PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESCOLAR FCL/UNESP
Disciplina: Educação Ambiental e ensino: dos limites da racionalidade instrumental, ao embate modernidade/pós-modernidade - (um campo em
disputa)
Docente: Prof. Dr. Edilson Moreira de Oliveira
Ementa: Os níveis alarmantes atingidos pela degradação ambiental, em nossos dias, apontam e exigem da Educação Escolar respostas a mais uma das urgências sociais a ela endereçada. Para alguns, uma minoria, tal questão se equacionaria na forma de uma disciplina intitulada Educação Ambiental. Para outros, por meio da inserção de temas transversais e de uma abordagem interdisciplinar, nos distintos níveis e ensino. Nesta disciplina, objetivamos (1) abordar os limites e possibilidades da Educação Ambiental, enfocando uma análise da racionalidade instrumental, enquanto vetor norteador de propostas de formação de professores; bem como (2) a relação Ontologia/Epistemologia, as quais fundamentam a produção do conhecimento científico (lógica formal) e o processo de ensino e de aprendizagem (lógica dialética). Tal relação se estabelece como pano de fundo e estrutura norteadora das mais distintas propostas educativas voltadas à abordagem da temática ambiental e da educação ambiental, estabelecendo, assim, as bases do (3) embate Modernidade X Pós-modernidade instalado no campo da Educação Ambiental.
Objetivo: Proporcionar aos alunos da pós-graduação um espaço de análise e de discussão acerca das distintas questões que se encontram presentes na abordagem da temática ambiental e da educação ambiental, por meio de uma reflexão sobre as abordagens ontológicas e epistemológicas de ensino, no que diz respeito aos seus limites, possibilidades e propostas educativas.
Primeira Parte FUNDAMENTOS
1)DOS MITOS À COSMOLOGIA E A COSMOGONIA: 1.1)As explicações míticas.
1.2)Os filósofos pré-socràticos e a busca por uma racionalidade do universo. 1.3 Heráclito e Parmênides: a constituição do “Ser, do “vir-a-ser”, e suas implicações para a Filosofia, Ciência e Ensino.
BIBILOGRAFIA
a) ANDERY, M. A. et all. Para compreender a ciência.São Paulo: EDUC. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. 2001.
b) CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
c) OLIVEIRA, E. M. A temática ambiental no trabalho educativo de uma professora iniciante: um estudo de caso. Tese (Doutorado) UNESP, FCL - Araraquara, 2004. 2) ONTOLOGIA, DIALÉTICA E OS PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A CONSTITUIÇÃO DO “SER”.
2.1) Ontologia e Dialética na filosofia platônica: do “mito da caverna” à concepção de ensino enquanto “descoberta”. A manutenção da Ontologia parmedínica e o Princípio da Identidade platônico.
2.2) Ontologia e dialética na filosofia de Aristóteles: da “Filosofia Primeira” à negativa da Dialética e a defesa do silogismo.
2.2) Ontologia e Dialética na filosofia de Kant: da “Redução gnosiológica da Metafísica” à reabilitação da Dialética.
2.3) Ontologia e Dialética na filosofia de Hegel: das críticas endereçadas à “Redução gnosiológica da Metafísica” empreendida por Kant à expansão do “Princípio da Identidade” e a “Dialética” da superação.
2.3) Ontologias Contemporâneas: As Ontologias Regionais e a Ontologia Fundamental em Husserl e Martin Heidegger
2.4) A Dialética em Marx e a Ontologia do Ser Social proposta por Lukács. BIBLIOGRAFIA
a) ANDERY, M A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: EDUC, 2001.
b) BLANC, M.F. Introdução à Ontologia. Lisboa: Instituto Piaget, 1997. c) BORNHEIM, G. A. Dialética: teoria, práxis. Ensaio para uma crítica da
fundamentação ontológica da Dialética. Porto Alegre: Globo; São Paulo: EDUSP, 1983.
d) CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
e) OLDRINI, Guido. Em busca das raízes da ontologia (marxista) de Lukács. In: LESSA, Sérgio. (org) Lukács e a atualidade do marxismo. São Paulo: Boitempo, 2002, 189p.
f) FERRAZ JUNIOR, Tércio S. O papel da dialética em Aristóteles, Kant e Hegel. Revista de Estudos Universitários, ano 3, n. 3, p. 15-23, 1971.
g) LUKÁCS, György. Ontologia do Ser Social: Os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
Segunda Parte
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ENSINO
1) A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E A EMERGÊNCIA DE DISTINTAS PROPOSTAS EDUCATIVAS VOLTADAS À TEMÁTICA AMBIENTAL: DOS LIMITES DA
RACIONALIDADE INSTRUMENTAL, AO EMBATE MODERNIDADE/PÓS MODERNIDADE ( UM CAMPO EM DISPUTA)
1.1) Relação entre o homem e a natureza: as diferentes formas como a natureza foi concebida pelo homem, nas diversas sociedades e momentos históricos percorridos pela espécie humana.
1.2) Histórico da educação ambiental, em nível mundial e nacional. 1.3) Conceitos e metas da educação ambiental.
1.4) Tendências pedagógicas presentes no processo educativo e sua relação com os trabalhos de educação ambiental.
1.5) Relação entre processo educativo e produção do conhecimento científico: a relação entre as ciências, a tecnologia e a sociedade.
1.6) Os limites da racionalidade instrumental: do formalismo Epistemológico à totalidade Ontológica.
BIBLIOGRAFIA
a) AGUIAR, R. A. R. Direito do meio ambiente e participação popular. Brasília: Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1994.
b)BORNHEIM, G. Dialética: teoria, praxis. Rio de Janeiro: Globo, 1983.
______. Reflexões sobre o meio ambiente. In: Ecologia: a qualidade da Vida. São Paulo, Serviço Social do Comércio(SESC), 1993.
c) BOURDIEU, P; PASSERON, J.C. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. 3ª edição, Rio de Janeiro : Francisco Alves,1992.
d) CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 1985.
e) CARVALHO, L. M. A temática ambiental e a escola de 1 grau. 1989, 224 f. Tese (Doutorado) FEUSP, São Paulo.
______.Educação ambiental e a formação de professores. Texto apresentado à Coordenadoria Geral de Educação Ambiental - COEA - MEC para a Oficina Panorama da Educação Ambiental no Brasil. Brasília, 28 e 29 de março de 2000. Não
publicado.
f) CARVALHO, L. M. et al. Conceitos, valores e participação política. In: TRABJER, R.;MANZOCHI, L. H. Avaliando a Educação Ambiental no Brasil: materiais
impressos. São Paulo: Editora Gaia, 1996.
g)DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e prática. São Paulo: Gaia, 1993. h) DI CIOMMO, R. C. Ecofeminismo e Educação Ambiental. São Paulo:Cone sul, /UNIUBE, 1999.
i)EVANGELISTA, J. E. Crise do marxismo e irracionalismo pós-moderno. São Paulo: Cortez, 1997.
j) GONÇALVES, C. W. P. Os (Des)Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo: Contexto, 1989.
k) LAYRARGUES, P.P. Determinismo ecológico: o desafio da alfabetização ecológica na concepção de Fritjof Capra. In: II Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental: abordagens epistemológicas e metodológicas – EPEA. UFSCar: 1 Cd, 2003.
l) LEFF, E. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
m) LEIS, H. R. & D'AMATO, J. L. O ambientalismo como movimento vital: Análise de suas dimensões históricas, ética e vivencial. IN: CAVALCANTI, C. (Org.).
Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo, Cortez, Recife, PE, Fundação Joaquim Nabuco, 1995.
n)LEONARDI, M.L.A. A Sociedade Global e a questão ambiental. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Desenvolvimento e Natureza: Estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo, Cortez, Recife, PE, Fundação Joaquim Nabuco, 1995.
______A educação ambiental como um dos instrumentos de superação da
insustentabilidade da sociedade atual. IN: CAVALCANTI, C. (Org.) Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo, Cortez, Recife, PE, Fundação Joaquim Nabuco,1997.
o) MORIN, E. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002.
p) OLIVEIRA, E. M. Educação ambiental e extensão rural: possibilidade de um diálogo? 1998, Dissertação (Mestrado em educação) – UNESP, Marília.
__________ A temática ambiental no trabalho educativo de uma professora iniciante: um estudo de caso. Tese (Doutorado) UNESP, FCL - Araraquara, 2004. q) OLIVEIRA, E. M.; BUCHALA, S. A. O sistema e a linguagem da educação ambiental: uma proposta de análise. In: FIRST WORLD ENVIRONMENTAL EDUCATION CONGRESS. 2003, Espinho, Portugal, Anais do Congresso, p.102. r) REIGOTA, M. Meio Ambiente e representação social. São Paulo: Cortez,1995. s) SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. Porto: Edições Afrontamento, 1999.
t) SORRENTINO, M. Educação Ambiental e Universidade: um estudo de caso. 1995. Tese (Doutorado em educação) - FEUSP, São Paulo.
______. Educação Ambiental e Universidade. In: A Temática Ambiental e a
Pluralidade do Ciclo de Seminários do NEPAM. Campinas: NEPAM, p. 271-327,1998. u) UNGER, N. M. (Org.) Fundamentos filosóficos do pensamento ecológico. São Paulo: Loyola, 1992.
v) VIEIRA PINTO, A. Ciência e Existência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969. 2) EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ENSINO: DOS LIMITES DA LÓGICA FORMAL À NECESSIDADE DA DIALÉTICA.
BIBLIOGRAFIA
a) OLIVEIRA, E. M. A temática ambiental no trabalho educativo de uma professora iniciante: um estudo de caso. Tese (Doutorado) UNESP, FCL - Araraquara, 2004. b) OLIVEIRA, E. M.; BUCHALA, S.A. A arte como princípio articulador da educação ambiental.IN: Seminário Internacional de Educação. (2004), São Paulo, SP, UNINOVE, 1 CD: ISBN: 85-89852-03-2
c) OLIVEIRA, E. M. Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano: da crise do paradigma científico à necessidade da Dialética. IN: VIII CONGRESSO
ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES. São Paulo: PROGRAD/UNESP, 2005.
d) OLIVEIRA, E. M. et all. A arte enquanto princípio articulador da educação ambiental: concepção/ implantação de um projeto multi/interdisciplinar na Coopen/São José do Rio Preto/Brasil. IN : THIRD WORLD ENVIRONMENTAL
EDUCATION CONGRESS. TURIN/ITÁLIA, 2005. http://www.3weec.org/_upload/12.rtf
e) OLIVEIRA, E. M.; BUCHALA, S. A. The system and language of environmental education: an analysis proposal. (IN) Global trends on environmental education. Discursos, nº Especial, Universidade Aberta, Lisboa, 2004.
f) OLIVEIRA, E. M.; ALMEIDA, J. L. V. ; ARNONI, M. E.B. mediação dialética na educação escolar: teoria e prática. São Paulo: Edições Loyola, 2007.