COLÉGIO SANTA CLARA
Disciplina:Ciências Ficha nº:_____
Data: ____/____/____ ____ Trimestre
Aluno: _________________________ ____ano_____ Nº _____
Professor(a): Maria Paula
Como produzir um relatório de aula prática
Durante a aula prática, você deve anotar cuidadosamente os dados,
procedimentos e outras informações essenciais ao entendimento da aula. Em geral,
folhas soltas não são apropriadas para essa tarefa. Recomenda-se a adoção de um
caderno de aula prática, após a aula, na hora da elaboração do relatório que será
entregue para a professora, tem-se todos os dados importantes da parte experimental,
apenas devendo ser acrescentado o aspecto de revisão de literatura ou bibliográfica.
Uma questão básica a ser considerada quando se escreve um relatório é:
"Se eu ler este relatório daqui há um ano ou dois, existirão ali informações
suficientes para que se possa entender o que foi feito, por que, quais os
resultados obtidos e quais foram as conclusões a que cheguei? Será que eu
poderia reproduzir esta aula se quisesse ?"
Com isto em mente, cada relatório de laboratório deverá conter os seguintes itens:
Elementos Pré-textuais
Capa
Sumário
Elementos textuais
Introdução
Objetivo
Materiais e Métodos
Resultados e discussão
Conclusão
Elementos Pós-textuais
Referências bibliográficas
Anexos
1) CAPA – Conforme os trabalhos já feitos no Colégio, coloque um título que tenha relação com o tema do experimento, data, nome(s) do(s) participante(s), nome do professor responsável e da instituição/colégio.
deve constar a página, caso haja um subitem este deve aparecer em outro plano com o respectivo titulo e página, exemplo:
3) INTRODUÇÃO - Um ou dois parágrafos rápidos para contextualizar o assunto de que tratou a prática e do qual tratará o relatório. Não é propriamente um resumo, mas, uma introdução ao assunto. Apenas informações relevantes ao trabalho devem ser apresentadas, assim deixemos a parte poética para outros trabalhos... Veja no quadro abaixo um exemplo de introdução de um experimento sobre multiplicação celular – mitose.
Sumário
1. Introdução...3
2. Objetivos...4
3. Materiais e Métodos...5
a. Experimento 1 ...5
b. Experimento 2...7
4. Resultados e Discussões...12
5. Conclusão...13
6. Fontes de Pesquisas...14
INTRODUÇÃO
A continuidade de uma espécie depende fundamentalmente do processo de
multiplicação celular. No caso dos organismos unicelulares, a divisão da célula leva a
um aumento do numero de indivíduos (reprodução assexuada). Nos organismos
pluricelulares, a divisão celular produz um crescimento dos indivíduos pelo aumento
dos números de células em seu corpo, ou os conduz a reparação de células perdidas,
ou ainda, os capacita à reprodução da sua espécie através da formação de células
reprodutoras (esporos e gametas). Essa multiplicação se deve ao diversos eventos
sofridos pela célula, o qual denominamos ciclo celular e detalharemos a seguir, dando
ênfase apenas sobre o que acontece com os cromossomos em cada fase, sem
preocupação com os demais orgânulos.
No ciclo de vida das células, chamado ciclo celular, devemos considerar dois
momentos: a interfase e a mitose. Tanto a mitose quanto a interfase apresentam-se
subdivididas em fases ou períodos, apenas por finalidade didática, porque todos os
processos são contínuos.
Os objetivos deste experimento são observar e identificar as diferentes fases da
mitose em células do meristema da cebola
(Allium cepa).4) OBJETIVO - Já no início defina os propósitos ou objetivos, apresentando-os ao final da introdução ou em um item a parte, caso haja muitos objetivos (veja no quadro acima o último parágrafo da introdução).
5) MATERIAl E MÉTODOS - Descrição do material (é material mesmo e não materiais) e dos procedimentos (que são os métodos) utilizados na aula. Pode estar subdividido em itens como: “Material”, “Reagentes e soluções”; “Material”, “Equipamentos” etc. Ou seja, o material pode estar descrito num subitem independente ou pode estar incluído na descrição do procedimento. Todos os materiais utilizados devem parecer nesta descrição, com base nesta parte do relatório deve ser possível repetir o experimento feito por você. Veja o exemplo abaixo:
6) RESULTADOS E DISCUSSÃO - Podem estar agrupados em um único item ou não. Em itens separados, os resultados são primeiro descritos e depois, no item de Discussão, são analisados. A apresentação dos resultados é uma das partes mais difíceis do relatório, pois, você deve descrever os resultados obtidos sem incluir necessariamente a interpretação desses resultados. Normalmente os resultados são apresentados em figuras, esquemas, tabelas, gráficos etc, que apresentam legendas próprias. Liste os dados obtidos, com todas as referências possíveis. Nas observações ao microscópio devem ser feitos desenhos a mão livre indicando o aumento utilizado e as principais estruturas observadas. No caso de experimentos com medidas esteja certo de indicar claramente o que está sendo medido e quais as unidades. Você deve considerar que a pessoa que está lendo o relatório não conhece o assunto, não fez o procedimento e não tem a menor idéia do que está sendo apresentado nos resultados. O segredo é ser o mais direto e sintético possível, sem omitir nenhum tido de informação que ajude a compreensão dos resultados. Veja abaixo dicas de como fazer tabelas e gráficos:
MATERIAL
Microscópio óptico
Preparação definitiva com células de um meristema cebola (Allium cepa)
Papel toalha
REAGENTE
Óleo de imersão
MÉTODOS
Ligar o microscópio e higienizar com papel toalha as lentes e objetivas.
Pegar uma lâmina com preparação de células da cebola
Higienizar a lâmina com papel toalha
Observar a lâmina definitiva ao microscópio óptico. Se necessário recorrer a objetiva de
imersão. Para tal, colocar uma gota de óleo de imersão na lâmina e depois colocar a
objetiva de imersão.
DISCUSSÃO - Nos trabalhos científicos, a discussão dos resultados é feita comparando-se os
resultados encontrados com outros já obtidos anteriormente por outros trabalhos.
O objetivo da discussão dos resultados é mostrar se estes foram os esperados ou não, se atenderam ao objetivo inicial do trabalho ou não, se trouxeram novas informações ao que já se conhecia ou não, se são suficientes para definir o assunto de que tratam ou se há necessidade de trabalhos complementares e quais são eles. Num relatório de aula prática, a discussão deve ser relacionada aos problemas encontrados durante a realização da prática e aos seus possíveis reflexos nos resultados, assim como à providências para minimizar esses
Tabela: é composta de título, um cabeçalho, uma coluna indicadora, se necessário, e um
corpo.
Título
– deve conter breve descrição do conteúdo da tabela e as condições nas quais os
dados foram obtidos;
Cabeçalho
– parte superior da tabela contendo as informações sobre o conteúdo da cada
coluna;
Coluna indicadora – à esquerda da tabela, especifica o conteúdo das linhas;
Corpo
– abaixo do cabeçalho e a direita da coluna indicadora, contém os dados ou
informações que se pretende relatar.
Exemplo:
Tabela 1. Algumas características dos estados da matéria.
Gráfico: é a maneira de detectar visualmente como varia uma quantidade (y) a medida que
uma segunda quantidade (x) também varia; é imprescindível o uso de papel milimetrado para
construção de um gráfico.
Eixos: Horizontal (abscissa) - representa a variável independente; é aquela cujo valor é
controlado pelo experimentador; Vertical (ordenada)
– representa a variável dependente;
cujo valor é medido experimentalmente.
Escolha das escalas - suficientemente expandida de modo a ocupar a maior porção do papel
(não é necessário começar a escala no zero, sim num valor um pouco abaixo do valor
mínimo medido).
Símbolos das grandezas
– devem-se indicar junto aos eixos os símbolos das grandezas
correspondentes divididos por suas respectivas unidades;
Título ou legenda – indicam o que representa o gráfico;
problemas. No próximo quadro você encontra alguns trechos dos resultados e discussão de um experimento sobre reações químicas.
7) CONCLUSÃO - A conclusão do relatório diz respeito diretamente ao seu objetivo. Em suma este item deve dizer se o objetivo foi alcançado ou não, bem como, acrescentar a importância dos conhecimentos adquiridos com esta prática, veja no quadro um exemplo de conclusão de aula prática de microscopia de protozoários.
8)
BIBLIOGRAFIA - Citar toda a bibliografia consultada; Há norma para citação bibliográfica que pode ser obtida nos artigos científicos e livros, e foi trabalhado com vocês pela professora Luiza!Grupos Estado inicial Estado final
2 Óxido de cálcio (sólido branco), água (líquido incolor) e
gás carbônico Líquido precipitado sólido branco incolor com um 3 Ácido acético (líquido incolor) e bicarbonato de sódio
(sólido branco) Formação de um gás
Conclusão
A partir desta prática experimental, foi possível identificar as diferenças morfológicas das
espécies de protozoários já citadas. Vista que esses protozoários são seres muito
pequenos e sua visualização só foi possível com o auxilio de um aparelho microscópico,
esses animais são classificados no Reino Protista. Sua classificação é feita com base na
sua locomoção.
Estes micro-organismos de vida livre estão presentes em muitos ambientes mas alguns
levam vida parasitária causando doenças em animais, febre, cistos muito dolorosos e
outros males em seus hospedeiros. Muitos protozoários causam doenças nos seres
humanos e a outros animais vertebrados. O Trypanosoma cruzi, por exemplo, é um
protozoário flagelado causador da doença de Chagas. Entre as outras doenças
provocadas por protozoários destacam-se a amebíase pela Entamoeba histolytica. Os
protozoários servem como indicadores da qualidade do ambiente, sendo que em águas
poluídas por resíduos industriais normalmente não aparecem muitos protozoários
enquanto que em águas e solos onde exista matéria orgânica em decomposição eles
aparecem em abundância fazendo a decomposição de fezes e qualquer matéria orgânica
morta e com isso colaborando com a limpeza do meio ambiente, a presença de muitos
protozoários indica que aquele ambiente está ecologicamente saudável.
(...) No experimento 3, aconteceu uma reação química porque aparecem novas substâncias. De acordo com a bibliografia consultada quando o ácido acético e o bicarbonato de sódio reagem, resulta em acetato de sódio e ácido carbônico. Este é instável e se decompõe em gás carbônico mais água (Canto, 1998).