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Livro Eletrônico Aula 00 Passo Estratégico de Direito Constitucional p/ INSS (Técnico do Seguro Social)

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Academic year: 2021

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Aula 00

Passo Estratégico de Direito Constitucional p/ INSS (Técnico do Seguro Social)

Professor: Tulio Lages

(2)

Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.

Apresentação ... 1

!

Introdução ... 2

!

Análise Estatística ... 2

!

Análise das Questões ... 3

!

Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar ... 11

!

Questionário de Revisão ... 23

!

Anexo I – Lista de Questões ... 34

!

Referências Bibliográficas ... 38

!

A PRESENTAÇÃO

Ol‡!

Meu nome Ž Tœlio Lages e, com imensa satisfa•‹o, serei o analista de Direito Constitucional do Passo EstratŽgico!

Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha experi•ncia profissional, acad•mica e como concurseiro:

Coordenador e Analista do Passo Estratégico - disciplinas: Direito Constitucional e Administrativo.

Coach do Estratégia Concursos.

Auditor do TCU desde 2012, tendo sido aprovado e nomeado para o mesmo cargo nos concursos de 2011 (14º lugar nacional) e 2013 (47º lugar nacional).

Ingressei na Administração Pública Federal como técnico do Serpro (38º lugar, concurso de 2005). Em seguida, tomei posse em 2008 como Analista Judiciário do Tribunal Superior do Trabalho (6º lugar, concurso de 2007), onde trabalhei até o início de 2012,

quando tomei posse no cargo de Auditor do TCU, que exerço atualmente.

Aprovado em inúmeros concursos de diversas bancas.

Graduado em Engenharia de Redes de Comunicação (Universidade de Brasília).

Graduando em Direito (American College of Brazilian Studies).

Pós-graduado em Auditoria Governamental (Universidade Gama Filho).

Pós-graduando em Direito Público (PUC-Minas).

0

(3)

Estou extremamente feliz de ter a oportunidade de trabalhar na equipe do ÒPassoÓ, porque tenho convic•‹o de que nossos relat—rios e simulados proporcionar‹o uma prepara•‹o DIFERENCIADA aos nossos alunos!

...

Ser‡ uma honra ajudar voc•s a alcan•ar a aprova•‹o no concurso para o cargo de TŽcnico - INSS, que teve seu œltimo concurso realizado pela banca Cespe.

Ent‹o, sem mais delongas, vamos ao relat—rio propriamente dito?!

I NTRODUÇÃO

Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) ÒDireitos e garantias fundamentais.

Direitos e deveres individuais e coletivos.Ó

Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o assunto possui import‰ncia Muito Alta.

Boa leitura!

A NÁLISE E STATÍSTICA

Para identificarmos estatisticamente quais assuntos s‹o os mais cobrados pela banca, classificamos todas as quest›es cobradas em provas de n’vel mŽdio, em concursos da esfera federal.

Com base na an‡lise estat’stica das quest›es colhidas (por volta de 629!), temos o seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o) tratado(s) neste relat—rio:

Assunto

% aproximado de cobran•a em provas de n’vel mŽdio realizadas pelo CESPE desde

2008

DGF (inclui remedios)

17,2%

Tabela 1

Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das provas do Cespe para cargos de n’vel mŽdio, que o assunto ÒDireitos e Deveres Individuais e ColetivosÓ possui import‰ncia muito alta, j‡ que foi cobrado em 17,2% das assertivas.

...

ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema, podem variar bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos assuntos:

==0==

(4)

% de Cobran•a Import‰ncia do Assunto

AtŽ 1,9%

Baixa a Mediana

De 2% a 4,9%

MŽdia

De 5% a 9,9%

Alta

10% ou mais

Muito Alta

Tabela 2

A NÁLISE DAS Q UESTÕES

O objetivo desta se•‹o Ž procurar identificar, por meio de uma amostra de quest›es de prova, como a banca cobra o(s) assunto(s), de forma a orientar o estudo dos temas.

1.(Cespe/2017/CBM-AL/OFICIAL) Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na Constitui•‹o Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.

No Estado brasileiro, Ž plena a liberdade de associa•‹o de seus cidad‹os, desde que para fins l’citos, sendo expressamente vedado qualquer tipo de associa•‹o de car‡ter paramilitar.

GABARITO: CERTO

A assertiva est‡ correta e transmite o comando previsto no art. 5¡, XVII, da CF/88:

Art. 5¡. (...)

XVII - Ž plena a liberdade de associa•‹o para fins l’citos, vedada a de car‡ter paramilitar;

2.(Cespe/2017/CBM-AL/OFICIAL) O Projeto de Lei Complementar n.¼ 148/2015, proveniente da C‰mara dos Deputados, prev• o fim da pris‹o disciplinar para policiais e bombeiros militares e est‡ pronto para ser votado pelo Plen‡rio do Senado Federal. Em 2016, a proposta foi aprovada pela Comiss‹o de Constitui•‹o, Justi•a e Cidadania do Senado (CCJ) e, segundo o relator, a inten•‹o do projeto Ž

(5)

garantir que os militares sejam punidos apenas por delitos graves. Internet:

<www.12.senado.leg.br> (com adapta•›es).

Considerando o assunto do texto precedente, que versa acerca da pris‹o de policiais e de bombeiros militares, julgue o item subsequente no que se refere ˆ disciplina constitucional acerca da matŽria.

A regra constitucional que restringe ˆs autoridades judici‡rias a compet•ncia para determinar a pris‹o excepciona os casos de transgress‹o militar ou crime propriamente militar, o que inclui as pris›es disciplinares de militares.

GABARITO: CERTO

De fato, a CF/88 ao tratar das pris›es excepciona os casos de crimes militares pr—prios e transgress‹o militar, vejamos:

Art. 5¡. (...)

LXI - ninguŽm ser‡ preso sen‹o em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judici‡ria competente, salvo nos casos de transgress‹o militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

3.(Cespe/2017/PM-AL/SOLDADO) Acerca dos direitos e garantias fundamentais, julgue o item a seguir.

A Constitui•‹o Federal de 1988 estabelece a pris‹o como medida excepcional, que, em regra, depende de flagrante delito ou de ordem escrita e fundamentada.

GABARITO: CERTO

ƒ isso mesmo: em regra as pris›es devem ser fundamentadas por ordem escrita do poder judici‡rio ou independente de ordem no caso de flagrante delito, exceto nos casos de transgress‹o militar ou crime militar propriamente dito.

Art. 5¡. (...)

LXI - ninguŽm ser‡ preso sen‹o em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judici‡ria competente, salvo nos casos de transgress‹o militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

4.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item que se segue.

O princ’pio da razo‡vel dura•‹o do processo e dos meios que garantam a celeridade de sua tramita•‹o n‹o alcan•a o inquŽrito policial em raz‹o das peculiaridades que envolvem o trabalho investigativo.

GABARITO: ERRADO

Para responder est‡ assertiva vamos dar uma olhada no art. 5¡, LXXVIII, da CF/88:

Art. 5¡. (...)

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LXXVIII a todos, no ‰mbito judicial e administrativo, s‹o assegurados a razo‡vel dura•‹o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita•‹o.

Logo, a garantia de dura•‹o razo‡vel do processo se aplica n‹o s— no ‰mbito judicial, mas tambŽm no ‰mbito administrativo, e o inquŽrito policial Ž procedimento administrativo, portanto, deve se submeter a tal princ’pio.

5.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) Julgue o pr—ximo item, acerca da responsabilidade do Estado perante a CF.

O erro judici‡rio consistente na pris‹o por prazo superior ao da condena•‹o atrai a responsabilidade civil do Estado.

GABARITO: CERTO

A CF/88 prev• expressamente a responsabilidade do Estado em indenizar aquele que for lesado por erro judici‡rio, bem como aquele que ficar na pris‹o mais tempo que o fixado na senten•a, sen‹o vejamos:

Art. 5¡. (...)

LXXV - o Estado indenizar‡ o condenado por erro judici‡rio, assim como o que ficar preso alŽm do tempo fixado na senten•a;

6.(Cespe/2015/DEPEN/AGENTE PENITENCIçRIO FEDERAL) A Constitui•‹o Federal de 1988 (CF) simboliza, sob o ponto de vista jur’dico-pol’tico, a consuma•‹o do processo de reconstru•‹o democr‡tica do Brasil. Direitos humanos e direitos fundamentais nela foram inscritos com tal vigor que lhe renderam a denomina•‹o de Constitui•‹o Cidad‹. ƒ nessa perspectiva de fortalecimento do esp’rito de cidadania que se devem situar programas, institui•›es e organismos como o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDHÐ3), a PNPS, o SNPS, o Conselho Nacional de Pol’tica Criminal e Penitenci‡ria e o Conselho Penitenci‡rio.

De acordo com os dispositivos constitucionais que abordam os direitos humanos e os direitos fundamentais, e considerando os objetivos e as diretrizes dos programas e —rg‹os acima mencionados, julgue o item.

Entre outras, assegura-se aos presos a garantia do respeito ˆ sua integridade moral.

GABARITO: CERTO

ƒ isso mesmo, consoante art. 5¡, XLIX da CF:

XLIX - Ž assegurado aos presos o respeito ˆ integridade f’sica e moral;

7.(Cespe/2015/DEPEN/AGENTE PENITENCIçRIO FEDERAL) Com rela•‹o ˆs caracter’sticas do preconceito como forma de viol•ncia e ˆ rela•‹o entre viol•ncia e paz na sociedade contempor‰nea, julgue o item que se segue.

A for•a do conservadorismo presente na sociedade brasileira impediu que a Constitui•‹o de 1988, mesmo que fortemente assinalada pelo esp’rito de cidadania,

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definisse como crime inafian•‡vel e imprescrit’vel a pr‡tica do racismo.

GABARITO: ERRADO

A CF/88 em seu art. 5¡, XLII, define como crime imprescrit’vel e inafian•‡vel a pratica do racismo:

Art. 5¡. (...)

XLII - a pr‡tica do racismo constitui crime inafian•‡vel e imprescrit’vel, sujeito ˆ pena de reclus‹o, nos termos da lei;

8.(Cespe/2015/TCU/ TƒCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Acerca dos direitos e garantias fundamentais individuais e coletivos resguardados pela Constitui•‹o Federal de 1988, julgue o item.

A casa Ž asilo inviol‡vel do indiv’duo, de modo que ninguŽm pode nela penetrar sem o consentimento do morador, salvo por determina•‹o judicial; nessa circunst‰ncia, a entrada poder‡ ocorrer em qualquer hor‡rio.

GABARITO: ERRADO

Por determina•‹o judicial, a casa s— pode ser adentrada sem consentimento do morador durante o dia, conforme art. 5¼, XI da CF:

Art. 5¡. (...)

XI - a casa Ž asilo inviol‡vel do indiv’duo, ninguŽm nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determina•‹o judicial;

9.(Cespe/2015/TCU/ TƒCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Acerca dos direitos e garantias fundamentais individuais e coletivos resguardados pela Constitui•‹o Federal de 1988, julgue o item.

No Brasil, Ž vedada a pena de morte em quaisquer situa•›es.

GABARITO: ERRADO

A Constitui•‹o Federal em regra n‹o admite a pena de morte, porŽm, no caso de guerra declarada tal pena poder‡ ser admitida, nos termos do art. 5¡, XLVII, al’nea a:

Art. 5. (...)

XLVII - n‹o haver‡ penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

10.(Cespe/2016/INSS/TƒCNICO DO SEGURO SOCIAL) A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir.

O direito ˆ vida desdobra-se na obriga•‹o do Estado de garantir ˆ pessoa o direito de continuar viva e de proporcionar-lhe condi•›es de vida digna.

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GABARITO: CERTO

A assertiva est‡ correta e cobra entendimento doutrin‡rio sobre o direito constitucional a vida, que pela doutrina majorit‡ria se desdobra no direito de n‹o ser morto ou privado da vida, ou seja, continuar vivo, bem como o direito a uma vida digna.

11.(Cespe/2016/TCE-PA/AUXILIAR TƒCNICO DE CONTROLE EXTERNO) No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, ˆ nacionalidade e aos direitos pol’ticos, julgue o item que se segue, tendo como refer•ncia as disposi•›es da CF.

Em caso de flagrante delito no interior do domic’lio de determinado indiv’duo, no per’odo noturno, a autoridade policial poder‡ adentr‡-lo independentemente de determina•‹o judicial.

GABARITO: CERTO

Para responder esta assertiva vamos dar uma olhada no art. 5¡, XI, da CF/88:

Art. 5¡. (...)

XI - a casa Ž asilo inviol‡vel do indiv’duo, ninguŽm nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determina•‹o judicial;

Assim, o flagrante delito Ž uma das exce•›es da inviolabilidade de domicilio e, diferente dos casos de ordem judicial, acontecendo o flagrante a autoridade poder‡

adentrar na resid•ncia mesmo no per’odo noturno.

12.(Cespe/2016/TCE-PA/AUXILIAR TƒCNICO DE CONTROLE EXTERNO) No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, ˆ nacionalidade e aos direitos pol’ticos, julgue o item que se segue, tendo como refer•ncia as disposi•›es da CF.

Depende de decis‹o judicial com tr‰nsito em julgado a suspens‹o das atividades de associa•‹o que tenha praticado alguma ilegalidade.

GABARITO: ERRADO

Vejamos o teor do art. 5¼, XIX, da CF/88:

Art. 5¼. (...)

XIX - as associa•›es s— poder‹o ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decis‹o judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o tr‰nsito em julgado;

Assim, apenas para a dissolu•‹o compuls—ria da associa•‹o que ser‡ necess‡rio o transito em julgado da decis‹o judicial e n‹o para a suspens‹o das atividades da mesma.

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13.(Cespe/2016/ANVISA/TƒCNICO ADMINISTRATIVO) Com rela•‹o aos direitos e garantias fundamentais, julgue o item que se segue.

Situa•‹o hipotŽtica: Um servidor pœblico federal ofereceu representa•‹o ao MinistŽrio Pœblico contra o presidente de uma grande empresa que lhe havia oferecido quantia indevida, a fim de obter favorecimento em um processo administrativo. O servidor apresentou como prova uma conversa telef™nica por ele gravada.

Assertiva: Nessa situa•‹o, em que pese a inexist•ncia de autoriza•‹o judicial, tal prova ser‡ considerada l’cita.

GABARITO: CERTO

A quest‹o exige conhecimento jurisprudencial, mais especificamente da jurisprud•ncia do STF, que possui entendimento que a grava•‹o telef™nica por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, constitui prova l’cita se houver investida criminosa daquele que est‡ sendo gravado.

14.(Cespe/2016/ANVISA/TƒCNICO ADMINISTRATIVO) Com rela•‹o aos direitos e garantias fundamentais, julgue o item que se segue.

Ë luz do princ’pio da dignidade humana, a CF estabelece que, ap—s a aprova•‹o por qualquer qu—rum durante o processo legislativo, todos os tratados e conven•›es sobre direitos humanos subscritos pelo Brasil passem a ter o status de norma constitucional.

GABARITO: ERRADO

A Constitui•‹o Federal prev• que os tratados e conven•›es internacionais sobre direitos humanos ter‹o status de emenda constitucional quando seguirem o rito legislativo pr—prio das emendas, conforme o art. 5¡, ¤ 3¼, da CF/88:

Art. 5¡. (...)

¤ 3¼ Os tratados e conven•›es internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por tr•s quintos dos votos dos respectivos membros, ser‹o equivalentes ˆs emendas constitucionais.

15.(Cespe/2014/SUFRAMA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Julgue o item a seguir no que se refere aos direitos e garantias fundamentais, ˆ organiza•‹o pol’tico-administrativa do Estado brasileiro e ˆ administra•‹o pœblica.

Caso JosŽ, servidor pœblico, responda a processo administrativo disciplinar, dever‡

ser assegurado a ele o contradit—rio e a ampla defesa, conforme garantia expressa da CF.

GABARITO: CERTO

A assertiva est‡ correta e transmite o comando previsto no art. 5¡, lV, da CF/88:

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Art. 5¡. (...)

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral s‹o assegurados o contradit—rio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

16.(Cespe/2014/SUFRAMA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Com base nas normas constitucionais relativas ao Poder Executivo, ˆ administra•‹o pœblica e aos direitos e garantias fundamentais, julgue o seguinte item.

A CF admite que tratados internacionais de direitos humanos, desde que aprovados por qu—rum especial no Congresso Nacional, sejam incorporados com a mesma hierarquia das emendas constitucionais, o que se coaduna com o princ’pio da preval•ncia dos direitos humanos que rege a Repœblica Federativa do Brasil em suas rela•›es internacionais.

GABARITO: CERTO

A assertiva est‡ correta e coaduna com o comando previsto no art. 5¡, ¤ 3¼, da CF/88:

Art. 5¡. (...)

¤ 3¼ Os tratados e conven•›es internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por tr•s quintos dos votos dos respectivos membros, ser‹o equivalentes ˆs emendas constitucionais.

17.(Cespe/2014/PF/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos direitos e ˆs garantias fundamentais, julgue o seguinte item.

O terrorismo, o racismo, a tortura e o tr‡fico il’cito de entorpecentes s‹o crimes hediondos, inafian•‡veis e insuscet’veis de gra•a e anistia.

GABARITO: ERRADO

Vamos dar uma olhada nos incisos XLII e XLIII do art. 5/ da CF/88:

Art. 5¡. (...)

XLII - a pr‡tica do racismo constitui crime inafian•‡vel e imprescrit’vel, sujeito ˆ pena de reclus‹o, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerar‡ crimes inafian•‡veis e insuscet’veis de gra•a ou anistia a pr‡tica da tortura, o tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evit‡-los, se omitirem;

Perceba que o racismo n‹o Ž considerado crime hediondo e nem Ž insuscet’vel de gra•a ou anistia, sendo apenas inafian•‡vel e imprescrit’vel.

Ademais a tortura e o tr‡fico il’cito de drogas n‹o s‹o crimes hediondos, como podemos ver pela reda•‹o do inciso.

18.(Cespe/2014/ANATEL/TƒCNICO ADMINISTRATIVO) A respeito do direito constitucional, julgue o item que se segue considerando que a sigla CF refere-se ˆ

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Constitui•‹o Federal de 1988.

Em respeito ao princ’pio da dignidade humana, previsto na CF, caso o Brasil seja signat‡rio de determinado tratado sobre direitos humanos, o referido tratado ser‡

recepcionado automaticamente como emenda constitucional.

GABARITO: ERRADO

A assertiva est‡ errada, pois, para que os tratado e conven•›es internacionais sejam recepcionados com status de emendas constitucionais no pa’s Ž necess‡rio que sejam aprovados pelas mesmas regras que devem passar os projetos de emenda a constitui•‹o, vejamos:

Art. 5¡. (...)

¤ 3¼ Os tratados e conven•›es internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por tr•s quintos dos votos dos respectivos membros, ser‹o equivalentes ˆs emendas constitucionais.

19.(Cespe/2014/ANATEL/TƒCNICO ADMINISTRATIVO) A respeito do direito constitucional, julgue o item que se segue considerando que a sigla CF refere-se ˆ Constitui•‹o Federal de 1988.

Um estrangeiro residente no Brasil, ap—s ir ao jogo da final da Copa do Mundo de 2014, foi preso pela pol’cia, durante uma briga, na sa’da do est‡dio. Nessa situa•‹o, independentemente da interven•‹o de qualquer autoridade consular de seu pa’s, o estrangeiro poder‡ impetrar diretamente um pedido de habeas corpus.

GABARITO: CERTO

A assertiva est‡ correta, pois, qualquer pessoa pode impetrar habeas corpus, nos casos em que este Ž cab’vel.

Assim, o estrangeiro n‹o necessitaria da interven•‹o da autoridade consular e nem mesmo de assist•ncia por advogado para lan•ar m‹o de tal a•‹o.

20.(Cespe/2013/MPU/TƒCNICO DO MPU) Com base no disposto na CF, julgue o item abaixo, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos.

A extradi•‹o de brasileiro, expressamente vedada em caso de brasileiro nato, Ž admitida em caso de brasileiro naturalizado que tenha cometido crime comum antes da naturaliza•‹o ou cujo envolvimento em tr‡fico il’cito de entorpecentes ou drogas afins tenha sido comprovado, ainda que ap—s a naturaliza•‹o.

GABARITO: CERTO

A assertiva est‡ correta e transmite exatamente o que diz o art. 5¡, LI, da CF/88:

Art. 5¼. (...)

LI - nenhum brasileiro ser‡ extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturaliza•‹o, ou de comprovado

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envolvimento em tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

O RIENTAÇÕES DE E STUDO (C HECKLIST ) E P ONTOS A D ESTACAR

A ideia desta se•‹o Ž apresentar uma espŽcie de checklist para o estudo da matŽria, de forma que o candidato n‹o deixe nada importante de fora em sua prepara•‹o.

Assim, se voc• nunca estudou os assuntos ora tratados, recomendamos que ˆ medida que for lendo seu curso te—rico, concomitantemente observe se prestou a devida aten•‹o aos pontos elencados aqui no checklist, de forma que o estudo inicial j‡ seja realizado de maneira bem completa.

Por outro lado, se voc• j‡ estudou os assuntos, pode utilizar o checklist para verificar se eventualmente n‹o h‡ nenhum ponto que tenha passado despercebido no estudo.

Se isso acontecer, realize o estudo complementar do assunto.

Voc• perceber‡ que o estudo completo do art. 5¼ da CF abrange o conhecimento de uma jurisprud•ncia muito vasta. Primeiramente, foque em compreender e memorizar a literalidade dos dispositivos constitucionais. Somente depois disso passe a compreender e memorizar a jurisprud•ncia, na seguinte ordem: 1) sœmulas vinculantes; 2) sœmulas; 3) demais precedentes.

1.! A exist•ncia de cinco grupos distintos de direitos fundamentais na CF:

direitos individuais e coletivos (art. 5¼), direitos sociais (arts. 6¼ a 11), direitos de nacionalidade (arts. 12 e 13), direitos pol’ticos (arts. 14 a 16) e direitos relacionados ˆ exist•ncia, organiza•‹o e participa•‹o dos partidos pol’ticos (art. 17).

2.! Aplica•‹o imediata das normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais (art. 5¼, ¤ 1¼), diferen•a para o conceito de normas de aplicabilidade imediata.

3.! A n‹o taxatividade da lista de direitos fundamentais, conforme CF/88, art.

5¼, ¤ 2¼.

4.! Hip—teses de restri•›es e suspens›es tempor‡rias de direitos fundamentais admitidas constitucionalmente: estado de defesa (art. 136, ¤ 1¼, I), estado de s’tio (art. 139). Observar quais direitos podem ser afetados em tais hip—teses. Atentar para a perman•ncia do princ’pio da inafastabilidade de jurisdi•‹o (art. 5¼, inciso XXXV) mesmo diante de tais cen‡rios de exce•‹o.

5.! A localiza•‹o, na pir‰mide de Kelsen, dos tratados e conven•›es internacionais incorporados ao ordenamento jur’dico brasileiro, em fun•‹o de seu conteœdo e de seu rito de aprova•‹o, consoante previsto na CF/88, art.

5¼, ¤¤ 2¼ e 3¼, bem como no entendimento do STF acerca do status supralegal dos tratados e conven•›es internacionais de direitos humanos aprovados pelo rito ordin‡rio, (RE 466.343 e RE 349.703). Observar que a

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compet•ncia do Presidentes da Repœblica para celebrar tratados e conven•›es internacionais (art. 84, VIII) e a do Congresso Nacional para referend‡-los e aprov‡-los posteriormente (art. 49, inciso I).

6.! A submiss‹o do Brasil ˆ jurisdi•‹o de Tribunal Penal Internacional no caso de ter manifestado ades‹o a sua cria•‹o (art. 5¼, ¤ 4¼) e o impacto na soberania do pa’s. Atentar para o fato de que o tribunal necessariamente deve possuir natureza ÒPENALÓ.

7.! Os estrangeiros e a possibilidade de serem titulares de direitos fundamentais, mesmo que n‹o residam no pa’s, ao contr‡rio da literalidade do art. 5¼, caput, conforme consenso doutrin‡rio e jurisprud•ncia do STF (HC 94.477, HC 94.016).

8.! A possibilidade de que, alŽm das pessoas naturais, as pessoas jur’dicas e o pr—prio Estado sejam titulares de direitos fundamentais, apesar de inexist•ncia de previs‹o constitucional expressa no art. 5¼, caput.

9.! Direitos fundamentais b‡sicos (art. 5¼, caput): direito ˆ vida; direito ˆ liberdade; direito ˆ igualdade; direito ˆ seguran•a; e direito ˆ propriedade.

10.! Princ’pio da igualdade (art. 5¼, caput e inciso I): igualdade na lei e perante a lei. Inexist•ncia de ofensa quando o pr—prio constituinte prev• casos de tratamento desigual (ex: art. 7¼, XX, art. 12, ¤ 3¼, art. 40, art. 179).

Possibilidade de tratamento diferenciado em raz‹o de grupo social, de sexo, de profiss‹o, de condi•‹o econ™mica, de idade etc., obedecido o princ’pio da razoabilidade. Pol’ticas de a•‹o afirmativa. Precedentes judiciais importantes:

10.1.! ÒN‹o viola a Constitui•‹o o estabelecimento de remunera•‹o inferior ao sal‡rio m’nimo para as pra•as prestadoras de servi•o militar inicialÓ1.

10.2.! ÒN‹o cabe ao Poder Judici‡rio, que n‹o tem fun•‹o legislativa, aumentar vencimentos de servidores pœblicos sob o fundamento de isonomiaÓ2.

11.! Princ’pio da legalidade (art. 5¼, inciso II): aplica•‹o a particulares a ao Poder Pœblico. Diferen•a entre lei e reserva legal. Reserva legal absoluta, relativa, simples e qualificada.

12.! Veda•‹o ˆ tortura e ao tratamento desumano ou degradante (art. 5¼, inciso III) Ð precedente importante:

12.1.! ÒS— Ž l’cito o uso de algemas em casos de resist•ncia e de fundado receio de fuga ou de perigo ˆ integridade f’sica pr—pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da pris‹o ou do ato processual a que se refere, sem preju’zo da responsabilidade civil do EstadoÓ3.

1 STF Ð Sœmula Vinculante 6.

2 STF Ð Sœmula Vinculante 37.

3 STF Ð Sœmula Vinculante 11.

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13.! Liberdade de express‹o, veda•‹o ao anonimato, direito de resposta, indeniza•‹o por dano material, moral ou ˆ imagem, direito de acesso ˆ informa•‹o, sigilo da fonte para o exerc’cio profissional (art. 5¼, incisos IV, V, IX e XIV): Atentar para a inviolabilidade da privacidade e da intimidade do indiv’duo e veda•‹o ao racismo como limites ˆ liberdade de express‹o.

Observar a inexist•ncia de conflito entre o sigilo da fonte e a veda•‹o ao anonimato.

14.! Liberdade de cren•a religiosa e convic•‹o pol’tica e filos—fica (art. 5¼, incisos VI a VIII). Observar que: a) o inciso VI trata de norma de efic‡cia contida;

b) h‡ possibilidade de perda ou suspens‹o de direitos pol’ticos daquele que se recusa a cumprir obriga•‹o a todos imposta ou presta•‹o alternativa estabelecida em lei (art. 15, inciso IV); c) os tr•s dispositivos se coadunam com o fato do Brasil ser um Estado laico, consoante art. 19, inciso I.

15.! Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas (art. 5¼, X).

16.! Inviolabilidade domiciliar (art. 5¼, XI): observar os requisitos que permitem a entrada no domicilio, inclusive sem o consentimento do morador. Atentar para o conceito de ÒcasaÓ.

17.! Inviolabilidade das correspond•ncias e das comunica•›es (art. 5¼, XII):

atentar para o fato de que n‹o somente as comunica•›es telef™nicas podem ser excepcionalmente violadas, conforme literalidade do dispositivo, mas tambŽm as demais formas de comunica•‹o mencionadas, uma vez que n‹o h‡ direitos garantias fundamentais de car‡ter absoluto. Notar a possibilidade de restri•‹o desse direito, tambŽm, no estado de defesa e de s’tio (arts.

136, ¤ 1¼ e 139). Atentar para os tr•s requisitos que permitem a intercepta•‹o das comunica•›es telef™nicas. Observar a diferen•a entre Òintercepta•‹o telef™nicaÓ, Òescuta telef™nicaÓ e Ògrava•‹o telef™nicaÓ.

18.! Liberdade de atividade profissional (art. 5¼, XIII): observar que se trata de norma de efic‡cia contida.

19.! Direito ao acesso ˆ informa•‹o e ao resguardo do sigilo da fonte de informa•‹o, quando necess‡rio ao exerc’cio profissional (art. 5¼, XIV): notar que o resguardo da fonte n‹o conflita com a veda•‹o ao anonimato (inciso IV do art.

5¼).

20.! Liberdade de locomo•‹o (art. 5¼, XV): notar a exig•ncia de Òtempo de pazÓ, a possiblidade de restri•‹o por meio de lei e, ainda, que a liberdade abrange tambŽm os bens, n‹o somente as pessoas.

21.! Liberdade de reuni‹o (art. 5¼, XVI): observar os requisitos para o exerc’cio do direito, bem como a possibilidade de restri•‹o ou atŽ suspens‹o de tal liberdade no caso de vig•ncia de estado de defesa (CF, art. 136, ¤ 1¼, I, ÒaÓ) ou de s’tio (CF, art. 139, IV). Atentar para o fato de o mandado de seguran•a ser o remŽdio constitucional cab’vel para a prote•‹o da liberdade de reuni‹o.

22.! Direito de associa•‹o (art. 5¼, XVII a XXI): atentar para a) as caracter’sticas das associa•›es e diferen•as em rela•‹o ˆs reuni›es; b) a independ•ncia de

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aquisi•‹o de personalidade jur’dica para a exist•ncia da associa•‹o; c) os requisitos para a liberdade plena de associa•‹o: finalidade l’cita e veda•‹o ao car‡ter paramilitar; d) a desnecessidade de autoriza•‹o do poder pœblico para a cria•‹o das associa•›es e, na forma da lei, de cooperativas (veja que s— Ž prevista lei nesse œltimo caso); d) a veda•‹o ˆ interfer•ncia estatal no funcionamento das associa•›es e funda•›es; e) a possibilidade de dissolu•‹o compuls—ria das associa•›es unicamente por meio de decis‹o judicial transitada em julgado; f) a possibilidade de suspens‹o das atividades das associa•›es unicamente por meio de decis‹o judicial (n‹o precisa que haja tr‰nsito em julgado); g) a impossibilidade que alguŽm seja obrigado a se associar ou a permanecer associado; h) a diferen•a entre representa•‹o processual e substitui•‹o processual, bem como para a possibilidade de as associa•›es representarem seus filiados, judicial e extrajudicialmente, desde que haja autoriza•‹o expressa, lembrando que tal autoriza•‹o n‹o pode ser substitu’da por uma autoriza•‹o genŽrica prevista em estatuto.

23.! Direito de propriedade (art. 5¼, XXII e XXIII): observar a) que tal direito Ž norma de efic‡cia contida; b) a necessidade de atendimento da fun•‹o social; e c) o atendimento da fun•‹o social por parte da propriedade urbana (art. 182, ¤ 2¼) e da rural (art. 186).

24.! Desapropria•‹o (art. 5¼, XXIV): observar a) as tr•s hip—teses de desapropria•‹o (necessidade pœblica, utilidade pœblica ou interesse social); b) a prŽvia e justa indeniza•‹o em dinheiro como regra geral de indeniza•‹o; e c) as hip—teses de desapropria•‹o que n‹o se d‹o mediante prŽvia e justa indeniza•‹o em dinheiro (para fins de reforma agr‡ria Ð art. 184 -, de im—vel urbano n‹o- edificado que n‹o cumpriu sua fun•‹o social Ð art. 182, ¤ 4¼, III - e confiscat—ria Ð art. 243).

25.! Requisi•‹o administrativa (art. 5¼, XXV): observar a) as caracter’sticas da requisi•‹o administrativa (direito fundamental de titularidade do Estado;

necessidade de perigo pœblico iminente; compulsoriedade para o particular;

gratuidade da cess‹o; indeniza•‹o somente em caso de dano); e b) a possibilidade de requisi•‹o de bens no estado de s’tio (art. 139, VII).

26.! Garantia da impenhorabilidade da pequena propriedade rural (art. 5¼, XXVI): observar a) os requisitos para que haja garantia (explora•‹o econ™mica do bem pela fam’lia e origem na atividade produtiva do dŽbito que causou a penhora); e b) a previs‹o de reserva legal para defini•‹o de pequena propriedade rural e para disposi•‹o sobre os meios de financiar o desenvolvimento de tal propriedade.

27.! Direito do autor (art. 5¼, XXVII e XXVIII): observar que o direito Ž assegurado ao autor enquanto viver, mas apenas temporariamente aos herdeiros (limita•‹o temporal fixada em lei).

28.! Direito de propriedade industrial (art. 5¼, XXIX): observar que os autores de inventos industriais possuem privilŽgio tempor‡rio para sua utiliza•‹o, ao contr‡rio dos direitos autorais, que s‹o assegurados ao autor de forma vital’cia (inciso XXVIII).

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29.! Direito de heran•a (art. 5¼, XXX e XXXI): atentar para o fato que a) tal direito n‹o impede a incid•ncia de tributos sobre o valor dos bens transferidos (imposto sobre transmiss‹o causa mortis Ð art. 155, inciso I); b) no que diz respeito ˆ sucess‹o de bens de estrangeiros situados no Brasil, entre a lei brasileira e a lei do pa’s do Òde cujusÓ (falecido), aplica-se a mais favor‡vel ao c™njuge e aos filhos brasileiros.

30.! Defesa do consumidor (art. 5¼, XXXII): notar a) que se trata de norma de efic‡cia limitada; b) que a defesa do consumidor Ž tambŽm um princ’pio da ordem econ™mica (art. 170, V); e c) que o art. 48 do ADCT estipulou prazo para a elabora•‹o de um c—digo de defesa do consumidor.

31.! Direito ˆ informa•‹o (art. 5¼, XXXIII): observar que tal direito encontra limites a) no caso de informa•›es cujo sigilo seja imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado; b) nas informa•›es pessoais protegidas pelo art. 5¼ inciso X. Atentar para o fato de que o mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional apto a tutelar tal direito (e n‹o o habeas data). Precedentes importantes:

31.1.! Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de defesaÓ4.

32.! Direito de peti•‹o (art. 5¼, XXXIV, ÒaÓ): atentar para a) as finalidades do instrumento da peti•‹o; b) a legitima•‹o universal, a gratuidade e a natureza n‹o-jurisdicional do direito; c) a diferen•a entre o direito de a•‹o e o direito de peti•‹o; d) a diferen•a entre direito de peticionar e o de postular em ju’zo; e e) o fato de que o mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional apto a tutelar tal direito (e n‹o o habeas data). Precedentes importantes:

32.1.! Òƒ inconstitucional a exig•ncia de dep—sito ou arrolamento prŽvios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativoÓ5.

33.! Direito de certid‹o (art. 5¼, XXXIV, ÒbÓ): atentar para a) as finalidades do direito; b) a gratuidade direito ˆ obten•‹o de certid›es; e c) o fato de que o mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional apto a tutelar tal direito (e n‹o o habeas data).

34.! Princ’pio da inafastabilidade de jurisdi•‹o (art. 5¼, XXXV): atentar para a) o conceito e caracter’sticas do princ’pio; b) as situa•›es que fogem ˆ aprecia•‹o judicial; c) as situa•›es excepcionais em que Ž exigido o prŽvio esgotamento ou, pelo menos, a utiliza•‹o inicial da via administrativa como condi•‹o para que o Poder Judici‡rio seja acionado (i. habeas data, conforme STF Ð RHD 22/DF; ii.

controvŽrsias desportivas, conforme art. 217, ¤ 1¼ da CF; iii. reclama•‹o contra o descumprimento de Sœmula Vinculante pela Administra•‹o Pœblica, conforme Lei 11.417/2006, art. 7, ¤ 1¼; e iv. a•‹o judicial requerendo a concess‹o de benef’cio previdenci‡rio, conforme STF Ð RE 631.240/MG); d) a inexist•ncia, como regra geral, da jurisdi•‹o condicionada ou inst‰ncia administrativa de curso for•ado no

4 STF Ð Sœmula Vinculante 14.

5 STF Ð Sœmula Vinculante 21.

(17)

Brasil; e) a possibilidade de que o legislador estipule regras para o ingresso do pleito na esfera jurisdicional; f) a inexist•ncia de garantia de gratuidade universal no acesso aos tribunais; g) a inexist•ncia de obrigatoriedade de duplo grau de jurisdi•‹o como princ’pio absoluto. Precedentes importantes:

34.1.! Òƒ inconstitucional a exig•ncia de dep—sito prŽvio como requisito de admissibilidade de a•‹o judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crŽdito tribut‡rioÓ6.

35.! Prote•‹o ao direito adquirido, ˆ coisa julgada e ao ato jur’dico perfeito Ð garantia da irretroatividade das leis (art. 5¼, XXXVI): atentar para a) o conceito de direito adquirido e sua diferen•a para a Òexpectativa de direitoÓ; b) o conceito de coisa julgada; c) conceito de ato jur’dico perfeito; d) o prest’gio ˆ seguran•a jur’dica conferido pela garantia da irretroatividade das leis; e) a possibilidade retroatividade de leis mais benŽficas; f) a abrang•ncia do voc‡bulo ÒleiÓ; e g) as situa•›es nas quais n‹o Ž cab’vel invocar-se direito adquirido (i. normas constitucionais origin‡rias, ii. mudan•a do padr‹o monet‡rio, iii. cria•‹o ou aumento de tributos e iv. mudan•a de regime jur’dico estatut‡rio).

36.! Princ’pio do juiz natural (art. 5¼, XXXVII e LIII): atentar para a) o conceito do princ’pio; b) o impedimento da cria•‹o de ju’zos de exce•‹o ou Òad hocÓ; c) o alcance do princ’pio, tanto para quem julga, quanto para quem ser‡ julgado; d) o respeito absoluto respeito ˆs regras objetivas de determina•‹o de compet•ncia como decorr•ncia desse princ’pio.

37.! Jœri popular (art. 5¼, XXXVIII): atentar para a) compet•ncia do tribunal do jœri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (al’nea ÒdÓ), que n‹o alcan•a os detentores de foro especial por prerrogativa de fun•‹o previsto na CF;

b) conceito de plenitude de defesa (al’neas ÒaÓ a ÒcÓ); c) a possibilidade de recurso em face de decis‹o do tribunal do jœri; d) a possibilidade de amplia•‹o da compet•ncia do tribunal do jœri por meio de lei. Precedentes importantes:

37.1.! ÒA compet•ncia constitucional do Tribunal do Jœri prevalece sobre o foro por prerrogativa de fun•‹o estabelecido exclusivamente pela Constitui•‹o estadualÓ7.

38.! Princ’pios da legalidade penal, da irretroatividade da lei penal e da retroatividade da lei penal mais favor‡vel (art. 5¼, XXXIX e XL): atentar para a) a compet•ncia da Uni‹o para legislar sobre Direito Penal, impossibilitando que os demais entes tipifiquem crimes (art. 22, I); b) a impossibilidade de que medidas provis—rias definam crimes e cominem penas, em raz‹o do impedimento previsto no art. 62, ¤ 1¼, I, ÒbÓ; e c) o entendimento doutrin‡rio de que normas penais em branco n‹o violam o princ’pio da reserva legal.

39.! Mandados de criminaliza•‹o (art. 5¼, XLI a XLIV): distinguir bem quais dos crimes previstos s‹o inafian•‡veis, imprescrit’veis, sujeitos ˆ pena de reclus‹o, insuscet’veis de gra•a ou anistia, nos termos dos dispositivos destacados; atentar para a) a compet•ncia para conceder indulto e comutar penas ser do Presidente

6 STF Ð Sœmula Vinculante 28.

7 STF Ð Sœmula Vinculante 45.

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da Repœblica, deleg‡vel aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Repœblica e ao Advogado-Geral da Uni‹o (art. 84, XII e par‡grafo œnico); a necessidade de lei para que seja concedida anistia (art. 48, VIII).

40.! Princ’pio da intransmissibilidade da pena Ð ou da pessoalidade da pena (art.

5¼, XLV): atentar para a) o conceito do princ’pio; e b) a possibilidade e o limite de alcance dos sucessores em caso de obriga•‹o de repara•‹o de dano e de decreta•‹o do perdimento de bens.

41.! Princ’pio da individualiza•‹o da pena (art. 5¼, XLVI): observar que a) a lei poder‡ criar novas penas, j‡ que trata-se de rol constitucional n‹o-exaustivo; b) h‡ necessidade de a lei penal considerar as caracter’sticas pessoais do infrator.

Precedentes importantes:

41.1.! ÒPara efeito de progress‹o de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o ju’zo da execu•‹o observar‡ a inconstitucionalidade do art. 2¼ da Lei n¼ 8.072, de 25 de julho de 1990, sem preju’zo de avaliar se o condenado preenche, ou n‹o, os requisitos objetivos e subjetivos do benef’cio, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realiza•‹o de exame criminol—gicoÓ8.

42.! Penas inaplic‡veis (art. 5¼, XLVII): atentar para a) a possibilidade de pena de morte em caso de guerra declarada (art. 84, XIX); b) o fato de que a pena de banimento n‹o se confundir com a expuls‹o de estrangeiro, que Ž admitida no ordenamento jur’dico brasileiro; e c) as penas admitidas: i. Priva•‹o ou restri•‹o de liberdade; ii. Perda de bens; iii. Multa; iV. Presta•‹o social alternativa; e v.

Suspens‹o ou interdi•‹o de direitos).

43.! Execu•‹o penal individualizada (art. 5¼, XLVIII): atentar que os fatores a serem considerados para distinguir os estabelecimentos s‹o i. a natureza do delito, ii. a idade do apenado; e iii. o sexo do apenado.

44.! Garantia do respeito ˆ integridade f’sica e moral dos presos (art. 5¼, XLIX):

observar o objetivo da garantia Ð assegurar que certos direitos fundamentais permane•am garantidos aos indiv’duos mesmo quando presos.

45.! Garantia de que as presidi‡rias tenham condi•›es de permanecer com seus filhos durante o per’odo de amamenta•‹o (art. 5¼, L): observar que se trata de dupla garantia: ao mesmo tempo em que assegura ˆs m‹es o direito ˆ amamenta•‹o e ao contato com o filho, permite que a crian•a tenha acesso ao leite materno.

46.! Extradi•‹o (art. 5¼, LI e LII): atentar para a) a diferen•a entre extradi•‹o ativa e passiva; b) a veda•‹o absoluta de extradi•‹o de brasileiro nato e a possiblidade da extradi•‹o de brasileiro naturalizado, diante de determinadas hip—teses; c) o fato de que, na hip—tese de crime comum, s— Ž poss’vel a extradi•‹o do brasileiro naturalizado se o crime for cometido antes da naturaliza•‹o. J‡ na hip—tese de envolvimento em tr‡fico il’cito de entorpecentes, a extradi•‹o do brasileiro naturalizado pode acontecer mesmo que tal envolvimento se d• ap—s a naturaliza•‹o. Perceba, assim, que a Constitui•‹o

8 STF Ð Sœmula Vinculante 26.

(19)

considera mais reprov‡vel o envolvimento em tr‡fico il’cito de entorpecentes que a pr‡tica de crime comum, j‡ que no primeiro caso, pode ensejar extradi•‹o mesmo que o envolvimento ocorra ap—s a naturaliza•‹o; d) a impossibilidade de o estrangeiro ser extraditado por crime pol’tico ou de opini‹o; e) o fato de que as regras de extradi•‹o do brasileiro naturalizado s‹o tambŽm aplic‡veis ao portugu•s equiparado (art. 12, ¤ 1¼); e) a compet•ncia do STF para processar e julgar o pedido de extradi•‹o feito por Estado estrangeiro Ð ou seja, extradi•›es passivas (art. 102, I, ÒgÓ); f) a compet•ncia do Presidente da Repœblica para entregar o extraditando ao Estado requerente (art. 84, VII), e sua vincula•‹o ou n‹o ˆ decis‹o do STF; g) a compatibilidade entre os institutos do asilo pol’tico (art. 4¼, X) e da extradi•‹o passiva; e h) conceito de refœgio.

47.! Princ’pio do devido processo legal Ð due processo of law (art. 5¼, LIV):

atentar para a) os aspectos formal e material do devido processo legal; b) o princ’pio do devido processo legal ser a sede material do princ’pio da proporcionalidade; c) os tr•s elementos do princ’pio da proporcionalidade (adequa•‹o, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito); e d) o princ’pio da proporcionalidade como par‰metro de aferi•‹o da constitucionalidade das leis, com vistas ao impedimento de imposi•‹o de restri•›es abusivas, desnecess‡rias, inadequadas e desproporcionais.

48.! Garantias do contradit—rio e da ampla defesa (art. 5¼, LV): atentar para a) conceito de contradit—rio; b) conceito de ampla defesa; c) o fato de tais garantias serem corol‡rios do princ’pio do devido processo legal; Precedentes importantes:

48.1.! ÒNos processos perante o TCU asseguram-se o contradit—rio e a ampla defesa quando da decis‹o puder resultar anula•‹o ou revoga•‹o de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a aprecia•‹o da legalidade do ato de concess‹o inicial de aposentadoria, reforma e pens‹oÓ9.

48.2.! ÒA falta de defesa tŽcnica por advogado no processo administrativo disciplinar n‹o ofende a Constitui•‹oÓ10.

48.3.! "ƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de defesa"11.

48.4.! Òƒ inconstitucional a exig•ncia de dep—sito ou arrolamento prŽvios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativoÓ12.

48.5.! Òƒ inconstitucional a exig•ncia de dep—sito prŽvio como requisito de admissibilidade de a•‹o judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crŽdito tribut‡rioÓ13.

48.6.! As garantias da ampla defesa e do contradit—rio n‹o se aplicam na fase do inquŽrito policial ou civil14.

9 STF Ð Sœmula Vinculante 3.

10 STF Ð Sœmula Vinculante 5.

11 STF Ð Sœmula Vinculante 14.

12 STF Ð Sœmula Vinculante 21.

13 STF Ð Sœmula Vinculante 28.

(20)

49.! Veda•‹o ˆs provas il’citas (art. 5¼, LVI): atentar para a) o conceito de provas ilegais, provas il’citas e provas ileg’timas; b) a compreens‹o da teoria dos frutos da ‡rvore envenenada; e c) a inaplicabilidade das provas il’citas tanto em processos judiciais, quanto em administrativos.

50.! Princ’pio da presun•‹o da inoc•ncia (art. 5¼, LVII): atentar para o princ’pio do in dubio pro reo como decorr•ncia da presun•‹o da inoc•ncia.

51.! Identifica•‹o criminal do civilmente identificado (art. 5¼, LVIII): observar que se trata de norma de efic‡cia contida, de modo que a lei pode trazer hip—teses de identifica•‹o criminal mesmo quando o indiv’duo j‡ foi identificado civilmente.

52.! A•‹o penal subsidi‡ria da pœblica (art. 5¼, LIX): observar a compet•ncia no MinistŽrio Pœblico para promover, privativamente, a a•‹o penal pœblica, na forma da lei (art. 129, I) e a possibilidade de a•‹o privada caso aquela n‹o seja intentada no prazo legal (ou seja, quando h‡ inŽrcia do MinistŽrio Pœblico).

53.! Publicidade dos atos processuais (art. 5¼, LX): observar que a publicidade dos atos processuais Ž a regra, s— podendo ser restringida por lei em raz‹o de apenas duas exig•ncias: defesa da intimidade ou interesse social.

54.! Hip—teses constitucionais que possibilitam a pris‹o (art. 5¼, LXI e LXVI):

atentar a) para as hip—teses que dispensam ou n‹o ordem judicial; b) que qualquer pessoa pode realizar pris‹o em flagrante delito; c) para a possibilidade de pris‹o administrativa, sem necessidade de prŽvia autoriza•‹o judicial, durante os estados de defesa e de s’tio (arts. 136, ¤ 1¼ e 139); d) para a impossibilidade de pris‹o em flagrante do Presidentes da Repœblica (CF, art. 86, ¤ 3¼); e) que os congressistas e deputados estaduais s— poder‹o ser presos no caso de flagrante de crime inafian•‡vel (CF, art. 53, ¤ 2¼ c/c art. 27, ¤ 1¼).

55.! Demais direitos dos presos e de acusados (art. 5¼, LXII a LXV): atentar a) que os dispositivos possuem o objetivo de evitar arbitrariedades e abusos por parte da autoridade policial de de seus agentes; b) que o direito ˆ n‹o autoincrimina•‹o (direito de permanecer em sil•ncio e de n‹o produzir provas contra si mesmo) abrange qualquer pessoa, mesmo n‹o presa, que, na condi•‹o de indiciada ou de acusado, presta depoimento perante —rg‹os de quaisquer dos Poderes. Precedentes importantes:

55.1.! ÒS— Ž l’cito o uso de algemas em casos de resist•ncia e de fundado receio de fuga ou de perigo ˆ integridade f’sica pr—pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da pris‹o ou do ato processual a que se refere, sem preju’zo da responsabilidade civil do EstadoÓ15.

56.! Pris‹o civil por d’vida (art. 5¼, LXVII): atentar a) que apesar de a CF autorizar a pris‹o civil por d’vida do deposit‡rio infiel, esta n‹o Ž mais aplic‡vel no ordenamento jur’dico brasileiro em raz‹o da ratifica•‹o, pelo Brasil, do Pacto

14 STF Ð Re 481.955 AgR.

15 STF Ð Sœmula Vinculante 11.

0

(21)

Internacional dos Direitos Civis e Pol’ticos e da Conven•‹o Americana sobre Direito humanos Ð Pacto de San JosŽ da Costa Rica Ð observar que n‹o houve revoga•‹o da norma constitucional pelo tratado internacional, mas sim o impedimento da legisla•‹o infraconstitucional ordenar tal modalidade de pris‹o em raz‹o da supralegalidade do tratado; e b) que a œnica hip—tese de pris‹o civil por d’vida Ž a que ocorre em virtude do inadimplemento volunt‡rio e inescus‡vel de obriga•‹o aliment’cia. Precedentes importantes:

56.1.! Òƒ il’cita a pris‹o civil do deposit‡rio infiel, qualquer que seja a modalidade de dep—sitoÓ16.

57.! Assit•ncia jur’dica integral e gratuita (art. 5¼, LXXIV): observar a) que tal direito s— Ž conferido aos que comprovarem insufici•ncia de recursos; b) que cabe ˆ Defensoria Pœblica a presta•‹o da assist•ncia jur’dica integral e gratuita (art.

134).

58.! Indeniza•‹o por erro judici‡rio e por manuten•‹o da pris‹o por tempo superior ao fixado na senten•a (art. 5¼, LXXV): atentar a) que, como regra, a responsabilidade civil do Estado ocorre no exerc’cio da Administra•‹o Pœblica (de qualquer dos Poderes), ao contr‡rio das atividades legislativa e jurisdicional, em que a regra Ž a inexist•ncia de responsabilidade civil do Estado; b) que o erro judici‡rio aludido diz respeito unicamente ˆ esfera penal; e c) que a responsabilidade do Estado por manuten•‹o da pris‹o por tempo superior ao fixado na senten•a n‹o decorre de ato jurisdicional, mas sim de falha na atua•‹o administrativa

59.! Gratuidade do Registro Civil de Nascimento e da Certid‹o de îbito (art. 5¼, LXXVI): atentar a) que tal direito s— foi constitucionalmente conferido aos hipossuficientes, na forma da lei; b) que a lei pode estender esse direito a outros cidad‹os (n‹o somente pobres); e c) que tal direito s— abrange as certid›es de nascimento e —bito (e n‹o de casamento, por exemplo).

60.! Princ’pio da celeridade processual (art. 5¼, LXXVIII): observar que tal princ’pio a) Ž aplic‡vel tanto aos processos judiciais, quanto aos administrativos;

b) busca evitar dila•›es indevidas e demoras excessivas na resolu•‹o de lit’gios por parte do Estado.

RemŽdios Constitucionais

1.! RemŽdios constitucionais (art. 5¼, incisos LXVIII, LXIX, LXX, LXXI, LXXII, LXXIII e LXXVII) - observar, para cada um deles:

a) sua finalidade e o bem jur’dico tutelado;

b) seus legitimados ativos e passivos;

c) sua natureza (se c’vel ou penal);

16 STF Ð Sœmula Vinculante 25.

(22)

d) se Ž isento de custas;

e) se Ž poss’vel medida liminar;

f) se possui car‡ter preventivo e/ou repressivo;

g) a compet•ncia para seu julgamento;

h) se h‡ necessidade de advogado para impetra•‹o;

i) as situa•›es em que Ž incab’vel;

j) o papel do MinistŽrio Pœblico na a•‹o;

k) se h‡ prazo decadencial ou prescricional.

2.! Habeas corpus (art. 5¼, LXVIII) - atentar:

a) que para ser cab’vel, deve haver pelo menos uma ofensa indireta ao direito de locomo•‹o;

b) que em caso de estado de defesa (art. 136) ou de estado de s’tio (art.

139), poder‡ haver limita•‹o (e n‹o supress‹o) do habeas corpus;

c) que n‹o caber‡ habeas corpus contra puni•›es disciplinares militares (art.

142, ¤ 2¼);

d) para sua gratuidade a todos, n‹o somente aos reconhecidamente pobres (art. 5¼, LXXVII).

3.! Mandados de seguran•a individual e coletivo (art. 5¼, incisos LXIX e LXX) Ð atentar:

a) que o mandado de seguran•a possui car‡ter residual e Ž cab’vel tanto contra atos vinculados (ÒilegalidadeÓ), quanto contra atos discricion‡rios (Òabuso de poderÓ);

b) que o direito violado deve ser l’quido e certo;

c) que a decis‹o concess—ria de medida cautelar est‡ sujeita ao reexame necess‡rio;

d) que o mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional que protege o direito de certid‹o;

e) que no mandado de seguran•a coletivo, a exig•ncia de um ano de constitui•‹o e funcionamento (al’nea ÒbÓ do inciso LXX) Ž aplic‡vel apenas ˆs associa•›es;

f) que no mandado de seguran•a coletivo, os legitimados ativos atuam como substitutos processuais, que n‹o precisam de autoriza•‹o expressa dos titulares do direito para agir;

g) para a Lei 12.016/2009, com •nfase nos seguintes dispositivos: arts 1¼; 2¼;

3¼, caput; 5¼; 7¼, ¤ 2¼; 14, ¤ 1¼; 20, caput; 21; e 22. N‹o se preocupe em memorizar eventuais prazos estipulados na lei (exceto os prescricionais ou decadenciais).

(23)

4.! Mandado de injun•‹o (art. 5¼, inciso LXXI) - atentar:

a) que tal remŽdio Ž aplic‡vel contra a omiss‹o tanto total quanto parcial na regulamenta•‹o de normas constitucionais de efic‡cia limitada;

b) que para os pressupostos que possibilitam o mandado de injun•‹o;

c) que para as correntes concretista (geral e individual) e n‹o concretista acerca da efic‡cia da decis‹o em sede de mandado de injun•‹o, bem como para a corrente adotada pelo STF;

d) que n‹o cabe mandado de injun•‹o se j‡ houver norma regulamentadora do direito constitucional, mesmo que esta seja defeituosa;

e) que n‹o cabe mandado de injun•‹o se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional;

f) que n‹o cabe mandado de injun•‹o diante da falta de regulamenta•‹o dos efeitos de medida provis—ria ainda n‹o convertida em lei pelo Congresso Nacional;

g) que n‹o cabe mandado de injun•‹o se n‹o houver obrigatoriedade de regulamenta•‹o do direito constitucional, mas mera faculdade do legislador;

h) que n‹o Ž cab’vel medida liminar em mandado de injun•‹o17;

i) para a possibilidade de mandado de injun•‹o coletivo, para prote•‹o dos direitos, as liberdades e as prerrogativas pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria18;

j) para a Lei 13.300/2016, com •nfase nos seguintes dispositivos: arts. 1¼; 2¼;

3¼; 8¼; 9¼; 11; 12; e 13. N‹o se preocupe em memorizar eventuais prazos estipulados na lei (exceto os prescricionais ou decadenciais).

5.! Habeas data (art. 5¼, inciso LXXII) - atentar:

a) que se trata de a•‹o personal’ssima, n‹o podendo ser utilizado com a finalidade de acessar informa•›es de terceiros;

b) que n‹o cabe habeas data quando a informa•‹o a ser acessada consta de bancos de dados de car‡ter privado;

c) que o habeas data s— pode ser impetrado ap—s o indeferimento do pedido de informa•›es de dados pessoais, ou da omiss‹o em atend•-lo19;

d) que tal a•‹o n‹o se sujeita a decad•ncia ou prescri•‹o;

e) que tal a•‹o possui prioridade sobre todos os atos processuais, com exce•‹o do habeas corpus e do mandado de seguran•a;

f) para a Lei 9.507/1997, com •nfase nos seguintes dispositivos: arts. 1¼,

17 STF Ð MI-MC 4.060/DF.

18 Lei 13.300/2016, art. 12, par‡grafo œnico.

19 Lei 9.507/1997, art. 8¼.

(24)

par‡grafo œnico; 2¼; 3¼; 4¼; 7¼; 8¼, par‡grafo œnico; e 19, caput). N‹o se preocupe em memorizar eventuais prazos estipulados na lei (exceto os prescricionais ou decadenciais).

6.! A•‹o popular (art. 5¼, inciso LXXIII) Ð atentar:

a) que somente o cidad‹o (pessoa f’sica em pleno gozo dos direitos civis e pol’ticos) pode impetrar a a•‹o, ou seja, n‹o Ž qualquer pessoa;

b) para os diversos papeis poss’veis do MinistŽrio Pœblico na a•‹o;

c) para a inexist•ncia foro por prerrogativa de fun•‹o em a•‹o popular;

d) que se comprovada sua m‡ fŽ, o autor fica obrigado ao pagamento das custas judiciais e o ™nus da sucumb•ncia;

e) que a senten•a que julgue improcedente a•‹o popular est‡ sujeita ao duplo grau de jurisdi•‹o obrigat—rio;

f) para a Lei 4.717/1965, com •nfase nos seguintes dispositivos: arts. 1¼; 6¼;

9¼; 19; 20 e 21. N‹o se preocupe em memorizar eventuais prazos estipulados na lei (exceto os prescricionais ou decadenciais).

Q UESTIONÁRIO DE R EVISÃO

A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel realizar uma revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso para todos os t—picos do edital, um pouquinho a cada relat—rio!

ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O leitor pode, por exemplo:

1.!ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;

2.!ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o mais r‡pida;

3.!eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.

***Question‡rio - somente perguntas***

1)! O rol de Direitos Fundamentais previsto no T’tulo II da CF Ž exaustivo?

2)! O direito ˆ vida abrange apenas a vida extrauterina?

3)! O direito ˆ vida Ž absoluto?

4)! O que determina o princ’pio da igualdade (CF, art. 5¼, inciso I)?

5)! Qual a diferen•a entre Òigualdade na leiÓ e Òigualdade perante a leiÓ?

6)! Qual a diferen•a entre reserva legal absoluta e reserva legal relativa?

(25)

7)! Qual a diferen•a entre reserva legal simples e reserva legal qualificada?

8)! A Administra•‹o Pœblica pode realizar presta•‹o religiosa?

9)! A liberdade de express‹o Ž absoluta?

10)!As Comiss›es Parlamentares de InquŽrito (CPIs), instauradas em qualquer esfera de governo, podem determinar a quebra de sigilo banc‡rio e fiscal?

11)!Qual o conceito de ÒcasaÓ para fins de aplica•‹o do princ’pio da inviolabilidade domiciliar (art. 5¼, XI)?

12)!ƒ poss’vel adentrar ˆ casa, sem consentimento do morador, para prestar socorro, durante a noite?

13)!Quais os requisitos que possibilitam a intercepta•‹o das comunica•›es telef™nicas?

14)!Todos os of’cios ou profiss›es podem ser condicionadas ao cumprimento de condi•›es legais para o seu exerc’cio, com base no inciso XIII, art. 5¼ da CF?

15)!ƒ poss’vel a realiza•‹o de ÒMarcha de MaconhaÓ, desde que possua finalidade pac’fica, ocorra em local aberto ao pœblico, n‹o frustre outra reuni‹o anteriormente convocada para o mesmo local e seja previamente autorizada pela autoridade competente?

16)!Caso a autoridade competente use propriedade particular, no caso de iminente perigo pœblico, dever‡ indenizar o propriet‡rio?

17)!A pequena propriedade rural trabalhada pela fam’lia pode ser objeto de penhora para pagamento de dŽbitos estranhos ˆ sua atividade produtiva?

18)!A CF assegura a compet•ncia do jœri para o julgamento dos crimes culposos contra a vida e a intimidade, sendo que a vota•‹o deve ser aberta?

19)!ƒ poss’vel a defini•‹o de crimes por meio de medida provis—ria?

20)!A lei penal pode retroagir, mesmo que acabe prejudicando o rŽu?

21)!Qual a pena a ser aplicada ao crime de racismo?

22)!Quais s‹o os crimes inafian•‡veis e insuscet’veis de gra•a ou anistia, nos termos da CF?

23)!Quem deve responder pelos crimes hediondos?

24)!Quais as penas vedadas pela CF?

25)!O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em caso de crime de furto cometido ap—s a naturaliza•‹o?

26)!A lei pode prever hip—teses de identifica•‹o criminal mesmo quando o indiv’duo j‡ foi identificado civilmente?

Referências

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