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IMPACTOS JURÍDICOS PANDEMIA COVID-19 e OUTROS ASSUNTOS Novas Normas-Decisões Judiciais-Outros até 27 -NOV-2020 Informativo 36/2020

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IMPACTOS JURÍDICOS – PANDEMIA COVID-19 e OUTROS ASSUNTOS

Novas Normas-Decisões Judiciais-Outros até 27 -NOV-2020

Informativo 36/2020

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IMPACTOS JURÍDICOS - PANDEMIA COVID-19

Desde o início da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) temos trazido um compilado das medidas que os Governos (federal, estaduais e municipais) vêm adotando no combate aos efeitos da crise e ainda, as decisões judiciais pertinentes; nas últimas semanas temos nos deparado cada vez com menos medidas ligadas a Pandemia. Assim, seguindo com o compromisso de informar nossos amigos e clientes, elaboramos esse novo Informativo.

ATUALIZAÇÃO PLANO SÃO PAULO

Nessa semana, todas as regiões do Estado de São Paulo permanecem nas Fases Amarela e Verde. Vale lembrar que na última quarta-feira (25/11), o governador João Dória, informou que a avaliação sobre a progressão/regressão do Plano São Paulo será tomada no próximo dia 30 (segunda-feira).

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MEDIDAS PROVISÓRIAS

MPV 1010/2020 – Isenção de pagamento de energia no Amapá

• Data de Publicação: 25/11/2020

• Finalidade: Isentar os consumidores dos Municípios do Estado do Amapá abrangidos pelo estado de calamidade pública do pagamento da fatura de energia elétrica referente aos últimos trinta dias.

• Medidas Adotadas:

o A isenção não se aplicará a débitos pretéritos, parcelamentos ou outras cobranças incluídas nas faturas elegíveis, se não relacionados à cobrança pelo consumo registrado no mês de competência.

MPV 1011/2020 – Crédito Extraordinário

• Data de Publicação: 25/11/2020

• Finalidade: Abertura de crédito extraordinário, em favor do Ministério de Minas e Energia, no valor de R$ 80 Milhões.

• Medidas Adotadas:

o Transferência de Recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético (Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002) - No Estado do Amapá.

NOVAS NORMAS

Internet das coisas - Geração de milhões de empregos

Em 19/11/2020 foi aprovado o projeto de lei 6549, de 2019, que dispõe sobre os valores da Taxa de Fiscalização de Instalação, da Taxa de Fiscalização de Funcionamento, da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública e da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) das estações de telecomunicações que integrem sistemas de comunicação máquina a máquina, e sobre a dispensa de licenciamento de funcionamento prévio dessas estações.

A isenção tributária nas palavras do Ministro da comunicação Fábio Faria, “(...) vai gerar milhões de empregos em todo Brasil”.

A medida foi vista com bons olhos, uma vez que pode ser uma chance de retomada da economia para 2021.

Na prática, o projeto vai tornar possível a chamada internet das coisas (IDC), em inglês IOT ( Internet of Thigns) que nada mais é do que a comunicação de vários aparelhos distintos entre si. O uso coordenado desses aparelhos visando controlar diversas atividades possui uma série de implicações práticas, que resultam na melhoria da realização de diversas tarefas cotidianas da

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indústria como, por exemplo: otimização de operações (irrigação de plantações, controle de produção, etc.) ou pessoal, como no uso de smartwatches.

O texto aprovado segue para sanção presidencial. Referido projeto prevê que os dispositivos com conectividade 5G serão desonerados a partir de janeiro de 2021 durante 5 anos, bem como, a isenção dos seguintes tributos : Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP), Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), Taxa de Fiscalização da Instalação (TFI) e de Fiscalização do Funcionamento (TFF).

Receita Federal atualiza normas referentes ao CNPJ

O Governo Federal, através da Receita Federal do Brasil publicou no Diário Oficial da União a Instrução Normativa RFB nº 1.991/2020, que atualiza as normas referentes ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

A maioria das alterações decorrem de alterações legais ocorridas em 2019 e 2020, que buscaram a desburocratização e a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias por parte dos contribuintes.

Dentre as alterações estão, por exemplo, a dispensa da necessidade de reconhecimento de firma do Documento Básico de Entrada (DBE), quando houver reconhecimento da assinatura por servidor da Receita Federal, bem como a dispensa por completo da necessidade de assinatura nos casos em que o DBE tenha sido solicitado por meio de dossiê digital de atendimento no Portal e-CAC.

A nova norma altera a IN nº RFB 1.863/2018, e efetua uma série de correções decorrentes de legislação superveniente, como a alteração do regimento interno da Receita Federal, além de adequar o endereço das páginas de internet citadas na IN, que sofreram alteração após a migração do site da Receita para o domíniowww.gov.br/receitafederal.

Receita confirma que não haverá exclusão do Simples Nacional

Com o crescimento da crise econômica ocasionada pelo coronavírus, a Receita Federal havia informado, no mês de julho, que as micro e pequenas empresas inadimplentes com o Simples Nacional não seriam excluídas do regime especial em 2020. Por atender a um pedido do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e decidiu suspender o processo de notificação e de expulsão do regime como forma de ajudar os pequenos negócios.

Em nota recente, a Receita Federal confirmou que as empresas que estão em dívida pelo sistema tributário Simples Nacional, não serão excluídas do mesmo, pois as exclusões estão efetivamente suspensas, mas, informou que as cobranças dos débitos continuam normalmente.

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Algumas empresas relataram que têm recebido notificações de exclusão, por correio, o que foi esclarecido pela Receita que informou que, “Neste ano, excepcionalmente, não haverá a exclusão do Simples Nacional por dívidas. Entretanto, a cobrança dos débitos continua normalmente com a emissão dos avisos de cobrança”, afirmou o Órgão.

Portanto, se sua empresa foi notificada da divida como o Simples Nacional, e sobre uma possível exclusão do sistema, entenda que a respectiva notificação serve apenas para cobrança da dívida, e seu possível adimplemento, e que devido a suspensão do procedimento, a empresa não será excluída.

Projeto autoriza parcelamento de dívida trabalhista executada durante pandemia

O deputado Laercio Oliveira do (PP-SE), apresentou o projeto de lei nº. 2863/2020, que permite que o empregador com dívida trabalhista em execução, durante o período de calamidade pública decretado em razão da pandemia, e nos 18 meses subsequentes ao seu fim, possa parcelar o valor em até 60 meses.

Além da possibilidade de parcelamento da dívida trabalhista, será suspensa, no mesmo período, a exigência de recolhimento do depósito recursal, valor que o empregador é obrigado a depositar quando decide recorrer de sentença condenatória.

O projeto visa alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a medida se justifica, segundo o deputado, pela retração econômica provocada pela pandemia, sendo uma solução “mais razoável, justa e equânime” para as empresas que possuem dívidas trabalhistas. Ademais, “A situação excepcional que vivemos atualmente implica no estudo de alternativas para a preservação dos empregos e da própria atividade produtiva”, disse Oliveira.

Ainda conforme o projeto, sobre o saldo devedor do parcelamento incidirá a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em caso de atraso ou não pagamento de três parcelas consecutivas, a execução prosseguirá sobre o montante a vencer. O projeto de Lei será analisado em caráter conclusivo por duas comissões: a de Trabalho, de Administração e Serviço Público e a de Constituição e Justiça e de Cidadania.

CNJ autoriza audiência de custódia por videoconferência

A realização da audiência de custódia se tornou obrigatória desde o ano de 2016. Com isso, o preso deve ser levado ao juiz responsável no prazo de 24 horas após a prisão pela polícia. Na audiência, o magistrado avalia a necessidade do mantimento da prisão ou então sua soltura, mediante medida cautelar, como o uso de tornozeleira eletrônica.

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suspendido a realização das audiências de custódia, por entender que, se não fossem presenciais, não atenderiam ao fim específico de apresentar o réu preso ao juízo, porém, na última terça-feira (24/11), o CNJ editou nova Resolução, definindo critérios e autorizando a realização dessas audiências.

Para adoção da videoconferência, os tribunais deverão seguir algumas regras, como a instalação de câmeras que captam imagens em 360º e garantir ao preso o direito de conversar reservadamente com um advogado ou defensor público. E ainda, antes da audiência, o preso deverá passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

DECISÕES JUDICIAIS

STJ

Lei que autorizava suspensão da cobrança de consignado é inconstitucional

O Supremo Tribunal Federal (STF), na ADI 6495, julgou inconstitucional a lei nº. 8.842/2020 do Rio de Janeiro, que autorizava a suspensão de cobranças dos empréstimos consignados contratados pelos servidores públicos, pelo prazo de 120 dias, e ainda, vedava a incidência de juros e multa durante o estado de calamidade pública decorrentes da pandemia do coronavírus. A Confederação Nacional do Sistema Financeiro (CONSIF) foi responsável pela ADI 6495, sendo o relator o Ministro Ricardo Lewandowski, que em seu voto constatou que a norma ao interferir na relação obrigacional estabelecida entre as instituições de crédito e os tomadores de empréstimos, invadiu a competência privativa da União para legislar sobre direito civil e política de crédito, com fundamento nos artigo 22, I e VII, da Constituição Federal.

Por fim, a ADI 6495 foi julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade da lei estadual e, por consequência, do Decreto Estadual nº. 47.173/2020, que a regulamentou. A eficácia da lei estava suspensa, desde 29/07/2020, por medida cautelar deferida pelo então presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

STJ

Qualquer via processual é válida para requerer valor cobrado indevidamente

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, sob o Código Civil de 2002, o pagamento em dobro de quantia indevidamente cobrada pode ser requerida por qualquer via processual.

A ação objeto da decisão foi ajuizada por um banco para cobrar cerca de R$ 153 mil, correspondentes a suposto saldo devedor de contrato de mútuo e abertura de crédito. Nos embargos monitórios, os devedores alegaram excesso de cobrança, pois o banco não teria

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respeitado a taxa de juros contratual, de 1,6%. Em razão disso, requereram que lhes fosse reconhecido o direito de receber em dobro o valor cobrado a mais.

Em primeiro grau foi dado provimento parcial aos embargos e assim reconheceu que a instituição financeira não esta autorizada a aplicar a taxa média de juros em desacordo com a proposta celebrada, os devedores recorreram ao Tribunal de Justiça de São Paulo, onde o pedido foi negado referente ao pagamento em dobro da quantia, com o fundamento de que não tem natureza dúplice.

A ministra Nancy Andrighi que é relatora do processo, expôs que os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum, com base no artigo 702, §1º do CPC: "Com efeito, a matéria que pode ser arguida pelo embargante é ampla, pois, eles podem se fundar em qualquer tema passível de alegação como defesa no procedimento comum. A cognição, portanto, nos embargos à ação monitória é exauriente", afirmou.

Nancy Andrighi lembrou que, sob o Código Civil de 1916, as turmas de direito privado do STJ reconheceram que não se pode restringir a aplicação da sanção ao prévio requerimento formulado apenas em reconvenção ou por meio de ação própria. Entendeu-se que a pena para esse comportamento ilícito tem por objetivo punir o abuso no exercício do direito de ação. Sob o fundamento de que o suposto credor, ao cobrar dívida já paga, movimenta ilicitamente e de forma maliciosa a máquina da Justiça, prejudicando o interesse público, as turmas de direito privado concluíram que o demandado poderia se valer de qualquer via processual para pedir a aplicação da penalidade.

Para Nancy Andrighi, ainda que os precedentes do STJ tenham sido formados sob o Código Civil de 1916, eles devem ser mantidos em relação ao artigo 940 do código atual.

TRT-12

Pagamento de depósito após horário bancário não é considerado atraso

A 5ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (Santa Catarina) entendeu que, não deve ser considerada como atraso, capaz de atrair a incidência de cláusula penal, a efetivação de depósito do valor acordado em conta corrente do exeqüente na data estabelecida mediante cheque, ainda que a disponibilização de seu valor dependa da burocracia própria do sistema bancário.

A decisão foi no sentido de que, é descabido imputar ao devedor os atrasos advindos da própria burocracia bancária.

Trata-se de uma demanda trabalhista em que a família de um ex-empregado, falecido em acidente de trabalho, buscou o deferimento das verbas decorrente do vínculo, pretensão parcialmente acolhida na sentença e mantida em 2º grau.

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Os autores noticiaram nos autos em 15/07/2019, o descumprimento e requereram a incidência da cláusula penal. Tal pretensão foi acolhida em 1º grau, e estabeleceu o prazo de dez dias para pagamento pela parte executada. Diante da inércia da executada, ocorreu bloqueio, via BacenJud, do valor da parcela vencida somada ao acréscimo de multa de 30%.

Ao tomar ciência do bloqueio, a empresa apresentou embargos de declaração alegando que: "em que pese a parcela com vencimento em 12/07/2019 tenha sido paga por intermédio de depósito bancária, ainda que em cheque e após o horário de expediente bancário, tal fato não enseja a aplicação da cláusula penal, por ausência de previsão no acordo assinado pelas partes". E, com isso, a relatora Maria Aparecida Ferreira Jeronimo, entendeu que, restou incontroverso que a executada cumpriu sua obrigação de pagar o acordado, sendo descabido imputar ao devedor os atrasos próprios da burocracia bancária em disponibilizar o numerário ao espólio. Desta forma, o colegiado deu provimento ao agravo para reconhecer a tempestividade do pagamento realizado, com o afastamento da aplicação da cláusula penal determinada em 1º grau .

TJ/SP

Mediação empresarial pré-processual para empresas impactadas pela pandemia

A pandemia de Covid-19 impactou diretamente a economia e a atividade empresarial, assim, para atenuar os impactos da crise e oferecer uma alternativa para a solução de conflitos antes do ajuizamento da ação, o Tribunal de Justiça de São Paulo oferece duas opções de mediação pré-processual para questões empresariais na Grande São Paulo – uma voltada para demandas de competência das varas de Direito Empresarial e outra para demandas da área de Falências e Recuperações Judiciais.

Com o intuito de facilitar a solução de conflitos, é possível que a parte interessada formule requerimento por e-mail, e, após recebida a solicitação, as audiências de conciliação (no caso de pedidos de competência das Varas Empresariais e de Conflitos de Arbitragem) ou audiência preparatória (para casos de competência das Varas de Recuperação Judicial e Falências), realizadas pelo Teams, serão designadas em até sete dias.

A conciliação e mediação pré-processuais para disputas empresariais é destinada a empresários e sociedades empresárias, nos termos do artigo 966 do Código Civil, e demais agentes

econômicos, desde que envolvidos em negócios jurídicos relacionados à produção e circulação de bens e serviços.

As demandas devem estar relacionadas às consequências da pandemia de Covid-19, observada, ainda, a competência das Varas Empresariais e de Conflitos de Arbitragem.

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Já o apoio à renegociação de obrigações na área de Falências e Recuperações Judiciais é

destinado a empresários e sociedades empresárias, incluindo as individuais, de micro, pequeno e médio porte (MEI, ME e EPP) afetados pelos efeitos da Covid-19.

Para permitir a adequada identificação dos interessados e do objeto da negociação, deve ser enviado pedido, acompanhado de procuração, contendo poderes específicos para transigir, documento pessoal da requerente, se pessoa natural, ou dos atos constitutivos atualizados, se pessoa jurídica, observada, ainda, a competência das Varas de Recuperação Judicial e Falências e Empresariais e de Conflitos de Arbitragem Regional.

Empresa de ônibus não pode vender passagens com preço inferior ao tabelado

Com entendimento de que a prática configura concorrência desleal, em decisão unânime, a 1ª Turma Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que empresa de ônibus deixe de vender passagens entre Presidente Prudente e São Paulo com preço inferior ao estabelecido pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Estabelecendo, em caso de descumprimento, multa diária de R$ 20 mil, sem limite de aplicação. A ação foi proposta pela companhia permissionária exclusiva da Artesp para prestação de serviço de transporte coletivo entre os municípios paulistas de São Paulo e Presidente Prudente. A empresa alegou que a concorrente estaria se aproveitando de autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para operar dois trechos interestaduais (de Presidente Prudente à cidade paranaense de Porecatu e, de Porecatu à São Paulo) para burlar a legislação paulista, comercializando uma “nova linha” entre Presidente Prudente e São Paulo, com conexão em Porecatu, por valores a partir de R$ 99, bem abaixo do fixado pela Artesp, que é de R$ 310. Para o desembargador Cesar Ciampolini, relator do recurso, cabe apenas à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) fixar os preços das passagens com embarque em Presidente Prudente e desembarque em São Paulo. “O mercado de transporte coletivo intermunicipal é altamente regulado com o intuito de evitar-se a presumível desordem que resultaria da livre concorrência entre as empresas transportadoras, em detrimento dos consumidores”, afirmou. Segundo ele, “o valor que a agravada cobra pelas passagens, quase metade do preço imposto pela regulação estatal, acarreta desleal desvio da clientela da empresa que regularmente obteve permissão para operar a linha com exclusividade”.

TJ/DF

Justiça aplica Lei Geral de Proteção de Dados à Serasa Experian

Uma investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios levantou-se após uma ação civil pública ajuizada pela Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial (Espec), alegando que a empresa Serasa Experian comercializou dados como nome, CPF e

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telefone entre outros, de mais de 150 milhões de pessoas.

Segundo levantamento do órgão (Espec) a empresa comercializava os dados visando publicidade e captação de novos clientes, por apenas R$ 0,98 por pessoa cadastrada, sem que os consumidores tivessem conhecimento.

Nesse sentido, O TJ/DF aplicou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 18/09/2020, eis que em decisão proferida em 20/11/2020, acolheu o pedido de antecipação de tutela para determinar a suspensão da comercialização de dados pessoais dos titulares por meio dos produtos “lista online” e “prospecção de clientes”, sob pena de multa no valor de R$ 5.000,00 por cada venda efetuada em desconformidade com a presente decisão.

Embora a empresa tenha respaldo legal para o tratamento de dados para fins de proteção ao crédito, tem-se que a prática investigada não estaria de acordo com a LGPD, nem mesmo com outras leis já existente em nosso ordenamento jurídico.

“A conduta da empresa fere o direito à privacidade, à intimidade e à imagem e, por isso, também está em desacordo com o previsto no Código Civil, no Código de Defesa do Consumidor e no Marco Civil da Internet “, conforme nota do MPDFT.

TJ/GO

Funcionária demitida por ter processado empresa será indenizada

O juiz do Trabalho substituto Guilherme Bringel Murici, de Anápolis/GO, reconheceu como discriminatória a dispensa por justa causa de uma funcionária que processou a empresa enquanto ainda trabalhava no local.

Ao condenar a empresa a pagar as devidas verbas rescisórias e danos morais, o magistrado afirmou ser "latente o viés discriminatório da dispensa, levada a cabo de maneira arbitrária pela ré, que extrapolou os limites de atuação do seu poder diretivo, em claro abuso de direito".

A funcionária ajuizou ação explicando que foi dispensada por justa causa em junho de 2020 após ela acionar a Justiça cobrando horas extras e vale refeição. A mulher negou ter cometido qualquer falta grave que justificasse a demissão e, por isso, pediu que a Justiça reconhecesse a reversão da rescisão contratual para sem justa causa.

Em defesa, a empresa afirmou que a trabalhadora acumulou diversas advertências e suspensões devido a condutas de insubordinação como "incitar" demais empregados a ajuizarem reclamações trabalhistas contra a empresa.

Ao analisar o caso, o magistrado pontuou que, para que seja caracterizada a justa causa, deve-se comprovar o fato grave e recente a justificar a quebra da confiança que o empregador tem em

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relação ao seu empregado. Na falta dessa comprovação, a opção da empresa deve ficar restrita a formas menos severas de punição como suspensão e advertência.

O magistrado analisou depoimentos de testemunhas e, em um deles, constatou que não souberam explicar quais as supostas palavras desrespeitosas lançadas aos superiores pela funcionária, ainda, não souberam indicar quais colegas foram instigados a processar a empresa. Assim, o julgador concluiu que a empresa agiu com retaliação ao dispensar a funcionária pelo simples fato de ela exercer seu direito de ajuizar ações.

"Conforme restou evidenciado na análise do item anterior, o acervo probatório corroborou a alegação da demandante de que 'foi dispensada pela reclamada, como uma forma de retaliação, por ter ingressado com ação judicial em face da empresa reclamada durante a vigência do pacto laboral, destarte, é certo que sua demissão possui caráter retaliativo e, portanto, caracteriza-se como dispensa discriminatória", afirmou o juiz na sentença.

Com este entendimento, o magistrado condenou a empresa a pagar indenização por aviso prévio, férias e 13º salário proporcionais e demais verbas rescisórias. A empresa também foi condenada a indenizar a trabalhadora, a título de danos morais, no valor correspondente a um salário da funcionária.

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O Letang Advogados está atento de forma crítica no intuito de

melhor auxiliar e esclarecer às medidas expedidas diariamente

pela Administração Pública necessárias para minorar os

impactos desta crise.

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