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ESPAÇOS E PODERES NA EUROPA URBANA MEDIEVAL

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Academic year: 2019

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NA EUROPA URBANA

MEDIEVAL

Amélia Aguiar Andrade

Catarina Tente

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NA EUROPA URBANA

MEDIEVAL

IEM – Instituto de Estudos Medievais

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Amélia Aguiar Andrade

Catarina Tente

Gonçalo Melo da Silva

Sara Prata

Editores

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Espaços e poderes na Europa urbana medieval

Amélia Aguiar Andrade, Catarina Tente, Gonçalo Melo da Silva, Sara Prata

IEM – Instituto de Estudos Medievais / Câmara Municipal de Castelo de Vide

“Castelo de Vide”, António Manso / Câmara Municipal de Castelo de Vide

Estudos 18

978-989-99567-8-0 (IEM) | 978-972-9040-15-3 (C. M. de Castelo de Vide)

Ricardo Naito / IEM – Instituto de Estudos Medievais, com base no design de Ana Pacheco

XXXXXX/18

Tipografia Priscos, Lda. Título

Editores

Edição

Referência da imagem da capa

Colecção

ISBN

Paginação e execução

Depósito legal

Impressão

O Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Publicação financiada pela Câmara Municipal de Castelo de Vide e por Fundos Nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do Projecto UID/HIS/00749/2013.

Arbitragem Científica:

Adelaide Milán da Costa (Universidade Aberta) Alberto García Porras (Universidade de Granada) Antonio Collantes de Terán (Universidade de Sevilha) Antonio Malpica Cuello (Universidade de Granada)

Beatriz Arizaga Bolumburu (Universidade de Cantábria-Santander) Denis Menjot (Universidade Lyon 2)

Filipa Roldão (Universidade de Coimbra) Iria Gonçalves (Universidade Nova de Lisboa) Isabel del Val Valdivieso (Universidade de Valladolid) Jean-Luc Fray (Université Clermont Auvergne)

José Avelino Gutiérrez González (Universidade de Oviedo) María Asenjo González (Universidade Complutense de Madrid) Maria Helena da Cruz Coelho (Universidade de Coimbra) Mário Jorge Barroca (Universidade do Porto)

(7)

Nota de abertura ... 11

António Pita

Apresentação ... 13

Amélia Aguiar Andrade, Catarina Tente, Gonçalo Melo da Silva, Sara Prata

PARTE I

Reflexões em Torno de Metodologias e Fontes

... 17

La fabrique de l’espace de la ville. Quelques renouvellements des approches heuristiques et méthodologiques ... 19

Denis Menjot

História do Urbanismo: investigação, fontes e instrumentos ... 39

Luísa Trindade

Fuentes de informacion para el estudio de los espacios urbanos ... 79

Beatriz Arízaga Bolumburu

Sinais multiformes de identidade os arquivos familiares de elites urbanas medievais ...101

Alice Borges Gago

Un planteamiento inicial para el estudio de las alcaicerías en ciudades

secundarias del Reino Nazarí. El caso de Guadix y Baza ...129

María del Carmen Jiménez Roldán

PARTE II

Marcas de Poder no Espaço Urbano

... 149

La Madinat-al-Hamra como un espacio del poder en Granada... 151

Antonio Malpica Cuello

Pouvoirs dans l’espace urbain et espaces des pouvoirs urbains à Bordeaux

(XIIIe-XVIe siècles) ... 171

(8)

Heráldica municipal e apropriação simbólica do espaço urbano medieval português ...209

Miguel Metelo de Seixas

Sinais multiformes de identidade: muitas dúvidas e algumas hipóteses em torno das sepulturas monumentais das elites urbanas

na Lisboa do século XIV ... 231

Carla Varela Fernandes

Poder e arquitetura urbana: a casa-torre no Porto Medieval ... 253

Silvana R. Vieira de Sousa

PARTE III

Intervenções dos Poderes no Espaço Urbano

...265

Las transformaciones del espacio urbano. Ciudades y villas de la Castilla

bajomedieval ...267

María Asenjo González

Laisser des traces. empreintes du pouvoir dans l’espace urbain

du Saint Empire Romain à la fin du Moyen Âge ...311

Gisela Naegle

Os espaços dos mesteres nas cidades medievais e nas suas periferias:

Tipologia e metodologia de análise ... 337

Arnaldo Sousa Melo

O poder de fabricar a paisagem urbana medieval.

Materialidades e discursos na cidade medieval de Braga ...359

Maria do Carmo Ribeiro

Las políticas de los concejos portuarios para garantizar el abastecimiento en el Norte de la Península Ibérica durante la Baja Edad Media.

Estudio del caso de Laredo (España) ... 381

Javier Añíbarro Rodríguez

Um equilíbrio de poderes: distribuição populacional e direitos paroquiais

em Coimbra (1377-1385) ...397

(9)

O poder do tabelionado e da escrita na Lisboa dos séculos XIV e XV ...441

Ana Pereira Ferreira

A rede confraternal na cidade de Lisboa

(séculos XIII-primeira metade do séc. XVI) ...465

Mário Farelo

PARTE IV

Perspectivas desde a Arqueologia

...493

A “cerca velha” de Lisboa na Antiguidade Tardia e Idade Média:

novas leituras a partir das fontes arqueológicas...495

Nuno Mota, Marina Carvalhinhos, Pedro Miranda

Uma mesquita no arrabalde ocidental de al-Ušbûna ...521

Ana Caessa, Cristina Nozes, Nuno Mota

Muralha, Tercenas e Judiaria. Evidências arqueológicas medievais

na Baixa de Lisboa ... 537

Artur Rocha

O Convento de São Domingos, em Lisboa, e a leitura arqueológica das suas hortas, entre os séculos XIII e XV ... 553

Rodrigo Banha da Silva

“Um poder do outro mundo”: o demónio da Casa da Severa, Lisboa ... 571

António Marques, Tânia Manuel Casimiro

Recentes descobertas em Mértola. Breve notícia ...589

Virgílio Lopes

Símbolos e marcas rupestres nas ombreiras e lintéis de portais do Centro Histórico de Castelo de Vide: Contributos para a sua interpretação ...599

Sílvia Ricardo, João Magusto

O Castelo de Alcácer do Sal. Da fortificação islâmica às transformações

ocorridas durante o domínio cristão ... 617

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As mais antigas referências historiográficas medievais acerca de Castelo de Vide assinalam a sua inclusão nos jogos do poder monárquico. D. Afonso III entrega Portalegre, Arronches, Marvão e a povoação que acabará por denominar-se Castelo de Vide ao seu filho D. Afonso Sanches. A ascensão ao trono de D. Dinis levará à reclamação do seu irmão Afonso Sanches de supostos direitos sobre o mesmo. A resposta do rei será o cerco da povoação de Vide, perante obras de fortificação levadas a cabo por seu irmão, manifestação do seu crescente poder, pela concentração de povoações e territórios nas imediações da Serra de São Mamede. O espaço castelo-vidense permanecerá em mãos de Afonso Sanches até à sua morte, sendo posteriormente objecto de significativas iniciativas desde o poder régio, tanto de D. Dinis como de D. Afonso IV, que reforçam a sua importância militar e socioeconómica. A proximidade com a fronteira castelhana levará, paralelamente, ao desenvolvimento da sua espectacular arquitectura defensiva e a articulação entre a coroa e os seus poderes – civis e religiosos – que, localmente, gerem este território, a sua economia e as suas gentes durante os séculos seguintes.

Este episódio e os eventos subsequentes põem de relevo o papel que a localidade de Castelo de Vide desempenhou neste jogo de forças, como espaço de expressão e consolidação de poderes.

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Neste contexto, foi com enorme prazer que a Câmara Municipal de Castelo de Vide e o Instituto de Estudos Medievais organizaram as II Jornadas Internacionais

de Idade Média – Espaços e Poderes na Europa Urbana Medieval. O sucesso de

duas edições consecutivas reflecte um evento que já ganhou o seu lugar na agenda dos medievalistas europeus e cuja relevância se consolida no programa cultural do município.

A edição de 2017 trouxe também a realização de uma Escola de Outono, onde alunos de mestrado e de doutoramento em estudos medievais participaram numa formação ministrada por investigadores provenientes de prestigiadas universidades. Ao acolher especialistas de diferentes contextos e gerações, Castelo de Vide assume-se como uma plataforma de reflexão e debate, fomentando a produção de conhecimento especializado sobre a Europa Medieval.

O presente volume expressa essa mesma vontade, reunindo uma selecção dos textos apresentados nas II Jornadas e na Escola de Outono, com o intuito de conferir um maior impacto e perenidade a estes dois eventos académicos. Esta publicação, apoiada pela Câmara Municipal, constitui-se como uma obra de referência e consulta obrigatória para a investigação actual sobre a Idade Média, a partir das dinâmicas dos espaços urbanos europeus.

A qualidade dos resultados obtidos são também fruto da união de esforços entre a Câmara Municipal de Castelo de Vide e o Instituto de Estudos Medievais, e ambas instituições merecem congratular-se por conformarem um exemplo louvável de colaboração entre o poder local e o âmbito académico, e que certamente continuará a garantir o sucesso de futuras edições.

Deste modo Castelo de Vide acredita que apoiando este tipo de iniciativas científicas alicerça a base dos conteúdos do futuro.

António Pita

(13)

Muitas iniciativas em torno da História Medieval conhecem uma primeira edição sem continuidade, devido a circunstâncias diversas que nem sempre dependeram da vontade dos seus organizadores. Não aconteceu assim com as Jornadas

Inter-nacionais de Idade Média de Castelo de Vide, cuja realização se iniciou em 2016.

No ano seguinte, associou-se a esta atividade uma Escola de Outono destinada a estudantes de mestrado e doutoramento em Idade Média, que glosou o mesmo tema das Jornadas: Espaços e poderes na Europa Urbana medieval.

Entusiasticamente apoiadas pela Câmara Municipal de Castelo de Vide, estas iniciativas assumiam-se como um contributo importante para a continuidade do protagonismo atribuído, na NOVA FCSH, desde os anos 80 do século passado, à investigação sobre a cidade medieval. Uma linha que o Instituto de Estudos Medievais (IEM) fez também sua desde a sua fundação em 2002, procurando, no entanto, conferir-lhe uma perspetiva mais interdisciplinar através da presença da Arqueologia, da Literatura, do Direito, entre outros ramos do saber.

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Mas, a riqueza dessas atividades só pode ganhar outra expressão e conti-nuidade quando chega aos que não estiveram nelas presentes. Tal só se torna possível através da publicação dos textos apresentados e discutidos. O livro que agora se coloca à disposição do público pretende cumprir esse objetivo. Trata- -se da publicação de uma seleção dos textos apresentados na Escola de Outono:

Espaços e Poderes na Europa Urbana medieval, e nas 2ªs Jornadas Internacionais

de Idade Média: Espaços e Poderes na Europa Urbana medieval, depois de serem

alvo de uma dupla avaliação por pares.

Assim, reúnem-se 28 artigos produzidos por 34 investigadores provenientes de Portugal, Espanha, França e Alemanha que cobrem uma ampla cronologia que se estende entre a Antiguidade tardia e o dealbar do século XVI, compreendendo não só distintos espaços políticos cristãos mas também os de presença islâmica como o Al-Andalus e o reino nazari de Granada. Tal permite perspetivas diacró-nicas e, a possibilidade de estabelecer frutuosas comparações

O âmbito da temática proposta para a segunda edição das Jornadas, a articulação entre os poderes presentes na cidade medieval e a sua relação com o espaço urbano como local de atuação e representação, foi extremamente propícia à interdisciplinaridade, manifestando-se em profícuos debates entre historiadores, arqueólogos, especialistas de arquivística, paleografia e heráldica e ainda historiadores de arte. Daí que as fontes de informação que sustentam os trabalhos que aqui se publicam sejam muito diversificadas – documentos escritos, heráldica, vestígios materiais, iconografia, iconologia, cartografia, entre outros – contribuindo não apenas para a riqueza das abordagens realizadas mas também proporcionando ao leitor a possibilidade de conhecer abundante material ilustrativo pouco conhecido ou até mesmo, inédito. Mas, esta diversidade de perspetivas e problemáticas, de fontes e consequentemente de metodologias, tornam difícil encontrar um só fio condutor para esta panóplia de estudos.

Porém, tornou-se claro que, sobretudo da Escola de Outono resultaram textos mais preocupados com a reflexão teórica em torno de conceitos de espaço e do seu uso, uma vez que nesta temática, os limiares entre História Urbana e História do Urbanismo mutuamente se influenciam. E tendo a Escola objetivos de formação de estudantes de mestrado e doutoramento, era fundamental promover a análise crítica das metodologias a utilizar perante fontes tão diversas como são as que permitem a aproximação aos estudos da relação entre o poder e o espaço. Uns e outros integram a parte I deste volume denominada Reflexões em torno de

metodologias e fontes.

As partes II e III qualificadas respetivamente de Marcas de poder no espaço

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e, de certo modo, completam-se pois, se por um lado se pretende desvendar os distintos aspetos da materialização dos poderes nos contextos urbanos por outro, os autores preocuparam-se em esclarecer de que forma os distintos poderes em presença usaram esse mesmo poder para garantir intervenções sobre os espaços urbanos e as suas vivências bem como tal influenciou a utilização desse mesmo espaço pelas sociedades urbanas.

A IV e última parte é reveladora da importância que a arqueologia urbana medieval adquiriu em Portugal, em anos mais recentes. Intitulada Perspetivas

desde a Arqueologia, reúne um conjunto de estudos nos quais é evidente o cruzar

dos resultados do trabalho arqueológico com a análise documental. Os casos de Lisboa e de Castelo de Vide localidades que, por vicissitudes várias perderam parte da sua memória medieval – Lisboa perdeu a quase totalidade do edificado e da tessitura medieval e, Castelo de Vide sofre de uma muito escassa disponibilidade de documentação medieval – revelam que a arqueologia se pode revelar fundamental para a recuperação e compreensão dos espaços medievais.

No seu conjunto, esta obra disponibiliza aos leitores muito conhecimento novo, muitas pistas de investigação e salienta a importância das perspetivas comparativas e interdisciplinares para melhor caraterizar a articulação entre o espaço e o poder na cidade medieval europeia. Contudo, a cidade medieval é um tema verdadeiramente inesgotável, assumindo um amplo conjunto de temáticas, perspetivas e metodologias, pelo que muitas outras muitas outras poderiam ter sido as temáticas tratadas, as perspectivas seguidas, as metodologias propostas.

Infelizmente, esta obra não permite registar a riqueza dos debates que animaram todas as sessões das Jornadas e todas as lições da Escola de Outono. Temos a certeza que essas trocas de impressões, essas sugestões, essas críticas e esses comentários foram muito importantes para todos os participantes e constituíram, por certo, importantes achegas para outras investigações. Esse é afinal um dos principais objetivos destas Jornadas e desta Escola de Outono: contribuir para mais e melhor investigação sobre a cidade medieval.

Os editores queriam ainda deixar público o seu agradecimento a todas as instituições e pessoas que contribuíram para tornar este conjunto de iniciativas

– Jornadas Internacionais de Idade Média, Escola de Outono e publicação desta

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sua realização e assegurar financeiramente esta publicação. Através da Dr.ª Patrícia Martins queremos agradecer aos funcionários e funcionárias da Câmara Municipal de Castelo de Vide a concretização, com muita descrição, mas sempre com a maior competência, dos pequenos e grandes detalhes que garantem o sucesso de um evento. Ao IEM, na pessoa da sua Diretora, Prof.ª Maria João Branco agradecemos o apoio financeiro a estas iniciativas e à publicação desta obra, esta última através do trabalho do Dr. Ricardo Naito no design e composição deste volume. A quantos participaram na Escola de Outono e nas Jornadas – estudantes, conferencistas convidados, comunicantes e assistentes – bem como aos revisores científicos desta obra queremos deixar o nosso obrigado pois, na verdade, é com o seu contributo que se está a implantar um fórum de discussão sobre a cidade medieval europeia que esperamos venha a ter continuidade por muitos e frutuosos anos. E por fim, aos habitantes de Castelo de Vide, a sua hospitalidade especial e generosa tem sido um elemento fundamental no sucesso de todas estas iniciativas.

Lisboa, Setembro de 2018.

Amélia Aguiar Andrade Catarina Tente

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Quelques renouvellements des

approches heuristiques

et méthodologiques

Denis Menjot

1

Résumé

Cet article a pour but de présenter quelques approches heuristiques et méthodologiques récentes sur la structuration de l’espace urbain. Elles sont développées essentiellement dans des travaux de chercheurs français et renouvellent l’approche classique de l’espace urbain, de sa formation, de ses transformations et des relations entre les différentes composantes de cet espace.

L’article aborde tout d’abord le thème de la « fabrique urbaine », définie comme le résultat de l’interaction permanente entre société et espace, entre acteurs et espace. Sont ensuite présentés les apports de l’analyse géomatique et des systèmes d’information géographique, de l’approche morphologique que promeut l’archéogéographie et de l’instrument chrono-chorématique, outil qui permet de modéliser les processus de développement dans le temps et de comparer les dynamiques morpho-fonctionnelles.

La ville est composée à l’intérieur et à l’extérieur de la muraille de nombreux espaces hétérogènes économiquement, socialement, juridiquement et politiquement. Ils forment un système urbain. Il faut donc penser « l’urbain », mais comment ? Avec les deux critères sur lesquels se fondent les géographes: la densité démographique et la diversité des activités ? Il faut aussi étudier les relations entre les différents espaces urbains, quartiers centraux, quartiers subalternes et périphéries suburbaines. Que peuvent apporter les travaux des spécialistes des pays du global sud sur l’urbanisme subalterne, défini comme un « espace de différence » ? Ce sont les questions auxquelles l’article tente de répondre dans sa dernière partie.

Mot-clés

Ville; méthodologie; fabrique urbaine; espacio urbain; archéogéographie; périphéries.

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La fábrica del espacio de la ciudad. Algunas renovaciones de los

enfoques heurísticos y metodológicos.

Resumen

Este artículo tiene como objetivo presentar algunos enfoques heurísticos y metodológicos recientes sobre la estructuración del espacio urbano, desarrollados en obras de investigadores franceses que renuevan el enfoque clásico del espacio urbano, de su formación, de sus transformaciones y de las relaciones entre los diferentes componentes de este espacio.

Primero, el artículo aborda el tema de la “fábrica urbana”, definida como el resultado de la interacción permanente entre la sociedad y el espacio, entre los actores y el espacio. Luego, el articulo presenta las aportaciones del análisis geomático y de los sistemas de información geográfica, del enfoque morfológico promovido por la arqueogeografía y del instrumento crono-coremático que permite el modelado de los procesos de desarrollo a lo largo del tiempo y la comparación de las dinámicas morfo-funcionales.

La ciudad se compone dentro y fuera de la muralla, de muchos espacios distintos, heterogéneos desde el punto de vista económico, social, legal y político. Forman un sistema urbano. Entonces, tenemos que pensar “lo urbano”, pero ¿cómo? ¿Con los dos criterios en los que se basan los geógrafos: densidad de población y diversidad de actividades? También es necesario estudiar las relaciones entre los diferentes espacios urbanos, barrios centrales, barrios subalternos y periferias suburbanas ¿Qué pueden aportar los trabajos de los especialistas de los países del “global sur” a la planificación subalterna, definida como un “espacio de diferencia”? Estas son las preguntas a las cuales el artículo intenta responder en la última parte.

Palabras clave

Villa; metodología; fabrica urbana; espacio urbano; archeogeografía; periferia.

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et cohérente. Par conséquent, une approche fractionnée qui analyse en priorité un élément unique au détriment des autres manquerait de pertinence de même qu’une approche non diachronique car la ville en tant que phénomène social et spatial, résulte de la rencontre d’une multiplicité de temporalités2.

L’histoire urbaine, comme les autres champs de l’histoire, a connu d’importantes évolutions. L’approche érudite n’a pas complétement disparu même si elle avait été très critiquée par des historiens des Annales comme Fernand Braudel ou Jacques Le Goff qui dénonçaient l’histoire de la « petite patrie ». Elle produit des « biographies » urbaines qui servent le tourisme local, alimentent le patriotisme provincial et nourrissent la mentalité localiste, Durant les années 1970-1980 s’est produit un tournant heuristique caractérisé par le rejet de l’espace urbain-prétexte et de l’étude de la ville comme cadre remplacé au profit de la ville comme objet3 ; dans le même temps l’histoire s’est ouverte aux autres

sciences humaines : géographie, sociologie, psychologie, littérature et même aux mathématiques et a intégré des réflexions et des instruments de recherche de ces sciences. Ces évolutions se sont accompagnées et ont été suivies par la révolution technique de l’informatique. Celle-ci a bouleversé et continue de bouleverser nos pratiques d’historien car son « outillage » s’est diffusé avec les micro-ordinateurs. Il permet la digitalisation de documents et de travaux publiés et la création de multiples bases de données qui permettent des recherches approfondies et fournit des logiciels de statistiques, de cartographie, d’informations géographiques qui autorisent des analyses sophistiquées de toutes les sources sérielles, quantitatives ou non.

Les historiens et géographes de la ville posent de nouvelles questions et analysent de nouveaux objets avec de nouvelles méthodes. Parmi les nombreux thèmes de recherche défrichés dont il n’était pas question de présenter un panorama complet dans le temps imparti, j’ai choisi pour cette Escola de Outono/ Formação

para mestrandos e doutorandos, à laquelle les organisateurs m’ont convié, de

présenter seulement quelques approches heuristiques et méthodologiques récentes sur la construction des espaces urbains, pensant qu’elles pourraient être utiles aux jeunes chercheurs en master et doctorat présents dans cette école thématique car elles renouvellent l’approche classique de l’espace urbain, de sa formation et de ses transformations.4 Je me focaliserai essentiellement, sans souci d’exhaustivité, sur

2 LEPETIT, Bernard et PUMAIN, Denyse – Temporalités urbaines. Paris: Anthropos, 1993. 3 L’ouvrage de LEPETIT, Bernard – Les villes dans la France Moderne (1740-1840). Paris: Albin

Michel 1988 est l’illustration magistrale de ce renouvellement épistémologique et de l’apport des techniques statistiques novatrices comme l’analyse factorielle des correspondances.

4 Le modèle en serait la thèse de topographie historique de GAUTHIEZ, Bernard – La logique de

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des travaux, réalisés par des chercheurs français, pas seulement faute de temps, mais parce qu’ils sont essentiels sur le sujet.

1. La « fabrique de la ville ».

En 2007, Hélène Noizet, publiait une thèse pionnière qu’elle intitulait La fabrique

de la ville5, notion qu’elle avait définie quelques années plus tôt comme « le

processus par lequel l’interaction entre société urbaine et ville, dans sa réalité matérielle, espaces et territoires, produit un urbain spécifique en perpétuelle transformation »6. Depuis cette parution, en France, plusieurs travaux importants

ont été réalisés qui étudient la ville en elle-même comme le produit ou le résultat de l’interaction permanente entre société et espace, entre acteurs et espace7 à la

différence de nombreuses et bonnes monographies qui se centrent sur les acteurs et leurs actions et dans lequel l’espace est la toile de fond, le cadre du récit historique. La question est donc celle de la construction de l’espace urbain et de ses transformations successives. Il ne s’agit pas de comprendre comment une ville s’inscrit dans le réseau des villes régionales ou nationales, comment elle se situe dans la hiérarchie ecclésiastique, politique, économique… mais d’expliquer la structuration de l’espace urbain, qui ne peut être interprétée en terme de projet social volontaire. L’espace urbain observable sur les plans de topographie historique n’est pas le résultat d’un projet conscient des sociétés, mais celui de leurs choix et de leurs actions, qui ont changé et se sont modifiés au cours des siècles, sur la matérialité urbaine. Ainsi donc, le plan et la morphologie de Castelo de Vide, pour prendre l’exemple d’une petite ville parmi des milliers d’autres en Europe n’est pas le résultat d’un projet conçu, mais plus que la somme des projets et des objectifs des acteurs qui se sont succédés. C’est en ce sens que la ville est

un « impensée » selon le mot de Michel Lussault, adoptée par Henri Galinié 8.

Il s’agit donc pour l’historien de construire un objet scientifique centré sur la ville

5NOIZET, Hélène – La fabrique de la ville. Espaces et sociétés à Tours (IXe-XIIIe siècle). Paris:

Publications de la Sorbonne, 2007.

6 NOIZET, Hélène – “Fabrique urbaine”. In LÉVY, Jacques et LUSSAULT, Michel Lussault (Dir.) –

Dictionnaire de la géographie et de l’espace des sociétés. 1e ed. Paris: Belin, 2013, pp. 389-391.

7 CLÉMENÇON, Anne-Sophie – La fabrication de la ville ordinaire. Pour comprendre les processus

d’élaboration des formes urbaines, l’exemple du domaine des Hospices civils de Lyon. Lyon-Guillotière. Rive gauche du Rhône. 1781-1914. Lyon: Université Lyon2, 1999, thèse inédite; LEFÈVRE, Benjamin – La Fabrique urbaine d’Angers (Maine-et-Loire) du 3e au 13e s. Tours: Université de Tours, 2010, thèse de doctorat inédite en archéologie; SIMON, Gaël – Espace et société à Vendôme du XIe au début du XIXe siècle: fonctionnement

et fabrique d’une ville intermédiaire sur le temps long. Tours: Université de Tours, 2015, thèse de doctorat d’Histoire inédite.

8 GALINIÉ, Henri – Ville, espace urbain et archéologie. Tours: Maison des Sciences de l’Homme,

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en elle-même, définie comme le produit de l’interaction permanente des habitants sur la matérialité de leur espace et sortir de la vision de la matérialité de la ville comme cadre ou support des activités humaines pour faire de cette matérialité un acteur de plein droit.

Dans son essai, Henri Galinié définit trois axiomes pour comprendre la ville et expliquer la formation de l’espace urbain par d’autres moyens que les causalités urbanistiques :

− une ville est un pur produit, elle n’existe pas en soi : chaque société la transforme selon ses nécessités et la structure selon son organisation propre et sa loi sociale ; − un espace urbain est apte à rendre compte des sociétés qui l’ont successivement

occupé et transformé : derrière l’espace, les sociétés ;

− une société n’est pas capable de concevoir un projet destiné à produire de l’urbain9.

Cette conception a plusieurs conséquences que Henri Galinié met clairement en évidence. Elle nous conduit à supprimer le déterminisme de nos explications. La ville – ou une espace – comme un quartier par exemple – , de la ville n’est pas un acteur mais un lieu, elle n’agit pas. Il faut donc éliminer du vocabulaire le champ lexical de l’anatomie y de la biologie. La ville n’a pas de coeur, pas d’artères, elle ne naît pas, ne s’endort pas. La forme passive est par conséquent la forme grammaticale qui doit être utilisée pour parler de la ville : la ville ne se transforme pas, ne s’agrandit pas, elle est transformée, elle est agrandie. De la même manière, une ville n’évolue pas, ne se transforme pas dans un meilleur état, elle est transformée par les sociétés pour répondre à leurs nécessités.

La ville est le résultat d’interactions permanentes et dialectiques entre acteurs aux fins multiples qui s’inscrivent dans un espace géographique qu’ils façonnent et qui dans une certaine mesure les influencent. La ville est donc un objet qui se transforme continuellement.

La question qui se pose est : comment étudier un objet qui se transforme continuellement ? Henri Galinié propose la combinaison de deux types d’analyse, une compréhensive et une explicative, qu’il formalise avec les concepts de fonctionnement de la ville et de fabrique urbaine. Dans la démarche compréhensive, nous nous situons au niveau des acteurs en tentant de mettre en évidence les finalités et les conséquences spatiales de leurs actions. Dans la démarche explicative, c’est la structure, ce qui se trouve hors des projets des hommes mais qui les conditionnent ou les influencent.

Quelles sont donc les actions humaines qui se traduisent par des emprises sociales ? Roger Brunet dans son ouvrage Le déchiffrement du monde, distinguent

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cinq actions principales des hommes sur l’espace présentées et mises en relation dans la figure 1 : l’habiter, se l’approprier, l’exploiter, y faire des échanges et le gérer, fonction centrale assurée par les dirigeants qui ont le pouvoir d’agir sur les autres actions. Chacune de ces actions « produit de l’espace, lui impose des formes et le remodèle10. Il conviendrait pour les villes médiévales d’ajouter une

autre action : se défendre, qui se traduit par la construction d’une muraille dont l’importance est telle qu’elle a longtemps défini la ville d’Ancien Régime, « la muraille fut l’élément le plus important de la réalité physique et symbolique des villes médiévales »11.

La forme urbaine est donc une donnée construite qui résulte d’un processus complexe d’élaboration et prend différentes formes. Cette constatation a conduit à revisiter la morphologie urbaine dans le contenu théorique et méthodologique de son analyse traditionnelle12 comme le propose Albert Lévy qui distingue cinq

registres et cinq approches que je cite13 :

10 BRUNET, Roger – Le déchiffrement du monde. Géographie universelle. Hachette: Paris, 1990, pp. 20-31. 11 LE GOFF, Jacques ; CHÉDEVILLE, André et ROSSIAUD, Jacques – La ville médiévale. Tome II de

la Histoire de la France urbaine, DUBY, G. (Dir.). Paris: Le seuil, 1980, p. 198.

12 ALLAIN, Rémy – Morphologie urbaine. Géographie, aménagement et architecture de la ville.

Armand Colin: Coll. U Géographie, 2004.

13 LÉVY, Albert – “Formes urbaines et significations: revisiter la morphologie urbaine”. Espaces et

sociétés. Toulouse. Nº 122, Vol. 3, (2005), pp. 25-48. Sur le vocabulaire de l’espace urbain, voir GAUTHIEZ, Bernard – Espace urbain. Vocabulaire et morphologie. Paris: Editions du Patrimoine, 2003.

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L’approche de la forme urbaine comme forme du paysage urbain, c’est-à-dire l’espace urbain visuellement saisi dans sa tridimensionnalité et dans la matérialité du bâti et des espaces publics ;

L’approche de la forme urbaine comme forme sociale, c’est-à-dire l’espace

urbain étudié dans son occupation par les divers groupes sociaux, démographiques, ethniques, les types de famille, ou la distribution des activités et des fonctions dans la ville ;

L’approche de la forme urbaine comme forme bioclimatique, c’est-à-dire

l’espace urbain étudié dans sa dimension environnementale, comme micro-climat urbain ;

L’approche de la forme urbaine comme forme des tissus urbains c’est-à-dire des interrelations entre les éléments composants : parcellaire/viaire/espace libre/ espace bâti, constitutifs de tout tissu ;

L’approche de la forme urbaine comme forme des tracés urbains c’est-à-dire les formes géométrique des plans de villes (organique/ géométrique , orthogonal/ radioconcentrique).

Il existe un lien entre les diverses activités sociales et la formation de l’espace urbain, mais ce lien n’est pas mécanique ou causal mais dialectique14. Cette analyse

dialectique entre espace et société ne peut se faire que dans la longue durée pour pouvoir apprécier le poids des décisions prises plusieurs siècles auparavant dans la structure de l’espace urbain que nous pouvons observer actuellement. Il faut donc examiner les actions des différents acteurs (clercs, seigneurs, marchands, pouvoirs publics …) à différents moments concrets et particuliers de l’histoire de la ville et mettre ces actions en relation avec les caractéristiques de l’espace urbain, c’est-à-dire le parcellaire et le réseau des voies publiques.

L’analyse géomatique et les systèmes d’information géographique sont les outils qui permettent précisément de croiser la morphologie urbaine avec les diverses emprises sociales. L’important projet ANR-ALPAGE de cartographie du Paris ancien en est le modèle emblématique. Comme il avait été présenté sur le site il « visait à mettre en place des outils de travail mutualisés STIC-SHS permettant de développer les recherches concernant l’espace urbain parisien, à savoir des logiciels et un système d’information géographique (SIG) comprenant des couches cadastrales et historiques. C’est une nouvelle approche du milieu urbain, intégrant réellement la dimension spatiale… » Le plus ancien plan parcellaire de Paris (plan Vasserot 1810-1836) a donc été reconstitué dans un SIG avec les diverses emprises sociales : localisation des enceintes, densités socio-économiques, spatialités du pouvoir

14 LUSSAULT, Michel – L’homme spatial, la construction sociale de l’espace humain. Seuil: Coll. La

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seigneurial et royal, présence de la noblesse et de l’Eglise à Paris, diversité des activités des habitants qui sont autant de dimensions de la fabrique de la ville bénéficiant d’un éclairage nouveau15. Ce croisement fait apparaître clairement l’influence des

structures parcellaires sur les formes urbaines et montre que la structure matérielle de la ville participe à expliquer certaines modalités la morphogénèse de la ville.

L’archéogéographie apporte sa contribution à l’analyse de la morphologie urbaine. « L’approche el’archéogéographie est celle qui consiste à dire que le document cartographique, notamment parcellaire, a valeur de document, ni plus ni moins, et qu’il n’a pas à être réfuté a priori comme étant idéologique ou plus idéologique qu’un autre, tout en ayant conscience de la difficulté de l’application de ce genre d’analyse lorsqu’il n’y a pas d’autres documents, notamment d’archives, pour l’étayer »16. Il faut donc analyser le langage des formes, rechercher les objets

historiques et choisir des critères pour repérer les trames de la forme urbaine. Les plus couramment utilisés sont les suivants, selon Gérard Chouquer :

1. l’observation de la différence de densité globale du parcellaire ; 2. la recherche des noyaux micro-parcellaires ;

3. la caractérisation polygonale du parcellaire ; 4. la recherche des alignements remarquables ;

5. l’individualisation des lignes d’appui du parcellaire ; 6. l’identification des pattes d’oie ;

7. la caractérisation des orientations dominantes du parcellaire ; 8. la recherche des inclusions d’orientation ;

9. la recherche des baïonnettes dans le tracé des rues ; bayonetas 10. l’identification des. formes individuelles ponctuelles ; 11. la lecture des parcelles étroites et allongées ;

12. la lecture des régularités métrologiques du plan.

Gérard Chouquer a appliqué cette analyse au cas de Beja, au sud du Portugal. Les critères lui ont servi à identifier des ruelles médiévales aujourd’hui absorbées par le tissu urbain et à restituer la hiérarchie d’origine islamique probable : shari, rue principale ; durub, rue secondaire greffée sur la précédente et quelquefois fermée ; enfin, azikka, petite voie dans issue, de desserte familiale. C’est ce que traduit le schéma suivant (figure 2) qui propose un plan possible pour la ville médiévale de Beja, issu de la lecture et de l’interprétation des formes en relation

15 NOIZET, Hélène; BOVE, Boris et COSTA, Laurent – Paris, de parcelles en pixels: Analyse géomatique

de l’espace parisien médiéval et moderne 2013. Plateforme interactive : http://alpage.huma-num.fr/fr/

16 CHOUQUER, Gérard – “La contribution archéogéographique à l’analyse de morphologie urbaine”.

(27)

avec la cartographie ancienne de la ville17. On peut aussi partir d’un plan

archéologique, c’est-à-dire d’informations intégralement obtenues par la fouille archéologique pour analyser la morphologie urbaine.

L’instrument chrono-chorématique est un autre outil qui en modélisant les

processus de développement, permet à la fois de croiser les données fonctionnelles et morphologiques, de se concentrer sur la dynamique d’une localité et de comparer celle-ci avec d’autres dynamiques morpho-fonctionnelles. Elle permet donc la comparaison des fabriques urbaines et par conséquent l’inscription du cas particulier d’une ville dans l’histoire générale des villes d’une zone ou d’un pays. La chrono-chorématie reprend les apports du langage chorématique qui exprime une combinaison particulière de structures élémentaires de l’espace par des modèles graphiques, les fameux chorèmes, représentés au moyen des figures de base de la géométrie (point, ligne, surface)18. Mais, dans une démarche géohistorique,

17 CHOUQUER, Gérard – Morphologie du centre historique de Beja (Portugal, Alentejo), étude en

6 parties, 2011 ; www.formesdufoncier.org/index.php?rub=thematiques/espruraux; voir aussi une autre analyse, CHOUQUER, Gérard et GONZÁLEZ VILLAESCUSA, Ricardo – “Le lotissement médiéval de la « vieille ville » de Nice”. Histoire Urbaine. Paris. Nº 42, Vol. 1, (2015), pp. 57-79.

18 BRUNET, Roger – “La composition des modèles dans l’analyse spatiale”. L’espace géographique.

Paris. Tomo IX, N°4, (1980), pp. 253-265; BRUNET, Roger – “La carte-modèle et les chorèmes”. Mappemonde. Montpellier. Anné 1986, Nº 4, (1986), pp. 2-6; Son idée est de construire des modèles spatiaux adaptables le plus possible à la réalité de l’espace et de fixer des lois générales. Voir aussi, BRUNET, Roger; FERRAS, Robert

(28)

elle les combine avec l’analyse temporelle des évolutions des objets géographiques observés pour proposer une frise chrono-chorématique permettant de mettre en avant les héritages de l’organisation actuelle de l’espace, entre particularismes locaux et structures spatiales élémentaires. L’objectif principal de cette approche est d’aller au-delà de la topographie historique pour accéder aux dynamiques de fond, aux structures de la ville19.

2. Les espaces de l’urbain.

L’espace urbain est composé de plusieurs espaces « fabriqués », mais il est traditionnellement appréhendé sur le mode binaire de l’opposition entre un centre compact et homogène, corseté à l’intérieur des remparts et une périphérie, formée de faubourgs et/ou bourgs satellisés sur laquelle s’exerce le pouvoir du centre.

Les historiens, pas seulement médiévistes, étudient généralement ces différents espaces situés à l’intérieur ou à l’extérieur des murs dans des monographies générales et leur consacrent très rarement des études spécifiques20.

Quand ils abordent les quartiers suburbains, ils les étudient comme de petits centres satellites bien identifiés au-delà de la muraille21 dans une perspective

inter--urbaine et non intrainter--urbaine de centre à la périphérie, même si certains historiens abordent les inter-relations entre le centre et les faubourgs22. Ils s’intéressent aussi,

plus rarement, aux espaces non habités, aux places et aux zones vertes23.

et THERY, Hervé – Les Mots de la géographie, dictionnaire critique. Montpellier, Paris: La Documentation Française, 1992.

19 A titre d’exemple, on consultera LEFEBVRE, Bastien – “La chronographie ou la représentation

des temps de la formation d’un tissu urbain à Tours (Ve-XVIIIe siècle)”. In LAVAUD, S. et SCHMIDT, B.

(éd.) – Représenter la ville. Bordeaux: éd. Ausonius, 2011, pp. 219-232.

20 JAMBON, Yannick – Aux marges de la ville moderne.Les faubourgs dans le Royaume de France du

XVIe au début du XIXe siècle. Lyon: Presses universitaires de Lyon, 2017; SAMSONOWICZ, Henryk – “Le

suburbium en Pologne vers la fin du Moyen Âge. L’importance économique et sociale des faubourgs aux XIVe et XVe siècles”. Studia historiae eoconomicae. N° 13, (1976), pp. 73-82; SAMSONOWICZ, Henryk –

“Suburbium’ in the Late Middle Ages: The Economic and Social Importance of Suburbs in East-Central Europe”. Review (Fernand Braudel Center). Binghamton. Vol. 5, Nº 2, (1981), pp. 311-324.

21 LEHOUX, Françoise – Le bourg Saint-Germain-des-Prés depuis ses origines jusqu’à la fin de la guerre

de Cent ans. Paris: L’Auteur, 1951; CANEPARI, Eleonora – “An Unsettled Space. The Suburban Parish of San Giovanni in Laterano and Its Inhabitants (1630-1655)”. Quaderni Storici. Bologna. Nº 1, (2016), pp. 114-131.

22 Comme, mais trop superficiellement, les travaux cités note 19 et dernièrement BÉGHIN, Mathieu

– Organisation et développement du territoire aux abords d’une cité: Amiens et ses faubourgs et de quelques rencontres scientifiques . Le périurbain, territoires, réseaux et temporalités. Amiens: Université de Picardie Jules Verne, 2010, thèse de doctorat inédite.

23 LEGUAY, Jean-Pierre – Terres urbaines. Places, jardins et terres incultes dans la ville au Moyen Âge.

(29)

Les marges et les périphéries, ces zones intermédiaires entre la ville et la campagne ont été longtemps négligés, aussi bien par les historiens des campagnes

que par ceux des villes24, et très rarement étudiés en eux-mêmes sous forme de

monographies ou d’approches régionales25. Pourtant, elles sont les zones d’extension

externe de la population de la ville. Elles existent donc depuis l’Antiquité puisque les villes n’ont cessé de croître, sauf exceptions. Au Moyen Âge, on constate que ces territoires sont assez rarement nommés et que c’est en les nommant que les contemporains leur ont donné une existence officielle, souvent, avec un terme dérivé de celui de ‘ville’ : suburbium en latin, ‘sous la ville’, ou faubourg (altération de fors

borc XIIe siècle, latin foris « dehors » et burgus « bourg »). Dans bien des textes,

l’espace extra-muros est tout simplement désigné par l’expression de foras, « dehors ».

Le terme de banlieue, du latin médiéval banleuca, banleuga, banliva, évoque le lien indissoluble avec le centre urbain puisqu’il désigne le territoire d’environ une lieue autour d’une ville sur lequel s’étendait le « ban », du verbe germanique « bannan » commander, défendre, un « ilôt de droit urbain au cœur de territoires soumis au droit commun » pour reprendre l’heureuse expression de John Gilisen reprise par Michel Bochaca26. Ce n’est que récemment, avec la rapide croissance urbaine, qu’un

certain nombre de chercheurs en sciences humaines, majoritairement historiens, mais aussi sociologues ou géographes, ont commencé à interroger la nature et les fonctions de cet espace entre ville et campagne qui renferme les faubourgs attenants à la ville close, des portions de champs situées aux environs immédiats de celle-ci et parfois aussi des villages, parfois embryon de villes nouvelles ; ils ont donc intégré l’idée que cet espace fait partie intégrante du système urbain27.

24 On rappellera cependant sous la direction de Dominique Hervier et de François Loyer, le numéro

spécial : “La ville entre ruralité et urbanité”. Histoire Urbaine. Paris. N° 8, (2003).

25 A quelques rares exceptions comme LEGUAY, Jean-Pierre – “Le paysage périurbain au XVe siècle :

l’aspect et le rôle de la campagne voisine dans la vie des cités bretonnes au Moyen Âge”. Mémoires de la société d’histoire et d’archéologie de Bretagne. Rennes. Nº 67, (1980), pp. 313-329.

26 BOCHACA, Michel – La banlieue de Bordeaux. Formation d’une juridiction municipale suburbaine

(vers 1250-vers 1550). Paris: l’Harmattan, 1997, p. 9; TRANCHANT, Mathias – “La constitution de la banlieue rochelaise à la fin du Moyen Age. Formes d’emprise urbaine sur un espace rural”. Histoire Urbaine. Paris. N° 8, (2003), pp. 23-40.

27 RIBEIRO, Maria do Carmo et MELO, Arnaldo Sousa – Evolução da paisagem urbana. Cidade

(30)

De fait, la notion de périphérie n’a de sens qu’en relation avec le centre. Pour cette raison des historiens optent pour se référer à la notion de périphérie telle que les géographes la conçoivent, qui à la notion territoriale de ville substitue celle de l’urbain qui forme ainsi « un système sociétal regroupant l’ensemble des géotypes caractérisés par le couplage spécifique de la densité et de la diversité » 28.

Pour penser « l’urbain », les géographes se fondent sur deux critères : la densité démographique et la diversité des activités qui définissent parfaitement le mode de vie urbain, qui se caractérise par l’intensité des relations sociales29. Ces critères

permettent de caractériser les espaces que forment l’urbain à travers l’histoire et aux géographes de l’urbain contemporain de faire la typologie suivante: centre, suburbain, périurbain, méta-urbain et para-urbain et rurbain. L’urbain forme ainsi « un système sociétal » regroupant l’ensemble des types caractérisés par le couple spécifique de la densité et de la diversité30. Cette conception a le mérite de

nous amener à penser la périphérie autrement que comme une marge composé de bourgs satellisés, à affiner la typologie des espaces qui composent la ville médiévale et à repenser le rapport spécifique entre les parties et à hiérarchiser l’urbanité de chacune. « Il permet de faire l’hypothèse que la ville peut avoir plusieurs types de centralités et de périphéries »31 qui ne sont que des éléments et des moments de la

dynamique du centre. Pour cette raison, la matrice analytique des géographes se révèle précieuse pour interpréter les sources médiévales.

Un historien, Boris Bove, a tenté d’appliquer ce type d’analyse à la ville de Paris au XIVe siècle en fondant sa recherche sur les registres d’impôts dans lesquels

figurent les noms, prénoms, adresses et professions des habitants et en l’adossant à projet collectif ambitieux ANR-ALPAGE de cartographie du Paris ancien, présenté ci-dessus. Il arrive à des conclusions tout à fait nouvelles : « la périphérie du Paris médiéval ne coïncide manifestement pas toujours avec le rempart car il existe des périphéries intra muros, qui demeurent fossilisées sous forme de fringe

28 LUSSAULT, Michel – “Urbain”. In LÉVY, Jacques et LUSSAULT, Michel (Dir.) – Dictionnaire de

la géographie et de l’espace des sociétés. 2e .d. Paris: Belin, 2013, p. 949. Jacques Lévy ajoute : « ce qu’apporte la ville, c’est la possibilité de rencontres imprévues et improbables, la circulation multidirectionnelle et aléatoire sur un réseau large et dense d’informations multiples. Ce n’est donc pas la quantité brute de mobilité qui caractérise un niveau d’urbanité, mais une mobilité permettant des échanges qui seraient impossibles selon une autre configuration » LÉVY, Jacques – L’espace légitime, Sur la dimensión géographique de la fonction politique. Paris: Presses de la Fondation National de Sciences Politiques, 1994, p. 286.

29 LÉVY, Jacques et LUSSAULT, Michel (Dir.) – Dictionnaire de la géographie et de l’espace des

sociétés…, pp. 1040-1044, renouvelant ainsi l’approche traditionnelle de LEFEBRE, Henri – La Production de l’espace. Paris: Éditions Anthropos, 1974.

30 Le sociologue Yves Barel, par une approche tout à fait différente était arrivé aussi à la conclusion

que la ville était un système social, BAREL, Yves – La ville médiévale. Système social, système urbain. Grenoble: PUG, 1977.

31 BOVE, Boris – “Les périphéries de Paris au XIVe siècle: essai d’application de la théorie géographique

(31)

belt, jusqu’à ce qu’elles soient l’objet de programme de lotissement comme dans l’enclos de Saint-Martin-des-Champs au XVIIe siècle. À l’inverse, on note aussi que

les faubourgs au-delà du rempart peuvent avoir des caractéristiques plus urbaines que certaines parties encloses de la ville, en particulier par la diversité sociale qu’appellent des prix fonciers modérés et de grandes parcelles » (figure 3) 32.

32 BOVE, Boris – “Les périphéries de Paris au XIVe siècle… conclusions Pour ALPAGE, voir note 14.

(32)

Récemment, une nouvelle piste de recherche a été ouverte par les travaux des géographes américains qui travaillent sur les villes du « global sud ». Ils ont mis l’accent sur les villes mégapoles fragmentées, les espaces urbains hétérogènes, économiquement, socialement, juridiquement et politiquement et parfois résistants aux élites et à l’autorité, ce qu’ils nomment la subaltern city33.qui s’inscrit dans le

courant historiographique des subalternstudies initié par Ranajit Guha dans les années 1980. Dans le monde de l’urbanisme subalterne, défini comme un « espace de différence » avec ses propres caractéristiques, les ‘périphéries’, omniprésentes, sont comme des places d’innovation et d’adaptation, sur la frontière mouvante des structures formelles et informelles des zones d’exception, des grey zones où le pouvoir municipal et les résidents se heurtent, se combinent ou s’entendent. Parmi eux Nezar Alsayyad and Ananya Roy ont cherché à montrer que ce modèle transcendait le monde contemporain et pouvait être opératoire pour les périodes antérieures, notamment le Moyen Age avec les enclaves monastiques et seigneuriales, les enclos canoniaux, les citadelles etc…34

Les historiens des époques médiévale et moderne ont mis en lumière non seulement la polycentralité des villes, l’hétérogénéité de la ville dans ses murs, les différents types d’espace urbain, leurs hiérarchies35mais aussi les usages contestés

de l’espace urbain, ce qu’avait aussi souligné des géographes36.Dans un ouvrage

qui va paraître, Peter Clark et moi-même proposons de démêler et d’explorer les liens économiques, sociaux, politiques entre les différents espaces urbains, quartiers centraux, quartiers subalternes et périphéries suburbaines, et la façon dont ils participent tous du système urbain et de la vie de la communauté37.

33 ROY, Ananya – “Slumdog Cities: Rethinking Subaltern Urbanism”. International Journal of Urban

and Regional Research. Vol. 35, Nº 2, (2011), pp. 223-238 ; elle discute les origines et l’évolution du terme « subalterne » dans le contexte urbain. Voir aussi BAYAT, A. – “From «Dangerous Classes” to “Quiet Rebels”: Politics of the Urban Subaltern in the Global South”. International Sociology. Vol. 15, (2000), pp. 533-557; SCHINDLER, S. – “Understanding urban Processes in Flint Michigan: Approaching “Subaltern Urbanism” Inductively”. International Journal of Urban and Regional Research. Vol. 38, (2014), pp. 791-804.

34 ALSAYYAD, Nezar et ROY, Ananya – “Medieval Modernity: On Citizenship and Urbanism in a

Global Era”. Space and Polity. Vol. 10, Nº 1, (2006), pp. 1-20; ils argumentent que “the medieval city can be seen as a space of competing sovereignties, one that operated through a territorialised logic of association and patronage”.

35Par exemple, LANTSCHNER, Patrick – The Logic of Political Conflict Conflict in Medieval Cities:

Italy and the Southern Low Countries, 1370–1440. Oxford: Oxford University Press, 2015. BOONE, M. et HOWELL, M.C. – The Power of Space in late Medieval and Early Modern Europe. Turnhout: Brepols, 2013, qui écrivent p. 2. « within city walls space…. was highly contested. Spaces there became highly differentiated, laden with specific if multiple meanings ».

36 LEVY, Jacques – L’espace légitime. Sur la dimension géographique de la fonction politique... 37 CLARK, Peter Clark et MENJOT, Denis (éd.) – Subaltern City, Alternative and peripheral urban

(33)

Conclusion.

Le concept de fabrique urbaine renouvelle l’approche de la compréhension de l’espace urbain fournissant un cadre conceptuel et théorique pour formuler des questions pertinentes, ainsi qu’un outillage technique pour les résoudre à travers les ressources du numérique du SIG, de la chrono-chorématique et de l’archéogéographie38. L’adaptation de la théorie géographique contemporaine à la

ville médiévale a fait la démonstration de son utilité et, par voie de conséquence, de la proximité épistémologique des organismes urbains à travers les âges et donc des méthodes d’analyse. Ces nouvelles approches et nouveaux outils que je vous ai présentés sommairement – mais dont vous pourrez approfondir l’étude avec la bibliographie que j’ai indiquée en note – pourraient vous servir dans vos recherches, dont les fondements doivent rester l’intérêt de la problématique, la rigueur de la critique historique, l’adéquation des méthodes utilisées avec la problématique et la qualité des analyses et de la synthèse.

L’histoire urbaine est riche de bien d’autres approches nouvelles : la gouver-nementalité, la citadinité et la citoyenneté39, les systèmes de réseaux sociaux40, las

relations dialectiques entre la Corte et la ville41, l’environnement, ou encore les

dynamiques urbaines42.

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BAREL, Yves – La ville médiévale. Système social, système urbain. Grenoble: PUG, 1977.

38 On pourrait ajouter les reconstitutions des villes en 3D comme Virtual Shanghai ou Visualing Venice. 39 La distinction entre urbanité, citoyenneté et citadinité a été formalisée dans le Dictionnaire de la

géographie et de l’espace des sociétés (J. Lévy et M. Lussault, 2003).

40 ORTEGO RICO, Pablo – Poder financiero y gestión tributaria en Castilla: los agentes fiscales en

Toledo y su reino (1429-1504). Madrid: Instituto de Estudios Fiscales, 2015.

41 COURBON, Léonard et MENJOT, Denis – La ville et la Cour. Turnhout: Brepols, 2015.

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(39)

investigação, fontes e instrumentos

Luísa Trindade

1

Resumo

Este texto tem por objetivo sistematizar e refletir sobre os principais tipos de fontes e instrumentos de análise disponíveis na área científica da História do Urbanismo. Vincando o seu carácter essencialmente prático, recorre-se a conjunto alargado de casos concretos, capazes de exemplificar de forma clara os diferentes temas em debate. Em função de uma maior proximidade investigativa, os exemplos usados inscrevem-se maioritariamente no período que abarca os finais da Idade Média e os inícios da Época Moderna, ainda que as conclusões apuradas sejam válidas para muitas outras temporalidades.

Palavras-chave

História do urbanismo; cidade; fontes; ferramentas de investigação.

(40)

History of Urbanism: research, data and instruments.

Abstract

This text aims to systematize and reflect on the main sources and research tools available within the scientific field of History of urbanism. Emphasizing its practical nature the analysis is based on a broad set of concrete cases, able to clearly exemplify the different topics in focus. Due to particular research proximity, the examples used are mainly inscribed in a time span from the late Middle Ages to the early Modern Age, although the conclusions are valid for many other temporalities.

Keywords

History of urbanism; city; sources; research tools.

1. Fontes: tipos, potencial e limitações.

São múltiplas e de diferente natureza as fontes essenciais ao estudo da génese e

evolução do espaço urbano2. Mas, previamente ao seu elenco, importa destacar

como a sua utilização obriga não apenas à crítica exaustiva dirigida a cada uma delas, como também ao seu cruzamento e confronto sistemático. Acresce que todas, sem exceção, têm de ser acareadas com o objeto propriamente dito – a cidade atual – fazendo do trabalho de campo e da análise direta uma prioridade metodológica, como veremos no final deste capítulo.

2 Entre a bibliografia disponível, veja-se, ARÍZAGA BOLUMBURU, Beatriz − La imagem de la

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Todavia, a própria natureza da cidade determina o uso em paralelo e de forma permanente de um conjunto de representações do próprio objeto que, por isso, funcionam neste âmbito disciplinar, simultaneamente como fontes e ferramentas da análise. É este um imperativo que decorre da multiplicidade de problemas que se colocam à análise da cidade. Vejamos alguns dos principais.

De escala, em primeiro lugar, pela dificuldade em abarcar o todo da materia-lidade urbana, mesmo que se trate apenas de um sector de cidade. Não o podemos ver num único relance, não o podemos rodear, tão pouco manusear, abarcar ou conter, como fazemos a tantos outros objetos. Pelo contrário. É ele que nos abarca e contém. A relação que o corpo humano estabelece com o objecto urbanístico aproxima-se da que temos com a arquitetura mas exponencia-a, claro (Fig. 1).

Acresce o processo de transformação contínuo a que a cidade está sujeita. Com efeito, à exceção de núcleos abandonados e por isso estagnados no tempo (musealizados ou não), a cidade que estudamos, qualquer que seja o foco cronológico (antiga, medieval ou moderna), é sempre, na prática, contemporânea, no sentido em que está sujeita aos usos da contemporaneidade. Não se trata com efeito de um objeto estático e imutável. Milhares de ações simultâneas, de maior ou menor escala, com mais ou menos impacto, de âmbito público ou privado, fazem da cidade uma realidade em permanente movimento. Objeto de estudo para uns, ela é essencialmente o espaço de vivência quotidiana de milhares de habitantes que são inevitavelmente agentes de transformação.

É este uso da cidade na contemporaneidade que faz com que o que resta de outras épocas não pertença nunca apenas ao passado: na cidade, o passado é sempre ativo no sentido literal da expressão, do que não passou ainda à reforma

Imagem

Fig. 2 – Proposition de lecture de la ville de Beja.
Fig. 3 – Les périphéries de Paris au XIV e  siècle.
Fig. 1 – A escala urbana e as dificuldades de percepção da cidade enquanto objeto de estudo  (à esquerda, fotografia de maqueta de Los Angeles, 1941, Coleção Tom Zimmerman; à  direita, fotografia de Nicholas Sack, Lost in the City
Fig. 2 – Vista de Alcácer do Sal, com destaque para a zona ribeirinha.
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Referências

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