mundo

A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, dia 02 de dezembro de 2015, uma lista das dez coisas que todos devem saber a respeito da fome.

(6)

1. O mundo tem cerca de 870 milhões de pessoas que não têm o necessário para comer para

levar uma vida saudável. Isto significa que uma em cada oito habitantes do globo vai para a cama, todos os dias, passando fome. (Fonte: FAO, 2012)

2. O número de pessoas vivendo com fome crônica baixou para 130 milhões nas últimas duas

décadas. Nos países em desenvolvimento, a prevalência da má nutrição caiu de 23,2% para 14,9% no período de 1990-2010. (Fonte: FAO, 2012)

3. A maioria do progresso contra a fome foi alcançada antes de 2007/2008, quando ocorreu

a crise econômica global. Desde então, os avanços na redução do problema foram desacelerados e estagnados. (Fonte: FAO, 2012)

4. A fome é o problema número 1 na lista dos dez maiores riscos de saúde. Ela mata mais

pessoas todos os anos que doenças como Aids, malária e tuberculose combinadas. (Fontes: Unaids, 2010; OMS, 2011)

5. A má nutrição está ligada a um terço da morte de crianças com menos de 5 anos nos países

em desenvolvimento. (Fonte: Igme, 2011).

6. Os primeiros mil dias da vida de uma criança, da gravidez aos dois anos de idade, são

fundamentais para o combate à má nutrição. Uma dieta apropriada, nesta época da vida, protege os menores de nanismos físico e mental, que podem resultar da má nutrição. (Fonte: Igme, 2011).

7. Custa apenas US$0,25 por dia para garantir que uma criança tenha acesso a todos os

nutrientes e vitaminas necessários ao crescimento saudável. (Fonte: Igme, 2011)

8. Se mulheres, nas áreas rurais, tiverem o mesmo acesso à terra, à tecnologia, à educação,

ao mercado e aos serviços financeiros que os homens têm, o número de pessoas com fome poderia diminuir entre 100 e 150 milhões. (Fonte: FAO, 2011)

9. Até 2050, as mudanças climáticas e os padrões irregulares da temperatura terão colocado

mais 24 milhões de pessoas em situação de fome. Quase metade destas crianças estará vivendo na África Subsaariana. (Fonte: PMA, 2009)

10. A fome é o maior problema solucionável do mundo.

Fonte: ONU

A AIDS no mundo

A epidemia de AIDS no mundo

A epidemia de AIDS continua a ser um dos grandes desafios para a saúde global. Aproximadamente 33 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo. Globalmente, somente em 2009, 2,6 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 2 milhões morreram em decorrência da AIDS, a maioria devido ao acesso inadequado a serviços de tratamento e atenção.

(7)

Geografia – Indicadores Socioeconômicos – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 7

O número anual de novas infecções pelo HIV diminuiu de 3,1 milhões (2,9 milhões - 3,4 milhões) em 1999 para 2,6 milhões (2,3 milhões – 2,8 milhões) em 2009. Em termos globais, 2 milhões (1,7 milhões-2,4 milhões) de pessoas morreram por questões relacionadas à AIDS em 2008, comparados à estimativa de 1,7 milhões (1,5 milhões – 2,3 milhões) em 2001.

Existem evidências de sucesso na resposta à AIDS em diversos contextos. Em alguns países, como República Dominicana e Tanzânia, a incidência de HIV caiu significativamente. Infelizmente, essas tendências favoráveis não são registradas de igual maneira em outros países ou regiões. A África Subsaariana ainda é a região do mundo mais afetada pela epidemia: cerca de 67% das infecções pelo HIV e 72% de mortes por AIDS, em 2008, ocorreram nessa região.

As mulheres já representam metade das pessoas vivendo com HIV em todo o mundo, com números crescentes em muitos países. Estima-se que 430 mil (240 mil – 610 mil) crianças me-nores de 15 anos foram infectadas pelo HIV em 2008. Quanto aos modos de transmissão mais prevalentes apresenta-se um verdadeiro mosaico: na África Subsaariana e no Caribe predomina

(8)

a transmissão heterossexual; no Leste Europeu vivencia-se uma transição, pois o antigo modo de transmissão mais prevalente, pelo uso de drogas injetáveis, tem cedido espaço à transmissão sexu-al; na Ásia predomina tanto a transmissão por uso de drogas injetáveis como a transmissão por sexo comercial sem proteção e, na América Latina, predomina a transmissão homossexual masculina, ainda que se tenha de constatar o aumento da transmissão heterossexual em alguns países.

África tem maior epidemia de ebola já registrada; veja perguntas e

respostas

Vírus mata até 90% das pessoas contaminadas. Hábitos tradicionais estão entre fatores que contribuem para disseminação.

Chegou a 729 o número de mortos na maior epidemia do vírus ebola já registrada, na África Ocidental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são mais de 1.300 casos de pessoas infectadas.

(9)

Geografia – Indicadores Socioeconômicos – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 9

Os países mais afetados são Guiné, Libéria e Serra Leoa. É a maior epidemia de febre hemorrágica em termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica, afirma a OMS.

O ebola é um dos vírus mais mortais que existem. Ele mata até 90% dos infectados e não há cura ou vacina disponível para uso na população.

Ele foi registrado nos primeiros seres humanos em 1976, em Yambuku, uma aldeia na República Democrática do Congo, às margens do Rio Ebola. Desde então, mais de 20 surtos da doenças ocorreram em países da África Central e Ocidental.

Veja abaixo perguntas e respostas sobre essa doença: Como o ebola se manifesta na pessoa doente?

O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos. Exames de laboratório incluem baixa de glóbulos brancos e de plaquetas e aumento das enzimas hepáticas. O período de incubação do vírus pode durar de dois dias a três semanas, e o diagnóstico é difícil.

Como o ebola se espalha?

Seres humanos pegam o vírus por meio do contato próximo com animais infectados, incluindo chimpanzés, gorilas, antílopes e morcegos que se alimentam de frutas. Os morcegos da família Pteropodidae são considerados os hospedeiros naturais da doença. O ebola também passa de uma pessoa para outra, por contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos, ou indiretamente, por meio do contato com ambientes contaminados. Os funerais daqueles que tinham a doença podem ser um risco, se as pessoas presentes têm contato direto com o corpo.

Onde está ocorrendo a epidemia atualmente?

Segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS) a epidemia na África Ocidental já deixou 729 mortos em Guiné, Libéria e Serra Leoa. "Trata-se da maior epidemia em termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica", informou a organização em comunicado. Um fator perturbador é que, desta vez, o vírus está circulando em comunidades rurais e urbanas. "A tendência atual da epidemia e seu potencial de cruzar fronteiras e ter propagação internacional constituem um problema de saúde pública de grande preocupação", declarou Luis Gomes Sambo, diretor regional da OMS para a África. "O atual surto tem o potencial de se espalhar para fora dos países afetados e além da região se medidas urgentes e relevantes de contenção não forem postas em prática", acrescentou.

A doença pode ser levada de avião a outros países, espalhando a epidemia?

É possível que uma pessoa com ebola viaje de avião, mesmo a lugares distantes, já que a doença pode levar três semanas para se manifestar. No entanto, o professor William Shaffner, da Universidade Vanderbilt, nos EUA, em entrevista ao site americano LiveScience, apontou que não é muito provável que essa doença se espalhe da forma como tem ocorrido nos países africanos se os serviços de saúde agirem de forma a isolar as pessoas contaminadas. “Os serviços médicos ocidentais provavelmente lidariam relativamente bem em ‘capturar' o ebola quando ele chegasse, porque estaríamos cientes de que as pessoas vieram de áreas afetadas”.

(10)

Ele destaca que para ser contaminado é preciso ter contato próximo com uma pessoa doente, com troca de fluidos corporais. “Estar com a mesma pessoa num só ambiente, por si só, não é perigoso”.

Há necessidade de fechar fronteiras e restringir voos por causa da epidemia?

A OMS, por enquanto, não recomenda restrições de viagens ou fechamento de fronteiras devido ao surto de ebola. Mesmo assim, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou no dia 27 de julho o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país, depois que o vírus se espalhou para duas das maiores cidades do oeste da África.

Por que nos países afetados a doença está se espalhando dessa maneira?

Um problema grave que fomenta a epidemia atualmente é que naquela região há hábitos tradicionais como lavar os cadáveres antes do funeral, o que gera um contato capaz de transmitir o ebola. A OMS já disse publicamente que essas práticas culturais "contribuem fortemente" para a epidemia. Além disso, há muito movimento de pessoas através das fronteiras de Guiné, Libéria e Serra Leoa, o que possibilitou à epidemia se tornar internacional.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/07/africa-tem-maior-epidemia-de-ebola-ja-registrada-veja-perguntas-e-respostas.html

Referências

Documentos relacionados

Todavia, o Poder Judiciário tem entendido em sentido contrário, restando assente no âmbito do Superior Tribunal de Justiça que a alíquota de contribuição para o SAT é aferida

A Psicologia, por sua vez, seguiu sua trajetória também modificando sua visão de homem e fugindo do paradigma da ciência clássica. Ampliou sua atuação para além da

[r]

Fonte: IDC, 2015 (Inquérito a 467 organizações portuguesas que possuem alguma presença na Internet)..

Abate humanitário pode ser definido como o conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem-estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até a operação

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

6 Consideraremos que a narrativa de Lewis Carroll oscila ficcionalmente entre o maravilhoso e o fantástico, chegando mesmo a sugerir-se com aspectos do estranho,

servidores, software, equipamento de rede, etc, clientes da IaaS essencialmente alugam estes recursos como um serviço terceirizado completo...