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Academic year: 2018

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Partilhar a prática... que pressupostos?

Madalena Gomes da Silva1 & Cristina Argel de Melo 2

No passado mês de Junho, reuniram-se em Amesterdão 5274 fisioterapeutas de todo o mundo no Congresso Mundial dos Fisioterapeutas, organizado pela World Confederation of Physical Therapists (WCPT). Estes fisioterapeutas, alguns do quais de Portugal, foram partilhar a sua experiência, dúvidas e motivações.

A diversidade de temas que foram apresentados nas sessões da conferência, foi suficiente para compreender a variedade de áreas em que os fisioterapeutas intervêm hoje em dia. Igualmente interessante foi ver a importância que é dada à transferência do conhecimento. Transferência dos estudos científicos e guidelines, para a prática clinica – dos investigadores para os clinicos. Em Amsterdão foram partilhadas experiências diversas sobre as dificuldades sentidas e possíveis estratégias facilitadoras desta transferência.

A dificuldade na transferência de conhecimento fez-nos pensar num dos factores que é apontado em Portugal como uma das barreiras ao acesso ao conhecimento: a publicação em inglês, e a dificuldade em encontrar informação em português, encontrar dados sobre a nossa realidade, informação que possamos mais facilmente relacionar com os utentes que acompanhamos, enquanto fisioterapeutas em Portugal.

É uma necessidade sentida e partilhada por muitos que contrasta com o número limitado de artigos que recebemos para serem pubicados aqui na ifisionline. Este contraste levou-nos a reflectir sobre os pressupostos que temos quanto a “publicar artigos”. Será que acreditamos que temos que inventar uma técnica nova para podermos escrever? Será que pensamos que só se fizermos um estudo, com grupo de controle e aleatorização, é aceite para publicar?

Ao procurar inspiração para compreender esta realidade, encontrámos uma conferência acontecida em Julho de 2011 (http://www.ted.com/talks/tim_harford.html) de Tim Hartford, economista de profissão, que sugere que precisamos de aprender a aceitar a imperfeição e o erro como forma de aprendizagem.

Indirectamente Hartford sugere que essencial à aprendizagem é o registo da nossa prática, utilizando para tal a história de um prisioneiro da 2ª Guerra Mundial, médico nos campos de concentração alemães, e do que ele conseguiu ao manter registos do que observava nos seus colegas prisioneiros. Inspirados no economista atrás referido e pela vida do prisioneiro (Cochrane de seu nome) convidamos os colegas a registarem a evolução de um utente, e as dúvidas e questões que possam surgir, e a partilharem essa experiência connosco. Se não há tempo para escrever, as gravações audio (no telémovel, por exemplo) também são excelentes, e enviem-nos, para que possamos partilha-la com todos na nossa rubrica 2minutos.com.

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Volume 2 Número 1

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editorial

Professora Coordenadora na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal1 madalena.silva@ess.ips.pt

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Sharing the practice... what presuppositions do we have?

Madalena Gomes da Silva1 & Cristina Argel de Melo 2

Last June, there were 5274 physiotherapists from all over the world, together in Amsterdam, participating at the World Physiotherapy Congress, organized by World Confederation of Physical Therapists (WCPT). Some of these were Portuguese and they went to share their experience, doubts and motivations.

The diversity of the themes presented in the sessions was enough to understand the variety of areas in which physiotherapists work nowadays. Equally interesting was to see the importance that is given on knowledge transfer, from research and scientific studies into clinical practice. In Amsterdam different experiences were shared about the barriers and difficulties felt and possible strategies to overcome them.

The difficulty in the transfer of knowledge from research into clinical settings, reminds us of one of the factors suggested in Portugal as a barrier to accessible knowledge – publications in English and the difficulty in finding information in Portuguese, with Portuguese data, information that may be easily related with our clients/users.

It is a need, felt and shared by many of us, which contrasts with the reduced number of articles that we receive here, at ifisionline, for publication. This contrast has made us think and reflect on the

pre-suppositions that one may have, regarding “publishing”. Do we believe that we have to invent a new technique or approach, to be able to publish? Do we think that only RCT are publishable?

When trying to find inspiration to understand these facts, we found a Conference held in July 2011 (http://www.ted.com/talks/tim_harford.html) by Tim Hartford. He is an economist, and suggests that we need to learn to accept imperfection and error as a way of learning.

Indirectly, Hartford suggests that “note taking” is essential to our learning. He uses the story of a 2nd

World War prisoner, who was a medical doctor, and his achievements by registering what he observed in his fellow prisoners in the concentration camp.

Inspired by this story and the life of this particular prisoner (named Cochrane) we invite everyone to take notes from the evolution of one user/client, and share with us the questions and doubts that may arise. If there is no time to write, make an audio tape (your mobile possibly allows it) and send it to us, so that we can share it on 2minutes.com

Professora Coordenadora na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal1 madalena.silva@ess.ips.pt

Professora Coordenadora na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto2

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Volume 2 Número 1

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