I
DISSERT AC
JAO
.k
.
SECgAO CIRUEGXCA
—
Phlegmatia alba dolens—
Suanatureza .
P R O P O S I C O E S
3.
SECgAO ACCESSORIA
polo phosphoroDo
.
envenenameutoSECQAO CIRURGICA Transfusao
.
SECQAO
MEDICA Do jaborandy;
sua acgaopliysiologica c therapeutica
.
\
! H
A0
A1*14EhKN T \ DA
FACULDADE DE MEDIOINA DO RIO DE JANEIRO
KM 1> K S K T K M meo
i suslciilailii ii I. tie Di'zciiibn) dr 1878
f pfraulr i
1*0It
ANTONIO MOREIRA BASTOS
Doutor eui Modiciua pela mesma Faculdado
M i n u s (r e n t e s ) t i e S. J o u o t f' 1 3- L'* //
m.l l " LIJ.1I13TI V K
ANTI INK )
JOSE DIAS
IJASTOSK
I ). FRANCIST A DE ASMS MCREIRA BASTOS
*
J A N E I R O
V I O D E
L
T y i M v i\ i >h i:i < U- < ;.J
K i l h o s, ( )h v i d o r i1878
—
\)
FACULDADE DE MEDIOINA DO RIO DE JANEIRO
Cornelheiro
Dr
. Visconde de Santa Isabel—
Consdheiro Dr. Barao
deTheresopolis
- Dr .
Carlos Ferreira de Sousa FernandesDIRECTOR
VICE
-
DIRECTORSECRETARIO
LENTE8 CATHEUKATICUS
Frimeiro anno Douiore% -*
I r
-
mdaco Jose do Canto e McUo Castro Mnscivranhas (1.* CatL) Pbyelca cin gend, v purMculurnitkite cmtmu£ applicates A medicina,
(2A Cud.) Cliimiai o Miucrnlogin,
(Jh1 Cad
.
) Amitomlu descriptiveCon -rlheiro, Munoel Marin do Marius c Yullo Liifo Plcntziiuuor
Segundo anno
( L* Oitd.) Botutdca o Zoologid.
(2.* Cad.) Chimica organica.
(8,* God,) Physlologtn,
(4> Cad.) Anutomla dtscripLiva.
Jua*iuim Muutelro CumfulioA.
Domfngim Fridn* Junior
Joriu Jomjnlfti da SHva .. . ....
Lui/. Fiontzmiuer
4
» i i* » «p f
Tercciro anno
Juiv Joanuim da Silva
Prizi/Unlr. CoiHcllielro, Barao do Mneeio JoSo Jo9v da Silva
Viconto Candida Fighelru do Saboya
f1 * Cud,) Phyeioti*gia*
(2,' Cad
.
) AnnlwmiiL g^ra! e pathologies(3
-
* Cad,) Pathologic garni, ( ,* Cad,) Clinicn externa.
i i t*i t i i a«i i i«i4 4«4i i p i i i i i f t«a f e!f t K i i4i f f a i t f i c t i a
i
4* « P14H 4t4IP I P I 4 I* !•
Quarto anno
Antonio Ferretra I BUI
Jofio Dumaseono lV
^
^
oittoft da SilvaLui/ da Cunha FuiJG Junior
(L* Cad,) Putliologlu externa.
(2A Cud,) Pathologic interna
.
(&* Cad.) Partus, molest ias dus mill hens pejndos e paridas c do rucem
-
nusddus.Vlcouto Giiitliilq Figudnt do Sabnya (A* Cud,) Clinieii externa.
Quinto anno
Joffo DitmascenuPoganlm daSilva.
Francisco Pmxndeg do Andrade IVrtcnce
(L* Cud,) Pulhologin interna,
(2A Cad,) Anatomla topographica, medium ope*
raterla o nppurclhns,
(V Cud
.
) Materia medica c thempeutiuu (L* Cad,) Clinica interim.Albino llodriguuB dc Alrarenga
Joao Vicente Torres Homem
Sexto anno
Antonio Correa do Bourn Costa
Agoutioho Jose de Soufca luma
Ezt-ipriel Correa doe Santon
JOIQ Vicente Torres llomem...
f ]T* Cud,) Hygiene e Htstoria da MeUicIna.
(2,* Cad,) Medic ina legal,
(3.ft Cad,) Phmmuciu,
(L* Cad.) Clinica interna.
•*
mm
SUBSTHUTOS iBonjumlin Franklin Bnuiias t
-
ulvnuJolo Joiopmu Plzarro
Jnito Muiiins Tebcclnt
Augosto Ferreira dots Snntas.. .... .. .
de Bdoncias Accessorius,
Claudio Vclho da MotLi Main
Fritntimufori p Josfi Pereira Gulmuriles
IVdlro A(Tonao do Carvalho Franco
Kxianinrtdvr Antonio Coetiuio do Almeida
tSoecffo do Belindas Cirurgicos.
t
Jnrt*' IhiptiHtJi Ki>SHUtll Viuclij
Nium Ferreira do Andrade >l t i SecjSo do Scieuclus Medicos,
N.!>.— A l'ttculdttda uSu u
^ipruva ucin reprovnits
.
i)iiuiu«i GiiiiLtiiLisII.LSTheses.
jav llio «3o ni>rcooutadus.f
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DILECTO CUIOUE
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I
DISSERT AC AO .
Phlegmatia alba dolens - sua natureza .
II rst nialadi^ qiii riVlament i i m> etude mi-
nutieiifte, IJIIU IH dmite M i r hi tmtutv
<1** raffertion, iiialgr** l*'s freqiienle.
-
o c e a M o i i H quoroil n de IOM nhrt*‘ i vor. I/i t*d<*nte doiilmuvinc eat du
inimhre tie reft maladies oii Li u u t t i i v t l IVti+du
^ic
tout divert*ement Interjirelm,
Turn >M \r. — *'Uittyu* M+diralt tl* V Hut# /•/>iwu, I'a i-h.
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tV
A defmigao da phlrymatia alba Johns dilliculdades
.
Aim la ho jodesacordo sobre nntitos pout diversameule sua ualureza.
doliiiieao e<
apresenta grandos
os pathologistas achaml
os do sua historia, interpretain
Assim puis na impossibilidade miplcla diremos rum Yalleix
eoan consis
to
cm umaas da bavin o da ooxfi
.
paries mu ([lie so dislrilmein
u
-
so cmdo £i present ar 11111a
que do mna maneini goral
osta
aff« obi ito
raeiio das veins, sobveiudoconi dor o edema vasos idditerados.
Kntre
as doutrimd a s os
is que disputam a primasia, so days conlieeinieiitus ser sus
-
e a da
e aeredi- pdde ignal
-
se&rundo as oou-
pudem nu estado
tentadas : a da phlebitc
.
tamos
quemonte sor (
ilioCoos i
actual do nossos
ouagula(;au espontanea do samrue opinioes suo verdadeiras
.
a jjlih'tfmafia alba dolens paerperarum
‘Xplieada por oada uma dollas
,
I
A mbas
estas
pie prc.sidimm a sou dosenvolva men to
.
Tomando o s l a a l l*ee
^
ao paraassumpto
do nossa thosea prelonoao do historial
-
a de umapois somos o priineiro a reeonhi
mui superior a nussas da aHeooau. esludar anatomioas
.
souso Iratamonto
.
lembramloinaugurald? , nao temos
manoira oomplola
.
oorpte lal trabalho d ibreas
.
Kxpomllepuis sua symptomas, mureba
.
por ult itn
i I\
a prmeipio o histurioo otiulnuia
.
suns losfiesriiios
oornplioaooos
dont riuas
priii *
a s
t )
s o b r o s u a n a t u r o/
.
a.
•i p a o s
<
NIJ
b LxJbv.1
U
HISTORICO
.pouco
conhecida dos an-
nos fornecem dados obscuros
liistorin desta afYecyao e cou
-
ple
outros
estadosmdrbidos , taes
como ooutras
infdt rayoes Aplilegmatia
alba dolens eratigos. Seus escriptos
apenas
e
pouco precisos ,
em quc afundida com a.
rheumatismo
,
o fleimao,
aanasarca
eserosas
.
esta
molestia ficou serido console* Foi nocomeyo
do seculo passado, que
lixamlo a attenyilo dos observadores,
coino entidade indrbida distinct a.
A Maurieeau ( 172! ) parteiro francez
,
cabe ade
,
pelaprimeira
vezvida
,
pelo desapparecimento lochial simultaneo a do edema,attribuiu -
a a uinrada
gloria
,
tel-
a descripto ;impressionado
, sem du-
appariyHo
refluxo dos lochios e denomi
-
inchayao das pernas das
puerperas .
»nou
-
a «Depois de Maurieeau
, Puzos ( 1759
) eLevret ( 1771
)descreveram mais
exactamente
ossymptomas
da molestiao i
.
“ com o nome tie que nosoccupa ,
e a designaram« deposito leitoso
,
» e oleitoso
.
»de « engorsritamentoo o
*> ° com o
0 facto da diminuiyao ou suppressiTo da seereyao lac
-
tea
na pldegmatia alba dolens induziu estesautores
a con-
sideral
-
a como um deposito leitoso no membro affectado.
.
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6
Um anno depo’
s ,
em 1824,
o professor Velpeau eon-
clue dc sues
observances
que a inolestia 1cm o seuponto
de partida ein
uma
aflccyilo das veins, on uma inflamma-
eao3 das symphesesi/ 1 da bacia.
Robert Lee ( LS20 )
,
Runisaceitam as ideas de Davis e fuctos
.
i
wr
(
1885 ) e Peebles (1830)Rouillaud c publicans, novos
V 1
Citamos ainda eomo
pertencendo
a mesmaepoeha
os estudos de Cruvcilhier, de Raigc-
Delonne e o do Raverque considera
esta
atlecyao come uma hydro- phlegmasia
dotecido cellular
,
complicada as mais das vezes de Iymphan-
gite ou de adeno
- lymphangite .
Ate
entao
aphlegnuitia
alba dolens tinha sido consi-
qiiasi unicamcnte
como
molestia especial as pucr-
;
entretanto antes
docomeyo
destc seculo alguns oh-
reconhecido ( (lie a maior
parte
dos sym-
ptomas
e das lesoes que a caraeterisam,
se encontravainlora do cstado puerperal
.
Desde
csiaoceasiao Rouillaud ,
Audral,
Cruvcilhier e Trousseau fizeram conhecer nuiuerosos casus,
e Bouchutcm uma intcrcssante memoria reuniu numerosas ohserva
-
coes do phlegmatia
tan to
puerperal,
como nao puerperal.
Acredita
Bouchut
< pic nao ha differcnya nestas
duascondiyoes
,
c conclue <pic amolestia
e o rcsultado de uma simplesobliteraciio espontanea .
Dous anuos depois, em
foi clmmada dc
novo
para as coagulacoes venosas ;appa -
receu na sciencia a theoria das embolias sustentada por Virchow
,
que juntou as suas observayoes a sanccao de nu-
derada peras
servadores tinham
4
a aUeuyao dos praticos
IS 10,
merosas expenencias
.
Nestes
ultimos annos a phlegmatia alba dolenstem
sido objecto de
numerosos
trabalhos, entre
os quaes apon-
tareuios os de Tilbury
Fox
(1801) e de liervieux (I860).
*
L
7
SYNON (
M I A .
Kao
lui talvez ua seienoia quo ton ha recebido tantiis e ifio divcrsasdenominators
como aphlegnmtin
alba dolens
.
Assiincsta
molrstia foi prlncipalmente deno-
minadn
Dejnsiio
;Inchagao
daspernas
da*puerpcras ,
Maurieeau. —
leiloso} Puzos.
—
Engorgiiamenlo leiloso, Lev ret
.—
Edema doloroso dun
pnerperns ,
Calissen. — Anasarca
serosa,
perna
leilosa.
phlegmasia leilosa,
15urns. —
Crurites,
IIo-
s:ick.
—
Vhlebilc crura/, Robert
Pee*—
llgdi'aphlegmasiado teeido cellular dos membros inferlores/
,
Rayeri/. —
Leuco*phlegmasia dolorosa,
Dupareque . —
Phlcbite pclvi-
cruruLLobstein
.
*
\
Kstes
diversosnomes
dados a inolestia.
retlectcra mui naturalmentc ns theorists diffierentespropostas
polosauoto -
res sobre sua
naturezn ,
o que e uma oausa de confusoese on es
.
0 nome,
porem.
polo qual a molestia e msiis com-
nnumnente conhccida ,
c o de plilrgmatia alba dolens,
inlro-
duzido mi scieneia cm 1784 por Carlos White
.
Comquanto
esta expressao
pare9 a
impropria por issomesmo
que
idem de complexa comprehende altcraedosferentes, todavia it conservarcinos com a maioria dos aue
-
tores ,
nao so ]»orque ossa denoniinarilo consagra sua exis-
tenciii particular
,
como tanibeinporque
dar-
lhe 11111 nomein;iis scientifico teria talvez 0 incom eniente de ligal
-
a aideas svstematieasm. c confundil
-
a com afl'ecooes diversas.
ft dif
-
ETIOLOCilA
.
'
) estado puerperal tern sido com justa razito conside-
rado por quasi H tndos os
auetores
como uma causa predis-
ponentc
ile grande Vidor ua prodiieeao da phlcginatia alba dolens; iittendendo-
se porem a que CHI outras coin!icons8
I'JSIC estado mimi
-
podc *i mesma aU'eo
^
ao desenvolver-
se. festando se poucu* Ios ei11 re a idade cm
ral. K*
sobretudo
aposmento
que tern lugarrccida pela pressao quo o
utero
cxercc sobre aspartes
eontidas nabacia
nos ultimos tempos daprenhez
e doparto.
mais on menos nos limites oomprehendi-
20 e 40 aimos, eoncebe
-
se facilmente quo e estacjue podora ser
observada
a phlegmaiia puerpc-
alguns dias
consecutivos
ao delivra-
o nppareeimento desta riffee
^
ao favo-
4
Mais irequcnle nns multiparas do quo nas pnmiparas,
plilcgmatia
para sen desenvolviineuto um terrenoa observa(;ao nos
demonstra
quo indi videos atlectados desta molestia stlo os enfra- queeidos por molestias anteriores,
as mulheresesgotadas
pcla
prenhez
e ascldoroticas
.Este
facto de observa^
ao, que nos attesta a immifesta-
molestia nestes
individeos, e confirmado peloestado nestas
condigoes,
apresentauina
tao
notavel altermplo de sees elementos, dc uaneiraa favoreeer-
lhe
a eoagulaxjao. Kmatologieos modernos nos demonstrate que pcral, assiui como nas c
fibrina , diminuieao de
mento d agua e lcucoeythos.
Os resultados obtidos polos
experimentadores
, compa- rados aos algarismos projlostos por Andral, eomo represen-
tando a composite normal do sangue
,
a saber : 127 de globulos,
»1 de fibrina,
70 dealbumina
, 700 d’agua, e 10 dematerias
gordurosas, extractivo
e sues, sao :1.” Uma
diminuieao
de globulos desde o comedo da prenhez,
os quaes descem a 111 um pouco depois do quinto mez,
ehegando a 100 cm uma epochavisinha
do parto. A propor^
ao d'agua se eleva entao a 800,820 ea mais.
exige
adrede
preparado
, pois que aa
os unieos
rao da
da coinposicito do sangue que,
assim
, que os estudos lie-no
estado
puer-
aeliexias, ha um excesso notavel de globulosvermelhos
, hem eomo aug-4