• Nenhum resultado encontrado

Arq. Bras. Cardiol. vol.86 número5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Arq. Bras. Cardiol. vol.86 número5"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 86, Nº 5, Maio 2006

395

Avaliação da Recidiva da Fibrilação Atrial após Ablação

da Veia Pulmonar por Radiofreqüência Baseada em

Sintomas: esta é uma Estratégia Confiável?

Symptom-guided Assessment of Atrial Fibrillation Recurrence After

Radiofrequency Pulmonary Vein Ablation: is it a Reliable Strategy?

Paulo Roberto Benchimol Barbosa e José Barbosa Filho

Hospital Central Aristarcho Pessoa, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Gama Filho - Rio de Janeiro, RJ

Correspondência: Paulo Roberto Benchimol Barbosa • Rua Pompeu Loureiro, 36/702 - 22061-000 – Rio de Janeiro, RJ

E-mail: pbarbosa@cardiol.br Recebido em 04/02/06 • Aceito em 24/02/06

Senhor Editor,

O impacto da percepção subjetiva na recidiva da fi brilação atrial (FA) com base em sintomas após ablação por radiofreqüência da veia pulmonar (ARFVP) levantou sérias preocupações em relação a uma possível falha na avaliação dos resultados dos procedimentos. Embora a defi nição de sucesso possa variar, para que o procedimento seja bem-sucedido não é necessário, por exemplo, efetuar bloqueio bidirecional nas regiões submetidas à ablação1.

Em pacientes previamente sintomáticos, o sucesso a curto e a longo prazo da ARFVP está associado à detecção de episódios sintomáticos2. Assim, episódios assintomáticos

de FA não são necessariamente considerados na avaliação da recidiva. Vale ressaltar que, como um procedimento potencialmente curativo, uma ARFVP bem-sucedida pressupõe manutenção a longo prazo do ritmo sinusal e redução de morbidades relacionadas à fi brilação atrial, como, por exemplo, cardioembolia. Portanto, o objetivo é a suspensão dos anticoagulantes.

Por meio de monitoração ambulatorial contínua do ECG durante sete dias, Hindricks e cols.3 demonstraram

que o índice de recidiva assintomática de FA subiu de 5% para cerca de 36% durante um acompanhamento de

12 meses. Estes mesmos autores3 relataram que, quando

a avaliação foi feita com base em sintomas, 70% dos pacientes não apresentaram episódios de AF após ARFVP durante um acompanhamento de seis meses. Esse índice caiu de 70% para 50% quando a avaliação foi feita por meio de ECG ambulatorial durante sete dias e para 45% quando foi empregado o sistema de transmissão de ECG por telefone.

Portanto, acredita-se que o índice real de episódios de FA recidivante após ARFVP seja superior ao relatado anteriormente com a utilização de técnicas semelhantes4

e que dependa claramente da estratégia empregada para análise, ou seja, com base em sintomas ou em registros eletrocardiográfi cos. Esses achados suscitam duas perguntas: a ocorrência de eventos cardiembólicos representa um problema para essa população? É necessário manter a terapia anticoagulante oral para a prevenção de eventos embólicos? Com base nas informações atuais podemos afi rmar que, após uma ARFVP bem-sucedida em outros aspectos, cautela e monitoramento direto do ritmo cardíaco são imprescindíveis para determinar se a terapia com anticoagulantes orais pode ser suspensa de forma segura em pacientes de alto risco.

1. Scanavacca M, Sosa E. Ablação por cateter da fibrilação atrial. Técnicas e resultados. Arq Bras Cardiol 2005; 85(4):295-301.

2. Piorkowski C, Kottkamp H, Tanner H, Kobza R, Nielsen JC, Arya A et al. Value of different follow-up strategies to assess the effi cacy of circumferential pulmonary vein ablation for the curative treatment of atrial fi brillation. J Cardiovasc Electrophysiol 2005; 16(12):1286-92.

3. Hindricks G, Piorkowski C, Tanner H, Kobza R, Gerds-Li JH,

Carbucicchio C et al. Perception of atrial fibrillation before and after radiofrequency catheter ablation: relevance of asymptomatic arrhythmia recurrence. Circulation 2005; 112(3):307-13.

4. Kottkamp H, Tanner H, Kobza R, Schirdewahn P, Dorszewski A, Gerds-Li JH et al. Time courses and quantitative analysis of atrial fi brillation episode number and duration after circular plus linear left atrial lesions: trigger elimination or substrate modifi cation: early or delayed cure? J Am Coll Cardiol 2004; 44(4):869-77.

R

EFERÊNCIAS

Referências

Documentos relacionados

Based on the exercise stress test results, it was found that exercise capacity of 39% of the men and 55% of the women was less than 6 METS, which points to a sedentary or

demonstrated improved endothelial function in insulin- resistant type-2 diabetics after 12 weeks of ROSI therapy. In this study, endothelial function improvement occurred Fig. 1 –

In the present study, a research related to the myocyte cell area with relation to its position in different heart coats was not carried out, but taking as reference the

Finally, it can stated that, in mild cases of pulmonary stenosis with a pressure gradient < 30 mmHg, diagnosed and evaluated at any age range, except neonatal and fi rst months

In the present paper, we analyzed the immediate results of percutaneous mitral balloon valvuloplasty in a group of patients that had undergone previous percu- taneous or

A chest helical CT revealed a dilation of the pulmonary artery and its main branches with a fi lling defect of the right main branch and a regular peripheral opacity of

A forty-one-year-old male with systolic heart failure, FC- III NYHA, clinical stage C due to dilated cardiomyopathy was submitted to an autologous transplant of the

Os elementos clínicos sugerem fi rmemente o diagnóstico da atresia pulmonar com comunicação interventricular em face da presença de estalido protossistólico aórtico e sopro