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Academic year: 2021

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1 - Apresentação do programa

 EMENTA: Histórico do Futsal e contextualização de sua prática como elemento da

cultura do movimento no Brasil. Aspectos biopsicossociais associados ao Futsal. Dimensão competitiva e formativa do Futsal na escola.

 OBJETIVO GERAL: Compreender e analisar as possibilidades pedagógicas do ensino do

Futsal na Educação Básica, situando-o como elemento da cultura corporal e como conteúdo nas aulas de educação física na escola.

 OBJETIVO ESPECÍFICO:

 Identificar e descrever o processo de evolução histórica do Futsal, contextualizando sua representação dentro da cultura das atividades físico-esportivas.

 Analisar as principais regras do Futsal, de modo a adaptá-las às situações contextualizadas de ensino.

 Analisar a realidade escolar e as possibilidades pedagógicas do ensino do Futsal como um dos elementos da construção de um aluno autônomo e crítico.

 Conhecer técnicas, táticas e metodologias de ensino do Futsal, analisando suas possibilidades de aplicação na Educação Física escolar.

OBS: Para melhor poder se entender os objetivos e a proposta desta disciplina, no curso de licenciatura, vale à pena citarmos a classificação de Tubino (2001), que diferenciou a prática desportiva de três maneiras: O educação, o participação e o esporte-performance.

Através desta classificação é possível verificarmos a diferença de objetivo, e conseqüentemente de metodologia, que um mesmo conteúdo desportivo (no nosso caso o Futsal) pode possuir.

 No esporte-educação: o objetivo é a formação do cidadão através de uma prática desportiva. Basicamente está focalizado na escola e tem por finalidade democratizar e gerar cultura pelo movimento de expressão do indivíduo em ação com como manifestação social e de exercício crítico da cidadania, evitando a exclusão e a competitividade exacerbada. Cabe ao professor ensinar muito mais que o conteúdo

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desportivo. Ele deve estimular nos alunos a capacidade de reflexão de forma crítica dos problemas que envolvem a sociedade, tanto nos seus aspectos positivos e como negativos.

 No esporte-participação: o objetivo é a prática desportiva em função do prazer (lúdico) que ela proporciona. São manifestações que ocorrem em espaços não comprometidos com o tempo e livres de obrigações da vida cotidiana. Têm como propósitos: a descontração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e a interação social.

 No esporte-performance: o objetivo é a prática desportiva na busca de um resultado ou de uma performance. Possui um caráter antidemocrático devido a tendências de privilegiar os talentos desportivos. Contudo, também apresenta aspectos positivos: proporciona intercâmbio internacional, provoca o surgimento de profissionais especializados no esporte, gera turismo e serve como exemplo (cria-se o mito) para os praticantes dos esportes educação e participação.

 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1- Histórico 1.1. Origem 1.2. Evolução

1.3. Seqüência dos fatos 2- Fundamentos básicos 2.1. Passe 2.2. Controle 2.3. Recepção 2.4. Domínio 2.5. Condução 2.6. Chute 2.7. Arremesso 2.8. Finta e Drible 2.9. Marcar-se e Desmarcar-se 3- Sistemas Básicos

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3.2. Sistemas Defensivos

4- Possibilidades pedagógicas do Futsal na educação básica. 4.1. Aspectos Filosóficos

4.2. Aspectos Psicossociais

4.3. Desenvolvimento biopsicomotor 4.4. Contextualização do Futsal

 Cronograma de aulas:

 Bibliografia Básica: FERREIRA, R. L. Futsal e a iniciação. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.

 Bibliografia Complementar:

 FILHO. J. L. A. S. Manual de futsal. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

 MENEZES, M. F. Futsal; Aprimoramento Técnico e Tático. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

2 – Critérios de avaliação

Dois elementos fazem parte dos critérios de avaliação: conhecimento do conteúdo ministrado e a freqüência em sala de aula.

 AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO:

Para avaliação do conhecimento do conteúdo ministrado são realizadas três avaliações: 1a AV, 2a AV e 3a AV. A aprovação acontece por média aritmética das duas

maiores notas obtida nas três avaliações. O aluno que obtiver média igual ou maior que 6,0 (seis), estará aprovado.

 1a AV: Prova escrita – (valor máximo = 10 pontos).

 2a AV: Prova escrita – (valor máximo = 10 pontos).

 3a AV: Prova escrita – (valor máximo = 10 pontos).

 FREQÜÊNCIA NAS AULAS:

“Não há abono de faltas, quaisquer que tenha sido a razão do impedimento. O aluno deverá administrar suas prováveis faltas dentro do limite de 25% (vinte e cinco por cento) permitido na Lei de Diretrizes e Base do Ministério da Educação e Cultura (MEC)”.

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 Na Lei de Diretrizes e Bases, no Art. 47, parágrafo 3o, verifica-se que: “§ 3ş: É

obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas de educação à distância”.

3 – Observações

 Não existe pedido de 2a chamada. (Somente em algumas hipóteses)

 Aluno não inscrito em ata não faz prova.

 As provas dos alunos que não compareceram à vista de prova ficaram guardadas pelo professor por um período máximo de 15 (quinze) dias.

 Em hipótese alguma, serão recebidos trabalhos fora da sala de aula ou dos prazos estipulados.

 Os alunos devem:

 Manter o silêncio nos corredores e áreas adjacentes às salas de aula.  Evitar o uso de celulares em sala de aula.

 Procurar respeitar os horários estabelecidos.

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Futsal é a prática do futebol de campo adaptada para prática em uma quadra esportiva por times de cinco jogadores. As equipes, tal como no futebol, têm como objetivo marcar gols na equipe adversária e é considerada vencedora a aquela que marcar o maior número de gols.

O Futsal, "desporto genuinamente brasileiro" LUCENA (1998), vem aumentado consideravelmente o número de praticantes desde seu surgimento oficial, ainda como Futebol de Salão, na década de 30. Isto ocorreu, principalmente, devido às proporções da área de jogo, o menor número de jogadores e a facilidade em que se pode jogar uma partida.

Pesquisa realizada em 1984 pela revista Placar e corroborada pelo IBGE em 1985, constatou que o Futsal era o esporte mais praticado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, na faixa etária de 15 a 24 anos. Em 2000, já era um dos esportes mais populares no Brasil atingindo uma marca superior a 12 milhões de praticantes. Esse crescimento também pôde ser notado em outros países como a Espanha onde, ainda em 2000, o número de praticantes já ultrapassa 950 mil.

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Hoje, mais de 130 países são filiados a FIFA e o esporte busca se tornar olímpico.

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Embora o Futsal não seja uma modalidade esportiva muito antiga, fixar sua origem não é uma tarefa muito fácil. Para ser considerado esporte, é necessário que haja um regulamento, possua uma organização e regras aceitas de comum acordo. E com o Futsal isto também aconteceu.

O Futsal tem duas versões sobre o seu surgimento. Como em outros esportes, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que diz que o Futsal, denominado então de "Indoor-Foot-Ball", foi inventado em 1931 pelo professor Juan Carlos Ceriani, da Associação Cristã de Moços de Montevidéu/Uruguai, com o objetivo de ordenar a prática da modalidade durante as aulas de educação física.

Por ocasião de um curso técnico promovido pela Federação Sul Americana de Associações de Cristãs e Moços teriam sido distribuídas cópias destas regras a todos os participantes, dentre eles os brasileiros Asdrúbal Monteiro, João Lotufo e José Rothier que a difundiram no país.

A segunda versão diz que o Futsal, denominado de Futebol de Salão, começou a ser jogado no Brasil por volta de 1930 por freqüentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo, pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas "peladas" nas quadras de basquete e hóquei.

No inicio jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe, mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal ou de cortiça granulada, mas apresentavam o problema de saltarem muito e freqüentemente saiam da quadra de jogo. Então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado. Por este fato o Futebol de Salão passou a ser chamado de "O Esporte da Bola Pesada".

Apesar das divergências, dois fatos que não podem ser contestados são que o registro mais antigo é o apresentado na primeira hipótese e que os brasileiros são vanguarda nesse esporte. Responsáveis diretos pelo seu crescimento, expansão e organização. A partir de então o desenvolvimento cronológico do Futebol de Salão aconteceu da seguinte maneira:

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Década de 30: surgimento do Futebol de Salão.

1931 – O professor Juan Carlos Ceriani regulamenta a prática do Futebol de Salão.

1936 – O professor Roger Grain publica na revista Educação Física N 06 as normas e regulamentações do Futebol de Salão.

Década de 40: prática e divulgação do Futebol de Salão.

- Através das ACMs do Rio de Janeiro e São Paulo, o Futebol de Salão ganha popularidade, chegando aos clubes recreativos e às escolas.

1942 – É proibida a prática de Futebol de Salão por adultos em todas as ACMs Sul-americanas devido ao alto grau de indisciplina. Somente a ACMs de São Paulo descumpriu a ordem.

1942 a 1948 – O professor Habib Maphuz, da ACM de São Paulo, que muito trabalhou nos primórdios do Futebol de Salão no Brasil, criou a comissão de Futebol de Salão. A comissão, através de reuniões periódicas, buscava resolver problemas desta modalidade (principalmente a violência). Assim surgiram as primeiras mudanças na regra (gol dentro da área, limite de faltas, etc.) baseadas em elementos do futebol de campo, do hóquei sobre a grama, do basquete e do pólo aquático. Estas alterações geraram o "protótipo" do esporte que encontramos hoje, como fixando o limite de cinco jogadores e as marcações da quadra, chegando ao resultado satisfatório que justificou na publicação da regra do futebol de salão em 1950. Este mesmo salonista fundou a 1ª Liga de Futebol de Salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços.

1949 - A ACM do Rio de Janeiro organiza o primeiro torneio aberto de futebol de salão para meninos entre dez e quinze anos.

Década de 50: regulamentação e reconhecimento do Futebol de Salão. Nascimento das federações nacionais.

1950 – Em abril, a Comissão de Futebol de Salão da ACM (SP) redige e publica novas regras do esporte.

1954 - Em 28 de julho é fundada, no Rio de Janeiro, a primeira entidade oficial, a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, na sede do América Futebol Clube, tendo Ammy de Moraes como seu primeiro presidente. A Federação Mineira de Futebol de Salão seria fundada nesse mesmo ano.

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1955 - Em 14 de junho é fundada a Federação Paulista de Futebol de Salão pelo professor Habib Maphuz, 1º presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão. Ele também foi colaborador de Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes para a elaboração do 1º Livro de Regras de Futebol de Salão editada no mundo, em 1956.

1956 - É realizado o primeiro campeonato da cidade do Rio de Janeiro, com 42 disputantes, cabendo ao time carioca "Imperial" o título de primeiro campeão.

- A F. P. F. S. unifica as regras para todo o estado.

- São fundadas as Federações: Cearense, Gaúcha, Baiana e Paranaense de Futebol de Salão.

1958 - A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) resolve oficializar a prática de futebol de salão, uniformiza suas regras e funda o Conselho Técnico de Futebol de salão tendo as Federações Estaduais como filiadas. A CBD comandava mais de 32 modalidades esportivas amadoras.

1959 - Primeiro Campeonato Brasileiro de Seleções, em São Paulo. A seleção do Rio de Janeiro fica com o título, Seleção Paulista fica com o vice-campeonato.

Década de 60: expansão da modalidade pela América Latina 1968 – É promovida a I Taça Brasil de Clubes.

1969 – Fundada a Federação Sul-Americana de Futebol de Salão.

- São promovidos os primeiros campeonatos Sul-Americanos de clubes e seleções. Década de 70: Surgimento da FIFUSA e da CBFS.

1971 - É fundada no Rio de Janeiro, a Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), contando com a filiação de 32 países que praticavam o futebol de salão nos moldes brasileiros. O primeiro presidente da é João Havellange.

1979 – Com o final da CBD é cria da à Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS). 1º presidente Aécio Barbosa Vasconcelos.

- A FIFA começa a se interessar pelo Futebol de Salão. Procura a FIFUSA buscando absorver o esporte, mas não tem sucesso.

Década de 80: Internacionalização do Futebol de Salão. - FIFUSA passa do Rio de Janeiro para São Paulo. 1981 - A CBFS consegue sua sede própria.

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1982 - É realizado o primeiro campeonato Mundial de Seleções de Futebol de salão, com o ginásio do Ibirapuera o Brasil torna-se o primeiro campeão vencendo o Paraguai.

. O sucesso da competição incomodou a FIFA, que a partir de então passou a lutar pela apropriação desse esporte.

1983 – No dia 23 de abril a FIFUSA autorizou a prática do Futebol de Salão feminino.

1985 - A FIFA reservou-se ao direito de proibir a utilização da palavra ''futebol'' por outras entidades. A FIFUSA tentando resistir às investidas da FIFA e resolveu designar um novo termo para a modalidade: Futsal.

O segundo Campeonato Mundial de Futsal é realizado na Espanha e o Brasil torna-se bi vencendo a própria Espanha.

1988 - Na terceira edição do Mundial de Seleções o Paraguai surpreende o Brasil e fica com o título na Austrália. Após o término da competição, a FIFA procurou a FIFUSA, em uma nova investida para incorporar o futebol de salão, mas o acordo foi rejeitado.

1989 - A Holanda é sede do quarto Mundial de Seleções, mais uma vez o Brasil conquista o título diante dos donos da casa.

1989 - A FIFUSA promove um Congresso com a participação de 19 países: 12 não aprovaram a fusão entre FIFUSA/FIFA. O Brasil, porém, votou pela fusão.

Década de 90: Surge o Futsal.

1990 - A FIFA, após acordo com a FIFUSA, homologa a supervisão do futsal mediante extinção da própria FIFUSA e cria sua comissão de futsal. Posteriormente, por motivos políticos, o acordo não vinga e a FIFA passa a congregar as principais federações nacionais, dentre elas, a Confederação Brasileira de Futebol de Salão. A FIFA se apropria do termo Futsal e cria uma nova prática desportiva a partir da fusão do Futebol de cinco (FIFA) com o Futebol de Salão (FIFUSA).

Membros da extinta FIFUSA criam uma nova entidade denominada de Confederação Pan-americana de Futsal (PANAFUTSAL) e elegem o Sr. Antonio Alberca presidente. Mantêm o esporte com o nome anterior (futebol de salão) e até mesmo com as mesmas regras, salvo pequenas alterações.

“Embora mantenham em comum sua essência, a criação de algumas regras diferenciadas, criou peculiaridades diferentes em cada uma das modalidades: o futsal, com uma bola e mais leve, e com valorização do uso dos pés, adquiriu maior semelhança com futebol de campo e ganhou maior dinâmica com novas regras que o

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tornaram mais ágil, como, por exemplo, permitir que o goleiro atue como um jogador de linha quando ele está fora da sua área; o futebol de salão, buscando sempre preservar as regras originais, manteve mais as característica de um esporte ''indoor'', com um jogo mais no chão, reduzindo o jogo aéreo, devido ao peso da bola, com laterais e escanteios cobrados com as mãos para maior controle e limitações à movimentação tanto do goleiro, restritos à sua área, como dos demais jogadores. Dessa forma, a dinâmica do jogo em uma e outra modalidade tornou-se sensivelmente diferenciada. O fato de pertencerem a entidades diferentes, por certo deverá, com o passar do tempo, demarcar modalidades diferenciadas.”

1992 - Na quinta edição do Mundial de Seleções, o Brasil conquista seu quarto título diante dos Estados Unidos em Hong Kong. A organização fica por conta da FIFA.

1996 - Sexta edição do Mundial de Seleções, o Brasil conquista o Pentacampeonato Mundial diante da Espanha, donos da casa.

1996 – Surge no Brasil a Liga Nacional de Futsal. Década de 10, século XXI: Futsal, esporte mundial.

- O Futsal atinge números expressivos no Brasil e no Mundo:

 O Brasil possui 5000 equipes de Futsal, mais de 180 mil de atletas federados, 27 federações, 1672 clubes, mais de 350 atletas no exterior;

 O Futsal é o esporte com o maior número de praticantes no Brasil;  No mundo mais de 70 países praticam o Futsal;

 No mundo os países com maior número de participantes são: Espanha (1 milhão), República Checa (300mil), Itália (210 mil) e Austrália (120 mil).

2000 - Sétima edição do Mundial de Seleções, na Guatemala, o Brasil é surpreendido pela Espanha na Final.

O Comitê Olímpico Internacional reconheceu oficialmente a FIFA como única entidade oficial para promover campeonatos de futsal.

2001 - Reúne-se, pela primeira vez, uma Seleção Brasileira de Futsal Feminino.

2002 - É realizado o primeiro Brasileiro de Seleções Feminino em São Paulo, a Seleção Paulista é a campeã de forma invicta.

Os membros da PANAFUTSAL e outras federações nacionais de outros continentes - basicamente ex-integrantes da FIFUSA - criaram a ''Associação Mundial de Futsal'' (AMF).

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2003 - Por intermédio de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, o Futsal é incluído nos jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. A Federação Paulista de Futsal lança um projeto em prol do Futsal: "Eu Quero Futsal Olímpico".

2004 – Oitava edição do Mundial de Seleções. A Espanha torna-se bicampeã vencendo na final a Itália. O Brasil fica na terceira colocação.

2007 – O Futsal participa dos jogos Pan-Americanos Rio 2007. O Brasil confirma o seu favoritismo e torna-se campeão.

2008 – Nona edição do Mundial de Seleções. Realizada no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e de Brasília. Na final com a Espanha, o Brasil reconquista o título mundial após 12 anos.

Futsal na Europa

1936 – Surgimento da Federação Inglesa – “The Football Association Coaching Manual”. Regras traduzidas pelo periódico francês “Football”. Suécia e Finlândia: uso do futsal em quase toda a temporada.

Anos 50 – discussão de como utilizar melhor o campo. BATTISTA, E. & PORTES, M. (1976) opinam sobre a utilização do futebol 5 e futebol 7.

1974 – Na Espanha, levado pelo chileno Eduardo Tápia, o Futebol de Salão é utilizado como nova diversão, uma forma de fazer esporte, recreação. A equipe Chaston de La Coruña – foi a primeira a contratar um jogador brasileiro (Denis)

1982 – Na Espanha, o Futebol de Salão é dividido em duas Ligas: a Asociación de Clubes de Fútbol Sala (ACEFS) e a Asociación de Fútbol Sala (ASOFUSA).

1990 – Na Espanha, fusão das duas ligas em: Liga Nacional de Fútbol Sala. Promovendo o engrandecimento do desporto em todo o país.

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Os princípios pedagógicos para se ministrar aulas de Futsal estão divididos em duas fases: Lúdica ou básica e Específica.

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Fase lúdica ou básica

Desenvolvida através de atividades essencialmente lúdicas. Tem sua ênfase na recreação das habilidades motoras, não existindo o caráter competitivo ou pouco valorizando o mesmo.

Fase específica

Desenvolvida através de atividades essencialmente voltadas para a prática desportiva. Tem sua ênfase no desenvolvimento técnico e tático e apresenta um caráter competitivo maior.

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A estrutura Didático-Pedagógica para o ensino do Futsal está baseada em estudos científicos, evitando a prática do empirismo (achismo).

Didática

É o processo de ensino-aprendizagem onde ocorre a transmissão de valores e procedimentos.

Método Didático

É a técnica de ensino que atua como agente facilitador para o processo de aprendizagem. Logo, o educando vai adquirir conhecimentos e técnicas para a prática dos elementos básicos do Futsal.

Planejamento Didático

É o planejamento ou organização das atividades de forma seqüenciada que visa facilitar o processo de aprendizagem (progressão pedagógica). Cabe ao professor prever e elaborar as etapas do processo; do planejamento didático.

Divisão do planejamento didático:

 Plano de Curso – É a previsão geral das atividades durante o processo de ensino-aprendizagem. Deve conter: números de aulas ministradas, material, local, etc.

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 Plano de Unidade – É mais específico que o plano de curso. Deve conter: objetivos imediatos, método didático e avaliações.

 Plano de Aula – É a estruturação das atividades que serão desenvolvidas durante a aula. É, basicamente, dividido em seis partes: tema, objetivo, conteúdos, organização, metodologia e avaliação.

 Tema: “assunto da aula”

 Objetivo: é uma projeção que o professor faz do que os alunos saberão ou realizarão ao final da aula.

 Conteúdo: são as atividades propostas para desenvolver os objetivos e as argumentações para fundamentar o tema da aula. Devem ser revistos, atualizados e modificados quando necessário.

 Organização: esquema ou estruturação do decorrer da aula. Estratégias voltadas para a “facilitação” da aprendizagem.

 Metodologia: métodos utilizados para fomentar e facilitar, de maneira pedagógica, os objetivos da aula (métodos criativos).

 Avaliação: processo no qual se verifica se os objetivos foram atingidos.

Uma possível formação didático-pedagógico do Futsal na escola teria como objetivos a seguinte divisão:

 6º ano (5ª série) – O aluno deverá conhecer e fazer o seu primeiro contato com os fundamentos e as regras básicas do esporte.

 7º ano (6ª série) – O aluno deverá desenvolver as habilidades adquiridas no ano anterior, existindo uma carga maior de exercícios de fundamentos específicos, com iniciação a parte tática básica.

 8º ano (7ª série) – fase de aperfeiçoamento da técnica, correção minuciosa dos gestos desportivos e desenvolvimento a parte tática, com iniciação a fase competitiva.  9º ano (8ª série) – fase de aplicação do que foi desenvolvido durante os três anos anteriores, e de aperfeiçoamento da tática do jogo, de caráter altamente competitivo. Avaliar e reavaliar o processo servirá de base para o planejamento didático que será desenvolvido na próxima fase (ensino médio).

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 O Aluno – É o agente principal. Deve receber uma ação educativa. Através dos elementos pedagógicos busca-se a formação do indivíduo (cidadão).

 O Professor – É o agente facilitador da aprendizagem. Para tanto, ele deve conhecer: o conteúdo educativo, as características do Futsal e as características das faixas etárias. Fazem parte das suas responsabilidades:

 Formação do ser humano;

 Formação e desenvolvimento do acervo motor.

 O Conteúdo – Formados pelos fundamentos, técnicas e táticas do Futsal. Está dividido em 4 etapas: Iniciação, Consolidação da Aprendizagem, Especialização e Alto Nível.

Iniciação

Etapa de formação do acervo motor. Experimentação de ações e movimentos que servirão de base para aprendizagem da técnica, sem qualquer preocupação com a especialização ou rendimento.

No início da aprendizagem é comum que os gestos motores sejam executados de forma insegura, descoordenados e imprecisos, passando a adquirir maior plasticidade em sua execução, a partir da prática sistemática de atividades adequadamente planejadas, orientadas no sentido de que os gestos motores tornem-se gradualmente mais consistentes, possibilitando a execução das técnicas específicas com mais dinamismo, precisão, eficácia e economia de função.

Para tanto, alguns aspectos básicos devem ser observados: Conhecimento do perfil da criança, Desenvolvimento dos componentes motores básicos, Procedimentos básicos de ensino e Linguagem didático-esportiva.

 Conhecimento do perfil da criança  Possibilita estabelecer uma linha de ensino adequada às possibilidades de realização da criança.

 Desenvolvimento dos componentes motores básicos  Capacidade da criança de executar de forma plena a combinação de todos os movimentos possíveis que fortalecerão a aquisição de bons hábitos motores e do domínio de técnicas elementares. (andar, saltar, correr, etc.)

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 Procedimentos básicos de ensino  Procedimento que atuam como agente facilitador da aprendizagem, proporcionando maior suporte didático, pedagógico, as aulas e a todo processo de ensino.

 Linguagem didático-esportiva  Estabelecer uma linguagem que possa identificar, listar, classificar e definir os elementos do jogo (passe, chute, drible e condução) e ações motoras, a fim de que se desenvolva a aprendizagem dentro de uma seqüência pedagógica de ensino.

FASE DE ADAPTAÇÃO

É a primeira fase no processo de formação desportiva, na etapa de iniciação. Permite que a criança vivencie os primeiros contatos com o ambiente de ensino (a bola e a quadra). Consolidação da aprendizagem

É a consolidação das capacidades de execução dos movimentos, através das repetições e das transformações contínuas, que foram adquiridas anteriormente. O aluno entende que pode repetir o movimento com facilidade e segurança, mesmo em situações adversas.

Especialização

É a fase final do processo de aprendizagem onde se verifica o progresso constante na execução dos movimentos específicos que favorecerão no desempenho do aluno. Além do progresso da coordenação motora (lentas e menores), ocorre, principalmente, a evolução da tática (movimentação complexa).

Alto nível

É a fase do rendimento e da qualidade máxima na qual se visa atingir resultados expressivos (performance). As capacidades motoras são exigidas nos mais altos níveis de qualidade. São aplicadas cargas de treinamento de ordem física, técnica e tática.

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 Proporcionar à criança a maior variedade possível de experiências motoras (formação do acervo motor).

 Iniciar o ensino com atividades simples compatíveis com suas possibilidades de realização.

 Elaborar atividades de acordo com o interesse da criança, observando e não permitindo as manifestações de cansaço, impaciência e desinteresse.

 Observar e diagnosticar comportamento que evidenciem interferências negativas do emocional nas ações motoras (nervosismo, falta de concentração, cansaço, etc.).  Utilizar linguagem objetiva e de fácil compreensão.

 Evitar a preocupação com a performance, favorecendo o aprendizado total.

 Respeitar a progressão pedagógica (das atividades mais simples para as mais complexas).

 Despertar na criança o interesse pela prática desportiva.  Corrigir erros que venham ocorrer durante o processo.  Planejar previamente as atividades a serem ministradas.

Como ensinar:

 Utilizar pequenos jogos que se tornarão mais complexos com o decorrer da aprendizagem.

 Descrever a movimentação e solicitar a demonstração pelos alunos.

 Fragmentar a aprendizagem; dividir os movimentos em partes (principalmente os complexos).

 Utilizar atividades lúdicas. Deixar a criança jogar livremente é fundamental.

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A preparação para a prática desportiva está, basicamente, divida em 3 (três) segmentos: Preparação Física, Preparação Técnica e Preparação Tática.

Preparação Física

Procura dar base a estrutura do atleta/aluno. Objetiva condicionar fisicamente para a prática do jogo. Na etapa de formação se deve respeitar os “Períodos Sensíveis do Desenvolvimento Humano”.

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“Preparação Física constitui-se pelos métodos e processos de treino, utilizados de forma seqüencial em obediência aos princípios da periodização e que visam levar o atleta ao ápice de sua forma física específica, a partir de uma base geral ótima”.

Preparação Técnica

“Técnica é o conjunto de procedimentos e conhecimentos capazes de propiciar a execução de uma atividade específica, de complexidade variável, com o mínimo de desgaste e o máximo de sucesso”.

“A preparação técnica é o conjunto de atividades e ensinamento que o atleta assimila, visando à execução do movimento desportivo com um máximo de eficiência e com um mínimo de esforço”.

O professor Ricardo Lucena foi quem tornou conhecida a classificação desta e de outras técnicas (habilidades ou fundamentos). Entretanto, outros professores, dentre eles, o professor Paulo César Mussalem, propõem algumas classificações para determinadas técnicas. Logo, por conta do livro adotado na ementa da disciplina, adotaremos a abordagem do primeiro professor.

Neste caso, o autor diferencia as técnicas pela ação dos atletas de linha e de goleiro. Técnicas individuais de linha – Fundamentos:

 Passe  Recepção  Condução  Drible  Chute

Técnicas individuais de goleiro – Fundamentos:  Empunhadura

 Defesa alta  Defesa baixa  Arremesso  Saída do gol

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Preparação Tática

Tática é a arte de dispor dos recursos, de maneira a explorar ao máximo os pontos fracos do adversário, ao mesmo tempo em que se minimizam as nossas próprias deficiências.

“Preparação tática é o conjunto de procedimentos (sistemas e manobras) que irão assegurar ao atleta ou à equipe a utilização dos princípios técnicos mais adequados a cada situação da competição ou do adversário”.

Como o Futsal é um jogo de confronto, sua essência está voltada para ações de ataque e defesa. Daí se considerar dois tipos de sistemas básicos: Sistema ofensivo e Sistema defensivo.

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Passe

“Ação de enviar a bola a um companheiro ou determinado setor do espaço de jogo”.  É um dos principais fundamentos do jogo.

 O passe só acontece quando há duas pessoas. Realiza-se o Passe quando um jogador envia a bola para outro jogador. Logo, é o Elemento de ligação entre componentes de uma equipe.

 O objetivo do professor ao ensiná-lo é o de levar ao iniciante a fazer exatamente isso: leva um jogador a passar a bola, de diferentes formas, para um companheiro.

 Em geral passa-se a bola com os pés, mas também pode sair um passe com a cabeça, com o peito, a coxa, o ombro.

 O bom passe cobre mais rápido as distâncias, do que os deslocamentos.

 A qualidade de execução do passe depende da combinação ideal entre o pé de toque e as diferentes áreas de contato da bola. Quando se quer um passe com a trajetória rasteira, deve-se ensinar a bater em cima da bola; quando se quer alto, embaixo e quando se quer meia-altura, no meio.

 Ao ser bem executado, vence as distâncias evitando os deslocamentos desnecessários.

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Classificação dos Passes

Os passes podem ser classificados quanto:

 As distâncias compreendidas entre o agente do passe e o receptor;  A trajetória do passe executado;

 As faces de contato na bola;  As formas de execução do passe;  Em relação ao espaço de jogo e  As habilidades motoras.

Quanto à distância: Curtos  até 5 (quatro) metros;

Médios  de 5 (cinco) a 10 (dez) metros e Longos  acima de 10 (dez) metros. Quanto à trajetória: Rasteiro, Meia altura e Parabólico.

Quanto às faces de contato na bola: Interna, Externa, Superior, Meio e Base. Quanto à execução (face do pé): Interna, Externa, Anterior, Solado e Dorso.

 Passe com a face interna do pé

 É o passe ideal durante a prática do jogo devido a sua facilidade de execução e a sua capacidade de precisão.

 O passe é feito com face interna do pé na face exterior da bola.  Passe com a face externa do pé

 É um passe onde a bola “toma” um pequeno efeito, com um movimento de rotação.

 O passe é feito com a face externa do pé na face interior da bola.  Passe com a face anterior do pé

(19)

 O passe é feito com a face anterior do pé (bico) no meio da bola ou na base (bola cavada).

 Passe com o solado (planta) do pé

 É o passe utilizado quando o companheiro de equipe encontra-se próximo (passe curto).

 O passe feito com a planta do pé na face superior da bola (empurrando).  Passe com o dorso do pé

 É utilizado em situações especiais, pois necessita de certa habilidade de execução.

 O passe feito com o dorso do pé na face externa ou base ou meio da bola. Quanto ao espaço: Lateral, Diagonal e Paralelo.

Quanto às habilidades motoras: Coxa, Peito, Cabeça, Ombro e Calcanhar.  Passe com o calcanhar

 É o passe utilizado quando se quer jogar a bola para trás.  O passe é feito com o calcanhar no meio da bola.

Cuidados relevantes durante o aprendizado do Passe:

 Ensinar que se deve buscar estar em situação de equilíbrio (braços ligeiramente abertos);

 Ensinar que se deve buscar estar com a cabeça erguida para melhor visão espacial. Orientando ao iniciante a olhar para quem ou onde se quer passar;

 Ensinar o posicionamento do pé de apoio próximo à bola, facilitando o equilíbrio para a ação do pé de toque;

 Ensinar que, com a bola parada (face interna), a ponta do pé de apoio deve estar direcionada para onde se passará;

 Ensinar que se deve imprimir à bola uma força adequada à distância a ser percorrida pela bola;

(20)

 Passar a bola trabalhando diferentes distâncias e trajetórias;

 De preferência, sem efeito para facilitar a recepção do companheiro.  Introduzir o conceito de que o passe permite que todos participem do jogo;  Introduzir o conceito de que o passe é mais rápido do que a condução de bola;  Introduzir o conceito de que a equipe que passa bem a bola obterá êxito. Recepção

“É a ação de interromper a trajetória da bola vinda de passes ou arremessos”.

 O objetivo do professor ao ensiná-la é o de levar ao iniciante a recepcioná-la com as diversas partes do corpo.

 Também é chamado de “Domínio”.  A boa recepção agiliza o jogo.

 Juntamente com o passe é um dos dois principais elementos do jogo. Classificação da Recepção

A recepção pode ser classificada quanto:  A trajetória descrita pela bola;

 A velocidade da bola;

 As formas de execução da recepção;

Quanto à trajetória: Rasteira, Meia altura e Parabólica. Quanto à velocidade: Rápida e Lenta.

Quanto à execução: Pés, Peito, Coxa e Cabeça.  Recepção com os pés

 O jogador deverá manter o peso do corpo sobre a perna de apoio.  Face interna

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 Na trajetória rasteira, a recepção com a face interna do pé é considerada a melhor de todas.

 Receber a bola com o corpo um pouco de lado em relação à sua trajetória.  Face externa

 Pode ser utilizado na trajetória rasteira e de meia altura.  Recepção de difícil execução para iniciantes.

 Planta do pé (solado)

 Pode ser utilizado na trajetória rasteira e parabólica.  É o movimento de travar a bola (pisar).

 Dorso do pé

 Deve ser utilizado na trajetória parabólica.

 É uma técnica de difícil execução que necessita de muita habilidade motora.  Recepção com a coxa

 Consiste em parar (receber) a bola na coxa. O joelho realiza uma pequena flexão e conseqüentemente o pé sai do chão.

 Face interna

 É utilizado na trajetória de meia altura.  A bola é receptada na parte interna da coxa.  Face anterior

 Pode ser utilizado na trajetória de meia altura e parabólica.  A bola é receptada na parte anterior da coxa.

 Recepção com o peito

 Deve-se realizar uma inspiração e uma leve inclinação do tronco para trás para que a bola possa repousar sobre o peito.

(22)

 Recepção com a cabeça

 Deve-se elevar os ombros e abrir ligeiramente os braços, procurando dominar a bola com a testa. (procurar entrar “debaixo” da bola)

 Utilizado quando a trajetória é parabólica.

Quanto à Trajetória Quanto à Execução

Rasteiro Com os pés (com o solado e as faces interna e externa). Meia-altura Com os pés e a coxa (faces interna e externa).

Parabólico Com os pés (utilizando o dorso e o solado); Com o peito, a coxa e a cabeça.

Cuidados relevantes durante o aprendizado da Recepção:

 Ensinar que se deve relaxar a parte do corpo que fará o contato com a bola;

 Ensinar que se deve manter a bola perto de si, para dar seqüência ao jogo, seja passando, chutando, driblando, conduzindo;

 Ensinar que se deve adequar o corpo à trajetória da bola, isto é, não é adequado querer dominar com o peito uma bola que vem à meia-altura, nem dominar com a coxa uma bola que vem alta;

 Levar a criança a dominar com todas as partes do corpo possíveis;

 Ensinar com bolas de diferentes pesos e tamanhos, de acordo com a possibilidade da criança.

Condução

“Ação de progredir com a bola por todos os espaços possíveis de jogo”.

 Ao conduzir a bola, deve-se estar sempre em condições de passar, finalizar, manter a posse da bola, ou dar seqüência às ações de jogo.

 O objetivo do professor ao ensiná-la é o de realizar da melhor maneira de se fazer isso. Entenda-se por melhor, o modo mais eficaz.

 Devido a pouca dimensão do espaço de jogo, a condução, normalmente, acontece por espaços curtos de tempo.

(23)

 Durante a condução é fundamental que o jogador permaneça com domínio da bola, ou seja, que a bola esteja sempre próxima ao seu corpo.

 Durante a iniciação, o jogador olha para a bola durante a execução.

 Com a evolução da aprendizagem o jogador deverá tentar conduzir a bola de cabeça erguida com o intuito de olhar ao seu redor e a próxima “jogada”.

Classificação da Condução

A condução pode ser classificada quanto:  A trajetória e

 As formas de execução;

Quanto à trajetória: Retilínea e Sinuosa.

Quanto à execução: Face interna do pé, face externa do pé e planta do pé (solado).  Condução com a face interna do pé

 Condução com a face externa do pé  Condução com a planta do pé (solado)

 O jogador realiza a condução com a planta dos pés, pisando sobre a bola.

OBS1: As conduções com a parte externa e com o solado são as mais utilizadas durante a prática do jogo e corresponde a trajetória retilínea.

OBS2: A condução com a parte interna deve ser utilizada somente para a trajetória sinuosa. Cuidados relevantes durante o aprendizado da Condução:

 Ensinar que bola é mais empurrada do que batida, isto é, toca-se levemente na bola e várias vezes (coordenação da passada com o toque na bola em velocidade);

 Ensinar que se deve manter a bola próxima ao corpo (que tem uma relação com a orientação anterior), a fim de que o adversário não a roube;

 Ensinar que se deve visualizar o espaço à frente, portanto deve-se levantar a cabeça (manter a cabeça erguida) para melhor visão espacial. Esta orientação permitirá ao

(24)

 Trabalhar os dois pés (lateralidade);

 À medida que o iniciante evolui, o professor deve ensinar que a bola deve estar à frente de quem conduz - daí evitar a condução de frente com o solado;

 Levar o iniciante a conduzir a bola com diferentes faces do pé, de diferentes formas e em diferentes trajetórias.

Drible

“Ação individual, exercida com a posse de bola, visando ludibriar, um oponente tentando ultrapassá-lo”.

 O drible exige do praticante bom tempo de reação, velocidade de execução, noção de espaço, mudança de direção, coordenação dos movimentos (ocorrem simultaneamente) e a criatividade (capacidade de improvisar na utilização das diferentes técnicas individuais);

 O objetivo do professor ao ensiná-lo é o de propor uma atividade que leve ao iniciante que tem bola a enganar alguém. Através dos recursos apresentados anteriormente;  O que dificulta a habilidade de marcar é a perda do equilíbrio. Logo, o drible eficaz é

aquele que provoca no outro o desequilíbrio;

 É possível jogar Futsal sem driblar. Contudo, o drible provoca a tão desejada superioridade numérica e, por isso, além de outras coisas, deve ser incentivado;  O drible é considerado uma arte inata;

 O drible é ofensivo quando utilizado para chegar à meta adversária.

 O drible é defensivo quando utilizado para manter a posse de bola em condições de segurança.

Classificação do Drible

O drible pode ser classificado quanto:  Com a utilização dos pés;

 Com a utilização do corpo;

(25)

Cuidados relevantes durante o aprendizado do Drible:

 Orientar ao iniciante a driblar em velocidade, curto, imprimindo à bola mudanças de direção, utilizando gingas, tentando coisas novas;

 Orientar ao iniciante a manter a cabeça erguida para melhor visão e noção espacial;  Orientar ao iniciante a manter a bola junto ao corpo (proteção da bola);

 Usar, de preferência ambos os pés na execução.  Perpassar os dribles da cultura brasileira;

 Criar um clima onde tudo é válido;

 Orientar a criança a não ter medo de driblar;

 Quando o jogador compreender o conceito de driblar, orientá-lo a evitar o drible quando está sem cobertura (Etapa de especialização).

Chute

“Ação de golpear a bola, visando desviar ou dar trajetória à mesma, estando ela parada ou em movimento”.

 A técnica de execução do chute é muito semelhante com a do passe. A diferença entre as duas técnicas (passe e chute) está na intenção, no objetivo e na força.

 Além do equilíbrio e da força, alguns fatores interferem na maneira de chutar: o pé de apoio (que deve estar ao lado ou atrás da bola), o pé de chute (que quanto maior a superfície deste em contato com a bola, maior será a direção do chute) e o posicionamento do tronco (que se inclinado para frente, tender-se-á a sair um chute com a trajetória da bola rasteira e, se inclinado para trás, tender-se-á a sair um chute com a trajetória da bola alta);

 Vale lembrar que se o iniciante estiver com as habilidades básicas constituídas (locomoção, manipulação e estabilidade), não haverá maiores dificuldades para chutar.

 Dentre todos os fundamentos, é o que apresenta o gesto motor mais natural de ser executado.

 Os chutes podem variar em ofensivos e defensivos. Os ofensivos têm como objetivo finalizar as ações de ataque o os de defesa impedir as ações de ataque da equipe adversária.

(26)

Classificação do Chute

O chute pode ser classificado quanto:  À trajetória;

 À execução (tipo);

Quanto à trajetória: Rasteiro, Meia altura e Alto.  Rasteiro

 O pé de apoio deve estar posicionado ao lado da bola.  Chuta-se em cima da bola.

 Meia altura

 O pé de apoio deve estar posicionado um pouco atrás da bola, facilitando a sua elevação.

 Chuta-se no meio da bola.  Alto

 O pé de apoio deve estar posicionado mais atrás da bola que o da meia altura, facilitando a sua elevação.

 Chuta-se embaixo da bola.

Quanto à execução: Simples, Bate - pronto, Voleio, Bico e Cobertura.  Simples

 É realizado com o dorso do pé ou com a parte interna.

 Quando se utiliza o dorso do pé tem maior probabilidade de êxito, pois a maior superfície de contato do pé de chute na bola interfere na sua direção.

 Bate - pronto

 Também pode ser chamado de Semi-voleio.

 Pode ser realizado de quatro maneiras (faces do pé): com o dorso do pé, com a face interna, com a face externa e com a face anterior.

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 A bola deverá ser batida no momento em que toca o solo.  Voleio

 É realizado com o dorso do pé.

 A bola vai de encontro ao jogador pelo alto e pode variar a direção (lados).  A bola não toca o chão, devendo ser chutada ainda no alto.

OBS: Ambos, o Bate - pronto e o Voleio são chutes refinados e difíceis. Quando do ensino, exigirá do professor um método adequado.

 Bico

 É realizado com a face anterior do pé.

 É o chute do iniciante. É o mais fácil e o mais intuitivo.

 Por conta da superfície de contato do pé de chute ser pequena, não é muito preciso.

OBS: No começo, quando pequenas, as crianças chutem bem mesmo é de bico. Com o passar das aulas o professor irá orientando novos tipos de chute.

 Cobertura

 É realizado com a face ântero-superior do pé.

 Chuta-se embaixo da bola a fim de que a mesma ganhe uma trajetória alta. Cuidados relevantes durante o aprendizado do Drible:

 Orientar ao iniciante a buscar estar em posição de equilíbrio. Coordenação entre o pé de apoio (próximo à bola) e o pé de toque (alavanca).

 Diagnosticar o que ocasiona a trajetória imprecisa do chute (lugar onde se bate na bola);

 Ter uma intenção e um objetivo.  Procurar executar com precisão.

 Orientar ao iniciante a levantar a cabeça, a fim de visualizar a meta e o goleiro;  Orientar ao iniciante a chutar com ambos os pés (lateralidade);

 Orientar ao iniciante a chutar a bola parada, quicando, ou em movimento;

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 Orientar ao iniciante a chutar após um passe, um domínio, um drible, uma condução;  Orientar ao iniciante a chutar de posições diferentes - lateral direita, centro da quadra,

lateral esquerda;

OBS: vale lembrar que existem outras formas de finalização.

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Empunhadura

‘Posicionamento básico das mãos. “Para exercer as ações de defesa da bola, quando chutada, passada ou arremessada nos diferentes planos.”

Nas ações de defesa, o goleiro faz, com as mãos, uma resistência à bola que também pode ser chamada de “Pegada”.

 Quando a bola vem alta, os polegares do goleiro devem voltar-se para dentro.  Quando a bola vem baixa e rasteira, os polegares devem voltar-se para fora.  Para bolas vindas na altura do tronco, o goleiro deve fazer o encaixe.

OBS: Lembre-se de que uma Empunhadura correta pode iniciar um jogo de contra-ataque. Para isso, bastaria um lançamento ou o ainda o goleiro repondo a bola para fora da área para si mesmo.

Defesas Baixas

“Ações de defesa exercidas abaixo da linha de cintura, com a utilização das mãos ou qualquer outra parte do corpo”.

Dividem-se em:

 Ações de encaixar a bola.  Defesas com caída lateral.

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Defesas Altas

“Ações de defesa exercidas com as mãos ou peito acima da linha de cintura”. Dividem-se em:

 Ações com deslocamento lateral.

 Ações com o sacrifício de equilíbrio (pontes, mão trocada).  Outros recursos (barriga, ombros, cabeça, etc.).

OBS: Relevante que estas defesas dependerão, minimamente, de duas variáveis: força e velocidade da bola.

 Para bolas fortes e velozes que vêm na direção do goleiro, sugere-se espalmar. Entretanto, deve-se considerar o posicionamento do adversário. Se a bola vier fora do alcance do goleiro, sugerem-se quedas laterais e saltos.

 Para bolas fracas e lentas: sugere-se a Empunhadura ou Pegada. Arremessos

“Ação de com as mãos, colocar a bola em jogo, visando um companheiro ou espaço livre”.

 Deve ser feita com segurança, não expondo a equipe a investidas do adversário. Classificação do arremesso

O arremesso pode ser classificado quanto:  À trajetória;

 À distância;

Quanto à trajetória: rasteiro, parabólico e oblíquo. Quanto à distância: curto, médio e longo.

(30)

Saídas de gol

“Intervenções do goleiro fora da sua área de meta, objetivando impedir as finalizações ou ações de ataque”.

“Ações onde o goleiro utiliza qualquer parte de seu corpo para tentar interceptar a bola ou o seu oponente”.

 A Saída de gol deve acontecer com a rapidez necessária para encontrar a bola. E para atender à regra, fazê-la sem tocar a bola com as mãos.

 Durante a Saída de gol deve-se aumentar a sua área corporal, dificultando para o atacante a finalização.

Duas observações são importantes sobre as técnicas de goleiro:

1a OBS: Que utilização das habilidades domínio (recepção), passe, chute e drible (se for na

quadra de ataque). Tanto melhor se o goleiro for hábil nas quatro. Entretanto, minimamente, precisa ser bom pelo menos em duas: domínio e passe ou domínio e chute.

2a OBS: Que Alguns outros autores dividem as técnicas de goleiro em ações defensivas e

ofensivas.

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A tática, os sistemas e as manobras têm como objetivo possibilitar uma maior capacidade de organização dos praticantes por posição. No futsal, as posições são:

Goleiro  “Responsável por defender o gol impedindo que a bola ultrapasse a linha de meta, podendo utilizar qualquer parte do corpo para exercer as ações de defesa, tem como espaço de atuação a área de meta”.

Fixo (beque)  Tem como função básica coordenar as ações de defesa, de modo a impedir ou dificultar a utilização de manobras ofensivas por parte dos adversários, podendo atuar também ofensivamente em manobras articuladas pela sua

(31)

equipe. Tem como espaço básico de atuação o centro de sua meia quadra defensiva.

Alas  “Direito e Esquerdo. Tem como função articular as ações ofensivas ligando a defesa ao ataque, tendo como espaço básico de atuação os espaços laterais da quadra compreendidos entre as linhas de fundo”.

Pivô  “Tem como função distribuir as jogadas quando acionado ofensivamente, podendo exercer também ações de finalização, tendo como espaço básico de atuação o meio de quadra ofensivo”.

Sistemas

A esquematização de jogo é fator preponderante em uma equipe, pois sem esta atividade, não se terá uma equipe e sim um grupo de elementos que estarão praticando um esporte sem um objetivo específico.

Compete ao professor, técnico e/ou treinador a formação da equipe de acordo com o material humano de que dispõe e a forma tática que irá atuar em suas partidas, inclusive contando com todas as alterações que poderão ocorrer mesmo durante o transcorrer desta.

Logo, Sistema é uma “Distribuição ordenada dos componentes de uma equipe em quadra, visando facilitar a aplicação das diferentes manobras táticas”.

Contudo, é comum a confusão entre os conceitos de Sistema e Tática. Para tentar esclarecer esses conceitos segue abaixo a citação de Garcia (1993) apud Frisseli e Mantovani (1999):

“Sistema de jogo é a posição que os jogadores, de uma equipe, encontram-se no momento do início da partida. Essa posição inicial da equipe será alterada constantemente em razão dos esquemas que serão utilizados na partida, esquemas esses decorrentes da forma que a equipe, através da sua movimentação, buscará para suplantar o adversário, ou seja, quais táticas serão utilizadas. Sendo assim, o sistema de jogo será uma estrutura diretiva (posicionamento) sobre a qual se apoiarão as regras a serem seguidas pela equipe (movimentação) na

(32)

“Sistema de jogo é a forma preestabelecida de atuação da equipe, com a distribuição adequada dos atletas em campo, quando são estabelecidas formas definidas de atuação”.

(VIANA & RIGUEIRA) Logo, o sistema representa a adequação dos jogadores em quadra, para que os mesmos ocupem de maneira mais racional e homogênea todos os espaços, tanto defensivamente quanto ofensivamente. Cada equipe possui um sistema de jogo previamente definido que não varia, pois o que se variam são os esquemas, as táticas dentro do sistema.

 Os sistemas apresentam posicionamentos constantes, com funções (individuais e coletivas) pré-estabelecidas, de forma ordenada, e que só variam conforme o planejamento de seu treinador (professor).

 A tática é a troca e/ou variação de diferentes sistemas que o treinador promove na equipe em função das necessidades do jogo. Ao se elaborar uma tática (um plano tático) vários fatores são preponderantes: a condição física da equipe, a característica individual de cada atleta e seu potencial técnico, a condição da equipe adversária, a quadra, as condições da partida, etc.

OBS: A tática deve ser treinada, pois somente através da combinação do individual (jogador) com o coletivo (equipe) é que se obtém o desejado êxito.

Sistemas Táticos

Os sistemas táticos, também conhecidos como Tática Global, podem e devem ser divididos para que se possa melhor entender, estudar e treinar a tática do jogo. Sendo assim, a tática se dividi em tática Situacional e tática Parcial.

TÁTICA SITUACIONAL ➫ Que está implícita na contínua alternância do jogo de ataque e

defesa. Onde o ataque representa um sistema ou manobra ofensiva à defesa um sistema ou manobra defensiva.

(33)

elaborações puramente mecânicas. Baseada no instinto, na intuição, na criatividade e na improvisação.

Sistemas ofensivos

É a ação combinada e coordenada de todos os jogadores de uma mesma equipe durante uma ação ofensiva. Caracteriza-se pela posse de bola e tem como objetivo superar a resistência defensiva (chegar ao gol) do adversário. Elas podem ocorrer através de manobras pré-estabelecidas em qualquer lugar do espaço da quadra.

Os sistemas ofensivos sofreram uma evolução até os dias atuais, são eles: Sistema 2 x 2

 É o pioneiro entre os sistemas (década de 50).

 Consiste em ter dois jogadores posicionados na meia quadra defensiva e outros dois na meia quadra ofensiva.

 É um sistema simples e de fácil execução.  Adéqua-se as faixas etárias menores. Sistema 2 x 1 x 1

 É uma variação do sistema 2 x 2 que começa a configurar a formação do sistema 3 x 1.

 Consiste em ter dois alunos posicionados em sua meia quadra defensiva, estando um a cada lado da área. O terceiro, posicionado na altura da linha central da quadra, próximo a lateral, e o quarto, na meia quadra ofensiva.

 É um sistema simples e de fácil execução.  Adéqua-se as faixas etárias menores. Sistema 3 x 1

 Surgiu a partir da configuração do sistema 2 x 1 x 1.

 Consiste em ter um jogador (fixo) posicionado centralizado na meia quadra defensiva (mais recuado) e com outros dois jogadores (alas) abertos nas laterais um pouco mais à frente, mas ainda na meia quadra defensiva. O quarto jogador (pivô)

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 Pouca mobilidade dos jogadores Sistema defensivo

É a ação combinada e coordenada de todos os jogadores de uma mesma equipe durante uma ação de marcação. Caracteriza-se pela não posse de bola e tem como objetivo impedir as manobras ofensivas utilizadas pelo adversário.

Marcação

“Ação de impedir que o oponente direto tome posse da bola, e quando de posse da mesma, venha progredir pelo espaço de jogo”.

 Quem marca tem, basicamente, dois objetivos: de desarmar quem tem a bola (tomando-lhe a mesma ou tirando-a) e de impedir que um dos adversários receba a bola;

Cuidados relevantes durante o aprendizado da Marcação:

 Orientar ao iniciante que se deve aproximar do adversário sem afobação;

 Orientar ao iniciante que ele deve atento ao adversário, mas sem perder de vista a bola;

 Se possível, acompanhá-lo bem de perto, tocando-o. O toque, por não ser visual, é um recurso indispensável e possibilita o aumento da vigilância.

 Quem marca se posiciona entre o adversário e a sua própria meta;

 Quando o jogador evoluir para a etapa de especialização se deve ensinar outras coisas: marcar o pé de passe e chute (fechando o lado forte de saída e ação do adversário) e “empurrar” o adversário contra a linha lateral da quadra (diminuindo o ângulo de passe e chute).

Os sistemas defensivos podem acontecer de três maneiras: 1- Marcação individual

Tem como objetivo exercer a ação de marcar de forma direta a um determinado oponente.

(35)

 A marcação sob pressão exige que o marcador exerça o combate direto ao oponente em qualquer setor da quadra, procurando evitar que o oponente receba a bola;

 Na marcação por meia pressão o combate no setor de ataque ocorre somente sobre o oponente que recebe ou que está de posse da bola, não sendo necessário o combate sobre os jogadores que estão sem bola, pois o marcador tem como função dar cobertura ao companheiro que efetua o combate direto sobre aquele que está com a bola, além de guarnecer o setor central da quadra. Caso a equipe adversária ultrapasse o setor defensivo, a marcação efetuada deverá ser a sob pressão;

 Neste sistema marca-se o jogador;

 O sistema de marcação individual favorece o desenvolvimento da noção de marcação dos jogadores, pois obriga que todos os jogadores exerçam a função de marcação, independentemente de qual jogador adversário está de posse da bola. Ele também é considerado simples devido à fácil compreensão de execução.

2- Marcação por zona

As ações de marcação visam ocupar um determinado espaço ou setor da quadra de jogo.

 Cada jogador da equipe tem uma zona definida de defesa com a incumbência de ocupá-la e defendê-la integralmente;

 O combate é exercido sobre o jogador contrário mais diretamente quando ele penetra na zona confiada ao defensor, sem que, no entanto, este seja obrigado a acompanhá-lo fora dela.

 Neste sistema marca-se a bola,

 O sistema de marcação por zona é muito vantajoso, pois favorece a cobertura de defesa, tornando a marcação altamente eficaz, além de ser muito propício aos contra-ataques toda vez que a bola é tomada do adversário.

3- Marcação mista

Combina as ações da marcação individual e a de zona; podendo variar entre pressão parcial e total.

(36)

Manobras

“Ações individuais ou coletivas, aplicadas nos diferentes sistemas de jogo”. As manobras são comumente conhecidas como “jogadas ensaiadas” e podem ser ofensivas ou defensivas.

Manobras ofensivas e defensivas

São ações previamente estabelecidas de posicionamento e de movimentação ordenadas dos jogadores dentro de um sistema que pode acontecer de forma individual ou em conjunto.

As manobras podem ser com a bola parada: de canto, de faltas, de lateral, etc. ou com a bola em movimento: rodízio.

Rodízio de 3

Tem como objetivo executar manobras ofensivas dentro de uma movimentação constante, padronizada, com alternância de posicionamento entre os alas e o fixo, que se deslocam no sentido lateral da meia quadra defensiva, mantendo a bola na meia quadra defensiva, buscando o momento oportuno de acionar o pivô ou as infiltrações.

 O posicionamento é semelhante ao sistema 3 x 1.

 A movimentação ordenada entre três componentes da equipe. Rodízio de 4

Tem como objetivo executar manobras ofensivas dentro de uma movimentação constante, padronizada, com alternância de posicionamento entre os alas, o fixo e o pivô, que se deslocam pela quadra, mantendo a bola na meia quadra defensiva, buscando o momento oportuno para criar uma situação de finalização.

 O posicionamento é semelhante ao sistema 3 x 1.

 A movimentação ordenada entre os quatro componentes de linha da equipe.

 Requer dos jogadores um grau de concentração e sincronização durante os deslocamentos maior que o rodízio de 3, justamente por utilizar mais um jogador.

(37)

OBS: O sistema de rodízio exige dos jogadores um bom condicionamento técnico e físico, solicitando também bom desenvolvimento cognitivo para compreensão e aplicação das diferentes manobras.

(38)

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IBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS

1. FERREIRA, R. L. Futsal e a iniciação. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. 2. FILHO. J. L. A. S. Manual de Futsal. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

3. MENEZES, M. F. Futsal: Aprimoramento Técnico e Tático. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

4. MUSSALEM, P. C. Futebol de salão nas escolas de 1o e 2o graus. Rio de Janeiro:

Sites 1. www.pedagogiadofutsal.com.br 2. www.futsalbrasil.com.br 3. www.fifa.com 4. www.cbfs.com.br 5. www.santanafutsal.pro.br

Referências

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