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REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO

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Academic year: 2021

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR COORDENADOR GERAL DE NORMAS DE EMPREGADOS PÚBLICOS, MILITARES E EX-TERRITÓRIOS DA SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO – MPOG.

ANBENE – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS BENEFICIADOS PELA LEI Nº 8.878/94, entidade privada, regularmente inscrita no CNPJ/MF de nº 02.983.903/0001-19, com sede à SHN quadra 01, Conjunto A, Bloco F, Ed. Vision, 11º Andar, Asa Norte, Brasília/DF, CEP: 70.701-060, Tel.: 61 – 3037-7030, neste ato representada por seus advogados que a presente subscreve, vem à presença de Vossa Senhoria, apresentar seu:

REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO

Com pedido de esclarecimentos a respeito do Decreto de nº 9.261/2018 para fins de conformidade do retorno dos interessados em concessão da anistia a luz da Lei nº 8.878/94, conforme os fatos e fundamentos que passamos a expor.

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A COMPETÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO

1. Conforme documento em anexo possui a Associação Nacional dos

Beneficiados pela Lei nº 8.878/94 competência para pedir esclarecimentos junto aos órgãos públicos sobre matéria vinculada a área de anistia conforme se identifica no Estatuto Social em anexo e CNPJ regularmente construído.

2. Inicialmente por conta da dicção do art. 53, caput do Código Civil onde

esclarece que associação é a união de pessoas que se organizem para fins econômicos, sendo a ANBENE a união dos anistiados interessados ou beneficiados pela Lei nº 8.878/94 na defesa dos seus interesses.

3. Segundo porque a Própria Constituição Federal definiu os poderes

associativos equiparando-os aos entes sindicais nos termos dos arts. 5º, inciso LXX, alínea “b” e 8º caput, ou seja, lhe conferindo competência até mesmo para protocolo de Mandado de Segurança coletivo para as associações legalmente constituídas como é o caso da presente requerente.

4. Dessa forma, dúvidas não restam quanto a possibilidade de requerer junto

à este órgão público esclarecimentos quanto aos procedimentos a serem adotados a partir de agora no que tange ao retorno dos anistiados em face do novo Decreto de nº 9.261/2018 conforme passamos a transcrever.

O MÉRITO

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5. Ilustríssimo Coordenador Geral de Normas de Empregados Públicos do

Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, na data de 8 de janeiro de 2018 foi publicado pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Michel Temer, o Decreto de nº 9.261/2018 que definiu as novas competências e procedimentos para o processamento dos expedientes referentes a questões residuais relacionadas à extinta Comissão Nacional Interministerial instituída pelo Decreto de nº 5.115/2004.

6. Referido decreto revogou no seu art. 11º todas as antigas disposições dos

decretos de nº 5.115/2004, 5.215/2004, 5.954/2006, art. 6º do Decreto de nº 6.077/2007 e decreto de nº 6.335/2007, ou seja, definiu a forma de retorno dos interessados em serem anistiados pela Lei nº 8.878/94 e que por óbvio cumpram com seus requisitos, excluindo qualquer outra medida que trate do tema.

7. Ocorre que o Decreto de nº 6.077/2007 continha na sua redação legislativa

clareza quanto à alguns procedimentos a serem adotados para o interessado requerer junto ao MPOG o seu retorno, portanto, quanto a entrega de sua documentação a fim de cumprir com os requisitos do art. 1º e 2º da Lei nº 8.878/94.

8. Todavia este novo decreto deixou dúvidas quanto a sua redação e carecendo

de esclarecimentos por parte deste órgão para que esta Associação de Classe possa orientar os interessados na qualidade de defensora dos seus direitos e interesses como classe já mencionada.

9. Sendo assim, a primeira dúvida quanto ao novo decreto é referente ao

prazo decadencial da Lei nº 9.784/99 explícito no novo decreto.

10. Diz o art. 1º, parágrafo primeiro do Decreto de nº 9.261/2018 que compete

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não da condição de anistiado, observado, porém, a incidência ou não da decadência de que trata o art. 54 da Lei nº 9.784/99, vejamos:

Art. 1o Compete à Coordenação-Geral de Normas de

Empregados Públicos, Militares e Ex-Territórios da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão:

I - processar e analisar as demandas administrativas residuais referentes aos requerimentos de anistia de que trata a Lei no 8.878,

de 11 de maio de 1994, em curso no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e

II - decidir, em instância única, quanto ao reconhecimento ou não da condição de anistiado.

§ 1o Na análise de que trata o inciso I do caput, será

considerada a incidência ou não da decadência, na forma do disposto no art. 54 da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e serão observados o contraditório e a ampla defesa.

§ 2o Para o proferimento da decisão de que trata o inciso II

do caput, poderão ser requisitados documentos e outros dados relevantes e tomados depoimentos.

§ 3o A atribuição das competências de que trata este artigo não

implica reabertura de prazo para a apresentação de requerimentos de anistia nos termos do disposto naLei nº 8.878, de 1994.

11. Veja inclusive que no parágrafo terceiro menciona que a atribuição das

competências de que trata este artigo 1º não implica em reabertura de prazo para apresentação de requerimentos de anistia.

12. Com efeito surgem as seguintes dúvidas:

a. Considerando o prazo decadencial de 05 (cinco) anos da Lei nº 9.784/99, serão aceitos novos documentos de interessados que se enquadram na Lei de Anistia a contar de janeiro de 2018?

b. Se sim, aquele que não apresentar requerimento novo de anistia até 2023 estará totalmente precluso o direito de concessão de anistia,

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uma vez que estamos falando de prazo quinquenal nos termos da Lei 9.784/99?

c. Se a resposta for negativa, o prazo quinquenal a que alude o Decreto será contado a partir de quando, ou seja, de 1994, o que significa dizer que somente será considerado para analise documental aquele que tenha apresentado requerimento entre 1994 até 1999?

13. Noutro giro também surge dúvida quanto ao art. 3º, inciso VI ao esclarecer

que a anistia de que trata a Lei nº 8.878/94 não abrange as exonerações, demissões, dispensas ou despedidas de empregados de entidades ocorridas quando esta não integrava a administração pública federal, vejamos:

Não concessão da anistia

Art. 3o A concessão da anistia de que trata a Lei nº 8.878, de 1994, não abrange:

[...]

VI - as exonerações, demissões, dispensas ou despedidas de empregados de entidade ocorridas quando esta não integrava a administração pública federal.

14. Dessa forma é preciso informar se estamos dizendo Administração Pública

Federal Direta ou também Indireta, já que possuem diversas sociedades de economia mista que à época integravam a administração pública tal qual a EMBRAER, extinto Banco Nacional de Crédito Cooperativo – BNCC, SUDECO, autarquias como IBC, DNOS e fundações como FUNARTE, FUNDACEM, Fundação EDUCAR, EMBRATER, que porém, faziam parte da administração indireta e não direta, deixando dúvidas quanto a abrangência da redação do referido texto legal para concessão da anistia.

a. Deste modo questiona-se, a abrangência do texto legal é toda a Administração Pública Federal Direta e Indireta ou somente a

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Administração Pública Federal direta no entendimento desta Pasta Ministerial?

15. Estes são os esclarecimentos a qual esta associação requer de Vossa

Senhoria para balizar o entendimento e esclarecer aos interessados os procedimentos corretos para retorno de anistia a luz do novo Decreto que define a forma de retorno dos beneficiados pela Lei nº 8.878/94.

16. Solicitamos que seja respondido no prazo máximo de 30 (trinta) dias tendo

em vista a própria preclusão consumativa da matéria já que estamos tratando de pessoas já com idade avançada, muitos na condição de idosos e que ainda aguardam o deferimento do seu retorno após longos 19 (dezenove) anos de processos administrativo sendo analisados por este Ministério.

17. E até mesmo por conta da redação da Lei nº 9.784/99 que em seu art. 49

define o prazo de 30 (trinta) dias para resposta dos requerimentos formulados junto à administração pública federal.

18. Requer que a resposta deste documento seja encaminhada para o

endereço dos advogados subscritores desta peça situado á SHIS QL 04, Conjunto 02, Casa 16, Lago Sul, Brasília/DF, CEP: 71.610-225 em nome do Dr. Max Robert Melo ou da Dra. Thaynara Claudia Benedito.

Com as homenagens de estilo, pede e espera deferimento. Brasília/DF, 07 de junho de 2018. Max Robert Melo

OAB/DF 30.598

Thaynara Claudia Benedito OAB/DF 36.420

Referências

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