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PROGRAMA DE SALVAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL BR-230: SÍTIOS ALVORADA E KM 30. ITAITUBA, ESTADO DO PARÁ

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PROGRAMA DE SALVAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL BR-230: SÍTIOS ALVORADA E KM 30. ITAITUBA, ESTADO DO PARÁ

RELATÓRIO FINAL

WAGNER FERNANDO DA VEIGA E SILVA

Belém - PA Novembro de 2013

(2)

ARQUEÓLOGO RESPONSÁVEL Wagner Fernando da Veiga e Silva

Arqueólogo Sócio-Diretor da Inside Consultoria

RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS AMBIENTAIS DO EMPREENDIMENTO Centrais Elétricas do Pará S.A

CNPJ 04.895.728/0001-80. Rodovia Augusto Montenegro, km 8,5 Belém - PA - CEP 66823-010

EMPREENDIMENTO

Programa de Salvamento Arqueológico e Educação Patrimonial BR 230: Sítios Alvorada e Km 30. Itaituba, Estado do Pará.

COORDENADAS LIMITES DO EMPREENDIMENTO

21M 615145 9525162, 21M 616727 9527399, 21M 614372 9512054, 21M 617822 9516190, 21M 636770 9522997 e 21M 637476/9518239

EMPREENDEDOR

Centrais Elétricas do Pará S.A

CNPJ 04.895.728/0001-80. Rodovia Augusto Montenegro, km 8,5 Belém - PA - CEP 66823-010

CONSTRUTOR

Centrais Elétricas do Pará S.A

CNPJ 04.895.728/0001-80. Rodovia Augusto Montenegro, km 8,5 Belém - PA - CEP 66823-010

APOIO INSTITUCIONAL

Núcleo de Pesquisa e Ensino em Arqueologia – NPEA Programa de Pós Graduação em Antropologia – PPGA Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – IFCH Universidade Federal do Pará - UFPA

(3)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 21

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ... 22

2.1 DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ... 23

2.2 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ... 25

2.3 USO E OCUPAÇÃO DA FAIXA... 26

3. OBJETIVOS ... 29

3.1 OBJETIVOS GERAIS ... 29

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 29

4. ASPECTOS LEGAIS ... 30

5. JUSTIFICATIVA ... 33

5.1 ATIVIDADES ANTERIORES NOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ALVORADA E KM 30 ... 33

6. CONCEITUAÇÃO METODOLÓGICA ... 35

6.1. CURADORIA E ANÁLISE EM LABORATÓRIO ... 36

7. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL ... 38

7.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA ... 38

7.2 SOLOS... 38

7.3 GEOLOGIA ... 38

7.4 GEOMORFOLOGIA ... 38

7.5 ALTITUDE ... 39

7.6 HIDROGRAFIA E CURSOS D’ÁGUA ... 39

7.7 CLIMA... 39

7.8 TOPOGRAFIA DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO... 40

7.9 VEGETAÇÃO ... 40

8. ETNO HISTORIA E ARQUEOLOGIA REGIONAL ... 41

8.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ETNO-HISTÓRICA DA ÁREA DE ESTUDO ... 41

8.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DAS PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS NA REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO... 87

9. PROGRAMA DE ARQUEOLOGIA PÚBLICA ... 94

9.1 OBJETIVOS ... 99

9.1.1 OBJETIVOS GERAIS ...100

9.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...100

9.2 CONTEÚDO PROPOSTO ...101

9.3. ESTRATÉGIAS ...102

9.4. MATERIAL DE APOIO ...102

9.5. INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PLANOS E PROGRAMAS ...103

9.6. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS ...103

10. SALVAMENTO ARQUEOLÓGICO DOS SÍTIOS KM 30 E ALVORADA ... 123

10.1. SÍTIO ARQUEOLÓGICO KM 30 ... 123

10.2. SÍTIO ARQUEOLÓGICO ALVORADA... 220

10.3. CONCLUSÃO ... 307

(4)

11. EQUIPE TÉCNICA... 308 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 309

(5)

LISTA DE FIGURAS, TABELAS E QUADROS

Figura 1: Localização do Empreendimento ... 22 Figura 2: Detalhe da Área de Influência do Empreendimento ... 24 Figura 3: Localização dos Sítios Arqueológicos Alvorada e Km 30 ... 28 Figura 4: Detalhe do Mapa de Samuel Fritz correspondente ao Médio Curso do Rio Amazonas [1691]. Fonte: MENÉNDEZ, 1981. ... 48 Figura 5: Mapa Manuscrito do Rio Tapajós de meados do século XVIII. À esquerda do mapa, estão situadas as cinco missões jesuíticas na desembocadura do rio. Fonte: PERRONE-

MOISÉS, 1998. ... 51 Figura 6: Localização dos Grupos “Tupinambaranas” no rio Tapajós. Fonte: MENÉNDEZ: 1981.

... 55 Figura 7: Índio Mundurukú com pintura corporal (à esquerda) e Mundurukú em embarcação no Tapajós (à direita). Aquarelas de Hercules Florence (1828). Fonte: MONTEIRO & KAZ, 1998.... 59 Figura 8: Tuchaua Munduruku em costume de festa (à esquerda) e Mulher e criança

Munduruku (à direita). Aquarelas de Hercules Florence (1828). Fonte: MONTEIRO & KAZ, 1998.

... 60 Figura 9: Cotidiano na Aldeia Apiaká, Adornos e Pintura Corporal dos Apiaká, Maloca Apiaká no rio Juruena. Aquarelas e desenho de Hercules Florence (1828). Fonte: MONTEIRO & KAZ, 1998. ... 63 Figura 10: Índio Mawé com Coifa Emplumada. Aquarela de Hercules Florence (1828). Fonte:

MONTEIRO & KAZ, 1998. ... 65 Figura 11: Lâminas de Machado de Pedra Encontrados no Rio Tapajós e Índio Mundurukú

“Civilizado” com Tatuagem Facial. Fonte: COUDREAU, 1977. ... 66 Figura 12: Detalhe do Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendajú referente à região dos rios Tapajós e Jamanxim. ... 67 Figura 13: Movimentos dos Povos Indígenas na área Madeira-Tapajós (séculos XVII a XIX).

Fonte: MENÉNDEZ, 1992. ... 69 Figura 14: Itaituba registrada por Henry Coudreau (1897). Fonte: COUDREAU, 1977. ... 71 Figura 15: Mapa da Área Etnográfica “Amazônia Centro-Meridional” de Melatti. Fonte:

MELATTI, 2007. ... 74 Figura 16: Detalhe do Mapa das Terras Indígenas Existentes no Interflúvio Tapajós-Xingu.

Fonte: FUNAI, 2010. ... 76 Figura 17: Mapa com a localização das áreas de ocupação e perambulação do povo Kuruaya nos séculos XVIII e XIX. Fonte: Site do ISA; PATRÍCIO, 2003. ... 81 Figura 18: Vista geral da frente da escola ... 106 Figura 19: Conversa com a vice-diretora; entrada do auditório ... 107

(6)

Figura 20: Vista da entrada da escola; placa de inauguração do prédio ... 107

Figura 21: Registro da palestra ... 108

Figura 22: Registro da palestra ... 108

Figura 23: Registro da palestra ... 109

Figura 24: Registro da palestra ... 109

Figura 25: Registro da palestra ... 110

Figura 26: Crianças desenvolvendo atividade de desenho ... 110

Figura 27:Criação e apresentação dos desenhos ... 111

Figura 28: Apresentação dos desenhos ... 111

Figura 29: Alguns desenhos produzidos pela turma do 4º ano ... 112

Figura 30: Momentos da atividade ... 113

Figura 31: Momentos da atividade ... 113

Figura 32: Vista geral da proposta de atividade ... 114

Figura 33: Crianças desenvolvendo seus desenhos ... 114

Figura 34: Crianças desenvolvendo seus desenhos ... 114

Figura 35: Apresentação dos desenhos ... 115

Figura 36: Alguns desenhos produzidos pela turma do 3º ano ... 115

Figura 37: Vista geral da proposta de atividade ... 116

Figura 38: Momentos da atividade ... 116

Figura 39: Momentos da atividade ... 117

Figura 40: Orientações iniciais antes de sair da escola ... 117

Figura 41: Alunos em direção ao sítio arqueológico KM30 ... 118

Figura 42: Chegada dos alunos ao sítio arqueológico KM30 ... 118

Figura 43: Chegada dos alunos ao sítio arqueológico KM30 ... 118

Figura 44: Exposição das ferramentas utilizadas em campo ... 119

Figura 45: Explicação das ferramentas utilizadas em campo... 119

Figura 46: Explicação das ferramentas utilizadas em campo... 119

Figura 47: Alunos peneirando o solo retirado das escavações ... 120

Figura 48: Alunos peneirando o solo retirado das escavações; alunos encontrando material arqueológico na peneira ... 120

(7)

Figura 49: Alunos ajudando os pesquisadores a escavar ... 121

Figura 50: Alunos escavando e conversando com os pesquisadores ... 121

Figura 51: Vista geral de alguns momentos da visitação ... 121

Figura 52: Rodela de fuso e lâmina de machado ... 124

Figura 53:Fragmentos cerâmicos e líticos ... 125

Figura 54:Vasilhame enterrado encontrado em unidade ... 125

Figura 55: Mapa indicando a distribuição das unidades no sítio ... 126

Figura 56: Superfície da unidade 1 ... 127

Figura 57:Fragmentos cerâmicos coletados no nível, à esquerda, e fragmentos líticos à direita. ... 127

Figura 58: Fragmentos cerâmicos concentrados no centro do nível; Fragmentos cerâmicos coletados. ... 128

Figura 59: Base do nível indicando a mancha escura no canto nordeste e fragmentos cerâmicos coletados ... 128

Figura 60: Parede norte da unidade; Tradagem de segurança no centro da unidade. ... 129

Figura 61: Perfil estratigráfico da parede norte, unidade 01. ... 129

Figura 62: Superfície da unidade 02 ... 130

Figura 63: Concentração cerâmica na camada cultural; Fragmentos cerâmicos ... 130

Figura 64: Feição 1 - Vasilha com pintura vermelha aos 20 cm de profundidade ... 131

Figura 65: Fragmentos cerâmicos decorados, à esquerda, fragmentos simples, à direita ... 132

Figura 66: Feição 1 - Vasilha retirada aos 45 cm de profundidade ... 132

Figura 67: Evidência de material ósseo na mancha escura (feição 2) ... 133

Figura 68: unidade 02 e sua extensão ao leste, denominada unidade 05 ... 134

Figura 69: Superfície da unidade ... 135

Figura 70: Base do primeiro nível da camada “A” (0-10 cm) efragmentos cerâmicos ... 135

Figura 71: Material lítico ... 136

Figura 72:Cerâmicas com decoração plástica: Borda entalhada e corpo com inciso ... 136

Figura 73: Fragmentos cerâmicos e líticos coletados no nível (10-20 cm)... 136

Figura 74: Base do nível (20-30 cm) e fragmentos cerâmicos coletados ... 137

Figura 75: Base do primeiro nível da camada ”B” (30-40 cm) e material lítico coletado ... 137

(8)

Figura 76: Base do segundo nível da camada “B” (40-50 cm) e fragmentos cerâmicos coletados

... 138

Figura 77: Material lítico coletado no nível ... 138

Figura 78: Fragmentos cerâmicos de corpos... 138

Figura 79: Base do nível (60-70 cm) ... 139

Figura 80: Base das unidades 2 e 5 ... 139

Figura 81: Perfil estratigráfico da parede leste, unidade 02 e 05 ... 140

Figura 82: Superfície da unidade ... 140

Figura 83: Camada A, nível 0-10 cm de profundidade e fragmentos cerâmicos coletados ... 141

Figura 84: Fragmentos cerâmicos dispersos pelo nível ... 141

Figura 85: Fragmentos de corpos cerâmicos encontrados no nível ... 142

Figura 86: Fragmento cerâmico de uma borda ... 142

Figura 87: Superfície da unidade ... 143

Figura 88: Fragmentos cerâmicos coletados ... 143

Figura 89: Material cerâmico coletado no nível; Fragmentos líticos ... 144

Figura 90: Fragmentos cerâmicos dispersos pelo nível ... 144

Figura 91: Base do nível final da unidade (50 cm) ... 145

Figura 92: Perfil estratigráfico das unidades ... 146

Figura 93: Superfície da unidade 03, em detalhe, pequeno fragmento cerâmico em superfície. ... 147

Figura 94: Vista parcial do sítio ... 147

Figura 95: Base do primeiro nível da camada cultural efragmentos cerâmicos coletados ... 148

Figura 96: Base do segundo nível (10-20 cm) da camada “A” efragmentos líticos coletados . 148 Figura 97: Fragmentos cerâmicos coletados, detalhe de um corpo com decoração plástica inciso-ponteado. ... 148

Figura 98: Base do nível da camada de transição “A-B”, e à direita, dois pequenos fragmentos cerâmicos no canto leste da escavação 03. ... 149

Figura 99: Fragmentos cerâmicos coletados em mancha escura no canto leste da unidade, à direita emdetalhe, corpo com decoração plástica incisa. ... 149

Figura 100: Fragmento de lâmina de machado e fragmentos cerâmicos de bordas decoradas ... 150

Figura 101: Fragmentos cerâmicos encontrados em mancha escura no centro da unidade. .. 150

(9)

Figura 102: Base da unidade aos 60 cm de profundidade ... 151

Figura 103: Tradagem realizada no centro da unidade ... 151

Figura 104: Perfil estratigráfico da unidade 03 ... 152

Figura 105: Superfície da unidade ... 153

Figura 106: Base do primeiro nível da camada “A” (0-10 cm); Fragmentos líticos coletados.. 153

Figura 107: Fragmentos cerâmicos de corpo; Fragmentos cerâmicos de borda ... 154

Figura 108: Base do segundo nível da camada “A” (10-18 cm); Fragmentos cerâmicos de corpos ... 154

Figura 109: Corpo com decoração plástica, filete aplicado; Bordas simples e decoradas. ... 155

Figura 110: Fragmentos líticos ... 155

Figura 111: Base do nível da camada de transição “A/B” aos 28 cm; Fragmentos cerâmicos 155 Figura 112: Fragmentos de instrumentos líticos ... 156

Figura 113: Base do primeiro nível da camada “B” (28-38 cm); Fragmentos cerâmicos coletados. ... 156

Figura 114: Base do último nível da unidade aos 48 cm; Tradagem de segurança alcançando os 50 cm ... 157

Figura 115: Perfil estratigráfico sendo desenhado ... 157

Figura 116: Perfil estratigráfico da unidade 04 ... 158

Figura 117: Superfície da unidade Alunos da escola local em visita ao sítio ... 159

Figura 118: Fragmentos cerâmicos coletados no nível; Fragmentos cerâmicos de bordas .... 159

Figura 119: Fragmentos cerâmicos de bordas e bases; Fragmentos líticos ... 160

Figura 120: Base do primeiro nível da camada “A” (0-10 cm) ... 160

Figura 121: Fragmentos cerâmicos coletados no nível; Corpos e bordas decorados ... 160

Figura 122: Material lítico coletado; Base do segundo nível da camada cultural (10-20 cm) ... 161

Figura 123: Base do terceiro nível da camada cultural; Material lítico disperso pelo nível ... 161

Figura 124: Fragmentos cerâmicos ... 161

Figura 125: Base do nível de transição; Fragmentos cerâmicos dispersos pelo nível ... 162

Figura 126: Base do primeiro nível da camada “B” ... 162

Figura 127: Lasca lítica; Fragmentos cerâmicos de corpos ... 163

Figura 128: Base do terceiro nível da camada “B”; Tradagem de 50 cm realizada no centro da unidade ... 163

(10)

Figura 129: Perfil estratigráfico da unidade 06 ... 164

Figura 130: Superfície da unidade ... 165

Figura 131: Base do primeiro nível da camada cultural (0-10 cm), em detalhe,fragmentos cerâmicos na base e na parede norte da unidade ... 165

Figura 132: Fragmentos cerâmicos de corpos... 166

Figura 133: Pequena concentração cerâmica na parede norte (10-20 cm) ... 166

Figura 134: Fragmentos cerâmicos de corpos; Base do nível aos 30 cm ... 167

Figura 135: Base do primeiro nível da camada “A/B”; Fragmentos cerâmicos coletados ... 167

Figura 136: Base do segundo nível da camada “A/B”; Amostra de fragmentos cerâmicos coletados ... 168

Figura 137: Material lítico coletado no nível (50-60 cm) ... 168

Figura 138: Base do primeiro nível da camada “B” ... 169

Figura 139: Base final da unidade aos 80 cm; Tradagem de segurança no centro da unidade 169 Figura 140: Perfil estratigráfico da unidade 09 ... 170

Figura 141: Superfície da Unidade 10 ... 171

Figura 142: Camada A, nível 0-10 cm; Corpos simples ... 171

Figura 143: Camada A, nível 10-20; Corpos simples ... 172

Figura 144: Líticos; Borda decorada em entalhe ... 172

Figura 145: Camada A-B, nível 20-30 cm; Corpos simples. ... 173

Figura 146: Bordas entalhadas; Lasca ... 173

Figura 147: Camada A-B, nível 30-40 cm; Material lítico ... 174

Figura 148: Camada B, nível 40-50 cm; Fragmento cerâmico coletado ... 174

Figura 149: Camada B, nível 50-60; Tradagem de segurança, encerramento da unidade ... 175

Figura 150: Perfil estratigráfico da unidade 10 ... 175

Figura 151: Superfície da unidade ... 176

Figura 152: Base do primeiro nível da camada cultural (0-10 cm); Fragmento cerâmico de corpo ... 176

Figura 153: Base do segundo nível da camada cultural; Fragmentos cerâmicos coletados.... 177

Figura 154: Corpo cerâmico com decoração filete aplicado; Material lítico disperso pelo nível ... 177 Figura 155: Fragmento cerâmico de corpo com decoração incisa aflorando na base do nível 177

(11)

Figura 156: Base do terceiro nível da camada cultural; Fragmentos cerâmicos de bordas ... 178

Figura 157: Fragmentos cerâmicos de corpo; Material lítico coletado ... 178

Figura 158: Base do nível da camada de transição “A/B”; Fragmentos cerâmicos coletados. 179 Figura 159: Material lítico coletado ... 179

Figura 160: Base do primeiro nível da camada “B” ... 180

Figura 161: Tradagem de segurança, encerramento da unidade ... 180

Figura 162: Perfil estratigráfico da unidade 11 ... 181

Figura 163: Superfície da unidade ... 182

Figura 164: Base do primeiro nível da camada “A” (0-10 cm); Fragmento cerâmico de corpo 183 Figura 165: Base do segundo nível da camada “A”; Fragmentos cerâmicos coletados ... 183

Figura 166: Material lítico ... 183

Figura 167: Primeiro nível da camada de transição “A/B”; Fragmentos cerâmicos ... 184

Figura 168: Fragmentos cerâmicos de bordas; Material lítico disperso pelo nível ... 184

Figura 169: Base do segundo nível da camada de transição ... 184

Figura 170: Base do primeiro nível da camada “B”; Fragmentos cerâmicos de corpo coletados ... 185

Figura 171: Base do segundo nível da camada “B” e tradagem de segurança na unidade ... 185

Figura 172: Perfil estratigráfico da unidade 12 ... 186

Figura 173: Fragmento lítico ... 187

Figura 174: Perfil estratigráfico da unidade 13 ... 188

Figura 175: Superfície da unidade ... 189

Figura 176: Base do segundo nível da camada cultural (10-20 cm) ... 189

Figura 177: Fragmentos cerâmicos ... 190

Figura 178: Superfície da unidade ... 191

Figura 179: Fragmentos líticos e cerâmicos coletados no nível (0-10 cm)... 192

Figura 180: Fragmento lítico ... 192

Figura 181: Fragmentos cerâmicos, à esquerda, e líticos coletados no nível 30-40 cm ... 193

Figura 182: Instrumentos líticos coletados (nível 40-50 cm) ... 193

Figura 183: Perfil estratigráfico da unidade 15 ... 194

Figura 184: Superfície da unidade ... 195

(12)

Figura 185: Base do primeiro nível do estrato “A” (0-10 cm); Fragmentos cerâmicos coletados

... 196

Figura 186: Base do segundo nível (10-20 cm); Fragmentos de vasilhames cerâmicos ... 196

Figura 187: Fragmentos cerâmicos de bordas; Material lítico coletado. ... 196

Figura 188: Rodela de fuso na parede oeste da unidade ... 197

Figura 189: Fragmentos cerâmicos de bordas, à esquerda, e corpos, à direita ... 197

Figura 190: Material lítico ... 197

Figura 191: Base do nível (25-35 cm); Fragmentos cerâmicos coletados ... 198

Figura 192: Fragmento lítico ... 198

Figura 193: Fragmentos cerâmicos e um lítico ... 198

Figura 194: Fragmento cerâmico ... 199

Figura 195: Tradagem de segurança ... 199

Figura 196: Superfície da unidade ... 200

Figura 197: Base do primeiro nível da camada “A”, rodela de fuso no leste da unidade; Em detalhe fragmentos cerâmicos concentrados na parede norte ... 201

Figura 198: Fragmentos cerâmicos de bordas; Material lítico... 201

Figura 199: Fragmentos cerâmicos de corpos... 201

Figura 200: Base do segundo nível da camada cultural; Fragmentos cerâmicos coletados.... 202

Figura 201: Fragmentos cerâmicos de bordas... 202

Figura 202: Rodela de fuso ... 203

Figura 203: Fragmentos cerâmicos de corpos e bordas sem decoração ... 203

Figura 204: Base do terceiro nível da camada “A” (20-25 cm); Lascas líticas ... 204

Figura 205: Base do primeiro nível da camada de transição (25-35 cm); Fragmentos cerâmicos ... 204

Figura 206: Segundo nível da camada de transição (35-45 cm) ... 205

Figura 207: Primeiro nível da camada “B”; Tradagem de segurança realizada na unidade ... 205

Figura 208: Perfil estratigráfico da unidade 17 ... 206

Figura 209: Superfície da unidade; Machado encontrado próximo a UE ... 207

Figura 210: Base do primeiro nível (0-10 cm); Amostra de fragmentos cerâmicos coletados . 208 Figura 211: Base do nível da camada “A/B”; Líticos coletados ... 208

Figura 212: Fragmentos da base de um crivo ... 208

(13)

Figura 213: Base do primeiro nível da camada “B”; Fragmento lítico ... 209

Figura 214: Base do nível (30-40 cm); Fragmentos cerâmicos ... 209

Figura 215: Tradagem de segurança ... 210

Figura 216: Superfície unidade ... 210

Figura 217: Base do nível 0-10 cm; Corpos simples ... 211

Figura 218: Bordas simples, bordas decoradas com aplique; Corpos decorados com filete .. 211

Figura 219: Fragmentos na base do nível; Material lítico ... 212

Figura 220: Base do nível 10-20 cm; Corpos simples ... 212

Figura 221: Corpos decorados com filete aplicado; Bordas com aplique ... 212

Figura 222: Líticos; Bordas simples ... 213

Figura 223: Camada A/B, nível 20-30; Corpos simples ... 213

Figura 224: Bordas simples; Corpo decorado com filete e ponteado ... 214

Figura 225: Líticos ... 214

Figura 226: Camada A/B, nível 30-40 ... 214

Figura 227: Base do nível 40-50 cm ... 215

Figura 228: Base do nível 50-60 cm; Tradagem de segurança, encerramento da unidade ... 215

Figura 229: Perfil estratigráfico da unidade 19 ... 216

Figura 230: Da direita para esquerda: Superfície da unidade 20, localização da unidade no espaço, rente à rodovia ... 217

Figura 231: Primeiro nível da camada cultural (0-10 cm); Bordas com inciso coletadas no nível ... 217

Figura 232: Fragmentos de instrumentos líticos ... 218

Figura 233: Fragmentos cerâmicos dispersos pelo nível ... 218

Figura 234: Base da unidade ... 219

Figura 235: Perfil estratigráfico da unidade 20 ... 219

Figura 236: Mapa indicando localização das unidades no sítio Alvorada ... 221

Figura 237: Superfície da unidade ... 222

Figura 238: Base do primeiro nível da camada “A” (0-10 cm); Fragmentos cerâmicos decorados ... 223

Figura 239: Amostra de fragmentos cerâmicos coletados: quatro corpos e duas bordas simples ... 223

(14)

Figura 240: Base do segundo nível da camada “A”; Bordas decoradas ... 224

Figura 241: Corpos simples e líticos (lascas) ... 224

Figura 242: Base do terceiro nível da camada “A”; Amostra de fragmentos cerâmicos ... 224

Figura 243: Camada “B”, nível 30-40 cm ... 225

Figura 244: Base do nível e tradagem de segurança ... 225

Figura 245: Perfil estratigráfico da unidade 01 ... 226

Figura 246: Superfície da unidade e Fragmentos cerâmicos de borda coletados ... 227

Figura 247: Base da unidade com a tradagem de segurança ... 227

Figura 248: Perfil estratigráfico da unidade 02 ... 228

Figura 249: Superfície da unidade ... 229

Figura 250: Base do primeiro nível (0-10 cm) ... 229

Figura 251: Base do nível e fragmentos cerâmicos coletados ... 230

Figura 252: Fragmento de base com modelado; Fragmento de base com incisões paralelas diagonais e filete ponteado. ... 230

Figura 253: Fragmentos de base; Fragmentos líticos ... 230

Figura 254: Base do nível efragmentos coletados ... 231

Figura 255: Bordas coletadas, em detalhe, decoração plástica em entalhe na borda ... 231

Figura 256: Base do nível; fragmento do nível... 232

Figura 257: Base do nível; fragmento do nível... 232

Figura 258: Base do nível; fragmento do nível... 232

Figura 259: Nível de encerramento da UE 03; Tradagem de segurança na base da unidade ... 233

Figura 260: Perfil estratigráfico da unidade 03 ... 233

Figura 261: Superfície da unidade ... 234

Figura 262: Base do nível e Fragmentos cerâmicos coletados ... 234

Figura 263: Base do nível e fragmentos cerâmicos coletados ... 235

Figura 264: Bordas e fragmentos líticos ... 235

Figura 265: Base do nível e Fragmentos cerâmicos de bordas coletados ... 235

Figura 266: Fragmentos cerâmicos de corpo ... 236

Figura 267: Perfil estratigráfico da unidade 04 ... 236

Figura 268: Superfície da unidade ... 237

(15)

Figura 269: Base do primeiro nível ... 238

Figura 270: Base do segundo nível; Fragmentos cerâmicos de corpo ... 238

Figura 271: Fragmentos de bordas e fragmento lítico ... 238

Figura 272: Base do nível; Fragmentos cerâmicos de corpo ... 239

Figura 273: Sete fragmentos de borda ... 239

Figura 274: Fragmentos de rocha; oito fragmentos de lasca ... 239

Figura 275: Base do nível e fragmentos cerâmicos de corpo... 240

Figura 276: Borda com detalhes entalhados no lábio ... 240

Figura 277: Base do nível; Parede norte ... 241

Figura 278: Tradagem de segurança ... 241

Figura 279: Perfil estratigráfico da unidade 06 ... 242

Figura 280: Superfície da unidade ... 243

Figura 281: Camada “A”, nível de 0-10 cm; Bordas coletadas ... 243

Figura 282: Corpos simples; Fragmento de Lâmina de machado ... 244

Figura 283: Segundo nível (10-20 cm); Concentração de cerâmicas no canto noroeste ... 244

Figura 284: Corpos com decoração inciso e pintura vermelha geométrica; bordas com decoração ... 245

Figura 285: Camada A, nível 20-30 cm; Corpos simples ... 245

Figura 286: Bordas decoradas em entalhe e filete aplicado entalhado ... 246

Figura 287: Camada B, nível 30-40 cm; Bordas decoradas em entalhe ... 246

Figura 288: Líticos; Corpos simples ... 246

Figura 289: Camada B, nível de 40-50 cm; Tradagem de segurança, encerramento da unidade ... 247

Figura 290: Perfil estratigráfico da unidade 07 ... 247

Figura 291: Superfície da unidade ... 248

Figura 292: Base do primeiro nível e fragmentos cerâmicos coletados ... 249

Figura 293: Material lítico ... 249

Figura 294: Fragmentos cerâmicos coletados ... 249

Figura 295: Fragmentos cerâmicos ... 250

Figura 296: Tradagem na base do nível ... 250

(16)

Figura 297: Perfil estratigráfico da unidade 08 ... 251

Figura 298: Borda decorada e fragmentos cerâmicos coletados ... 252

Figura 299: Borda dispersa pelo nível e rodela de fuso fragmentada ... 252

Figura 300: Fragmentos cerâmicos dispersos pelo nível ... 253

Figura 301: Base da unidade com a tradagem de segurança ... 253

Figura 302: Perfil estratigráfico da unidade 09 ... 254

Figura 303: Superfície da unidade ... 255

Figura 304: Base do nível e amostra de fragmentos cerâmicos coletados ... 255

Figura 305: Fragmento de base e de borda; Fragmento lítico ... 256

Figura 306: Cerâmicas evidenciadas na base do nível ... 256

Figura 307: Base do nível; Fragmentos de corpo ... 257

Figura 308: Fragmentos de bordas decoradas; Fragmentos de bordas simples ... 257

Figura 309: Fragmentos de base; Fragmentos de base evidenciados no nível anterior ... 257

Figura 310: Fragmentos de rocha; Fragmentos de lascas ... 257

Figura 311: Base do nível; Fragmentos de corpo ... 258

Figura 312: Fragmento de corpo evidenciado na base do nível ... 258

Figura 313: Bordas simples; Bordas decoradas ... 259

Figura 314: Detalhe da borda decorada com filetes ponteados ... 259

Figura 315: Fragmentos de lascas ... 259

Figura 316: Base do nível; Fragmentos de corpo ... 260

Figura 317: Fragmentos de lascas ... 260

Figura 318: Base do nível; detalhe da vasilha enterrada com o fundo para cima ... 261

Figura 319: Base do nível; detalhe da vasilha enterrada com o fundo para cima (54-58 cm) ... 261

Figura 320: Base do nível ampliada; detalhe da base do nível 50x50cm ... 262

Figura 321: Fragmentos cerâmicos de corpo; borda com decoração ponteada ... 262

Figura 322: Fragmentos de lascas ... 262

Figura 323: Base do nível, escala sobre a mancha escura ... 263

Figura 324: Fragmentos cerâmicos de corpo; Fragmento de corpo com filete aplicado ... 263

Figura 325: Fragmento cerâmico de borda; Fragmento de lasca ... 264

Figura 326: Base do nível; Fragmentos de lascas ... 264

(17)

Figura 327: Fragmento de borda; fragmentos de corpo... 264

Figura 328: Encerramento do nível; Tradagem de segurança no centro da UE 10 e 14 ... 265

Figura 329: Equipe de salvamento retirando cuidadosamente o vasilhame identificado ... 265

Figura 330: Perfil estratigráfico da unidade 10 e extensão UE 14 ... 266

Figura 331: Superfície da unidade ... 267

Figura 332: Camada A, nível 0-10 cm ... 267

Figura 333: Camada A, nível de 10-20 cm; Amostra de bordas e corpos decorados ... 268

Figura 334: Fragmento de alça; Líticos ... 268

Figura 335: Base do nível (20-30 cm); Bordas decoradas ... 268

Figura 336: Fragmento de uma possível rodela de fuso ou crivo; Base ... 269

Figura 337: Bordas simples; Corpos simples ... 269

Figura 338: Camada A, nível 30-40 cm; Bordas decoradas em entalhe ... 270

Figura 339: Fragmentos cerâmicos e líticos ... 270

Figura 340: No sentido horário: Base do nível, amostra de fragmentos cerâmicos e dois fragmentos de rocha ... 271

Figura 341: Base do nível 50-60 cm; Bordas simples ... 271

Figura 342: Lítico; Corpos simples ... 272

Figura 343: Base do terceiro nível da camada “B” ... 272

Figura 344: Camada B, nível 70-80 cm; Corpos simples ... 272

Figura 345: Camada B, nível 80-90 cm; Tradagem de segurança, encerramento da unidade .. 273

Figura 346: Perfil estratigráfico da unidade 11 ... 273

Figura 347: Superfície da unidade ... 274

Figura 348: Base do primeiro nível da camada cultural e material coletado ... 275

Figura 349: Base do segundo nível e material coletado (Corpos decorados, simples e material lítico) ... 276

Figura 350: Base do nível e material cerâmico coletado ... 276

Figura 351: Base do nível inicial da camada “B” e vestígios coletados (Material cerâmico e um lítico) ... 277

Figura 352: Perfil estratigráfico da unidade 12 ... 277

Figura 353: Superfície da unidade ... 278

Figura 354: Material coletado no nível ... 279

(18)

Figura 355: Fragmentos cerâmicos coletados no nível ... 279

Figura 356: Base do nível e fragmentos cerâmicos coletados ... 280

Figura 357: Lascas líticas e bordas cerâmicas ... 280

Figura 358: Escavação da unidade e lasca lítica coletada no nível ... 281

Figura 359: Lasca lítica coletada no nível ... 281

Figura 360: Material arqueológico coletado no nível ... 282

Figura 361: Tradagem de segurança, finalização da unidade... 282

Figura 362: Perfil estratigráfico da unidade 13 ... 283

Figura 363: Fragmentos cerâmicos coletados ... 284

Figura 364: Corpos de vasilhame decorados e lâmina de machado fragmentada ... 284

Figura 365: Corpos cerâmicos e materiais líticos coletados no nível ... 285

Figura 366: Material cerâmico coletado no nível ... 285

Figura 367: Base da unidade com a tradagem de segurança ... 286

Figura 368: Perfil estratigráfico da unidade 15 ... 286

Figura 369: Superfície da unidade ... 287

Figura 370: Camada A, nível 0-10 cm; Corpos simples ... 287

Figura 371: Bordas simples ... 288

Figura 372: Base do nível e bordas com alças aplicadas ... 288

Figura 373: Bordas com decoração entalhada e corpos decorados com inciso ... 288

Figura 374: Base do nível (20-30 cm) e bordas entalhadas... 289

Figura 375: Corpos cerâmicos e líticos ... 289

Figura 376: Base do nível (30-40 cm) e rocha dispersa pelo nível ... 290

Figura 377: Corpos simples ... 290

Figura 378: Base do nível e borda decorada ... 290

Figura 379: Base da unidade e tradagem de segurança ... 291

Figura 380: Perfil estratigráfico da unidade 16 ... 291

Figura 381: Superfície da unidade ... 292

Figura 382: Base do primeiro nível da camada cultural e fragmentos cerâmicos coletados ... 293

Figura 383: Corpo decorado e lascas líticas ... 293

Figura 384: Base do segundo nível e material lítico coletado ... 293

(19)

Figura 385: Fragmentos cerâmicos (bordas) e material lítico ... 294

Figura 386: Base do nível ... 294

Figura 387: Tradagem de segurança, encerramento da unidade ... 295

Figura 388: Perfil estratigráfico da unidade 17 ... 295

Figura 389: Superfície da Unidade ... 296

Figura 390: Base do primeiro nível da camada A e corpos cerâmicos decorados coletados no nível ... 296

Figura 391: Fragmentos cerâmicos coletados no nível ... 297

Figura 392: Bordas entalhadas ... 297

Figura 393: Camada A, nível 10-20 cm; Corpos decorados com filete e entalhe ... 297

Figura 394: Borda em gargalo com filete aplicado e bordas com lábios entalhados ... 298

Figura 395: Amostra dos líticos e dos corpos simples coletados no nível ... 298

Figura 396: Base do nível e material lítico coletado ... 298

Figura 397: Corpos simples ... 299

Figura 398: Base do primeiro nível da camada “B” ... 299

Figura 399: Último nível da unidade e tradagem de segurança... 299

Figura 400: Perfil estratigráfico da unidade 18 ... 300

Figura 401: Superfície da unidade ... 301

Figura 402: Amostra do material coletado no nível ... 301

Figura 403: Base do nível e amostra do material lítico ... 302

Figura 404: Fragmentos coletados no nível ... 302

Figura 405: Perfil estratigráfico da unidade 19 ... 303

Figura 406: Bordas com decoração incisa e filete aplicado e material lítico coletado ... 304

Figura 407: Bases de vasilhame e material lítico ... 304

Figura 408: Bordas e corpos decorados coletados no nível ... 304

Figura 409: Borda de vasilhame remontada e fragmentos cerâmicos coletados ... 305

Figura 410: Base da unidade ... 305

Figura 411: Perfil estratigráfico da unidade 20 ... 306

(20)

Quadro 1: Grupos Indígenas Identificados no Rio Tapajós (Século XVII).Fonte: MENÉNDEZ,

1981. ... 47

Quadro 2: Grupos Indígenas identificados nos Rios Tapajós, Juruena e Arinos (Século XVIII). Fonte: MENÉNDEZ, 1981. ... 57

Quadro 3: Grupos Indígenas identificados nos rios Tapajós, Teles Pires, Juruena e Arinos (Século XIX). Fonte: MENÉNDEZ, 1981. ... 68

Tabela 1:Principais características técnicas da RDR Miritituba/Rio Túria. ... 25

Tabela 2: Classes de uso e ocupação ... 26

Tabela 3: Uso e Ocupação do Solo na ADA da rede de distribuição Miritituba/ Rio Túria ... 27

(21)

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório tem o objetivo de apresentar as atividades de pesquisa e os resultados obtidos na etapa de educação patrimonial e salvamento arqueológico dos sítios situados na Área de Influência Direta da rede de distribuição rural (RDR) 34,5 kV, Miritituba/Rio Túria, implantada para conectar a Subestação Campo Verde (existente/operando e de propriedade da CELPA), à Subestação Rio Túria, a ser desenvolvida.

Sua execução foi autorizada pelo IPHAN por meio da portaria nº 48 (14/10/2013) e publicada no DOU nº 200 em 15/10/2013 (processo nº 01492.000488/2013-76) com prazo de execução de doze (12) meses. Este projeto de pesquisa arqueológica contempla as etapas do licenciamento ambiental, segue as determinações da Portaria nº 230/2002 do IPHAN e está sob a coordenação técnico-científica do arqueólogo Esp. Wagner Fernando da Veiga e Silva, diretor da Inside Consultoria Científica, e tem o apoio institucional da Universidade Federal do Pará (NPEA-UFPA).

A pesquisa integra um conjunto de ações – desenvolvidas no intuito de minimizar os danos ambientais e socio-culturais causados pelo empreendimento – que envolvem a realização de prospecção arqueológica intrusiva ao longo do traçado da linha de transmissão (projeto já autorizado pelo IPHAN, portaria nº 59 de 22/11/2013), além de educação patrimonial, salvamento dos sítios arqueológicos Alvorada e Km 30, e atividades de curadoria e análise em laboratório do material coletado.

Este relatório refere-se à etapa de campo realizada entre os dias 10 de novembro a 15 de dezembro na área de influência da linha de distribuição rural (RDR), que abrange os distritos de Campo Verde e Miritituba, no município de Itaituba, Pará. O trabalho resultou no salvamento arqueológico dos sítios Alvorada e Km 30, localizados na AID do empreendimento.

(22)

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A área do estudo se localiza no distrito de Miritituba, Município de Itaituba, pertencente à mesorregião Sudoeste Paraense e à microrregião de Itaituba. (Figura 1).

Figura 1: Localização do Empreendimento

A RDR em 34,5 kV Miritituba/ Rio Túria irá atender a Estação de Transbordo de Cargas – ETC Miritituba, que faz parte do projeto de implantação de uma rede de terminais portuários na bacia da Amazônia, o TERFRON – Terminais Portuários Fronteira Norte. A ETC Miritituba servirá de entreposto estratégico entre a zona produtora de grãos do Centro Oeste do país e a exportação via município de Barcarena. O local escolhido para a ETC concilia os transportes rodoviários e hidroviários na movimentação de grãos transportados por caminhões e estocados em armazém graneleiro até o embarque, em píer flutuante projetado para garantir a atracação e carregamento das barcaças transportadoras.

As instalações visam o escoamento principalmente de soja produzida na região

(23)

centro-norte de Mato Grosso, transportada para ETC Miritituba para estocagem até o embarque em comboios fluviais de até 16 barcaças, com média de duas mil toneladas cada uma, totalizando 32 mil toneladas por viagem, através dos rios Tapajós – Amazonas – Pará, com destino ao terminal Graneleiro de Barcarena. A obra reduz custos operacionais do transporte e aumenta a competitividade brasileira na comercialização de grãos no mercado internacional.

A Celpa, como concessionária de energia do Estado do Pará é responsável por fornecer energia elétrica ao empreendimento, conectando a Subestação Campo Verde(existente/operando e de propriedade da CELPA), à Subestação Rio Túria, a ser implantada pelo empreendedor.

Dessa forma, a implantação do empreendimento tem como objetivos:

 Fornecer energia elétrica à Estação de Transbordo de Cargas – ETC Miritituba;

 Aumentar a confiabilidade do atendimento às cargas elétricas na região que compreende a ETC Miritituba;

 Propiciar melhorias na qualidade do fornecimento de energia elétrica, com base nas previsões de mercado e condições de industrialização e urbanização da área;

 Assegurar o desenvolvimento das potencialidades locais e regionais, o favorecimento do crescimento econômico e a atração de novos investimentos, como os empreendimentos eletrointensivos que serão construídos na região a curto e médio prazo.

2.1 Definição das Áreas de Influência

Seguindo metodologia utilizada para Estudos de Impacto Ambiental, as áreas de influência para as atividades de Arqueologia serão apresentadas conforme um sistema de aproximações sucessivas, em Área Diretamente Afetada – ADA, Área de Influência Direta - AID e Área de Influência Indireta – AII.

A Área Diretamente Afetada ADA corresponde à área das torres.

(24)

No que diz respeito à Área de Influência Direta (AID), considerou-se a faixa de servidão da LDs.

Para a Área de Influência Indireta – AII considerou-se 2000 km a partir da faixa de servidão.

Figura 2: Detalhe da Área de Influência do Empreendimento

(25)

2.2 Especificações Técnicas

A rede de distribuição de energia em 34,5 kV Miritituba/Rio Túria apresenta as seguintes especificações técnicas (tabela 1):

Tabela 1:Principais características técnicas da RDR Miritituba/Rio Túria.

Tensão nominal (kV) 34,5

Extensão total (Km) 38

Largura da faixa de servidão (m) 10

Número de estruturas (un) 679

Vão médio entre estruturas (m) 80 Altura média das estruturas (m) 11

Circuitos e fases Circuito duplo

Distância mínima dos cabos ao solo (m) 7,0 Distância mínima dos cabos à vegetação

(m) 4,0

(26)

2.3 Uso e Ocupação da Faixa

Para a análise do uso e ocupação da faixa das áreas atendidas pela RDR, foi realizado um mapeamento com base na interpretação e classificação de imagens do satélite Landsat, com data de registro de 2010. As classes de uso e ocupação do solo são expostas na tabela 2, em seguida:

Tabela 2: Classes de uso e ocupação

Nome na Descrição

legenda

Área Urbana Nesta categoria estão incluídos todos os usos comerciais identificados fora das manchas urbanas, incluindo: áreas de uso comercial; áreas de uso industrial; áreas pavimentadas ao longo das rodovias onde se situam os postos de pedágio e outros equipamentos associados a este ; áreas pavimentadas ao longo das rodovias onde se situam os postos fiscais e equipamentos associados a este; postos de combustível.

APP Áreas de Proteção Permanente de acordo com o disposto no Novo Código Florestal.

Pastagem Áreas com predominância de atividades de pecuária.

Floresta Nesta categoria foi considerada a cobertura vegetal natural que ocorre secundária no Estado do Pará em estágio secundário de regeneração. As manchas

foram delimitadas a partir de sua coesão e porte das árvores.

Nuvem/Sombra

Áreas de nuvem e sombra indicam regiões onde não é possível classificar o uso do solo, através de imagens de sensoriamento remoto

(27)

As características do Uso e Ocupação do Solo da rede de energia implantada, objeto de estudo, são apresentadas a seguir, na tabela 3:

Tabela 3: Uso e Ocupação do Solo na ADA da rede de distribuição Miritituba/ Rio Túria

Uso e Ocupação Área (ha) Uso (%)

Floresta secundária 0,785 2,13

APP 0,748 2,03

Área urbana 1,607 4,36

Nuvem 4,4 11,94

Sombra 2,12 5,76

Pastagem 27,177 73,78

Total área de servidão 36,837 100,00

Para este programa as atividades ficaram restritas ao salvamento arqueológico de dois sítios localizados na Área de Influência Direta - AID: Sítio Arqueológico Alvorada (UTM 0632459, 9518270) e Sítio Arqueológico Km 30 (UTM 0634500, 9519336), localizados na BR-230, trecho Miritituba/Rurópolis (Figura 3), além de desenvolvimento de atividades de educação patrimonial junto à comunidade escolar e moradores locais.

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Figura 3: Localização dos Sítios Arqueológicos Alvorada e Km 30

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivos Gerais

O objetivo do Programa é aprofundar os estudos do patrimônio arqueológico localizado nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento em questão, como parte dos Estudos Básicos Ambientais referentes ao processo de licenciamento do empreendimento e em conformidade com o disposto na Portaria nº 230 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

3.2 Objetivos Específicos O projeto envolve as atividades de:

 Salvamento arqueológico de sítios localizados na área de impacto direto;

Alvorada e Km 30 localizados no município de Itaituba;

 Desenvolvimento de ações de Educação Patrimonial;

 Estudos de laboratório e gabinete;

 Divulgação dos resultados das pesquisas;

 Guarda do material coletado e analisado na Universidade Federal do Pará.

(30)

4. ASPECTOS LEGAIS

Este programa obedece à Legislação Brasileira, no que diz respeito aos bens culturais e aos sítios arqueológicos, que devem ser protegidos e monitorados.

Conforme determinado pelas leis, resoluções e normas, vistas a seguir:

 Lei nº 3.924, de 26/07/1961 – Que considera criminosa a depredação dos bens arqueológicos colocando-os sob a tutela da União;

 A Constituição Federal de 1988 (artigo 225, parágrafo IV) - Que considera os sítios arqueológicos como patrimônio cultural brasileiro, garantindo sua guarda e proteção, de acordo com o que estabelece o artigo 216;

 Resolução CONAMA 001/86 - Na qual são destacados os sítios e monumentos arqueológicos como elementos a serem considerados nas diferentes fases de planejamento e implantação de empreendimento de alto impacto ambiental (LP, LI, LO);

 Resolução CONAMA 07/97 - Que detalha as atividades e produtos esperados para cada uma das fases acima citadas;

 Portaria IPHAN nº. 07, de 01.12.1988 – Que regulamenta a realização de intervenções (registro, pesquisa e escavação) em sítios arqueológicos estabelecendo os procedimentos necessários às permissões e autorizações, em consonância com a lei nº. 3.924 de 26/07/1961;

 Portaria IPHAN 230, de 17.12.2002 – Que detalha os procedimentos necessários e etapas da pesquisa a serem seguidas para a obtenção das licenças ambientais, no que tange à salvaguarda e estudo do patrimônio arqueológico no país.

Conforme apresentado, a Constituição Brasileira assegura aos bens arqueológicos a categoria de patrimônio cultural a ser institucionalmente protegido, condição reiterada pelo fato de o Brasil ser signatário de uma série de resoluções elaboradas em convenções internacionais direcionadas à atualização de conceitos, normas e práticas aplicáveis ao gerenciamento do patrimônio cultural nacional.

(31)

Em novembro de 1968, a UNESCO, ao final de sua Conferência Geral realizada em Paris, indicou que os monumentos, testemunhos e vestígios materiais do passado estão cada vez mais sendo ameaçados pelos empreendimentos públicos ou privados e que é dever dos governos assegurar a proteção e preservação da herança cultural da humanidade, tanto quanto promover o desenvolvimento social e econômico.

Dessa forma, recomendou que sejam adotadas medidas preventivas e corretivas com a finalidade de garantir a proteção ou o salvamento desses bens culturais ameaçados (UNESCO, 1968, caput e artigo 8).

No mesmo documento (art. 22), a UNESCO recomenda que, com a devida antecedência à realização de obras públicas ou privadas que ameacem os bens culturais, sejam realizados estudos aprofundados para determinar as medidas a serem tomadas para assegurar a proteção in situ dos bens culturais e a extensão dos trabalhos de salvamento necessários, tais como a escolha dos sítios arqueológicos a serem escavados e os bens culturais móveis cujo salvamento é necessário garantir (IPHAN, 1995).

A Carta para a Proteção e a Gestão do Patrimônio Arqueológico, elaborada em Lausanne (1990) pelo ICOMOS/ICAHN, esclarece, em seu primeiro artigo, que o patrimônio arqueológico deve compreender a totalidade material do produto da ação do homem passível de resgate por metodologias arqueológicas. Deve, dessa forma, abranger todos os vestígios da existência humana, ou seja, lugares onde há indícios de suas atividades, independente de sua magnitude, podendo ser monumentos, ruínas, estruturas, ou vestígios abandonados de todo tipo, seja na superfície, no subsolo, ou sob as águas, assim como o material a eles associados.

A Carta de Lausanne (1990) reafirma a importância do patrimônio arqueológico como elemento identificador das raízes socioculturais das populações humanas, destacando as políticas de proteção ao patrimônio como mecanismo de preservação e planejamento de intervenções junto ao mesmo. Enfatiza também a importância de

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medidas legislativas de gerenciamento das ações referentes à manutenção da integridade dos sítios arqueológicos.

Portanto, seja por sua própria legislação interna, seja pelas cartas internacionais firmadas, a condição de proteção e estudo dos bens materiais remanescentes de nosso passado é um compromisso brasileiro e o seu resgate obrigação dos responsáveis pela implantação de empreendimentos potencialmente degradadores do patrimônio arqueológico nacional.

(33)

5. JUSTIFICATIVA

Em 2008 foram realizados trabalhos de prospecção e salvamento arqueológico na área de estudo, devido ao programa de pavimentação da rodovia Transamazônica (BR-230), com autorização através da Portaria n° 147, de 11 de maio de 2007, publicada no Diário Oficial da União em 14 de maio de 2007, na seção 1, página 27.

Naquele momento foram identificados 26 sítios arqueológicos na BR 230, entre eles os Sítios Alvorada e Km 30 que se situavam na área de impacto direto da obra de pavimentação da BR-230. Os sítios foram isolados para que não fossem atingidos pelas obras até o primeiro salvamento arqueológico, que foi realizado a partir de 15 de setembro de 2008, financiado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. (SCHAAN, 2009)

A retomada das atividades de salvamento dos sítios se fez necessário devido o risco de impacto causado pela implantação da Rede de Distribuição Rural (RDR) Miritituba/Rio Túria, tendo em vista que estes se encontram na AID do empreendimento. O salvamento foi retomado no intuito de aprofundar e proteger essas informações dos possíveis impactos.

5.1 Atividades anteriores nos Sítios Arqueológicos Alvorada e Km 301 Sítio Arqueológico Km 30

O sítio Km 30 (Campo Verde) foi identificado em outubro de 2008 e está localizado no quilômetro 30 da BR-230 Transamazônica, comunidade Campo Verde, município de Itaituba. A etapa de salvamento arqueológico foi desenvolvida no período de 27 de setembro a 07 de outubro de 2008.

As atividades desenvolvidas consistiram em escavações por unidades 1x1m, coletas de superfície e delimitação do sítio. Pra a demarcação das unidades de escavação foram traçadas linhas paralelas à estrada, com intervalo de 20m, realizando-se

1Informações coletadas de SCHAAN, 2009.

(34)

escavações a cada 20m sobre as mesmas. Quando os pontos de escavação coincidiram sobre a estrada ou em áreas de bota-fora não foram realizadas escavações, porque os depósitos estavam já perdidos ou muito perturbados. O sítio está situado em uma área suavemente ondulada, cortado pela BR-230 em sentido leste oeste, com declive acentuado para o sul. No período de resgate sofreu impactos tanto pela construção da BR-230, como por atividades agrícolas, pasto e por ocupação da área por assentamento de trabalhadores rurais (MST).

Durante as escavações realizadas no sítio Km 30 observou-se, com relação à estratigrafia, que os primeiros níveis da camada arqueológica já não existiam na maior parte do sítio, tendo sido removidos por plantações e pela construção de casas do assentamento do MST. Considera-se que, no mínimo, foram retirados cerca de 10 cm dos sedimentos superiores.

Apesar das perturbações e alterações na área do sítio totalizamos 20 unidades escavadas em um intervalo de 140m em sentido oeste-leste.Três sondagens não puderam ser realizadas por se localizarem em áreas pouco propíciasdevido a intensas alterações nas mesmas. Uma unidade também não foi escavada por seencontrar em área baixa, de declive acentuado e por se situar em uma área de bambuzal e de difícil acesso.

Sítio Arqueológico Alvorada.

O sítio Alvorada foi diagnosticado na prospecção realizada em agosto de 2008 e localiza-se na comunidade Campo Verde, no km 28 da Rodovia BR-230, encontrando-se na área de impacto direto da obra de pavimentação desta rodovia (obra executada pelo 9° Batalhão de Engenharia de Construção-9° BEC) e cortado pela abertura da estrada. A parte do sítio situada ao lado direito da estrada no sentido Miritituba/Entroncamento encontra-se em área de pasto, com vegetação arbustiva rala, pertencente à Fazenda Alvorada, e a o lado esquerdo encontra-se em área de capoeira alta bastante fechada e de difícil acesso, que também já foi usada como área de pasto, pertencente à Fazenda Fé em Deus. O relevo do sítio é praticamente homogêneo, formado por terreno plano ondulado, com pequenas elevações formadas pelo bota fora da antiga estrada.

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O sítio foi escavado no período compreendido entre 27 de setembro e 7 de outubro de 2008,quando também realizamos delimitação e coleta sistemática de superfície.

Seguindo a metodologia, as sondagens do resgate deveriam respeitar um intervalo regular de 20 metros, tanto no sentido norte-sul, quanto no sentido leste oeste, mas algumas sondagens não puderam ser realizadas, por se encontrarem no bota-fora do leito anterior da estrada em área de difícil acesso e por estarem cercadas por concentrações de raízes de grandes dimensões. Pelo fato de o terreno circundante também apresentar as mesmas características dos locais das sondagens acima citadas, também não foi possível deslocar para as proximidades, impossibilitando assim a realização das mesmas. Desta forma foram realizadas 27 unidades de escavação e coletas de superfície nas áreas impossibilitadas de escavar. Essas atividades apresentaram grande quantidade de material e indica que mais atividades devem ser realizadas no sítio.

6. CONCEITUAÇÃO METODOLÓGICA

Após o mapeamento e delimitação da área do sítio, as áreas escavadas foram selecionadas a partir de uma metodologia de amostragem simples, buscando-se, assim, o conhecimento do contexto arqueológico em toda sua extensão. Com base na verificação da densidade de vestígios, as áreas de escavação selecionadas privilegiaram os locais com maior concentração, onde abrimos quadrículas com extensão de 1x1m distribuídas de forma amostral, que, em alguns casos, precisaram ser estendidas em quadrículas contíguas de 1x1m ou 50x50cm para a verificação do contexto arqueológico (sobretudo, feições culturais) em suas laterais. O objetivo principal foi cobrir diversas áreas que revelam padrões culturais distintos sobre o uso do espaço, permitindo um entendimento da distribuição de áreas de atividade. Cada uma destas unidades foi escavada pelo método de decapagem, de acordo com camadas naturais controlados por níveis artificiais de no máximo 10 cm. Cada quadrícula se estendeu até a profundidade do estrato do subsolo em que não foram mais identificados vestígios arqueológicos. Em seu meio realizamos uma sondagem

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com cavadeira articulada até a profundidade de 50 cm para a certificação do encerramento da escavação.

O processo de escavação de cada quadrícula foi descrito em formulários apropriados, bem como registrado por meio de fotografias, anotações e croquis. O material arqueológico encontrado foi acondicionado em sacos plásticos e identificado quanto à sua procedência em uma etiqueta padrão, está em processo de análise. O solo retirado das escavações foi peneirado para a coleta de artefatos menores não facilmente identificáveis durante a escavação, tais como fragmentos lito-cerâmicos e ossos pequenos. Foram realizadas amostras de carvão para datações. Coletas de material arqueológico de superfície foram realizadas no entorno das áreas escavadas de modo amostral.

6.1. Curadoria e Análise em Laboratório

A curadoria do material lito-cerâmico compreende a higienização, organização, catalogação e acondicionamento adequado em laboratório, tendo como objetivo facilitar o manuseio do mesmo durante a análise, bem como sua preservação. A higienização de materiais friáveis e com decoração pintada de fácil remoção deve ser realizada com maior acuidade. O material ósseo, amostras de solo e carvão serão organizados e acondicionados, sendo posteriormente remetidos para análise especializada.

De uma maneira geral, a análise do material cerâmico é realizada com o auxílio de paquímetro, lupa binocular, ábaco, medidores de ângulos e desenhos. É realizada dispondo as informações observadas em cada fragmento numa ficha de análise, onde se encontram dispostos atributos tecnológicos, morfológicos e estilísticos, em que são registradas as variáveis observadas em cada atributo. A partir das informações tecnológicas podemos inferir aspectos sobre o processo de confecção do material cerâmico, tais como matérias-primas utilizadas, técnica de fabricação utilizada e mesmo opções culturais. Com os dados morfológicos podem ser inferidos aspectos sobre as formas dos vasilhames utilizados, capacidade de armazenamento e possíveis funções de uso destes artefatos. Os aspectos estilísticos podem nos

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