I]NTVERSIDADE
DE
ÉVORA
DEPARTAMENTO
DE
SOCIOLOGIA
Mestrado
em Sociologia
Área
de
Especialização: Poder
e
Sistemas
Políticos
Poder
Político
e
ldeologia
Face
à
Construção
Ad.iad,a
de
Uma
Paz
Duradoura
entre
Israel
e
a
Dissertação
de
Mestrado
apresentada
por:
Marli
Pereira
tk
Bmtos
Dias
Orientadora:
Prolasora
Doutora
Muria
d4
Saudde Rodigues
Colaço
Baltazu
úvore
UNIVERSIDADE
DE
ÉVORA
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
Mestrado
em Sociologia
Área
de Especialização:
Poder
e
Sistemas
Políticos
Poder
Político
e
ldeologia
Face à Construção
Adiada
de [Jma
Paz
Duradoura
entre
Israel
e
a
Palestina
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,,',ii
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Dissertação de
Mestrado apresentada
por:
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Marli
Pereira
deBarros
Dias
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\\
\t
Orientadora:
Professora
DouÍora
Mafia
da
Saudade
Rodrtgues Cobço
Baltaztr
Évora
Poder Pdttico e ldeologia Frce
à
Colrltuçdo Aüadafu
(JmaPo
Duafua
ente Israel e a PalesftnaRESIJMO
TlÃtloz Poder
Político
e ldeologia Faceà
ConstruçãoAüada
deUna
Pu
Dutadowa
entre Israel e a Palestinao
conflito
entre
Israel
e
Palestinatem sido mücado
pela
violência
e
luta
sangÍqrta exrtreos
dois
povos que disputamo
mesmoterritório'
Isto
tem
provocadoconsêquênciasgravescomoinstabilidadepolíticqpÍoblemaseconómicosesociais
principalmenteparaopovoPalestiniamquenaactualidadeviveemsitrraçãodemiseria
e opressão eÍn que a insegurança atinge ambos os lados do
conflito'
odesenvolvimentodoconflitoaolongodasuahistóriatemdesencadeadouma
actuação através daluta
armada como bombardeamentos, Inüfadas e terrorisÍno seÍrdoque,
esteírltimo aÍingiu
o
seu cume
a
partir
do
momentoque
supeÍou
a
fonna
tradicional
de
terrorismo
rc
fazfÍ.
a
opçãopelos
aÍentados suicidasn|[na
verteÍrte inovadora dos palestinianoq estimulados pela ideologia religiosa e de radical oposição a ocupaçãoisraelita a
qual tem
també,n,como
aguilhâoa
ideologia sionista presentedesde os primeiros tempos do
conflito.
É
na incmsável luta pelo território
palestiniano
que se tem
deflagrado
adestrui$o
dosDireitos
Humanos eCiüs
mediante poderes desiguaise ircnsíveis
as questôi.s humaniüárias queem
mútos
momentos,tem
contadocom
interferências de alguns países estrangeiros como mediadores dos processos de paz' mas que' em ceÍtas situações sãomotivados
por
interessespópriot
e
assim' alheiosa
uma
pazjusta
eduradoura
Vrárioste,msidoosobstáculosparaapazcomoasintransigênciasdosladose,m
disputa e a
acirada
ganância pelo domínio e pelo poder' o que t€mfeito
malograr oshatadosdepazecoNeqrrentecontinuidadedoconflitonr.maescaladadeviol&rciasem
precedentes e crescente dificuldade para se estabelecer uma pazjusta e duradoura
Palavras-cheve: Poder
político;
ideologia; paz;conflito
isÍaelo-palestiniano'Poder Polttico e ldeotogia Face à CorartlqAo Ààiada de Ilma
Po Duabwa
entre l$ael e a PalestinaABSTRACT
Title: Political
Pow*
andldeologt,
Causesfor
anAÜoÜned
La.§ting Peace BelweenIsrael and
tlu
PalestineThe
conflict
between Israel and Palestine has been aüolent
andcruel
strugglebetween
two
peoplesfighting ovet
one land.
Political
instability and
economic and social problemsal€
someof
its
most
sedous consequences,particúarly felt by
úe
Palestinians
who
have beenliving
in
misery and under
oppressionthroughout this
conflict. On the otherhan{
the lack of security is a cost felt byboú
sides'since
its
early
stagesthis
has beena conÍlict
markedby
the
useof
artillery
shelling,
by
the Intifadas andterrorist
attacks.The
armed struggle hasnow
reached apeak
in
violence,
as thenaditional
typesof
terrorism
were replacedby
new fonns
of
suicide attacks based
on
reügiousideology
and radical resistanceto
Israel's
military
force, an occupation inflamed by the historical presence ofZionism'
This
enduringfight for the
Palestinianterritories
is
responsiblefor
a
generaldisrespect for human and
ciül
rights, anineütable
cons€quenoe of the disproportionatemilitary
powerof
theconflicting
parties and disregardfor
humanitarian problems. The foreigrr countries acting as mediators in the peace process have, too frequently, tumed ablind
eye to these situaúons,úinkiry
primarily
about their own private interests rather than the establishment of a lasting peace'Many have
beenthe
obstaclesto
p€ace.The inflexibility
of
both
conflicting
sides and their detennination
to
hold amilitary
andpolitical
contuol over theteÍritoÍies
are responsible
for
thefailure to
implementúe
peace accords andfor
theperpehntion
ofa
conflict
that has witnessed an unprecedented escalation of violence and consequentfailure to create the conditions for
ajust
and lasting peace'Poder Pollrico e
ldeolqia Fúe
àCo'aÍWb
Ádiada de (\maPa Duadota
entre lsrael e a PalestinaÍxorcn
.5 Agradecimentos Siglasutilizadas
""""""""""""'6
lntrodução...
"
"
""
""""
""
"
"'7
Capítulo I
-
Pressupostos
orientadores
da
investigação
1.1. Da problematização aos objectivos de
estudo"""
""""".'".'"18
1.2. Método e tiPo de eshrdo. .20
1.3. Técnicas de recolha de
dados...""""""""
""""""""""""'21
1.4. Tecnicas de análise de
dados
"""""""""""'24
Capítulo
II
-
Enquadrametrto
teóriccconceptual
2.1. Aproximaçõo crítica aos conceitos de
conflito,
poder'Ideologia" paz e fundamentalismo
isliünico"""""
""""""""27
Capítulo
m-
O
conflito israelo-palestiniano:
das
motivações
iniciais
aos
principais
impactee
na
actualidade
3.1. Origern histórica e motivações do
conflito
israelo-palestiniano"""""""
""""'35
3.2. lndependência de Israel e o agravamento doconflito"
""
'
""""'40
3.3. Conflitos annados entre judeus e rirabes após a independência de Israel.......,.,...42
3.4.A
instabilidade social e económica f;ace aoconflito
""""""""54
3.5.A
ideologia como mola propul§ora para o agravamento doconflito"
'"""""""'90
Capítulo
IV
-
Intolerância, formas
de
actuaçlo
no
conflito'
terrorismo
eideologia
religiosa
4.1. Formas de acnração no
conflito:
terrorisrno e ideologiareligiosa"
"""'
'"
"
"""1l0
4.2. Oconflito
na actualidade: incremento e novas formas de aotuação'novo t€ÍÍoÍismo e ideologia
religiosa""""""""
"""""""121
Po&N Polífr@ e ldeotogia Face
à
Cor§ar tçfu Aüada de Uma P@ Doadmtraqte
IsrreJ e aPolestina
Capítulo
V-
Tratados
de para obstáculo§
pars
a pez
e
princiPai§
intenrenientes
5.1. Os diversos tratados de
paz...-..
1435.2. Obstácutos para a consfiugão de rrmâ paz
drradoura"
"""
"
""'173
5.3. Principais intervenientes políticos no processo de paz entle Israele a Palestina.
l9l
Considerações Finais...'-...
199BibliograÍia
.215AIIEXOS
Anexo I
-
Guião deEntÍ'evista....
""""""""""'231
Anexo
II
-
Grelha Explicativa.-....
""""""""""'232
AnexotrI
-
Grelha Interpretativa-
Análise de conteúdo-
CategorialTemática.
234
Ín»rcn
rrAs
FrcuRAs
Figura
I
-
Motivações do conflito."
"" ""
"
"""
"53
Figura
2-
Actuação dos líderes e da populaçâo 72Figure
3-
Consequênciassóciosonómicas
89Figura
4-
Impacte doconflito
aonível
educacional" ' ''
" " "
"""'136
Figura
5-
Intolerância e radicalismo na actuação no conflito"
""
"
""
"
"
" "
""""
141Figura
6-
Recusa dapropo*a
dedwolução
deterritório'
porArafal
O fracassode
CmpDaúd
172Flgura
7-
Motivos
para o nâo cumprimenúo doatatados
de pezFtgun
S-
Medida§ para se alconçar a poz duradouraFigura
9-
Poder Político e Ideologia Face à Construção Adiada de Uma Paz190
t97
poder Potítico e ldeologia Face à consnação Adiada de uma
Pu
Dtadoura enfe Isfael e a PalestinaAGRADECIMENTOS
É nosso dever expressar o sinceno
Í€coúecimento
público às personalidades que abaixo se indicarn e que nosauxiliaram
oomo
seu sabere
meio§ na realizaçâo destetabalho:
ao§ funcionários diligentes da Biblioteca Pública de Évora, tla Biblioteca Geral
da
Universidadede
Évorae da
Biblioteca Nacional de
Lisbog
pela
amúilidade
nacedêncira dos fundos bibliográficos por nós solicitados;
aos menrbros
do
secretariado do Departamento desociologia
da universidade de Évora, na pessoa deD."
Fortunata Correiae
D.'
TeresaRaleirq
pela eficiência
e gentileza que nos foram dispensados sempre que a ele recorremos;a todos os nossos entevistados que, gentilmente, nos rccebeÍam e colaboraram para a
feitura
da presente dissertação.os
seus corúrecimentos, vertidos nasentevistas
que nos concederam, emmúto
contibuÍrarn
parao
esclarecimento das problemáticas que nos ocupam ao longo das páginas que se seguem;à
Prof."
Doutora
Maria
da
Saúade
Rodrigues Colaço
Baltazat,
sem cuja
orientação e incentivo este labor, que agora se torna públco, não teria sido possível;
ao
JoséManuel,
primeiro
leitor
e
críüco
destetexto, pelo
apoio, carinho
e compreensão.podq Polhico e ldeologia Face
à
Cor7rctntçdo Aüada deuaa
Pa
Dtadoara errtfe lsrael e aPalestina
SIGLAS UTILIZADAS
AIPA1
_
comjlé de AcçâoPolÍtica Americano-Israelita
[em
inglês:
American Israel PublicAffairs
Commiteel.lilP
-
Aúoridade
Nacional Palestiniana[em
fuatr;:
As-Sulta Al-Watan$rya
Al'
FilastiniyYal.
cNP
-
Conselho Nacional Palestiano lem fuabe: al-MajlesÁl-wúmi
al-Felistinil.
ECHO-
Sermço de Ajuda Humanitária da Comissôo Europeia I em inglês:European Commission Humanitarian
Átdl.
EUI
-
Estados Unidos da América [em inglês: Ilnited Statesof Ámerical'
lDF
-
Forças de Defesa de Israel [em inglês: /srae I DeferceForcesl'
Mf,§E
-
Bolsa de valores de Nova lorque [em inglês: New York stock Exchangel.olp
-
orgÍIrtiTlríâode Libertação
da
Palestina[em
árabe: MunzzamatAl'Tahrir
Al-FilastiniYtal.
ONGs
-
OrypnizÀcíles Não GovernamentaisoNU
-
Organizryão das Naçõesunidas
[em inglês: I]nited Nationsorganizationf.
opEP
-
Org$nzaçtio dos Países Exportador€s dePeffileo
[eminglês: organization
of The Petroleum Exporting Countriesl.
PNUD
-
Programa das Nações lJnidaspara
o Desenvolvimento'UE-
União EuroPeiaqNIFIL
-Forçalnterina
das Nações Unidas no Líbano[em
in$ês:.
united
NationsInterim Force in Lebanonl.
LNRWA
-
Ag€,Ílcia das Nações unidas de Assistência aos Refugiadosda
Palestinaoi
pó*irno
Oriente [em
n$ês:
The
t]nited
NationsReW
and
Vorks
Agency
for
Palestine Refugees intlu
NearFastl'
uÀs§
-
união
das Repúblicassocialistas soviéticas [em russo:
soyz
sovetsfilú
Poder
Polttia
e ldeologia Faceà
corat.uçl|o Aüada&
umaPa
Duadoura ertte lsrael e a PalesrinaINTRODUÇÃO
o
nosso interesse em estudaro
conflito
israelo-palestiniano surgiu apartir
das aulas da disciplina de"Estudo
dÍ-Paz e dosconflitos',
integrada no plano curricular doMestrado
em
sociologia, variante: Poder
e
sistemas Políticos, ministrado
na Universidade deÉvora
Foi o princípio de um estgdo que instigou não só a curiosidade, mas a necessidade de tentar investigar mais profrrndamente o assuntovisto
que,é
umconflito
de longa duração e que,mútas
vezes, choca o mundo pelorigor
daüolência
e pela dificuldade de se chegar à paz. Nãofoi
possívelip.orar,
nem ficar indiferente ante um conflito que tem ceifado muitas údas humanas através daviolàrcia
com que os seus actoÍ€s têm actuado.sem
ter
a pretensão de termos encontrado uma solução parao
corflito
israelo-palestiniano,üsamos conhibuir,
como
nosso estudo, para o esclarecimento de alguns ponúos que alimentam a disputa doterritório
e contribuem para a manutenção dalut4
dificultando a obtenção da Paz.
O
conflito
israelo-palestiniano não é um assunto novo, rnâs os diversos estudosfeitos acerca desta problenrática estâo mais centrados na disputa do
território,
apesar deabordarem
alguns
ouhos
a§pecto§que
nutÍem
o
conflito, tais como
a
questiio
dareligião,
a intolerânciq
entÍe outros.O
nossoobjectivo
é
conhibuir com
um
estudo voltado para a anrilise de aspectos tais como o poder e a ideologia que,mútas
vezes, seencontraÍl
camuflados, manipulame
deturpama
realidade, âo mesmotempo
que seconvertem ern mais um conjunto de obstáculos para a paz'
O
presentetrabalho
tem poÍ
objectivo
eshrdaro
conflito
israelo-palestinianodesde
os
seusprimórdios até
à
actualidade, atravésde
uura análisequalitativa
doconflito,
tal
como
ele
se
aprresentanos
nossosdias,
se'rn dispensaros
elementoshisóricos
que são firndamentais pam a comprcensão da actualidade. Nesta perspectiva' a abordagemtambfui
se fará apartiÍ
da análisecrítica
da relação copulativa qdstente entre o poder político e a ideologia.Quânto
ao
objectivo geral,
esteüsa
analisar
como
o
poder políüco
e
acapacidade
de
domínio atavés da
ideologia,
no
conflito
israelo'palestiniano, têmcontibúdo
para
o
sucessivo adiamentode
uma paz
duradoura" consubstanciada nadevolução de autonomia e capacidade de cada
indiüduo
§e auto-determinâr, de acordoPoder Político e ldeotogia Face à Cot sttuçdo Adioda de IJma
Pa
Durabua
enlre l$ael e a Palestinacom os princípios do Íespeito ao
diÍeito
e à liberdade deviver
segundo os seus padrõesúcio-culturais.
Parte-se
do
pressupostoque uma paz
duradoura
implica
a
devolução
daautonomia
e
capacidadede se
auto-determinaçãode
cada
indivíduo'
seguindo os princípios do respeito ao dfueito e a liberdade de viver de acordo com a suacútura'
Para
o
desenvolvimentoda
presente investigação recorÍe-sea
uma
anrâlise diacrónica, apartir
de uma diversidade de fontes, como contributo para a compreensãodo
conflito
israelo-palestiniano, destacandoo
poder
político
e a
ideologia'
emarticulação com
aprrÍrís (polltica
e ideológica) em Israel e na Palestina'A
aruíLlise a ser adoptada sobre oconflito
israelo-palestinianoprivilegia'
porum
lado, a
dimensãodo
poderpolítico,
cuja
grandeproblemítica
secenm na
questãoterritorial. No
entanto, ao longo doconflito,
considera-se que também surgiu umaforte
componente ideológica que serye para fortalecer odireito
sobreo
território, tanto entÍe israelitas, quanto entre palestinianos.A
ideologia presente nas duas comunidades surge como mais um obstáculo paraüna
paz
duradoura, uÍnavez que, em
ceÍtâs ocasiões,a
ideologia
sionista
do
ladojudeu,
e a
ideologia religios4
do
lado
palestiniano,
servem-sede
reivindicaçõeshistóricas para levar a cabo a lutâ pelo
territóÍio'
Ao
tatar-se de umconflito
de longa dwação, onde os problernas originários nãoforam
solucionadose
persistem até aos dias dehoje
e
ainda se sobrepõem a outras questões como,poÍ
exemplo, os refugiados que aparecem como mais um problerna dediffcil
resoluçãoe
consequênciada
ocupaçãoisraelita
apósIsrael
venceras
guerrasconta
os
árabes.Tudo
isto,
compõeum
quadrode
problemáticas que data desde achegada dos judeus à Palestinâ e sê agÍava com a criação do Estado de Israel ern 1948.
Pode dizer-se
que as
basesdo
conflito
do
modo como
esüí determinadocomeçarÍul
a s€rhçadas
apartir
da DÊclaÍaçâoBalfour,
eml9l7'
ano em que aG'râ-Bretanha
se
compÍomet€u
no
apoio
aosjudeus,
prometÊndoaos
palestinianos aindependência em troca da expulsão dos turcos da região.
A
lnglaterrafez
'trm jogo
duplo",
com o objectivo de tentar conseguir o conEolo do Médio Oriente'A
DeclaraçãoBalfour
perrnitiu
a
emigraçâo dosjúeus
para as suas anügas terras e assinalou oinício
do choque entrejúeus
e palestinianos' que se acentuoucom
oaumentodaemigraçãojudaicaprincipalmentenoperíododallGuerraMundial'
podet Potítico e ldeologia Face à corctruçtto Aüada de tlma
Pu
Dwadoura errtel$ael
e a PalestinoNo
ano
de
1936
deu-sea
primeiÍa revolta rárúe
e
§urgiram
os
primeiÍos refugiados.o
conflito
agravou-seem
1948, duraÍrtea
Guerrade
Independência de Israel. SegundoDavid
Meir-kvi,
'bs
refugiados palestinianos que sê estabeleceÍam em Gazaem
1948fizeram-no
forçados, nâopor
Israel,
mas pelos egípcios;e
foram
aí mantidos soba
força
daq amras, arriscando-sea
serem abatidos se t€ntassemfugiÍ
enunca obtendo cidadania
egípcia
ou,
sêquer, passaporteegípcio
(estes factos foram registadospelo
póprio
YasserArafat na
suabiografia
ofrcial,
Arafat: Terrorist or
Peace Maker?,prtblicada porAlan
Hart em 1982)"(LEV[,2006:
24-25)'o
sonho judeu do retomo à terra de origemfoi
acalentado pelo sionismo que, aoser um movimento político, se organizou de modo a propiciar a volta dos judeus à Terra
santa
Esta ideologia estava centrada na auto-deteÍÍninação e na criação deum
Estadojudaico para os judeus.
No
ânrbito desta perspectiva, desde a firndação do Estado de Israelem
1948 e' após a Guena da Independênciq o povo israelita" acalentando osoúo
do retomo à sua terra de origem e em busco de refugio, fundou o seupóprio
Estado nacional' rnas com custos elevadíssimos paÍao
povo
palestinianoque,
desdea
primeira
guerra travadacontra
Isra€I,úu
a
sua populaç?oser
expulsade
suapátria
pelas ForçasAmndas
adversrárias, embora Israel tenha negado a sua
Í€sponsúilidade
eatribúdo
a dispersãodos palestinianos
à
fuga
que continua atéhoje,
negando-sea
aceitaro
retomo
desta população dispersa, mesmo após as determinações da ONU.O
número
de
refugiados
foi-se
ampliando
no
deconer
das
guenas
e consequerÍes ocupaçõespor
partÊde
Israel.No
ano
de
1954Israel
envolveu-se naGuerra
do
Suez, contrao
Egipto,
e ficou
do lado
das potências europeias'Em
1967 ocorreu a Guerra dos seis Dias e Israel entrou em gueÍra com marstês
países árabes enovo
contingente de palestinianodeixou
o
tErritório
deorigem e lsrael
ocupou maisterras palestinianas que, até ao momento, se encontraln sob o seu domÍnio e com grande
valor
esMégico,
com a excepção da Península dosinai,
quefoi
devolüda
aoEgipto'
ea Faixa de
Gazg
quefoi
desocupada em 2005.A viória
na Guerrade
1967contibuiu
tanbéÍtr
para melhorar as relações com osEUA
em virtude dos interesses estatégicos destes últimos na região queüram
ern Israel um importante aliado'Emlg73,oEgiptoeaSíriaa§sinararnumacordoparaagircmconjuntâmentÊ
com o
objectivo
de atacar as terras ocupadas por Israel na Guerra dosseis
Dias'o
quelwou
à deflagração da Gu€ÍÍrado Yom
Kippur
(o Dia
do Perdão, para osjudeus)'
DePoder Polftico e ldeologia Face à Cowtruçdo Adiada de Uma
Pu
Daradoua ente Israel e a Palestinaentre todas as guerras,
neúuma foi
suficiente para resolver problemas, mas sim para os agravar.A
situação dos refugiados e a ocupação persistem, décadas após décadas, assimcomo a questão
t€Íritorial.
Este, de entreoutos,
érrais
um problemaa
serresolüdo.
"Israel
rejeita
o
direito de 'retomo'
para
os
refugiadosintemos
e
extêmos
e
querresolver
o
pÍoblema com uma
combinaçãode
reassentamelrtonos
paísesárahs,
esforços intemacionais para melhorar as condições deüda
dos refugiados palestinos; ereadmissão
limitâda
Já
a OLP
insisteno direito
absolutode retomo paÍa todos
os refugiados palestinosde
1948.No
decorrer dos anos,mútos
observadores neutros vêmconcordando que os interesses de
curto
e médio prazos dos refugiados palestinos sãopor vezes colocados em sêgundo plano em relação as manobras políticas
Wa
ÍealizaÍ
aquela meta de longo prazo" ( SMITH, 2008: 40-41).
A
Faixa de Gaza apÍesenta-se hoje no cenário mundial como umterritório
comum
grande número de refugiados eempobrecid4
o
que teÍnpermitido
o
domínio
dapopulação por grupos e ideologias religiosas e extemistas, uma vez que a
ANP
perdeu autoridade e, assim, através de pmgramas assistenciais e sociais permitiramo
acesso e influência do [Iamas, que hoje domina esta Íegião, em cotrhast€ com o velho ambienteconflituoso entne palestinianos e israelitas.
O
interesseem
resolvero
problema dos refugiados nãoé muito
evidente e, enquantoisto
acontece,o
destino deum povo fica
para ser resolvidonum futuro
queainda
não
chegou
e
que
pareceestar distante. Impera
o
sentimentode revolta
ehumilhação, a
violência
torna-se implacável quer seja contra Israel, quer sejaconta
os palestinianos.O
anode
1982foi
marcado por mais uma gueÍra bavada por Israel, mas destavez
conta o
Líbano,cujo
propósito real não estava dissociado daPalestin4
uma vezque com esta guerra Israel tinha por
objectivo
a destruição dâ OLP, bem como mantersob o seu
contolo
o Sul do Líbano, que faz fronteira com Israel. Esta gu€rra tâmbémfoi
marcada pela violência e desruição que assolou o Líbano e a sua população.No
decorrer dos anos Israel prosseguiu com a ocupação das t€rras palestinianascom
o
consequente agravementotla
situaçâo económicae
social dospalestiniuros, o
que levou os judeus a pagaÍ€m um alto preço
com
o
surgimento daPÍimeira
Intifada" em 1987, maÍsada por ataques e conba-ataquesüolentos.
Após
tantos
anosde conflito
marcadospor
tratadosnão
cumpridos
e
pelo
Poder Polltico e ldeologia Face à Constraçdo Adiada dc Uma
Pe
Darudoura eateIsrd
e a Palestinaocupação israelita- Tratava-se
dos Acordos
de Oslo,
assinadosem Waúington,
na perspectivada retirada
israelita
dos Tenitórios
Ocupadose a
cÍiação
do
Estadopalestiniano.
PoÉm,
esta
perspectivanão se cumpriu
e
cedeu
espaçopara
mais tustração e desesperanç4 principalmente para os palestinianos.Perante o fracasso de Oslo, a situação agravou-se no ano 2000 e o mundo pôde
presenciar mais
viol&rci4
aÍravés da SegundaIntifada.
Esta desencadeou-se depois davisitâ
doprimeiro-minisho
de Israel,Ariel SúaroÍL
à
Esplanada dasMasqútas,
acto quefoi
interpretado pelos muçulmanos palestinianos oomo uma provocação. Deu-sea
sublevaçâo
palestinian4 que
foi
combatida
pelas
IDF
numa
escaladade
grandeviolência-Nesta
altur4
grupos
de
resistênciapalestiniana
destacaram-secomo,
por
exemplo,
o
Hamas que, diferentemente datradicional
Al
Fatah, não élaico.
Para alémde adoptar como fomra de resistência a luta armada passa a praticar atentados súcidas
e
move-seatravés
de uma
forte
ideologia
religiosa que
gpnhafôlego
perante
adegradante situação económica e social dos palestinianos,
principalnente
na Faixa deGaza
Mas não podemos dizer que isto seja algonovo
ou Í€cente, pois esta ideologia,como regista a História,
já
estava presente no mundo árabe há bastânte tempo.A
ideologia religiosa que imperado
lado palestiniano não surgiu do nada, masligada ao processo de pós-independência
do
Estados iirabes, cujas soberanias estavamcomprometidas
por
problemas inerentes
a
países
que
estiveram
sob
dominaçãoestrangeira
e
surgiram como
Estados subdesenvolvidose
oom
gm.ves problemÍNeconómicos e sociais.
Neste contexto, há que se destacar, também, o declínio da ideologia nacionalista
iírabe, que
foi
incapaz de pôr em pÍática o desenvolvimento económico e social e que,após
a
colonizaçãoeuropeiq
úu
chegaremao poder
regimese
ideologias
que nãoconseguiram atender às necessidades da população e sê moshararn ineficazes, corruptos
e fechados em regimes politicos rcpressivos.
"Divemos factores,
quer
internos,
queÍ
externos
ao
mundo
muçulmaÍro,contribuíram para um ressurgimento religioso mais ac€atuads a partir dos anos 70.
Em
termos sociais,
o
fenómenoreligioso
é o
resultadodo
fosso entre as aspirações daspopulações
e
as
opoÍtmidades falhadas.
Durante
as
primeiras décadas
de desenvolvimento, os goveÍnos consêguiram absorverno
mercado detabalho
as forçastrabalhadoras em orpansão e os novos licenciados.
As
economias peholíferas dos anosPoder Pdltico e l&ologia Face à Cor*lruçilo Adiada de lJma
Po
Daradoua enfiel$ael
e a Palestina60 e 70 ofereciarn grandes oportunidades de emprego às popúações. Contudo, em
finais
dos anos 70 e
princípios
da década de 80,o
cÍescimento desenfreado das populaçõesveio a
juntar-se
a
outras dificuldades
-
nomeadaÍnentea
flutuação
dos
mercadospetrolíferos
-
afectando seriamente as capacidades de cmprego.Um
número crÊscente dejovens e
de desempregados, urna massa alienada,veio,
assim, aconstituir
tprrenopropício ao Í€crutamento de
islnmisus" grINTO,
2008:3l-32).
O ressurgimento islârnico ganhou fôlego com a derrota dos Estados árabes frente
a
Israel,
em
1967.
Os
regimes
nacionalistasperderam
a
credibilidadejunto
daspopulações
frustadas diante
da
imFotência
árabe.
Os
muçulmanos
sentiam-sehumilhados e atribuíram as derrotas sofridas como consequência de terem se afastado do Islamismo e de terern adoptado hábitos ocidentais.
Pode
verificar-se,
no
Médio
Oriente,um
conflito de
longa
duração quejá
produziu cinco guerras e duas Intifadas, e que mantém as motivaçõesiniciais,
mas setem
renovado atravésda
História
e
dos tempos.Novos
componentes passama
ser acrescentadose
definidos como
causase
consequências davitória ou
da
derrota" daresistência ou da debilidade. É neste sentido que caminha o
conflito
israelo-palestiniano e se move na direcção de se estabelecer uma radicalização por meio de uma resistênciaarrrada e violenta que
permitiu
ate agora, uma maior abertura para a adopção, por partede
Israel, de uma defesae
contÍa-alaquede
extema
violência" cujajustificação
é
aprópria
radicalização palestiniana atravésda
actuaçãode
grupos terroristâscomo
oHamas, a Jihah Islâmica, de entre ouhos.
A
intolerância e a violência de um povo em rclação ao outro é cresoente e chegaà actualidade uazendo consequências aos níveis económicos e sociais que atingem de modo avassalador principalmente a sociedade palestiniana, que se enconta num quadro
de
empobrecimentocontínuo
e
sem
perspectivasde
um
futuro mais póspero
e harmonioso.A
perdade
credibilidade dos
gruposlaicos,
que lutavam pela
libertAão
daPalestina, cedeu espaço aos grupos radicais e, com isso, ocorÍeu uma viragpm islâmica
que atavés de uma ideologia religiosa e exüemista se vale cada vez mais da violência e
do
tenorisno
para se
impor
peranteo
poder
mais forte,
que
é
Israel e, para
isso,enconta no
incessante empobrecimentodos
palestinianos, condições propÍcias para impor a sua ideologia e enconhar os seus adeptos.Poder Potítico e ldeotogia Face à Cuutruçdo Aü^do de Uma
Pu
Duadoua e,,te Israel e a Palestina"A
desilusão com aAP
pÍoduziu apoio ao[lamas'
fundado em 19EB a partir deum
movimento de assist&rciasocial
que surgirada
lrÍnandadeMuçulmrne.
Sea
AP
parecia incompetente, coÍruptae
fraca conEa Israel'o
Hamas passava a impressâo deser competÊnte,
limpo e forte.
A
morte de
Amfat
(2004) liberou
a
opinião
públicapalestina
da
lealdadeao movimento
dele;em
Janeirode 2006'
o
Hamas venceu aseleigões da
AP" (SMITH,
2008: 59).A
resistência
palesiniana tem'se
organizado, geralmente,
em
tomo
doterrorismo na tentativa de
aniqúlar
Israel. Os palestinianos pagam um pregomúto
alto
pois
sãoütimas
d⧠retaliações israelitas, quer seja aÍravés de forçasmilitares ou
debloqueios
económicos.As
baneiras fionteiriças
impostas
por
Israel
à
populaçãopalestiniana impedem-na de exercer
o
direito
ao trabalhoe
de ter
aces§oa
serviços essenciais à vida. As tensões entre os dois povos aumentaram, colocando entaves serios à possibilidade de urra vidasaúável
e em Paz.Israel apossou-se
de
grande partedo território
palestiniano, tendocontariado
resoluções
da ONU
que
condenama
ocupa.çãode
tenitórios
afiavésde
guerras.O
território
israelita
ampliou-se, enquantoos
palestinianos permanecem sitiados numaterra
de ningueme
asfronkiÍas
paÍ€ceNn nãoeústir.
Ainda
nosúItimos
anos, Israel construiuo
muro da
separaçãona cisjordânia
sob ajustificação de
se defender dos ataques terÍoÍistâs que tÊm sofrido. Com esta atitude Israel compücou a vida demútos
palestinianos, que estão isolados pelo baâo armado e pelo arame electrificado'A
paz
nestaregião
parece ainda estar distantee
"o
apocalipse taÍrta§ vezes anunciado sobre esta terra três vezês santa, um apocalips€ em que não havení distinçõesente
uns eoutos, ente
vencedorês e vencidos. De que temosjá
uma dramáticaamosta
com a escalada de violênciamilitar
israelita e a multiplicação dos aÍentados dos suicidas palestinianos"(GRESII'
2002:l4l-142).
A
possibilidade de um acordo que posss dar aos dois povos ulne pazdefiniüva
esbarra
nos
interesses,nas
ürta[sigências
e
nos
extemismos
que
sabotam
a possibilidade de ambos vivereur sê,m animosidades. É uma cami1bada descontinua que ninguém sabe onde vai chegaÍ, mas sabe-se que para além dos radicalisrnog hábmbem
interesses económicos ext€Ínos à região oomo,
por exerrplo,
dosEUA
que, somados aos interesses locais, alimentam a situaçâo e a manut€nção de um sfaAs güo que paÍ€cêser vantajoso para Israel e para país€s e§mngeiÍos com interesses na região'
Poder Pot[tico e ldeologia Face à Construção Adiada de LJma
Pu
Durabura enÍre Israel e a Palestina"Desde
a
Segmda Guerra queos
Estado§Unidos têm
mantido urna presençaactiva
no Médio
OrienG,
por
uma
seriede
razõesde
peso,de
ordem económica e estratégica. Tradicionalmente,os
Estados Unidostêm
definido os
seus intèssesno
Médio
Oriente como sendo:o
acesso aos necursos petrolíferosdo Golfo; a
defesa doEstado de Israel; a Íesolução
do conÍlito
israelo-árabe; a manutenção de uma situaçãosócio-políüca favonível aos Estados Unidos; nomeadamente através do apoio concedido
a
Estados rárabescom uma
orientaçllo
pÚ-ocidental.
A
estasprioridades
dwe-seacrescentar aquela que, paralelamente à questão petrolífera, duranb o período da Guerra
Fria,
constituiu
a
primeira
ruzão parua
intervenção dos EstadosUnidos
na
zona: anecessidade de conter o alastramento da influência
soüética" (PINTO'
2008:47)-Toma-se evidente
o
interessedos
EUA no
Médio
Oriente, sendo
possivelcompreender
que
estepaís
não possú
uma
posiçãoneutra ante
o
conflito,
o
quedetermina
o
incanúvel
apoio
a
Israel, queé a
sua pontede
acessomais
segura na regiâo.Em virtude
de tudoisto,
os obstáculos sucedem-se quanto aos tratados de pazque,
nomulmente,
pendempara
o
lado
israelita quanto aos beneficiose
isenção de problernas importantes acerca do território, refugiados, água e a cidade de Jerusalém.Prova disso é que
mútos
tratados de paz e muitas resoluções para porcmfim
aoconflito
já
foram elaboradas e ate aprovadas, mas não foram totalmente respeitadas nemforam
suficientes para atender as eúgênciasde
ambosos
povoso
quetem
levado, muitas vezes, a decisões unilaterais, provocando a revolta rta popúação palestiniana'E
importante nãoigrorarmos
o
facto de que a postura de Israel nesteconflito
tem gerado a decadência económica e social dos palestinianos, que
vivem
em situaçãode
miseria
e
opressão.
Grande
parte
da
população
palestiniana
encotrtra-se desempregada e necessita de ajuda humanitária, oterritório
palestiniano é descontínuo oque agrava ainda mais o isolamento da população e as possibilidades de se desenvolver económica e socialmente e, principalmente, de se autodeterminar.
A
realidade social, económica epolitica
paÍece evidenciaÍ a necessidade deter
de ser pensada com mais compromisso e sededade, pois "a realidade social e a realidadepolítica
constituern-se
também
como
parâm€tros referenciais
particulamente
sigrificativos
para o sentido da vida individual e colectiva"(SOUSA'
1986: 104).Um
projectopolítico
e socialviável,
para Israel e a Palestina' rcquer cedências de ambas as partes pa.ra se criar uma perspectiva de paz, ao mesmo tempo que os gruposPoder Político e l&ologia Face à CorsmqAo Adiada de Uma
Pu
Dwadowa ente Israel e d Paleçinaque
Írssumircmo
poder teDhamo
compromi$o de
manteros
acordos anterioÍmente estabelecidos.Em
1988, YasserArafat
convenceu o CNP a Í€conhec€r astonteiras
do Estado de Israel, estabelecidas em 1949, o que levou à desistência da reivindicagâo de 78Yo daPalestina
históric4
passando a luta a conc€ntar-se aa CisjordÍinia e em Gaza- Em 2006o novo Govemo dâ
ANP foi
forrrado pelo llamas que, afavés de eleições democúticas,chegou ao poder, e se nega a
Í€coúecer
o Estado de Israel.Com
o
Hamasno poder,
a
Palestinadividiu-se
entreo
Harnase a
Al
Fatah, sendo que o primeiro pÍrssou a dominar a Faixa de Gaza enquanto aAl
Fatah continuana
CisjordÍlnia.A
disputa entre as duas facçõesjá
levou
a
Palestinaà beira
de uma guerraciül,
o
quetem
ú
prejudicadoa
população palestiniana que necessita deum
programa político capaz de pôr
fim
à situação de miseria e de opressão em queüve
antea
persistênciada política
'linha
dura"
israelita
que
impera
na
região
e
deshoça a esperança e digridade do povo palestiniano.O mais terrível, para os palestinianos, é o controlo de Israel sobÍe
o teÍritório
eaos recursos hídricos, o que acaba por
limitar
as possibilidades económicas da Palestina.E
imprescíndivel não esquecemnos, tambérn, que asIDF
exenoem, demodo
decisivo,forte pÍessão sobre os palestinianos, o que os
lwa
à indignação e humilhação pelo modo que são hatados.Túo
isúofaz
com que auÍnente arevolta
palestiniana, que §etoma
mais evidente ante cada nova medida de segurança adoptada por Israel.Nâo se pode afimrar que todos os israelitas concoÍdam com a política do Estado de Israel.
Mútos
israelitas também estão cansados da violência, do medo e da guerra e procur.una
püz paÍ3 poderemdar
continuidade as expectativas devida
e
ao própriodesenvolvimento do seu país.
Israel também está peÍante a necessidade de um estrdo de paz que possa garanür
o
s€u pÍogÍ€sso,dado
quea
guerÍa afugenta possíveis investidoÍese a
sifuação de insegurança leva à desconfiança relativamente ao fracasso dos vários tralados de p8z e à intolerância que parece imperar de ambos os lados.A
necessidade de pazpara
ambos os povosé
inquestionável, assim como asdificuldades
de
se
chegara
estatão
almejadapaz.
Os
poderes desiguais nâotêm
perrnitido uma real possibilidade de entendimento
e
re as paÍtes envolúdas e inspirado a violência e a desconfiança em ambas as partes.A
inexistência de uma real confiança enüe IsraÊl e a Palestina temcontibuído
para o malogro de muitos fraÍados de paz e para as possibilidades de entendimento emPodq Polltico e ldeologia Face à Cortstnqão Aüada de Uma
Po
Duradoura ente Israel e aPaleilina
torno
das questões fundamentaisque
estimulamo
conflito e,
tambem, êntravam a possibilidade da criação deum
Estado palestiniano,cqia
sociedade seja capazde
se auto-detenninsr livremente. Todos estes pontos nos Íêmet€m para urna enális€ $1s sç coaduna com um caráct€r <te dominação, de poder e deconta-poder
quêes6o
claÍos quanto às suas existênciase
sê somamum
a
un,
acabandopor
s€tansformrÍ
num obstáculo que,só com
a
disposição parao
diflogo e
I
negociaçãopolítica, podeú
transpor esta barreira e chegar a ,'ma paz
duradoura-A presente investigação está estnúurada do seguinte modo:
O primeiro
capítulo
refere-se aos prcssupostos orientadoresda
investigação, apresentando-se, aqui, os Objectivos e a Metodologiaa
aplicar visando a prossecução dos mesnros.O
segundo capíhúodiz
respeito ao enquadÍamento teórico-concepfual do nossotrabalho. Nele, pretendemos efectuar uma breve aproximação crítioa aos conceitos de
conflito,
poder, ideologia, paz e frrndamentalismo.O
terceiro capítulo Í€porta-seao
conflito
israelo-palestiniano: das motivaçõesiniciais
aos principais impactes na actualidade.O
quarto capítulo
úorda
a
intolerância"
fomnasde
actuaçãono
conflito,
terrorismo e ideologia religiosa.
O
quinto
capítulo
é
dedicado
aos batarlosde
paz,
obstáculospara
I
paz
e principais intervenientes.Nas
considerações
finais
apresentamos
as
conclusões
decorrentes
daproblemrítica do
conflito
isrelo-palestiniano e as dificuldades parauna
paz duradoura mediante a análise de todo o processo de investigação.A
última parte destetabalho
corresponde ao materialbibliogúfico
pesqúsado e utilizado no estudo doconflito
israelo-palestiniano.Em
face da preocupaçtoem
articular, demodo claÍo, a
teoriacom
a
práücq
apresentaremos, ao longo das páginas que sê sêguem, figuras que representam as ideias-chave presentes nas
enteüstas
que nos foram concedidas.Poder
Polítla
e ldeologia Face à Corcnaçdo Adiada&
UmaPu
Duadoua erúel$ael
e a PoleslinaCapítulo I
-
Pressupostos
orientadores
da
investigoção
Podq Político e ldalogia
Fae
à Corsttçib
Aüda
de UmaPo
Duafuwa
eúreI*d
e aPalerliru
l.l.
DapmblemrtizrÉo
roc
obiocúivor dec.tudo
O conflito
israelo-palestiniano enconEaas
sua§Eízes
na emigração dopovo
judeu
para a Palestina, emfinais
do
séculoXDL
Semum
Estarlopróprio
evítima
de peÍsêguições, os judeus idealizaram um projecto com o propósito de criar o seu Estado e@ntou com
o sionisno
paracumprir o
ideal de Í€tomaÍ e habitara
sua teÍra históricaatravés da fimdação do Estado judaico.
A
região da Palestina que há séculos era habitada pelos árabes' transfoÍmou-sê no decorrer dos anos numa disputa enüe os dois povos, que se agravou oom a cÍiação doEstado de Israel,
em
1948, apos det€münação daONU.
Mútos
combates armadosjá
foram
travados na região, bem como várias tentativas de paz tanrbémjá
form
feitasrnas, até ao momento, a
pz
fu
seefuivou
eo
conflito
intensificou-se, tendo ganho diferentes formas de luta seja no ataque ou na defesa.É neste conteirto que as ideologias e poderes aparecem, somam-se as motivações antigas e se transformam em mais uma component€ capaz de
criar
novas moüvações, deturpar a realidade e estimular o confliÚo numa luta acirrada p€la po§sê dotenitório
e pelo poder que trespassa os limites do respeito aos DiÍêitosCivis
e Humanos eadenta
um campo obscum de práticasüolentas
que chegam até aotenorisrro
e inibem odireito
dos dois povos viverem em plena liberdade, em segurança e empaz
Face ao exposto,
a
pÍes€rúe dissertação tÊm c,omo finelidadecontibuir
para acompÍ€emão
do conflito
israelo,palestiniano, pauhda numa perspectiva diacrónica doobjecto de
estudo. Prercndeu-se desenvolverurr
trabelho,de ndureza
qualitativg
apaÍtir
da
análise
dos
dadosrecolhidos
aÊravésde
fontes bibüográficas
diversas epÍÊviamente seleccionadag
imprensa
e
€rÍÍ€vi§tas
rcalizarlasjunto
de
informantes privilegiados, que estivessem e,m consonância com os objectivos traçadospca
alcançarna presênte disserração.
É
ae reter, aqui, que'b
modelo de"t'ílise
éo
prologamentonatuÍal
da problemática, articulendo deforma
operacionalos
maroos€
as pi§tas queserão finalmente rctidos para orientar o trabalho de observação e de análise. É composto por conceitos e hipóteses estreitarnente articulados eirtrre si
pra,
emcoqiuIto,
formarern um quadro de anráüse coerente" (QUI-
&
CAMPENHOUDT
150)-Pob
Potítico e l&ologiaFae
à
Cotrrlttrçtu Aüada&
IlmoPe
Dtadowa efire Israel e q PalstinoApós a escolha da temática de estudo e sua justificaçâo, elabonfunos a p€rgurta de investigação de modo
claro,
p̀ciso elivre
de eqúvocos, que nos s€rviu de guia nodecorrer do trabalho de investigação. Como dizem
Quivy
eCampetrhoút'
'h
peryuntade
partida
serviú
de
primeiro
fio
condrúor
da
investigação"
(QUWY &
CAMPENHOLIDT,
1998; 44).Face ao acima exposto coloca-se a nossa questão:
Por que o poder políüco e a ideologia se têm revelado como obstiículos para uma
paz duradoura entre Israel e a Palestina?
Esta pergunta revelia-se detentora
de
particrúar impoúância num momento emque
slto
identificadas:
i,) as
sérias dificuldades
que
organisrnos,
mesrno
osintemacionais, encontÍam para
conseguiÍem
pôÍ
fim
aoconflito;
d,)
a
existência de forças desiguais a nÍvel económico, social, político emilitar
nas partes envolvidas;ir,
a existência de reivindicaçôes estabelecidas apartir
de pÍ€ssupostos hiskíricos-reügiosos conflituantesque
se
insercmna política
e
tendem
a
setransfoÍmaÍ
em
ideologias opostas; e ív) a presença de um poder políüco, quer local ou internacional' dfueccionado para interesses@prios.
QuanÍo
ao
objectivo geral,
este
úsa
analisar
como
o
poder político
e
acapacidade
de
domínio
atravésda ideologiq
no
conflito
israelopalestiniano,
têmcontribúdo
lmra
o
sucessivo adiamentode
umapaz
duradoura, consubstanciada nadevolução de
aúonomia
e capacidade de cadaindiúduo
seautdetenninar,
de acordo com os princípios do respeito ao direito e à liberdade deüver
segundo os seus podrões socio-culturais.Os
objectivos
específicos deste esnrdotêm
o
propósitode
analisaro
conflito
israelo-palestiniano. Tais objectivos são os seguintes:
a,) Analisar as
pÍincipais
formas de motivações doconflito
israelo-palestiniano,desde a sua origem até à achnlidade;
á/
Idenírficar
asprincipais
consequências desteconflito,
nomeadamente as de cariz sócio-económico, 1xlra as comrmidades israelita e palestiniana;Poder Político e ldeologia Face à Consffiqdo Aüada de Uma
Pu
Dwadoura entre Isracl e a Palestinac) Sistematizar a existência de diferentes tipos de achração no
conflito
das partesenvolvidas,
tais
como
intolerância, temorismo
tradicionauneoterrorismo,ideologia religiosa/sionista, entÍe
outos;
d)
contribuir
para a spreciação dos diversos tratados de pazjá
celebrados e das suas implicações no processo negocial doconflito
israelo-palestiniano'Tentando responder aos objectivos pÍopostos paÍa
o
nossotabalho
lêcoremos
aos Íecursosbibliogníficos
fundarnentais sobÍe o tenra, a Int€met e,aindc
aenteüstas
com informantes privilegiados ou especialistas sobre a temática'
1.2.
Método
etipo
de estudoDe
acordocom a
temática em eshrdoe os
objectivos definidostadopou-se
ométodo
consideradocomo
o
mais
apropriadoa
ser utilizado
no
desenvolvimento e realização destetrabalho, que
é a
análisequalitativa.
Esta cenüou-sêna anílisê
doconflito
israelo-palestinianoe ras
implicações geradasa parir
da relação copulativaexistente entre
o
poder políüco
e a
ideologia
que
domina
as
Íelagões sociais
einstitucionais entre
Israel
e
a
Palestina, assimcomo os
obstácúos
para
uma
pazduradoura,
Tendopreserrteaqúloquel.aurenceBardinensinaarespeitodascaracterÍsticas
da análise qualitativa, pennitimo-nos salientar que ela "apresenta certas características
particulares.
E
válida,
sobrehrdo,na
elaboraçãodas
deduções especÍficas sobÍ€um
â§ontecimentoou
urna variável de
infer€ncia precisa,e
n5o em
inferênoias gerais"(BARDIN,2007:
108).o
trabalho desenvolveu-sea
partir do
estudoe
da análise das p,roblemáticas históricas, religiosas, políticas e úcio-económicas dot€rritóÍio
da Palestina' onde se dáa
disputateritorial ente
israelitase
palestinianos,porém com
referênciasa
outrospaíses do
Médio
Oriente e outra§ regiões, conformefor
nccessário' O espaço temporaldefinido
como fenómeno
de
estudo situa-seentre
a
primeira
Guema Israclo-árabe,ocorida
em 1948-1949, e a actualidade.Poder Político e ldeologia Face
à
Cott iação Aüada de llmaPu
Doadoura entrel$el
e a Palestina1.3. Técnicas de recolha de dados
Visando
Í€sponderaos objectivos
propostos para est€tÍabalho
rocoÍemos
a fontestidas como
fundâmentais sobÍ€o
conflito
em
aoálise, das quai§ se salientam pesquisas emlivros,
reüstas,jornaiq
na Intcrnet e,aind4
a entrevi§tas realizadasjunto
de informantes privilegiados ou especialistas sobre a temática..
Pesquisr Bibliognífica:
a
pesqúsa
e
a
análisêbibliogúfica'
previamente seleccionadas, são de fimdamental importância tra pÍesente dissertação, para se"ter
o
cúdado de
recolher textos que
apresentem abordagens diversificadasdo
fenómeno".todrdo.
Não
ú
servede
nadaler
dez
vezesa
mesrnacoisa,
como, além
disso, a preocupação de abordar o objecto deestúo
de um ponto de vista esclarecedorimplica
que
possaÍn confrontar-se perspectivasdiferentes"
(QUM &
CAMPENHOIJDT,
1998: 53).
As
leituras
diversificadaspossibilitam
o
aparecimentode novos
elementos referentes à temática em estudo.Por
se tratar deum
assunto que nãoé
novo,mútas
posições opostas apaÍ€cem expostas pelos diversos autoÍ€s quetatam
a questão. Assim,tonur-se importânte e neces§ário alargar e
diversificar
as leituras para poder confrontar estesdiferentes
pensamentosem
relaçõo
ao
conflito
israelo-palestinianoe
tentaresclarecer situações e
premitir o
surgimento de novas ideias, que possam ser utilizadas de maneira enriquecedora para o nossotabalho
e, deste modo, cumprir com o objectivoproposto paÍa as leituras.
*O
principal
objectivo
da leitura
é
Í€timr
dela ideias para
o
nosso própriotrabalho.
Isto impüca que
o
leitor
seja
capazde
fazer
surgir
essasideias,
de
ascompÍ€ender em pÍofundidade e de
articular
entresi
defotma
coerente"(QIifVY
&
CAMPENHOUDT,
1998: 57).Esta Í€colha de infomraçâo correspondeu
a um
levantamento diversificado de dados cujas principais fontes de recolha foram:livÍos,
textos, revistas,jomais,
üdeos e Intemet)-
pesquisas bibliográficas específicas e com refer&rcias relevantes pa.ra o tema a ser investigado, isto é, às questões que envolvem o conflito israelo-palestiniano.Cabe salientar, ainda, que as üaduções dos textos são da nossa responsabiüdade.
.
Entrevistr§:
estasforam
um
contributo
indispensável que,em
consonânciacom
as
leituras
efectuadascom
ústa à
anrílise
consolidadada
problemática
daPoder Pollrico e ldeologia Face à Co.rsttltçõo Aüada de Uma
Pa
Dwadowa eitre lsrael e a Palestinainvestigação,
contibuíram
significativaÍnent€
paÍa
de§vendaÍnovos
aspoctosconfirmar/infirmaÍ
as informações obtidas através das leituras'e
.âs
leituras ajudam a fazer o balanço dos conhecimentos relativos ao problemade partida; as entrevistas conü'ibueE para descobrir os asp€ctos a t€r em conta e alargam
ou
ractificam
o
campode
investigação dasleituras"
(QUM
&
CAMPENHOUDT'
1998:69).
Estâs
enheüstas
sâo semi-estruturadas,isto é,
e§tão focadasna
temática
deestudo desta investigaçâo
e
s€guemum
gulão
de
entnevista previarnente prepamdo'porém flexível
e
adaptável,conforme
foi
necessfuio.o
Guião de Entreüsta
está incluÍdo em anexo (vide P.231).Asp€rguntâsqueconstituemoguiãodaentrevi§taforarrraplicadasatodosos
entrevistados
-
informantes
privilegiados,
que
foram
seleccionadosa
partir
dosconhecimentos de que são detentores (especialistas na
tenlítica
eln eshrdo) ou vivências pessoais quetêm
sobreo conflito. As
entevistas foram
de suma importânciapara
anossainvestigaçãoumavezque,ernborat€úamo§umconhecimentoteóricosobreo
conflito
israelo-palestiniano, não vivenciamos n8 prática diÍecta o quotidiano dos povosjúeu
e
palestiniano,por
nãonos encontannos
no
espaçogeogúfico
onde
ocorre oconflito
em estudo.DeentreosentrevistadosencontraÍI-seaquelesquesãoorigináriosdoterriório
em
disputa
são ex-habitantesda
zona emconflito
ou
proxima(s)e
mantêm contactodirecto com a população local, assim como
forte
ligação pessoal epolítica
coma
suatÊÍra de origem.
De igual
modo foram entrevistados indivíduos orirmdosou
com laços familiares nos territórios envolventes.As
entevistas
também transcor€ram
com
outros infomrantes priülegiados'
nomeadamente acadérnicos
e
investigadores especialistas sobre a tenuádca em estudo, que dispõem de um conhccimelrto alargado sobre o assunto ou" ainda, àqueles que estâoenvolüdos
em movimentos emprol
do processode
paz e quejá
estiveram na região'mantendo uma relação de proximidade com as partes conflituantes'
Asenüevistasforampreviamenteagendadasetiveramocontactodirectocomos
entrevistados, sendo que as me$na§
foram
gravadas ern áudio (apóster
sido ob'tida aeutorizaçâo por paÍt€ dos entrevistados)l e, em seguida' ran§critas para posterior análise
I
Exceptua-se o caso da €ntevist0 concedida pelo conselheiro da Embaixada de Israel, empod*
Político elfutqia
Face àCorcn@
Aúada&
llna Po
Dwúua
ente Israel e a Pakstinode conteúrdo.
Esas
foram em númercde
14, eo critéÍio
adoptado para se Í€alizar estequantitativo e não
outÍo
t€vepor
baseo frcto
de que, à medida que sefoi
avançandocom
a
r€alizaçãodas
entreústas, verificou-se
que elas
ÍÊsponderama
toda§
as questõedobjectivospropo§tos
pelo
nabalho
e
a
informação recolhida deixava
de acÍescêntaÍ noüdades-
alcançando-seo
designado'lonto
de
satuÍaçãoteórico"'
deacordo com o explicitado poÍ Jadce
M.
Morse(MORSE
194)'
De
acordo
com
a
função
ou
caÍgo que ocupam'
destacunos
os
nosÍx'sentreüstados: Comselheiro
da
Emboixadade
Israel,
em
Lisboa;
Vice-Presidente daComunidade
Judaica;
Xeque
da
Mesqúta
Cental
de Lisboa; Editor,
muçdmano
(rírúe);
Empresário eMeste
em ciências Políticas pelauniversity of sind,
Hydembad(muçutnano); Sociólogo
e
Pmfessor Universitário, mernbro
do
Comité
deSolidariedade
com
a
Palestina(iudeu);
Pr,ofessorade
Língu2
Árabee
Estagiária noGabinet€
de
Tradução
e
Imprensa
da
DelegaçãoG€ral
da
Palestina,em
Lisboa(palestiniana); Professor
de Filosofia
do
Direito
e
Pensame,lrtoJudaico;
Professorcatednítico,
ex-Minisho
do
ulüamar
(1961-1963)
e
Presidenteda
Academia
dasciências de Lisboa;
Professor catedrático
de História,
cultrra
e
Língrra Árabe
eDirector do Instituto de
Estudos Árabese
Islâmicos
da
universsidadede
Lisboa;professor
universiúrio
de Relações Intcmacionais; memb,ro da DiIec4ão doMovimento
pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no
Médio oriente; lúajor
General Medicoda Força Aérea Portuguesa e Professor universitrá.rio;
coronel
do Exér,cito Português eex-Adido de Defesa nas Embaixadas de Portugal em ltáIia e na Turquia (1988 a 1992)
cabe salientar, ainda" que a lista de entevistados
-
acima enunciados-
pode sertida
como não
múto
extensa, inaeeenaentede
termos
cingido o
nosso objectivo,porque
o
nri.,memde
informantescom
alto
grau
de
clEdibilidade parafalar
sobreo
assuÍÍo
não é deftcil
acۤsnpor
não estarno
país, estar aposentado, nãoter
tempo disponível e,tambán,
effi€
os seleccionados e contac'tado§, existirem aqueles de quem não obtivernos nenhuma resposta e, ainda' algrms que nâo qúseram ounÍo
pudermr,ou
nâo estavam autorizados, aftlar
sobrre o assutro.Estas técnicas foram usadas por se
talaÍ
de um trabalho de análise qualitativa,de modo que os dados foram levantados mediante a coeÍêÍrcia oom o objecto de eshrdo, sem
firgir
aos critérios noÍteadores da realizatão de umtabalho
com valor cientÍfico.,oco. PogtÊfiomont€, proc€dêu-sê